Kelber Estudos Tecnol2003
Kelber Estudos Tecnol2003
Kelber Estudos Tecnol2003
Christian R. Kelber1
Fernando Santos Osório2
Claudio Rosito Jung3
Rubem Sprenger Dreger4
Roger Gules5
Claudio Dornelles Mello Jr.6
Marcos Azevedo da Silveira7
Walter Schumacher8
Resumo
O presente artigo apresenta uma visão geral das tecnologias que estão sendo desenvolvidas e
implementadas em automação veicular, bem como exemplos de alguns dos projetos desenvolvidos pelo grupo de
pesquisas Veículos Autônomos da UNISINOS nesta área.
Abstract
The present article presents an overview of the technologies that have been developed and implemented
in vehicle automation, and examples of some projects in this area developed by the “Veículos Autônomos”
(autonomous vehicles) research group at UNISINOS.
1
Doutor em Eng. Elétrica e professor do Curso de Engenharia Elétrica da UNISINOS.
2
Doutor em Informática e professor do Programa Interdisciplinar de Computação Aplicada da UNISINOS.
3
Doutor em Matemática e professor do Curso de Licenciatura em Matemática da UNISINOS.
4
Mestre em Eng. Elétrica e professor do Curso de Engenharia Elétrica da UNISINOS.
5
Doutor em Eng. Elétrica e professor do Curso de Engenharia Elétrica da UNISINOS.
6
Mestre em Eng. Elétrica e professor do Curso de Engenharia Elétrica da UNISINOS.
7
Docteur D'Etat e professor do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio.
8
Prof.Dr.-Ing. em Eng. Elétrica, professor e diretor do Institut für Regelungstechnik da Technische Universität Braunschweig (Alemanha).
1
1. Introdução
Para a verificação experimental dos dispositivos desenvolvidos o grupo dispõem de um veículo do tipo
Mini-Baja, visto na Figura 1, automatizado com equipamentos industriais normalmente empregados em sistemas
para automação industrial. Este veículo serve como base de testes para diferentes técnicas de instrumentação e
controle, bem como estudos avançados para o desenvolvimento de sistemas de apoio ao motorista.
2
2. Soluções em Mecatrônica e Sistemas de Apoio ao Motorista
A automação veicular, além de propiciar ao motorista maior segurança em condições críticas adversas,
também pode auxiliá-lo na condução do veículo, onde uma ou mais tarefas poderiam ser automatizadas, tais
como: seguir a pista mantendo a faixa correta, manter uma distância segura entre veículos, regular
automaticamente a velocidade do veículo conforme as condições de trânsito e características da rodovia, fazer
ultrapassagens seguras e evitar obstáculos, achar o caminho mais curto e seguro para o destino bem como mover
o veículo e estacioná-lo em ambiente urbano [C1].
Com a introdução nos veículos de soluções em informática, o motorista também pode contar em
diversos países com sistemas de navegação, que o auxiliam na escolha da melhor rota entre a origem e o destino,
e que podem inclusive adequa-la durante a viagem conforme as condições de trânsito. Chega-se desta forma a
um sistema de automação veicular complexo, com diversos níveis hierárquicos de controle, como é apresentado
na Figura 2.
3
A condução do veículo, situada no meio da estrutura hierárquica de controle, é realizada atualmente
pelo motorista, mas esta função também pode vir a ser automatizada. O tema que aborda a condução do veículo
de forma completamente autônoma será abordado adiante, uma vez que diversos fatores devem ser levados em
conta nesta questão.
Cada sub-sistema de controle, dependendo de sua hierarquia na estrutura, pode ser classificado como
uma solução mecatrônica, mais próxima da base da estrutura, ou como um sistema de apoio ao motorista. Não há
uma fronteira bem definida entre os dois grupos, uma vez que um é complementar ao outro.
A Interface Homem Máquina (IHM) entre o condutor e o veículo automatizado também merece estudos
mais aprofundados. Através da tecnologia Drive-by-Wire / X-by-Wire o carro pode ser guiado a partir de
comandos eletrônicos, não havendo, portanto, a necessidade da interface convencional de volante e pedais. IHMs
4
empregando joysticks e manches já foram testadas, mas não há, até o momento, estudos que indiquem qual a
solução mais eficaz quanto a dirigibilidade, conforto, ergonomia e segurança.
Diversas soluções mecatrônicas encontram-se disponíveis nos veículos, principalmente nos automóveis
de luxo. Destacam-se entre eles:
• Anti Blocking System (ABS): Impede o bloqueio das rodas durante uma freada, evitando que o
veículo derrape e está disponível em veículos de todas as categorias.
• Electronic Stability Program (ESP): Sistema eletrônico que reconhece o escorregamento do veículo nas
direções longitudinal e transversal, como por exemplo o deslizamento
lateral em curvas, e atua de forma orientada e independente sobre o
freio de cada uma das rodas, evitando que o veículo rodopie.
• Active Body Control (ABC): Sistema que controla dinamicamente a carroceria do veículo, evitando
que a mesma se incline para frente ou para os lados, aumentando
assim o conforto dos passageiros.
• X-by-Wire (Drive-by-Wire): Tecnologia que aos poucos vem substituindo os comandos mecânicos
por sistemas eletrônicos, tais como o acelerador eletrônico, já
disponível em diversos veículos de série, bem como os sistemas
Brake-by-Wire, Shift-by-Wire e Steer-by-Wire.
5
direção visando melhorar ainda mais a estabilidade do veículo em condições extremas e impedindo que reações
erradas por parte do condutor sobre a direção agravem a situação de perigo. O condutor ganha desta forma um
“co-piloto eletrônico” ou “co-piloto virtual”, que atuaria apenas em condições de perigo eminente, garantindo a
integridade do motorista e dos passageiros no veículo. Outra tendência na indústria automotiva está na utilização
de veículos híbridos, o que deverá alterar significativamente a estrutura tecnológica dos veículos hoje
conhecidos.
Com base nas estruturas mecatrônicas diversos sistemas automáticos de apoio ao motorista, como o já
existente Automatic Cruise Control (ACC), que mantém o veículo em velocidade constante, podem ser mais
facilmente implementados. A partir de informações de sensores externos, como radar, o sistema de apoio ACC
pode ser acrescido da possibilidade de adequação da velocidade de cruzeiro conforme o fluxo de veículos na
estrada, podendo inclusive parar e iniciar novamente o movimento, seguindo o veículo a sua frente. O condutor,
neste caso, ficaria apenas responsável pela direção.
Também com base nas informações dos diferentes sensores novos sistemas de airbag podem ser
desenvolvidos, acionando-os antes mesmo que a batida ocorra. Da mesma forma estes sensores podem servir de
base para um sistema anti-colisão, que perceberia uma colisão eminente e atuaria sobre o freio, reagindo mais
rápido que qualquer ser humano. Após a automação do sistema de direção pode haver a possibilidade de o
veículo, por exemplo através de visão computacional, identificar e seguir de forma autônoma as bordas da pista.
Neste caso o condutor apenas supervisionaria o sistema, enquanto que o “piloto automático” ficaria responsável
pela condução segura do veículo em estradas preparadas para tal propósito.
Figura 5: Diretrizes
Não se pode, entretanto, prever se os veículos serão no futuro completamente autônomos. Conforme
mostra a Figura 5, diferentes diretrizes, que vão em direções opostas, devem ser discutidas e estabelecidas pela
sociedade. Se por um lado a diretriz básica for a segurança total nas estradas, então o fator humano deve ser
6
minimizado e os veículos deverão seguir de forma autônoma seus caminhos. Por outro lado esta decisão elimina
a liberdade individual de dirigir e sentir prazer ao dirigir, uma vez que o condutor não tomaria mais as decisões
conforme sua vontade, necessitando apenas indicar ao computador o destino da viagem. Este conflito de
diretrizes já pode ser notado ao serem comparados os motoristas das sociedades norte-americana, alemã, italiana
e brasileira. Enquanto que os norte-americanos e alemães dão preferência ao câmbio automático, a maioria dos
italianos e brasileiros prefere o câmbio manual, pois gostam de ter total “domínio” sobre la machina.
Da mesma forma a sociedade deverá definir qual o fator mais importante num sistema de transporte:
capacidade de transporte ou conforto individual. Com base nas atuais condições de trânsito das grandes cidades
fica evidente a necessidade de um sistema efetivo de transporte em massa. Entretanto, o principal fator que vai
na direção contrária desta diretriz é a liberdade individual de poder ir a qualquer lugar e a qualquer hora de
forma extremamente confortável. Mas, por outro lado, as ruas e avenidas das grandes cidades não comportarão
mais um aumento expressivo no número já tão elevado de veículos, o que faz a decisão recair na diretriz de
aumento da capacidade de transporte. Tal sistema integrado de transporte irá requerer conceitos diferentes das
estruturas existentes nos dias de hoje, devendo possuir alta flexibilidade de horário proporcionar conforto aos
passageiros.
O grupo de pesquisa vem realizando nos últimos anos diversos trabalhos dentro em todos os níveis
hierárquicos da estrutura de controle de veículos autônomos, apresentada anteriormente na Figura 2. Destacam-
se aqui os projetos desenvolvidos no Curso de Engenharia Elétrica, mais direcionados para os sistemas
mecatrônicos, e os projetos desenvolvidos no Programa Interdisciplinar de Computação Aplicada (PIPCA), que
enfocam os níveis superiores na estrutura de controle.
7
Figura 6: Veículo autoguiado rastreador de faixa óptica
Também na área de pequenos veículos autônomos, diversos sistemas foram desenvolvidos para
aplicações na água, na terra ou no ar, destacando-se os exemplos apresentados na Figura 7. Estes projetos, além
de servirem para o desenvolvimento e aprimoramento dos sistemas idealizados pelo grupo, são uma excelente
base do aprendizado de engenharia [A3],[A4]. Pelas inovações geradas pelos alunos os trabalhos também
obtiveram grande destaque na mídia [B1]–[B5].
Os protótipos desenvolvidos para aplicações na água tinham como objetivo percorrer autonomamente
uma trajetória pré-definida no lago existente no campus da universidade [A3],[A4]. No projeto Gaveta a
trajetória foi programada no computador de bordo, enquanto que no projeto E-Duck a nova referência de direção
era enviada ao sistema de controle através de telefone celular, técnica depois também empregada no projeto do
Mini-Baja autônomo, que será descrito mais adiante.
a) b)
c) d)
Figura 7: a) Projeto Gaveta, b) Projeto E-Duck, c) Projeto Zeppelin, d) Projeto Thunder
O protótipo de balão dirigível, descrito no artigo [A5], foi utilizado para o projeto de um “piloto
automático”, onde os alunos envolvidos puderam aplicar todos os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Já
8
o projeto Thunder consiste em um veículo explorador sobre esteiras. Este também desloca-se autonomamente
pelo campus, podendo ter ainda uma micro-câmera implementada em seu interior para inspeções de regiões de
difícil acesso.
Para o controle automático destes pequenos veículos autônomos foi necessário o desenvolvimento de
uma bússola eletrônica [A6], apresentada na Figura 8.
A bússola eletrônica desenvolvida tem como base resistores magneto-resistivos, dispostos fisicamente
de forma perpendicular um ao outro. Estes fornecem as componentes do campo magnético terrestre em
coordenadas cartesianas e um circuito microprocessado trata estas informações, de forma a indicar a direção que
a bússola se encontra em relação ao norte magnético terrestre. Com esta bússola torna-se possível o controle de
direção de veículos autônomos para aplicações outdoor.
Para aplicações indoor, onde a bússola pode vir a sofrer interferência magnética, como por exemplo
devido às ferragens existentes na construção do prédio ou devido a partes metálicas existentes no ambiente,
foram desenvolvidas outras técnicas de sensoriamento. Dentre elas destaca-se o desenvolvimento de um sensor
de infravermelho para localização em áreas definidas [A7],[B6],[B7]. Aliadas a um sistema de inteligência
artificial, pode-se também permitir o trânsito de pequenos robôs móveis autônomos dentro de ambientes
conhecidos e previamente mapeados [A8].
Na área referente aos níveis superiores da estrutura de controle foi desenvolvido um sistema de controle
robusto para robôs móveis autônomos que é capaz de operar e de se adaptar a diferentes ambientes e condições
[A8]. O sistema de controle desenvolvido tem a capacidade de navegar um robô móvel em um ambiente
dinâmico, desviando tanto de obstáculos estáticos como de obstáculos móveis imprevistos. Para garantir a
robustez da arquitetura de controle, foi integrado um módulo localizador, capaz de localizar o robô no ambiente
utilizando as informações sensoriais e um mapa. O localizador é capaz de manter uma estimativa de posição
correta quando a localização inicial é conhecida (localização local), é capaz de estimar uma posição global
quando não se dispõe de informações sobre a posição inicial do robô móvel (localização global), e também
possui a capacidade de detectar uma estimativa de posição incorreta e se relocalizar no ambiente (relocalização).
Através da utilização de um filtro de distância, é possível localizar-se inclusive em um ambiente dinâmico. Este
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módulo localizador possui um papel de destaque no sistema de controle, fornecendo uma base sólida para o
controle e navegação do robô móvel autônomo.
Para a validação do sistema de controle proposto, foi implementado um simulador de robôs móveis
(SimRob3D) que permite a utilização de modelos de ambiente tridimensionais, bem como diversos modelos
sensoriais e cinemáticos, como pode der visto na Figura 9. O ambiente pode ser alterado em tempo real, e é
possível a utilização de objetos móveis que seguem trajetórias predefinidas. É possível utilizar a cinemática
Ackerman ou a cinemática diferencial, e sensores tais como: encoder, sonar, laser e infravermelho.
10
a) b)
c) d)
Figura 10: Sistema SEVA-3D (Simulador de Estacionamento de Veículos Autônomos)
Seguindo na área de visão computacional, outros projetos com aplicações em controle também foram
desenvolvidos tanto no Curso de Engenharia Elétrica como no PIPCA. Como exemplos destacam-se o sistema
de controle de direção de um modelo de bancada de um Zeppelin, apresentado na Figura 11, e o sistema de jogo
de tabuleiro visto na Figura 12, onde o computador pode “enxergar” a condição de jogo e, através de um braço
robótico, movimentar as peças em suas jogadas.
11
a) b)
Figura 11: a) Modelo de bancada de um Zeppelin, b) Software de tratamento de imagem & controle
No projeto acima a direção do Zeppelin é identificada a partir de uma análise feita segundo a imagem
capturada por uma câmera situada sobre o protótipo. O sistema de controle também é realizado pelo software,
podendo ser analisados através deste o comportamento do sistema com diferentes tipos de controladores, desde
os controladores lineares da família PIDT até controladores não-lineares.
Os sistema de visão computacional podem ser utilizados para o reconhecimento de objetos, que podem
ir desde peças de um jogo de tabuleiro até as bordas e linhas centrais de uma rodovia [C1],[C2]. Uma vez obtida
a informação sobre o meio o computador pode atuar sobre ele através dos sistemas mecatrônicos. Entretanto, a
tarefa de detectar automaticamente as bordas da rodovia em imagens capturadas por uma ou duas câmera
instaladas no veículo apresenta várias dificuldades, entre as quais pode-se citar:
• Falhas na Pintura – há várias rodovias cuja pintura está gasta (ou mesmo apresentando lacunas);
• Sombras – árvores, prédios, pontes e outros veículos projetam sombra sobre a pintura da rodovia, alterando
sua intensidade e textura;
• Posição Solar – a posição solar influi significativamente na detecção das bordas de rodovias, pois pode
causar saturação na imagem capturada pela câmera, ou provocar reflexos especulares;
12
• Oclusão – outros veículos trafegando na mesma rodovia podem ocluir parcialmente a estrada, e
conseqüentemente, a pintura, de forma que outros sensores são necessários para auxiliar o sistema de visão a
interpretar o ambiente a sua frente [C3],[C4];
• Condições Climáticas – alguns fenômenos da natureza (como neblina, chuva ou neve) podem ser encarados
como ruído na imagem, dificultando a localização das bordas.
De forma a contornar as dificuldades citadas acima o grupo vem desenvolvendo diferentes técnicas para
o processamento das imagens, que deverão ser implementadas em um sistema de tempo real, ou seja, o
processamento deverá ocorrer em um espaço de tempo limitado e extremamente curto.
Com base nos conhecimentos adquiridos nos projetos apresentados anteriormente encontra-se em
andamento um projeto maior de pesquisa, onde um veículo do tipo Mini-Baja, apresentado na Figura 13, está
sendo automatizado. Como objetivo principal este veículo deverá andar autonomamente pela Avenida Unisinos,
vista na Figura 14, através de diferentes técnicas de sensoriamento e controle. Tal sistema visa propiciar
condições bem próximas das reais, encontradas por veículos automotores nas estradas. Desta forma o grupo
possui uma base para o desenvolvimento tanto de sistemas de apoio ao motorista bem como tecnologias
baseadas em soluções mecatrônicas, envolvendo análises teóricas da dinâmica veicular [A11] bem e diferentes
técnicas de sensoriamento e controle [A12].
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marcações especiais sobre a pista, tais como cabo guia ou transponders, de forma que sistemas integrados de
transporte automatizado também podem ser testados.
a) b)
Figura 14: a) Campus da UNISINOS b) Avenida Unisinos
A estrutura lógica que está sendo implementado no Mini-Baja autônomo é apresentada na Figura 15. Na
parte de sensoriamento há três grupos básicos de sensores: Sensores para Reconhecimento de Rota, Sensores
para Reconhecimento de Objetos & Obstáculos e Sensores de Navegação, que permitem que a rota traçada seja
seguida com segurança.
• eletromagnético, onde o campo magnético gerado pela corrente elétrica injetada em um cabo colocado sob o
asfalto da pista é rastreado,
• através de uma câmera, de forma que a partir de visão computacional as faixas de referência, que
normalmente já encontram-se pintadas sobre as rodovias para orientação dos motoristas, possam ser
identificadas.
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Figura 15: Estrutura lógica dos sub-sistemas de um veículo autônomo
Através dos sensores de objetos, tais como scanners a laser, ultra-som, radar e visão 3D por stereo-
câmeras, diferentes obstáculos podem ser detectados, fazendo com que o veículo pare ou desvie destes, evitando
assim colisões, que, segundo as estatísticas divulgadas pelo DETRAN-RS, representam o principal tipo de
acidentes de trânsito com vítimas. Ter a redução dos acidentes nas estradas, com a conseqüente redução no
número de vítimas como meta, mostra a importante contribuição que o desenvolvimento de tecnologias para a
automação automotiva podem trazer para a sociedade.
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Figura 16: Estrutura de hardware em implementação no veículo autônomo
O sistema baseia-se em uma estrutura de controle distribuído, onde as sub-malhas de direção, tração e
frenagem são controladas por CLPs, interligados entre si através de rede de campo industrial. Tanto os sistemas
de apoio ao motorista quanto os algoritmos de controle de níveis hierárquicos superiores são desenvolvidos em
computadores do tipo PC com sistema operacional de tempo real, que enviam via rede os respectivos valores de
referência para cada uma das sub-malhas de controle [A12].
4. Conclusões
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computadores, instrumentação e controle, bem como uma excelente base de informática, imprescindível para
implementação dos algoritmos dos sistemas de apoio ao motorista, baseados em inteligência artificial, além da
interligação de todos os sistemas do veículo. Os projetos tendem a ser realizados cada vez mais por equipes
multidisciplinares, que deverão trabalhar em grupo desde o início do desenvolvimento dos sistemas.
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Reportagens – Jornais e Revistas:
[B1] "Alunos montam robôs aquáticos"; Jornal Unisinos apresentando trabalhos realizados por alunos do Curso de Engenharia
Elétrica, Julho 2001.
[B2] "Inventos universitários serão apresentados hoje"; Jornal VS, 14 de dezembro de 2001.
[B5] "Alunos montam robôs aquáticos"; UNISINOS em Revista, Num. 68, pp.24 , Dezembro de 2001.
[B7] "Sistema que localiza veículos é apresentado em congresso"; Jornal Unisinos - Últimas Notícias, 19 Nov. 2002.
[B8] "Pesquisa torna realidade cena de filme"; Jornal Unisinos - Últimas Notícias, 05 Dez. 2002.
[B10] "Carro será dirigido através de celular na Unisinos"; Baguete - Jornalismo Empresarial Digital, 05 Dez. 2002.
[B11] "Das telas para a Unisinos - Protótipo de veículo automatizado conta com a parceria de quatro empresas"; Jornal VS, 06 Dez.
2002.
[B12] "Celular permite movimentar carro - Mini-Baja inteligente, dotado de sistema eletrônico, foi testado por pesquisadores e alunos
da Unisinos"; Correio do Povo, 08 Dez. 2002.
[B13] "Estudantes gaúchos criam carro guiado por telefone celular."; O Sul, 08 Dez. 2002.
[B14] "Unisinos se inspira em James Bond - Estudantes da universidade de São Leopoldo fazem carro comandado por celular."; Jornal
VS - Motores, 11 Dez. 2002.
[B15] "Futuro próximo - Pesquisadores da Unisinos desenvolvem veículo controlado por aparelho celular"; Zero Hora - Sobre Rodas,
12 Dez. 2002.
[C1] "Vision-Based Driving Assistance"; Alberto Broggi; IEEE Intelligent Systems; Vol. 13 N. 6; Nov./Dez. 1996.
[C2] "A Vision-Based Off-Road Alert System"; M. Brattoli, R. Tasca, A. Tomasini, E. Chioffi, D. Gerna, M. Pasotti; IEEE Intelligent
Vehicles Symposiom; 1996.
[C3] "Fusing Radar and Vision for Detecting, Classifying and Avoiding Roadway Obstacles"; Dirk Langer, Todd Jochem; IEEE
Intelligent Vehicles Symposiom; 1996.
[C4] "Advanced Lane Recognition - Fusing Vision and Radar"; Axel Gern, Uwe Franke, Paul Levi; IEEE Intelligent Vehicles
Symposiom; 2000.
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