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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – DCHS CURSO DE PEDAGOGIA
ATIVIDADE: Os Estudos Culturais Pós-Estruturalistas
Dr. Alberto Dias Valadão1
Terezinha Moreira Santana2 1ª. Surgimento
De acordo com o estampado no texto, estudos culturais pós-
estruturalistas de autoria de Valadão, Pinheiro e Meireles (2023), o surgimento dos Estudos Culturais está intimamente ligado às reflexões e contribuições de teóricos como Richard Hoggart, Raymond Williams e Edward P. Thompson, que desafiaram as abordagens tradicionais sobre cultura e sociedade. Assim, este campo teórico nasceu como uma resposta crítica às metanarrativas da Modernidade, como o iluminismo e o marxismo, propondo uma nova forma de entender e analisar a cultura. Entretanto, embora tenha raízes em várias disciplinas, os Estudos Culturais não se limitam a uma única abordagem ou método, enfatizando a importância da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade na produção do conhecimento. Nessa perspectiva, Stuart Hall é frequentemente creditado como um dos principais responsáveis pela institucionalização dos Estudos Culturais, especialmente através de sua atuação no Centre for Contemporary Cultural Studies (CCCS) na Universidade de Birmingham. Hall destacou-se 1 Atividade apresentado à Fundação Universidade Federal de Rondônia - Campus de Ji-Paraná/RO, como parte de exigência para obtenção parcial de nota da graduação em pedagogia, disciplina de cultura, identidade e diferença. setembro de 2024, professor: Dr. Alberto Dias Valadão. E-mail: [email protected] 2 Terezinha Moreira Santana, discente do curso de pedagogia, 4º Período, RA: 20211017694, UNIR – Campus de Ji-Paraná/RO, e-mail: [email protected] por enfatizar a relação entre cultura e poder, argumentando que a cultura é central para entender as dinâmicas de poder na sociedade. Dessa forma, essa abordagem influenciou significativamente o desenvolvimento dos Estudos Culturais, permitindo uma análise mais complexa e abrangente das relações de dominação que vão além das tradicionais análises econômicas e de classe social. Portanto, os Estudos Culturais, desde sua gênese, foram concebidos para questionar e romper com as correntes de pensamento estabelecidas, promovendo novas formas de enxergar questões contemporâneas, como identidade, diferença e representação. Destarte, os Estudos Culturais Pós- estruturalistas surgem no final do século XX, influenciados por correntes filosóficas que questionam as bases sólidas das narrativas universais. Inicialmente vinculados ao campo dos Estudos Culturais, essa vertente se propõe a desconstruir discursos fixos e a explorar a multiplicidade de significados presentes nas práticas culturais.
2ª. Núcleo identificador
Em linhas gerais, o texto explora a aplicação dos Estudos Culturais
Pós-estruturalistas na análise de identidades e diferenças dentro do curso de Pedagogia da UNIR, Campus de Ji-Paraná. Nessa lógica, o campo de estudo enfatiza a análise crítica das representações culturais e a desconstrução de identidades fixas, rejeitando a ideia de essências universais. O núcleo identificador dos Estudos Culturais Pós-estruturalistas reside na ênfase na análise crítica das representações culturais e na desconstrução de identidades fixas. Com base nisso, o texto busca examinar as identidades e diferenças geradas pelos arranjos curriculares do curso de Pedagogia da UNIR, Campus de Ji-Paraná, a partir dessa perspectiva teórica. Dessa forma, o estudo almeja compreender como os currículos moldam as identidades dos estudantes, enquanto as relações de poder e cultura influenciam essas construções identitárias. 3ª. Características: Cultura, Interdisciplinaridade, Posição em Relação às Metanarrativas
O estudo em análise, aponta entre outras características, a postura
crítica em relação às metanarrativas, ou seja, às grandes narrativas totalizantes que pretendem explicar a realidade de forma única e universal. Além disso, aborda a cultura como uma dimensão central de análise nos Estudos Culturais, compreendendo-a como um conjunto de práticas que envolvem a produção e o intercâmbio de significados entre os membros de uma sociedade. Assim, a cultura é vista como um elemento central na formação de identidades e diferenças, sendo regulada pelas relações de poder. Dessa sorte, os Estudos Culturais, segundo o texto, possuem natureza interdisciplinar, antidisciplinar e transdisciplinar. Contudo, esse campo teórico não se limita a uma única disciplina ou método, mas se utiliza de diferentes campos de conhecimento para produzir um entendimento mais amplo e complexo das questões culturais e sociais. No mais, a posição em relação às metanarrativas questionar e desafiar as metanarrativas da modernidade, como o iluminismo, o idealismo e o marxismo.
4ª. Que o Difere em Relação ao Marxismo, no Tocante à Luta de
Classes
O estudo em questão destaca diferença fundamental entre os
Estudos Culturais Pós-estruturalistas e o marxismo no que tange à luta de classes. Para isso, destaca a identidade e poder, eis que, enquanto o marxismo tradicionalmente enfatiza a luta de classes como a força motriz fundamental na organização social e na mudança histórica, os Estudos Culturais Pós-estruturalistas, como defendido por Stuart Hall e outros, colocam uma ênfase maior na complexidade das relações de poder e nas múltiplas formas de identidade. Para o pensamento pós-estruturalista, a luta de classes é reconhecida, mas não é vista como a única ou a principal força determinante. E mais, diferente do marxismo, que enfoca a luta de classes como eixo central da análise social, os pós-estruturalistas questionam essa centralidade e propõem abordagem que considera múltiplos eixos de opressão e diferença. Assim, a luta de classes é relativizada em favor de uma análise mais plural e contingente das relações sociais.
5ª. Descentramentos em Relação ao Discurso do Sujeito, Cuja
Identidade é Fixa, estável
Os descentramentos relacionados ao discurso do sujeito com
identidade fixa e estável, conforme abordado no texto, tem como características: o descentramento Marxista; Freudiano; Saussuriano; Nietzscheano e Pós-Moderno e Foucaultiano, abaixo delineados, respectivamente: O pensamento marxista desestabiliza a ideia de identidade fixa ao enfatizar que a identidade é condicionada por forças históricas e sociais que estão além do controle individual. Marx argumenta que a identidade não é uma essência universal e está sempre em processo de formação e transformação, influenciada pelas condições materiais e sociais. De outro lado, a teoria freudiana introduz a ideia de que a identidade está ligada a processos inconscientes e simbólicos. A identidade não é uma entidade completamente autorreflexiva, mas sim moldada por aspectos inconscientes da psique que desafiam a ideia de um eu fixo e estável. Já a ideia saussuriana sugere que a identidade é instável porque os significados são variáveis e dependentes do sistema linguístico. A teoria de Saussure defende a língua, como um sistema social pré-existente, molda a identidade de forma que os significados são sempre mutáveis e os sujeitos operam dentro de um campo de significados que não controlam completamente. O descentramento nietzscheano e outros pensadores pós-modernos questionam a ideia de uma verdade universal e objetiva, colocando em dúvida a estabilidade da identidade fixada por narrativas culturais e filosóficas dominantes. E, p