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ASSISTÊNCIA NEONATAL

Professora e enfermeira: Solange Paz


ASSISTÊNCIA NEONATAL
Esta se organiza da seguinte maneira:
➢ Nível I – Domicílios, casas de parto ou maternidades que dão atenção a R.N.
normais
➢ Nível II - Hospitais que fornecem cuidados por pequeno tempo a R.N. prematuros
ou com patologias
➢ Nível III – Hospitais que funcionam como centros regionais de referência com
recursos para complicações na gestação ou com o R.N.
Continuação

 Nível IV – Hospitais nível III que se


dividem em IV,
 Ligados a centros universitários, com
equipes multidisciplinares (cirurgia
infantil, cardiologia , neurologistas
neonatais)
 E recebem crianças com problemas
cirúrgicos, malformação congênita ou
outras patologias.
A capacidade do feto viver fora do corpo da mãe está
relacionada com :

Idade Gestacional em que


ocorreu o nascimento;
Patologias materno-fetais
associadas;
Intercorrências no parto e
nascimento;
Possibilidade de cuidados
do centro de referência
ÁREA FÍSICA DO BERÇÁRIO
 Os primeiros cuidados deverão ocorrer
numa sala adjacente à sala de parto.
 A sala deverá ser de aproximadamente 6
m2.
 O material para reanimação deve estar
armazenado em forma ordenada e visível.
 A sala deve ser intensamente iluminada
com luz branca, para que possa ser
observado o grau de cianose e icterícia.
 A parede deve ser revestida de material
não brilhante e lavável para manter o nível
de assepsia.
Continuação da área física do berçario
O piso deve ter cantos
arredondados que facilite a
limpeza.
 A temperatura do ambiente deve
estar em torno de 26ºC para que
haja a mínima perda de calor do
RN que vem de um ambiente de
37ºC.
O berçário deverá estar próximo à obstetrícia e tem com objetivo
recepcionar o RN, dando os primeiros cuidados, cuidados de
emergência, assistência médica e de enfermagem.
Deve ter:
➢ Uma área para oxigênio e aspiração
➢ Lavatório
➢ Área de armazenamento de material e roupa limpa
➢ Área de preparação de medicação
➢ Área para material esterilizado
➢ Deve permitir um controle visual e auditivo do RN
➢ Expurgo deverá ser afastado
➢ Ter um posto de enfermagem com o prontuário de cada RN
➢ Áreas para mães que amamentam seus filhos
➢ Área de repouso e vestiário para a enfermagem
EQUIPAMENTOS
 Incubadora – 50 a 60% dos leitos
 Berço aquecido – 20 a 30% dos leitos
 Equipamento de assistência respiratória
 Termo – umidificador para cada leito
 Aparelho de fototerapia – 1 para cada 3
leitos
 Monitor de frequência cardíaca – 1 para
cada 3 leitos
 Geladeira
ASSISTÊNCIA NEONATAL IMEDIATA
 Pinçar o cordão umbilical, laquear ou clampear e
cortar o cordão 3 cm acima do anel umbilical com fio,
látex ou grampo plástico
 Examinar o cordão, 2 artérias e 1 veia
➢ Verificar a permeabilidade das Vias Aéreas Aspirar
V.A.S. começando pela boca para que o bebê não
aspire secreções existentes
 Quando há mecônio o bebê poderá ser entubado
para fazer aspiração traqueal
 Higienização do RN (Banho com exame físico)
 Profilaxia oftalmológica com nitrato de prata a 1% 1
gota em cada olho e na genitália caso menina
(prevenção da conjuntivite gonocócica e não instilar
diretamente na córnea)
Continuação

➢ Administrar vitamina K 0,1 ml – IM (prevenção de


hemorragia na criança, 0,5 mg para pré-termo e 1
mg para o a termo na primeira hora de vida)
 Identificar R.N. (Filho de ____, sexo____, data
__/__/__ e hora __, Prontuário____)
 Colher impressão plantar do RN e digital da mãe
 Mostrá-lo a mãe e coloca-lo mais cedo possível ao
seio
 Medidas antropométricas (peso, estatura, perímetro
cefálico e abdominal)
➢ Colocar o bebê em Trendelemburg, a 20º e em
berço aquecido
 Anotar dados no prontuário da mãe e do RN.
ADMISSÃO NO BERÇÁRIO

 Identificar o R.N. com os dados da mãe: sexo,


parto, hora, etc.
 Anotar peso - correlacionar a idade gestacional e
classificar o bebê, estatura –
 Avaliar crescimento intra-uterino, perímetro
cefálico (pc) avaliar micro ou macrocefalia,
perímetro torácico (pt) e perímetro abdominal (pa)
 Verificar os dedos (polidactilia)
 Anotar a administração de kanakion IM
 Administrar 1ª dose da vacina hepatite B
 Manter berço aquecido na posição Trendelenburg
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM

Data_______ hora_________ (nome da mãe) Filho de


_______ nº do prontuário ________ (mãe)
R.N. do sexo_______,pesando ________, com estatura de
________cm, pc_______,cm
pt ________cm, que chorou ao nascer. Feito crede e
aspiração das vias aéreas, administrado kanakion 0,1 ml IM e
primeira dose da hepatite B. Após higienização, mantido no
berço aquecido.
Tec. Enf. _____________________ Coren – DF
_____________
Medidas Antropométricas
➢ Peso, estatura e perímetro
cefálico;
➢ Auxiliam na avaliação das
condições do nascimento;
➢ E serve como base para
acompanhar o crescimento e
desenvolvimento da criança.
Medidas Profiláticas
➢ Oftalmia neonatal ou conjuntivite
gonocócica;
➢ Consiste na aplicação de 1 gota de
nitrato de prata a 1% em cada olho do
RN;
➢ E quando este é do sexo feminino
coloca 2 gotas na genitália; Para
prevenir a vulvovaginite gonocócica na
primeira hora após o nascimento.
(crede)

Medidas Profiláticas
Hepatite B
O MS preconiza que se administre a
primeira dose da vacina logo após o
nascimento;
Tornando-se altamente eficaz na
prevenção da transmissão vertical do
vírus da hepatite B (VHB);
Deverá ser administrada IM no vasto
lateral da coxa e conservada a uma
temperatura de +2 a +8 .
Medidas Profiláticas
 Hemorragia Neonatal (Vitamina K);
 O RN não tem todos os fatores de
coagulação ao nascer;
 Havendo risco de hemorragia inclusive
intracraniana;
 Para prevenir deverá ser administrado
a vitamina K por via IM;
 Nas primeiras horas de vida, no vasto
lateral da coxa direita do RN.
ESCALA DE APGAR
➢A escala de APGAR foi criada em 1952 pela Dr. Virgínia
Apgar;
➢E serve de base para discussão e comparação do RN;
➢ São observados 5 sinais no primeiro minuto de vida e com
cinco minutos;
➢ Porém a avaliação do RN deve ser feita imediatamente;
➢ Pois um atraso de poucos segundos poderá ser de
importância crítica;
➢Quanto maior a demora nos cuidados mais difícil será a
reanimação;
➢ A falta de oxigênio poderá levar a sérias lesões no
SINAL PONTOS
Freqüência cardíaca 0 – ausente 1 – abaixo de 100 bpm 2 – acima de 100 bpm
Esforço respiratório Ausente Lento e irregular Choro forte
Tônus muscular Flácido Alguma flexão das extremidades Movimento ativo
Irritabilidade Sem resposta Careta Choro
Cor Cianótico ou pálido Corpo rosado e extremidades cianóticas Rosado
O resultado é o seguinte:
➢ 0 a 3 – R.N. gravemente deprimido, necessita ressuscitação
imediata
➢ 4 a 6 – R.N. moderadamente deprimido ou asfixia moderada
➢ 7 a 10 – R.N. normal, ligeiramente deprimido, boa vitalidade,
boa adaptação à vida extra-uterina
➢ Os recém nascidos chegam com vários reflexos
semifuncionais;
➢ Tais como o da preensão;
➢ Sucção, pestanejamento, espirro, elevação da cabeça;
➢ E reflexo de garra;
➢ São capazes de fixar visualmente um objeto em movimento.
Os RNs chegam ao mundo exterior com um grande potencial
para o desenvolvimento do seu emocional, físico e intelectual.
Os RNs necessidade de estimulação sensorial como de
bastante repouso e sono.
Os níveis de estimulação adequados são logo alcançados
pelos cuidados recebidos da mãe.
O carinho, colo, o embalo, as mudanças de posição favorecem
as sensações cutâneas; o canto, as atividades do lar fazem
surgir vários sons, o estímulo visual é alcançado pelos tipos
variáveis de luz e sombra, à medida que a criança é
movimentada e carregada.
Longos períodos de permanência sem atendimento no leito
podem provocar privação sensorial e emocional.

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