SP - Exposição Ou Feira ICMS
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SP - Exposição Ou Feira ICMS
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das
alterações legais.
ICMS/SP
EXPOSIÇÃO OU FEIRAS
Aspectos práticos
ROTEIRO:
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITOS GERAIS
3. APLICABILIDADE DA OPERAÇÃO
4. DIFERENÇA ENTRE EXPOSIÇÃO OU FEIRA E VENDA FORA DO ESTABELECIMENTO
5. ISENÇÃO DO ICMS
6. SIMPLES NACIONAL
7. EMISSÃO DE NOTA FISCAL
7.1. Modelo Nota Fiscal de Remessa
7.2. Modelo Nota Fiscal de Retorno
8. VENDA NO LOCAL DA EXPOSIÇÃO OU FEIRA
1. INTRODUÇÃO
Esta matéria tratará sobre os aspectos mais importantes sobre o tema Exposição ou Feiras, abordando primeiramente
seus conceitos gerais, apresentando a diferenciação da venda fora do estabelecimento, bem como observará o
tratamento dado pela legislação paulista quanto à isenção prevista na referida operação e por fim dissertará sobre a
venda no local da exposição ou feira.
2. CONCEITOS GERAIS
A fim de que o tema seja amplamente entendido, passaremos a conceituar algumas terminologias, senão vejamos:
Isenção: Dispensa do pagamento de tributo. Difere da imunidade, que só se extingue por alteração constitucional, ao
passo que a isenção pode extinguir-se por lei ordinária; e também da não incidência que implica em não haver fato
gerador.
3. APLICABILIDADE DA OPERAÇÃO
Ressalte-se que poderão ser aplicados os procedimentos descritos nesta matéria, nos casos em que couber, nas
operações internas, pelos contribuintes sujeitos ao regime de tributação do Simples Nacional.
Ademais, conforme Portaria CAT 116/1993, aplicam-se às saídas de mercadorias remetidas para venda em feiras,
exposições ou locais semelhantes, as normas que disciplinam operações realizadas fora do estabelecimento,
sendo que na hipótese do prazo de permanência em área determinada for superior a 60 dias, é obrigatória a inscrição
desse local no Cadastro de Contribuintes do ICMS.
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Em regra geral, a principal diferença entre a exposição ou feira da venda fora do estabelecimento é que na primeira o
objetivo é dar conhecimento do produto em local específico, pré-definido, já na segunda, venda fora do
estabelecimento, o objetivo é a venda e não há local específico para essas operações.
Saliente-se que se o contribuinte participar de um evento, fora do seu estabelecimento, no qual os seus produtos
serão expostos e também comercializados, deverá observar os procedimentos relativos às operações realizadas fora
do estabelecimento, (artigos 433 e 434 do RICMS/SP), não se aplicando a isenção de que trata o capítulo a seguir.
5. ISENÇÃO DO ICMS
Na saída de mercadoria do estabelecimento do contribuinte com destino a exposições ou feiras, bem como no
retorno, há isenção do ICMS, conforme artigo 33 do Anexo I do RICMS/SP, senão vejamos:
“RICMS/SP - Anexo I - Artigo 33 (EXPOSIÇÕES/FEIRAS) - Saída de mercadoria com destino a exposições ou feiras
para mostra ao público em geral, assim como o respectivo retorno, desde que a mercadoria retorne ao
estabelecimento de origem no prazo de 60 (sessenta) dias, contado da data da saída (I Convênio do Rio de Janeiro,
de 27-2-67, cláusula primeira, 8, Convênio de Cuiabá, de 07-06-67, Convênio ICMS-30/90, e ICMS-151/94, cláusula
primeira, VI, "a").”
Tal benefício da isenção do ICMS incidente sobre as operações (remessa e retorno) com mercadoria para exposição
ou feira está condicionado ao retorno destas, ao estabelecimento de origem, no prazo máximo de 60 dias, contados
da data da remessa.
Desta feita, observando-se o prazo de 60 dias, tanto a remessa para o local onde será realizada a exposição ou feira,
quanto o retorno das mercadorias ao estabelecimento de origem, estão amparados pela isenção do ICMS.
Portanto, caso o contribuinte não observe as condições inerentes à aplicação do benefício da isenção, ou seja,
retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem no prazo de 60 dias, este perderá o direito de não tributar o
imposto. Logo, com fundamento no artigo 5º do RICMS/SP, deverá ser recolhimento por meio de GARE-ICMS, com
código de recolhimentos especiais (063-2), com multa e juros e demais acréscimos legais, observe:
“Artigo 5º - O benefício fiscal que dependa de requisito não prevalecerá se este não for satisfeito, considerando-se
devido o imposto no momento em que tiver ocorrido a operação ou a prestação (Lei 6.374/89, art. 6º).
Parágrafo único - O pagamento do imposto far-se-á, mediante guia de recolhimentos especiais, com multa e demais
acréscimos legais, que serão devidos a partir do vencimento do prazo em que o tributo deveria ter sido pago caso a
operação ou a prestação não fosse efetuada com o benefício fiscal, observadas, quanto ao termo inicial de incidência,
as normas reguladoras da matéria.”
6. SIMPLES NACIONAL
Saliente-se que, em se tratando de empresas optantes pelo regime de tributação Simples Nacional, poderão ser
aplicados os procedimentos descritos nesta matéria, nos casos em que couber, nas operações internas, pelos
contribuintes sujeitos ao regime de tributação do Simples Nacional.
Logo, nas remessas para exposição ou feira, desde que não haja o intuito de comercialização no local, será efetuada
para mostra ao público em geral, desde que retornem ao estabelecimento de origem, no prazo de sessenta dias
contados da data da saída (Convênio do Rio de Janeiro de 1967; e Convênio ICMS 151/94).
No PGDAS-D será considerada uma operação "não tributada" quanto ao ICMS, conforme artigo 18 da LC 123/2006.
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Deverá ser emitida a nota fiscal de remessa para exposição com o seguinte CFOP:
Indicar no campo "dados adicionais" a expressão "isenção do ICMS conforme artigo 33 do Anexo I do
RICMS/SP - Decreto 45.490-2000".
Em se tratando do retorno, o contribuinte paulista deve emitir a nota fiscal de entrada, mencionando os dados da nota
fiscal de remessa, com o CFOP:
Indicar a expressão "isenção do ICMS conforme artigo 33 do Anexo I do RICMS/SP - Decreto 45.490-2000",
servindo inclusive para acompanhar o trânsito da mercadoria de volta.
Se forem realizadas "vendas" no local da exposição ou feira, o contribuinte deverá observar o procedimento previsto
no artigo 434 e seguintes do RICMS/SP, que trata da operação de "venda fora do estabelecimento", sem isenção do
ICMS.
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