Incontinência Fecal

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Janaína Firmino – TXIX - UERN

Definição se desintegrando e forma a secreção


fecaloide que é expelida pelo ânus.
É a perda da capacidade voluntária de reter o  Incontinência com assoalho pélvico normal
conteúdo intestinal.  Pode estar associada com urgência
evacuatória
 Parcial: quando há perda de gases e fezes de
consistência líquida.  O paciente está com alguma condição(local
ou sistêmica) que fará ele perder fezes
 Total: quando há perda de fezes formadas.
mesmo com o assoalho pélvico íntegro.
Etiologia  Incontinências verdadeiras
 Provocadas por lesão do assoalho pélvico.
 Por lesão da musculatura.
 Denervação do assoalho pélvico.

Patogenia

 Lesão esfincteriana
 Aparente: acontece por trauma obstétrico
grave, por trauma pélvico etc.
 Oculta: O paciente vai ficar incontinente
com o tempo – a musculatura vai ficando
denervada ao mesmo tempo em que perde
o tônus muscular. Ex: trabalho de parto
vaginal em que a paciente vai desenvolver
os sintomas apenas na terceira idade.
 Disfunção nervosa
 Sistêmica
 Local: estiramento do nervo pudendo
 Ambos os mecanismos geram diminuições das
pressões de repouso e/ou contração
esfincteriana.
 OBS: A pressão de repouso é o somatório da
pressão do esfíncter anal externo + esfíncter
anal interno + massa de tecido que está no reto
(tec. Hemorroidário, tec. Conectivo, etc.).

Fatores de Risco
 Pseudo-incontinências:
 Soilling – pode ter várias causas.  Parto vaginal
 Urgência fecal – urgência que o paciente  Trauma retal baixo
sente para ir ao banheiro.  Iatrogenia em cirurgias anorretais benignas
 Por transbordamento – o paciente tem uma  Cirurgias de abaixamento coloanal: pode causar
defecação incompleta muito intensa tanto a lesão esfincteriana como a síndrome do
chamamos de impactação fecal; as fezes compartimento retal anterior
se acumulam e formam um fecaloma – em
contato com a mucosa, esse bolo fecal vai

Lesão esfincteriana
 Parto vaginal  Exame físico
 Constipação crônica com esforço evacuatório  Exame proctológico: Inspeção - doença
excessivo – provoca o estiramento do nervo anorretal benigna, cicatriz de procedimento
pudendo prévio.
 Doenças associadas: Diabetes, doenças  Exame vaginal
neurológicas, AVC, esclerose múltipla, etc.  Avaliar a integridade do assoalho pélvico e
o tônus da musculatura – toque retal.
 Manometria anorretal: Mede a capacidade de
contração da musculatura. – utiliza-se uma
Disfunção nervosa sonda com 8 canais que perfundem e a
resistência da parede a essa perfusão é
Avaliação clínica transformada em ondas barométricas.

 Anamnese
 Caracterizar a incontinência – se a perda
fecal acontece por soilling, se é urgência
evacuatória, se o paciente tem algum
sintoma associado.
 No exame proctológico, pelo toque retal,
eliminar causas de impatação fecal e se
certificar de que o paciente não tem
fecaloma, o que pode estar causando
pseudo-incontinência.
 Excluir síndrome do intestino irritável.
o Na linha de base(ponto vermelho): pressão
 Avaliar a presença de diarreia
de repouso – essa é uma manometria
 Avaliar a presença de urgência na fecal
normal, paciente contrai e mantem essa
 Na mulher, é fundamental analisar o
contração.
histórico gestacional e de partos dessa
paciente. Saber se ela entrou em trabalho
de parto alguma vez, porque muitas vezes a
paciente faz cesárea porque não houve
trabalho de parto adequado.  trabalho de
parto pode causar lesão esfincteriana
oculta.

o Manometria alterada – o paciente contrai


 Medir o índice de incontinência anal – avalia de mas não consegue manter a contração 
forma objetiva um sintoma que é muito muito comum em pacientes com lesões do
subjetivo. esfíncter anal externo.
 Biofeedback
 Indicada para paciente com curva de
sustentação satisfatória na manometria.
 Quando temos denervação, biofeeback não
é uma boa opção terapêutica.
 Prognóstico de uma eventual correção cirúrgica
 Avaliar manometria e exames de imagem
em conjunto
 A cirurgia não é indicada em todos os casos
– paciente as vezes não responde
adequadamente.
 Neuromodulação: neuroestimulação
o Nesse caso, o paciente não contrai – esse sacral(SNS) – estimula-se a musculatura do
traçado é típico de problema neurológico esfíncter anal interno através de uma espécie
dá diagnóstico de um tipo de de marcapasso alojado na base da coluna e isso
incontinência e ajuda a definir o aumenta um pouco a tonicidade do esfíncter.
tratamento.  Preenchimento das lesões na musculatura
 USG endoanal: avalia a anatomia do reto baixo esfincteriana (quando elas são a causa da
e do canal anal. incontinência) ou implantação de esfíncter
artificial são outras opções terapêuticas.

 Podemos ainda utilizar tomografia, ressonância


magnética, etc.

Opções terapêuticas

 Não existe um tratamento ótimo, que irá


funcionar para todos os pacientes.
 Primeiro de tudo, avaliar a causa:
 Lesão esfincteriana
 Denervação
 Avaliar em conjunto manometria e exames
de imagem!!

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