Coletanea Final-Linguistica SUSI
Coletanea Final-Linguistica SUSI
Coletanea Final-Linguistica SUSI
Rio Grande
2009
1
2
AGRADECIMENTO
3
4
Eu lhes aconselharia entregar-se verdadeiramente
aos fonemas, às sílabas, penetrando neles e
atentando para essa clara penetração, de modo a
conscientizar-se ao falar cada som. Elevem cada
som individual à consciência.
5
6
APRESENTAÇÃO
7
8
SUMÁRIO
Introdução .................................................................................. 11
As atividades de consciência fonológica ................................ 15
1. Os contos de história como atividade pedagógica ............ 17
2. Sensibilização aos sons em geral ........................................ 39
2.1 Sons da natureza.................................................................... 39
2.2 Sons de instrumentos musicais.............................................. 39
2.3 Brincadeiras com sons .......................................................... 40
3. Sensibilização às rimas ........................................................ 41
3.1 Através de poesias ................................................................ 42
3.2 Através de parlendas ............................................................. 74
3.3 Identificação e produção de rimas através de brincadeiras .. 80
4. Sensibilização à articulação dos sons do Português
Brasileiro: através de trava-línguas .................................... 83
4.1 Trava-línguas envolvendo os sons vocálicos ........................ 83
4.2 Trava-línguas envolvendo os sons consonantais dos pares
mínimos ................................................................................. 84
4.3 Trava-línguas envolvendo os fonemas nasais /m/ e /n/ ........ 87
4.4 Trava-línguas envolvendo o fonema lateral /l/ ....................... 87
4.5 Trava-línguas envolvendo os fonemas /r/ e /R/ ..................... 88
4.6 Trava-línguas envolvendo padrões silábicos complexos ...... 88
4.6.1 Ataque, núcleo e coda (consoante-vogal-consoante) ........ 88
4.6.2 Ataque complexo e núcleo (consoante-consoante-vogal) .. 89
5. Consciência silábica ............................................................. 90
5.1 Atividades cinestésicas .......................................................... 90
5.2 Jogos de trilha ....................................................................... 90
5.2.1 Envolvendo estruturas silábicas simples ataque e núcleo
(consoante-vogal)CV .............................................................. 90
5.2.2 Envolvendo estruturas silábicas complexas ....................... 91
5.3 Jogo fonológico da sílaba inicial ............................................ 91
5.3.1 Palavras com a sílaba inicial constituída por consoante-
vogal (CV)................................................................................ 92
5.3.2 Palavras com a sílaba inicial constituída por consoante-
vogal-consoante (CVC) .......................................................... 92
9
6. Sugestões de seqüências de atividades envolvendo
consciência fonológica ........................................................ 93
7. Sugestões de CDs e DVD ..................................................... 95
8. Referências Bibliográficas .................................................... 97
10
INTRODUÇÃO
11
complexas, as quais envolvem a consciência fonêmica, ou seja
manipular as palavras em fonemas. A consciência dos fonemas é a
base da compreensão de um sistema alfabético de escrita, como o
Português Brasileiro. Abaixo apresentamos a figura 1 elaborada pelos
referidos autores.
Segmentação
combinação
de fonemas
Segmentando
e combinando
sílabas
Segmentação
de sentenças
Rimando
canções
12
grafo-fonêmicas. De acordo com os autores, o referido procedimento foi
eficaz em auxiliar crianças do primeiro ano de alfabetização com
desempenhos em consciência fonológica abaixo da média (p.202). Além
disso, eles enfatizam a adaptação das atividades por eles propostas
para serem utilizadas em sala de aula com o intuito de não somente
remediar dificuldades em consciência fonológica e em leitura e escrita,
como também de ajudar na prevenção das mesmas.
Adams et. Al. (2006) apresentam um programa com atividades
para desenvolver a consciência fonológica de crianças cursando a pré-
escola ou o ensino fundamental. Ele foi adaptado do estudo de
Lundberg, Frost e Petersen (1988) – Suécia e Dinamarca – para salas
de aula dos Estados Unidos. Os alunos de pré-escola que participaram
do programa desenvolveram a capacidade de analisar palavras em sons
de forma mais rápida do que as que não participaram. Salientamos que
o conteúdo do programa foi adaptado para o Português Brasileiro por
Regina Lamprecht e Adriana Costa.
Mencionamos abaixo somente as atividades a serem aplicadas
para auxiliar as crianças a desenvolver consciência fonológica de
rimas/aliterações e de sílabas. As atividades de consciência fonológica
que envolvem a consciência fonêmica e a relação fonema/letra não
serão apresentadas nesta Coletânea, devido ao fato de não terem sido
trabalhadas com as crianças. Tais atividades se encontram ainda em
fase de elaboração e aplicação.
1 – Texto: contos como atividade pedagógica
2 – Sensibilização aos sons em geral através da imitação oral e gestual
a) Objetos: sino, apito de trem, instrumentos musicais
b) Natureza: vento, chuva, trovão
c) Animais: golfinho, baleia, pássaros
3 – Sensibilização para rimas/aliterações através de
a) poesias
b) músicas
c) identificação de rima/aliterações
d) formulação de rima/aliterações
4 – Consciência silábica:
e) separação de sílabas: jogos de trilha
f) identificação de sílabas iniciais, mediais e finais constituídas
pelas seguintes estruturas silábicas: ataque simples e núcleo,
ataque e rima (constituída por núcleo e coda – posto, ponto,
porto, bolsa), ataque complexo e núcleo (prato).
13
14
AS ATIVIDADES DE
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
15
16
1. OS CONTOS DE HISTÓRIA COMO ATIVIDADE PEDAGÓGICA
17
Jorinda e Joringuel
18
magra, de grandes olhos vermelhos e nariz tão recurvo que tocava o
queixo com a ponta. Ela resmungou, apanhou o rouxinol e levou-o
embora na mão.
Joringuel não podia dizer nada e nem podia sair do lugar; o
rouxinol lá se fora. Finalmente, a velha voltou e disse com voz
cavernosa:
– Meus cumprimentos, Joringuel. Quando a luazinha brilhar no
cestinho, esteja livre, Joringuel, em boa hora!
E Joringuel ficou livre. Ele caiu de joelhos na frente da mulher e
implorou que ele lhe devolvesse Jorinda; mas ela disse que nunca mais
ele a teria de volta e foi-se embora. Ele chamou, chorou, lamentou-se,
mas tudo em vão.
Joringuel pôs-se a caminhar e acabou chegando a uma aldeia
desconhecida. Ficou ali muito tempo, como pastor de ovelhas. Muitas
vezes ele rodeou o castelo, mas sem chegar muito perto. Finalmente,
certa noite, sonhou que encontrara uma flor rubra como sangue, com
grande e linda pérola no meio. Colheu a flor e foi com ela para o castelo.
Tudo o que ele tocava com a flor ficava livre do feitiço. Ele sonhou
também que desencantara e recuperara a sua Jorinda.
De manhã, quando acordou, começou a procurar por montes e
vales, uma flor como aquela. Procurou até o nono dia, que foi quando
encontrou, de manhã bem cedo, a flor rubra como sangue. No meio
dela, havia uma grande gota de orvalho, do tamanho da mais linda das
pérolas. Ele levou consigo essa flor dia e noite, até o castelo.
Quando chegou a cem passos dele, não ficou enfeitiçado e
continuou a caminhar até o portão. Entrou, atravessou o pátio e
procurou o lugar de onde provinha aquele imenso vozerio de pássaros
presos; finalmente descobriu. Andou mais e encontrou o salão. Lá
estava a feiticeira, alimentando os pássaros nos sete mil cestos.
Quando ela viu Joringuel, ficou louca de raiva, insultou-o, xingou, cuspiu
veneno e fel, mas ficou paralisada a dois passos de distância dele.
Joringuel, sem nem olhar para ela, foi examinar todos os cestos com
pássaros. Mas lá havia milhares de rouxinóis, como é que ele iria
reconhecer a sua Jorinda?
Enquanto assim procurava, reparou que a velha pegara
disfarçadamente um cestinho com um pássaro, e corria com ele para a
porta. Joringuel alcançou-a de um salto e , com a flor, tocou o cestinho e
a velha também. Esta então perdeu todo o poder de fazer bruxarias, e
Jorinda apareceu, linda como antes, e atirou-se nos braços de seu
noivo. Então, ele desencantou todos os pássaros, devolvendo-lhes a
forma de jovens donzelas, e voltou para casa com sua Jorinda. E os
dois viveram alegres e felizes por muito, muito tempo.
19
A teia de aranha
(Malta)
20
O mingau doce
Irmãos Grimm
Era uma vez uma pobre menina piedosa, que vivia sozinha com
a sua mãe e elas não tinham mais nada para comer. A menina, então,
foi ao bosque e lá encontrou uma velha mulher que, sabendo de sua
miséria, lhe deu uma panelinha, a qual deveria dizer: “Ferva panelinha”
e ela cozinharia um bom mingau doce. E, dizendo-lhe: “Pare panelinha”,
ela deixaria de cozinhar.
A menina levou a panela para sua mãe e assim deixaram de
passar fome, e comiam mingau doce à vontade.
Uma vez a menina havia saído, e sua mãe disse: “Ferva
panelinha”, e esta se pôs a cozinhar, e ela comeu até fartar-se. Depois
quis que a panelinha parasse de cozinhar, mas ela não sabia a palavra.
De modo que a panela continuou cozinhando e o mingau subiu até a
borda, derramando-se, e continuou cozinhando sem parar, enchendo a
cozinha e toda a casa, e depois a segunda casa e depois a rua, como
se quisesse acabar com a fome de todo mundo. E houve um grande
desespero e ninguém mais sabia o que fazer.
Quando faltava só uma única casa, a menina voltou e disse
apenas: “Pare panelinha”, e a panela parou de cozinhar.!”
Mas todos os que queriam entrar novamente na cidade eram
obrigados a abrir caminho comendo mingau!
21
Mãe Holle
Uma viúva tinha duas filhas; uma delas era muito bonita e
diligente, mas a outra era feia e preguiçosa.
Por estranho que pareça, a mãe amava a feia e preguiçosa mais
do que a outra que fazia todo o trabalho e era, enfim, o burro de carga
de toda a casa. Todos os dias ela tinha que se sentar num banco ao
lado de um poço que ficava na frente da casa à beira da estrada e fiar
tanto que seus dedos ficavam muito doloridos e o sangue começava a
correr. Certa vez em que seus dedos tinham se ferido, ensangüentando
o fuso, ela o mergulhou no poço com a intenção de lavá-lo, mas ele
infelizmente escapou de suas mãos e caiu lá dentro. Ela saiu dali
correndo e foi chorando até sua mãe contar o que acontecera. Mas esta
ralhou duramente com ela dizendo, Se você foi tonta de deixar o fuso
cair, vai ter que tirá-lo dali do jeito que puder. E assim a pobre moça
voltou ao poço sem saber por onde começar, mas em sua tristeza,
atirou-se na água e foi para o fundo sem sentidos. Logo em seguida ela
acordou como se saísse de um transe. E quando abriu os olhos e olhou
ao redor, viu que estava num lindo prado onde o sol brilhava, os
pássaros trinavam docemente nos ramos e milhares de flores brotavam
a seus pés.
Ela então se levantou e caminhou por aquele prado delicioso até
chegar a uma casinha ao lado de um bosque; e, ao aproximar-se, viu
um forno cheio de pão fresco assando, e o pão falou, Tire-me daqui!
Tire-me daqui senão vou queimar, que já estou no ponto. Aí ela agiu
rapidamente e tirou-o do fogo. Avançou mais um pouco e chegou a uma
árvore repleta de lindas maçãs rosadas que lhe disse, Sacuda-me!
Sacuda-me! Estamos todas maduras! Ela sacudiu a árvore e as maçãs
caíram como chuva até não sobrar nenhuma sobre a árvore. Seguiu em
frente até que chegou a uma casinha com uma velha sentada à porta. A
menina quis fugir dali, mas a velha chamou-a, Não fique assustada,
querida criança! Fique comigo, eu gostaria de ter você como minha
criada, a se me fizer todo o trabalho da casa direito, vai se dar bem. Mas
trate de fazer bem minha cama e sacudi-la todas as manhãs no quintal
para que as penas possam voar, pois então a boa gente lá em baixo
dirá que está nevando: – Sou a Mãe Holle.
Como a velha falava docemente com ela, a menina se dispôs a
fazer o que ela pedia. E assim aceitou o emprego e fez de tudo para
agradá-la. Ela sempre sacudia bem a cama e assim foi levando uma
vida bem tranqüila com a velha, comendo uma ótima carne cozida e
assada todos os dias.
22
Mas depois de ficar algum tempo com a velha senhora, ela foi
ficando triste, pois, embora tivesse muito melhor ali, ainda sentia
saudades de sua casa. E finalmente disse a sua ama, Eu costumava
lamentar minhas penas em casa, mas mesmo que elas tenham que
voltar e eu tendo a certeza de me dar sempre bem aqui, não poderia
mais ficar. Tem razão disse sua ama Você deve fazer como achar
melhor; e como trabalhou lealmente para mim, eu lhe mostrarei o
caminho de volta. Pegou-a enquanto a menina estava ali debaixo, caiu
sobre ela uma pesada chuva de ouro, de modo que, erguendo o avental,
ela pode recolher uma boa porção dele. E a fada colocou um cintilante
vestido dourado sobre ela, dizendo Tudo isto você terá porque se portou
muito bem. E devolvendo-lhe também o fuso que havia caído no poço,
conduziu-a para fora por outra porta. Quando esta se fechou às suas
costas, ela se deu conta de que não estava longe da casa de sua mãe;
e enquanto entrava no quintal, o galo pousado na beira do poço bateu
as asas, cantando,
Có-co-ri-co-có
Nossa dama dourada voltou!
Ela entrou, então, em casa e estava tão rica que foi bem
recebida. Quando a mãe ouviu como a filha tinha obtido aquelas
riquezas, quis a mesma sorte para sua filha feia e preguiçosa, e disse-
lhe para ficar sentada ao lado do poço fiando. Para seu fuso ficar
ensangüentado, picou os dedos com ele, e quando aquilo não deu certo,
enfiou a mão num espinheiro. Depois, atirou o fuso no poço e pulou
atrás dele. Assim como a irmã, chegou a um lindo prado e seguiu o
mesmo caminho. Quando chegou ao forno da casinha, o pão implorou
como antes, Tire-me daqui! Senão queimarei, pois estou bem no ponto.
Mas a menina preguiçosa disse, Linda estória, mesmo! Como se eu
fosse me sujar por você!, e seguiu seu caminho. Logo depois alcançou a
macieira que gritou, Sacuda-me! Sacuda-me que minhas maçãs estão
bem maduras!. Mas ela respondeu, Isto não vou fazer pois uma de
vocês poderia cair em minha cabeça. E seguiu em frente. Finalmente,
ela chegou à casa de Mãe Holle e prontamente concordou em ser a sua
criada. No primeiro dia, ela se comportou muito bem e fez o que a ama
lhe dizia pensando no ouro que ia conseguir; mas no segundo dia
começou a vadiar, e no terceiro mais ainda, pois não conseguia levantar
cedo como devia, e, quando o fazia, arrumava a cama muito mal e não
a sacudia para as penas voarem. Mãe Holle logo se cansou dela e
mandou-a embora. E a menina preguiçosa ficou muito contente,
23
pensando, Agora virá a chuva de ouro. Então a fada levou-a à mesma
porta, mas quando entrou debaixo dela, em vez de ouro, um grande
caldeirão cheio de piche sujo foi-lhe despejado em cima. Eis o seu
pagamento, disse Mãe Holle fechando a porta às suas costas. E assim
ela voltou para casa toda suja de piche. E quando se aproximava da
casa de sua mãe, o galo empoleirado no alto do poço bateu as asas e
cantou,
Có-co-ri-co-có!
Nossa menina suja de piche voltou!
24
O ganso dourado
Era uma vez um homem que tinha três filhos. O mais novo
chamava-se Pateta e em todas as oportunidades era desprezado
maltratado pela família inteira. Aconteceu que o mais velho pôs na
cabeça de ir certo dia à floresta cortar lenha; e sua mãe deu-lhe um
delicioso pastel de carne e uma garrafa de vinho para se refrescar
durante o trabalho. Quando chegou na floresta, um velhinho desejou-lhe
bom dia e disse, “Dê-me um pedacinho de carne de seu prato e um
pouco de vinho de sua garrafa; estou com muita fome e muita sede”.
Mas esse jovem esperto disse, “Dar-lhe minha carne e meu vinho! Não,
obrigado; não sobraria o suficiente para mim”, e seguiu em frente. Logo
depois ele começou a cortar uma árvore, mas ainda não havia
trabalhado muito quando errou o golpe, cortou-se e foi obrigado a voltar
para casa e tratar do ferimento. Ora, fora o velhinho que lhe causara
este infortúnio.
Em seguida, o segundo filho foi trabalhar e sua mãe deu-lhe um
pastel de carne e uma garrafa de vinho. E o mesmo velhinho o encontrou
também e pediu-lhe algo para comer e beber. Mas ele também se
considerava terrivelmente esperto e disse, “Tudo o que você receber eu
perderei, por isso cai fora!” o homenzinho cuidou que ele tivesse sua
recompensa, e o segundo golpe que ele deu na árvore acertou-lhe a
perna, de modo que ele também foi forçado a voltar para casa.
Então, Pateta disse, “Pai, eu gostaria de ir cortar lenha
também”. Mas o pai respondeu, “Seus dois irmãos se feriram, é melhor
você ficar em casa pois não entende nada desse assunto”. Pateta
insistiu tanto até que seu pai falou, “Pois vá, você ficará mais sábio
quando tiver sofrido com sua loucura”. E sua mãe deu-lhe um pedaço de
pão seco e uma garrafa de cerveja amarga, mas quando ele chegou à
floresta, encontrou o velhinho que lhe disse, “Dê-me um pouco de carne
e um pouco de bebida pois estou com muita fome e muita sede”. Pateta
disse, “Só tenho pão seco e cerveja amarga, se isto lhe convier, nos
sentamos e comeremos juntos”, então os dois se sentaram e, quando o
rapaz tirou seu pão, vejam!, ele havia se transformado num excelente
pastel e sua cerveja amarga, num delicioso vinho. Eles comeram e
beberam animadamente, e quando terminaram, o homenzinho disse,
“Como você tem um coração bondoso e aceitou dividir tudo comigo, vou
lhe conceder uma graça. Ali está uma velha árvore, corte-a e encontrará
algo em sua raiz”. E tendo assim falado, ele se despediu e foi embora.
Pateta pôs-se a trabalhar e cortou a árvore, e quando ela caiu,
descobriu num vazio embaixo das raízes um ganso com penas de ouro
25
puro. Ele o pegou e levou a uma hospedaria onde pretendia dormir
durante a noite. O hospedeiro tinha três filhas, e quando elas viram o
ganso, ficaram muito curiosas pra descobrir que ave maravilhosa era
aquela, desejando muito arrancar uma pena de sua cauda. A mais velha
finalmente disse, “Eu quero e vou conseguir uma pena”. Ela esperou até
ele virar-se de costas e agarrou o ganso pela asa, mas, para seu grande
espanto, ficou presa, pois nem sua mão nem seu dedo conseguiram se
desprender. Em seguida veio a segunda irmã decidida a pegar uma
pena também, mas, no momento em que ela encostou na irmã, ficou
presa também. Enfim veio a terceira irmã e quis uma pena, mas as
outras duas gritaram, “Afaste-se! Pelo amor de Deus, afaste-se!” ela,
porém, não entendeu o que as irmãs queriam dizer. “Se elas estão ali”,
pensou, “posso perfeitamente estar ali também”. E assim as três fizeram
companhia ao ganso durante a noite toda.
Na manhã seguinte, Pateta colocou o ganso debaixo do braço e
não reparou nas três irmãs grudadas atrás dele; e por onde ele ia, elas
eram obrigadas a segui-lo, quisessem ou não, o mais rápido que suas
pernas pudessem carregá-las.
No meio de um campo, o vigário os encontrou, e vendo o grupo,
disse, “Vocês não têm vergonha, suas garotas imprudentes, de correr
atrás de um jovem dessa maneira pelos campos? Então ele a pegou,
pegou a mais nova pela mão para puxá-la, mas, no momento também,
ficou preso e seguiu o grupo. Em seguida foi a vez de clérigo, que
quando viu seu mestre, o vigário, correndo atrás das três moças, ficou
muito cismado e disse, “Ei, ei! Vossa Reverendíssima! Para onde ides
vós com tanta pressa? Temos um batismo hoje”. Então ele correu e
segurou o vigário pela batina, e num instante estava preso também. Iam
com os cinco assim se arrastando um atrás do outro, quando
encontraram dois trabalhadores com seus enxadões voltando do
trabalho. O vigário gritou para eles virem libertá-lo. Mal o tocaram,
porém, entraram também na fila formando sete, todos correndo atrás de
Pateta e seu ganso.
Finalmente eles chegaram a uma cidade onde governava um rei
que tinha uma única filha. A princesa era tão séria e pensativa, que
ninguém conseguia fazê-la rir; e o rei havia proclamado para o mundo
todo que quem a fizesse rir a receberia por esposa. Quando o jovem
ouviu isto, foi ao encontro com seu ganso e todo o grupo mal ela viu os
sete presos uns aos outros, tropeçando, atropelando-se, cada um
pisando no calcanhar do outro, não conseguiu se conter e caiu numa
prolongada e sonora gargalhada. Pateta pediu-a pois em casamento, as
bodas foram celebradas e ele se tornou herdeiro do reino, onde viveu
alegremente com a esposa por muito tempo.
26
O galo e a carroça vazia
Josef Guggenmos
27
As cinco cabras
(Conto Inglês)
28
– Então é a minha vez, disse a abelha. – Eu conseguirei levá-las
para casa, deixem-me tentar.
– Mas você é muito pequena, disseram as crianças.
– Você não consegue fazer barulho, disse o cachorro.
– Você não sabe correr pelo campo com quatro patas, disse o
cavalo.
– Veremos, disse a abelha, e voou.
E logo voou para a cabra maior.
– Zu, zu, zu, fez a abelha.
A cabra levantou sua cabeça e viu a abelha.
– Ei, o que é isso? A cabra gritou e fugiu correndo.
– Se você for para casa, nós também iremos, disse a próxima
cabra.
– Então nós também iremos, disseram as outras cabras.
E assim, finalmente, todos foram para casa.
29
A beterraba
(Conto folclórico alemão)
30
O gatinho e o ratinho
(Conto inglês)
31
O lobo e os sete cabritinhos
(Irmãos Grimm)
Era uma vez uma velha cabra que tinha sete cabritinhos e os
amava com todo amor que uma mãe tem por seus filhos. Um dia, ela
quis ir à floresta buscar alimento, chamou todos os sete filhos e disse:
“Queridos filhos, eu preciso ir à floresta, fiquem de guarda contra o lobo;
se ele entrar aqui, comerá todos vocês, com pele, pelo e tudo. O
malvado frequentemente se disfarça, mas vocês o reconhecerão logo
pela voz rouca e os pés pretos”. As crianças responderam: “Mãe
querida, teremos cuidado; pode ir sem receio”. A cabra então fez “mé-é-
é” e pôs-se a caminho, despreocupada.
Não demorou muito, alguém bateu à porta chamando: “Abram a
porta, queridos filhos, sua mãe está aqui e trouxe consigo algo para
cada um de vocês”. Mas os pequenos sabiam que era o lobo, pela voz
rouca, e gritaram: “Não abriremos a porta, você não é a nossa mãe. Ela
tem uma voz doce e agradável, e a sua é rouca; você é o lobo!”. Então o
lobo foi até a loja de um comerciante e comprou um grande pedaço de
giz, comeu-o e com isso tornou a voz suave. Voltou então à casa e
bateu: “Abram, filhinhos, sua mãe está aqui e trouxe consigo algo para
cada um de vocês”. Mas o lobo tinha colocado sua pata preta na janela,
e as crianças gritaram: “Não abriremos a porta; nossa mãe não tem pés
pretos como você; você é o lobo!”. E o lobo foi até o padeiro e disse:
“Machuquei o meu pé, passe um pouco de massa nele”. E após o
padeiro ter-lhe passado a massa, correu ao moleiro e disse: “Passe um
pouco de farinha branca na minha pata”. O moleiro pensou consigo
mesmo: “o lobo quer enganar alguém”, e recusou; mas o lobo disse: “Se
você não o fizer, eu o comerei”. E o moleiro, com medo, fez com que a
pata do lobo ficasse branca.
O malvado voltou então pela terceira vez à porta e bateu:
“Abram para mim, crianças, sua mãezinha está de volta e trouxe para
cada um de vocês algo da floresta”. Os cabritinhos gritaram: “Primeiro,
mostre-nos sua pata para sabermos que é a nossa querida mãe”. E o
lobo mostrou-lhes a pata pela janela, e quando viram que era branca,
acreditaram no que ele dissera e abriram a porta. Quem entrou, porém,
foi o lobo. Os cabritinhos ficaram apavorados e procuraram esconder-
se. Um correu para baixo da mesa, o outro entrou na cama, e o terceiro
entrou dentro do forno, o quarto na cozinha, o quinto dentro do armário,
o sexto embaixo da pia e o sétimo dentro do relógio. Mas o lobo
encontrou todos e não fez cerimônia; engoliu-os um por um. O mais
novo, que estava no relógio de parede, foi o único que o lobo não
32
encontrou. Satisfeito o seu apetite, o lobo saiu da casa, deitou-se sob
uma árvore na campina e adormeceu. Logo depois voltou a cabra da
floresta, e o que encontrou! A porta escancarada, a mesa, cadeiras e
bancos revirados, a bacia quebrada, as colchas e os travesseiros fora
da cama. Procurou os seus filhos, mas não os encontrou. Chamou-os
um a um pelo nome e nenhum respondeu. Por fim, quando chegou a
vez do mais novo, uma vozinha gritou: “Mamãezinha, estou dentro do
relógio”. Ela tirou o filhinho e ele contou que o lobo tinha entrado e
comido todos os outros. Vocês podem imaginar o quanto ela chorou
pelos seus pobres filhinhos.
Finalmente, em seu desespero, saiu de dentro de casa e o mais
novo dos cabritinhos a acompanhou. Chegando à campina, lá estava o
lobo que dormia sob a árvore e roncava tão alto que os galhos
balançavam. Ela olhos bem para o lobo e viu que algo se mexia em sua
barriga cheia. “Oh, céus”, disse ela, “será possível que meus filhinhos,
que o lobo engoliu para o jantar, ainda possam estar vivos?”. Então o
cabritinho correu para casa a fim de pegar a tesoura, agulha e linha. A
cabra cortou o estômago do monstro e, logo que deu o primeiro corte, um
dos cabritinhos empurrou a cabeça para fora e, quando ela cortou mais,
todos os seis saíram, um por um. Estavam todos vivos e sem nenhum
ferimento, pois em sua gula, o monstro os tinha engolido inteirinhos. Que
alegria! Eles beijavam a mãe e pulavam tal qual um alfaiate no dia de seu
casamento. Então a mãe disse: “agora procurem algumas pedras grandes
para enchermos a barriga desse malvado enquanto ele ainda dorme”. Os
sete cabritinhos correram para pegar as pedras e puseram na barriga do
lobo tantas quanto couberam, e a mãe costurou-o às pressas, e o lobo
não sentiu nada e nem se mexeu. Quando finalmente o lobo acordou,
levantou-se e foi procurar um poço para beber, pois as pedras em seu
estômago e deixaram com muita sede.
Porém, quando ele começou a andar, as pedras começaram a
sacudir e soar em sua barriga. Então ele disse: “o que é que bate e bate
nos meus ossos? Eu pensava que eram seis cabritinhos, mas parece
que são pedras?”. E quando ele chegou ao poço e inclinou-se para
beber água, as pedras fizeram-no cair e afogar-se.
Quando os sete cabritinhos viram isso, correram para olhar e
gritaram: “O lobo está morto, o lobo está morto!”, e dançaram de
felicidade em volta do poço com sua mãe.
33
Joãozinho Semente de Maçã
34
ao mar e o saco estava vazio. Durante o inverno ficou morando com uns
amigos e na primavera quando tomou o seu caminho para voltar para
casa, a primeira plantinha de maçã que encontrou já havia crescido e
não era maior que seu dedo mindinho. As próximas plantinhas já tinham
o tamanho de seu dedo anular, outras estavam como o dedo médio, e
algumas já tinham o tronco da grossura do seu polegar. Continuou
andando e foi encontrando árvores cada vez maiores, primeiro do
tamanho de sua mão, depois do comprimento do seu antebraço, e do
comprimento do braço todo. E cada vez maiores estavam, até que ele
chegou em casa: lá as árvores estavam da altura dele. Sua mãe ouviu-o
chegar cantando:
O bom Deus cuida de mim
E vou cantando assim:
Agradeço os seus presentes
A chuva, o sol e as sementes.
Ela correu a encontrá-lo e deu-lhe uma maçã que havia
amadurecido nas suas árvores.
Essa é a estória de Joãozinho Semente de Maçã.
35
Os músicos ambulantes
36
Não conseguiram chegar à cidade grande no primeiro dia; e
quando a noite caiu, entraram num bosque para dormir. O burro e o
cachorro se acomodaram embaixo de uma grande árvore e o gato
trepou em seus galhos, enquanto o galo, pensando que quanto mais
alto pousasse mais seguro estaria, voou até o topo da árvore e depois,
segundo seu hábito, olhou para todos os lados para ver se tudo ia bem
antes de dormir. Ao fazer isso, porém, avistou ao longe alguma coisa
clara e brilhante, e chamando os companheiros disse: “Deve haver uma
casa não muito longe daqui, pois estou vendo uma luz”. “Sendo assim,”
disse o burro, “seria melhor mudarmos nosso alojamento pois nossa
acomodação aqui não é das melhores!” “Ademais,”, acrescentou o cão,
“um ossinho não me faria mal nenhum, ou um pedaço de carne.” E
assim foram caminhando juntos até o lugar onde Chantecler avistara
a luz. Chegaram perto de uma casa onde se abrigava uma quadrilha
de ladrões.
O burro, sendo o mais alto do grupo, aproximou-se de uma
janela e espiou para dentro. “Então, Asno”, disse Chantecler, “o que
está vendo?” “O que estou vendo?”, replicou o burro, “pois estou vendo
uma mesa repleta de guloseimas e ladrões sentados ao redor dela se
refestelando.” “Seria uma ótima pousada para nós”, disse o galo. “Sim”,
disse o burro, “se conseguirmos entrar”. Então, eles confabularam sobre
uma maneira de expulsar os ladrões e finalmente arquitetaram um
plano. O burro ergueu-se sobre as patas traseiras com as dianteiras
apoiadas na janela; o cachorro subiu em seu lombo; a gata se arrastou
pelas costas do cachorro e o galo voou e pousou na cabeça da gata.
Quando tudo estava preparado, foi dado um sinal e eles começaram a
fazer sua música. O burro zurrava, o cachorro latia, a gata miava e o
galo cantava. E foi então, que eles todos se atiraram juntos contra a
janela, entrando na sala aos trambolhões em meio ao vidro partido com
o mais pavoroso estrondo! Os ladrões, já bastante assustados com o
concerto de abertura, agora não tiveram dúvida de que algum duende
terrível caíra sobre eles e fugiram em disparada.
Com o caminho livre, nossos viajantes logo se sentaram e
despacharam com incrível voracidade tudo o que os ladrões haviam
deixado, como se esperassem comer novamente antes de um mês.
Saciados, apagaram as luzes e cada um procurou um lugar de repouso
do seu agrado. O burro deitou-se sobre um monte de palha no pátio; o
cachorro estirou-se num tapete atrás da porta; a gata enrodilhou-se
diante da lareira, perto das cinzas aquecidas; e o galo empoleirou-se
numa viga no alto da casa. Como estavam todos muito cansados com a
jornada, logo caíram no sono.
Por volta da meia-noite, quando os ladrões viram, de longe, que
37
as luzes estavam apagadas e que tudo parecia tranqüilo, começaram a
achar que haviam fugido com muita precipitação, e um deles, mais
corajoso que os outros, foi ver o que estava se passando. Encontrando
tudo em silêncio, entrou na cozinha e tateou até encontrar um fósforo
para acender uma vela. Avistando, então, os olhos flamejantes da gata,
confundiu-os com brasas incandescentes e estendeu o fósforo para
acendê-lo. Mas a gata, não entendendo essa confusão, saltou sobre seu
rosto cuspindo e arranhando. Isto o deixou apavorado e ele saiu
correndo pela porta traseira; mas ao passar por ali, o cão deu um salto e
mordeu-lhe a perna; e quando cruzava o pátio, o burro o escoiceou; e o
galo, que fora acordado pela algazarra, cantou com todas as forças.
Diante disso tudo, o ladrão saiu correndo com todas as pernas que tinha
até seus camaradas e contou ao chefe “sobre a bruxa horripilante que
ocupara a casa, cuspira nele e arranhara seu rosto com seus longos
dedos ossudos; sobre um homem com uma faca na mão escondido
atrás da porta que o esfaqueara na perna; sobre um monstro odioso no
pátio que lhe acertara uma porretada; e sobre o demônio pousado no
alto da casa gritando “Atirem o tratante p’ra cá”!”. Depois disto, os
ladrões nunca mais ousaram voltar para a casa, e os músicos ficaram
tão satisfeitos com suas acomodações que ali ficaram morando. E ouso
dizer que ali vivem até hoje.
38
2. SENSIBILIZAÇÃO AOS SONS EM GERAL
39
• chocalhos
• reco-reco
• flauta
40
3. SENSIBILIZAÇÃO ÀS RIMAS
Mapa
Maria Dinorah
Adora a água
a jibóia,
mas não nada
e nem bóia.
Millor Fernandes
41
d) somente do fonema final ou ditongo final da última sílaba:
Ao ver uma velha coroca
fritando um filé de minhoca
o Zé Minhocão
falou pro irmão:
“Não achas melhor ir pra toca?”
Tatiana Belink
Eu vi uma abelha
no nariz da vovó
a abelha olhou, olhou
não picou, pois teve dó.
Elias José
3.1 Através de poesias
Com repetições de sons e palavras o poeta reinventa
o movimento do relógio, do trem, da roda, do navio...
E na cirando dos versos todo o mundo pode brincar.
Aguiar et. all. (2007)
Convite
José Paes
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
42
3.1.1 Animais
Raridade
José Paulo Paes
A arara
é uma ave rara
pois o homem não pára
de ir ao mato caçá-la
para a pôr na sala
em cima de um poleiro
onde ela fica o dia inteiro
fazendo escarcéu
Porque já não pode voar pelo céu.
E se o homem não pára
de caçar a arara,
hoje uma ave rara,
ou a arara some
ou então muda seu nome
para arrara.
A aranha
Ruth Salles
43
Nessa linha bem comprida,
Eis a aranha escondida!
Bem-te-vi
Ruth Salles
Cada um dá um jeitinho
De ter sua morada.
Cada um tem uma idéia
Mais ou menos bem bolada.
44
Repare só como faz
O esperto passarinho,
Que cata palha por palha
Para fazer o seu ninho.
O macaco, malandrinho,
Não quer saber de trabalho.
Escolhe uma boa árvore
E logo se ajeita num galho.
O castor é engenheiro.
Faz barragem, faz represa.
Sua casa tem piscina.
Não é mesmo uma beleza?
45
Faz túnel pra todo lado,
Pra que more todo mundo.
A casa do marimbondo
Fica no alto, pendurada.
Se alguém chega bem perto,
Cuidado, lá vem ferroada!
Cavalinho
46
O galo aluado
Sergio Caparelli
O galo aluado
subiu no telhado
e saudou a lua,
cocorilua, cocorilua
O galo maluco
Sônia Junqueira
O gato da china
José Paulo Paes
47
Era um gato esquisito:
comia palitos
e quando tinha fome
miava "ming-au"
mas lambia o mingau
com a sua língua de pau.
O gato
Vinicius de Moraes
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão.
E pega, corre
Bem de mansinho
Atrás de um pobre
De um pobre passarinho.
Súbito, pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado.
E quando tudo
Se lhe fatiga
Toma o seu banho
Passando a língua
Pela barriga.
48
O gato
O gato dengoso
se encolhe,
se enrosca,
se estica,
se lambe,
se lava,
se arrisca
num pulo
felino.
O gato dengoso,
ladino,
depressinha
escapa
pro alto
do muro,
levando
na boca
a sardinha.
As borboletas
Vinícius de Moraes
Brancas,
Azuis,
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas borboletas
Borboletas brancas
são alegres e francas.
Borboletas azuis
gostam muito de luz.
49
As amarelinhas
são tão bonitinhas!
E as pretas, então…
Oh, que escuridão!
Minha cama
Sérgio Caparelli
Um hipopótamo na banheira
Molha sempre a casa inteira.
A água cai e se espalha
Molha o chão e a toalha.
E o hipopótamo: nem ligo
Estou lavando o umbigo.
E lava e nunca sossego,
Esfrega, esfrega, e esfrega
A orelha, o peito, o nariz
As costas das mãos, e diz:
Agora vou dormir na lama
Pois é lá a minha cama!
O pato
Elias José
Pirilampos
Henriqueta Lisboa
Quando a noite
Vem baixando,
Nas várzeas ao lusco-fusco
50
E na penumbra das moitas
E na sombra erma dos campos,
Piscam piscam pirilampos
Um pente
que penteie sozinho
lombo
de porco-espinho
E um lenço
forte bastante
para assoar tromba
de elefante.
Historieta
Sidônio Muralha
51
e girava
girava
o rabinho
curtinho...
– Rabinho, rabinho
de ventoinha...
E a cabrinha gostava
e o rabinho girava
e toda gente chamava
chamava a cabrinha
rabinho, rabinho
de ventoinha.
3.1.2 Natureza
Enchente
Cecília Meireles
Chama o Alexandre!
Chama!
52
Enquanto chove, bota a chaleira no fogo!
Olha a chama! Olha a chispa!
Olha a chuva nos feixes de lenha!
Rola a chuva
Cecília Meireles
O frio arrepia
A moça arredia
Arre!
Que arrelia!
A chuva sussurra
Rola a chuva
Rega a terra
Rega o rio
Rega a rua
A Lua
Roseana Murray
53
Cantiguinha de Verão
Mário Quintana
Anda a roda
Desanda a roda
No meio da rua
Desanda a roda: Oh,
Ficou a lua
Olhando em roda...
O que eu quero
Tatiana Belink
54
Branca espuma, verde mar,
Belas ondas pra surfar!
Defender-lhe a qualidade,
No ar, no campo e na cidade!
Bolhas
Cecília Meireles
55
e se espalha.
Olha a bolha!
Olha a bolha
que molha
a mão do menino.
Meio-dia
Olavo Bilac
56
3.1.3 Objetos
O relógio
Vinícius de Moraes
O relógio
Ruth Salles
Tique-taque, tique-taque,
passa a hora de mansinho.
Anda muito devagar
o ponteiro menorzinho.
57
tique-taque, que surpresa!
Ao som do tique-taque,
o tempo vai passando:
já vai descendo a tarde,
as flores vão fechando.
Num tique-taque,
os passarinhos
já se agasalham
dentro dos ninhos.
Soa o sino,
some o sol
no horizonte.
E as estrelas
brilham belas
sobre o monte.
E a lua
parece
que acende
na mata
incêndio
de prata.
58
Tique...
Taque...
Trem de ferro
Manuel Bandeira
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
[...]
59
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente....
Casa torta
Maria Mazzetti
Um gato
Que usa sapato
E tem retrato no quarto?
Uma florzinha
Pequenininha
De sainha curtinha?
Colar de Carolina
Cecília Meireles
60
O colar de Carolina
Colore o colo de cal,
Torna corada a menina.
61
Chico Cochicho
Esta é a cozinha
Da casa da chácara
Do Chico Cochicho
Chaleira de chá
No fogão
Café cheiroso
Na mesa
Bolha de sabão
Carlos Urbim
A bolha se forma
Manda pro ar
A esfera transparente
Que encanta a gente
Há quem escolha
Enxergar numa bolha
Um estranho escafandro
De um ET malandro
Catavento
Carlos Urbim
Cartolina dobrada
Nas pontas pregada
Sobre uma vareta
62
Girassol de papel
Em total movimento
A favor do vento
Corda
Carlos Urbim
Virada pro alto
Se torna um arco
Quando está por baixo
Tem forma de barco
Esticada em tira
É cobra caipira
Sinuosa feita,
Minhoca aflita
É preciso saltar:
O corpo aguenta
De um a cinquenta
E que tal tentar
De um até cem?
Passar de um cento
Exige talento…
Perna-de-pau
Carlos Urbim
Numa terra de gigantes
Como havia antes
Todo mundo sonha alto
Nada é distante:
O pernalta dá um salto
Atravessa o planalto
Depois, em passo lento
Vai daqui a Livramento
63
Barco de Papel
Carlos Urbim
Mas, cuidado!
O pirata perneta
Ameaça o navio
Acontece a luta:
Perneta no desvio
Foge pra gruta
E o barquinho
De folha de jornal
Vence o mal no final
Bola
Carlos Urbim
Bola de meia
Rola gabola
Forma marola
Na areia
Bola de pano
Numa boa pelada
Faz o dono do pé
Pensar que é Pelé
Jogo de bola
Cecília Meireles
A bela bola
rola:
a bela bola do Raul.
Bola amarela,
a da Arabela.
64
A do Raul,
azul.
Rola a amarela
e pula a azul.
A bola é mole,
é mole e rola.
A bola é bela,
é bela e pula.
A de Raul é de Arabela,
e a de Arabela é de Raul.
Valsinha
José Paulo Paes
É tão fácil
Dançar
Uma valsa
Rapaz...
Pezinho
pra frente.
Pezinho
Pra trás.
Pra dançar
Uma valsa
É preciso
Só dois.
O sol
Com a lua.
Feijão
Com arroz.
65
Canção do Se
Rosa Clemente
Se tirar o g do gato,
Ele vai sumir no ato.
Se jogar o pó na ema,
Ela devolve um poema.
3.1.4 Onomatopéias
Sons
Pablo Moreno
Clap, clap,
Faz a água,
Clop, clop,
O galope,
Glu, glu,
Faz o peru.
66
E você,
O que faz
Aí deitado?
E você,
O que faz
Aí deitado?
Tuim, tuim,
O salto agulha,
Cuin, cuin, cuin,
O cachorrinho
Ao, ao, ao,
O cachorrão.
E você,
O que faz
Aí deitado?
Goteira
Pablo Morenno
A goteira pinga, pinga:
ping-pong, ping-pong!
67
Enche a bacia e o balde:
ping-pong, ping-pong!
E o cuco lá na parede:
tic-tac, tic-tac!
Olho a chuva na vidraça!
Ping! Pong! Tic-tac!
Passa o tempo, passa o tempo,
mas a chuva nunca passa!
Ping-pong! Tic-tac!
Que teimosa a essa goteira!
Ping-pong! Tic-tac!
Tudo vira brincadeira!
Segredo
Henriqueta Lisboa
Andorinha no fio
Escutou um segredo
Foi à torre da igreja
Cochichou com o sino
E o sino bem alto
Delem-dém
Delem-dém
Delem-dém
Dém-dém
Toda a cidade
Ficou sabendo
(Sem título)
Milton Camargo
Enquanto peixe-martelo
Bate: toque, toque, toque,
Peixe-serra vai serrando:
Roque, roque, roque, roque.
68
Vozes na Noite
Manuel Bandeira
3.1.5 Nomes
Aviso
Carlos Urbim
Marino,
É bom que não te molhes
Nos molhes do Cassino
Ouviu, menino?
69
Aquário
Carlos Urbim
Mário
é um peixe
de aquário instalado
no meio do armário
Ele tem
um sonho:
morar
bem na frente
da gaiola do canário
Diz o Mário:
– Esse passarinho
é um cantor
extraordinário!
Brincalhão
Carlos Urbim
Aviãozinho vermelho
não tem vertigens
corre parelho com as nuvens
De repente
numa nuvem-serpente
perto de Ponta-Porã
o esperto improvisa
um tobogã
Depois, divertido
brinca de skates
no céu dos States
O Santo no Monte
Cecília Meireles
No monte,
O Santo
70
Em seu manto,
Sorria tanto!
No monte
O Santo
Em seu manto
Chora tanto!
(Duro
muro
escuro!)
O Anãozinho Guigo
Do livro Criança Querida
71
Quer morder o seu rabinho.
E Guigo, prá escapar,
Que é que ele faz?
Vira peixe e vai nadar.
Quem vem atrás?
Uma lontra a mergulhar!
É Dida que o vai caçar.
Olha o Guigo! Ele voou!
Que é que ele faz?
Pintassilgo se tornou.
Quem vem atrás?
Um falcão aqui passou
É Dida que o atacou
Sonho de Olga
Cecília Meireles
A espuma escreve
com letras de alga
o sonho de Olga.
A espuma espera
o sonho de Olga.
72
Quando amanhece, Olga desperta
e a espuma espera
o sonho de Olga,
a espuma escreve
com letras de alga
a cavalgada de estrela Alfa.
O Menino Azul
Cecília Meireles
73
3.2 Através de parlendas
Cadê o toucinho
Que estava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Tá carregando trigo.
Cadê o trigo?
A galinha ciscou.
Cadê a galinha?
Tá botando ovo.
Cadê o ovo?
O frade comeu.
Cadê o frade?
Tá rezando a missa.
Cadê a missa?
Tá dentro da igreja.
Cadê a igreja?
Tá cheia de gente
Cadê a gente?
Tá aqui,
Tá aqui, tá aqui...
Hoje é domingo
Pé de cachimbo
O cachimbo é de barro
Bate no jarro
O jarro é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
74
Machuca a gente
A gente é fraco
Cai num buraco
O buraco é fundo
Ah!!!!
Cabou-se o mundo
Rei, capitão
Soldado, ladrão
Moço bonito do meu coração
É o passarinho que
Fez seu ninho no sopé
Pio com papo
Pio com pé
Piu-piu-piu: passarinho
Passarinho no sopé
Eu sou pintor
Pinto aqui, pinto acolá.
Pinto a casca do ovo
E o caroço do juá
Maria, eu sou solteiro
Com você quero casar
O galo canta
O pinto pia
Levanta, Maria
Que já é dia.
75
Sete, oito, feijão com biscoito.
Nove, dez, feijão com pastéis!
Quem cochicha,
O rabo espicha
Come pão
Com lagartixa.
Le com Le
Tre com Tre
Um sapato em
Cada pé.
Dedo mindinho,
Seu vizinho,
Pai de todos,
Fura bolo,
Mata piolho.
Meio dia,
Panela no fogo,
Barriga vazia.
Macaco torrado,
Quem vem da Bahia,
Fazendo careta,
Pra dona Sofia.
Cinco, seis,
Bolo inglês
Sete, oito,
Café com biscoito,
Nove, dez,
76
Vai na bica lavar os pés
Pra comprar cinco pastéis
Pra ganhar quinhentos réis
Pra comer no dia dez.
Bate
Palminha,
Bate
Palminha de
São Tomé
Bate
Palminha,
Bate
Pra quando papai vier.
Sol e chuva,
Casamento de viúva.
Chuva e sol,
Casamento de espanhol.
77
A cadeira esborrachou
Coitada da comadre
Foi parar no corredor.
Um, dois,
Feijão com arroz,
Três, quatro,
Feijão no prato,
Cinco, seis,
Fico freguês,
Sete oito,
Comer biscoito,
Nove, dez,
Comer pastéis.
Um – pé de anum
Dois – a galinha pôs
Três – ovo de indez
Quatro – boca de pato
Cinco – pé de pinto
Seis – olha na cara do freguês
Sete – canivete
Oito – biscoito
Nove – não chove
Dez – os dedos dos meus pés
Onze – sino de bronze
Doze – uma dúzia mais dois são catorze
Papagaio louro
Do bico dourado
Leva essa carteirinha
Pro meu namorado
Se tiver dormindo
Bate na porta
Se tiver acordado
Deixe o recado.
Fui à Espanha
Buscar o meu
Chapéu, azul e
Branco da cor
Daquele céu, olha
78
Palma, palma,
Palma, olha pé,
Pé, pé, olha a
Roda, roda, roda,
Caranguejo ou peixe
E, caranguejo só é
Peixe na vazante da
Maré.
A do Le ta,
Le com i,
Le com a,
Le café com chocola,
A do Le ta.
Puxa o cabo de panela,
Quem saiu foi ela.
O padeiro já passou,
Quantos pães ele deixou?
Santa Luzia
passou por
aqui
Com seu
cavalinho
comendo
capim
Santa Luzia
passou por
aqui
Tire esse cisco
que caiu aqui.
79
Dos peixes que tem o rio
O camarão é o mais sagaz
Lambari pula pra frente
Camarão pula pra trás
Vassourinha, vassourinha
Varre a casa da rainha
Faz bem-feito o serviço
E se livra da rainha.
80
do dado. Sugestão:
Gato – mato, pato
Sapo – papo
Minha cama
Sérgio Caparelli
Um hipopótamo na banheira
Molha sempre a casa inteira.
A água cai e se espalha
Molha o chão e a toalha.
E o hipopótamo: nem ligo
Estou lavando o umbigo.
E lava e nunca sossego,
Esfrega, esfrega, e esfrega
A orelha, o peito, o nariz
As costas das mãos, e diz:
Agora vou dormir na lama
Pois é lá a minha cama!
d) Com parlendas:
• a professora diz primeiro uma frase da parlenda e as crianças
dizem a seguinte e vice-versa. Após solicitar outras palavras
que rimem com algumas palavras da parlenda
Professora: Hoje é domingo
Alunos: Pé de cachimbo
Professora: O cachimbo é de barro
Alunos: Bate no jarro...
81
• a professora fala cada verso até a rima (em negrito) e os alunos
completam com a rima correspondente, destacando cada par de
rima com a mudança de intensidade da voz utilizada pela
professora. Exemplo: Hoje é domingo, Pede cachimbo,
Cachimbo de barro, Bate no jarro...
• falar as seguintes palavras do texto que rimam com: Jarro –
barro; ouro – touro; domingo – cachimbo; valente – gente.
• criar uma lista de outras palavras fora do texto para rimar com
touro – ouro, mouro, couro; jarro – carro, ...gente – dente, pente,
quente...
e) Com poesias:
• Primeiro a professora fala toda a poesia ou a estrofe de uma
poesia (no caso de ser uma poesia com várias estrofes)
• Cada verso é falado acompanhado por gestos e movimentos
que expressam as palavras contidas no referido verso. As
crianças repetem a fala acompanhada dos gestos e movimentos
apresentados pela professora.
• Por último, todos os alunos falam a poesia por inteiro ou toda a
estrofe.
• A rima na poesia pode seguir o mesmo procedimento das
atividades mencionadas acima com as parlendas.
82
4. SENSIBILIZAÇÃO À ARTICULAÇÃO DOS SONS DO PORTUGUÊS
BRASILEIRO: ATRAVÉS DE TRAVA-LÍNGUAS
/a/
“Fadas aladas!
damas tão altas!
cantam com alma!”
/e/
/i/
/o/
“O amoroso moço do sol
no conforto de seu trono roxo.”
83
/u/
“No muro escuro
se escuta o sussurro da bruxa.”
/p/ e /b/:
“O pinto pia,
A pia pinga,
Enquanto o pinto pia,
A pia pinga”.
“Cinco bicas,
Cinco pipas,
Cinco bombas”.
/t/ e /d/:
“O Tatá tá?
Não, o Tatá não tá
Mas o tio do Tatá tá
e quando o Tatá não tá
e o tio do Tatá tá
é o mesmo que o Tatá tá
tá? Tá”.
84
“Alô, o tatu taí?
Não o tatu não tá,
Mas a mulher o tatu tando
É o mesmo que o tatu tá.”
/k/ e /g/:
“Se a liga ligasse eu também ligava a liga. Como a liga não liga, eu
também não ligo a liga”.
85
/f/ e /v/:
“Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia”.
/s/ e /z/:
/ š / e / ž /:
“O caju do Juca
É a jaca do Cajá
Já a jaca da Juju
É o caju do Cacá”
“O caju do Juca
A jaca da Cajá
A jaca da Juju
E o caju do Cacá”.
86
Moça chata,
Esse tacho chato é seu?”.
/m/
/n/:
/m/ e /n/:
87
4.5 Trava-línguas envolvendo os fonemas /r/ e /R/
Consoante-vogal-consoante /R/
Consoante-vogal-consoante /L/
Consoante-vogal-consoante /S/
88
Consoante-vogal-consoante /N/
89
5. CONSCIÊNCIA SILÁBICA
90
5.2.2 Envolvendo estruturas silábicas complexas
pedra corneta
bruxa porta
trovão borboleta
neblina lagarta
estrada espada
castelo floresta
cesto princesa
vestido príncipe
cisne trança
ponte clarim
concha cruz
campo flor
semente caracol
margarida anel
91
viradas com a figura para cima. As crianças devem identificar a sílaba
inicial de uma figura com uma outra figura, cuja sílaba inicial seja a
mesma.
92
6. SUGESTÕES DE SEQÜÊNCIAS DE ATIVIDADES ENVOLVENDO
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
EXEMPLOS DE ENCONTRO
EXEMPLO 1
Objetivo: sensibilização para os sons em geral através da
imitação dos sons de bichinhos
93
EXEMPLO 2
Objetivo: consciência fonológica da sílaba através de separação
silábica com atividade cinestésica com os dedinhos.
1) Música Dedos acompanhada de gestos, conforme DVD –
Os dedinhos. Brincadeiras e histórias
Os meus dedos já sabem bailar
Os meus dedos já sabem bailar
Fecham e abrem e vão descansar
Prontos estão para trabalhar
2) Conto do O Ganso Dourado
3) Poesia: O Pica-pau de Ruth Salles
O Pica-pau
Madrugada, lá na mata
já se escuta o bate-bate:
bica-bica, pica-pica,
tamborila o pica-pau.
4) Separação silábica: Uma galinha pintadinha, conforme DVD
Os dedinhos. Brincadeiras e histórias.
Uma galinha pintadinha, botou, chocou e saiu um pintinho: piu,
piu, piu.Uma galinha pintadinha e bem magrinha botou um
ovinho, chocou só um pouquinho e saiu um pintinho bem
magrelinho: piu, piu, piu.
5) Brincadeira: O lobo e os pintinhos
O lobo e os pintinhos
a) 3 ou mais jogadores
b) Ao ar livre
c) Os jogadores são dispostos em coluna, segurando-se
pela cintura. O primeiro, de braços abertos, representa
a galinha e os outros, os pintinhos. À frente da galinha
ficará o lobo.
d) Dado o sinal de início, o lobo tentará apanhar o último
pintinho, o que a galinha procura impedir, interceptando-
lhes os passos e mudando habitualmente de posição no
que será seguida por toda a ninhada. Quando o último
pintinho for alcançado, substituirá o lobo e este a galinha.
94
7. SUGESTÕES DE CDs E DVD
95
96
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
97
URBIM, Carlos. Diário de um guri. Porto Alegre: Editora Projeto, 2000.
URBIM, Carlos. Saco de Brinquedos. Porto Alegre: Editora Projeto, 2004.
Internet
http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria.
98