MATERIA- AUTOMAÃ_Ã_O COMPLEXA

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UNIVERSIDADE LUEJI A´NKONDE

LUNDA-NORTE ◊ LUNDA-SUL ◊ MALANJE


ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA DA LUNDA-SUL

CADEIRA: AUTOMAÇÃO COMPLEXA


4°ANO
CURSO: ENG. ELECTROMECÂNICA
PERÍODO: TARDE
PROFESSOR: JOÃO PAULO GABRIEL CHICO

SAURIMO, 2024

1
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Esta disciplina tem o objetivo de apresentar os principais fundamentos e


aplicações de tecnologias envolvidas na automação industrial. A disciplina está dividida
em seis aulas, separadas por tópicos e subtópicos, com o intuito de facilitar o estudo e a
assimilação do conhecimento.
Inicialmente é apresentado um histórico da automação, desde os primórdios até
os dias de hoje, incluindo também a classificação da automação e terminologias
utilizadas nesta área. A segunda aula aborda algumas das tecnologias mais utilizadas
para sensoriamento de variáveis envolvidas em processos de automação. São estudados,
entre outros, sensores empregados em processos de medição de pressão, temperatura,
nível e vazão.
A terceira aula é a que compreende a maior variedade de elementos e processos
de diversas áreas do conhecimento. Os elementos de acionamento de cargas, como
contatores, relés, motores de corrente contínua, motores de passo e eletroválvulas
pneumáticas e hidráulicas são estudados. Tecnologias e estratégias utilizadas para a
realização do controle de processos e características dos sistemas de supervisão também
fazem parte do escopo.
A eletrônica digital é o assunto da quarta aula, na qual são estudados os
elementos básicos da lógica e da álgebra booleana, os quais fornecem subsídios para o
entendimento da operação de circuitos integrados e computadores, por exemplo. Além
dos circuitos combinacionais, circuitos sequenciais que empregam memórias também
são estudados.
O controlador lógico programável, equipamento largamente utilizado em
aplicações industriais envolvendo lógica, controle e acionamentos são estudados na
sequência. Questões como estrutura interna, funcionamento, programação e aplicações
são abordadas. A última aula apresenta o projeto de automação, destacando as etapas
importantes para a elaboração e gestão de um projeto, bem como os requisitos de
documentação.
AULA OBJETIV

Aula 1 – Fundamentos de automação

2
OBJETIVOS

Conhecer o histórico da automação industrial e fatos relevantes para o seu


desenvolvimento.

Compreender os tipos de processos industriais e variáveis de processos.


Assimilar conceitos, definições e terminologias importantes da automação industrial.

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Diferença entre processo de automação e automatização:

Processo de Automação

Quando estamos falando em processo de automação, falamos sobre um mecanismo ou


sistema que opera sem a intervenção humana. Por isso, essa é uma prática muito
comum no setor industrial.

Isso ocorre porque os sistemas de automação são capazes de fazer mudanças positivas
para prevenir e evitar falhas durante os processos que precisam executar.

Quando estamos falando em processo de automação, falamos sobre um mecanismo ou


sistema que opera sem a intervenção humana. Por isso, essa é uma prática muito
comum no setor industrial.

Isso ocorre porque os sistemas de automação são capazes de fazer mudanças positivas
para prevenir e evitar falhas durante os processos que precisam executar.

5 benefícios da automação de processos

1. Aumento da produtividade
2. Maior integração e confiabilidade de dados
3. Promoção de padronização
4. Melhor monitoramento de desempenho
5. Redução de custos e de erros

Processo de automatização

Quando o assunto são processos que são automatizados, isso significa que
eles precisam de interferência humana para serem ajustados.

Aqui podemos falar em soluções que apoiam, por exemplo, a gestão de um negócio a
acompanhar o desempenho de seus colaboradores e o índice de produtividade.

Apesar de ser um sistema automatizado, ele pode depender, por exemplo, da inserção de
dados pelos colaboradores e da análise dos dados pelo gestor.

Assim, o sistema pode até gerar relatórios de forma automática, mas, por exemplo,
quem precisará avaliar a partir deles as melhorias necessárias no fluxo de trabalho, será
o gestor. Daí a necessidade da intervenção humana nas melhorias.

Enquanto a automação realiza seu trabalho de forma autônoma, sem a necessidade


de intervenção humana, a automatização precisa de monitoramento para a
execução da sua tarefa, ou seja, da intervenção humana.

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TEMA 1:

1- ESTRUTURA DOS AUTOMATISMO INDUSTRIAIS

Automático" e "automatismo". O automatismo é a característica das máquinas


capazes de efetuar uma série de operações sem outra intervenção humana senão as de
construção da máquina e de pô-la em funcionamento. A automação ou automatização é
a característica das máquinas capazes de conduzir-se a si mesmas segundo certas
normas dadas, mais variadas e flexíveis do que as que correspondem ao mero
automatismo.

Na verdade, os automatismos, são dispositivos que permitem que determinado sistema


funcione de uma forma autónoma (automaticamente), sendo a intervenção do operador
reduzida ao mínimo indispensável.
Sendo bem concebido, um automatismo :
- Simplifica consideravelmente o trabalho do operador.
- Elimina ao operador as tarefas complexas, perigosas, pesadas ou indesejadas.
Quando o automatismo é aplicado a um processo industrial, também tem as seguintes
vantagens :
- Facilita as alterações aos processos de fabrico.
- Melhora a qualidade dos produtos fabricados, mantendo uma constância das
características dos mesmos.
- Aumenta a produção
- Permite economizar matéria prima e energia.
- Aumenta a segurança no trabalho.
- Controla e protege os sistemas controlados

1.2. ESTRUTURA DE UM AUTOMATISMO

Podemos dividir um automatismo em três blocos:

- ENTRADAS
Neste bloco encontram-se todos os dispositivos que recebem informações do sistema a
controlar. São em geral sensores (O sensor basicamente é um dispositivo que tem a
função de detectar e responder com eficiência algum estímulo. Existem vários tipos de

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sensores que respondem à estímulos diferentes como por exemplo: calor, pressão,
movimento, luz e outros. Depois que o sensor recebe o estímulo, a sua função é emitir
um sinal que seja capaz de ser convertido e interpretado pelos outros dispositivos).
botoeiras (são dispositivos de acionamento manual, muito utilizadas em máquinas e
equipamentos, para a partida, parada e outras funções de comando.), comutadores
(Um comutador, conhecido também por switch[1] é um dispositivo de interconexão
usado para conectar computadores na rede física local (LAN) e cujas especificações
técnicas seguem o padrão Ethernet.[2] O switch também segmenta uma rede local em
várias redes lógicas (VLANs), oque reduz o congestionamento de tráfego em grandes
redes (colisão entre pacotes de dados). Os dispositivos de interconexão têm duas áreas
de atuação nas redes telemáticas. Em um segundo nível estariam os switches , que são
responsáveis pela interconexão de equipamentos dentro de uma mesma rede, ou o que é
o mesmo, são os dispositivos que, junto com a fiação, constituem as redes locais ou
LAN.), fins de curso, etc.

- LÓGICA
Neste bloco encontra-se toda a lógica que vai permitir actuar o bloco de saídas em
função dos dados recebidos pelo bloco de entradas. É este bloco que define as
características de funcionamento do automatismo. Pode ser constituído por relés (é um
equipamento eletrônico que permite a abertura e fechamento de um circuito
elétrico, ou seja, pode bloquear ou não o fluxo de corrente elétrica.), temporizadores (é
um dispositivo capaz de medir o tempo), contadores (é gerenciar as finanças,
impostos e obrigações contábeis de empresas ou indivíduos utilizando ferramentas
digitais e tecnologia para otimizar processos, aumentar a eficiência e fornecer
informações estratégicas para tomada de decisão), módulos electrónicos (O
funcionamento do módulo eletrônico varia de acordo com sua aplicação e os
componentes presentes nele. Cada componente desempenha um papel fundamental no
circuito, permitindo que o módulo realize suas funções específicas. Por exemplo, em um
módulo eletrônico de um sistema de controle de temperatura, pode haver um sensor de
temperatura que envia informações para um microcontrolador presente no módulo. O
microcontrolador, por sua vez, processa essas informações e aciona um relé que
controla o aquecimento ou resfriamento do ambiente.), lógica pneumática (ão uma série
de componentes interconectados que utilizam ar comprimido para realizar movimentos
em equipamentos automatizados. Por exemplo: tanto na fabricação industrial, como em
uma garagem qualquer ou mesmo em um consultório odontológico ), electrónica
programada (um tipo de injeção eletrônica que permite a interface com o proprietário,
que pode fazer diversas alterações em seu funcionamento, quase em tempo real ),
etc..pneumática (ão uma série de componentes interconectados que utilizam ar
comprimido para realizar movimentos em equipamentos automatizados. Por exemplo:
tanto na fabricação industrial, como em uma garagem qualquer ou mesmo em um
consultório odontológico ), electrónica programada (um tipo de injeção eletrônica que
permite a interface com o proprietário, que pode fazer diversas alterações em seu
funcionamento, quase em tempo real ), etc..

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- SAÍDAS
Neste bloco temos todos os dispositivos actuadores e sinalizadores. Podem ser motores,
válvulas, lâmpadas, displays, etc..

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TEMA 2:

1.3 ANALISE, ESPECIFICAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DE UMA PARTE DO


COMANDO (AUTOMAÇÃO)

O avanço tecnológico influencia no desenvolvimento industrial através da


modernização dos sistemas operacionais de automação, contribuindo para que a
demanda das empresas seja atendida. Existem diversos equipamentos que são
fabricados para poder melhorar os processos operacionais de uma indústria, como por
exemplo o Controlador Lógico Programável (PLC), que é especializado para poder
otimizar e controlar as operações na área industrial. Tendo como problema da pesquisa
a seguinte temática: o retrofiting (modernização) do PLC sistema aplicado na área
industrial irá atender a demanda das indústrias e conseguirá otimizar a produção? Sendo
assim, o objetivo geral dessa pesquisa é mostrar a importância da modernização PLC
sistema na área industrial. Além disso, esse tema foi escolhido para poder analisar o
funcionamento desses sistemas, podendo conhecer novos controladores que estão se
desenvolvendo e que podem contribuir com sua aplicação nas indústrias e melhorar a
eficiência da produção. Para isso, foi realizado uma pesquisa bibliográfica descritiva,
que teve como critério de inclusão pesquisas e artigos relacionados com o tema. Será
apresentado a aplicação do Controlador Lógico Programável e a sua importância nas
indústrias, pois realizar investimentos em um controlador é uma forma de garantir um
aliado aos gestores das indústrias, e trazendo uma melhor produtividade com economia
de tempo e flexibilidade. Com esse trabalho é possível concluir que os processos
industriais estarão cada vez mais automatizados devido a introdução de ferramentas
tecnológicas.

ABREVIATURAS E SIGLAS DE ALGUNS PROGRAMAS DE AUTOMAÇÃO:

CLP Controlador Lógico Programável


CP Controladores Programáveis
CPS Cyber-Physical Systems
IHM Interface Humano-Máquina
IOS Internet of Services
IOT Internet of Things
PC Personal Computer
PID Proporcional Integral Derivativo
SCADA Supervisory Control and Data Acquisition
TI Tecnologia da Informação

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WMS Warehouse Management System

INTRODUÇÃO

Os sistemas operacionais estão em constante desenvolvimento para poder atender a


demanda das indústrias. Os equipamentos que estão disponíveis no mercado devem
estar preparados para poder lidar com uma imensidão de produtos e permitir um
aumento na eficiência na produção. Para uma empresa poder adquirir um determinado
tipo de sistema operacional, é importante que ela estude os melhores equipamentos do
mercado que possam atender os seus objetivos. Na automação industrial, é fundamental
adotar equipamentos que tornem os processos produtivos mais eficientes, como por
exemplo, o Controlador Lógico Programável, CLP, que é especializado para poder
otimizar e controle e o monitoramento de operações na área industrial. Apesar desse
controlador atender a demanda de diversas indústrias, com o avanço da Indústria 4.0,
estão sendo apresentadas diversas tendências tecnológicas que vão gerar redes
inteligentes dentro das empresas, podendo conectar todo setor industrial em tempo real.
A big data, robótica, simulações computacionais, Internet das coisas e outras
ferramentas serão destaque para o desenvolvimento do setor industrial. Com isso, é
importante perceber que, para as empresas mostrarem diferenciais competitivos em
relação ao mercado, elas precisam estar alinhadas ao processo de evolução da
tecnologia. Com a modernização dos sistemas operacionais, as indústrias buscam estar
sempre alinhar com essa evolução para poderem desenvolver diferenciais competitivos
e alcançar resultados satisfatórias para a produção. Frente a isso, o problema da seguinte
pesquisa é: o retrofiting de PLC sistema aplicado na área industrial irá atender a
demanda das indústrias e conseguiria otimizar a produção? Para tal, torna-se importante
estudar sobre esses sistemas operacionais que estão no mercado e entender se as suas
características irão ajudar na otimização dos processos industriais. Durante a
apresentação desse trabalho, será abordado o objetivo principal que é mostrar a
importância do PLC sistema na área industrial. Para complementar o objetivo geral,
serão estudados e apresentados os objetivos intermediários, que são: descrever o
funcionamento do PLC sistema; apresentar a modernização para o PLC 14 Siemens
com interação via IHM (Interação Humano-Máquina) e supervisório e apontar a
características dos sistemas e a sua aplicação na área industrial. O trabalho é uma
revisão bibliográfica, neste serão utilizadas publicações dos anos de 1990 a 2022.
Algumas palavras chaves serão utilizadas para pesquisas como: PLC sistema;
automatização; modernização da automação e industrialização. Os principais locais de
buscas foram sites científicos como Google Acadêmico e Scielo.

DESENVOLVIMENTO DA AUTOMAÇÃO
Na Inglaterra, no início do século XVIII, a mecanização dos sistemas de produção foi
responsável pela Revolução Industrial. Esta é considerada o ponto inicial do
desenvolvimento da automação industrial, além de outras tecnologias. A máquina a
vapor, por exemplo, criada nesse período, acelerou e aumentou a produção, tendo como
consequência o decréscimo do preço das mercadorias e o início de uma nova era
tecnológica.

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EVOLUÇÃO INDUSTRIAL

O processo industrial se constitui na aplicação do trabalho e do capital para transformar


a matéria-prima em bens de produção e consumo, por meio e técnicas de controle,
obtendo valor agregado ao produto, atingindo o objetivo do negócio, como pode ser
observado na Figura 1.

Conforme observado na Figura 1, é possível identificar a pirâmide da automação e


entender os níveis que a compõe. No nível 1, encontra-se o nível das máquinas,
motores, inversores, comandos (chão de fábrica). Já no nível 2, é o nível dos controlares
digitais onde fica também algum tipo de supervisório, ou seja, as interfaces Homem-
Máquina. No nível 3 é o controle de processo produtivo – diversas 16 informações
acerca da produção, relatórios, índices etc. No nível 4 é planejamento da produção,
controle e logística e no nível 5 é a administração dos recursos da empresa – gestão de
vendas e financeira. É necessário lembrar as informações fluem entre todos os níveis,
sendo esse fator importantíssimo para as indústrias. Sobre a Revolução, pode ser
observado na Figura 2, na qual apresenta que, a primeira Revolução Industrial foi
marcada pela transição do trabalho manual para máquinas alimentadas a vapor e no
início do século XX, a introdução eletricidade nos sistemas produtivos deu entrada para
a Segunda Revolução Industrial, caracterizada pela produção em massa e divisão do
trabalho. A terceira revolução que vai desde a década de 1970 até os dias atuais, é
caracterizada pelo uso da eletrônica e Tecnologia da Informação (TI) para aprimorar a
automação na produção.

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Com isso, observa-se que a necessidade de níveis de produção cada vez mais elevados, com
maior qualidade e confiabilidade, resultaram na revolução industrial ocorrida no século XVIII, a
qual acelerou o desenvolvimento de novas tecnologias e marcou em definitivo a substituição
do homem pela máquina nos processos industriais que executavam exatamente as mesmas
tarefas (GOEKING, 2010).

CONCEITO DE AUTOMAÇÃO
O conceito de automação é definido no dicionário Aurélio como o “sistema automático
pelo qual mecanismos controlam seu próprio funcionamento, quase sem a interferência
do homem” e indica que seria preferível a forma automatização que, 17 por sua vez,
nesse mesmo dicionário, é definida como o “ato ou efeito de automatizar” (FERREIRA,
2004, p. 233). A automação pode ser considerada tanto como um sistema quanto um
método pelo qual as tarefas são realizadas e/ou controladas de forma automática, através
de máquinas, equipamentos ou dispositivos eletrônicos autônomos. Com isso, além do
ganho em eficiência e segurança, a automação também permitiu economia em salários
para a indústria aeronáutica, ao mesmo tempo em que aumentou o custo com
capacitações para obter uma equipe mínima e extremamente qualificada. (BILLINGS,
1997, p. 81) A definição de automação também pode ser basicamente definida como a
substituição da mão de obra produzida pelo homem para a ação do trabalhador apenas
no controle de um determinado equipamento tecnológico. A automação acontece ao
substituir o processo de produção humano para utilização de materiais tecnológicos.
Com isso, se torna um conjunto de técnicas que tem a capacidade de atuar com uma
maior eficiência e de forma mais automática, utilizando as informações que são
recebidas. Além disso, é possível definir a palavra eficiência como a melhor forma pela
qual os processos e etapas devem ser realizados, com o objetivo de que os recursos
como as máquinas, suprimentos e as pessoas, sejam usados de forma mais benéfica. A
eficiência tem como preocupação todo o processo em si, buscando forma de fazer com
que o processo seja otimizado, utilizando-se todos os recursos disponíveis. (FLEURY et
al. 1988, p. 21) 2.3 INDUSTRIA 4.0 As transformações decorrentes da Indústria 4.0
apresentam um grande potencial para aumentar a velocidade, a produtividade e a
qualidade dos processos de produção. Os impactos desse avanço afetam a economia, as
empresas, a população e o trabalho. Assim, não é por acaso que o conjunto dessas
transformações venha sendo retratado como uma quarta revolução industrial
(SCHAWAB, 2016). O crescimento da automação industrial fez com que a tecnologia
se desenvolvesse de forma mais rápida, ampliando o cenário industrial com uma gama
de máquinas automatizadas que aumentam cada vez mais a produção. Automatizar

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significa utilizar uma série de avanços tecnológicos nos processos de produção, com 18
objetivos estratégicos, visando a atender às exigências do mercado (GAITHER;
FRAZIER, 2001, p. 94). A Indústria 4.0 é considera como uma profusão de tecnologias
aplicadas ao ambiente de produção, consideradas como os Cyber-Physical
Systems(CPS), a Internet of Things (IoT), a Internet of Services (IoS), veículos
autônomos, impressoras 3D, robôs avançados,inteligência artificial, Big Data,
nanomateriais e nanosensores (SCHWAB, 2016; CNI, 2016; BCG, 2015a). Como
sugerido pelos alemães, a combinação dessas tecnologias tem um grande potencial para
começar o processo de habilitação das Smart Factories, que são capazes de fabricar
através da integração e comunicação entre máquina, seres humanos e recursos. Através
dessas fábricas inteligentes, máquinas e insumos poderão se comunicar durante os
processos, agregando flexibilidade e eficácia, ocorrendo de uma forma autônoma e
integrada (CNI, 2016). A Indústria 4.0 tem uma ampla capacidade de impactar todo o
planeta, dessa forma, quando se trata de efeitos futuros, é necessário confirmar sobre a
capacidade dessa revolução em também vencer os desafios do mundo atual. Diversas
pesquisas apresentam que essa indústria pode impactar no modelo de negócios, na
política na economia, na indústria e na sociedade como um todo. Por essa razão, ela não
é apenas uma revolução tecnológica, mas social, política e econômica (BUHR, 2017).
Além disso, com a alta demanda dos consumidores, e com as capacidades de produção
que vão surgindo na sociedade, os novos modelos de negócio também foram
desenvolvendo, de forma que fossem capazes de atender tanto a demanda individual de
cada cliente, fornecendo as devidas soluções para os problemas. Isso exige que as
empresas ampliem a sua capacidade de se conectarem em cadeias globais de valor e de
encurtarem o lançamento de produtos no mercado, além utilizarem uma nova forma de
relacionar com os clientes e fornecedores, reduzindo os custos de forma a manter a
competividade (CNI, 2016). A integração entre o ser humano e máquina, mesmo que de
forma geograficamente distantes, é prevista pela Industria 4.0. Essa integração permite
que sejam formadas grandes redes, fornecendo produtos e serviços de forma autônoma
(SILVA; SANTOS FILHO; MIYAGI, 2015). A Indústria 4.0 agrega valor na cadeia
organizacional, afetando os níveis dos sistemas de produção, como a manufatura,
projeto, produtos, operações etc. Além disso, ela está ligada aos sistemas Ciber- 19
Físicos, que são equipamentos que possuem representação virtual, conectados através da
Internet das Coisas, trocando informações e acessando dados em tempo real para
realizarem ações autônomas (KAGERMANN; WAHLSTER; HELBIG, 2013; LASI et
al., 2014). A inovação tecnologia é um dos fatores mais proeminentes que tem
capacidade de mudar as regras da concorrência, podendo destruir a vantagem
competitiva de empresa que estão com uma posição alta no mercado, assim como
ampliar a vantagem das empresas menos favorecidas. A tecnologia influencia
diretamente na vantagem competitiva, podendo mudar os direcionadores do custo ou da
singularidade em favor da empresa, melhorar a estrutura industrial e significar
pioneirismo traduzindo se em vantagem para o primeiro a mover-se.

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CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS
Os controladores programáveis (CP) ou controladores lógico-programáveis (CLP ou
PLC, em inglês) surgiram para substituir painéis de controle a relé, na década de 60. A
grande vantagem dos controladores programáveis era a possibilidade de reprogramação.
Já os painéis de controle a relés necessitavam modificações na fiação, o que muitas
vezes era inviável, tornando-se mais barato simplesmente substituir todo painel por um
novo. Portanto, os CLP’s permitiram transferir as modificações de hardware em
modificações no software, apresentas que a compreensão da definição de um sistema é
de fundamental importância para o entendimento da aplicação da automação. Um
sistema é a interação de diversos elementos combinados cujo funcionamento visa
alcançar um objetivo comum. A Figura 2, mostra de forma simplificada uma forma de
sistema de controle básico para automação.

Na Figura 2 pode se observar os componentes como a máquina, que é o conjunto de


dispositivos mecânicos e elétricos responsáveis pela operação do sistema. A matéria
prima, que é a forma primitiva do produto e que será transformado pelo processo
executado pela máquina. O Produto com valor agregado, que é a maneira que produto se
torna após a transformação realizada pela máquina. O CLP, que é o controlador do
sistema todo e sua função é torná-lo o mais automatizado possível de forma que a
intervenção humana no processo de transformação seja mínima (ROSÁRIO, 2009). 21
Além disso, possui entradas e saídas digitais (I/O), que é a terminologia proveniente do
Inglês para a representação das entradas e saídas do controlador, responsáveis por fazer
a interligação dos periféricos (atuadores e sensores) com o CLP. Também possui os
sensores, que são os responsáveis pela detecção dos diversos passos do processo de
transformação da matéria, como exemplo podemos citar os sensores indutivos, óticos,
magnéticos, leitores de código de barras, ultrassônico e outros. E por fim os atuadores
que são os responsáveis diretamente pelo resultado do produto, como exemplo podemos
citar os cilindros pneumáticos, motores, servo motores, garras, prensas, entre outros.
também afirma que um sistema pode ser automatizado tanto quanto se queira, desde um
nível simples de automação em que o operário é a parte vital para o funcionamento do
processo de transformação, neste caso o sistema se limitaria a executar tarefas pesadas,
difíceis ou inseguras ao ser humano até um nível altíssimo de automação, onde operário
deixa de ser o executor e passa a ser o operador da máquina, acompanhando o processo
através de monitores e interagindo com os resultados deste processo. A tecnologia PLC
transforma uma rede de distribuição elétrica em uma rede de comunicação pela
superposição de um sinal de informação de baixa energia ao sinal de corrente elétrica de
alta potência. Esta tecnologia pode oferecer uma taxa de transmissão de centenas de

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megabits por segundo. No entanto, os condutores da rede elétrica foram projetados para
transmissão de energia em 50 ou 60 Hz, não para fins de comunicação, e a impedância
característica da linha de transmissão varia de acordo com o tipo de condutor e em
função da frequência. O descasamento de impedância na rede resulta em um efeito de
multipercussão que frequentemente causa nulos em determinadas frequências.
Aparelhos elétricos conectados à rede elétrica também causa significativo impacto nas
características do canal de sistemas PLC, frequentemente utilizado por oferecer
vantagens como: baixo consumo de energia, maior flexibilidade e confiabilidade, maior
facilidade na elaboração de projetos, sendo robusto a ambientes sujeitos às vibrações
mecânicas, com variação de temperatura e umidade, possui alta capacidade de
realização de diversas tarefas, e capacidade de comunicação com computadores ou
equipamentos digitais (IHM, inversor de frequência, sensores) (MEHTA e REDDY,
2014). 22 O modelo de PLC que é utilizado para controlar o Despoeiramento da Aciaria
2 na empresa USIMINAS, é o PLC SISTEMA CP3000, implantado em 1992 e está
descontinuado e sem suporte desde 2014. Atualmente o equipamento alguns problemas
como perda de programação na CPU, a CPU para de executar o programa e entra em
modo Stop, não tem confiabilidade nos sobressalentes, os cartões danificados não são
reparáveis as peças sobressalentes foram reaproveitadas de equipamentos desativados,
além de falhas de comunicação entre PLC’s e remotas devido à tecnologia empregada.
Essas falhas representam a importância da modernização desse sistema, para poder
atender a demanda da indústria. Para especificação de um CLP é necessário levar em
consideração a compatibilidade entre a instalação elétrica, equipamentos
eletromecânicos, os sinais aceitáveis e os pontos de E/S, a existência de chaves de
proteção, tipo e forma de endereçamento, entre outros. (MORAES E CASTRUCCI,
2001, p.39). Os CLP’s apresentam significativas vantagens dentro dos processos
industriais, pois possibilitam diversos benefícios, porém, são dispositivos que possuem
uma baixa dinâmica de interação com o usuário e são considerados programas estáticos.
Tendo o objetivo de resolver esses tópicos é que foram adicionados os Sistemas de
Supervisão. (ROQUE, 2014) A interconexão do CLP com estes equipamentos: inversor
de frequência e interface homem-máquina; representa uma frequente situação atual nas
indústrias. A automação tem se tornado uma necessidade para o crescimento industrial,
por exemplo, o impacto da automação na empresa Data Logic, uma companhia
americana de logística que implantou um sistema denominado “Warehouse
Management System (WMS)” entre os anos de 2012 e 2013. Este sistema utiliza
códigos de barras em cada pallet para alocá-lo da melhor forma possível, otimizando o
processo e obtendo menores custos operacionais, resultando em uma redução na mão de
obra em cerca de 10% em relação ao processo anterior. Com isso, esta empresa obteve
uma economia aproximada de 25% em processos de inventário, pela redução no erro de
alocação em até 90% e no tempo de espera de processamento em 92%, resultando em
uma economia anual de $1.295.000,00 dólares (DATA LOGIC, 2013). O CLP teve o
papel de receber essas instruções e fazer com que o sistema funcione conforme descrito
nas linhas de programação. Todo esse processo, de receber sinais de sensores e atuar em
saídas, foi possível visualizar em uma tela na 23 IHM. Toda informação monitorada na
IHM foi enviada a um servidor, compartilhando com OPC cliente, tendo como principal
objetivo descrever informações diárias no software Excel, disponibilizando-as em
planilhas e gráficos. Para que tudo isso ocorresse, foi preciso aprofundar-se nos
processos de configuração do CLP e IHM (CAMARGO, 2014).

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15
TEMA 3:
SENSORES

Um sensor é um dispositivo que responde a um estímulo físico ou químico de maneira


específica, produzindo um sinal que pode ser transformado em outra grandeza
física para fins de medição e/ou monitoramento. Desta forma, o sensor associado a um
módulo de transformação do estímulo em uma grandeza pode ser definido
como transdutor ou medidor, que converte um tipo de energia em outro, para fins de
medição.
Os sensores são largamente usados na medicina, indústria, agricultura e robótica como
meio de prover informações de processos físicos/químicos/biológicos em substituição à
capacidade humana (sentidos humanos) e em apoio ao monitoramento e ao controle
desses processos.
Como o sinal é uma forma de energia, os sensores podem ser classificados de acordo
com o tipo de energia que detectam.

 Sensores ópticos: células solares, fotodiodos, fototransistores, tubos foto-


elétricos, CCDs (dispositivo de carga acoplada), radiômetro de Nichols, sensor de
imagem
 Sensores de som: microfones, hidrofone, sensores sísmicos.
 Sensores de temperatura: termômetros, termopares, resistores sensíveis a
temperatura (termístores), termômetros bimetálicos e termostatos
 Sensores de calor: bolômetro, calorímetro
 Sensores de radiação: contador Geiger, dosímetro
 Sensores de partículas subatômicas: cintilômetro, câmara de nuvens, câmara de
bolhas
 Sensores de resistência elétrica: ohmímetro
 Sensores de corrente elétrica: galvanômetro, amperímetro
 Sensores de tensão elétrica: electrômetro, voltímetro
 Sensores de potência elétrica: wattímetro
 Sensores magnéticos: compasso magnético, compasso de fluxo de
porta, magnetômetro, dispositivo de efeito Hall
 Sensores de pressão: barômetro, barógrafo, manômetro, indicados da velocidade
do ar, variômetro, por Ressonância
 Sensores de fluxo de gás e líquido: sensor de fluxo, anemômetro, medidor de
fluxo, gasômetro, aquômetro, sensor de fluxo de massa
 Sensores de nível de líquido e sólido: sensor de nível, medidor de líquido, sensor
de nível de grão.
 Sensores químicos: eletrodo ion-selectivo, eletrodo de vidro para medição de
pH, eletrôdo redox, sonda lambda.
 Sensores de movimento: arma,
radar, velocímetro, tacômetro, hodômetro, coordenador de giro.
 Sensores de orientação: giroscópio, horizonte artificial, giroscópio de anel de laser
 Sensores mecânicos: sensor de posição, selsyn, chave, strain gauge.
 Sensores de força: extensômetro

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 Sensores de vibração: acelerômetros
 Sensores de proximidade ou presença: Um tipo de sensor de distância, porém
menos sofisticado, apenas detecta uma proximidade específica. Uma combinação
de uma fotocélula (Este é um dispositivo utilizado para automatizar o funcionamento da iluminação em diversos
locais) e um LED ou laser. Suas aplicações são nos telefones celulares, detecção de
papel nas fotocopiadoras entre outras.
 Sensores de distância (sem contato): Uma série de tecnologias podem ser
aplicadas para captar as distâncias.

Tipos e aplicações de sensores na indústria

Criados em 1950, os sensores tornaram-se ao longo dos anos peças fundamentais à


automação industrial. Estes produtos são responsáveis pela detecção de quaisquer
movimentações no ambiente fabril, seja para contagem de material, controle de direção,
até nível de fluidos e verificação de material dentro do recipiente.
Há ainda os sensores utilizados para a segurança dos profissionais que operam o
maquinário (NR-12). “Quando o usuário tenta infligir uma norma de segurança e
posiciona alguma parte do corpo ou até mesmo um equipamento em local não
permitido, a máquina para, impedindo que o trabalhador sofra danos físicos”, explica
Bryan Michel Bueno, Engenheiro Eletricista e promotor técnico da Reymaster Materiais
Elétricos – empresa que distribui sensores no Paraná.
Há sensores para diferentes aplicações. Os tipos de sensores industriais podem ser:
Sensores de Pressão, Sensores de Temperatura, Sensores de Nível, Sensores de Vazão e
ainda os mais comuns: indutivo, capacitivo, fotoelétrico, magnético e ultrassônico.
Segundo o engenheiro, o funcionamento dos sensores é baseado em uma alteração no
ambiente (aproximação, calor, luz, etc.). “Por isso é infinita a quantidade de soluções
que se pode ter com os sensores, tudo é uma questão de análise e estudo. Importante
salientar a escolha de sensores com precisão e qualidade”, orienta Bryan M. Bueno.
Com mais de 60 anos de existência, os sensores estão ainda mais modernos. Um dos
últimos lançamentos do mercado são os Sensores Indutivos com toda a área traseira
iluminada, resultando em maior visibilidade na comutação e consequentemente aumento
da facilidade e rapidez na detecção caso haja algum problema.

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TIPOS DE SENSORES

Sensores Indutivos

Os sensores indutivos, também conhecidos como sensores de proximidade, são


dispositivos eletrônicos para o ambiente industrial na detecção de partes e peças
metálicas não só de ferro ou aço, como também alumínio, latão e aço inox.

Sensores Capacitivos

Os sensores capacitivos detectam qualquer tipo de massa, logo, são aplicados onde
existe a necessidade de detecção de materiais não metálicos como plásticos, madeiras e
resinas. São utilizados também para detecção do nível de líquidos e sólidos.

Sensores Fotoelétricos

Aumentando o range de detecção sem contato físico, os sensores fotoelétricos são


capazes de detectar não só partes e peças de máquinas automáticas, mas os próprios
produtos manufaturados na linha de produção.

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Sensores de Fibras Ópticas

Sensores ópticos para fibras, modelos microprocessados, sistema de detecção da fibra


por barreira ou fotosensora. Lentes opcionais para diversas aplicações.

Sensores Lasers

Os sensores laser têm alta sensibilidade e alta precisão se comparados aos tradicionais
sensores fotoelétricos. Modelos não tubulares com alta resolução para as mais variadas
aplicações.

Sensores Ultrassônicos

Sensores microprocessados com saída digital simples ou dupla, saída analógica em


tensão ou corrente. Modelos especiais para detecção de folha dupla.

Sensores Magnéticos

Os sensores de proximidade magnéticos foram idealizados para detectar o campo


magnético gerado por um ímã que pode ser um acionador magnético. Podem ser
aplicados no monitoramento de válvulas lineares ou cilindros pneumáticos.

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Sensores Transdutores Lineares

Permite a detecção da posição sem contato, o que elimina o desgaste de peças e aumenta
a vida útil do transdutor. Com excelente resistência mecânica a vibração e a choques,
podem ser instalados em ambientes hostis, inclusive na presença de agentes
contaminantes ou presença de pó.

Sensores de Pressão

Os sensores de pressão podem ser aplicados em ambientes fabris que requerem produtos
robustos. Há versões para pressão diferencial, com bargraph, anti-corrosivo e display
duplo. Modelos para ar comprimido, gases ou líquidos (inclusive corrosivos). Podem
ser microprocessados com alta resolução, com display, amplificador separado. Modelos
tubulares com invólucros compactos e vários tipos de saída e faixas de pressão

Sensores de Imagem

Os sensores da linha CVS ( Concurrent Version System (Sistema de Versões Concorrentes) é um sistema de controle
de versão que permite que se trabalhe com diversas versões) são compactos e reúnem lente, sensor de
imagem, LEDs, display LDC ( Liquid Crystal Display, é uma tecnologia de tela que usa cristais líquidos
para reproduzir imagens) e processador em um único invólucro.

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Barreiras Fotoelétricas

Versões para uso geral e segurança humana. Para segurança humana versões para
proteção de dedos, mãos e braços, com controlador de segurança incorporado à barreira
e classe de proteção 4.

ONDE ENCONTRAR SENSORES

A Reymaster Materiais Elétricos comercializa sensores da marca


Contrinex, multinacional suíça presente em mais de 60 países. A empresa é líder
mundial em sensores miniatura, sensores com grandes distâncias e dispositivos para
condições de funcionamento exigentes (altas pressões e temperaturas).

 Sensores industriais: Indutivos, Capacitivos, Fotoelétricos, Fibras Ópticas,


Lasers, Barreiras Fotoelétricas, Ultrassônicos, Magnéticos, Transdutores
Lineares, Pressão e Imagem.
 Conectores e Cabos: Distribuidores de Sensores, Conectores, Cabos para
Sensores e Cabos Multivias.
 Fontes e Controle: Controles Eletrônicos e Fontes Industriais.

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