TCC Jéssica Castro Uniasselvi Finalizado 2
TCC Jéssica Castro Uniasselvi Finalizado 2
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BATURITÉ
2023
O ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO E A INCLUSÃO DE PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA
POR
___________________________________________
Presidente: Prof. XXXXXXXXXXXXXXX – Orientador Local
____________________________________________
Membro: XXXXXXXXXXXXX - Supervisor de Campo
____________________________________________
Membro: XXXXXXXXXXXXX - Profissional da área
PACOTI
Este estudo tem como objetivo contextualizar e investigar o processo de inclusão das
pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho formal no Brasil, averiguando os
motivos do envolvimento de empresas na contratação destas pessoas, além de compreender os
desafios das pessoas com deficiência em adentrar no mercado de trabalho. Para tanto,
primeiramente foi realizado um panorama acerca da trajetória das pessoas com deficiência na
história, mostrando como foi evoluindo o significado social deste contingente populacional,
tido anteriormente como “inválido” ou “incapaz”. Constata-se que o déficit de PcD no
mercado de trabalho se dá devido a história de estigma e exclusão desta parcela da população,
além da falta de acesso a uma educação de qualidade, inclusiva e emancipadora, e pela
limitação das leis vigentes que, embora promovam a inserção, não garantem a inclusão das
PcD. Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa exploratória. Assim sendo, foi
realizada uma entrevista com os membros do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência
do município de Pacoti. As respostas apontaram que a maioria das dificuldades das pessoas
com deficiência se referem ao capacitismo e que as contratações que existem se ao
cumprimento da cota exigida por lei de funcionários com deficiência. A análise do discurso
indicou que esses dados refletem uma falta de confiança das empresas na capacidade
produtiva das PCD. Conclui-se que o amparo legal por si só não é suficiente para a inclusão
das Pessoas Com Deficiência no mercado de trabalho, é preciso que as empresas se
empenhem na promoção de ajustes ambientais e atitudinais em favor das PCD. Considerações
finais: Como resultados desta pesquisa buscou-se explorar as principais problemáticas
envolvendo a acessibilidade nas empresas, bem como direcionamentos vivenciados em
diferentes centros, para atenção à legislação referente à inclusão da PcD no mercado de
trabalho.
This study aims to contextualize and investigate the process of inclusion of people
with disabilities (PWD) in the formal job market in Brazil, investigating the reasons for the
involvement of companies in hiring these people, in addition to understanding the challenges
of people with disabilities in entering the job market. To this end, it first provides an overview
of the trajectory of people with disabilities in history, showing how the social meaning of this
population group, previously considered “invalid” or “incapable,’” has evolved. This is due to
the history of stigma and exclusion of this part of the population, in addition to the lack of
access to quality, inclusive, and emancipatory education and the limitations of current laws,
which, although promoting inclusion, do not guarantee the inclusion of PwD.
As for the methodology, it is exploratory research. Therefore, an interview was carried
out with the members of the Municipal Council for people with disabilities in the municipality
of Pacoti. The responses pointed out that most of the difficulties faced by people with
disabilities refer to ableism and that the hiring that exists is to fulfill the quota required by law
for employees with disabilities. Discourse analysis indicated that these data reflect a lack of
trust on the part of companies in the productive capacity of PCDs. It is concluded that legal
support alone is not sufficient for the inclusion of People with Disabilities in the job market;
companies must commit to promoting environmental and attitudinal adjustments in favor of
PWD. Final considerations: As a result of this research, we sought to explore the main issues
involving accessibility in companies, as well as directions experienced in different centers, to
pay attention to legislation regarding the inclusion of PwD in the job market.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 9
1.1. CONTEXTO HISTÓRICO 11
1.2. LEGISLAÇÃO E POLITICAS PÚBLICAS 12
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA 15
2.1. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL
19
2.2. BENEFICIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA 23
2.3. O MERCADO DE TRABALHO E AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 24
2.4. LEI DE COTAS 24
3. JUSTIFICATIVA 27
4. OBJETIVOS 29
4.1. OBJETIVO GERAL 29
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 29
5. METODOLOGIA DE PESQUISA 30
6. ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA 32
6.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS 32
6.2 ANÁLISE DOS DADOS 33
6.3 RESULTADOS 33
6.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 34
7. CONCLUSÕES 36
REFERÊNCIAS 40
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO
Sob esse viés, o contexto histórico das pessoas com deficiência deve se principal pela
constatação de que este grupo populacional, entendido como indivíduos com algum tipo de
limitação física, sensorial ou cognitiva, sempre existiu. Como afirma Silva (1987): “anomalias
físicas ou mentais, deformações congênitas, amputações traumáticas, doenças graves e de
consequências incapacitantes, sejam elas de natureza transitória ou permanente, são tão
antigas quanto a própria humanidade” (Silva, 1987, p. 21). Esta afirmação, que pode parecer
óbvia ou desnecessária, é válida no sentido de reconhecer que nos grupos humanos, desde o
mundo primitivo até os dias atuais, sempre houve pessoas que nasceram com alguma
limitação ou durante a vida deixaram de andar, ouvir ou enxergar. Dessa forma, durante
muitos séculos, a existência destas pessoas foi ignorada por um sentimento de indiferença e
preconceito nas mais diversas sociedades e culturas. Os arquivos da nossa história registram
referências variadas a “aleijados”, “enjeitados”, “mancos”, “cegos” ou “surdos-mudos”. No
entanto, assim como ocorria no continente europeu, a quase totalidade dessas informações ou
comentários está diluída nas menções relativas à população pobre e miserável. Ou seja,
também no Brasil, a pessoa deficiente foi considerada por vários séculos dentro da categoria
mais ampla dos “miseráveis”, talvez o mais pobre entre os pobres (Silva, 1987). Ilustrativa a
observação deste autor:
A trajetória histórica das pessoas com deficiência no Brasil, assim como aconteceu em
outras culturas e países, foi marcado por uma fase inicial de eliminação e exclusão, passando-
se por um período de integração parcial através do atendimento especializado. Estas fases
deixaram marcas e rótulos associados às pessoas com deficiência, muitas vezes tidas como
incapazes e/ou doentes crônicas. Romper com esta visão, que implica numa política de
assistencialismo para as pessoas com deficiência, não é uma tarefa fácil. Tal esforço ajuda a
produzir mudanças de paradigmas, e gerar modificações na forma pela qual a sociedade e seus
membros entendem e lidam com determinadas questões.
Artigo 7: Proíbe “qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com
deficiência”.
Artigo 23: Estabelece a “competência comum” da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios para
“cuidar da saúde, da assistência social, da proteção e garantia das pessoas com deficiência”.
14
Artigo 37: Prevê que legislação complementar “reservará percentual dos cargos de empregos públicos para as
pessoas com deficiência e definirá os critérios de sua admissão”.
Artigo 203: No inciso V postula a “garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua
família, conforme dispuser a lei”.
Artigo 208: Estabelece que “o dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia do, entre
outros aspectos, atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede
regular de ensino”.
Artigo 227: Garante o acesso das pessoas portadoras de deficiência aos logradouros públicos: “a lei disporá
sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e da fabricação de veículos de
transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência”. (Fagnani, 2005.)
O texto constitucional define diretrizes gerais e garante direitos que, na maioria dos
casos, dependem de legislação posterior para sua regulamentação. Os artigos da Constituição
pinçados acima ilustram que, assim como para todas das pessoas, os direitos dos “portadores
de deficiência” se referem às mais variadas áreas e temáticas sociais, desde a não
discriminação no trabalho até a acessibilidade (numa terminologia mais recente), passando
pelas áreas clássicas como Saúde e Educação. Nesse sentido, ao estabelecer os princípios
gerais, a Constituição lançou luz para legislações futuras. A partir desse resultado concreto, no
próximo item buscaremos destacar algumas dessas legislações que foram aprovadas na área
da deficiência, iniciando pela Lei 7.853 de 1989, que definiu uma “política nacional de
integração da pessoa com deficiência” (sendo depois regulamenta pelo Decreto Federal
3.298/99)
15
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA
Além disso, quanto aos tipos de deficiência, sabe-se de 04 tipos, sendo estas:
Deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no
melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade
visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos
quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor
que 60°; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com
as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável;
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a
informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou
adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas (Brasil, 2015, s.p)
Visto o exposto acima, compreende-se que esses indivíduos devem ser vistos como as
demais pessoas e serem tratados com dignidade e se discriminação, com a lei de cotas e a
promoção de acessibilidade, as organizações podem facilitar a inserção de PCDs, mas é
preciso que essa inclusão seja também social, com a igualdade de oportunidades e respeito às
necessidades especiais dessas pessoas. Com essas medidas, todos saem ganhando: tanto a
organização quanto às pessoas com deficiência.
Por conseguinte, visando à inclusão das PcD no mercado de trabalho, foi editada a Lei
nº. 8.213, de 24 de julho de 1991, conhecida popularmente como Lei de Cotas para
deficientes. Assim, no artigo 93 da citada lei dispõe que a empresa que possuir 100 (cem) ou
mais empregados deve preencher seus quadros com 2% (dois por cento) a 5% (cinco por
cento) dos cargos por beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência (Brasil,1991, s.p):
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher
de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários
reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I-até 200 empregados…(.2%);
II - de 201 a 500…..(3%);
III- de 501 a 1.000.......4%;
IV - de 1.001 em diante. .5%.
Sob esse viés, inclui também Iamamoto e Carvalho (1996, apud Pieritz, 2013a, p.
104), onde apontam que:
Diante disso, sabe-se que desde os períodos datados do século XV, a Proteção Social
destinada às pessoas com deficiências era focada no afastamento da vida em sociedade. No
decorrer da história, foi possível notar as ações destinadas às pessoas com deficiência, com
cunho assistencialista, sempre voltando suas práticas para a institucionalização, contribuindo
para a segregação e a experiência da deficiência como forma de opressão social. A sociedade
não mede esforços em controlar os desvios dos padrões de normalidade (Oliver, 2008).
Segundo o Censo de 2010 do IBGE, no Brasil, 45,6 milhões de pessoas tem alguma
deficiência, o que representa 23,9% da população. De acordo com dados de uma cartilha
publicada pelo instituto, entre as 44 milhões de pessoas em idade ativa que têm algum tipo de
deficiência, 53% não estavam ocupadas, representando uma população de 23,7 milhões.
Diante desse cenário, há ainda muito trabalho a ser feito quando se trata do acesso ao mercado
de trabalho e a inclusão de pessoas com deficiência.
Dessa forma, destaca-se a importância do Benefício de Prestação Continuada (BPC),
que equivale ao pagamento mensal de um salário mínimo a idosos a partir de 65 anos e a
pessoas com deficiência (Brasil, 2011). Atualmente, mais de 3,7 milhões de pessoas recebem
o benefício, incluindo crianças e adolescentes. Quanto a esse benefício, visualiza-se que:
Não obstante, apesar de essas leis terem funcionado como uma válvula
impulsionadora para a abertura de vagas nas empresas, o número de pessoas com deficiência
que ora está participando do mercado de trabalho, ao contrário, ainda está muito aquém do
que ela prevê.
Assim sendo, o balanço das políticas sociais é feito com base nas ações ministeriais,
muitas delas com o apoio técnico ou assessoramento da CORDE. Destaca-se a expansão do
Benefício de Prestação Continuada (BPC) entre 1995 e 2005, que em termos de abrangência e
de gastos, é a política pública mais significativa voltada para as pessoas com deficiência.
Sob esse viés, Yngaunis (2019) promove uma reflexão quando argumenta que “os
termos “inclusão” e “diversidade” têm sido amplamente utilizados nos contextos
organizacionais públicos ou privados, contudo, muitas vezes de forma indiscriminada e sem a
devida reflexão sobre os significados que esses conceitos contemplam”. Para a autora, muito
mais que “incluir”, ou o mero discurso de aceitar o “diferente”, “esses conceitos convidam a
desenvolver um olhar sobre os fenômenos sociais enquanto resultados das diversas interações
sociais, que deram origem às desigualdades” (Idem, p. 72).
De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2007,
do Ministério do Trabalho e do Emprego, referente à inclusão das pessoas com deficiência no
mercado de trabalho, constata-se que dos 37,6 milhões de postos de trabalho apenas 348,8 mil
(1%) são ocupados por pessoas com deficiência e destes 2,4% têm deficiência intelectual
(ALMEIDA, 2009). Os números evidenciam, também, que a exclusão de pessoas com
deficiência intelectual nas atividades relacionadas ao trabalho é maior do que em outras
deficiências. Nos últimos anos ganharam posição de destaque, no cenário nacional, as
medidas que visam à inclusão desses indivíduos no mercado formal e informal, decorrentes da
política de cotas pela Lei 8.213/91, a qual surgiu como um facilitador para inserção de
pessoas com deficiência no setor privado. Esta lei prevê que as empresas que possuem 100 ou
mais empregados são obrigadas a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários
reabilitados ou com pessoas com deficiência (BRASIL, 2007).
Segundo Mendonça (2007), a legislação brasileira é considerada uma das mais
avançadas no que diz respeito à inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho
e possui uma base constitucional e um conjunto de princípios legais que asseguram uma vida
digna a essas pessoas. Porém, na prática ainda se encontra muito frágil, indicando ser
imprescindível a manutenção das leis bem como a qualificação das ações referentes à
profissionalização da população com deficiência para o mercado de trabalho, visando
promover e garantir a sua participação (TOLDRÁ; SÁ, 2008).Partindo desse pressuposto
23
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
(...)
Assim sendo, não se exige contribuição para o recebimento do BPC. No entanto, para a
concessão deste benefício é necessário o preenchimento de alguns requisitos, a saber:
24
Realização de perícia médico-social pelo INSS (no caso da pessoa com deficiência).
uma lei, as pessoas com deficiência ganham o direito de ingressar no mercado de trabalho.
Além disso, conseguem provar que certas limitações físicas não significam baixa capacidade
produtiva e que elas são capazes de entregar excelentes resultados. Diante da importância do
tema, é necessário esclarecer as principais dúvidas sobre o tema. Continue a leitura deste
artigo e saiba mais sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. De
acordo com o autor, nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Holanda, Suécia e Dinamarca
inexistem as cotas, sendo que as violações das leis antidiscriminação são resolvidas em órgãos
administrativos e tribunais de Justiça. Essa, porém, não é a realidade em
muitos outros países, como se observará no quadro a seguir. Além das cotas, tais países
utilizam se também de outras políticas variadas, “como incentivos fiscais e contribuições
empresariais em favor de fundos públicos destinados ao custeio de programas de formação
profissional, no âmbito público e privado” (MTE, 2007, p.12)
PORTUGAL: art. 28, da Lei nº 38/04, estabelece a cota de até 2% de trabalhadores com deficiência para a
iniciativa privada e de, no mínimo, 5% para a administração pública.
ESPANHA: a Lei nº 66/97 ratificou o art. 4º do Decreto Real nº 1.451/83, o qual assegura o percentual mínimo
de 2% para as empresas com mais de 50 trabalhadores fixos. Já a Lei nº 63/97 concede uma gama de incentivos
fiscais, com a redução de 50% das cotas patronais da seguridade
social.
FRANÇA: o Código do Trabalho Francês, em seu art. L323-1, reserva posto de trabalho no importe de 6% dos
trabalhadores em empresas com mais de 20 empregados.
ITÁLIA: a Lei nº 68/99, no seu art. 3º, estabelece que os empregadores públicos e privados devam contratar
pessoas com deficiência na proporção de 7% de seus trabalhadores, no caso de empresas com mais de 50
empregados; duas pessoas com deficiência, em empresas com 36 a 50 trabalhadores; e uma pessoa com
deficiência, se a empresa possuir entre 15 e 35 trabalhadores.
ALEMANHA: a lei alemã estabelece para as empresas com mais de 16 empregados uma cota de 6%,
incentivando uma contribuição empresarial para um fundo de formação profissional de pessoas com deficiência.
ÁUSTRIA: a lei federal reserva 4% das vagas para trabalhadores com deficiência nas empresas que tenham
mais de 25, ou admite a contribuição para um fundo de formação profissional.
ARGENTINA: a Lei nº 25.687/98 estabelece um percentual de, no mínimo, 4% para a contratação de servidores
públicos. Estendem-se, ademais, alguns incentivos para que as empresas privadas também contratem pessoas
com deficiência.
COLÔMBIA: a Lei nº 361/97 concede benefícios de isenções de tributos nacionais e taxas de importação para
as empresas que tenham, no mínimo, 10% de seus trabalhadores com deficiência.
URUGUAI: a Lei nº 16.095 estabelece, em seu art. 42, que 4% dos cargos vagos na esfera pública deverão ser
preenchidos por pessoas com deficiência e, no art. 43, exige, para a concessão de bens ou serviços públicos a
particulares, que estes contratem pessoas com deficiência, mas não estabelece qualquer percentual.
26
VENEZUELA: a Lei Orgânica do Trabalho, de 1997, fixa uma cota de uma pessoa com deficiência a cada 50
empregados.
ESTADOS UNIDOS: inexistem cotas legalmente fixadas, uma vez que as medidas afirmativas dessa natureza
decorrem de decisões judiciais, desde que provada a falta de correspondência entre o número de empregados
com deficiência existente em determinada empresa e aquele que se encontra na respectiva comunidade. De
qualquer modo a The Americans with Disabilities Act (ADA), de 1990, trata do trabalho de pessoas com
deficiência, detalhando as características físicas e organizacionais que devem ser adotadas obrigatoriamente por
todas as empresas para receber pessoas com deficiência como empregadas.
JAPÃO: a Lei de Promoção do Emprego para Portadores de Deficiência, de 1998, fixa o percentual de 1,8%
para as empresas com mais de 56 empregados, havendo um fundo mantido por contribuições das empresas que
não cumprem a cota, fundo este que também custeia as empresas que a preenchem.
De maneira geral, as cotas legais variam de 1,5% a 7,0% do total dos trabalhadores, a
partir de um número mínimo de empregados. Elas prevalecem nos países europeus, embora
também existam no Japão e China (em percentuais relativamente pequenos). Na América do
Sul, excluindo-se o Brasil, opta-se por cotas basicamente no setor público, ou apenas
incentivo para contratação às empresas privadas. Diante disso, fica claro, portanto que a
política de cotas é uma das estratégias utilizadas para incorporação das pessoas com
deficiência no mercado de trabalho. Este processo, e a política de cotas em si, foram objeto
recente de estudos e análises no meio acadêmico, que tratamos a seguir.
27
3. JUSTIFICATIVA
4. OBJETIVOS
5. METODOLOGIA DE PESQUISA
30
Este estudo teve abordagem qualitativa, visto que esse tipo de abordagem proporciona
reflexões. Denzin e Lincoln (2006) destacam que a pesquisa qualitativa envolve uma
abordagem interpretativa do mundo, o que significa que seus pesquisadores estudam as coisas
em seus cenários naturais, tentando entender os fenômenos em termos dos significados que as
pessoas a eles conferem.
Quanto aos fins, o tipo de investigação optado para a realização da pesquisa
qualitativa enquadra-se como exploratória. “Ela é realizada em áreas na qual há pouco
conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta
hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa" (Vergara, 2009, p. 42).
O termo "pesquisa" diz respeito a uma classe de atividades cujo intuito é desenvolver
ou contribuir para o conhecimento generalizado. O conhecimento generalizável consiste em
teorias, princípios ou relações, ou no acúmulo de informações sobre as quais está baseado,
que possam ser corroboradas por métodos científicos aceitos de observação e inferência. No
presente contexto, "pesquisa" inclui estudos relativos à pessoas com deficiência no mercado
de trabalho (Pessini; Barchifontaine, 1996).
Diante disso, houve uma pesquisa bibliográfica, onde houve a necessidade de buscar
livros, artigos e outros materiais elaborados para realizar o embasamento teórico do estudo.
Além disso, haverá uma pesquisa de campo, que conforme Gonsalves (2001, p.67) aponta:
No que diz respeito aos meios de investigação, escolhido pela pesquisa de campo, que,
também de acordo com Vergara (2009, p. 43) é "investigação empírica realizada no local
onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode
incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante ou não". A
pesquisa de campo ocorreu no Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência -
CMDPD, no mês de outubro de 2023, que fica localizado em Pacoti, no estado do Ceará.
A metodologia usada para desenvolvimento foi uma revisão de literatura a partir de
livros, artigos científicos e bases bibliográficas de dados on-line. Os seguintes descritores
foram selecionados de acordo com o tema do trabalho: acessibilidade, mercado de Trabalho,
pessoas com deficiências. Os descritores em inglês foram: accessibility, labor market, people
with disabilities. Foram apresentadas as relações que as PcD’s têm estabelecido com a
31
sociedade e o mercado de trabalho ao longo dos anos, permitindo assim, novas percepções e
entendimentos acerca da problemática explorada nesta pesquisa.
Para coletar os dados, foi necessário também realizar uma entrevista com as PCDs que
fazem parte do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Pacoti. O
contato com esses participantes, foi durante a reunião ordinária que acontece mensalmente.
Nesse sentido, a pesquisa de campo ocorreu no dia do mês de outubro de 2023, no Centro de
Referência de Assistência Social Maria Letícia Leite Araújo, que fica localizado na rua João
Hipólito.
Os sujeitos da pesquisa foram os próprios membros do Conselho, que é composto por
representantes da sociedade civil e representante do governo e tem como objetivo acompanhar
a implantação e implementação da Política Pública de Inclusão Social da Pessoa com
Deficiência e promover a defesa dos direitos das Pessoas com Deficiência.
Quanto aos instrumentos de coleta de dados, foi realizada uma entrevista
semiestruturada, onde teve 09 perguntas com o intuito de responder os objetivos propostos
neste estudo monográfico. Assim, a entrevista contou com a participação dos integrantes que
fazem parte do Conselho Municipal, a qual possuem alguma deficiência, no Centro de
Referência de Assistência Social , que fica localizado na Rua João Hipólito no Município de
Pacoti.
Quanto aos aspectos éticos da pesquisa, salienta-se que em nenhum momento será
explícito aqui nomes ou informações pessoais dos entrevistados. Além disso, enfatiza-se que
todos os participantes preencheram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que
garante o sigilo da pesquisa, além de também concretizar a participação dos entrevistados.
A análise das respostas do questionário realizado junto aos profissionais das empresas
entrevistadas baseou-se na análise de conteúdo e possibilitou reflexões e argumentações
33
6.3. RESULTADOS
Domicílios (PNAD), para que se tenham informações anuais, e não a cada dez anos, sobre
este contingente populacional.
Ainda sobre a legislação, como já ocorreu no caso do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), poder-se-ia pensar numa modificação da legislação previdenciária no
sentido de que o “aposentado por invalidez” pudesse retornar ao mercado de trabalho,
cessando-se o benefício enquanto ele estiver trabalhando, mas retornando em caso de
desemprego. Tal mudança seria positiva para um contingente relativamente grande de pessoas
que, ainda jovem, se aposentou em função de uma deficiência adquirida, mas tem plenas
condições, com as devidas adaptações e recursos, de trabalhar formalmente, exercendo as
mais variadas funções. No caso dos concursos públicos, a legislação deve ser repensada para
que se mantenha o espírito de equiparar oportunidades, e não criar privilégios, banalizando as
vagas reservadas, como tem ocorrido.
deficiência. O cruzamento das informações contidas no Censo 2010 e na Rais 2010 permite
uma avaliação contemporânea do cenário de inserção das pessoas com deficiência no mercado
de trabalho formal.
7. CONCLUSÕES
36
A luta por uma sociedade inclusiva gerou resultados na legislação brasileira como a
Lei das Cotas. A partir desse cenário, o trabalho formal se torna uma possibilidade favorável
para esses sujeitos e com isso pode proporcionar aprendizagem, desenvolvimento e
independência financeira (Melo & Barreira, 2012). Por conseguinte a este contexto histórico
marcado por uma trajetória de enfrentamento da invisibilidade e luta por cidadania caracteriza
o caminhar das pessoas com deficiência. Rejeitadas sumariamente em diferentes sociedades e
culturas, vistas durante muitos séculos como 'inválidas' ou 'incapazes', nas últimas décadas,
particularmente depois de 1981 (declarado pela ONU como Ano Internacional da Pessoa
Deficiente), esse grupo passou a se organizar politicamente, constituindo-se num novo 'ator
social' nos debates contemporâneos sobre direitos humanos e políticas públicas. A inclusão no
mercado de trabalho deve ser cada vez mais incentivada pela sociedade, não estando pautada
apenas no cumprimento da legislação, mas na transformação da cultura e no olhar sobre a
pessoa com deficiência. A Lei de Cotas, bem como o Estatuto da Pessoa com Deficiência e
demais leis que asseguram o direito destas pessoas são instrumentos fundamentais, no
entanto, é preciso buscar um foco qualitativo nestas contratações, não apenas quantitativo.
Neste sentido, é possível observar uma tendência crescente para a humanização e
valorização desta população, no entanto, o processo de inclusão que se discute na teoria, está
substancialmente longe de torna-se realidade nos diversos cenários e indivíduos que compõem
nossa sociedade. A legislação nacional - considerada uma das mais avançadas no mundo
sobre essa temática - confirma esse movimento, pois desde a Constituição Federal de 1988 até
a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo país
em 2008, foi definida uma gama variada de temas e direitos que são objeto de garantias
legais. Particularmente no campo do acesso ao trabalho, destacamos a previsão de cotas a
serem preenchidas nas empresas privadas e a reserva de vagas para pessoas com deficiência
em concursos públicos.
Se avançarmos na perspectiva histórico-cultural e, ao mesmo tempo, construímos um
arcabouço jurídico adequado, por que os resultados apurados no final, no que tange ao acesso
ao trabalho formal, não são bons? Por que persiste uma participação extremamente baixa das
pessoas com deficiência nesse mercado?
De forma sintética e objetiva, na linha de observações já realizadas por outros autores,
alguns aspectos podem ser relacionados para tentar responder a esses questionamentos:
Acessibilidade precária. É fundamental que os municípios, as empresas, os espaços públicos e
privados, os serviços de maneira geral, estejam 100% acessíveis às pessoas com deficiência.
Infelizmente, mesmo com alguns avanços, estamos muito longe dessa realidade. As pessoas
37
com deficiência física ou deficiência visual, por exemplo, encontram ainda grandes barreiras
para sua mobilidade, o que lhes cria grandes dificuldades para estudar, procurar emprego ou
trabalhar. Da mesma forma, recursos de comunicação inadequados, como a ausência de
intérpretes de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), são impeditivos para a plena inserção
social e laboral das pessoas com deficiência auditiva.
Permanência de estereótipos e preconceitos. Mesmo que grande parte da sociedade
reconheça hoje o potencial produtivo das pessoas com deficiência, na realidade cotidiana
persistem exemplos de condutas inapropriadas e até mesmo discriminatórias. O entendimento
de que pessoas com deficiência mental/intelectual são totalmente incapazes ou problemáticas;
a ideia de que os cegos necessitam o tempo todo de ajuda para suas atividades; a concepção
de que a deficiência deva ser tratada somente com assistencialismo e piedade, ou que ela está
sempre associada a doenças, são exemplos dessas condutas, as quais ainda têm um impacto
real negativo na contratação de pessoas com deficiência.
Passivo escolar e na formação profissional. É preciso reconhecer que, ao longo de
muitos anos, as pessoas com deficiência estiveram alijadas ou segregadas do sistema regular
de ensino. Felizmente, esse processo tem sido alterado, já que há um consenso sobre os
benefícios para as crianças com deficiência - e também para seus colegas e professores - da
inclusão escolar na perspectiva da diversidade humana. Em outras palavras, a segregação em
instituições especializadas (que devem ter um papel de suporte) prejudica o pleno
desenvolvimento das crianças com deficiência. Tal mudança está em curso e ainda hoje, na
média, a escolaridade das pessoas com deficiência é relativamente baixa, o que cria problemas
para inserção profissional.
Inadequação e insuficiência da legislação. A chamada 'Lei de Cotas', ao estipular que
as vagas a serem ocupadas por pessoas com deficiência devem ser cumpridas apenas nas
empresas com cem ou mais empregados, define um limite matemático para sua execução. Se
for cumprida na íntegra, cerca de 900 mil vagas seriam preenchidas por este segmento
populacional (número insuficiente, dada a população de 6,5 milhões de pessoas com
deficiência em idade produtiva). Existem propostas em discussão para que empresas a partir
de cinquenta empregados também já sejam obrigadas a cumprir as cotas, o que aumentaria
significativamente o número de vagas potenciais. Mas esse é um debate complicado porque
também existem movimentos no sentido contrário, propondo flexibilizar a 'Lei de Cotas'.
Outro problema decorre da legislação previdenciária, pois pessoas com deficiência que se
aposentaram ainda jovens, e com limitações funcionais que não constituem impeditivo para o
trabalho, só podem retornar ao mercado de trabalho formal se abrirem mão da aposentadoria
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por invalidez. Assim como foi feito para o benefício de prestação continuada - no âmbito da
Assistência Social, voltado para idosos e pessoas com deficiência em situação de pobreza -,
poder-se-ia estabelecer a cessação da aposentadoria em caso de trabalho formal remunerado e
o retorno a ela se houver desemprego. Ou mesmo a manutenção da aposentadoria mesmo que
a pessoa esteja trabalhando, pois as pessoas com deficiência têm uma série de despesas
adicionais decorrentes de sua limitação funcional.
Questões culturais e próprias à temática da deficiência. Finalmente, é necessário
romper com questões culturais como a superproteção familiar, que desestimula o trabalho de
pessoas com deficiência, como também certo grau de acomodação e conformismo das
próprias pessoas com deficiência, que por vezes perpetuam sua condição de dependência.
Ademais, é importante deixar claro que nem todas as pessoas com deficiência vão estar aptas
a trabalhar (assim como ocorre com a população em geral). Pode haver problemas de saúde
ou outras situações de cunho pessoal ou familiar que dificultem ou mesmo desestimulem o
acesso ao trabalho. Em síntese, se for possível avançar nas áreas aqui mencionadas,
especialmente com a participação direta das próprias pessoas com deficiência nas discussões
que lhes dizem respeito, a tendência é que haja um aumento na participação desse contingente
no mercado de trabalho formal. Essa conquista constitui-se numa etapa importante para
conclusão do processo histórico de luta pela cidadania das pessoas com deficiência no Brasil.
Apresentar qual a relevância que o trabalho trouxe para o acadêmico e a importância deste
para a formação técnica e também para a instituição. O papel da gestão da empresa é
imprescindível no processo de inclusão da pessoa com deficiência, proporcionando além da
acessibilidade física, condições adequadas e seguras de trabalho, condição ergonômica
favorável, igualdade de oportunidade com os demais, além de um ambiente livre de
preconceitos onde prevalece o bom convívio entre todos. Outro fator de importante relevância
sobre a inclusão é o favorecimento para a desmitificação sobre a pessoa com deficiência.
Estabelecer uma relação entre estes profissionais com o mercado de trabalho, possibilita
exercer sua atividade laboral, dentro de suas limitações, mas de maneira eficaz, demonstrando
o quão importante é o papel da PcD para o mercado. Estas ações geram um grande impacto
social positivo, uma vez que aceito pela sociedade o indivíduo também se aceitará em suas
diferenças, construindo uma autoestima saudável, o que propicia melhores relações com o
trabalho e com os demais ambientes.
Evidencia-se no estudo a importância de se atualizar e reavaliar as referências e
concepções que fundamentam os conceitos acerca das pessoas com deficiência intelectual,
bem como ampliar as informações no sentido de modificar as atitudes geradoras de situações
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