História 8º Ano de Ceuta À Epopeia Dos Descobrimentos

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SALESIANOS DO ESTORIL – ESCOLA

HISTÓRIA – Da crise de 1383-1385 à epopeia dos Descobrimentos

D. Fernando, filho do rei D. Pedro e de Dª Constança Manuel, nasceu em


Coimbra, numa segunda-feira, dia 31 de outubro de 1345; foi o nono e o último
rei da primeira dinastia.
Durante o seu reinado apresentou-se como candidato ao trono de Castela com
quem por três vezes entrou em guerra, mudou várias vezes de aliados e casou
com Leonor de Teles mulher de má lembrança para os portugueses, no dizer de
Fernão Lopes.
A sua ação em relação à agricultura, à marinha e ao ensino colocam-no na
galeria dos grandes reis. Uma das suas últimas decisões foi dar em casamento
a sua única filha, Dª Beatriz, ao rei de Castela, D. João I.
No dia 22 de outubro de 1383 Dº Fernando, o último rei da primeira dinastia,
morre na cidade de Lisboa sem deixar sucessor masculino abrindo o caminho à
crise dinástica.

Esta batalha travou-se no dia 14 de agosto de 1385, entre portugueses e castelhanos, e está inserida no conjunto
de confrontos entre os dois exércitos, motivados pela luta da sucessão ao trono português. A Batalha de Aljubarrota
foi um momento alto e importante na luta com Castela, pois desmoralizou o inimigo e aqueles que o apoiavam, e
praticamente assegurou a continuidade da independência nacional.

Assegurada a independência (tratado de paz com Castela, assinado em Ayllon, Segóvia, a 31 de Outubro de 1411),
a nação tinha condições para buscar novos caminhos para a resolução dos graves problemas que ainda se
mantinham. A dinastia de Avis, na figura de D. João I, procura resolver os vários problemas do reino, alargando as
suas fronteiras e afirmando a importância geopolítica de Portugal no mundo. A estabilidade política, o clima de paz,
o espírito de cruzada, a união de toda a sociedade portuguesa, a esperança de melhores condições de vida foram
condições fundamentais para o arranque da Expansão Portuguesa, recordem que no nosso país:

- os cereais escasseavam e era imperativo procurar terras férteis nas ilhas atlânticas e em Marrocos;
- as fomes e as pestes provocaram o caos;
- o ouro e prata também escasseavam no reino e eram necessários para cunhar moeda;
- lutava-se diariamente contra a pirataria muçulmana.
- havia a urgência de ter acesso aos produtos que afluíam a Ceuta.

Portanto era importante conquistar a posição estratégica no estreito de Gibraltar (entre o Mar Mediterrâneo e o
Oceano Atlântico local de passagem da Península para o Magreb através do deserto do Sahara, onde era intenso o
corso muçulmano, devido à sua localização estratégica permitiria aos portugueses o controle das entradas e saídas
de barcos, o comércio com os países do interior bem como a passagem entre os reinos de Fez e Granada) e
consequentemente: afirmar política da nova dinastia; afirmar de Portugal no contexto europeu; afirmar Portugal
perante a Santa Sé (através da expansão da fé cristã e das avultadas somas eclesiásticas); satisfazer os interesses
da nobreza; satisfazer os interesses do povo dentro dos quais se destacam os burgueses.

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Motivações (importante relacionar)

Motivações políticas/militares:
- afirmação política da nova dinastia – D. João I que tinha inaugurado uma nova dinastia, pretendia afirmar-se com
conquistas e ouro perante o seu povo, os castelhanos, o resto da Europa e o papa;
- posição estratégica no estreito de Gibraltar, o que facilitaria o controlo das embarcações na entrada e saída no
Mediterrâneo OU combate à pirataria;
- alargar as fronteiras do território português
- o facto de Portugal viver em paz desde 1411;
- resolver os múltiplos problemas do país.

Motivações económicas:
- Ceuta ser um entreposto comercial onde chegavam produtos como: o ouro, o metal mais precioso e cobiçado que
afluía a Ceuta vindo do interior de África, especiarias e sedas, são alguns dos motivos que poderão ter influenciado
D. João I na ousada decisão de conquistar Ceuta;
- o facto de Ceuta ser rica em cereais, como o trigo;
- posição estratégica no estreito de Gibraltar, o que facilitaria o controlo das embarcações na entrada e saída no
Mediterrâneo e o combate à pirataria.

Motivações Sociais: Nobreza


- A nobreza via neste projeto a possibilidade de engrandecer o seu património e riqueza, com o saque e a conquista
de novas terras;
- satisfação dos interesses da nobreza (mais lucros, mais prestígio);
- alargar os seus domínios senhoriais (mais terras);
- obter novos cargos e títulos.

Motivações Sociais: Povo


- melhorar as suas condições de vida;
- mais oportunidades de trabalho;
- acesso às terras férteis de Ceuta (a carência cerealífera que levou à escassez de pão, a atração das férteis searas
marroquinas, o rico solo tão útil para as plantações de cana-de-açúcar.
Povo (burguesia) – sociais e económicas
- acesso aos produtos que afluíam a Ceuta / satisfação dos interesses da burguesia (Ceuta era um importante centro
mercantil e rico entreposto comercial. Provenientes do Oriente, as rotas das especiarias convergiam a Ceuta;
- encontrar novos mercados e produtos;
- aumentar o seu poder e lucros.

Motivações religiosas:
- expansão da fé cristã / satisfação dos interesses da Igreja (defensores da cristandade, as elites peninsulares
admitiam que a conquista de Ceuta era uma cruzada, repeliam o inimigo muçulmano, salvavam as almas dos ímpios
e difundiam nas terras conquistadas a fé cristã.
O papa apoiava a evangelização consciente das avultadas rendas eclesiásticas que daí provinham) - combater os
muçulmanos; - expansão da fé cristã; - aumentar os seus rendimentos.

Motivação: segundo Gomes Eanes de Zurara uma outra motivação foi a curiosidade ……………….

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A conquista de Ceuta: um dia de combate
No Verão de 1415 a armada encontrava-se pronta
para zarpar do porto de Lisboa, tendo a partida
sido atrasada pela morte, a 19 de julho, da Rainha
D. Filipa.
A expedição acabou por levantar âncora no dia 25
de julho. Desconhece-se o número exato de
navios e de homens que a compunham, mas tudo
indica que os valores se cifrariam mais de 200 de
embarcações e cerca de 20 000 soldados. A
armada rumou primeiramente ao Algarve, tendo
sido apenas em Lagos, no dia 28 de Julho, que o
objetivo da empresa foi finalmente divulgado.
Afetada por calmarias, a expedição apenas
abandonou o Algarve nos primeiros dias de Agosto. Dispersas por uma tempestade, algumas embarcações
avistaram Ceuta no dia 13 de Agosto, antes de a armada se ter reagrupado em Algeciras. O desembarque decorreu
no dia 21 de Agosto, com o assalto à praia de Almina, tendo os defensores muçulmanos sido facilmente derrotados.
Perante a debandada das forças inimigas, a vanguarda do exército português, liderada pelos infantes prosseguiu a
sua ofensiva, conseguindo penetrar as defesas da cidade, antes de ser reforçada pelo corpo principal da expedição.
Após algumas horas de combate nas ruas, a cidade foi controlada pelos atacantes, tendo o castelo sido abandonado
sem luta pelos seus defensores.
Na manhã de 22 de Agosto, Ceuta era portuguesa. A missa foi realizada na mesquita e os três príncipes da Ínclita
Geração (os príncipes Duarte, Pedro e Henrique) foram feitos cavaleiros pelo seu pai. Com a conquista de Ceuta o
rei ganhava assim uma cidade comercial importante, ao mesmo tempo que conquistava a admiração dos outros
monarcas europeus e da própria Igreja, que apoiava a luta contra os infiéis do Islão. No regresso da expedição, os
navios vieram carregados com os despojos de Ceuta, mas a praça revelou-se um sorvedouro para os cofres do reino,
que mais gastava com a sua manutenção do que de lá tirava: quase todo o comércio tinha sido desviado pelos
muçulmanos. Apesar de não ter correspondido às expetativas, a conquista de Ceuta marca o início de um dos
períodos mais importantes da história de Portugal.

Importante: Condições favoráveis à prioridade portuguesa na expansão europeia:


- situação geográfica de Portugal (extensa costa atlântica; bons portos de apoio à navegação);
- bons conhecimentos técnico e científicos;
-tradição marítima portuguesa (atividades piscatórias; comércio marítimo com os portos do Norte da Europa).
-apoio Régio à atividade marítima e apoio Régio à construção naval (Fundação da Companhia das Naus em 1377
pelo rei D. Fernando).
- estabilidade política desde a assinatura da paz com Castela em 1411 e desejo de afirmação da Dinastia de Avis.

TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO E CIÊNCIA NÁUTICA


A prioridade dos portugueses na expansão deveu-se também a: conhecimentos técnicos e científicos (devido a
contactos com Árabes e Judeus que proporcionou o conhecimento a saberes náuticos, que aperfeiçoaram e
adaptaram à navegação em alto mar) e a novos processos de construção naval: adaptação de um novo tipo de
embarcação, a Caravela; uso da vela triangular que possibilitaram o domínio da técnica de Bolinar, isto é conseguir
navegar com ventos contrários.
Ciência náutica: aperfeiçoamento dos instrumentos de orientação – Quadrante, Astrolábio, Bússola e Balestilha,
bem como, a orientação feita por Portulanos (cartas náuticas baseadas nas direções dadas pelas bússolas e nas
distâncias estimadas pelos pilotos no mar) e Cartas de Marear ou Carta Náutica (representação plana em escala,
da superfície da Terra, abrangendo áreas de mares, rios e lagoas ligadas a trechos do litoral ou não, e ilustrada por

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uma série de dados úteis ao navegante). Estes instrumentos auxiliavam a navegação astronómica, que recorria à
observação dos astros para se poderem orientar.

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Quando o Infante D. Henrique voltou de África foi residir em uma terra do Algarve, situada
na ponta mais desgarrada da Europa, e que parece ter sido destinada pela natureza a
servir de posto avançado à civilização europeia. Nesta terra, cujo senhorio el-rei havia
dado a D. Henrique, fundou ele uma vila e a qual devia servir para trato e refresco dos
mareantes que fossem ou viessem do levante.

Quando, pois, o infante dava princípio à série do viagens


de exploração que determinará fazer à costa de África,
mandando todos os anos duas ou três caravelas,
comandadas por alguns dos seus mais zelosos criados, com
o encargo de passarem o cabo Bojador, e irem o mais longe
que pudessem; sucedeu que dois fidalgos de sua casa, João
Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, que com o infante
também se haviam achado no socorro da praça de Ceuta,
se lhe ofereceram para irem passar o mencionado cabo e
descobrirem a terra da Guiné.

Porto Santo
Foi a primeira ilha do arquipélago da
Madeira a ser colonizada. Os primeiros
humanos a pisar o solo do Porto Santo,
fizeram-no há cerca de 600 anos. Estes
navegadores comandados por João
Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira
tinham sido enviados numa viagem de
“redescoberta” pelo Infante D.
Henrique, o Navegador e retornaram
imediatamente para Portugal para
contar o que haviam encontrado. O
príncipe enviou um navio, sob comando de Bartolomeu Perestrelo para colonizar a ilha, enviando também de
regresso, Zarco e Vaz nos seus próprios navios para continuarem a explorar.

Madeira
Estava toda cheia de árvores, cedros e outras
espécies. [...]. Não muito tempo depois, um
cavaleiro [...] de nome João Gonçalves Zarco
pediu a Capitania daquela ilha ao Senhor Infante,
dizendo que iria para ali com sua mulher e família
e a povoaria. Agradou isto ao senhor Infante e
preparou caravela, mandando porcos, ovelhas e
outros animais domésticos [...]
A partir de 1440 estabelece-se o regime das
capitanias com a investidura de Tristão Vaz
Teixeira como Capitão-Donatário da Capitania de Machico; seis anos mais tarde Bartolomeu Perestrelo torna-se
Capitão-Donatário do Porto Santo e em 1450 Zarco é investido Capitão-Donatário da Capitania do Funchal.

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Muito importante:

Não considerando as viagens para as ilhas atlânticas e os reconhecimentos da costa marroquina desde cerca de
1422 verificamos que a primeira fase dos Descobrimentos Portugueses em África situa-se entre 1434 e 1460,
correspondendo aos Descobrimentos Henriquinos, assim denominados por se terem realizado sob a égide
(proteção) do Infante D. Henrique. De notar que esta fase é contemporânea da Expansão Portuguesa em Marrocos
e do início do povoamento do arquipélago da Madeira e dos Açores. Nas viagens para descobrir a costa ocidental
africana, os marinheiros enfrentaram lendas fabulosas e um mar tenebroso. Acreditavam que o Bojador era o fim
do mundo. Mas o infante D. Henrique estava convencido do contrário e Gil Eanes dobrou o medo em 1434.

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Em 1434 ou 1435 Afonso Gonçalves Baldaia e Gil Eanes chegaram a Angra dos Ruivos e em 1436 Afonso Gonçalves
Baldaia chegou à Pedra da Galé após ter ultrapassado um extenso braço de mar denominado Rio do Ouro,
concavidade situada na costa ocidental do Sara e local onde obtiveram os primeiros escravos.
Depois dessa viagem verificou-se um interregno nas explorações devido à expedição a Tânger à morte do rei D.
Duarte, etc……

Em 1443 Nuno Tristão chega à ilha de Arguim local onde construíram uma feitoria que servia de base a trocas
permanentes com os nativos (escravos, ouro, marfim e malagueta).

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Em 1446 Nuno Tristão e os seus companheiros são mortos pelos nativos a norte do rio Gâmbia. Nesse mesmo ano
o Infante proibiu as ações violentas contra os indígenas.

Em 1460, ano da morte do Infante D. Henrique chegou-se à Serra Leoa e dá-se o reconhecimento do arquipélago
de Cabo Verde.

A descoberta das ilhas de Santiago, Maio, Fogo,


Boavista e Sal são reivindicadas por três
navegadores: os italianos Luís de Cadamosto e
António da Noli, e o almoxarife de Sintra, Diogo
Gomes.
Tudo leva hoje a crer que o descobridor teria sido
António da Noli, na companhia do qual teria
navegado Cadamosto, mas que escrevendo
depois sobre essa e outras viagens, chamou a si os
louros.

1460 - Sal, Boavista, Maio, Santiago e Fogo


1462 - Brava, São Nicolau, São Vicente, Santo Antão, Santa Luzia e os ilhéus Raso
Nota – a afirmação feita por Luís Cadamosto segundo a qual ele teria descoberto algumas das ilhas em 1456 é difícil
de sustentar já que a documentação coeva só alude ao conhecimento da ilha a partir de 1460.

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Os Portugueses em África – Muito importante

No inicio do séc. XV quando os Portugueses chegaram à África depararam-se com pequenos Estados existentes
nesses territórios, mas os Portugueses não pretendiam conquistar esses estados, tendo-se fixado apenas no litoral
o que veio a reduzir os contactos com as populações africanas. No litoral estabeleceram feitorias em pontos
estratégicos onde se dedicavam ao comércio de escravos, especiarias, marfim, malagueta, ouro... As principais
feitorias na costa Atlântica eram Arguim (que foi a primeira feitoria construída em 1448) na costa ocidental africana
e S. Jorge da Mina (1482) no Golfo da Guiné.

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Não considerando as viagens para as ilhas atlânticas e os reconhecimentos da costa marroquina desde cerca de
1422 verificamos que:
- a primeira fase dos Descobrimentos Portugueses em África situa-se entre 1434 e 1460, correspondendo aos
Descobrimentos Henriquinos, assim denominados por se terem realizado sob a égide (proteção) do Infante D.
Henrique;
- a segunda fase dos Descobrimentos Portugueses em África situa-se entre 1469 e 1474, e teve como figura
empreendedora Fernão Gomes colaborador do rei D. Afonso V o qual obteve por licitação o direito à exclusividade
económica das regiões da costa da Guiné que por ele fossem mandadas descobrir para lá das que já eram
conhecidas até á Serra Leoa. A exploração era válida por cinco anos mediante o pagamento de 200 000 réis á Coroa
e a descoberta anual de 100 léguas para sul.
- a partir de 1475, o príncipe D. João, futuro rei, chamou a si a exploração do litoral africano, pois as viagens
anteriores tinham avivado a esperança de se chegar á Índia, contornando o continente africano e encontrar o
lendário rei cristão do Oriente, o Prestes João que ajudaria Portugal a combater os Muçulmanos.

Com a chegada de D. João II ao poder a expansão portuguesa ganhou um objetivo: descobrir o caminho marítimo
para a Índia contornando o continente africano. Durante o reino de D. João II descobriu-se a costa africana desde
o cabo de Santa Catarina até pouco depois do cabo da Boa Esperança. Diogo Cão descobriu a costa de Angola e da
Namíbia e em 1488 é dobrado o cabo da Boa Esperança por Bartolomeu Dias. Pouco depois, em 1492 Cristóvão
Colombo, ao serviço de Espanha chega às Antilhas estando convencido que tinha descoberto a Índia pelo Ocidente.
Colombo havia proposto a D. João II atingir a Índia, navegando para ocidente, mas o rei recusou porque tinha
informações que lhe permitiam concluir que a rota pelo Oriente contornando África era possível.
Muita da história confunde-se com lendas, mas sabe-se que por volta de 1478, Colombo vivia na Madeira e parece
que recebeu de seus parentes, terras no Porto Santo, após ter casado com Filipa em 1479, que veio a falecer
durante o parto, um ou dois anos mais tarde.
Por essa época estabeleceu contactos com muitos navegadores portugueses ligados às descobertas na costa
ocidental de África, de onde vinham noticias de terras para Ocidente, carregadas de bruma e mistérios.
Cálculos, como os de Toscanelli, sobre a dimensão da Terra levaram-no a acreditar na possibilidade de atingir o
Oriente pelo Ocidente.

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Abandona Portugal, por não ter conseguido apoio de D. João II para tal empresa. Dirige-se a Castela, onde os reis
católicos, Fernando e Isabel, encontravam-se muito empenhados na tomada do último reino muçulmano da
Península, o de Granada, não dando uma atenção imediata a Cristóvão Colombo. Só em 1492, Isabel a Católica viria
a apoiar o projeto.

De regresso passou por Lisboa, em 1493, tendo sido recebido por D. João II, que de imediato reclamou a posse das
novas terras, abrindo uma crise diplomática.

A 14 de Março de 1493, completava a sua primeira viagem, tendo sido recebido com as maiores honras pelos reis
católicos.

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Bibliografia:
BRAGA, Isabel R. Mendes Drumond e Braga, Paulo Drumond, Ceuta Portuguesa, Ceuta, Instituto de Estúdios
Ceutíes, 1998.
COELHO, Maria Helena da Cruz, D. João I, Lisboa, Círculo de Leitores, 2005.
COSTA, João Paulo, Henrique, o Infante, Lisboa, Esfera dos Livros, 2009.
DUARTE, Luís Miguel, África in Nova História Militar de Portugal, vol. 1 dir. de Themudo Barata e Nuno Severiano
Teixeira, Lisboa, Circulo de Leitores, 2003, p. 392-441.
FARINHA, António Dias, Portugal e Marrocos no século XV, 3 volumes, Lisboa, [S.n], 1990.
FARINHA, António Dias, Norte de África in História da Expansão Portuguesa, vol. I, direção de Francisco Bethencourt
e Kirti Chaudhuri, Lisboa, Círculo de Leitores, 1998, pp. 118-136.
THOMAZ, Luís Filipe, Expansão Portuguesa e Expansão Europeia reflexões em torno da génese dos Descobrimentos
- De Ceuta a Timor, Lisboa, Difel, 1994, pp. 1-43.
THOMAZ, Luís Filipe, A evolução da política expansionista portuguesa na primeira metade de Quatrocentos- De
Ceuta a Timor, Lisboa, Difel, 1994, pp. 43-147.

Bom trabalho.

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