Justiça Social
Justiça Social
Justiça Social
COMPETENCIAS – OBJECTIVOS
Competencias especificas da disciplina e resultados da aprendizagem
C.G. Saber com rigoroso e critico, contributo para a defesa e desenvolvimento da
dignidade humana e para herança cultural mediante a investigação, o ensino e os
diversos prestados a comunidades locais, nacionais e internacionais.
Introdução Geral
O.E 1- Saber quem elabora a D.S.I
C. 1- no final da aula o estudante tem que compreender como quais são os que
elaboram a D.S.I
Cap 1. Epistemologia
O.G1- Neste capitulo deve-se conhecer os antecedentes e evolução, conceitos,
objecto, finalidade e as enciclicas sociais.
C.1- Tem dominio da historia da D.S.I e ter a capacidade a partir das noções basicas
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da disciplina compreender que o foco é “o homem” chamado à salvaçãa; a ser
orientado e a formação da sua consciência.
Cap.2- Os principios da D.S.I
O.G1- Conhecer os principios permanentes na D.S.I que constituem os verdadeiros
e proprios gonzos do ensinamento social catolico e têm um caracter geral e
fundamental, pois se refere a realidade social do seu conjunto.
C.1- Pretende-se que o estudante no seu perfil de saida tenha o dominio não dos
principios da D.S.I não só teorico, todavia no seu agir tenha em conta estes valores
na sua vida quotidiana.
Cap. 3- A igreja em Angola nas questões sociais
O.G1 – saber o contributo da Igreja local a nivel social.
Conteùdos
SEMESTRE
Introdução Geral
Questão prévia: quem faz a doutrina na Igreja Católica?
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Capitulo I: Introdução Geral
O cristianismo tem no centro da sua missão o homem, é por esta razão que o
homem cristão relaciona-se com os indivíduos que nele creem, a vida ética do
cristão não é definida por sua relação com a sociedade, mas por sua relação
espiritual e interior com Deus. Por esta razão, o cristianismo introduz uma
concepção diferente de ética:
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em decorrência do pecado original, o ser humano tornou-se uma natureza fraca,
incapaz de realizar o bem e as virtudes apenas pela força de sua própria vontade.
Para Platão, por exemplo, o eros deriva da falta do belo e do desejo de possuí-lo
e, portanto, em dimensão aquisitiva e ascensiva, é próprio do homem e não de
Deus. Mesmo para Aristóteles o Motor imóvel é amado e não amante (move como
objecto de amor).
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Os valores da pureza e a humildade – a mensagem cristã assinalou sem
dúvida a mais radical revolução de valores da história humana. Nietzsche chegou a
falar até mesmo de total subversão dos valores antigos, subversão que tem sua
formulação prográmatica no “Sermão da Montanha”, que podemos ler no Evangelho
de Mateus (5, 1-12): o evangelho das Bem-aventuranças.
E aquele que receber uma criança como esta por causa do meu nome é a mim
que recebe. Também S. Marco, acrescenta “se alguém quiser ser o primeiro, seja o
último e aquele que serve todos”.
Outro conceito fundamental para a ética é a justiça sendo aquela que é universal
em todos saberes axiológicos, porquanto também torna-se imperativo descorrermos
sobre o seu conteúdo.
a) Modalidades de justiça
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Da herança grega também se recolhe a distinção clássica entre as várias
modalidades ou tipos de justiça, a saber:
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promoção humana há laços profundos: “laços de ordem antropologica, dado que o
homem que há de ser evangelizado não é um ser abstrato, mas é um ser
condicionado pelo conjunto de problemas sociais económico; laços de ordem
teologica, porque nunca se pode dissociar o plano de criação e da Redenção, um e
outro a abrangerem situações bem concretas de injustiça, que há de ser combatida e
a justiça que há ser restaurada; laços eminentemente evangélicos, qual é a ordem
da caridade: como se poderia proclamar o mandamento novo, sem promover na
justiça e na paz o verdadeiro e autêntico progresso do homem?
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social, pois há muitas necessidades humanas que não podem ser atendidos pelo
mercado.
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A industrialização iniciada na Inglaterra nos inícios do século XIX,
levantando inúmeras questões laborais e sociais vai precipitar nos
meios cristãos a formação de associações de operários e depois de
patrões que procuram introduzir os princípios do Evangelho nas
questões da vida.
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Esta obra, publicada em 2004, e cuja edição esteve a cargo do
Conselho Pontifício “Justiça e Paz”, representa de certa maneira o
discurso oficial da Igreja sobre a Doutrina Social .
1.6. Interdisciplinaridade
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A doutrina social da Igreja se vale de todos os contributos cognoscitivos,
qualquer que seja o saber de onde provenham, e tem uma importante dimensão
interdisciplinar. A doutrina social vale-se dos contributos de significados descritivos
das ciências humanas.
1.7. Objecto
1.8. Métodos
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consciências, chamada a mediar as normas objectivas e gerais nas situações sociais
concretas e particulares.
2. 2. Fontes
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❖ A DSI não pode ser analisada exclusivamente pelo discurso
produzido, devendo procurar -se a interacção com a dinâmica
ecclesial e social em que se inscreve.
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Marx e Leao XIII partindo da verificaçao da gritante desigualdade
economica entre plutocracia e proletariado, queriam realçar a classe
dos operarios, oprimida pelo liberalismo econó mico que consagrava a
opressão do mais forte para com o mais fracos ou se desinteressava da
luta social.
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Dedica-se no seu conteúdo sobre a cooperação entre os povos e ao
problema dos países em via de desenvolvimento. Critica o agravamento
do desequilíbrio entre países ricos e pobres, o neocolonialismo e
afirma o direito de todos os povos ao bem estar.
A caridade na verdade, que Jesus Cristo testemunhou com a sua vida terrena e
sobretudo com a sua morte e ressurreiçao, é a força propulsora principal para o
verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira. O amor
(caritas), é uma força extraordinaria, que impele as pessoas a comprometerem-se,
com coragem e generosidade, no campo da justiça e da paz. A caridade é a via
mestra da doutrina social da Igreja.
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a construção duma boa sociedade dum verdadeiro desenvolvimento humano
integral.
Segundo Leão XIII, na sua enciclica fundadora da doutrina social – Rerum Novarum,
o papa diz, que a justiça social serve o bem comum, o papa volta a dar relevância
no termo: “é lícito tender para um futuro melhor, em conformidade com a justiça”. A
justiça é uma norma muito geral que ultrapassa a dimensão dos contratos.
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Por conseguinte, a Rerum Novarum enumera os erros que fazem mal a
sociedade, exclui o socialismo como remédio e expõe, precisando-a, actualizando-a,
“a doutrina católica acerca do trabalho, direito de propriedade, do principio de
colaboração contraposto à luta de classe como meio fundamental para a mudança
social, sobre o direito dos fracos, sobre a dignidade dos pobres e sobre a obrigação
dos ricos, sobre o aperfeiçoamento da justiça mediante a caridade, sobre o direito a
ter associações profissionais.
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1. Mensagem Pastoral sobre as eleições dia 24 a 30 de Março de 2017, os
bispos começam a sua mensagem dizendo, gostariamos de dizer uma
palavra que ilumine e ajude a superar o cepticismo, a desconfiaça e a
indiferença diante dos acontecimentos importantes que marcam o nosso país
neste ano das eleições. Sabemos e compreendemos que pertence à politica a
construção de uma sociedade justa. Como lembra o papa Francisco, “a igreja
não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça. Todos os cristãos
incluindo os pastores, são obrigados a preocurpar-se com um mundo melhor”,
(Evangelho Gaudium). A fé cristã não diminui a nossa condição de cidadãos,
que vai se transformando na força do amor.
2. A eleição e a busca do bem-comum, passaram-se 40 anos desde a
independencia de Angola. Todavia, continuamos a sonhar com um país
próspero, democratico, sem corrupção, socialmente justo e economicamente
sustentavel. Angola precisa que quem governa seja compentente e governe
para todos e não apenas aqueles, e pior, ainda, para uma elite de
privilegiados. Precisa também de uma oposição forte que “obrigue” quem
governa a dar o melhor de si em prol do bem todos. A democracia não é a
“ditadura da maioria”, deve procurar o consenso, e mesmo que se decida pelo
voto da maioria, deve se valorizar o voto da minoria cujos direitos devem ser
sempre respeitado no quadro do Estado do democrático e de direito.
A pessoa comporta, por si mesma, e por tudo que ela é, um certo de universo de
direitos fundamentais, assim também a sociedade – igualdade dotada de existência
natural e necessária – vê esta existência expressa no bem comum da sociedade. Se
a sociedade está intrinsecamente relacionada com a pessoa, assim, o bem comum
está na mesma relação com os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum é a
garantia dos direitos fundamentais.
Não é suficiente, referir-se a esta força, com a qual o bem comum se impõe. É
fundamental conhecer a própria significação. A noção de uma garantia, natural e
necessária, dos direitos fundamentais da pessoa, desenvolve-se, assim, através de
um autêntico valor ético. O bem comum tem uma verdadeira dignidade moral.
Este bem comum não consiste apenas nas vantagens materiais enquanto tais,
mesmo quando repartidas ou harmonizadas, mas consiste também na mesma
harmonia, na paz social, no equilíbrio das relações sociais, na estabilidade e na
segurança de todos os elementos, muitas vezes espirituais que contribuem esta
tranquilidade e para esta ordem. O bem comum é o bem do «todo»; usando um
vocabulário psicológico, portanto dir-se-ia que o bem comum consiste na
«satisfação» social.
O princípio do destino universal dos bens da terra está na base do direito universal
ao uso dos bens. Todo homem deve ter a possibilidade de usufruir do bem-estar
necessário para o seu pleno desenvolvimento: o princípio do uso comum dos bens é
o primeiro princípio de ordem ético-social e típico da doutrina cristã. Trata-se, antes
de tudo, de um direito natural, inscrito na natureza do homem e não somente de um
direito positivo, ligado a contingência histórica, ademais tal direito é original. É um
direito inerente à pessoa e é prioritário em relação a qualquer intervenção humana
sobre os bens, tanto na ordem jurídica e económica.
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Este principio convida a cultivar uma visão económica inspirada em valores morais
que permitam nunca perder de vista nem a origem, nem a faculdade de tais bens, de
modo a realizar um mundo equitativo e solidário em que a formação da riqueza
possa assumir uma função positiva.
A destinação universal dos bens comporta, portanto, um esforço comum que mira
obter para toda a pessoa e para todos os povos as condições necessárias ao
desenvolvimento integral, de modo que todos possam contribuir para a promoção de
um mundo mais humano, onde cada um possa dar e receber, e onde o progresso de
uns não seja mais um obstáculo ao desenvolvimento dos outros nem um pretexto
para a sua sujeição.
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desempenhar as próprias funções. Este principio impõe-se porque cada pessoa,
familia e corpo intermédio tem algo de originário para oferecer a comunidade.
3.3. Participação
2.7. A verdade
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As concepções da verdade
Nossa ideia de verdade foi construída ao longo dos séculos com base em três
concepções diferentes, vindas da língua grega, latina e da hebraica.
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A verdade se relaciona com a presença de alguém (Deus ou o humano) e com a
espera de que aquilo que foi prometido ou pactuado vai cumprir-se ou acontecer.
Emunah é uma palavra da mesma origem que “amém” e significa “assim seja”. A
verdade é uma crença fundada na esperança e na confiança em uma promessa
estando referido ao futuro, que será ou virá. A sua forma mais elevada é a revelação
divina e sua expressão mais perfeita é a profecia.
A nossa concepção da verdade é uma síntese dessas três fontes e por isso se refere
à percepção reais (como na alétheia), à linguagem que relata factos passados (como
na veritas) e à expectativa de coisas futuras (como no emnah). Ou seja, nossa
concepção da verdade abrange o que é (a realidade), o que foi (os acontecimentos
passados) e o que será (acontecimentos futuros). Refere-se, portanto, à própria
realidade (como na alétheia), à linguagem (como na veritas) e à confiança-
esperança (como na emunah).
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2.8. A liberdade
Diz Aristóteles que é livre aquele que tem em si mesmo o princípio para agir
ou não agir, isto é, aquele que é causa interna de sua acção ou da decisão de não
agir. A liberdade é concebida como o poder pleno e incondicional da vontade para
determinar a si mesma, ou seja, para autodeterminar-se. É pensada também como
ausência de constrangimento externo e interno, isto é, aquele que é causa interna
de sua acção ou da decisão de não agir. A liberdade é concebida como o poder
pleno e incondicional da vontade para determinar a si mesmo, ou seja, a
autodeterminar-se. É pensada, também, como ausência de constrangimento
externos e internos, isto é, como uma capacidade que não encontra obstáculos para
se realizar nem é forçada por coisa alguma para agir.
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contrária a indicada pela inteligência ou razão. É por ser e incondicionada que
vontade pode seguir ou não o conselho da consciência. A liberdade será ética
quando o exercício da vontade estiver em harmonia com a direcção apontada pela
razão.
Em sua obra O ser e o nada, o filósofo frânces Jean-Paul Sartre levou essa
concepção ao ponto limite. Para ele, a liberdade é a escolha incondicional que o
próprio homem faz de seu ser e do seu mundo. Quando julgamos estar sob o poder
da força externas mais poderosas do nossa vontade, esse julgamento é uma
decisão livre, pois outros homens nas mesmas circunstâncias, poderia decidir não se
sentir cansada e agir. Dali afirmação paradoxal “estamos condenados à liberdade”.
Para os humanos a liberdade é como a necessidade e a fatalidade, ou seja, não
podemos escapar dela. É essa ideia que se encontra no poema de Vicente de
Carvalho, quando nos diz que a felicidade “está sempre apenas onde a pomos” e
“nunca a pomos onde nós estamos”. Somos agentes livres tanto para ter como para
perder a felicidade.
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- A primeiro (é dada pelos estoicos e por Hegel) afirma que o todo é racional e que
suas partes também o são, sendo livres quando agirem em conformidade com as
leis do todo, para o bem da totalidade;
- a segunda (dada por Espinosa) afirma que as partes são da mesma essência que o
todo e, portanto, são racionais e livres como ele, dotadas de força interior para agir
por si mesmas, de sorte que a liberdade é tomar parte activa na actividade do todo.
Tomar parte activa significa, por um lado, conhecer as condições estabelecidas pelo
todo, conhecer suas e o modo como determinam nossas acções. Não somos livres
para escolher tudo, mas o somos para fazer tudo quanto esteja de acordo com
nosso ser e com nossa capacidade de agir, graças ao conhecimento que possuímos
de nós mesmos e das circunstâncias em que vamos agir.
Para os estoicos, ser livre é agir conforme a natureza (seguindo suas leis
necessárias) e conforme a natureza do agente (seguindo uma vontade pessoal
poderosa dirigida pela razão).
Para Espinosa, o homem livre é aquele que age como causa interna,
completa e total de sua acção. Esta não provém de uma escolha voluntária e sim do
desenvolvimento espontâneo da essência ou natureza racional do agente. O
individuo livre age por necessidade de sua própria essência. Somos, livre diz
Espinosa, quando somos uma potência interna para pluralidade simultânea de
afecto, ideias e acções que decorrem do nosso próprio ser e dos quais somos a
única causa. Nesta ordem de ideias, Espinosa não aceita a ideia Estoica da
liberdade como poderio ou império da vontade sobre as paixões. Diz ele que não
somos livres porque nossa vontade domina nossas paixões, mas é porque somos
livres que nossa razãoé um afecto alegre mais forte do que os afectos nascidos das
paixões.
Para Hegel, o homem livre é uma figura que aparece na história e na cultura
sob duas formas principais. Na primeira, a liberdade humana coincide com o
surgimento da cultura, ou seja, é livre o homem que não se deixa dominar pela força
da natureza e que a vence, dobrando-a à sua vontade por meio do trabalho, da
linguagem e as artes. A liberdade embora refere-se ao individuo é mais uma atitude
do homem universal.
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Em outra forma, o homem livre como individuo livre faz sua aparição na
história em dois momentos sucessivos nos quais o segundo momento depende do
primeiro. O primeiro momento é o surgimento do homem cristão ou o surgimento da
interioridade cristã, que descobre a consciência de si; o segundo momento,
decorrente do desenvolvimento interno do cristianismo, é o do surgimento da
individualidade racional moderna ou do individuo como consciência de si reflexiva.
2.9. A justiça
Por isso, que tem objecto próprio, distinto do das outras virtudes, a justiça é uma
virtude especial. A justiça é uma virtude geral, que subordina a si, não só as outras virtudes,
mas também os seus actos.
Nesta virtude especial, que é a justiça, convém distinguir dois aspectos, que
correspondem a aspectos distintos da relação de outrem. Esse outrem pode ser
considerado na sua individualidade. Mas também pode, e deve ser considerado
socialmente. Existem relações entre os homens considerado um por um: a justiça destas
relações chama-se justiça particular. Todavia, em virtude do segundo aspecto, é evidente
que as relações dos homens entre si são determinadas pelas relações de uns de outros,
para com o todo social. «O bem da parte deve ser subordinado ao bem do todo». Deste
modo, mesmo a justiça particular está subordinada à justiça, «enquanto ela ordena o
homem para o bem comum». Neste caso, designa-se a justiça como geral.
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assim nos aparecem distintos entre si, estão, contudo, subordinados um ao outro, como as
partes estão subordinadas ao todo, na sociedade.
S. Tomás, também propôs que a justiça geral também se possa chamar «justiça
legal», uma vez que a lei – não só a lei positiva e humana, mas principalmente a lei divina e
a lei natural – tem precisamente a função de ordenar os actos de todas as virtudes para o
bem comum.
A Justiça na D.S.I
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A caridade na verdade é um principio à volta da qual gira a doutrina social da
igreja, é um principio orientador da acção moral. O faz-nos lembrar dois
compromissos em do desenvolvimento numa sociedade em vias de globalização: a
justiça e o bem comum.
Em primeiro lugar, a justiça. Ubi societas, ibi ius: cada sociedade elabora
sistema próprio de justiça. A caridade supera a justiça, porque amar é dar, oferecer
ao outro que é “meu”; mas nunca existe sem a justiça, que induz dar ao outro o que
é “dele”, o que lhe pertence razão do seu ser e do seu agir. Não posso dar ao outro
do que é meu, sem antes lhe ter dado aquilo que lhe compete por justiça. Quem
ama os outros com caridade é, antes de mais nada, justo para com eles. A justiça é
o primeiro caminho da caridade, ou como dizia Paulo VI “a medida mínima”. A
caridade exige a justiça: o reconhecimento e o respeito dos legítimos direitos dos
individuos e dos povos. Aqueles empenha-se na construção da «cidade do homem»,
segundo o direito e a justiça. Por outro lado, a caridade supera a justiça e completa-
a com a lógica do dom e do perdão. A cidade do homem não se move apenas por
relações feita de direitos e deveres, mas antes e sobretudo por relações de
gratuidade, misercórdia e comunhão. A caridade manifesta-se, mesmo nas relações
humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo empenho da justiça
no mundo.
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verdadeira e própeia solidariedade ético-social, que é a exigência moral inerente a
todas as relações humanas. Por conseguinte, a solidariedade apresenta-se em dois
aspectos complementares: o de principio social e o de virtude moral.
A
40
Bibliografia
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