Estrutura e Função Do Sistema Neuromuscular

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Visão Global do

Sistema Tálamo
(lesões aqui provocam distúrbios a nível da cinestesia- sensibilidade propriocetiva)
(controla a maioria das funções vitais, como a respiração, pressão arterial, ritmo e batimento
Telencéfalo
cardíaco)
Cérebro
Diencéfalo Hipotálamo

Central
Epitálamo

Subtálamo

Basilar
Encéfalo (mais anterior e tem estruturas do sistema
Sistema Nervoso motor)
Central
Medula Tronco Encefálico
Espinhal Mesencéfalo ou Istmo Encefálico
(localizado à frente do cerebelo, entre o
cérebro e a medula) (controla a visão, a audição, o mov. dos olhos e do
corpo através dos nervos cranianos)
Tegmentum
Hemisférios
cerebelosos (ajusta a atividade sensorial e Protuberância ou Ponte de
integra a informação sensorial) Varólio
Cerebelo Vermis
Bulbo Raquidiano ou Mielencéfalo ou
Medula Onblonga
L. Flóculo-nodular
Medula Espinhal
• Diâmetro médio = 1 cm
• Comprimento médio = 45 cm

➢ As áreas com maior


diâmetro são:
• cervical
• lombar
contêm os
neurónios que
enervam os MMSS e
os MMII

➢ Ocupa o forâmen
vertebral (vai do
forâmen occipital à 2ª
vertebra lombar. Abaixo
disso os feixes dos
axónios formam a cauda
equina)

➢ Está em contacto com as meninges, diretamente com a Pia mater.


Visão Global do

Periférico
Cranianos
Sensitivos
ligam a periferia ao tronco cerebral e ao mesencéfalo.
(transmitem informações dos sentidos especiais, com
Sistema recetores exclusivos e dos sentidos somáticos da face,
Nervoso Nervos Motores
cabeça e pescoço ao cérebro)
Periférico
Viscerais

Raquidianos (sistema nervoso autónomo abrange


o sistema nervoso simpático e
parassimpático)

SNC e SNP interagem fortemente


• durante a perceção da sensibilidade
• Durante a execução dos planos motores

SNC e SNP

A via aferente (SNP -> SNC) (entre no SNC através dos cornos posteriores)
responsável por levar o estímulo aos centros nervosos. Os periféricos são o principal estímulo para o SNC.

A via eferente (SNC -> SNP)


responsável pela resposta motora. Os músculos são os principais executores destes comandos.
QUAIS AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO?

FUNÇÃO GLOBAL - AUTOREGULAÇÃO


Um organismo regulado contém no seu meio interno:
• pressão adequada
• temperatura adequada
• concentração apropriada de substâncias químicas

HOMEOSTASE
▪ o meio interno do corpo (fluído entre células - líquido intersticial) permanece dentro de certos
limites fisiológicos.

• Quando a homeostase é perturbada o corpo adoece e se o corpo não voltar ao seu ponto de
homeostase pode ocorrer a morte.

FUNÇÕES ESPECÍFICAS
• Atividade mental: linguagem, memória, consciência, raciocínio, pensamento abstrato, emoções, etc.
• Integração e Perceção Sensitivo-sensorial: toda a informação sensorial do exterior e o próprio
corpo
• Estimulação/ativação dos músculos: postura e movimento
• Regulação de muitas funções vitais: organização dos sistemas reguladores corporais, através das
glândulas endócrinas (salivares, sudoríferas, do aparelho digestivo, urinário, ETC.)
Desenvolvimento
embrionário do SNC

Fases do desenvolvimento in útero:


1ª - pré-embrionária (até às 2 semanas)
• entre a conceção e a 2ª semana
• 3 ou 4 dias após a fecundação: blastocisto ou massa embrionária tem aspeto de
esfera oca constituída por 32 células dispostas numa camada e preenchida por
fluído - MÓRULA
• BOTÃO EMBRIONÁRIO - vai dar origem ao embrião e é a zona mais espessa da
mórula. a restante esfera dá origem à placenta e às membranas que envolvem o
embrião.
o O botão desenvolve-se originando 2 camadas de células (ECTO E
ENDODERME) e depois entre estas 2 camadas forma-se outra -
MESODERME
▪ Ectoderme - forma o SNC, pele, ossos da face e dentes
▪ Mesoderme - forma ossos e músculos
▪ Endoderme - forma órgãos internos

2ª - embrionária (entre as 2 e as 8 semanas)


• 1ª FORMAÇÃO DO NOTOCÓRDIO (mesoderme) - 3ª semana de gestação
o estrutura embrionária de cartilagem para formar o esqueleto axial e a
futura localização das vertebras.
• 2ª neurolação (ectoderme) - 4ª semana
o forma-se o TUBO NEURAL
o espessamento da região central da ectoderme com formação da placa
neural
▪ o desenvolvimento do tubo neuronal ocorre em 2 fases:
• 1ª fase: os bordos (pregas neurais) elevam-se e ficam mais
espessos formando uma depressão - Goteira ou sulco Neural.
As cristas da goteira fundem-se e fecham formando o
TUBO NEURAL
• 2ª fase: Todo o SNC de desenvolve a partir das paredes do
TUBO.
• FORMAÇÃO DA ESPINHAL MEDULA
o origem na parte inferior do
tubo = formação de
neuroblastos (célula
embrionária que forma o
neurónio)
▪ as 2 lâminas basais
originam o corno
anterior da espinhal
medula - áreas
motoras
▪ as lâminas alares
originam o corno
posterior da espinham medula - áreas sensoriais
A anormal oclusão do tubo neural cria patologias na medula.

• DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO
o 7 semanas - o prosencéfalo subdivide-se em telencéfalo (anterior) e
diencéfalo
o 10 semanas - o telencéfalo é formado pelos 2 hemisférios
o 16 semanas - estão formadas as estruturas do SN

• DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SNC:


• Telencéfalo:
o Hemisférios cerebrais, bulbos olfativos, corpo caloso, gânglios da base,
cápsula interna e ventrículos laterais.
o + recente e sofre + alterações durante o desenvolvimento
• Diencéfalo:
o Tálamo, Subtálamo, Epitálamo, hipotálamo, quiasma ótico, neurohipófise,
substância negra, núcleo rubro e 3º ventrículo
• Mesencéfalo:
o Pedúnculos cerebrais, lâmina quadrigémia, pedúnculos cerebelosos
superiores e Aqueduto de Sylvius
• Metencéfalo:
o Cerebelo, pedúnculos cerebelosos médios, inferiores, protuberância e 4º
ventrículo
• Mielencéfalo:
o Bulbo raquidiano, início da espinal medula e canal medular central

DESENVOLVIMENTO DO SN POR FASES:


• Divisão celular
• Multiplicação celular
• Migração celular
• Diferenciação celular
• Crescimento celular, formação de axónios
• Aumento de conexões (sinaptogénese), maturação de
dendrites
• Mielinização
• Estabilização sináptica
• Eliminação de neurónios supranumerários

3ª - fetal (do fim das 8 semanas até ao nascimento)


• Últimas 30 semanas: desenvolvimento e aperfeiçoamento de órgãos e sistemas.
Neste período o Sistema Nervoso fica completamente desenvolvido e mielinizado (os
axónios ficam revestidos por uma membrana de tecido
ESTRUTURA E FUNÇÃO DO TECIDO NERVOSO

A célula é a unidade básica da vida. É a unidade estrutural e funcional de todos os seres


vivos.

SN - complexa rede de células nervosas ligadas por circuitos neurais, distribuída por todo o
corpo. Numa interação perfeita com o sistema endócrino e imunológico, executa a maioria
das funções de regulação do organismo.

QUAIS AS ESTRUTURAS QUE PERMITEM ESSA INTERAÇÃO?

Tipos de células do tecido nervoso:


• Neurónios: recebem os estímulos e
conduzem potenciais de ação. Célula
polarizada, contendo: recetor, condutor
e transmissor. É mielinizado quando
está envolvido completamente, é
desmielinizado quando apenas está
envolvida parte do axónio.
o Propriedades:
• Excitabilidade - célula excitável capaz de gerar um
impulso nervoso que corre rapidamente pelos seus
prolongamentos (axónios). Ao chegar ao final do axónio,
ocorre a libertação de neurotransmissores que irão excitar
outra célula, havendo transmissão de sinais ao nível da
sinapse - TRANSMISSÃO SINÁPTICA

• Condutibilidade - tem a capacidade de conduzir os estímulos

• Neuroplasticidade - É a possibilidade do Sistema Nervoso se


reorganizar criando nova conexões ao longo da vida.
• Permite que os neurónios:
• Se ajustem a novas situações e atividades
• Se ajustem às mudanças no ambiente
• Que compensem as alterações em situação de
doença ou traumatismo = melhoria funcional = Novas
capacidades, Aprendizagem, Memória
• Pode ocorrer em diversos níveis:
• Molecular
• Celular
• Sistemas
• Comportamentos

• Ocorre em que circunstâncias:


• Durante o desenvolvimento
• Durante uma aprendizagem
• Em resposta à doença
• Em relação ao estímulo (Fisioterapia)

o Constituintes:
• Corpo celular ou pericário: A parte da célula que contém o núcleo e o
citoplasma.
▪ Receção de estímulos, através de contactos sinápticos.
▪ Contém as estruturas responsáveis pelo metabolismo, crescimento e
reparação do neurónio:
o Retículo endoplasmático - armazenamento celular
o Corpos de Nissl - síntese de proteínas
o Lisossomas - reciclar e reparar componentes celulares
o Mitocôndrias - produção de energia
o Neurofilamentos - manutenção e forma do axónio
o Aparelho de Golgi - armazenar transformar substâncias

• Dendrites: Ramificações de fibras que se estendem para fora do corpo


celular e são responsáveis pela chegada de informação.
Quanto + estimulado for o encéfalo, + ligações nervosas vão existir, maior será a
sua capacidade de crescer, transformar e funcionar.

• Axónios: Responsável pela condução dos estímulos, desde o corpo celular


até às terminações axonais.
Quanto + longo o axónio menor o corpo celular
▪ Axónios Mielinizados: prolongamentos dos Oligodendrócitos no SNC
ou as células de
Schwann no SNP
envolvem o axónio,
formam membranas
(bainha de mielina)
dispostas em
camadas apertadas.
▪ Axónios Amielinizados: a membrana celular envolve cada axónio, mas
não completamente e
nem formam camadas.
Cada axónio é rodeado
por várias células e cada
célula pode rodear mais
do que um axónio não
mielinizado.

• Quanto à velocidade de condução


• Tipo A - axónios de grande espessura e com bainha
de mielina (Velocidade = 5 a 120 m/s). Fazem parte
do aparelho locomotor (SNSomático)
• Alfa - aferentes ou eferentes
(propriocetores dos músculos esqueléticos)
• Beta - aferentes ou eferentes
(mecanorecetores da pele)
• Gamma - eferentes (tónus postural)
• Delta - aferentes (dor aguda, temperatura e
pressão)

• Tipo B - axónios com fibras mielínicas, mas pouco


espessas (Velocidade = 3 a 15 m/s). Pré-ganglionares.
Fazem parte do SNA e sensação cutânea e da dor.
• Tipo C - axónios com fibras amielínicas e pouco
espessas. (Velocidade = 0,5 a 3 m/s). Pós-
ganglionares do SNA

• Bainha de Mielina: Substância branca lipídica que forma uma bainha em


redor do axónio, servindo de isolante elétrico. Constituída por:
▪ células de Schwann (SNP)
▪ Oligodendrócitos (SNC)

• Nódulos de Ranvier:
Intervalos circunferenciais
que ocorrem
intermitentemente na
bainha de mielina e
garantem a Condução
Saltatória do impulso
nervoso. Quanto maior dor a
distância entre nódulos (a fibra for + mielinizada), maior é a velocidade de
condução do impulso
• Células de Schwann: (SNP) Formam
uma camada que isola a região de
condução elétrica. 1 célula de Schwann
forma 1 bainha de mielina

• Terminal pré-sináptico ou telodendro:


Contém vesícula com
neurotransmissores (substância química). Na porção terminal do telodendro
existe o botão terminal que contem as vesículas sinápticas com mediadores
químicos responsáveis pela transmissão do influxo nervoso.

o Quanto à função:
• Motores: controlam os órgãos efetores - músculos e glândulas
• Sensitivo-sensoriais: recebem os estímulos do meio ambiente e do próprio
organismo
• Intercalares ou interneurónios: estabelecem ligação entre neurónios
formando circuitos

o Quanto à morfologia dos prolongamentos:


• Multipolar: são os mais frequentes.
• Neurónio Motor - várias dendrites e 1 axónio
• Pseudomonopolares: neurónios aferentes com
informação sensitiva para a medula.
• Neurónio Sensitivo - 1 prolongamento, axónio e dendrite
independentes
• Bipolar: receção sensorial, fazem parte da estrutura
neural de recetores específicos (retina)
• Interneurónios - 2 prolongamentos 1 dendrito
e 1 axónio

• Células da glia ou nevróglia:


o Função
• sustentação
• revestimento
• isolamento
• modulação da atividade neural
• Suporte e nutrição dos neurónios
• Formação da bainha de mielina
• Participam na atividade neural, na defesa do tecido e no transporte
de substâncias
• Impedem a propagação desordenada dos impulsos nervosos, criando
circuitos neurais independentes
• orientação dos crescimentos das dendrites e axónios
o Tipos
• Astrócitos
▪ transferem Ca+ de regiões de maior concentração para
menor concentração regulando o líquido extracelular
▪ Protegem os neurónios de substâncias tóxicas do sangue
▪ Conectam os neurónios aos vasos capilares. (tem funções
nutritivas)
▪ controle de substâncias que provêm do sangue para o
neurónio - BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA
▪ Promovem vias de migração de neurónios na fase inicial
do desenvolvimento do SN que podem ser relevantes após
lesão
▪ Cobrem todo o sistema nervoso central (SNC) dos
mamíferos
▪ Fornecem múltiplas atividades do SNC na saúde e na
doença
▪ Interagem com células neurais e não neurais
• Oligodendrócitos, microglia, células perivasculares e
imunes circulantes.
▪ Em tecido saudável do SNC
• Mantem a homeostase dos fluidos extracelulares,
ions e transmissores
• Fornecem energia aos neurónios
• Modulam o fluxo sanguíneo local
• Ajudam a regular a drenagem do fluído intersticial
• Desempenham papeis essenciais no
desenvolvimento e plasticidade das sinapses

• Oligodendrócitos (SNC)
▪ Envolve cerca de 1 µm
(micrómetro) do axónio.
Podem envolver um ou mais
axónios.
▪ Cada 1 forma múltiplas
bainhas (30 ou +) em torno
de diferentes axónios. (Ao
longo do mesmo axónio,
bainhas de mielina
sequenciais são formadas por
diferentes Oligodendrócitos)
• Células da Micróglia
▪ Células fagocitárias - absorvem tecido
necrótico, micro-organismos e substâncias
estranhas ao SN.
▪ Têm origem nos macrófagos que residem no
SNC
▪ Têm origem na medula óssea
▪ São ativadas e mobilizadas após uma lesão ou
infeção
▪ Contribuem para a eliminação de um neurónio
destruído
▪ Durante o desenvolvimento normal do SN existe um aumento de número
destas células
▪ Ao ativar estas células, altera-se a transmissão sináptica basal e a
plasticidade sináptica

• Células Ependimárias
▪ Formam o epitélio que reveste as
cavidades ventriculares do encéfalo e o
canal central da medula
▪ Estão em contacto direto com o líquido
cefalorraquidiano
▪ Permitem a livre circulação de moléculas
entre o líquido cefalorraquidiano e o
epitélio
▪ As ependimárias que revestem os
ventrículos transportam iões e água (participam na produção do líquido
cefalorraquidiano)

Sinapse: zona de contacto entre 2 neurónios, onde se processa a transmissão do estímulo,


de formas diferentes. A junção sináptica é o único local onde o fluxo de informação pode
ser fisiologicamente bloqueado.
TIPOS DE SOMAÇÃO
• Somação Espacial
o atuação conjunta de vários botões terminais
o resulta da soma de estímulos simultâneos de 1 ou + células em vários pontos
da membrana
o atinge + facilmente o limiar e excitação
o o processo de potenciais de ação do neurónio pós-sináptico ocorre no cone

• Somação Temporal
o Libertação de mediador (neurotransmissor) pelo mesmo botão terminal,
várias vezes consecutivas com intervalos muito curtos
o relacionado com a frequência de disparo da célula pré-sináptica
o os potenciais de ação chegam sucessivamente à membrana pré-sináptica
o antes da 1ª despolarização local regressar ao limiar é produzida a 2ª
havendo uma soma
o excede o limiar e produz um potencial de ação
• S. Espacial + S. Temporal
o Potenciais excitatórios pós-sinápticos
o Potenciais inibitórios pós-sinápticos
o O resultado final é determinado pelo que tiver
maior influência

Corpo celular Alfa

Dentrites Beta
mielinizados tipo A
Axónio Gamma
amielinizados tipo B
Neurónio
Delta
Terminal Sináptico Tipo C

Nódulos de Ranvier *
Células do
tecido oligodendrócitos
nervoso Bainha de Mielina *
células de schwann (SNP)
Astrócitos

Oligodendrócitos (SNC)
Células da Glia
Micróglia

Ependimárias
Espacial

Tipos de Somação Espacial e Temporal

Temporal

Motores

Funções dos Neurónios Sensitivo-sensoriais

Intercalares

Multipolar

Prolongamentos dos
Pseudomonopolares
Neurónios

Bipolar
PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO
• Receção e processamento de informação na célula +nervosa - (componente
intracelular de natureza elétrica)

• Comunicação entre células nervosas (dentro da rede neuronal e com células


efetoras) - (componente intercelular de natureza química)

ONDE É RECEBIDA A INFORMAÇÃO?


Recetores sensoriais (Existem em todos os órgãos)
O QUE ACONTECE À INFORMAÇÃO?
É convertida em impulso nervoso
PERCURSO DA INFORMAÇÃO?
Neurónio
QUEM PERMITE A COMUNICAÇÃO ENTRE AS CÉLULAS?
Neurotransmissores e neuropeptídeos
ONDE COMUNICAM AS CÉLULAS?
Sinapses
COMO É ESTIMULADA A CÉLULA?
Alterando o seu potencial elétrico

SINAPSE
Local onde o potencial de ação de 1 célula pode causar excitação ou não (inibição) na
produção de 1 potencial de ação na célula seguinte.
O contacto pode fazer-se de várias formas, dando origem a diferentes tipos de sinapses:
• Sinapse elétrica (coração e músculos)
• Sinapse química (sistema neuromuscular)
o Potencial pós-sináptico excitatório: Se o Na+ entra na célula pós-sináptica
através dos canais abertos, a membrana fica despolarizada. Podem ocorrer
no SNC e no SNP. Se ocorre na junção neuromuscular, leva à excitabilidade
do músculo.
• Ex.: libertação de neurotransmissor acetilcolina (abre os canais de
Na+ na membrana) leva à contração mecânica do músculo
o Potencial pós-sináptico inibitório: Se o Cl- (cloreto) entra na célula pós-
sináptica, através dos canais abertos, a membrana torna-se hiperpolarizada.
Esse tipo de sinapse inibitória funciona graças à abertura de diferentes
canais de iões nas membranas: tipicamente os canais cloreto (Cl-) ou
potássio (K+) que diminuem a possibilidade de existir Potencial de ação

NA PRESENÇA DE AMBOS A SOMAÇÃO DETERMINA SE HAVERÁ OU NÃO POTENCIAL DE


AÇÃO

TIPOS DE SINAPSES
• Axo-dendrítica: axónio para uma dendrite
• Axo-somática: axónio para um corpo
celular
• Axo-axónica: axónio para outro axónio
• Dendro-dendritica: dendrite para outra
dendrite

(Uma única célula nervosa normalmente tem


centenas ou milhares de sinapses químicas
excitatórias e inibitórias)

Neurónio pré-sináptico: transporta os potenciais de


ação para a sinapse

Neurónio pós-sináptico: transporta os potenciais de


ação para longe da sinapse
FENDA SINÁPTICA
• O neurotransmissor é libertado da vesícula sináptica e liga-se de forma reversível a
recetores específicos da membrana pós-sináptica

Consoante o neurotransmissor a ligação provoca uma despolarização (excitação) ou uma


hiperpolarização (inibição) na membrana pós-sináptica

Os neurotransmissores têm efeitos a curto prazo.


São rapidamente destruídos (descompostos, absorvidos ou re-sintetizados pela membrana
pré pós-sináptica

A atividade da sinapse pode ser influenciada:


• Pela facilitação pré-sináptica: Permite
uma maior libertação de
neurotransmissores
• Inibição pré-sináptica: Diminui a
quantidade de neurotransmissor na
fenda sináptica

DESPOLARIZAÇÃO - resposta excitatória pós-


sináptica: processo de excitação sináptica (iões
+ para dentro da célula)

HIPERPOLARIZAÇÃO - resposta inibitória pós-


sináptica: Diminui capacidade de gerar sinal (+ iões negativos dentro da célula // + iões
positivos fora da célula)

Os principais locais de sinapse são:


• Entre o terminal axonal do neurónio pré-sináptico e as dendrites do neurónio pós-
sináptico
RECETORES SENSORIAIS
• Cada recetor é altamente sensível a um determinado estímulo (para aquele que foi
criado) e não responde a qualquer outro tipo de estímulos.
• Todos os recetores sensoriais têm uma característica em comum que se chama
Potencial Recetor
• Qualquer que seja o tipo de estímulo que excite o recetor, o seu efeito imediato é
mudar o potencial elétrico da membrana.
• Existem basicamente 5 tipos básicos de recetores sensoriais:
o Mecanorecetores: detetam compressões ou estiramentos mecânicos do
recetor ou dos tecidos adjacentes
o Termorecetores: detetam variações na temperatura, detetando alguns o frio
e outros o calor
o Nocirecetores: detetores de dor, detetando danos ocorridos em tecidos, quer
químicos, quer físicos
o Recetores eletromagnéticos: detetam luz na retina do olho
o Quimiorrecetores: detetam variações químicas no corpo.
o Recetor Nervoso: TRANSDUTOR
• Transdução: Receção de sinal e capacidade de o transformar em
energia. Distingue a informação sensitiva: externa, interna e
propriocetiva.

Quando um estímulo é aplicado continuamente, de início respondem com grande


intensidade, diminuindo de seguida e finalmente acabam por não responder
PLASTICIDADE SINÁPTICA
(É a dinâmica e a possibilidade de modificar estruturalmente a função sináptica num curto
espaço de tempo - MUDANÇA NA EFICÁCIA OU NA FORÇA DA CONEXÃO SINÁPTICA)

Cada sinapse é única e dinâmica pois pode sofrer alterações ao longo do tempo, devido a
diversos fatores:
• Se for muito estimulada
• De acordo com o número de neurotransmissores libertados
• Estado de saúde e efetividade da célula

Aprendizagem: alterações contínuas a curto e a longo termo na capacidade de aumentar


(potencializar) ações mais complexas ou mais diferenciadas.

Modificação Sináptica:
• Está inerente ao desenvolvimento e maturação dos neurónios
• Esta propriedade ganha-se com a experiência e armazena-se no córtex, enquanto se
processa a informação

Aprendizagem a curto prazo: Há libertação do neurotransmissor no local


Aprendizagem a médio prazo: Alteração das proteínas no terminal pós-sináptico
Aprendizagem a longo prazo: Existe síntese de proteínas no terminal pós-
sináptico = FORMAÇÃO DE NOVAS CONEXÕES DE NEURÓNIOS

NEUROTRANSMISSORES E NEUROMODELADORES

Quimicamente, os neurotransmissores/neuromodeladores são moléculas relativamente


pequenas e simples. Diferentes ripos de células segregam diferentes neurotransmissores.

(químicos que estabelecem a comunicação entre neurónios)

Neurotransmissor - 1º mensageiro (receptores ionotrópicos)


• é libertado pelo neurónio pré sináptico e atua
diretamente nos canais iónicos do neurónio pós-
sináptico
• componentes químicos que transportam a mensagem
entre as células nervosas
• descarga química libertada pelo neurónio pré sináptico
que causa a excitabilidade ou a inibição na membrana
pós-sináptico
• resposta em menos de 1 milissegundo e termina rapidamente
Neuromodelador - 2º mensageiro (recetores metabotrópicos)
• É libertado no fluído extracelular para ajustar a atividade do
neurónio longe da fenda sináptica
• Conseguem alterar a função neuronal ou prolongá-la
• A sua libertação pode prolongar a abertura dos canais
iónicos, ajustar os níveis de cálcio na membrana pós-
sináptica.
• A resposta necessita de segundos, mas o seu efeito pode
durar entre minutos ou dias
• Têm capacidade de prolongar ou reduzir o efeito do
neurotransmissor modulando a excitabilidade de uma
membrana

MAIS DE 60 NEUROTRANSMISSORES JÁ FORAM IDENTIFICADOS E PODEM SER


CLASSIFICADOS, EM GERAL EM 4 CATEGORIAS

1. COLINAS/COLINÉRGIOS
• acetilcolina (ACh)
• um dos colinérgios mais importantes na transmissão de informação
• recetores de ACh encontram-se espalhados no SNC e SNP
• controla a atividade de áreas cerebrais relacionadas com a atenção,
aprendizagem e memória
• é libertado em todos os neurónios que fazem sinapse com as fibras
musculares (junção neuomuscular)
• é rapidamente hidrolisada pela enzimaacetilcolinesterase (AChE). A
ação da AChE é imediata, sendo que aproximadamente 90% da ACh
libertada pode ser hidrolisada antes de chegar à membrana pós-
sináptica

2. AMINAS BIOGÉNICAS (estimula o neurónio motor que controla a atividade


muscular)
• serotonina (5 - HT)
• libertada em neurónios da ponte (tronco cerebral)
• influencia a memória, o sistema de dopamina, o movimento, o
humor, a ansiedade e estado de agressividade
• Regula o humor, sono , apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal,
sensibilidade e funções cognitivas
• BAIXA CONCENTRAÇÃO - pode causar mau humor, dificuldade para
dormir, ansiedade ou mesmo depressão e comportamentos suicidas

• histamina
• dopamina (DA)
• efeitos na atividade motora, cognição e motivação
• controla os níveis de estimulação
• está envolvida na fisiopatologia da esquizofrenia e doença de Parkinson (os
doentes são incapazes de se mover voluntariamente)
• Pensa-se que as drogas alucinogénias atuam no sistema da dopamina
aumentando a sua libertação ou bloqueando a proteína que a remove

• norepinefrina (NE)
• Usada no SNA, tálamo e hipotálamo
• Aumenta a atenção para a informação sensorial.
• é baixa durante o sono
• quando elevada pode provocar medo, reações ao stress, comportamentos de
pânico, horror ou perda da identidade pessoal
• mediadora de batimentos cardíacos, pressão sanguínea, taxa de conversão
de glicogênio para energia
• facilita a vigilância e controla a atenção

3. AMINOÁCIDOS
• glutamato (Glu)
• principal neurotransmissor excitante do cérebro
• vital para as alterações neuronais
• base da aprendizagem e da memória a longo prazo
• contribui para a morte de neurónios após lesão do SNC
• é produzido no cérebro a partir da glicose e de outros nutrientes

• aspartato

• ácido gama-aminobutírico (GAMA)


• principal neurotransmissor inibitório do SNC
• bloqueia a transmissão do impulso nervoso de uma célula para outra
(mamíferos)
• regula a excitabilidade neuronal
• regula o tónus muscular (no ser humano)
• melhora os ciclos de sono
• interfere na estabilização da tensão articular
• estimula a glândula pituitária para segregar níveis mais elevados de HGH
(human Growth Hormone)
• é utilizada em tratamentos de epilepsia e de hipertensão para induzir
tranquilidade em indivíduos com comportamentos maníacos e de agitação.
Baios níveis podem causar convulsões

• glicina (GLY)

• taurine
4. NEUROPEPTÍDEOS
• cadeias mais longas de aminoácidos
• endorfinas
• Pensa-se que são neuromoduladores
• interagem com outros neutrotransmissores na mesma sinapse
• são opiáceos (heroína e morfina) que modelam a do, reduzem o
stress inibindo a atividade neuronal a nível do SNC, fibras sensoriais
aferentes e corno posterior da medula
• podem estar envolvidas nos mecanismos de dependência física

• substâncias P

• Hormona do crescimento (GH)


• peptídeo produzido pela glândula pituitária (hipófise) que suporta o crescimento
na criança e adolescente
• Está na base da recuperação após uma lesão
• Estimula o crescimento, reprodução e regeneração celular, regulando a
composição dos líquidos corporais, metabolismo do açúcar e gorduras e
crescimento muscular e ósseo

• Epinefrina
• também conhecida como adrenalina
• é um neurotransmissor do SNC
• provoca o aumento do batimento cardíaco
• aumenta a pressão vascular
• dilata as vias respiratórias
• é uma amina produzida pelas glândulas adrenais a partir dos aminoácidos
fenilalanina e tirosina
• libertada na corrente em situações de perigo, de stress e ambientes
adversos
• depois de libertada a epinefrina prepara o corpo para ação (aumentando o
fornecimento de oxigénio e glucose ao cérebro e aos músculos ao mesmo
tempo que suprime de regiões que não necessitam naquele momento - ex.:
digestão)
Potencial de ação e Impulso Nervoso

QUEM PROVOCA?
Neurónio pré-sináptico

O QUE ACONTECE À CÉLULA?


Altera o seu potencial elétrico por entrada de iões na sua membrana

QUAL A CÉLULA ESTIMULADA?


Neurónio pós-sináptico

A INFORMAÇÃO TRANSFORMA-SE EM
Impulso nervoso

COMO PODEM SER EXCITADAS AS DIFERENTES CÉLULAS RECETORAS?

• Deformação mecânica do recetor: estica a membrana e abre canais de iões.


Somação de estímulos aos mecanorecetores
• Aplicação de químicos à membrana: abre canais iónicos
• Por alteração da temperatura: altera a permeabilidade da membrana
• Por efeitos de radiação eletromagnética: luz pode incidir na retina que direta ou
indiretamente muda as características da membrana

COMO SE PROPAGA A DESPOLARIZAÇÃO?


• é necessário que a quantidade de mediador/ neurotransmissor seja suficiente para
atingir o LIMIAR DE EXCITABILIDADE da célula seguinte

Despolarização
À medida que as cargas positivas entram para a membrana, o
exterior fica mais negativo

À medida que as cargas se dirigem para dentro da


membrana esta fica mais positiva

Um potencial de ação abre os canais de


CA+ que desencadeiam a fusão das
vesículas sinápticas com a membrana e o
NEUROTRANSMISSOR é libertado para a
fenda sináptica
COMO É INICIADO O IMPULSO NERVOSO?

• Através da alteração do potencial da membrana, do potencial de ação e do impulso


nervoso.

Impulso nervoso - transporte elétrico de informação nervosa, que resulta de uma alteração
no potencial da membrana celular por esta ser permeável a fluxos de iões

Potencial de ação
• componente intracelular de natureza elétrica
• processo elétrico desencadeado por um mecanismo químico
• onda ou descarga elétrica que percorre a membrana de uma célula
• transporta rapidamente informações = MENSAGEIRO DA LINGUAGEM NEURONAL
• É a sequência de uma despolarização da membrana celular, seguida de uma
repolarização ao longo da célula
A membrana da célula é impermeável a grandes moléculas intracelulares carregadas
negativamente, como as proteínas.

É permeável:
• permitindo alterações do potencial de repouso: despolarização e repolarização
• velocidade e complexidade do PA variam entre os diferentes tipos de células, no
entanto a amplitude de voltagem tende a ser rigorosamente a mesma
• A membrana plasmática é cerca de 100x mais permeável ao K do que ao Na (Sai +
K do que entra Na). Também é permeável ao cloro
• Normalmente são necessários cerca de 1000 canais de Na para gerar um PA

1º - abrem-se "portas de passagem"


de Na+, permitindo a entrada de
grande quantidade desses iões na
célula.

2º - quantidade relativa de carga


positiva aumenta na região interna
na membrana provocando a sua
despolarização. Abrem-se as "portas
de passagem" de K+, permitindo a
saída de grande quantidade desses
iões.

3º - O interior da membrana volta


a ficar com excesso de cargas
negativas (repolarização).

• A ocorrência do potencial de ação


demora cerca de 1 a 2 milissegundos
(ms) (1 ms = 0,001 segundos)
• Os potenciais de ação são produzidos
quando um potencial local atinge o limiar
• A curva de geração de potencial tem de
apresentar inclinação acentuada
• Se não estiverem garantidos estes
requisitos, há acomodação da membrana.
O nº de canais abertos é insuficiente
• Durante o período refratário absoluto
mais nenhum potencial de ação pode ser
produzido.
• Durante o período refratário relativo, um estímulo mais forte que o limiar pode
produzir novo PA
O POTENCIAL DE AÇÃO ACONTECE EM 3 ETAPAS:

1ª) ESTÍMULO - As somações de potenciais locais atingem o nível o limiar de excitabilidade


da célula, provocando uma despolarização da membrana, iniciando-se um potencial de ação
devido à abertura de muitos canais de Na+ (se a somação de potenciais locais não atingir o
limiar, não haverá potencial de ação)

2ª) IMPULSO NERVOSO - O Na+ flui rapidamente para dentro da membrana atraído pelas
cargas negativas dentro da membrana. O aumento da concentração de gargas positivas
dentro da membrana (criado pelo influxo de Na+) provoca a abertura dos canais de K+ que
deixam a célula e por momentos a célula fica polarizada

3ª) POTENCIAL DE REPOUSO - A difusão de iões restaura o potencial da membrana e o


meio extracelular volta a estar negativo em relação ao meio intracelular (repolarização)

Potencial de repouso
• mais iões K+ dentro do que fora da célula
• mais iões Na+ fora do que dentro da célula

a carga negativa dentro da célula tem de ser suficientemente grande para evitar a difusão
de iões K+ para fora da célula através da membrana, para que haja um equilíbrio
Potencial de equilíbrio
• diferença de carga através da membrana em equilíbrio origina uma diferença de
potencial
• medida em milivolts (mV)

Potencial Local
• A despolarização
resulta do aumento
da permeabilidade da
membrana aos iões
Na+
• A hiperpolarização
resulta de um
aumento da
permeabilidade da
membrana aos iões
K+ ou Cl-
• A despolarização com
PA apenas dispara
quando é atingido o
potencial limiar excitatório (cerca de 15 mV acima do potencial de repouso). Ou seja,
a entrada de iões Na+ altera em 15 mV a membrana
• A entrada de iões de Na+ excede a saída de iões de K+
LEI DO "TUDO OU NADA"

TUDO - O estímulo atinge o limiar de excitabilidade da célula e esta responde com


amplitude constante, sem parar, despolarizando-se, seja qual for a intensidade do estímulo.

NADA - O estímulo é tão fraco, que o potencial de despolarização local não é atingido e a
célula não responde. (poucas alterações de permeabilidade e após breve período regressa ao
nível de
repouso.

Período de Latência - Período de tempo entre a chegada do estímulo e a resposta da célula


(0,5 e 1ms).

LIMIAR DE BASE OU REOBASE

É a Intensidade mínima que o estímulo tem que atingir, para desencadear um


potencial de ação. A partir da reobase, o neurónio responde sempre da mesma maneira, mas
um estímulo mais intenso produz um início mais rápido do potencial de ação.

CRONAXIA

É a Duração de tempo de estimulação da célula necessário para que a resposta se


desencadeie. Por vezes a quantidade de neurotransmissor libertado por um só botão
terminal não é suficiente para se atingir o limiar de excitabilidade. É necessária uma
somação de estímulos.
Recetores da Sensibilidade

Sensibilidade - capacidade de detetar e processar uma informação sensorial que é iniciada


por um estímulo proveniente do ambiente interno ou externo ao corpo.

• Permite-nos investigar o mundo


• Mover adequadamente
• Prevenir e/ou minimizar lesões

PARA QUE SÃO UTILIZADAS AS DIFERENTES INFORMAÇÕES SENSORIAIS NO NOSSO


ORGANISMO?

• Manutenção do estado de vigília

• Perceção (sentir alterações do meio ambiente)

• Controle motor

• Regulação da função dos órgãos internos

• As sensações são iniciadas estimulando o órgão recetor e podem ser de curta ou


longa duração, envolvendo um conjunto de sinapses
• Pode ocorrer com o prolongamento do potencial de ação, envolvendo um conjunto
de sinapses
• A informação do sistema somatosensorial percorre vários neurónios até chegar ao
cérebro onde é reconhecida
• O diâmetro dos axónios, o nível de mielinização e o número de sinapse que percorre,
determina a rapidez com que a informação é processada
TIPOS DE SENSIBILIDADES

• Sensibilidade somática
o exterocetiva ou superficial
• Recetores cutâneos
▪ Sensibilidade tátil (pressão e vibração)
• Corpúsculos de Meissner (suave)
• Discos de Merckel (respondem durante + tempo em
relação à estrutura anterior)
• Corpúsculos de Paciani (profunda)
▪ Sensibilidade Fina ou Discriminativa (capacidade de
reconhecer um objeto pelo tato)
▪ Sensibilidade Térmica
• Terminações nervosas livres
• Corpúsculos de Krause e de Ruffini
▪ Sensibilidade Álgica
• Terminações nervosas livres

o Propriocetiva ou profunda
• Recetores articulares e Recetores musculares
▪ Sensibilidade consciente (vai até ao córtex cerebral)
▪ Sensibilidade inconsciente (alcança o cerebelo)

• Sensibilidade Visceral ou Interoceptiva


o Vários tipos de recetores situados nos órgãos viscerais
• Sensibilidade Geral dos órgãos e sistemas internos dos membros e
do tronco (origem no tronco e nos membros e vão até ao SN via
nervos espinhais)
• Sensibilidade Geral dos órgãos e sistemas internos da cabeça e
pescoço (origem na cabeça e pescoço e alcançam o SN via nervos
cranianos)

• Sensibilidade Vestibular (relacionado com o equilíbrio)


o Ouvido interno:
• Vestíbulo
• Canais semicirculares

• Sensibilidade Especial
o Visão - fotorrecetores
o Audição - órgão de Corti
o Paladar - recetores gustativos
o Olfato - Bulbo olfativo
ONDE ESTÃO LOCALIZADOS OS RECETORES DA SENSIBILIDADE SOMÁTICA?

Estão localizados nas porções finais dos nervos

Desencadeiam PA, embora respondam a estímulos específicos em condições normais

Informação utilizada principalmente


• Atenção (consciente)
• Ajustes automáticos (inconsciente)
ACOMODAÇÃO/ADAPTAÇÃO DO RECETOR AO ESTÍMULO:

Quando o estímulo é aplicado continuamente, inicialmente existe uma resposta de alta


intensidade, diminuindo de seguida até não responderem

Alguns recetores sensoriais "habituam-se" à exposição de um dado estímulo e as respostas


seguintes são menos fortes

Todos os neurónios podem adaptar-


se à estimulação prolongada. Podem
distinguir 2 classes de células
recetoras sensoriais:
• Recetores tónicos
(adaptação lenta): durante a
duração do estímulo.
Mantêm-se a transmitir
informação
• Recetores fásicos
(adaptação rápida): só
durante o período de mudança da intensidade do estímulo

RECETORES CUTÂNEOS - constituintes


Terminações nervosas livres
• Terminações nervosas sensoriais + simples e +
comuns
• Distribuem por quase todas as partes do corpo.
Ramificam-se na derme e são mediadoras das sensações de
dor, frio e calor
• Recetores de adaptação lenta (podem transmitir
impulsos durante muito tempo)

Corpúsculos de Meissner (sensibilidade tátil suave)


• de grande sensibilidade
• constituídos por terminações nervosas envolvida
por cápsula à qual se liga fibra mielínica
• Localizado na derme, em zonas com maior
capacidade discriminativa (dedos ou lábios)
• Recetores de adaptação rápida
• informação precisa sobre os pontos da pele
tocados e textura dos objetos

Discos de Merckel (sensibilidade tátil)


• idênticos aos corpúsculos de Meissner
• Adaptação mais lenta
• Respondem durante mais tempo
Corpúsculos de Paciani (sensibilidade tátil profunda - pressão e
vibração)
• Anéis concêntricos (terminações nervosas aferentes para o
SNC)
• localizados profundamente na derme na extremidade dos
dedos
• estimulados por rápida compressão cutânea ou vibração

Recetores sensoriais do pelo


• Rodeiam a base dos pelos
• São estimulados pela deslocação em contacto com
os objetos
• Recetores de adaptação rápida
• Também existem no sistema auditivo, vestibular

Corpúsculos de Krause (frio) e de


Ruffini (calor)
• Recetores especializados em
informação térmica. - Frio e
Calor
SENSIBILIDADE PROTOPÁTICA
• 1ª sensibilidade a ser adquirida
• pouco exata e discriminativa sobre a natureza e o local do estímulo
• Distingue se a informação é agradável ou desagradável

SENSIBILIDADE EPICRÍTICA
• informação exata e específica sobre o estímulo
• sensibilidade fina, vibratória e tátil
• localização de 2 pontos

TERMOS DE SENSIBILIDADE

Anestesia - Ausência de sensibilidade


Hiperestesia - Aumento da intensidade ou da duração da sensibilidade
Hipoestesia - Diminuição da intensidade ou da duração da sensibilidade
Analgesia - Ausência da sensibilidade dolorosa
Hiperalgesia - Aumento da sensibilidade dolorosa (nociceptiva)
Hipoalgesia - Diminuição da sensibilidade dolorosa (nociceptiva)
Parestesias - Sensação sem estímulo de dor, formigueiro ou queimadura
Disestesias - Sensação distorcida do estímulo (o toque dar a sensação de queimadura)
Grafoestesia - Reconhecimento de símbolos pelo tato
Estereognosia - Capacidade de reconhecer a forma, tamanho e textura de objetos (envolve
sensibilidade tátil, propriocetiva e pressão)
ÁREA DE RECEPÇÃO DO ESTÍMULO

Campo de receção: área da pele que


recebe o estímulo específico para um
neurónio aferente

Quanto maior for a área da pele que


recebe o estímulo, menos neurónios
aferentes são estimulados, logo a
resposta ao estímulo é mais confusa

Corpúsuclos de
Sensibilidade
Krause e de
térmica
Ruffini

Sensibilidade
Sensibilidade
álgica
Protopática Recetores
sensoriais do pêlo
Exterocetiva ou Sensibilidade tátil
superficial Corpúsculos de
Sensibilidade
Meissner
Somática
Propriocetiva ou Sensibilidade
profunda Epicrítica
Discos de
Sensibilidade fina Merckel

Corpúsculos de
Paciani

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