Indenização - Servidão Administrativa
Indenização - Servidão Administrativa
Indenização - Servidão Administrativa
1. FATOS
Entretanto, a autora deveria ter sido indenizada por tal restrição administrativa,
conforme dispõe legislação federal especifica, já que o referido imóvel está com o ônus
de direito real de uso por parta da requerida, impossibilitando ser utilizado como
deveria pela autora. Porém, tal não ocorreu, apesar de ter buscado administrativamente o
ressarcimento em razão da servidão. Portanto, não resta outra alternativa a não ser propor a
presente Ação Indenizatória.
2. FUNDAMENTOS
(87419868260581 SP 0000008-74.1986.8.26.0581,
Relator: Franco Cocuzza, Data de Julgamento:
07/02/2011, 5ª Câmara de Direito Público, Data de
Publicação: 07/02/2011).
Caso Vossa Excelência não entenda ter ocorrido desapropriação indireta, a autora pede seja
reconhecida a servidão administrativa.
A autora está impossibilitada de exercer os direitos que advém de sua propriedade, quais
sejam os de usar, gozar e dispor do referido imóvel, já que sobre ele pesa este ônus da
servidão administrativa. Assim, não pode utiliza-lo em seus empreendimentos, seja
direta ou indiretamente, muito menos aliená-lo. Com a servidão, a autora sofre um
ônus de direito real sobre coisa alheia por parte da ré.
III – as servidões;”
[...]
Em análise aos fatos e toda documentação acostada, conclui-se que estão presentes os
elementos que demostram a existência de servidão, quais sejam:
1. o direito real sobre coisa alheia (jus in re aliena);
Desta forma, a requerente deve ser indenizada em 30% do valor do referido imóvel,
conforme valores a serem apurados em instrução processual.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro expõe sobre a incidência de juros sobre as indenizações
pagas em decorrência de servidões administartivas:
Evidencia-se assim Excelência, que sobre a indenização a ser paga a autora, deverá incidir
juros moratórios, a contar do trânsito em julgado da sentença que fixar o montante
devido a titulo de condenação; incidirá ainda juros compensatórios, pela limitação do
uso da propriedade e impedimento de uso adequado da área.
Portanto Excelência, a requerente tem o direito de ser indenizado pela servidão sofrida.
A empresa não pode utilizar o imóvel em seu empreendimento, pois apesar de o
mesmo ter feito parte das divisões do lote para comercialização, o imóvel em destaque
não poderá fazer parte da venda, pois o ônus que sobre ele incide impossibilita a
construção de residências ou prédios. Em outras palavras, a requerente praticamente
perdeu um imóvel do loteamento.
Não resta duvidas que a requerente tem o direito a ver-se indenizada pelo referido imóvel.
3. DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, pede-se a Vossa Excelência que receba a presente ação,
julgando-a procedente, condenando a ré a indenizar integralmente a autora pelos
danos sofridos com a desapropriação indireta sofrido, com juros e correção monetária
e honorários advocatícios no valor de 20% da condenação, conforme já exposto;
Caso a Vossa Excelência não entenda ser caso de desapropriação indireta, pede-se seja
reconhecida a servidão administrativa, indenizando-se a autora no valor de 30% do
valor do imóvel, com juros e correção monetária e honorários advocatícios no valor de
20% da condenação, nos moldes já expostos;
Requer ainda:
- a citação da requerida na pessoa de seu representante legal,
para que querendo, apresentar defesa no prazo legal, sob risco de revelia e confissão;
Termos em que,
Pedem deferimento.
Bacharel em Direito
Rubens Henrique de França │ OAB/PR 31740 Rua Dr. Osvaldo Cruz, 1110 │ CEP 86.800-720