Cartilha Do Secretário (A) Pastoral

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IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL

MINISTÉRIO DA MISSÃO

SECRETARIA PASTORAL PRESBITERIAL

Cartilha de Diretrizes e Apoio

Índice

Apresentação

1. A visão e valor do Pastoreio Mútuo

2. O papel do Secretário (a) Pastoral

3. Ideias práticas de Cuidado Pastoral nos Presbitérios

4. Onde encontro? Informações Úteis


APRESENTAÇÃO

A Secretaria Pastoral Nacional tem a alegria de oferecer aos secretários e


secretárias pastorais dos presbitérios da IPIB uma pequena cartilha de diretrizes e
apoio no desempenho de suas atividades visando uma prática de cuidado de
ministros e ministras em nossa querida IPI do Brasil.
A realidade continental e a diversidade regional cultural de nossas igrejas
locais e, consequentemente nossos Presbitérios, não permitem uma padronização
de ações no cuidado pastoral. Distancias geográficas, densidade demográfica,
realidades diversas das igrejas, etc… tudo coopera para uma demanda onde o
mais importante são princípios e valores e não regras.
A Secretaria Pastoral Nacional tem procurado seguir 3 eixos conceituais no
desempenho de suas atividades: inspirar, cuidar e equipar. O que segue abaixo
está no eixo de equipar os secretários(as) para cumprirem seus papeis de inspirar
e cuidar de seus pares dentro da jurisdição de seus presbitérios.
O tema do autocuidado ocupou a mente e a práxis do apóstolo Paulo,
quando orientou tanto os presbíteros da igreja de Éfeso em Atos 20:28 ‘cuidem de
vocês mesmos e de todo o rebanho no qual o Espírito Santo os colocou como
bispos, para pastorearem a igreja de Deus, a qual ele comprou com o Seu próprio
sangue’ e, na vivência de discipulado que ele teve com Timóteo, quando este era
pastor da Igreja de Éfeso anos mais tarde, ao recomendar ao jovem ministro:
‘cuide de você mesmo e da doutrina. Continue nesses deveres, porque, fazendo
assim, você salvará tanto a si mesmo como aos que o ouvem’ (1 Timóteo 4:16).
Que o Supremo Bispo e Pastor de nossas almas use cada secretário e cada
secretária pastoral da IPI do Brasil.

Deus os abençoe ricamente!


1. A VISÃO E O VALOR DO PASTOREIO MÚTUO

Por que o Pastoreio de Pastores é Importante?


Dito de modo direto o pastoreio de pastores tem sua importância devido ao fato
concreto que pastores estão em angústia, enfermos em seus corpos e emoções. O
número dos que têm desistido de suas próprias vidas, nos últimos anos, também nos
impacta. Tem se tornado comum a fala de que pastores cuidam de todos menos deles
próprios. Do lado do pastores(as) percebe-se tanto dificuldade como resistência em pedir
ajuda.
O que o pastor (a) perde quando não se deixa ser cuidado/pastoreado(a)?
Quando um pastor não tem quem lhe estenda cuidado pastoral, ele sofre. Esse
sofrimento ocorre por ele não ter alguém que lhe proporcione um ambiente seguro no qual
possa se abrir, expressando suas dores, dificuldades, desejos e fantasias.
Consequentemente não cresce, como deveria, porque não há ninguém que o ouça e o
ajude a superar seus desafios e pontos fracos. Esgota-se facilmente com a tarefa de
oferecer ao seu rebanho, sem receber algo importante para sua vida e ministério.
Muitas vezes a igreja, a denominação, ou até o próprio pastor, acabam se conformando
com a situação, achando que é assim mesmo que deve ser, porque consideram que
“sacrificar-se” é uma indicação de que ele está dando sua vida pelas ovelhas.
Além do pastor sofrer por falta de um apoio em sua vida, quem mais “paga um alto
preço”, quando não existe esse apoio? Podemos afirmar o seguinte:

Seu cônjuge sofre. Toda pessoa que tem um chamado para esse ministério, se for
honesta, vai admitir que facilmente deixa o ministério tornar-se prioridade acima de seu
cônjuge.
Os filhos sofrem. Quantas vezes os filhos dos pastores(as) querem ser qualquer coisa,
menos pastor! Mesmo que sintam uma vocação ministerial, geralmente tem em mente ser
outro tipo de ministro ou pelo menos não ser um pastor(a) como seu pai ou sua mãe.
Os líderes da igreja sofrem. Eles não recebem um cuidado pastoral para suas vidas
porque o pastor não tem o que compartilhar porque não recebeu.
A igreja toda sofre. Quando o pastor, seu cônjuge, seus filhos e os líderes da igreja
sofrem, é impossível que a igreja também não sofra! Os membros da igreja, via de regra,
veem o pastor como modelo de um crente maduro e procuram imitá-lo. Isso pode levar a
uma igreja ativista, marcada pela solidão.
O mundo sofre. Jesus falou que o amor seria a marca que convenceria o mundo de que
somos discípulos verdadeiros (João 13.34,35). O pastor e a igreja que têm as
características acima não atrairão os descrentes, e se os atrair, pode ter dificuldade em
oferecer saúde emocional e espiritual para eles.
Deus sofre. Ninguém sofre sem que Deus sofra também. Paulo escreveu “o Espirito
Santo se entristece com os nossos pecados (fraquezas)”. Se pudéssemos enxergar o
coração de Deus para com seus pastores, em muitos casos veríamos um coração triste.
Deus ama tanto a seus pastores que sente muito por eles não receberem amor e cuidado
em suas vidas, muitas vezes, porque simplesmente não aceitam ou não admitem a
necessidade desse cuidado.

A Visão de Mentoria

Diz um ditado Xhosa, uma tribo da África do Sul: “Umuntu ngumuntu ngabantu”, ou
seja, ‘pessoas dependem de pessoas para serem pessoas’. Em nossa sociedade
intensamente individualista podemos esquecer de que somos seres sociais. Aprendemos
melhor e amadurecemos quando nos desenvolvemos socialmente, pois além dos nossos
próprios horizontes há aqueles que já enxergaram além ou já anteciparam desafios e
obstáculos que talvez ainda não tenhamos enfrentado na vida. O tema da Mentoria se
insere justamente nesse ambiente de aprendizado e socialização com variados
benefícios.

A história de Mentor – origem do termo!


Desde os tempos antigos pessoas mais velhas assumiam tarefas de orientar e instruir as
mais novas para os desafios da vida e da vivência produtiva. A etimologia da palavra
‘mentor’ revela isso.
Mentor era o nome de um amigo e conselheiro de Ulisses, a quem este incumbiu de
educar seu filho Telêmaco, enquanto seguia para a Guerra de Troia e outras batalhas
narradas na Odisseia escrita por Homero há 2.800 anos. O fato é que Mentor realizou por
20 anos essa tarefa a ele confiada com muito esmero e fidelidade e, por isso, entrou para
a história como sinônimo de guia experiente, sábio e sincero.
A relação entre mentor e mentoreado foi institucionalizada muitas vezes na história
das civilizações. No sistema social grego, por exemplo, adolescentes eram orientados por
adultos nas artes, nos ofícios e na política. Nas religiões como o hinduísmo, o budismo e
o judaísmo há a figura do discípulo que recebe instruções religiosas e morais de gurus,
monges e rabinos. E assim sucedeu na Idade Média com as guildas onde aprendizes
tinham profissionais qualificados que os ensinavam ofícios que lhes garantiam um
emprego quando adultos.
Hoje em dia, profissionais de Recursos Humanos encontram várias ferramentas de
gerenciamento de pessoas. Os mais conhecidos são:
Coaching – processo de aconselhamento e parceria que tem como objetivo desenvolver
e habilitar a pessoa para obter melhores resultados, sendo aplicado quando se está num
processo de transição, quando é necessário assumir uma nova posição na estrutura ou,
quando é percebida a necessidade de melhorar a performance.
Couselling – processo sistemático de feedback que permite alguém reposicionar-se
diante de situações críticas de relacionamento ou desempenho. Normalmente aplicado na
administração de conflitos e crises.
Assessment – tem como objetivo alcançar uma gestão eficaz e tornar claros os objetivos
e metas, consiste no alinhamento de pessoas, processos e estruturas em relação a uma
estratégia já definida.
Mentoring – é uma ferramenta que empresas usam para tornar as pessoas que nela
trabalham profissionais mais maduros, capazes de crescer e gerar mais valor e qualidade
para os negócios.

De todas essas ações, a Mentoria (mentoring) é o processo que mais recursos


coloca à disposição de um ministro(a) rumo ao seu amadurecimento pessoal e ministerial.

Rumo à uma Visão de Mentoria Cristã


Mudando o foco do aspecto profissional do mundo corporativo sobre a prática da
mentoria, para refletir sobre o ambiente da comunidade de fé, chegamos ao nosso habitat
natural como filhos e filhas de Deus.
E nesse ambiente, Mentorear descreve alguém que está num relacionamento com
outra pessoa onde ocorre a capacitação ao ser compartilhado os recursos dados por
Deus. Tal relacionamento pode se dar de várias maneiras, isto é, pode ser formal ou
informal, continuado ou ocasional. É natural, se observarmos ao longo da nossa vida
que, várias pessoas puderam nos influenciar em períodos distintos. Na realidade eles nos
mentorearam!
Mentorear não é o mesmo que discipulado. Enquanto o discipulado envolve um
relacionamento intencional e constante com alguém, a prática da mentoria cristã pode ser
duradoura, ocasional e até mesmo ocorrer de modo indireto como pela leitura de livros e
biografias.
Uma diferenciação simples na prática é que no discipulado alguém faz o convite a
outra pessoa para que a siga, tal como Jesus fazia: “Quando ia passando, viu Levi, filho
de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, Levi o seguiu” -
Marcos 2:14. A ênfase do discipulado cristão está no ‘ser’, na formação espiritual, na
transmissão de um modo de viver baseado na imitação de Cristo – Romanos 8:29.
Já na mentoria cristã, num ambiente ministerial, para estabelecer um compromisso
a iniciativa parte da pessoa que deseja obter apoio. Por isso, ela mesma procura ou pede
mediação para encontrar um mentor. Atitudes como admiração e respeito são muito
importantes nesta busca devido ao conhecimento, experiências e recursos que o mentor
possui. Na realidade a pessoa que está sendo mentoreada deseja ter o que o mentor tem.
Se no discipulado a ênfase está no ‘ser’, na mentoria cristã há um passo mais que
podemos dizer que é o ‘fazer’, ou seja, a mentoria coopera para que o mentoreado
alcance o máximo de seu potencial no ministério.
Nas Escrituras Sagradas as experiências como as de Moisés e Josué no AT
( Josué capitulo 1) e Barnabé e Paulo no NT ( Atos dos Apóstolos 9:26-30) podem ser
reconhecidas como tipos de mentoria, pois nelas encontramos tanto o aspecto pessoal
como o ministerial envolvidos. O encontro de Jesus com Pedro em João 21 pode ser um
recorte da mentoria do Mestre tratando a vida do apóstolo e reorientando seu ministério
cujos resultados práticos são observados mais tarde em Atos dos Apóstolos.

Amizade Espiritual
A amizade espiritual é uma disciplina espiritual exercida no ambiente e prática da
Direção Espiritual. James Houston, em seu livro A Oração escreve sobre a amizade
espiritual e nos esclarece: “Todos nós somos carentes de companheirismo e
encorajamento, e uma das melhores dádivas da amizade espiritual é que nossa
perspectiva sobre a vida é ampliada. O pecado sempre tende a nos fazer não enxergar as
nossas próprias faltas, porém um amigo fiel conseguirá ver os elementos destrutivos de
nossa personalidade e nos ajudará a vê-los também… Um amigo espiritual é alguém com
quem seja seguro mostrar nossa fé superficial, nossos vícios compulsivos, ou qualquer
outra coisa que esteja sob a superfície de nossa vida exterior...Se os amigos realmente
prestam atenção em mim, me ouvem e não apenas as minhas palavras, então sou
encorajado a crer que Deus também presta atenção em mim e me ouve de um modo
ainda maior...Não é fácil acreditar em Deus se vivemos em um vácuo emocional”
(pág.285-286). Eugene Peterson testemunhando sobre amizade espiritual, relata um
episódio ocorrido com ele quando estava plantando a igreja em Maryland e enfrentou um
drama certa ocasião e procurou falar com um amigo distante por telefone. Ao final, ele
conclui dizendo que um amigo espiritual enxerga duas coisas em você: o pecado e o
mover de Deus (do livro: O Pastor Contemplativo).
O valor do Secretário(a) Pastoral Presbiterial é imensurável se tal oportunidade for
abraçada como missão e propósito. Então, você, prezado Secretário(a) Pastoral, poderá
estar cooperando para gerar um ambiente e uma visão de Cuidado Pastoral onde de fato
a amizade espiritual possa ser semeada, então florescer e dar frutos.

Desenvolvendo um sistema de Cuidado Pastoral no contexto da IPIB


A IPI do Brasil é uma igreja da família reformada e de governo representativo. Sua
estrutura essencial são os Concílios onde de fato as decisões são tomadas. Um sistema
de Cuidado Pastoral que possa ser desenvolvido dentro da estrutura existente exige
persistência e sabedoria. Atualmente há o incentivo para que os Presbitérios nomeiem
seus próprios Secretários(as) Pastorais.
Deste modo, a Secretaria Nacional Pastoral é responsável pela visão do Cuidado
Pastoral e, o papel dos Presbitérios é fundamental para que a visão e a prática do
Cuidado Pastoral ocorram em nossa denominação.
Atualmente, a Secretaria Pastoral Nacional tem atuado considerando 3 Eixos
conceituais: Inspirar, Cuidar e Equipar. Também, foi inovadora a forma como a
Secretaria se estruturou a partir de 2019, isto é, por meio de Núcleos de Apoio em áreas
estratégicas:
- Núcleo de Apoio ao Ministério Feminino
- Núcleo de Apoio à Família Pastoral
- Núcleo de Apoio Terapêutico
- Núcleo de Apoio na Gestão da Secretaria Pastoral
Algumas razões pelas quais pode-se focar numa visão e prática de Cuidado
Pastoral nos Presbitérios são:
a) Os ministros(as) são membros dos Presbitérios;
b) Todo processo que envolve orientação vocacional, preparo, licenciatura e ordenação
ocorre no âmbito dos Presbitérios;
c) Os Presbitérios possuem realidades culturais e dimensões geográficas bem distintas
em nosso país continental;
d) Um número expressivo dos ministros(as) realiza seus ministérios basicamente dentro
de seus Presbitérios de origem, ocorrendo transferências apenas de um ou outro
ministro(a).
Tais razões por si só apontam para uma excelente oportunidade regional de
desenvolver um processo continuado de Cuidado Pastoral de ministros(as), o qual pode
ser perfeitamente desenvolvido estrategicamente pelas Diretorias dos Presbitérios.

2. O PAPEL DO SECRETÁRIO(A) PASTORAL


Em concordância com a visão que a Secretaria Nacional tem apontado, o trabalho
de um Secretário(a) Pastoral dentro do seu Presbitério deve seguir os 3 eixos conceituais:
Inspirar, cuidar e equipar.
Nomeado(a) pelo seu Presbitério, o papel do Secretário(a) Pastoral essencialmente
é o de promover, estimular e prover o cuidado pastoral em sua jurisdição. Conquanto as
ações visem todos(as) os ministros (as) indistintamente, sem dúvida que sua prioridade
será dar atenção e cuidado aos que mais necessitam no momento. Também, não deve
ser deixada de lado a família pastoral. Cônjuges e filhos de ministros(as) também são
afetados pela vida ministerial, quer seja nas alegrias bem como nos momentos difíceis. A
família pastoral também merece a atenção do cuidado pastoral.
Conquanto seja apropriado fazer um planejamento, uma agenda, um trilho de
ações e atividades que demonstrem o cuidado com os ministros(as), é mister destacar
que o papel essencial de um Secretário(a) Pastoral é o contato e atendimento pessoal
dos ministros(as), o que denominamos de pastoreio de pastores. Nada substitui o
relacionamento próximo e uma escuta atenciosa, uma oração de intercessão juntos, uma
palavra de ânimo e apoio de maneira direta, apropriada e assertiva.
Outra área de influência do Secretário(a) Pastoral Presbiterial é a de reafirmar e
inculcar nos pastores e pastoras a importância do autocuidado, conforme Paulo ensina
em Atos 20:28 e 1ª Timóteo 4:16. É uma tarefa louvável e ao mesmo tempo hercúlea
conscientizar ministros(as) da importância do autocuidado.
Um trilho interessante que pode ser seguido nesse desafio de sensibilizar pastores
e pastoras para o autocuidado é o seguinte:

- Espiritualidade: “Tu, pois filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus”
(2º Timóteo 2:1). Incentivar a prática da disciplina devocional, isto é, tempo com Deus em
meditação e oração. Ministros e ministras que estão ativamente envolvidos no ministério
pastoral precisam entender que orar e ler a bíblia é parte do trabalho pastoral. Portanto,
deve ter alta prioridade em sua agenda diária. Por isso, conhecer e praticar disciplinas
espirituais consagradas ao redor do mundo pela igreja cristã pode servir a esse propósito
de formar um modo de devoção apropriado a cada um e cada uma. A devoção precede a
missão. Preciso ESTAR com Deus para poder FAZER para Deus!

- Intelectualidade: “Quando você vier, traga a capa que deixei na casa de Carpo, em
Trôade, e os meus livros, especialmente os pergaminhos”
(2 Timóteo 4:13). Pastores e pastoras são formadores de opinião e é bem conhecido o
fato de que o ‘púlpito nos denuncia’. Em outras palavras, a prática intencional de leitura
com método e propósito muito ajudará o pastor(a) em seu papel de ensino, quer pela
pregação, quer pelo aconselhamento, quer pelo discipulado, quer pela educação cristã,
ou outro modo de edificar o rebanho. Diz um antigo ditado que “ quanto mais lenha eu
tenho para rachar, mais tempo eu passo amolando o machado”.

- Corporalidade: “Atente bem para a sua própria vida e para a doutrina,


perseverando nesses deveres, pois, fazendo isso, você salvará tanto a si mesmo
quanto aos que o ouvem” (1 Timóteo 4:16). O autocuidado passa indubitavelmente pela
saúde física, mental e emocional do ministro(a). Daí a importância de uma agenda
organizada e produtiva, uma regra de vida. Checapes médicos anuais, prática de
atividade física continuada e apropriada a cada caso, alimentação saudável, sono
regrado, dia de descanso semanal e férias… tudo coopera para uma qualidade de vida
saudável e uma produtividade exponencial no ministério pastoral. Um pastor(a) deve ter a
consciência de que “quando se perde a saúde, perde-se o emprego”.

O Secretário(a) Pastoral Presbiterial deve sempre ter consigo ou ter como acessar
as informações referentes aos benefícios e programas de apoio aprovados pela IPIB com
vistas ao cuidado dos ministros e ministras. A página oficial da IPI do Brasil na internet, o
Escritório Central da IPIB e a Secretaria Pastoral Nacional sempre serão as fontes a
serem consultadas.
3. Ideias Práticas de Cuidado Pastoral nos Presbitérios
Reconhecendo as diversidades regionais e as variadas dimensões dos Presbitérios, o
Secretário Pastoral deverá estar atento à realidade de seu Presbitério e dos ministros(as)
a ele jurisdicionados.
Por isso, seguem abaixo algumas ideias e ações que podem ser praticadas com
critério. Naturalmente, tais ideias não esgotam as possibilidades, mas são apenas
motivadoras e algumas são práticas consagradas pelo tempo e de acordo com a
necessidade da vida pastoral.

AÇÕES PESSOAIS
a- Visitas presenciais na casa do pastor(a) incluindo a família do mesmo. Pode-se
realizar, também, visitas virtuais.
b- Encontros para lanches, almoços, cafezinho, etc...
c- Lembrar e parabenizar pastores(as) no dia do aniversário.
d- Envio semanal de meditação/devocional apropriada de fortalecimento e encorajamento
a todos os pastores(as) do Presbitério, podendo incluir a participação de todos(as)
escrevendo tais textos. Criar um grupo de WhatsApp ou outra plataforma acessível e
fomentar de modo online a participação e interação de todos(as).
e- Amigo secreto de visitação mútua: sorteiam-se os nomes e dentro de um prazo eles
devem realizar uma visita presencial ou virtual dependendo da realidade regional. A
sugestão é que, no período entre a retirada do amigo secreto e a visita, se ore
intencionalmente pelo amigo sorteado.
f- Indicações de livros sobre temas afins, quer seja na área da espiritualidade quer seja
na área ministerial.
g- Incentivar o ministro(a) a buscar por um grupo de mentoria ou de amigos, seja por meio
de ministérios já existentes ou fortalecendo vínculos na região.

AÇÕES COLETIVAS
a- Reunião de café da manhã … semanal, quinzenal ou mensal.
b- Reunião online para momentos de oração, compartilhar um tema ministerial ou de
encorajamento pessoal… semanal, mensal.
c- Encontro de dia inteiro com pastores(as) e famílias...devoção e lazer.
d- Retiro espiritual.
e- Troca de púlpitos entre os colegas.
f- Grupos pequenos: Além das atividades gerais, pode-se sortear anualmente, os
ministros(as) em grupos de 3-4 e eles caminham o ano todo com a liberdade de
realizarem algumas ações de comunhão, mas sempre participando o Secretário(a)
Pastoral.
g- Reunião com o Secretario(a) Pastoral Nacional ou outro membro da Secretaria
Nacional para serem informados e encorajados, tanto na modalidade online ou presencial.
h- Incentivar os pastores(as) a se envolverem em uma Torre de Oração (IPIB ou
Presbitério).
i- Convidar profissionais para capacitações e formações em áreas de interesse da prática
pastoral, bem como para aprimoramento e identificação de demandas pessoais seja do
ponto de vista da saúde, seja do ponto de vista do crescimento pessoal.
(palestras/workshops).

4. ONDE ENCONTRO?
A IPIB tem aprovado ao longo dos anos vários dispositivos de interesse do ministério
ordenado, os quais dizem respeito à vida pessoal de ministros(as) e, também, a atividade
ministerial.

01. No site da IPIB - www.ipib.org – basicamente pode-se encontrar a maioria e principais


informações. Especialmente ao acessar o link SERVIÇOS e seguir em DOWNLOADS,
ter-se-á acesso às informações. Nesse espaço você encontrará:
Ordenamento Jurídico: Constituição, Lei Complementar e Código Disciplinar,
Ordenações Litúrgicas;
Ordenamento Jurídico/Leis Ordinárias: Questionário de Candidato Oficiais,
Direitos/Deveres Previdenciários do Ministro(a) entre outros;
Cartilha de Atenção Psicossocial;
Cartilha Seguro de Vida da IPIB;
Carteirinha Seguro de Vida IPIB;
Cartilha Previdência Privada IPIB e um espaço especifico para IPIB PREV contendo
todos os Manuais afins;
Logotipo da IPIB padronizado para uso em monitores de computador (RGB) ou
impressões gráficas (CMYK);
02. Ainda no link SERVIÇOS do site da IPIB, o Secretário(a) Pastoral Presbiterial poderá
acessar informações e apoio sobre:
Busca de Campo Pastoral;
Serviço de Atendimento Emergencial Online para pastores(a), membros e não
membros das igrejas.

03. Programa de Auxilio Emergencial TODOS JUNTOS EM MISSÃO


É um Fundo de Apoio aos ministros e ministras criado por ocasião da incidência da
pandemia em 2020. Inicialmente por tempo limitado tornou-se permanente por decisão da
COMEX/AG em 2021 e homologada pela Assembleia Geral em julho de 2022. O Projeto
escrito e contendo os critérios foi disponibilizado às Diretorias dos Presbitérios e pode ser
acessado junto à Secretaria Pastoral Nacional.

04. Anotações
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BIBLIOGRAFIA

BERNHOEFT, Rosa. Mentoring: Práticas & Casos. Editora Évora, São Paulo, SP. 2014.

BÍBLIA SAGRADA – Nova Versão Internacional, versão online;

HOUSTON, M. James. A Oração. Editora Palavra, Brasília -DF. 2009.

HOUSTON, M. James. Mentoria Espiritual. Editora Sepal, Rio de Janeiro, RJ. 2003.

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