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CARTILHA WEB 3.

0: CONCEITOS
INICIAIS E APLICAÇÕES PRÁTICAS
COMITÊ DE JOVENS EMPREENDEDORES
EQUIPE TÉCNICA
REALIZAÇÃO
Diretor Titular do Comitê de Jovens Empreendedores
Roger Augusto Appolinário Perli

Grupo de Estudos de Web 3.0

Coordenador
Lorran Moreira Franceschini

Colaboradores
Caio Vieira Cordeiro
Ingrid Barth
Gustavo Albanesi
Matheus Palucci de Campos
Ruana Aparecida Moloni Vasconcellos Gomez
INTRODUÇÃO ..................................... 4

HISTÓRIA DA INTERNET.................... 5

WEB 3.0 .............................................. 9

BLOCKCHAIN......................................10

CRIPTOMOEDAS ................................ 17

NFT.....................................................21

GLOSSÁRIO....................................... 23

BIBLIOGRAFIA .................................. 30

Cartilha Web 3.0: conceitos iniciais e aplicações práticas 3


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INTRODUÇÃO
Desde o seu surgimento, em 1991, a World Wide Web tem passado por
modificações constantes.

A experiência de navegabilidade e serviços prestados evolui quase que


diariamente, contudo podemos elencar três períodos nos quais houve
as maiores mudanças: a Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0.

Tema dessa cartilha, a Web 3.0 é o nome da fase de evolução da rede


mundial de computadores que estamos observando atualmente. Antes
de mais nada, é preciso ressaltar que não existe um conceito único,
muito menos uma definição oficial acerca dessa nomenclatura.

Suas características básicas estão sendo delimitadas e consolidadas,


no entanto já podemos ver sua aplicabilidade em mecanismos como
as criptomoedas, a inteligência artificial e diversas potencialidades de
descentralização de serviços, evidenciadas em maior privacidade para
o usuário e transparência no fluxo de dados.

Há mais de duas décadas, Tim Berners-Lee, o criador da World


Wide Web, já vislumbrava o que observamos hoje, nomeando-a
como web semântica. Esta seria uma configuração na qual os
dispositivos eletrônicos conectados à rede mundial de computadores
reconheceriam os conteúdos disponíveis e trabalhariam em
cooperação e codependência com os seres humanos.

Ao longo desse material, iremos elencar conceitos básicos das


tecnologias aplicadas ao nosso cotidiano, bem como exemplos de
aplicabilidade às empresas, tentando trazer, desta forma, conceitos
tidos como abstratos ao dia a dia das indústrias.

Cartilha Web 3.0: conceitos iniciais e aplicações práticas 4


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HISTÓRIA DA INTERNET
A internet é uma rede global de computadores que permite a
troca de dados entre pessoas de todo o mundo, por meio de um
protocolo comum.

Diversas tecnologias e invenções foram primordiais para o


surgimento da internet, como o telégrafo, o telefone e os
computadores, que na época de seu surgimento eram máquinas
grandes e tinham o objetivo de realizar cálculos matemáticos e
armazenar informações.

Em 1957, as maiores potências da época, Estados Unidos e União


Soviética, protagonizavam a Guerra Fria. Com receio de estarem
sendo espionados pelo Sputnik, satélite artificial lançado ao espaço
em 1958 pela URSS, os Estados Unidos criaram a ARPA (Agência de
Projetos de Pesquisa Avançada dos Estados Unidos), crucial para
o desenvolvimento de pesquisas e estudos na área de tecnologia.
O principal objetivo era garantir a segurança dos americanos, por
meio da codificação de informações e comunicações, prevenindo a
nação norte-americana de um possível ataque soviético.

Em 1961, Leonard Klinrock publica sua tese de doutorado acerca


da teoria da comutação de pacotes, a qual discorria quanto à
transformação da informação em pequenos pacotes eletrônicos,

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antes de ser enviada para outro computador. Essa foi a base das
pesquisas para as demais teorias que surgiram, como a de J.C.
Licklider, que descreveu o conceito de uma rede galáctica onde seria
possível acessar dados rapidamente de qualquer lugar do mundo; o
sistema de comunicações de Paul Baran, que apresentava a conexão
de computadores a uma rede descentralizada imune a ataques
externos; e o projeto coordenado por Donald Davies, quanto à rede de
comunicação de computadores financiada pelo governo britânico.

Somente em 1969 houve a primeira conexão entre computadores,


realizada pelas universidades de Stanford e Universidade da
Califórnia, por meio da criação da ARPANET, da rede da DARPA.
No mesmo ano, mais duas universidades foram conectadas à
ARPANET, a da Califórnia em Santa Bárbara (UCSB) e de Utah.

No ano seguinte, foi estabelecido o Network Control Protocol (NCP)


que permitia o desenvolvimento de aplicativos, possibilitando que
Ray Tomlinson enviasse o primeiro e-mail da história. No decorrer
dos anos, e com a expansão da ARPANET, a utilização da internet foi
ampliada para além de cientistas e militares, permitindo, em 1974,
a conexão de diversas universidades americanas ao sistema criado.
Ainda no mesmo ano, o uso da palavra internet foi aplicado pela
primeira vez em uma publicação detalhada acerca da criação de uma
nova versão de protocolo de intercomunicação, o TCP/IP.

No ano de 1983, foi ao ar a primeira rede de grande extensão que


se baseava no protocolo TCP/IP, abandonando de vez o uso da
ARPANET.

Entre os anos de 1989 e 1991, a internet passou a permitir o uso


da rede para fins comerciais nos Estados Unidos, porém não
despertou, de imediato, o interesse da grande massa. Para tentar
sanar essa questão, Tim Berners-Less propôs a utilização de
hipertextos, permitindo acessos múltiplos simultâneos ao mesmo

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documento de forma mais ágil. De imediato, sua proposição não
foi bem aceita, porém com a criação das tecnologias URL, HTTP e
HTML, nasceu a World Wide Web. Sua idealização era baseada na
descentralização do controle e neutralidade da rede e permitiu a
popularização da internet.

Neste contexto, no qual as pessoas tiveram acesso a computadores


pessoais com internet discada, surgiram diversos portais, salas
de bate-papo e os famosos sites de buscas, como o Google, um
dos maiores marcos da internet. A web passou por uma revolução,
principalmente com o advento da banda larga. Foi nesse momento
que surgiram os blogs, marco da entrada na era das redes sociais,
como o Orkut, Twitter, Facebook.

Atualmente, vemos o quanto a internet influencia nosso cotidiano,


sendo quase impossível ver nossa sociedade dissociada dela. Essa
evolução permitiu o acesso a informações instantâneas por meio de
celulares, centralizando grande parte das demandas da sociedade
em um único aparelho, viabilizando o acesso a informações de
qualquer lugar com acesso à rede mundial de computadores.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE WEB 1.0, 2.0 E 3.0?


A web 1.0 faz parte de um período em que os conteúdos
disponibilizados online eram estáticos, sem interatividade entre os
usuários, utilizados apenas para o compartilhamento de informações
de forma restrita. A WEB 2.0, por outro lado, diferencia-se com o
ganho de ferramentas que permitem conteúdos mais dinâmicos,
possibilitando a produção de vídeos, fotos e textos com a capacidade
de serem publicados nos blogs.

Atualmente, estamos em uma fase de transição da web 2.0


para a web 3.0, para a qual ainda não possuímos um conceito
totalmente definido, porém é possível identificar uma característica

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fundamental, baseada no uso de uma rede descentralizada, a
qual permite que os usuários tenham controle de dados, o que
potencializará ainda mais o acesso à informação e comunicação
entre as pessoas.

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WEB 3.0
O conceito Web 3.0 engloba a ideia de que a arquitetura da rede não
pode existir sem a descentralização do controle. Esta vai além da
Internet e do próprio paradigma de tecnologias conectadas (Internet
das Coisas, Big Data, Inteligência Artificial) que funcionam em uma
camada descentralizada.

• Permitirá que o usuário controle o acesso aos


próprios dados;
• Essencialmente descentralizada;
• Monetização dos dados será mais transparente;
• Baseada em um consórcio de tecnologias unidas
por meio do Blockchain.

Com o surgimento do blockchain, pode-se


dizer que houve um encaixe das peças da rede,
devido a uma mudança de paradigma que nos
permite criar sistemas que funcionam “por
conta própria”, utilizando-se um protocolo
definido antes de seu lançamento.

Os produtos Web 3.0 ainda estão se “A gente consegue regular as nossas relações
dentro da Web 3.0 sem o Estado e ao mesmo
desenvolvendo, no entanto, uma ideia é clara: tempo entender que ele é totalmente
em todas as suas aplicações, o usuário poderá necessário do lado de fora. A entidade
soberana ainda existe, ela só não está dentro
permitir, ou não, o acesso aos próprios dados. das nossas relações.”
Lorenza Sabatini, fundadora e CEO da startup
Made in Crypto.

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BLOCKCHAIN
O QUE É O BLOCKCHAIN?
Em linhas gerais, blockchain é um livro de razão pública que
reúne um conjunto de informações, como a quantia de moedas
transacionadas, quem enviou e quem recebeu um documento
etc. Esses dados se conectam por meio de criptografia, a fim de
realizar operações de forma segura, transparente e imutável.
O contraponto em relação às redes privadas é que o blockchain
permite o compartilhamento de dados por todos, de forma
descentralizada e sem a necessidade de permissão ou de uma
entidade à frente do processo.

É uma tecnologia que admite a redução, quase a zero, das fraudes


entre transações, sejam elas público-privadas ou privadas-
privadas. Nesse sentido, permite que seja estabelecida uma
validação dos atos, por meio de uma confiança digital estabelecida
entre os usuários.

COMO FUNCIONA A TECNOLOGIA BLOCKCHAIN?


Há a criação de uma cadeia de blocos na qual cada usuário detém
um arquivo e um hash, garantindo que as informações não sejam
violadas. Todo bloco criado contém sua hash acrescida da anterior,
criando uma conexão entre todas as etapas existentes.

Cartilha Web 3.0: conceitos iniciais e aplicações práticas 10


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Basicamente, quando enviamos um ativo digital ele é representado
de forma online como um bloco, no qual as informações estão
alocadas. Este é distribuído e todos os envolvidos possuem uma
cópia da transação que foi realizada. Após a validação e aprovação
das partes, este bloco é adicionado à corrente de blocos, ganhando
um registro. Toda essa movimentação é validada pela rede, porém
não se tem acesso a quem realizou a transação, uma vez que essa
informação é protegida por um código formado por letras e números.

CRIANDO OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA


E PARA A SOCIEDADE
Diversos especialistas apontam que o uso dessa tecnologia pode ter
um impacto tão grande e revolucionário quanto o próprio surgimento
da internet, consubstanciado no potencial a ser gerado tanto em
novos negócios como em mercados já estabelecidos. Nesse sentido,
o blockchain cria condições que permitem o desenvolvimento de um
cenário econômico mais seguro e pleno.

Entre seus benefícios estão a consolidação de uma


economia compartilhada, o aumento da transparência,
melhoria na prestação de informações, fortalecimento
da autonomia e privacidade dos cidadãos, aumento
da segurança de dados, bem como a instituição
de novas formas de planejamento e controle
corporativo.
“Quando você está usando a blockchain
No entanto, diversas questões ainda devem ser tem a possibilidade de fazer soluções
descentralizadas, ou seja, ao invés de uma
respondidas: qual será o papel do governo e das pessoa específica tomar a decisão, você
instituições financeiras nessas transações? O pode descentralizar para quantas pessoas
quiser e até mesmo expandir isso para o
conhecimento e a situação atual são adequados seu usuário também.”
para uma economia baseada em blockchain? A Tiago Morelli, fundador da EnablersDAO.
tecnologia e os padrões existentes são robustos
o suficiente? Esses questionamentos devem ser

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analisados e solucionados conforme a tecnologia venha a ser utilizada
em maiores escalas, por isso, a atuação da indústria nessa "nova
revolução digital" é fundamental.

A NECESSIDADE DE CRIAR UM ECOSSISTEMA


CAPAZ DE IMPLEMENTAR NOVAS TECNOLOGIAS
O blockchain é uma tecnologia que permite o aumento da confiança
digital. Tanto na indústria quanto no Governo os avanços podem
ser utilizados para desburocratizar processos, modernizar a
administração pública , garantir a segurança de redes e transações e
serem aplicadas na indústria tanto no processo mais primário como
em toda a cadeia da indústria 4.0.

Atualmente, os entes envolvidos em seu desenvolvimento


demonstram uma disposição considerável não apenas em colaborar
em uma base intra e intersetorial, mas também em investigar a
aplicação dessa tecnologia, criando coerência entre política de
Estado, legislação, difusão de conhecimento e implementação.

AGENDA DE ATUAÇÃO
Para uma maior
escalabilidade de suas
aplicações é necessária
a consolidação de uma
agenda entre Governo,
Academia e Setor Privado.

LINHA 1: ANALISAR E DESENVOLVER CONDIÇÕES


PARA O USO DO BLOCKCHAIN NO BRASIL
Na medida em que a tecnologia da informação se desenvolve, a
necessidade de criação de um ambiente social, legal e econômico
que possa abarcar essas transformações se torna cada vez mais

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importante. A sociedade, o
governo e o empresariado
Ações a serem tomadas:
devem estar conscientes
• Identificação dos normativos e
e aptos sobre o uso do legislações que permitam ou
blockchain. Nesse sentido, as obstaculizem a implementação
aplicações em larga escala da tecnologia;
só serão implementadas se • Envolvimento do Governo,
academia e demais atores;
todos estiverem envolvidos em
plataformas independentes • Criação de agenda conjunta de
trabalho e ações.
e intersetoriais, nas quais
as partes trabalhem juntos
para a disseminação e uso dessa
tecnologia.

O papel do setor privado coaduna-se aos interesses


governamentais, reguladores e de grupos de interesse, seja na
consolidação de normativos, criação de dispositivos legais proteção
à privacidade, seja na consolidação de identidades.

LINHA 2: IMPLEMENTAR PROJETOS QUE


RESPALDEM A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA
Reconhecimento e autenticação das transações são premissas
básicas para a confiabilidade das aplicações do blockchain. Soluções
tecnológicas para a identificação de pessoas físicas e jurídicas é,
portanto, a primeira linha de ação que precisa ser consolidada.

Para tanto, requer-se a padronização e a interação com os entes


governamentais. Nesse sentido, a consolidação de uma identidade
digital única, garantindo a possibilidade de sua autenticação
em todas as transações realizadas, reduzindo a quantidade de
informações prestadas repetidamente, é premissa básica para a
aplicação das soluções blockchain.

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Ações a serem implementadas:
• Consolidação de um documento integrado, substituindo
os documentos físicos e digitais existentes atualmente por
um único;
• Estabelecer experimentos com o uso do blockchain,
alcançando melhor uso de registros por parte do Governo;
• Estabelecimento dos marcos legais e sinergia com outros
processos atuais para identificação e autenticação.

Um ponto que se deve ter em mente, contudo, é a não digitalização


da burocracia existente. Deve-se buscar a criação de um ambiente
virtual único e garantidor, no qual todas as transações possam ser
validadas e respaldadas por uma identidade digital única, a qual
pode ter como seu validador final a tecnologia do blockchain. Esta
não é solução para todos os problemas, mas o início do aumento de
confiança no sistema a ser utilizado.

LINHA 3: DESENVOLVER E CAPACITAR


MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA
Conhecimento e capacidade de divulgação das práticas precisam ser
desenvolvidos em vários níveis dentro dos setores público e privado,
para que a difusão e o impacto da tecnologia possam ser alcançados.

Nessa linha, deve-se enfatizar o esforço de disseminação do


conhecimento da maneira mais rápida e eficiente possível. A
capacitação de mão de obra não ocorre apenas por meio de cursos e
educação, mas com base no convencimento e difusão dos resultados
que podem ser alcançados quando da aplicação da tecnologia.
Para tanto, os grupos-alvo são gestores públicos, empresários,
acadêmicos e todos aqueles entusiastas da tecnologia.

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O desenvolvimento de Ações a serem tomadas:
programas de treinamento • Criação de ambiente
e qualificação podem e de experimentação de
protótipos e réplicas de casos
devem ser desenvolvidos
de sucesso, tanto no âmbito
por instituições capazes de público quanto no privado;
garantir a qualificação dos • Criação de cursos de
trabalhadores que serão capacitação de mão de obra
responsáveis por lidar e para o desenvolvimento de
projetos de aplicação da
muitas vezes implementar
tecnologia.
essa ferramenta.

Monitoramento da cadeia de Refract Chain


produção da cana-de-açucar
A Gerdau e a RHI Magnesita
A Empresa Brasileira de desenvolveram um mecanismo
Pesquisa Agropecuária de consenso entre duas
(Embrapa) começou, em 2021, indústrias com uso de
a monitorar a produção da contratos inteligentes, a fim de
Cooperativa dos Plantadores de intermediar contratos.
Cana do Estado de São Paulo
Atualmente, há a aplicação de
(Coplacana), a da Safe Trace e a
interfaces técnica, comercial e
de usinas do interior do estado
jurídica. Ainda, pode-se haver
de São Paulo.
a possibilidade de inclusão de
ações financeiras, havendo
a capacidade de empresas
interessadas efetuarem
pagamentos com stablecoins.

Token Ambiental
A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) tem utilizado de uma
plataforma em blockchain que opera com mercados de carbono, a fim de
colaborar com as empresas interessados em compensar suas emissões
de gases que contribuem para as mudanças climáticas. O token tem
sido usado como uma “criptomoeda ambiental”.

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Plataformas de comercialização entre pares e facilitar o acesso a
energias renováveis.
Algumas empresas de energia estão usando blockchain em suas
plataformas de comercialização para a venda de eletricidade entre
indivíduos. Os proprietários de imóveis com placas solares podem usar
essa plataforma para vender seu excesso de energia solar.
Com iniciativas de financiamento coletivo, os usuários podem ter e
patrocinar placas solares em comunidades com pouco acesso à energia.
Depois da construção dessas placas, os patrocinadores também podem
receber um aluguel referente a essas comunidades.

Gerenciamento de pagamentos,
contas e mercado comercial Gerenciamento de pagamentos,
online (1) contas e mercado comercial
A Singapore Exchange Limited, online (2)
uma empresa financeira de A Sony Music Entertainment
investimentos que oferece Japan tem usado serviços de
serviços de comercialização blockchain para tornar mais
financeira na Ásia, usa a eficiente transações de registro
tecnologia blockchain para de venda ou transferência do
criar uma conta de pagamentos conteúdo de direitos autorais.
entre bancos. Com a adoção O uso da tecnologia tem
da tecnologia, a empresa melhorado a produtividade e
resolveu vários desafios, reduzido custos para a empresa.
incluindo o processamento de
lotes e a reconciliação manual
de milhares de transações
financeiras.

Movimentação de mercadorias entre fornecedores e compradores


A Amazon solicitou uma patente para um sistema de tecnologia de
ledgers distribuídos que usa a tecnologia blockchain para verificar
se todas as mercadorias vendidas na plataforma são autênticas. Os
vendedores da Amazon podem mapear as cadeias de suprimento,
permitindo que os participantes (fabricantes, empresas de entrega,
distribuidores, usuários finais e usuários secundários) adicionem eventos
ao ledger depois que se registrarem com uma autoridade de certificação.

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CRIPTOMOEDAS
Criptomoedas são moedas existentes no âmbito digital
criadas por meio de códigos de computador e que se
utilizam de métodos de criptografia para proteger
suas transações.

São baseadas no blockchain, uma tecnologia


descentralizada que atua como um validador
das transações, já que essas moedas não são
“Devem ser criadas plataformas para que a
apoiadas por bancos centrais ou governo que crypto seja oferecida a pessoas comuns, o que
fazem sua emissão e regulação. A tecnologia de abre oportunidade para o negócio”.

registro em blocos assegura Ângelo Munhoz, responsável por inovação e


tecnologia na Link School of Busines
que uma mesma moeda não
seja utilizada duas vezes, o
que impede o “problema do gasto duplo”. Ainda,
as informações são armazenadas por todos os
usuários, possibilitando o rastreamento das
moedas virtuais.

No lançamento, um cripto token tem um valor Essas moedas permitem a negociação peer-
subjetivo. O mercado é o único mecanismo
que, em condições de liberdade, saberá to-peer, não havendo a necessidade de um
precificar o real valor de cada token, de intermediário, entretanto, para haver uma maior
acordo com sua capacidade de entregar as
características atribuídas ao seu projeto. segurança para os usuários, foram criadas as
Thomás Botelho, líder do time de exchanges, intermediadoras entre vendedores
desenvolvimento de negócios da Nox

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e compradores de ativos digitais, as quais visam dar maior
legitimidade às transações.

As moedas virtuais são armazenadas em “carteiras”, que não


possuem a identificação de uma pessoa ou empresa, entretanto, isso
não significa que elas sejam anônimas. Essas wallets
são divididas em quentes e frias. As quentes mantêm
o acesso apenas de maneira virtual, a exemplo da
MetaMask, Trust Wallet e Coin98 Wallet. Já as
frias são carteiras físicas, semelhantes a um
pen drive, possuindo as chaves de acesso de
maneira offline, a exemplo da Ledger, Trezor etc.

“A crypto quebra barreiras para os negócios...


Esses ativos são considerados um investimento evitando-se a interrupção da cadeia de
de alto risco, sendo necessário ter cuidado e fornecimento. O tempo e a velocidade para
esse tipo de cliente são importantes.
analisar alguns critérios, como, por exemplo,
Rafael Teixeira Medeiros, sócio fundador da
quais são as mais sólidas, seus valores no CifraPay/GenesisBank
mercado, dentre outros.

MECANISMO DE CONSENSO
Para que haja uma formalização e validação das transações no
blockchain é necessário que no mínimo 51% dos nós da rede estejam
de acordo com o atual estado global da rede. Para isso, utiliza-se os
chamados mecanismos de consenso.

No mecanismo de consenso, proof of work, mineradores competem


entre si, tendo como vencedor aquele que insere mais blocos novos ao
blockchain. Desta forma, é necessária a resolução de diversos cálculos
matemáticos de alta complexidade, que possuem recompensas no
final da validação das transações. Devido ao fato de não ser uma
tarefa simples, a única maneira é utilizar computadores com alta
capacidade de processamento. Um ponto importante a destacar
nessa fase é o consumo de energia por conta de muitos equipamentos
funcionando simultaneamente. Para suprir essa crítica, muitos países
e organizações incentivam a conscientização e desenvolvimento de
alternativas que reduzam impactos ambientais neste setor, por meio
da utilização de energia limpa, onde empresas oferecem recompensas
àqueles que provarem o uso de fontes renováveis.

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Uma alternativa para o PoW seria o proof of stake. Utilizado na
rede Ethereum, esse mecanismo não se baseia no uso da força
computacional, mas sim no investimento de uma quantidade de
tokens no sistema para garantir sua participação. Os nós validadores
apostam suas “fichas” para validar as transações e o validador
sorteado cria novos blocos e ganha a recompensa pela tarefa. Quanto
maior a aposta, maior a chance de ser escolhido.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CRIPTOMOEDAS?

Atualmente, existem milhares de criptomoedas disponíveis, mas


apenas algumas possuem valor de mercado, somando um valor que
pode chegar a US$ 3 trilhões.

Entre as 10 maiores criptomoedas em termos de valor de mercado,


temos a Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Tether (USDT), USD Coin
(USDC), BNB (BNB), XRP (XRP), Binance USD (BUSD), Dogecoin
(DOGE), Cardano (ADA) e Polygon (MATIC).

SEGURANÇA
Diversas empresas de cibersegurança tem identificado que
aparelhos Android estão sendo utilizados por hackers que
roubam a capacidade de processamento dos aparelhos para a
mineração de criptomoedas, o chamado cryptojacking. Foram
identificados também mais de 170 aplicativos que prometem
transformar celulares em dispositivos para mineração, mas, na
realidade, roubam dinheiro das vítimas. Esses aplicativos cobram
uma mensalidade, prometendo que os assinantes ficarão ricos
minerando cripto.

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Criptomoeda da soja Coffee Coin
A Soya, primeira criptomoeda Lançada em agosto de 2020
com lastro em grãos de soja, foi pela Minasul, cooperativa de
criada pela startup argentina Varginha, em Minas Gerais,
Agrotoken. O negócio envolve a funciona como mecanismo de
tokenização de soja armazenada financiamento da safra, com
junto a uma empresa parceira qual o produtor paga pelos
da Agrotoken. Os grãos, por insumos com os grãos que
sua vez, servem de lastro para serão colhidos.
uma stablecoin que pode ser Atualmente, pode-se trocar as
negociada no mercado. moedas por insumos, produtos
ou maquinários em lojas da
cooperativa. Essas negociações
ocorrem apenas entre a
cooperativa e o cooperado.

A Link Coin (LSB)


É uma moeda virtual que permite aos detentores acessar a rede
de relacionamentos da Link School of Business, tendo acesso a
serviços, benefícios, cursos e viagens.

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NFT
NFT é a sigla para non-fungible token (token não-
fungível). É um código de computador que serve como
autenticação de um arquivo, garantindo que ele é único.
Esse token pode ser uma versão digital de um item
tangível ou um ativo digital.

Ativos fungíveis são aqueles cujas unidades


podem ser intercambiadas, sem alterar o valor, NFT é sobre comunidades. Esses ‘valores
acumulados’ com o NFT se transformam um
como, por exemplo, o valor de uma nota de R$ 10 objeto único, como se fosse um CPF, não se
perde. “Portanto, você pode transitar com ele
reais é equivalente ao valor de duas de R$ 5,00. em uma troca estabelecida”
Marcela Miranda, fundadora da Seastorm
No caso de um ativo não-fungível, isso não ocorre, Ventures
pois ele possui propriedades únicas a ele, o que
não permite a troca ou cópia.

COMO FUNCIONA A COMPRA E VENDA


DE NFTS?
As transações de NFTs acontecem por meio do
blockchain e os valores estão relacionados à
O NFT é a ponta do iceberg. “Não estamos
imersos em tecnologia. Não existe mais vou confiança e sua autenticidade. Conforme vimos
entrar na internet. A gente vive nela. E os
nos tópicos anteriores, o blockchain possui alta
negócios dependem dela, não se sobrevive
mais sem o e-commerce” transparência, uma vez que o registro coletivo
Gustavo Albanesi, cofundador e CSO da Uniera torna quase impossível a tarefa de fraudar
Crypto Ventures
informações de compra e venda.

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Na prática, o NFT pode ser analisado como um certificado digital que
serve para garantir a autenticidade de um arquivo, impedindo a fraude
do mesmo. Qualquer alteração ocorrida no NFT ficará marcada, desta
forma o código de validação não mais corresponderá ao arquivo ao qual
ele está inicialmente atrelado.

POR QUE COMPRAR UM NFT?


Os NFTs podem ser considerados como unidades de dados
armazenados no blockchain, os quais tem a capacidade de
certificar determinados ativos digitais como únicos. Nesse sentido,
podem ser usados para dar validade a diversos produtos digitais
como fotos, áudios e vídeos.

As pessoas que se interessam pela compra de um NFT atribuem


valor à originalidade daquele arquivo. Podemos citar como exemplo
as obras de artes, as quais podem ser facilmente copiadas ou
replicadas, mas ter a obra original, feita diretamente pelo artista
que a idealizou, é muito mais valioso do que a réplica. Da mesma
maneira, você consegue tirar prints e fotos de um NFT, porém quem
o compra terá acesso ao código original, registro de compra e venda,
que certificará que ele é seu e autêntico.

Bored Ape Yatch Club (BAYC)


É uma coleção com 10 mil artes digitais únicas, cada uma com sua
própria combinação de características: cores, roupas e acessórios.
Quem compra está adquirindo um ingresso para um clube, um
símbolo de status.

Token do Buddha Spa


É uma moeda que gera descontos e se
multiplica na troca por produtos e serviços da
rede. Com ele, o investidor tem possibilidade
de votar em decisões da empresa, bem como
obter benefícios.

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GLOSSÁRIO
A

Altcoin – Toda e qualquer moeda que não seja o Bitcoin.

AMM – Sigla para Automated Market Maker, (em português, Criador de Mercado
Automatizado). É um “robô” que faz a cotação entre dois ativos.

ASIC – Um equipamento (hardware), projetado para a mineração de uma


criptomoeda.

ATH – Abreviação para o termo “All Time High”, que é o preço mais alto que um
ativo já chegou em seu histórico.

Bag Holder - Termo usado para definir alguém que manteve um ativo ao longo do
tempo apesar da desvalorização constante de seu preço.

Baleia – Denominação de uma pessoa dona de uma grande quantia de ativos.

Bear Market - Condição de mercado onde os preços estão em baixa e tendem a


continuar caindo. Momento de grande pessimismo.

BEP-20 – Padrão de token da Binance Smart Chain. Na BSC, pode-se desenvolver


Dapps, assim como os ERC-20, no caso da Ethereum.

Block Reward – As recompensas de bloco são as unidades de moeda criptográfica


repassadas aos validadores por seu trabalho em uma blockchain.

Bloco Gênesis – Primeiro bloco minerado de Bitcoin, contendo as primeiras 50


unidades e tendo sido executado pelo próprio Satoshi Nakamoto.

Bull Market – Condição de mercado onde os preços subiram e tendem a continuar


subindo. É um momento de grande otimismo no mercado.

Bull trap - Cenário em que vários investidores preveem uma tendência de alta
para um ou mais ativos, no entanto, ocorre o oposto.

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C

Cat bounce - “Quique do gato” é o nome dado a pequenas “subidas” no preço dos
ativos mesmo que, no panorama geral, estejam se desvalorizando.

CeFi – Finanças Centralizadas são empresas centralizadas que participam de


criptomoedas; “bancos de criptografia” (por exemplo, BlockFi).

CEX – Câmbio Centralizado; Trocas de criptografia que usam o livro de ofertas


tradicional (por exemplo, Coinbase).

Chave privada - Um código, com muitos números e letras. Com essa senha, você
tem acesso aos ativos que comprou e pode movimentá-los.

Chave pública - Hoje, você consegue ter até cinco chaves Pix para cada conta
bancária. No mercado de cripto, a chave pública funciona de forma parecida. Com
essas chaves públicas outras pessoas podem fazer transferências para a sua
carteira que está na blockchain.

Cold storage – “Armazenamento frio” é um termo usado para descrever sistemas


de armazenamento de criptomoedas off-line.

Contrato inteligente – O smart contract é um contrato feito em linguagem de


programação executado automaticamente entre duas entidades.

Corda – Projeto de blockchain de código aberto criado para empresas. Com a


Corda, você pode criar redes blockchain interoperacionais que fazem transações
com privacidade rigorosa.

Criptografia – Mecanismo usado para garantir a privacidade de dados. Converte


texto simples, legível por humanos, em texto incompreensível.

Criptoativo - Ativo digital que não funciona em uma rede blockchain. Na


prática, pode ser qualquer coisa que tenha valor no mundo real e que pode ser
representado digitalmente, como um título e até as moedas fiduciárias (real,
dólar e euro, por exemplo). Apesar de não atuarem em blockchain, os criptoativos
também são protegidos por criptografia.

Custódia - Quando você compra ações, a Bolsa de Valores brasileira fica com a
custódia delas, ou seja, ela é a responsável por proteger os ativos e mantê-los
disponíveis para futuras movimentações. No mercado de cripto, ter a custódia de
uma carteira significa manter suas chaves privadas protegidas.

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Cypherpunk – Ativistas digitais focados na privacidade e segurança de ativos
digitais. Utilizam a criptografia como sua principal ferramenta.

Day trade - Consiste na compra de um ativo na baixa e vender na alta no mesmo


dia, buscando lucro de curto prazo.

DAO – Organização Autônoma Descentralizada; “empresas” nativas da web3


que são governadas por membros da comunidade, podendo estes estarem em
diversos locais do mundo.

Dapp – Aplicativo Descentralizado; aplicativos construídos no blockchain.

DeFi – Finanças Descentralizadas; segmento de criptografia que substitui as


funções de bancos e instituições financeiras com tecnologia blockchain

DEX – (decentralized exchange) - A troca de criptografia que usa um AMM em vez


de um livro de ofertas (por exemplo, Uniswap)

Dump - Termo usado para designar uma queda abrupta no preço de um ativo.

DYOR - (Do your own research) - "Faça sua própria pesquisa".

Ethereum - Plataforma de blockchain descentralizada de código aberto que as


pessoas podem usar para criar aplicações de blockchain pública. A Ethereum
Enterprise foi criada para casos de uso comerciais.

Faucets - Sites e plataformas que remuneram as pessoas com pequenas frações


de criptomoedas por tarefas simples.

Fee - As taxas de transação das criptomoedas.

FIAT - Moeda FIAT (ou moeda fiduciária) é a moeda emitida pelos bancos centrais
de qualquer país. No Brasil é o real. Nos USA, o dólar, por exemplo.

FOMO - (Fear of missing out) - "Medo de ficar de fora", que indica uma ansiedade
no mercado, onde investidores não querem deixar escapar uma oportunidade.

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Fork - Atualização no protocolo de uma moeda.

FUD - (Fear, uncertainty and doubt) - "Medo, incerteza e dúvida". Usualmente é


usada para descrever notícias negativas no mercado.

Gas – Taxas pagas para utilizar a blockchain Ethereum

Gwei - Unidade de medida da Ethereum que representa uma pequena quantidade


do ativo e é usada para pagar as taxas de transação da rede.

Halving - Evento que ocorre a cada 210.000 blocos adicionados e reduz pela
metade a recompensa pela mineração do Bitcoin

Hard fork - Separação no protocolo de uma blockchain. Um que segue o protocolo


anterior e, o outro, que segue a nova versão.

Hash - Conhecido como uma função que transforma dados de tamanho arbitrários
para dados de tamanho fixo e menores.

Hash rate - Também conhecida como hash power é parte fundamental de


qualquer cripto que possui consenso de proof-of-work, como o Bitcoin.

HODL (ou Hold) - No mundo dos investimentos, “hold” representa a estratégia de


comprar um ativo e ficar com ele por um bom tempo antes de vendê-lo. Se você
ler essa palavra escrita de forma errada (“Hodl”) não se preocupe, pois é dessa
forma que a comunidade de criptos escreve ao falar sobre essa estratégia.

ICO (Initial Coin Offering) – Oferta inicial de moeda. É um meio alternativo de


arrecadar fundos através do mercado de cripto.

IGO (Initial Gaming Offer ou Oferta Inicial de Game) - Evento de arrecadação de


fundos para projetos de jogos na blockchain.

Input - Endereço de origem de uma transação com bitcoin.

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L

Ledger - Como se fosse um livro no qual todas as transações feitas em uma


blockchain são registradas.

Liquidez - Facilidade para converter um ativo em outro.

Market Cap – Quantidade de dinheiro que custaria para comprar todas as


unidades existentes de um determinado ativo.

Mempool - É onde as transações válidas na rede do Bitcoin aguardam a sua


confirmação. Quanto maior o mempool, maior o congestionamento.

MetaMask – Carteira de criptomoedas que permite aos usuários interagir com


aplicações descentralizadas (dapps).

Mining rig - “Plataforma de mineração” é um equipamento ou um arranjo de


equipamentos feito para minerar criptomoedas.

Mixer - Serviço que embaralha as criptomoedas de um usuário com a de outros,


dificultando seu rastreamento. Usado para aumentar privacidade.

Nodes - Node na rede do Bitcoin é um computador conectado a blockchain e que


verifica e valida as novas transações, sempre que elas acontecem.

OBV (On Balance Volume) – Indicador de análise técnica que relaciona volume
com variações de preço.

Output - Endereço de destino.

Paper wallet - "Pedaço de papel" onde estão escritas as chaves pública e privada
que compõem a sua carteira digital.

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PFP – foto de perfil; geralmente um de um NFT.

Pump - Termo que pode se referir a duas coisas: subida brusca no preço de um
ativo ou impulsionamento de um ativo.

Rekt - Do inglês “wrecked”, significa destruído. Estar “rekt” significa estar


tomando diversos prejuízos em determinado período.

Rug pull – Golpe em que o projeto de criptografia recebe fundos investidos e é


executado.

Satoshi – Unidade de medida referente ao Bitcoin. Uma única bitcoin pode ser
dividida, assim como o dólar ou o real, e a menor unidade é chamada de satoshi.

Testemunha Segregada (SegWit) - Refere-se a uma mudança, uma atualização,


na maneira como as transações de Bitcoin são feitas.

Slippage – Quando alguém consegue executar uma compra pelo preço que
pretendia e a compra acaba saindo mais cara que o esperado.

O soft fork - Mudança no protocolo de uma criptomoeda que é compatível com


versões anteriores. Usualmente são alterações simples.

Shill – movimento de promoção de um projeto de criptografia, muitas vezes de


forma spam.

Scamcoin - Cripto criada para dar golpes.

Shitcoin - Criptomoeda sem qualquer reputação na comunidade de criptos.

Stablecoin - Tipo de criptomoeda que tem seu valor atrelado a uma moeda
fiduciária, usualmente o dólar. A primeira stablecoin do mercado é a tether. A ideia
das stablecoins é dar mais estabilidade de preço.

Token - Criptomoeda criada dentro de uma blockchain já existente.

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Token Swap - Termo que pode se referir a duas coisas: transferência de ativos
digitais de uma blockchain para outra blockchain

Total Value Locked (TVL) – “Valor Total Bloqueado” é a quantidade de fundos que
usuários depositaram em uma plataforma DeFi.

TPS – “Transações por segundo” é usado para medir a eficiência do blockchain.

TVL – “Valor total bloqueado” é a medida de ativos bloqueados em um contrato


inteligente de um DApp específico.

U
Utility Token - Dá ao usuário algum tipo de utilidade prática ao obtê-lo: descontos
ou benefícios, acesso exclusivo a um produto etc.

UTXO - (Unspent transaction output) - Transação de saída não gasta é o saldo o


usuário recupera na carteira após uma transação.

Wallet – “Carteira” é um software ou hardware que permite armazenar


criptomoedas de forma segura.

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BIBLIOGRAFIA
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