TCC208 - Sensor de Guinada
TCC208 - Sensor de Guinada
TCC208 - Sensor de Guinada
FACULDADE DE TECNOLOGIA
FATEC SANTO ANDRÉ
Tecnologia em Eletrônica Automotiva
2
AGRADECIMENTOS
3
“É chato chegar a um objetivo num instante.”
Raul Seixas
4
RESUMO
5
ABSTRACT
Accidents involving motor vehicles on the roads began to be more relevant with the rise
of these occurrences, and the main forms of accidents involving passenger vehicles has been
slipping side and rear impact, these occurrences are related to human and physical factors,
such as conditions of the vehicle lane and the environment.
The electronic stability control's main function is to improve vehicle handling in adverse
conditions, uniting the traction control and brake control, correcting errors and increasing
toward the driver's safety while driving. The system uses several sensors housed in various
parts of the vehicle, making the reading of important entries and send the same to an
electronic control unit that processes this information and controls the driving dynamics of the
vehicle partially or fully the brakes and monitors the engine and transmission of the vehicle to
put it in a safe condition and maneuver in any operating condition, which effectively
contributes to the vehicle security and can reduce the amount of accidents.
Keywords: Electronic Control, Stability, Vehicle Dynamics ,Traction system, brakes, vehicle
security and brakes.
6
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
7
Figura 40: Rolamentos da roda............................................................................................. 45
Figura 41: Sistemas de eixos de um veículo (Adaptado de GILLESPIE, 1992) ..................... 46
Figura 42: Veículo no sistema de coordenadas fixa inercial (Adaptado de GILLESPIE, 1992).
............................................................................................................................................ 48
Figura 43: Forças atuantes no movimento longitudinal do veículo ........................................ 49
Figura 44: Sensor do ângulo do volante (Retirado de wds.spaghetticoder.org). ..................... 50
Figura 45: Sensor de aceleração longitudinal, lateral e de guinada (Retirado de
wds.spaghetticoder.org). ...................................................................................................... 51
Figura 46: Diagrama de corpo livre de um veículo sob aceleração (Adaptado de GILLESPIE,
1992). .................................................................................................................................. 51
Figura 47: Curvas de desempenho do motor (Retirado de BOSCH, 2005). ........................... 52
Figura 48: Componentes básicos de um sistema de potência (Adaptado de GILLESPIE,
1992). .................................................................................................................................. 53
Figura 49: Torque de alinhamento dos pneus (Adaptado de GOUCH). ................................. 54
Figura 50: Força Lateral x Ângulo de derrapagem (Retirado de BOSCH, 2005). .................. 55
Figura 51: Força de frenagem em relação ao deslizamento (Retirado de BOSCH, 2005). ..... 55
Figura 52: Configuração de um sistema de tração dianteira (Adaptado de REIMPELL, 2001).
............................................................................................................................................ 56
Figura 53: Sistema de freios de um veículo (Retirado de
www.bosch.com.br/br/autopecas/produtos/freios/default.asp). ............................................. 57
Figura 54: Distribuição das cargas de frenagem (Adaptado de GILLSPIE, 1992). ................ 58
Figura 55: Forças de frenagem máximas em função do atrito (Retirado de PERUZZO). ....... 59
Figura 56: Esquema básico de um sistema de direção (Retirado de BOSCH, 2005). ............. 60
Figura 57: Principais ângulos na geometria do sistema de direção (Adaptado de PERUZZO).
............................................................................................................................................ 61
Figura 58: Ângulo de Caster (Adaptado de www.4x4brasil.com.br/forum). .......................... 62
Figura 59: Ângulo de Camber (Retirado de www.aeromodelismasdechile.cl/jorge/drift/tt01).
............................................................................................................................................ 62
Figura 60: Inclinação do Pino Mestre (Retirado de
ruralwillys.tripod.com/manutencao/angulosdirecao.htm). ..................................................... 63
Figura 61: Ângulo de Convergência (Retirado de
ruralwillys.tripod.com/manutencao/angulosdirecao.htm). ..................................................... 64
Figura 62: Diagrama de Blocos do Funcionamento do Sistema (Adaptação própria). ........... 65
Figura 63: Caminho desejado que o veículo percorra (Adaptado de EDUARDO). ................ 66
Figura 64: Caminho que o veículo irá percorrer (Adaptado de EDUARDO). ........................ 66
Figura 65: Dinâmina transversal de um veículo (Adaptado de BOSCH, 2005). .................... 67
Figura 66: Sistema de controle da estabilidade (Adaptado de BOSCH, 2005). ...................... 68
Figura 67: Veículo com Sistema de Controle da Estabilidade x Veículo Sem Sistema de
Controle da Estabilidade (Adaptado de ERJAVEC). ............................................................ 70
Figura 68: Identificação de um obstáculo (Adaptado de www.bosch.com). .......................... 71
Figura 69: Manobra do alce (Retirado de m.carros.uol.com.br). ........................................... 72
Figura 70: Identificação de um obstáculo (Adaptado de
www.bosch.com.br/br/mundobosch/revista/topico_nov14_01.htm). ..................................... 72
Figura 71: Giro do volante (Adaptado de
www.bosch.com.br/br/mundobosch/revista/topico_nov14_01.htm). ..................................... 73
Figura 72: Desvio do obstáculo (Adaptado de
www.bosch.com.br/br/mundobosch/revista/topico_nov14_01.htm). ..................................... 73
Figura 73: Acionamento dos freios (Adaptado de
www.bosch.com.br/br/mundobosch/revista/topico_nov14_01.htm). ..................................... 73
8
Figura 74: Retorno do volante a posição original (Adaptado de
www.bosch.com.br/br/mundobosch/revista/topico_nov14_01.htm). ..................................... 74
Figura 75: Retorno ao percuso (Adaptado de
www.bosch.com.br/br/mundobosch/revista/topico_nov14_01.htm). ..................................... 74
Figura 76: Atuação do controle de tração (Adaptado de
www.youtube.com/watch?v=SQx8ZoWCSSs). .................................................................... 75
Figura 77: Diagrama de Blocos do controlador de tração (Adaptado de BOSCH, 2005). ...... 76
Figura 78: Unidade de comando do Controle Eletrônico da Estabilidade (Retirado de
salaodocarro.com.br/comofunciona/controle-de-estabiliade-esp.html). ................................. 77
Figura 79: Diagrama de blocos do Sistema de controle PID (Adaptação própria). ................ 80
9
LISTA DE ABREVIATURAS
10
LISTA DE SÍMBOLOS
1. x Moviemnto de Avanço
9. W Peso do veículo
11
24. r Raio das rodas
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 14
1.1 Motivação .................................................................................................................. 16
1.2 Objetivo ..................................................................................................................... 16
1.3 Conteúdo ................................................................................................................... 16
1.4 Metodologia ................................................................................................................ 16
2 SISTEMAS DE SEGURANÇA VEICULAR ................................................................... 17
2.1 Segurança Veicular ..................................................................................................... 17
2.2 Segurança Ativa .......................................................................................................... 21
2.3 Segurança Passiva ....................................................................................................... 22
......................................................................................................................................... 23
2.4 Sistemas ABS ............................................................................................................. 23
2.5 Controle do Sistema ABS ............................................................................................ 29
2.6 Controle Automático de Tração.................................................................................. 30
2.7 Sistemas X-BY-WIRE .................................................................................................. 31
3 ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES.................................................................................. 32
3.1 Causa dos acidentes .................................................................................................... 32
3.2 Acidentes ocorridos no Japão ..................................................................................... 34
3.3 Acidentes na Europa ................................................................................................... 35
3.4 Acidentes no Brasil ..................................................................................................... 38
3.4.1 Inspeção Veicular nos Sistemas de Freios ............................................................. 42
4 DINÂMICA VEICULAR ................................................................................................ 46
4.1 Fundamentação Teórica .............................................................................................. 46
4.2 Estabilidade Direcional ............................................................................................... 47
4.3 Sistema de Coordenadas.............................................................................................. 47
4.3.1 Cargas Dinâmicas nos eixos .................................................................................. 51
4.4 Aceleração limitada pela potência .............................................................................. 52
4.5 Aceleração limitada pela tração ................................................................................... 54
4.6 Sistema de Tração ....................................................................................................... 55
4.7 Análise de frenagem ................................................................................................... 56
4.8 Sistema de Direção ..................................................................................................... 59
4.9 Sistema de Estabilização ............................................................................................. 64
4.9.1 Controle do Sistema de Tração .............................................................................. 74
4.9.2 Sistemas de Sensores ............................................................................................ 76
4.9.3 Controle do Escorregamento de Frenagem ............................................................ 78
5 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 82
6 TRABALHOS FUTUROS ............................................................................................... 83
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 84
13
1 INTRODUÇÃO
14
Sendo assim, abordaremos neste trabalho a funcionalidade do controle eletrônico da
estabilidade e as suas principais características, que salvam vidas e evitam acidentes,
proporcionando uma maior confiança ao motorista e segurança a todos os passageiros e
pedestres, elevando a segurança veicular.
15
1.1 Motivação
1.2 Objetivo
1.3 Conteúdo
1.4 Metodologia
16
2 SISTEMAS DE SEGURANÇA VEICULAR
A segurança veicular pode ser dividida basicamente em 3 grupos de acordo com a sua
origem sendo:
17
Figura 3: Condições do Tráfego (Retirado de noticias.r7.com)
18
Humana, que define o nível de qualificação do motorista e as suas condições
físicas e psicológicas.
O índice de acidentes no Brasil é um dos maiores no mundo, este fato esta relacionado
ao elevado número de veículo e a grande extensão de rodovias. O número de vítimas fatais
também é muito elevado (EDUARDO, 20008), assim se torna extremamente necessário que
as indústrias automotivas desenvolvam tecnologias que busquem maior conforto e segurança
ao usuário.
Na figura 5 podemos identificar a resposta de compradores de veículo uma pesquisa
realizada pela BOSCH no Brasil sobre o que seria um carro seguro para os compradores de
veículos, a maioria dos motoristas declaram que um veículo seguro precisa conter pelo menos
três equipamentos: cinto de segurança (66%), air bags (57%) e freios ABS (38%), na
pesquisa foram ouvidos cerca de duas mil pessoas entre homens e mulheres.
19
Figura 5: Pesquisa sobre componentes de segurança (Retirado de Sistemas
de Segurança Ativa Bosch).
20
Em ambos os casos, o objetivo dos sistemas é garantir a segurança dos ocupantes do
veículo, bem como a segurança dos pedestres (LIMA, 2011). A diferença entre os dois
sistemas está no momento em que ele é requisitado pelo motorista, a necessidade do uso de
ambos os sistemas é extremamente necessária para que os ocupantes do veículo se sintam
confortáveis e seguros.
A figura 7 ilustra a atuação dos sistemas de segurança (BOSCH, 2005).
Desde os anos 1990, mais e mais veículos são equipados com sistemas de Segurança
Ativa. Em 2006, 74% de todos os carros produzidos mundialmente eram, no mínimo,
equipados com ABS (Anti-Lock Brake System) (Sistema Antibloqueio de Frenagem), que se
tornou equipamento obrigatório em muitas regiões do mundo: na Europa, nos Estados Unidos
e no Japão, o ABS tem se desenvolvido para incluir também funcionalidades do TCS
(Traction Control System) (Sistema de Controle de Tração). Em abril de 2007, o governo
americano definiu uma regulamentação para os Sistemas de Segurança Ativa (Federal Motor
Vehicle Safety Standard – FMVSS n 126) que obriga todos os veículos acima de 4,54
º
21
Os sistemas de segurança ativos ajudam a evitar acidentes. Atuando diretamente na
forma de condução do veículo realizado pelo motorista e intervindo sempre que necessário na
sua decisão. Alguns exemplos de sistemas de segurança ativos são o sistema ABS , o ESC e
os sistemas X-by-wire. A segurança ativa no veículo é dividida em quatro ambientes:
Segurança de circulação, condicional, perceptiva e operacional (LIMA, 2011). Sendo todos os
sistemas responsáveis pela identificação de um risco em potencial seja ele ocasionado pela
forma como o veículo está sendo conduzido ou alguma falha mecânica encontrada no veículo.
O gráfico da figura 8 mostra o desenvolvimento dos sistemas de segurança ativos no
mundo desde a implementação do ABS.
2010
2005
2000
1995
1990
1985 Série1
1980
1975
1970
1965
ESTABILIDADE
ESTABILIDADE
DIFERENCIAL
(FREIO+DIREÇÃO)
ESTERÇAMENTO
CONTROLE DE
QUATRO RODAS
ABS
ESTABILIDADE
TRAÇÃO NAS
(MOTOR)
TRAÇÃO
(FREIO)
TRASEIRO
ATIVO
22
Figura 9: Airg Bag e Cinto de segurança (Retirado de www.dqi.uem.br).
1. Cilindro mestre;
2. Cilindro da roda;
3. Unidade hidráulica;
4. Medidas para o amortecimento de pulsações;
5. Estrangulador;
6. Bomba de retorno;
7. Válvula de entrada
8. Válvula de saída;
9. Acumulador.
23
5
6
4
7
24
Figura 11: Variantes do Sistema ABS (Adaptado de BOSCH, 2005).
A taxa de escorregamento do veículo varia muito conforme o tipo de piso que o veículo
circula, as condições climáticas e as condições do pneu do veículo.
O sistema ABS garante uma máxima força de atrito e tração nas rodas, executando por
mais de 60 vezes por minuto o acionamento do freio, aliviando e comprimindo a pressão nas
rodas (Automotive Technology, 2009).
Os componentes do sistema podem ser divididos basicamente em duas categorias:
Hidráulicos e Elétrico/Eletrônicos.
Principais componentes do Sistema ABS:
Acumulador: Depósito de fluido hidráulico que serve para manter a pressão no sistema
de freios, normalmente ele é carregado com nitrogênio.
25
Figura 12: Acumulador (Adaptado de AUTOMOTIVE TECHNOLOGY, 2009).
Montagem do sistema de válvulas: A montagem desse sistema tem de ser feita de forma
sistemática e eficiente para que não ocorra perda de fluído de freio podendo ocasionar o
esgotamento de fluido no sistema (BOSCH, 2005).
26
Unidade de controle hidráulico: A unidades controla todo o sistema hidráulico
controlando o acionamento da bomba de pressurização.
Componentes Eletrônicos:
Módulo de controle do ABS: Responsável por monitorar e executar todas as tarefas
necessárias e exigidas pelo sistema. Ele recebe todas as informações dos sensores instalados
no veículo para realizar o controle da pressão nos freios.
27
Sensor de velocidade das rodas: Na maioria das aplicações são utilizados sensores
indutivos. Os sensores são montados em cada roda e monitoram a rotação através da leitura da
quantidade de dentes que passam em uma roda dentada, onde existe uma falha que é
identificada como o começo do giro da roda.
28
Figura 17: Sensor Indutivo (Adaptado de BOSCH, 2005).
29
Com o sensor de rotação monitorando o estado do movimento da roda. Quando se
identifica que uma ou mais rodas estão prestes a travarem a unidade de controle envia um
sinal para reduzir a pressão até que se elimine o perigo de bloqueio da roda, monitorando
constantemente a velocidade e controlando a pressão para que não ocorra uma queda brusca
de pressão no sistema e também o bloqueio da roda (BOSCH, 2005), (AUTOMOTIVE
TECHNOLOGY, 2009).
Sua função é aumentar a tração aplicando o freio nas rodas sempre que o veículo estiver
com uma força de aceleração elevada, o que pode gerar uma perda na estabilidade (BOSCH,
2005), (AUTOMOTIVE TECHNOLOGY, 2009).
Basicamente o controle de tração trabalha paralelamente com o sistema ABS, pois o
sistema é ativado enquanto o pedal de freio estiver acionado controlando a velocidade e o
deslizamento do veículo, e o controle de tração atua sempre que ocorre uma aceleração brusca
o torque do veículo é elevado controlando a estabilidade e a retomada de posição do veículo.
Durante o funcionamento, o controle de tração monitora a velocidade das rodas e,
sempre que ocorre uma situação em que a perda de tração é iminente, o sistema atua o freio na
roda para recuperar a tração.
Na figura 19 podemos ver o deslizamento de um veículo sem a atuação do sistema de
controle de tração e com a atuação do sistema de tração.
30
2.7 Sistemas X-BY-WIRE
31
3 ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES
Estudos apontam que o tempo de resposta do ser humano para uma emergência é de
aproximadamente 0.75s (BOSCH, 2005), este pode ser um tempo aparentemente curto.
Porém, com o veículo a uma velocidade de 120 Km/h, o tempo de resposta representa uma
distância de 25m.
E se as condições físicas ou mentais do motorista estiverem, por qualquer motivo,
alteradas o tempo de resposta pode chegar a dobrar (LIMA, 2011).
Estudos revelam que pessoas que enviam mensagens de texto, SMS (Short Message
Service) enquanto dirigem correm um risco 23 vezes maior de se envolverem em acidentes
graves, que motoristas que não têm esse costume. Os resultados vão além, e mostram que
32
enviar SMS ao volante é inclusive mais perigoso do que dirigir bêbado ou sob efeito de
drogas.
A constatação é do Laboratório de Pesquisas de Trânsito da Inglaterra. Segundo a
instituição, o tempo de resposta do motorista piora em 35% quando ele está enviando
mensagens de texto pelo celular enquanto dirige. Dirigir alcoolizado acarreta uma perda de
atenção de 12%, e sob o efeito de maconha 21%. E tem mais, ler ou enviar SMS aumenta a
probabilidade de sair acidentalmente da faixa de rolamento em até 91%.
A figura 22 representa a velocidade do veículo e o tempo de resposta do motorista em
condições normais e em condições alteradas.
Figura 22: Tempo de resposta após a detecção de algum problema (Adaptado de UNESP BAURU)
33
Figura 23: Tempo de desaceleração após uma frenagem até a
imobilização (Adaptado de BOSCH, 2005).
34
Figura 24: Acidentes no Japão (Adaptado de OKADA, 2003).
O continente europeu iniciou o uso do ESC como ítem obrigatório de série, atualmente
ela possui a maior frota de veículos equipados com o sistema, sendo a Alemanha o país com o
maior número de veículos (LIE). A figura 25 identifica a quantidade de veículos equipados
com o sistema de controle da estabilidade como item obrigatório de fábrica.
35
A Suécia possui a maior proporção de carros novos equipados com ESC, em 2003 cerca
de 15% possuíam o sistema já em 2004, 69% dos veículos novos estavam equipados com o
sistema (KOU).
100%
90%
31%
80%
70%
60% 85% SEM ESC
50%
Com ESC
40%
69%
30%
20%
10% 15%
0%
Ano 2003 Ano 2004
Na Europa o ESC tem tido uma aceitação muito boa pelos consumidores, segundo
ALED WILLIAMS essa aceitação é devido a efetividade que o sistema possui em salvar vidas
e evitar acidentes.
Muitas empresas e centros de pesquisas têm realizado diversos experimentos e
pesquisas para se comprovar a funcionalidade do ESC.
Os testes são realizados colocando o veículo em uma condição de instabilidade e
medindo a sua reação com o controle eletrônico desligado e após obtido esses valores o
controle é ligado e o veículo é colocado na mesma condição.
36
Figura 28: Teste do ESC ligado (Retirado de www.euroncap.com).
Para garantir que as condições de curva serão as mais próximas possíveis um braço
mecânico realiza a direção do veículo durante os teste sempre acompanhado de um piloto
treinado e habilitado para realização dos testes.
Em toda a Europa com a implementação do ESC houve uma redução de 50% nos
acidentes com vítimas fatais.
No ano de 2000, foram registrados cerca de 1.700.000 acidentes tendo 1.300.000 de
acidentes com lesões e 40.000 mortes (BOSH, 2005).
Podemos analisar através da figura 29:
Figura 29: Redução de acidentes com vítimas fatais (Adaptado de BOSCH, 2009).
37
3.4 Acidentes no Brasil
Sendo que o maior risco está entre as pessoas com idade acima de 20 anos, pois é
quando os jovens tiram a habilitação e começam a sua vida como motorista.
38
Figura 31: Risco de morte em função da idade (Retirado de www.vias-seguras.com).
39
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Pará
Vitimas fatais em acidentes de trânsito por estado
o. Paraíba
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul*
Rondonia
Roraima*
Santa Catarina
São Paulo
Os acidentes se localizam na sua maioria nas áreas urbanas, porém esses não são muito
severos, sendo quase sempre sem fatalidade, o congestionamento que ocorre com muita
freqüência nas grandes cidades incapacita o motorista de atingir velocidades perigosas, porém
os acidentes ocorridos no período noturno e em locais com pouco movimento tem aumentado
bastante devido a falta de responsabilidade dos motoristas e desrespeito as leis de transito
(DENATRAN).
Os estados de Roraima e Rio Grande do Sul não possuem um número exato de
acidentes com vítimas fatais registrados.
40
As colisões traseiras são as maiores causadoras de feridos nos acidentes, porém, não
é de grande influência na análise de vítimas fatais, esse fato pode ser explicado pela utilização
do cinto de segurança. Porém quando o motorista perde o controle do veículo o risco aumenta
muito e as consequências são inúmeras, o motorista pode colidir com outro veículo
frontalmente, pode colidir com algum objeto, cair de um penhasco ou girar na pista e ocorrer
a colisão lateral com outro veículo.
Devemos considerar também que a colisão frontal, lateral e com objeto fixo na
maioria dos casos ocasionada pela perda do controle do veículo.
41
Um estudo realizado pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal aponta os
principais tipos de acidentes.
Figura 35: Número de acidentes por tipo e gravidade (Retirado de Departamento de Polícia Rodoviária
Federal).
Com a análise das estatísticas de países que adotaram o ESC é fácil perceber a
melhoria na segurança e a redução de acidentes, por esse fato podemos concluir que haveria
uma redução significante nos acidentes que o causador é a perda do controle do veículo.
42
pelo DENATRAN - Departamentos Nacional de Trânsito, conforme disposto na Resolução
232 do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.
As normas ABNT NBR 14040:1998 (veículos automotores, exceto motocicletas e
assemelhados) e 14180:1998 (motocicletas e assemelhados), ambas divididas em 12 partes,
especificam os métodos de inspeção visual, inspeção mecanizada e automatizada.
Há, ainda, a inspeção veicular ambiental, atualmente regulamentada pela Resolução
418/2009 do CONAMA, que foi republicada no Diário Oficial da União do dia 01/04/2010 e
regulamentada pela Instrução Normativa 6, de 09/06/2010, do IBAMA - Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente. Tal inspeção restringe-se a realização de ensaios no sistema de exaustão,
verificando os níveis de gases, poluentes e ruídos.
Os veículos do Ciclo Otto (gasolina, etanol e/ou GNV, sistemas que utilizam fagulha
para a detonação da mistura ar-combustível na câmara de combustão do motor) é utilizado um
equipamento denominado Analisador de Quatro Gases, ou simplesmente, analisador de gases,
que verifica os índices de HC, CO, CO2, Fator de Diluição e CO2.
Já os veículos do Ciclo Diesel (Diesel e biodiesel, onde a explosão da mistura ar-
combustível se dá pelo aumento da pressão na câmara de combustão) o controle é da
opacidade (ou fumaça-preta) realizado pelo equipamento denominado opacímetro, que
verifica o grau de opacidade da fumaça por meio da frequência e comprimento de onda
do raio infravermelho que atravessa a amostra de fumaça na câmara escura do equipamento).
A inspeção veicular no Brasil é de competência legislativa da União, de forma que
aguarda a definição de seu marco regulatório. Já a inspeção veicular ambiental, conforme
delimitado pela regra geral em âmbito federal, coube aos Estados e Municípios, sendo que
para os Municípios, essa competência ficou restrita aos municípios detentores de frota
superior a 3.000.000 (três milhões) de veículos (Resolução CONAMA 418/2009).
A NBR 5532:1990 define todos componentes e sistemas de freio para veículos
rodoviários, ela define os termos e mecanismos de frenagem e os componentes do sistema.
Fenômenos mecânicos que ocorrem desde o momento da atuação do mecanismo de controle
até o fim da ação da frenagem.
A NBR 14778:2001 define como os veículos rodoviários automotores devem se
comportar em manutenção - Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de
freios.
43
No recebimento do veículo deve ser realizada uma avaliação prévia de: rodagem, visual,
nos componentes, visando detectar anomalias, desmontando em caso de dúvida, utilizando
ferramenta adequada.
Os principais problemas encontrados no sistema de freios são:
Pedal oscilando;
44
• Freio antitravamento ABS deve-se: reparar, testar e regular os sensores de rotação das
rodas ABS, observar a Luz indicadora do ABS, diagnosticar o controle eletrônico,
abastecer o sistema, inspecionar, sangrar e limpar o sistema.
45
4 DINÂMICA VEICULAR
46
4.2 Estabilidade Direcional
O sistema de coordenadas dos veículos está fixo em um ponto, este ponto escolhido é o
CG, o qual se desloca junto com o veículo (PERUZZO).
O movimento é descrito pelas velocidades de avanço x, lateral y, vertical z, de rolagem
(roll) p, de balanço (pitch) q e de guinada (yaw) r em relação a um sistema de coordenadas
fixo inercial X Y Z, e coincidentes com o sistema de coordenadas fixa no veículo onde a
manobra se inicia.
47
Figura 42: Veículo no sistema de coordenadas fixa inercial (Adaptado de GILLESPIE, 1992).
x: movimento de avanço;
y: movimento lateral à direita;
z: movimento vertical (+ para baixo);
: ângulo de cabeçalho entre eixos X e x;
: ângulo de curso entre o eixo X e o vetor velocidade do veículo;
: ângulo de deslizamento lateral entre o vetor velocidade do veículo e o eixo x.
48
Forças atuantes e equações utilizadas. Num veículo avançando com velocidade V e
aceleração escalar ax, as forças atuantes no movimento longitudinal do veículo são as
mostradas na figura 43.
49
Figura 44: Sensor do ângulo do volante (Retirado
de wds.spaghetticoder.org).
Na qual:
1. Unidade de comutação na coluna de direção;
2. Sensor óptico;
3. Disco de código.
50
Figura 45: Sensor de aceleração longitudinal, lateral e de
guinada (Retirado de wds.spaghetticoder.org).
Figura 46: Diagrama de corpo livre de um veículo sob aceleração (Adaptado de GILLESPIE, 1992).
51
Assim, pela analise de Gillespie determinamos que:
Onde
W : Peso do veículo;
W/g.ax : Força da inércia;
Wf, Wr: Peso dinâmico suportado pelas rodas dianteiras e traseiras do veículo
respectivamente;
Fxf, Fxr: Forças trativas, dianteiras e traseiras respectivamente, que atuam na superfície
de contato dos pneus com o solo;
Rxf, Rxr: Forças de resistência ao rolamento dianteiro e traseiro;
Rhz, Rhx: Força vertical e longitudinal no ponto de engate com o reboque.
52
A relação entre peso e potência do veículo é muito utilizada para caracterizar o
desempenho da aceleração dos veículos.
Considerando a expressão que relaciona potência do motor com a força de tração vezes
a velocidade do veículo (SILVEIRA) na segunda lei de Newton, obtemos a aceleração do
veículo através da seguinte equação:
Na qual:
g = Aceleração da gravidade;
V = Velocidade;
HP = Potência do motor;
W = Peso do veículo.
Assim o torque do motor que é entregue ao sistema de transmissão é diminuído pelo
torque de inércia dos componentes rotacionais. O torque entregue na saída da transmissão é
amplificado pela relação das engrenagens da caixa de transmissão, sendo diminuído pelas
perdas das forças de inércia e atrito.
O torque entregue aos eixos conforme a equação abaixo para acelerar as rodas e
proporcionar a força trativa no solo será amplificado pela relação motriz final.
Na qual:
Ta = Torque nos eixos;
53
Fx = Força de tração no solo;
r = raio das rodas;
Iw = Inercia rotacional das rodas e eixos;
αw = Aceleração angular das rodas;
Id = Inércia rotacional do cardam;
αd = Aceleração angular do cardam;
Nf = Relação de transmissão do diferencial.
Uma vez observado que o motor disponibiliza potência suficiente, a aceleração pode vir
a ser limitada pelo atrito existente entre o pneu e a estrada (PERUZZO).
A força de tração no solo será limitada pela equação:
Onde:
Fx = Forças de tração;
μ = Coeficiente máximo de atrito;
W = Peso nas rodas motrizes.
54
A força lateral depende do ângulo de deslizamento e aumenta com a carga da roda. A
força lateral máxima é inversamente proporcional a velocidade enquanto a influência da
velocidade é incrementada em função da carga da roda. Isso pode ser visto na figura abaixo.
Quando uma roda gira em linha reta sob o efeito de tração e frenagem, a reação do pneu
ao deslizamento é similar a reação ao ângulo de deslizamento. Podemos visualizar essa
característica através da figura abaixo.
Durante os anos 70 a maioria dos veículos era equipada com motores dianteiros e
tração traseira, adotavam o cardam para transmitir o torque da transmissão até o diferencial do
55
eixo traseiro. Os anos 80 trouxeram alterações nessa configuração, passaram a adotar uma
configuração com motor dianteiro e tração dianteira (PERUZZO).
56
Figura 53: Sistema de freios de um veículo (Retirado de
www.bosch.com.br/br/autopecas/produtos/freios/default.asp).
Na qual:
W = Peso do veículo;
g = Aceleração da gravidade;
Da = Arrasto aerodinâmico;
57
Atualmente os freios automotivos estão concentrados basicamente em dois tipos, os
freios a disco e os freios a tambor (PAROZZI). Porém, com a lei que obriga aos veículo
saírem de fabrica com freios ABS, esses fatos estão mudando.
Para uma via horizontal como pode ser visto na figura abaixo as cargas nos eixos
serão dadas pelas expressões:
Na qual:
58
Figura 55: Forças de frenagem máximas em função do atrito (Retirado
de PERUZZO).
Esta parte do trabalho apresenta a dinâmica do veículo quando lhe é solicitado uma
alteração na direção das rodas dianteiras em resposta aos comandos dados pelo motorista para
percorrer o caminho desejado pelo condutor.
59
3. Através da rigidez adequada do sistema (principalmente quando empregados
elementos elásticos de ligação), o veículo deve reagir à mínima correção do
volante;
Uma análise da direção durante o movimento do veículo deve ser analisada e deve
conter algumas características para que o motorista possa ter uma boa condução do veículo
em diversas condições de pista e climáticas.
60
O sistema de direção deve transmitir ao motorista as condições de aderência entre o
pneu e a pista, sem transferir para o volante as forças resultantes dos movimentos da
suspensão das rodas ou da força de tração.
Na figura 57 podemos visualizar os principais ângulos que interagem com o sistema de
direção são, o camber, o caster e Toe.
O ângulo de caster é o ângulo do pino mestre em relação à linha vertical que passa pelo
centro da roda olhando-se o veículo de lado, conforme a figura 58. O ângulo de caster
proporciona firmeza e estabilidade à direção permitindo dirigir em linha reta com esforço
mínimo. Um ângulo de caster exagerado torna a direção pesada. Ele é definido no projeto do
veículo e normalmente não sofre alterações durante a vida do veículo (BOSCH). Pancadas
fortes nas rodas dianteiras e empenamentos nos feixes de molas podem eventualmente alterar
o ângulo de caster.
Alterações na suspensão como instalação de jumelos (peça móvel que liga as
extremidades do feixe de mola ao chassi) maiores, podem girar o eixo e alterar o ângulo de
caster. Existem cunhas de aço especiais que podem ser utilizados para aumentar ou diminuir o
ângulo de caster quando instalados entre o eixo e a fixação no feixe de molas.
61
Figura 58: Ângulo de Caster (Adaptado de
www.4x4brasil.com.br/forum).
62
A inclinação do pino mestre é o angulo dos pinos mestre quando vistos de frente
conforme o desenho abaixo. O pino mestre é o eixo sobre a qual a roda gira quando você vira
o volante de direção. A função deste angulo é alinhar o centro de giro das rodas com a área de
contato do pneu com o solo. Se voce imaginar um prolongamento do pino mestre na figura,
vai observar que ela cruza o ponto de contato do pneu com o solo. Assim o pneu não arrasta
quando você gira a direção e a direção fica mais leve em manobras a baixa velocidade. A
inclinação do pino mestre ainda provoca uma tendência da direção apontar para frente
mantendo um trajetória reta do veículo, tornando a direção "auto centrável" para manter uma
trajetória reta na estrada. Outro resultado é que a direção volta à posição reta quando você
completa uma curva e solta o volante de direção. Este ângulo é fixo e definido no projeto do
veículo e não possui regulagem.
O uso de rodas com "offset" diferente do original acaba alterando a bitola do eixo e
prejudicando o efeito desejado da inclinação do pino mestre, tornando a direção mais pesada.
O uso de rodas maiores ou menores também pode prejudicar o efeito desejado da
inclinação do pino mestre e tornar a direção mais pesada (ACKERMANN).
63
provisoriamente com uma trena ou com sensores óticos atualmente empregados em oficinas
especializadas. Uma convergência errada pode desgastar rapidamente os pneus dianteiros e
ainda aumentar o consumo de combustível.
64
Figura 62: Diagrama de Blocos do Funcionamento do Sistema (Adaptação própria).
65
Figura 63: Caminho desejado que o veículo percorra (Adaptado de EDUARDO).
Para uma boa condução do veículo é importante que o veículo siga uma trajetória,
que coincida o mais precisamente possível com a característica do ângulo de esterçamento
(BOSCH). A figura 65 mostra um veículo entrando em uma curva com diferentes ângulos de
esterçamento e com diferentes coeficientes de aderência do solo. Onde, 1 é a entrada do
veículo na curva, 2 percurso em pista com boa aderência, 3 percurso em pista lisa, 4 percurso
em pista lisa com controle de estabilidade acionado.
66
Figura 65: Dinâmina transversal de um
veículo (Adaptado de BOSCH, 2005).
67
Figura 66: Sistema de controle da estabilidade (Adaptado de BOSCH, 2005).
Na qual:
2. Sensor de pré-carga;
6. Modulação de pressão;
7. Gerenciamento do motor;
68
Para a determinação do comportamento nominal são avaliados os sinais que captam
o desejo do motorista, que são, o sensor do ângulo do volante, o sensor de pressão previa e o
sinal do gerenciamento do motor. Adicionalmente entram no calculo do comportamento
nominal o coeficiente de aderência e a velocidade do veículo, que são obtidos através dos
sinais dos sensores de rotação, sensor de aceleração lateral, sensor de velocidade de guinada e
do sensor de pré-carga.
69
A B
C
Figura 67: Veículo com Sistema de Controle da Estabilidade x Veículo Sem Sistema de Controle da
Estabilidade (Adaptado de ERJAVEC).
70
4. O veículo se estabiliza novamente.
71
Durante esse processo passam apenas poucos segundo, porém o sistema realiza
centenas de cálculos e monitora constantemente a velocidade das rodas e a posição do
veículo.
O sistema ficou conhecido por resolver uma situação embaraçosa para a Mercedes-
Benz. A empresa alemã havia apresentado seu primeiro carro compacto, o Classe A, e um
jornalista sueco capotou o veículo ao realizar um teste. O acidente ocorreu numa manobra de
desvio brusco, conhecida como “manobra do alce”, em que o carro, a uma velocidade de
aproximadamente 70 km/h, tem que contornar um obstáculo parado na pista e retomar sua
trajetória.
Basicamente, o sistema funciona assim: a rotação de cada uma das rodas do carro é
captada por sensores, que envia os dados para um computador. Esses dados são comparados
com a posição do volante, que indica a direção para onde o motorista deseja que o carro vá.
Na figuras 70 até a figura 75 podemos visualizar o momento que o motorista detecta
um obstáculo e se torna necessário uma manobra brusca e rápida o sistema de controle detecta
uma alteração rápida na posição do volante.
72
Através na monitoração do sensor de ângulo de direção que indica a posição que o
motorista deseja ir.
73
Figura 74: Retorno do volante a posição original (Adaptado de
www.bosch.com.br/br/mundobosch/revista/topico_nov14_01.htm).
74
número de cilindros e a duração do tempo para os quais deve ser cortada a injeção de
combustível.
Os valores nominais para a velocidade diferencial do eixo cardã e das rodas são
formados pelos valores de escorregamento nominais com as velocidades das rodas.
Na figura abaixo iremos ver como o sistema controla a tração visualizando as grandezas
de entrada e saída do sistema.
75
Figura 77: Diagrama de Blocos do controlador de tração (Adaptado de BOSCH, 2005).
Nos sistemas atuais, as unidades de comando possuem também uma interface CAN
para comunicação com outros sistemas (BOSCH). Para manter as dimensões da carcaça
76
reduzidas por causa da grande quantidade de conexões adicionais de sinais, a unidade de
comando dispõe de um conector especial.
77
3. O monitoramento dos sensores durante todo o funcionamento estacionário
através de “redundância analítica”, testando através de um calculo de modelo, se
as relações entre os sinais dos sensores, determinadas pelo movimento do
veículo, não são violadas.
No caso de falha o sistema é desligado total ou parcialmente dependendo do tipo da
falha.
ℎ = ℎ .
Onde:
Vwhlfre = Velocidade calculada da roda girando livremente;
Vwhl = Velocidade medida da roda traseira e dianteira;
C = Coeficiente de rigidez do pneu medido longitudialmente;
Fb = Força de frenagem do pneu;
Fn = Força de apoio do pneu.
78
ℎ
=1−
ℎ
ℎ = . + ( − ) + −
+ . . {( − ). }
Onde:
MwhlNo = Torque nominal do freio;
Fbf = Força de frenagem estacionária;
R = Raio da roda;
Kp, Kd, Ki = Fatores de amplificação;
No = Escorregamento nominal do pneu;
Vwhi = Velocidade medida da roda;
Vwhlfre = Velocidade calculada da roda;
Cp = Relação de transmissão do torque de frenagem;
SUM = Integração controlada por eventos;
Dr = Tempo do ciclo de controle.
Pelo fato do controlador utilizar PID, que é uma forma de controle que consiste em
calcular um valor de atuação sobre o processo a partir das informações do valor desejado e do
valor atual da variável do processo. De uma maneira bem simples o controle PID é a
composição de 3 ações:
P = Correção proporcional ao erro, que é aplicada ao processo e deve crescer na
proporção que o erro cresce entre o valor real e o desejado;
I = Correção proporcional ao produto erro x tempo, são pequenos erros mas que
persistem a muito tempo requerem correção mais intensa;
D = Correção proporcional à taxa de variação do erro, se o erro está variando muito
rápido, esta taxa de variação deve ser reduzida para evitar oscilações.
79
Figura 79: Diagrama de blocos do Sistema de controle PID (Adaptação própria).
Para rodas motrizes o torque de frenagem nominal MwhNo pode ser ajustado
parcialmente ou no caso sem frenagem totalmente pelo motor, para realizar um controle do
torque do freio motor. A roda motriz com o menor torque nominal da roda é controlada dentro
de limites permissíveis através da intervenção no motor.
O torque nominal do motor é limitado, pelo torque maximo do freio motor e no caso de
tração, pelo torque de tração ativo máximo permitido pelo fabricante.
A pressão de frenagem Pwhlpre aplicada aos cilindros das rodas pelo controlador é
ajustada através da hidráulica de frenagem e pelo modo de ativação das válvulas
correspondente Uval (BOSCH). Essencialmente o modelo conta do princípio de Bernoulli
para meios incompressíveis e de uma curva característica pressão/volume.
ℎ − ℎ
=( )
( 1 + 2. ℎ ). √ − ℎ
Se:
Uval > 0 deve-se acrescentar pressão ao sistema;
Uval = 0 deve-se manter a pressão;
Uval < 0 = deve-se reduzir a pressão.
Onde:
Pwhlpre = Pressão nominal no cilindro da roda;
Pwhl = Pressão no cilindro da roda;
x1, x2 = Parâmetros do modelo hidráulico;
Pcirc = Pressão do circuito ajustada pelo motorista através do pedal de freio.
80
Como o modo de ativação das válvulas Uval é limitado e quantificado, a pressão
realmente ajustada Pwhl deve ser calculada através do modelo hidráulico. Se forem
conhecidas a pressão de frenagem na roda, pode se determinar, através do equilíbrio dos
torques, a força de frenagem atual do pneu Fb e a força de frenagem estacionaria Fbf.
ℎ ℎ
= . − + . ℎ
= +
1
0 = 0. μ ℎ + + 2
ℎ
√ +
μ =
Onde:
81
5 CONCLUSÕES
Neste trabalho foi feito um estudo geral sobre como as tecnologias veiculares com uso
da eletrônica podem melhorar a segurança veicular.
Com uma revisão sobre sistemas de segurança veicular, como ABS, ASR entre outros e
com o levantamento das estatísticas de acidentes internacionais e nacionais, foram colocadas
as bases para destacar a importância da tecnologia eletrônica veicular e principalmente do
Controle Eletrônico da Estabilidade para proporcionar maior segurança, conforto e
comodidade ao usuarios e pedestres. Diminuindo os riscos de acidentes no trânsito e
quantidade de vítimas.
Portanto, este trabalho, como sendo uma revisão bibliográfica, contribui para mostrar a
importância da aplicação dos sistemas de segurança veicular e mostra que o controle
eletrônico da estabilidade é uma das novas tecnologias que podem ser aplicadas para esta
finalidade.
82
6 TRABALHOS FUTUROS
83
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