Tributária: Substituição

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 42

Ebook ICMS

ENTENDA NA PRÁTICA A
ST
SUBSTITUIÇÃO
TRIBUTÁRIA
CFOP
SUMÁRIO

1 – Definição
2 – Objetivo/Interesse
3 – Legalidade
4 – Substituto/Substituído
5 – Espécies de ST
6 – Não aplicabilidade
7 – Substituição nas operações interestaduais
8 – Antecipação tributária –ST interna
9 – Base de cálculo
10 – Base de cálculo – preço de venda a consumidor
fixado
11 – Nota fiscal emitida pelo contribuinte substituto
12 – Escrituração fiscal do substituto
13 - Escrituração da nota fiscal – livro de saídas
14 – Apuração e recolhimento
15 – Livro substituto – apuração própria

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
SUMÁRIO

16 – Livro ICMS – substituto – apuração do ICMS-ST


17 – Substituído – escrituração da nota fiscal
18 – Venda para outro estado de produto adquirido
com retenção
19 – Aproveitamento de crédito
20 – Empresas optantes pelo simples nacional
21 – IVA ou MVA ajustado
22 – Compra de fornecedores de outros estados
23– Emissão de documentos fiscais por ocasião da saída
(substituído)
24 – Devolução
25 - Do levantamento de estoque
26 – Principais CFOP´s relativos a ST

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
1 – DEFINIÇÃO

Podemos definir a Substituição Tributária como o regime


pelo qual a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS
devido em relação ás operações/prestações é atribuída a
outro contribuinte.

Os responsáveis em regra geral, são os fabricantes,


importadores e quem realiza operações interestaduais.

O recolhimento vale para toda a cadeia de circulação de


mercadoria, ou seja, dali em diante ninguém mais recolhe
o ICMS enquanto a mercadoria estiver dentro do estado

INDÚSTRIA DISTRIBUIDOR LOJISTA PESSOA FÍSICA

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
2 – OBJETIVO/INTERESSE

Facilidade na fiscalização, pois normalmente as


mercadorias têm pequeno número de
fabricantes e grande número de atacadistas e varejistas.

• Recebimento antecipado do pagamento do tributo


• Diminuição da sonegação fiscal, pois a responsabilidade
esta atribuído ao primeiro da cadeia.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
3 – LEGALIDADE

Por muito tempo, houve muitos questionamentos sobre a


legalidade da substituição tributária. Liminares, sentenças,
desobrigando-as da retenção, aonde a principal alegação
era a inexistência de lei complementar, mas a introdução
no artigo 150 da CF/88 do parágrafo 7° a sistemática
passou a ter amparo jurídico conforme podemos ver na
transcrição abaixo:

“§ 7° - A lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação


tributária a condição de responsável pelo pagamento de im-
posto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer poste-
riormente, assegurando a imediata e preferência restituição
da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presu-
mido.”

O amparo legal também pode ser encontrado no art. 6°,


§ 1° da LC 87/96.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
4 – SUBSTITUTO/SUBSTITUÍDO

Na sistemática na substituição tributária sempre teremos


a existência de duas figuras: o substituto e o substituído.

Substituto é o responsável em realizar o recolhimento. Além


de pagar o ICMS que já era de sua obrigação, no qual,
denominamos de ICMS Próprio, deverá realizar a retenção
do ICMS-ST, que se refere as operações subsequentes.

Exemplo: Indústria, importadores, e contribuintes quando


realizam operações interestaduais, sujeitas ao ICMS-ST.

- Substituído é quem recebe com o imposto já retido e fará


a saída subsequente, ou seja, distribuidores e comércios.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
5 – ESPÉCIES DE ST

Antecedentes

Ocorre quando o legislador atribui à determinado


contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS
em relação às operações anteriores, como nas operações
com sucata que são beneficiadas com diferimento. No
caso de saída de sucatas do comercio para indústria a
nota fiscal do comercio sai sem o destaque do imposto e
o imposto desta operação será recolhido pela indústria.

Concomitantes

Aquela que se caracteriza pela atribuição da


responsabilidade pelo pagamento do ICMS a outro
contribuinte, e não àquele que esteja realizando a
operação/prestação, concomitante à concorrência do fato
gerador. Nesta situação encontra-se substituição tributária
dos Serviços de Transporte de fora do Estado onde o ICMS
deve ser recolhido pelo contratante no momento em que
está contratando o serviço.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
Subsequentes

É a mais comum, e que aqui tratamos em detalhes,


conhecida pela substituição na qual o sujeito passivo
recolhe os dois impostos: o devido pelas operações próprias
e o devido pelas operações subsequentes, anteriormente
à concorrência do fato gerador. Também chamada de
retenção na fonte.

6 – NÃO APLICABILIDADE

Existem situações em que mesmo que o produto esteja


enquadrado na sistemática da substituição tributária, o
mesmo, não deve ser aplicado, veja:

• Integração ou consumo em processo de industrialização


• Estabelecimento do mesmo titular, desde que não
varejista
• Estabelecimento responsável pelo pagamento do
imposto por sujeição passiva por substituição, em relação
à mesma ou a outra mercadoria enquadrada na mesma
modalidade de substituição (substituto para substituto)
• Estabelecimento em outro Estado não signatário de
convênio ou protocolo (destaque normal e não há retenção
de substituição tributária)

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
7 – SUBSTITUIÇÃO NAS OPERAÇÕES INTERESTADU-
AIS

Ocorrerá quando houver acordo entre os Estados. O


acordo pode se dar de duas formas diferentes:

Convênio:
Quando é atribuído a regra da substituição tributária
para qualquer estado que o contribuinte opere, ou seja,
o produto está enquadrado na ST em todos os estados.

Protocolo:
São os acordos firmados entre os estados. As operações
oriundas entre os estados que realizaram protocolo,
deverão ser atribuídas a regra da ST.

Em ambos os casos, sendo convênio ou protocolo, o


recolhimento deverá ser realizado pelo remetente da
mercadoria.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
Convênio e Protocolo

Quando o tratamento da ST é definido através de convênio


e protocolo, deve se atentar ao acordo firmado e respeitá-
lo, a regra sobre os cálculos, aplicações da ST e margens
de valor agregado, serão definidas exclusivamente nesses
acordos, no qual, podem ser diferentes do acordo de um
estado para o outro.

Por exemplo, o estado de SP poderá realizar protocolo


com o RJ definindo as regras entre as operações desses
dois estados, que poderá ser diferente do protocolo que
firmou com outro estado, ou seja, cada protocolo tem sua
regra.

Ao contrário do convênio, que a regra é a mesma, nível


nacional.

Importante frisar, que a regra do ICMS-ST é atribuída por


produto, nesse caso, o protocolo ou convênio, definirão
os produtos que se enquadram nessa modalidade.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
Substituição Tributária interna

Nos dias atuais deparamo-nos, cada vez mais, com casos


em que o estado determina a colocação de produtos
diversos dentro da mesma sistemática da ST sem que tenha
sido celebrado qualquer convênio ou protocolo com outro
Estado, é a Substituição Tributária Interna.

Na substituição tributária interna apenas no território


de um único estado (ST interna), o contribuinte daquele
Estado é que fica sujeito às regras da ST.

Note-se que a empresa só deverá cumprir obrigações


de cálculo, destaque na nota fiscal e recolhimento da
substituição tributária para outro Estado somente se existir
algum acordo (convênio ou protocolo) entre os Estados.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
Na inexistência de acordo, ainda que o produto no Estado
destino esteja enquadrado no regime de substituição
naquele Estado (ST interna), o contribuinte paulista não
estará sujeito a esta regra, pois será uma substituição
tributária interna daquele Estado, gerando obrigações
apenas ao contribuinte daquele Estado.

O mesmo vale para quando um contribuinte em outro


Estado remete mercadorias sujeitas a ST interna em SP,
isto é, ele não terá qualquer obrigação legal de cálculo
ou pagamento de ST.

Na prática, porém, há Estados, exigindo o recolhimento


do imposto nas barreiras de fiscalização obrigando o
contribuinte do ICMS antecipado. Este recolhimento nestas
condições, sem convênio ou protocolo, deve ser realizado
em nome do contribuinte do outro Estado e não deverá
ser mencionado na nota fiscal do contribuinte paulista.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
8 – ANTECIPAÇÃO TRIBUTÁRIA – ST INTERNA

É a obrigação do recolhimento antecipado do ICMS pelo


destinatário na entrada da mercadoria de outro Estado
não signatário de acordo ou protocolo.

Ficou confuso? Vou te explicar!

Imagina a situação que uma empresa no estado do PR


está realizando uma compra de uma mercadoria de uma
empresa em SP, não existem protocolo ou convênio para
o produto comercializado entre os estados.

Dessa forma, a empresa remetente (SP) irá emitir a NF


sem o recolhimento do ICMS-ST, no entanto, internamente
no estado do PR, esse produto está enquadrado na
modalidade de substituição tributária, está caracterizado
a antecipação tributária.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
A empresa destinatário situada no PR, no ato da entrada da
mercadoria em seu estado, deverá realizar o recolhimento
do ICMS-ST conforme sua legislação estadual, sendo de
responsabilidade o pagamento o contribuinte do PR.

Em resumo, quando há convênio ou protocolo, a


responsabilidade é do remetente, quando não há,
deverá ser analisado se no estado do destino o produto
é caracterizado na modalidade de ST e deverá recolher
o valor do ICMS-ST pelo destinatário, que é chamado de
antecipação tributária.

Caso o produto não se enquadre na modalidade de


ST no estado do destinatário, nesse caso, não falamos
em nenhuma hipótese de substituição ou antecipação
tributária.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
9 – BASE DE CÁLCULO

A Lei complementar 87/96 em seu artigo 8°, ao se tratar


do regime de sujeição passiva por substituição tributária
que a base de cálculo será o valor correspondente ao
preço de venda a consumidor acrescido do valor do frete,
IPI e demais despesas debitadas ao estabelecimento
destinatário, bem como a parcela resultante da aplicação
do percentual de valor agregado (MVA) também chamado
de margem de lucro.

O MVA ou IVA é estabelecido, pelo fisco, de acordo com


os aspectos específicos de cada mercadoria.

BC = (Valor de mercadoria + frete + IPI + outras despesas)


x margem de lucro.
Quem determina o MVA ou IVA é o fisco. Esta margem
de valor agregado será determinada com base em
preços usualmente praticados no mercado, obtidos por
levantamento, ainda que por amostragem ou através de
informações e outros elementos fornecidos por entidades
representativas dos setores, ao regime de substituição
tributária em operação interestadual terá margem de
valor agregado estabelecida em Convênios ou Protocolo

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
ICMS da operação própria do fabricante –
R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00

Base de cálculo da ST – R$ 1.000,00 + R$ 150,00 (IPI) +


40% (MVA) = R$ 1.610,00

R$ 1.610,00 x 18% (alíquota interna praticada no Estado


de SP) = R$ 289,80

R$ 289,80 – R$ 180,00 (ICMS próprio) = R$ 109,80.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
Demonstrando:
1.000,00 - Mercadoria
150,00 - IPI
1.150,00
X 40% - MVA
1.610,00 - B/C - ST
X 18%
289,80
(180,00) – ICMS próprio vendedor
109,80 – ICMS – ST

Cobrança do ICMS-ST (Substituto cobra Substituído)

O imposto a ser pago por substituição tributária, R$ 109,80,


será somado no total da NF e deverá ser recolhido ao
fisco estadual.

A fórmula de cálculo não muda, no entanto, o preço


máximo praticado, já servira de base de cálculo da ST.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
10 – BASE DE CÁLCULO – PREÇO DE VENDA A
CONSUMIDOR FIXADO

Em alguns casos, as margens de valores agregados


não são definidas pelo MVA ou IVA, utiliza-se o preço
máximo praticado, autorizado ou fixado por autoridade
competente, ou sugerido pelo fabricante ou importador,
aprovado pela Secretaria da Fazenda.

11 – NOTA FISCAL EMITIDA PELO CONTRIBUINTE


SUBSTITUTO

Nas operações subsequentes, no qual o substituído irá


revender a mercadoria em sua operação interna e já
tenha recebido a mercadoria com o ICMS retido, o mesmo
deverá informar em campos próprios do XML, o valor que
serviu de base de cálculo de retenção, para que o fisco
possa ter o controle sobre o real preço praticado pelos
contribuintes.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
12 – ESCRITURAÇÃO FISCAL DO SUBSTITUTO

O sujeito passivo por substituição deve escriturar o do-


cumento fiscal no livro de Registro de Saídas, conforme
segue:

a) Nas colunas adequadas, os dados relativos à operação


ou prestação própria.
b) Na coluna “observações”, na mesa linha do registro de
que trata a letra anterior, o valor do imposto retido e o
da respectiva base de cálculo, com utilização de colunas
distintas para essas indicações, sob o título comum
“Substituição Tributária”.
Os valores constantes na coluna relativa ao imposto retido
serão totalizados no último dia do período de apuração,
para lançamento no Livro Registro de Apuração do ICMS,
EM FOLHA SEPARADA.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
13- ESCRITURAÇÃO DA NOTA FISCAL – LIVRO DE
SAIDAS

14 – APURAÇÃO E RECOLHIMENTO

O sujeito passivo apurará o ICMS retido, no último dia


do período, no livro Reg. de Apuração do ICMS, em folha
subsequente à da apuração referente às suas operações
próprias, fazendo constar a expressão “Substituição
Tributária” e utilizando os quadros

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
“Débito do Imposto”, “Crédito do Imposto” e “Apuração
dos Saldos”, onde lançará:

a) Os valores do imposto retido escriturados no livro de


saídas no campo “Por saídas com Débito do Imposto”

b) Os valores constantes na coluna relativa ao imposto


retido nos casos de devolução de mercadoria, no campo
“Por Entrada Com Crédito do Imposto”.

Importante: o sujeito passivo por substituição efetuará


o recolhimento do imposto retido antecipadamente,
apurando da forma exposta, independentemente do
resultado da apuração relativa às suas operações próprias.

Os valores referidos anteriormente serão declarados ao


fisco, separadamente dos relativos às operações próprias,
cada estado com sua obrigação, como por exemplo, SP
nos devidos campos da GIA-ICMS.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
15 – LIVRO SUBSTITUTO – APURAÇÃO PRÓPRIA

DÉBITO DO IMPOSTO

001Por saídas com débito do imposto R$ 131,04


002 Outros débitos R$ -

003 Estornos de Créditos R$ -


004 TOTAL R$ 131,04

16 – LIVRO ICMS – SUBSTITUTO – APURAÇÃO DO


ICMS-ST
(em folha subsequente)

DÉBITO DO IMPOSTO

001Por saídas com débito do imposto R$ 300,96


002 Outros débitos R$ -

003 Estornos de Créditos R$ -


004 TOTAL R$ 300,96

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
17 – SUBSTITUÍDO – ESCRITURAÇÃO DA NOTA FIS-
CAL

O substituído deve escriturar a operação no livro de


Registro de Entradas bem como no livro de Registro de
saídas, nas colunas “Valor Contábil” e “Outras”.

18 – VENDA PARA OUTRO ESTADO DE PRODUTO


ADQUIRIDO COM RETENÇÃO

Enfocaremos neste caso a situação em que o comerciante


paulista adquire produtos com imposto retido e os repassa
a comerciante de outro Estado signatário de acordo,
situação em deverá efetuar nova retenção a favor do
Estado destinatário.

É inevitável que surjam as perguntas: e o imposto retido


anteriormente? É necessário novo recolhimento de ICMS
para o Estado de São Paulo?

Através do exemplo abaixo vamos entender qual a


sistemática correta a ser adotada nesta situação afim de
que o contribuinte paulista possa recuperar os valores
retidos por ocasião da aquisição da mercadoria.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
Exemplo:
Paulista compra com ST E revende para o Paraná com ST

Mercadoria 5.000 Mercadoria 6.000


MVA-140% 7.000 MVA-140% 8.400
BC-ST 12.000 BC-ST 14.400
X 18% 2.160 X-18% 2.592
(-)ICMS próprio 900 (-)ICMS próprio 720
ICMS-ST 1.260 ICMS-ST 1.872

O contribuinte de São Paulo deverá:

a) Recolher R$ 1.872,00 por GNRE ao outro Estado


b) Debita R$ 720,00 no lançamento da NF de venda no
Reg. Saídas
c) Tem direito ao ressarcimento de R$ 1.260,00 (imposto
que fora retido par SP)
d) Tem direito ao crédito de R$ 900,00 (ICMS do substituto
na operação anterior)

OBS: O ressarcimento previsto na letra “c” deverá


ser requerido através dos procedimentos previstos no
regulamento de cada estado.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
19 – APROVEITAMENTO DE CRÉDITO

Em regra geral, o contribuinte que receber com imposto


retido, mercadoria não destinada a comercialização
subsequente (industrialização ou ativo) aproveitará o
credito fiscal, quando admitido, calculando-o mediante
aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo que
seria atribuída a operação própria do remetente, caso
estivesse submetida ao regime comum de tributação.
Se a operação de que decorreu a entrada da mercadoria
estiver beneficiada por redução da base de cálculo, seu
valor, para determinação do crédito fiscal, será reduzido
em igual proporção.

Importante frisar, que por ser uma legislação estadual,


a possibilidade de crédito e forma de utilização deverá
ser analisado no regulamento de cada estado, por haver
variação.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
20 – EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIO-
NAL

Em se tratando de Substituição Tributária o primeiro


ponto a deixar claro é que a empresa optante pelo regime
simplificado se sujeita normalmente às regras da ST, não
havendo pra ela qualquer benefício pela sua condição de
pequena empresa.

Esta forma de tributação antecipada alcança as empresas


do simples pelo fato de a legislação que instituiu o regime
simplificado, LC 123,06.

Assim, deixamos claro que a empresa do simples está


sujeita a substituição tributária com tributação pela alíquota
normal do produto e não pela alíquota diferenciada do
regime simplificado.

O segundo ponto a esclarecer é que as empresa do Simples


ao calcular a substituição tributária poderá realizar o
abatimento da operação própria mediante a alíquota
interna ou interestadual sobre o cálculo da Substituição
tributária, ou seja, os produtos tributados internamente
por 18% poderão ser abatidos 18% da operação própria,
mesmo estando no simples nacional.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
Vlr. Do produto 500,00
Frete 30,00
Total 530,00
IVA 40% 212,00
B/C-ST 742,00
Alíquota 18%
ICMS 133,56
ICMS Op. Própria 18% 95,40
ICMS-ST 38,16

21 – IVA ou MVA Ajustado

Nas operações interestaduais, existe um grande problema


que são as variações de alíquotas.
Quando a operação interestadual é realizada, a alíquota
do ICMS próprio é inferior a alíquota interna, dessa forma,
comprar de outro estado, o valor da ST seria inferior, em
comparação a uma operação interna.

Para solucionar esse problema, e as guerras entre os


estados, foi criado o “IVA-ST Ajustado” ou “MVA Ajustado”,
calculado pela seguinte formula:

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
Cabe lembrar que IVA e MVA, são siglas que definem
as margens de lucro definido pelos Estados, em alguns
estados, utilizado o IVA e em outros MVA.

IVA – Índice de valor adicionado


MVA – Margem de valor agregado

Assim, ambos têm a mesma função no cálculo, sendo


definido pelo Estado.

IVA-ST Ajustado = [(1 + IVA-ST original) x (1 – ALQ inter) / (1 –


ALQ intra)] - 1

Onde:
1- IVA-ST original é o IVA-ST aplicável na operação
interna, conforme previsto no regulamento de cada estado.

2- ALQ inter é a alíquota interestadual aplicada pelo


remetente localizado em outra unidade da federação;

3- ALQ intra é a alíquota aplicável a mercadoria neste


Estado.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
IVA ajustado – Aplicação Fórmula

a) Quando o produto tiver alíquota interna de 25%

IVA-ST Ajustado = [(1 + IVA-ST original) x (1 – ALQ inter) /


(1 – ALQ intra)] – 1
IVA-ST Ajustado = [(1 + 71,60%) x (1 – 12%) / (1 – 25%)]-1
IVA-ST Ajustado = [(1 + 0,7160) x 0,88 / 0,75] – 1
IVA-ST Ajustado = [1,7160 x 088 / 0,75] – 1
IVA-ST Ajustado = 2,0134 – 1
IVA-ST Ajustado = 1,0134 ou 101,34%

b) Quando o produto tiver alíquota interna de 18%

IVA-ST Ajustado = [(1 + IVA-ST original) x (1 – ALQ inter) /


(1 – ALQ intra)] – 1
IVA-ST Ajustado = [(1 + 38,90%) x (1 – 12%) / (1 – 18%)] -1
IVA-ST Ajustado = [(1 + 0,3890) x 0,88 / 0,82] – 1
IVA-ST Ajustado = [1,3890 x 0,88 / 0,82] – 1
IVA-ST Ajustado = 1,4906 – 1
IVA-ST Ajustado = 0,4906 ou 49,06%

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
1. IVA-ST original é o IVA-ST aplicável na operação
interna
2. ALQ inter é a alíquota interestadual aplicada pelo
remetente
3. ALQ intra é a alíquota aplicável a mercadoria neste
Estado.

22 – COMPRA DE FORNECEDORES DE OUTROS


ESTADOS

Exemplo:

Aquisição, por RPA ou SN, de produtos de higiene


pessoal de outro Estado.

Valor da nota fiscal + frete R$ 10.000,00


IVA ajustado 49,04%.......................... R$ 4.904,00
R$ 14.904,00

Alíquota interna (18%).............................R$ 2.682,72


(-) ICMS do remetente (12%).....................R$ 1.200,00
ICMS antecipado (GARE)...........................R$ 1.482,72

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
Escrituração no livro Registro de Entradas na compra
interestadual

A nota fiscal de aquisição de mercadorias em outro


Estado cuja entrada tenha se sujeitado a substituição /
antecipação tributária deverá ser escriturada d seguinte
forma:

1- Nas colunas adequadas, os dados relativos à operação


de aquisição, na forma prevista neste regulamento;
2- Na coluna “observações”, na mesma linha do registro
de que trata o inciso anterior com utilização de colunas
distintas sob o título comum “Substituição Tributária”:
a) O valor pago antecipadamente a título de imposto
incidente sobre sua própria operação e a base de cálculo
b) O valor do imposto retido incidente sobre as operações
subsequentes e o da sua base de cálculo.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
3- O valor do imposto recolhido antecipadamente, por
meio de guia de recolhimentos especiais, nos termos
da antecipação tributária, sem prejuízo dos demais
lançamentos previstos neste artigo, deverá ser escriturado
no livro de Registro de Entradas, na coluna “observações”,
na mesma linha do registro relativo à respectiva
entrada, com utilização de colunas distintas sob o título
“Recolhimento Antecipado” – indicar o artigo do RICMS
do estado do contribuinte.

a) Data do recolhimento
b) O código de receita utilizado
c) O valor recolhido.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
23– EMISSÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS POR OCA-
SIAO DA SAIDA (SUBSTITUÍDO)

O contribuinte substituído, deverá emitir a NF sem


destaque do valor do imposto, contendo, além dos demais
requisitos, a indicação “Imposto Recolhido por Substituição
– Art. ... do RICMS”.

Entendemos que se utiliza o CFOP 5.405.

Caso a operação seja com finalidade de comercialização


subsequente, será necessário informar, no campo
“informações complementares” do documento fiscal, a
base de cálculo sobre a qual o imposto foi retido e o valor
da parcela do imposto retido cobrável do destinatário
relativamente a cada mercadoria.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
24 – DEVOLUÇÃO

Registrar no livro Registro de Entradas

• A nota fiscal de devolução utilizando as colunas


“Operações ou Prestações com credito do imposto”

• Na coluna “Observações”, na mesma linha do registro


referido no inciso anterior, o valor da base de cálculo e o
do imposto retido, relativo à devolução.

• Os valores constantes na coluna relativa ao imposto


retido serão totalizados no último dia do período de
apuração, para lançamento na folha subsequente no livro
de Registro de Apuração do ICMS.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
25- DO LEVANTAMENTO DE ESTOQUE

Obrigação atribuída às empresas comerciais que possuam


em seus estoques produto enquadrados na substituição
tributária e que consiste no recolhimento do ICMS Normal e
do ICMS-ST sobre estes produtos.Toda vez que um produto
entra no regime da substituição tributária, o fisco publica
uma legislação determinando os procedimentos a serem
observados para recolhimento do imposto devido sobre
estoque desses produtos, pelo contribuinte substituído,
para que possa equalizar o tratamento a ser dado ás
operações com as mercadorias recebidas antes e depois
da entrada em vigor do regime da substituição tributária.
O levantamento deve ser realizado no dia imediatamente
anterior a entrada em vigor do regime ST e recolhido o valor
da substituição tributária conforme legislação estadual.

Importante frisar, que cada estado, estipula as regras desse


recolhimento, sendo em cota única, parcelado e quais
obrigações deverão ser atendida.

Adotado este procedimento a empresa ao vender o produto


não mais sofrera a incidência do imposto.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
26 – PRINCIPAIS CFOP´S RELATIVOS A S.T

Entradas de mercadorias sujeitas ao Regime de S.T.

1.401 2.401
- Compra para industrialização em operação com
mercadoria sujeita ao Regime de Substituição Tributaria

1.403 2.403
- Compra para comercialização em operação com
mercadoria sujeita ao Regime de Substituição Tributaria

1.406 2.406
- Compra de bem para ativo imobilizado cuja mercadoria
está sujeita ao Regime de Substituição Tributária.

1.407 2.407
- Compra de mercadoria para uso ou consumo cuja
mercadoria está sujeita ao Regime de Substituição
Tributaria

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
1.408 2.408
- Transferência para industrialização em operação com
mercadoria sujeita ao Regime de Substituição Tributária.

1.409 2.409
- Transferência para comercialização em operação com
mercadoria sujeita ao Regime de Substituição Tributária.

1.410 2.410
- Devolução de venda de produção do estabelecimento em
operação com produto sujeito ao Regime de Substituição
Tributaria

1.411 2.411
- Devolução de venda de mercadoria adquirida ou recebida
de terceiros em operação com produto sujeito ao Regime
de Substituição Tributária.

1.414 2.414
- Retorno de produção do estabelecimento, remetida para
venda fora do estabelecimento em operação com produto
sujeito ao Regime de Substituição Tributaria

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
1.415 2.415
-Retorno de mercadoria adquirida ou recebida de
terceiros, remetida para venda fora do estabelecimento
em operação com mercadoria sujeita ao Regime de
Substituição Tributária.

Saídas de mercadorias sujeitas ao Regime de S.T.

5.401 6.401
- Venda de produção do estabelecimento em operação
com produto sujeito ao Regime de Substituição Tributária,
na condição de contribuinte substituto.

5.402 6.402
- Venda de produção do estabelecimento de produto
sujeito ao Regime de Substituição Tributária, em operação
entre contribuintes substitutos do mesmo produto

5.403 6.403
- Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
em operação com mercadoria sujeita ao Regime de
Substituição Tributária, na condição de contribuinte
substituto.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
6.404
- Venda de mercadoria sujeita ao Regime de Substituição
Tributária, cujo imposto já tenha sido retido anteriormente

5.405
_ Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
em operação com mercadoria sujeita ao Regime de
Substituição Tributária, na condição de contribuinte
substituído.

5.408 6.408
- Transferência de produção do estabelecimento em
operação com produto sujeito ao regime de substituição
tributária.

5.409 6.409
- Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de
terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime
de substituição tributária.

5.410 6.410
- Devolução de compra para industrialização em operação
com mercadoria sujeita ao regime de substituição
tributária.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
5.411 6.411
- Devolução de compra para comercialização em operação
com mercadoria sujeita ao regime de substituição
tributária.

5.412 6.412
- Devolução de bem ativo imobilizado, em operação com
mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária.

5.413 6.413
- Devolução de mercadoria destinada ao uso ou consumo,
em operação com mercadoria sujeita ao regime de
substituição tributária.

5.414 6.414
- Remessa de produção do estabelecimento para venda
fora do estabelecimento em operação com mercadoria
sujeita ao regime de substituição tributária.

5.415 6.415
- Remessa de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
para venda fora do estabelecimento, em operação com
mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária.

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

As informações foram baseadas nos sites abaixo:

- RICMS – www.fazenda.sp.gov.br
- Receita Federal – www.receita.fazenda.gov.br

SUBSTITUIÇÂO TRIBUTÁRIA

Você também pode gostar