História 8º Ano de Ceuta À Epopeia Dos Descobrimentos
História 8º Ano de Ceuta À Epopeia Dos Descobrimentos
História 8º Ano de Ceuta À Epopeia Dos Descobrimentos
Esta batalha travou-se no dia 14 de agosto de 1385, entre portugueses e castelhanos, e está inserida no conjunto
de confrontos entre os dois exércitos, motivados pela luta da sucessão ao trono português. A Batalha de Aljubarrota
foi um momento alto e importante na luta com Castela, pois desmoralizou o inimigo e aqueles que o apoiavam, e
praticamente assegurou a continuidade da independência nacional.
Assegurada a independência (tratado de paz com Castela, assinado em Ayllon, Segóvia, a 31 de Outubro de 1411),
a nação tinha condições para buscar novos caminhos para a resolução dos graves problemas que ainda se
mantinham. A dinastia de Avis, na figura de D. João I, procura resolver os vários problemas do reino, alargando as
suas fronteiras e afirmando a importância geopolítica de Portugal no mundo. A estabilidade política, o clima de paz,
o espírito de cruzada, a união de toda a sociedade portuguesa, a esperança de melhores condições de vida foram
condições fundamentais para o arranque da Expansão Portuguesa, recordem que no nosso país:
- os cereais escasseavam e era imperativo procurar terras férteis nas ilhas atlânticas e em Marrocos;
- as fomes e as pestes provocaram o caos;
- o ouro e prata também escasseavam no reino e eram necessários para cunhar moeda;
- lutava-se diariamente contra a pirataria muçulmana.
- havia a urgência de ter acesso aos produtos que afluíam a Ceuta.
Portanto era importante conquistar a posição estratégica no estreito de Gibraltar (entre o Mar Mediterrâneo e o
Oceano Atlântico local de passagem da Península para o Magreb através do deserto do Sahara, onde era intenso o
corso muçulmano, devido à sua localização estratégica permitiria aos portugueses o controle das entradas e saídas
de barcos, o comércio com os países do interior bem como a passagem entre os reinos de Fez e Granada) e
consequentemente: afirmar política da nova dinastia; afirmar de Portugal no contexto europeu; afirmar Portugal
perante a Santa Sé (através da expansão da fé cristã e das avultadas somas eclesiásticas); satisfazer os interesses
da nobreza; satisfazer os interesses do povo dentro dos quais se destacam os burgueses.
Motivações políticas/militares:
- afirmação política da nova dinastia – D. João I que tinha inaugurado uma nova dinastia, pretendia afirmar-se com
conquistas e ouro perante o seu povo, os castelhanos, o resto da Europa e o papa;
- posição estratégica no estreito de Gibraltar, o que facilitaria o controlo das embarcações na entrada e saída no
Mediterrâneo OU combate à pirataria;
- alargar as fronteiras do território português
- o facto de Portugal viver em paz desde 1411;
- resolver os múltiplos problemas do país.
Motivações económicas:
- Ceuta ser um entreposto comercial onde chegavam produtos como: o ouro, o metal mais precioso e cobiçado que
afluía a Ceuta vindo do interior de África, especiarias e sedas, são alguns dos motivos que poderão ter influenciado
D. João I na ousada decisão de conquistar Ceuta;
- o facto de Ceuta ser rica em cereais, como o trigo;
- posição estratégica no estreito de Gibraltar, o que facilitaria o controlo das embarcações na entrada e saída no
Mediterrâneo e o combate à pirataria.
Motivações religiosas:
- expansão da fé cristã / satisfação dos interesses da Igreja (defensores da cristandade, as elites peninsulares
admitiam que a conquista de Ceuta era uma cruzada, repeliam o inimigo muçulmano, salvavam as almas dos ímpios
e difundiam nas terras conquistadas a fé cristã.
O papa apoiava a evangelização consciente das avultadas rendas eclesiásticas que daí provinham) - combater os
muçulmanos; - expansão da fé cristã; - aumentar os seus rendimentos.
Motivação: segundo Gomes Eanes de Zurara uma outra motivação foi a curiosidade ……………….
Porto Santo
Foi a primeira ilha do arquipélago da
Madeira a ser colonizada. Os primeiros
humanos a pisar o solo do Porto Santo,
fizeram-no há cerca de 600 anos. Estes
navegadores comandados por João
Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira
tinham sido enviados numa viagem de
“redescoberta” pelo Infante D.
Henrique, o Navegador e retornaram
imediatamente para Portugal para
contar o que haviam encontrado. O
príncipe enviou um navio, sob comando de Bartolomeu Perestrelo para colonizar a ilha, enviando também de
regresso, Zarco e Vaz nos seus próprios navios para continuarem a explorar.
Madeira
Estava toda cheia de árvores, cedros e outras
espécies. [...]. Não muito tempo depois, um
cavaleiro [...] de nome João Gonçalves Zarco
pediu a Capitania daquela ilha ao Senhor Infante,
dizendo que iria para ali com sua mulher e família
e a povoaria. Agradou isto ao senhor Infante e
preparou caravela, mandando porcos, ovelhas e
outros animais domésticos [...]
A partir de 1440 estabelece-se o regime das
capitanias com a investidura de Tristão Vaz
Teixeira como Capitão-Donatário da Capitania de Machico; seis anos mais tarde Bartolomeu Perestrelo torna-se
Capitão-Donatário do Porto Santo e em 1450 Zarco é investido Capitão-Donatário da Capitania do Funchal.
Não considerando as viagens para as ilhas atlânticas e os reconhecimentos da costa marroquina desde cerca de
1422 verificamos que a primeira fase dos Descobrimentos Portugueses em África situa-se entre 1434 e 1460,
correspondendo aos Descobrimentos Henriquinos, assim denominados por se terem realizado sob a égide
(proteção) do Infante D. Henrique. De notar que esta fase é contemporânea da Expansão Portuguesa em Marrocos
e do início do povoamento do arquipélago da Madeira e dos Açores. Nas viagens para descobrir a costa ocidental
africana, os marinheiros enfrentaram lendas fabulosas e um mar tenebroso. Acreditavam que o Bojador era o fim
do mundo. Mas o infante D. Henrique estava convencido do contrário e Gil Eanes dobrou o medo em 1434.
Em 1443 Nuno Tristão chega à ilha de Arguim local onde construíram uma feitoria que servia de base a trocas
permanentes com os nativos (escravos, ouro, marfim e malagueta).
Em 1460, ano da morte do Infante D. Henrique chegou-se à Serra Leoa e dá-se o reconhecimento do arquipélago
de Cabo Verde.
No inicio do séc. XV quando os Portugueses chegaram à África depararam-se com pequenos Estados existentes
nesses territórios, mas os Portugueses não pretendiam conquistar esses estados, tendo-se fixado apenas no litoral
o que veio a reduzir os contactos com as populações africanas. No litoral estabeleceram feitorias em pontos
estratégicos onde se dedicavam ao comércio de escravos, especiarias, marfim, malagueta, ouro... As principais
feitorias na costa Atlântica eram Arguim (que foi a primeira feitoria construída em 1448) na costa ocidental africana
e S. Jorge da Mina (1482) no Golfo da Guiné.
Com a chegada de D. João II ao poder a expansão portuguesa ganhou um objetivo: descobrir o caminho marítimo
para a Índia contornando o continente africano. Durante o reino de D. João II descobriu-se a costa africana desde
o cabo de Santa Catarina até pouco depois do cabo da Boa Esperança. Diogo Cão descobriu a costa de Angola e da
Namíbia e em 1488 é dobrado o cabo da Boa Esperança por Bartolomeu Dias. Pouco depois, em 1492 Cristóvão
Colombo, ao serviço de Espanha chega às Antilhas estando convencido que tinha descoberto a Índia pelo Ocidente.
Colombo havia proposto a D. João II atingir a Índia, navegando para ocidente, mas o rei recusou porque tinha
informações que lhe permitiam concluir que a rota pelo Oriente contornando África era possível.
Muita da história confunde-se com lendas, mas sabe-se que por volta de 1478, Colombo vivia na Madeira e parece
que recebeu de seus parentes, terras no Porto Santo, após ter casado com Filipa em 1479, que veio a falecer
durante o parto, um ou dois anos mais tarde.
Por essa época estabeleceu contactos com muitos navegadores portugueses ligados às descobertas na costa
ocidental de África, de onde vinham noticias de terras para Ocidente, carregadas de bruma e mistérios.
Cálculos, como os de Toscanelli, sobre a dimensão da Terra levaram-no a acreditar na possibilidade de atingir o
Oriente pelo Ocidente.
De regresso passou por Lisboa, em 1493, tendo sido recebido por D. João II, que de imediato reclamou a posse das
novas terras, abrindo uma crise diplomática.
A 14 de Março de 1493, completava a sua primeira viagem, tendo sido recebido com as maiores honras pelos reis
católicos.
Bom trabalho.