Aula 10 - Financiamento Dos Partidos
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Autor:
Ricardo Torques
19 de Junho de 2024
Sumário
Arrecadação e aplicação de recursos nas campanhas eleitorais: vedações inerentes e sanções ...................... 3
1 - Introdução ................................................................................................................................................. 3
4 - Distribuição do FEFC................................................................................................................................ 13
5 - Arrecadação ........................................................................................................................................... 15
8 - Doações................................................................................................................................................... 25
9 - Fontes Vedadas....................................................................................................................................... 37
1 - Introdução ............................................................................................................................................... 64
1 - Introdução ............................................................................................................................................... 82
5 - Penalidades ............................................................................................................................................ 85
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2 - Painel ...................................................................................................................................................... 92
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na aula de hoje daremos sequência ao estudo da Lei das Eleições. Veremos os seguintes assuntos:
Arrecadação e
Sistema
aplicação de Prestação de Pesquisas e Testes
Abuso de Poder Eletrônico de
recursos nas Contas pré-eleitorais
Votação
campanhas
Boa aula.
1 - Introdução
Para o estudo deste capítulo devemos, primeiramente, compreender o conceito de campanha eleitoral. A
campanha eleitoral é voltada para a captação de votos. Para tanto, o candidato necessita despender
quantidade significativa de recursos humanos e financeiros para a propaganda eleitoral.
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Em razão disso e com vistas a conferir legitimidade e lisura às eleições, são disciplinadas regras para o
controle e a transparência da arrecadação e dos gastos expendidos nas campanhas eleitorais. É isso que
passaremos a estudar entre os arts. 16-C e 31, da Lei das Eleições.
equilíbrio no pleito
A Lei das Eleições determina, no art. 79, que o assunto “financiamento das campanhas eleitorais” seja
disciplinado por lei específica. Tal legislação, contudo, não existe.
Art. 79. O financiamento das campanhas eleitorais com recursos públicos será disciplinada
em lei específica.
Dessa forma, a condução da matéria é orientada pela Lei das Eleições, pela jurisprudência e, notadamente,
pelos princípios que informam o direito eleitoral.
Em nosso sistema eleitoral atual, o financiamento é classificado como misto, pois agrega recursos tanto do
Poder Público como de pessoas físicas que podem contribuir com o financiamento dos gastos de campanha.
De todo modo, após as alterações promovidas pela Lei 13.487/2017 e Lei 13.488/2017 nosso sistema de
financiamento de campanha eleitoral tem se aproximado cada vez mais do sistema público de
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financiamento, conforme você irá compreender na medida em que avançarmos em nosso estudo. De todo
modo, a rigor, ainda se classifica como misto, por existir formas privadas de financiamento de campanhas
eleitorais.
Devemos, desde já, ter em mente que O RECURSO PRIVADO DE CAMPANHA ELEITORAL POR PESSOAS
JURÍDICAS É VEDADO! Esse assunto será melhor desenvolvido adiante, mas, desde já, saiba: o STF declarou
inconstitucional qualquer norma ou interpretação que conclua pela possibilidade de financiamento de
campanha por empresas.
De forma sintética, podemos indicar três fontes públicas de financiamento de campanhas eleitorais.
Vamos conhecê-las?!
Fundo Partidário, previsto e disciplinado pela Constituição e Lei dos Partidos Políticos
nos art. 38 e seguintes.
Em relação à propaganda eleitoral, é bom ressaltar que a gratuidade ocorre apenas sob o ponto de vista do
partido político e dos candidatos beneficiados, tendo em vista que o Poder Público arca com os custos de
tais propagandas por intermédio de compensação fiscal. Vale dizer, os custos com tais campanhas são
abatidos dos valores a serem recolhidos aos cofres públicos, a título de tributos, pelas empresas que
trabalham com mídia.
Os recursos do Fundo Partidário e o acesso gratuito ao rádio e à televisão possuem, como objetivo central,
a manutenção e a divulgação dos partidos políticos. Contudo, indiretamente, tais recursos subsidiam a
campanha eleitoral, na medida em que são utilizados na divulgação da agremiação.
Imunidade tributária conferida aos partidos políticos. A CF, no art. 150, VI, c, veda a
instituição de impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos e
respectivas fundações.
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...).
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
Para a prova...
FINANCIAMENTO PÚBLICO
• Fundos Partidários
• Compensação Fiscal para custear a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão;
e
• Imunidade tributária conferida aos partidos políticos.
Evidentemente que há uma série de regras para o recebimento desses recursos/benefícios, especialmente
em relação ao Fundo Partidário, que será objeto de estudo mais adiante.
As fontes de recursos privados para as campanhas eleitorais são múltiplas, conforme veremos no
desenvolvimento desta aula. Devemos saber que a utilização desses recursos deve ser pautada pela
transparência.
Apenas para que tenhamos uma rápida noção, vejamos as diversas fontes de recursos privados que partidos
e candidatos poderão se valer.
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FINANCIAMENTO PRIVADO
• Recursos próprios do candidato;
• Doações de pessoas físicas;
• Doações de outros candidatos;
• Aplicação ou distribuição de recursos de partido político;
• Receita decorrente da venda de bens ou de serviços e realização de eventos;
• Receita decorrente de aplicação financeira.
O FEFC foi criado pelo art. 1º da Lei nº 13.487/2017 que alterou a Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições).
Antes de analisar as regras, é importante tecer um esclarecimento: com a criação do FEFC teremos dois
fundos!
No estudo da Lei dos Partidos Políticos, mais especificamente, a partir do art. 38, temos regras relativas ao
Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (FEAFPP). Até então denominávamos “Fundo
Partidário” tão somente. Esse Fundo é composto por arrecadação de multas e penalidades pecuniárias, por
doações de pessoas físicas e dotações orçamentárias e se destina a manutenção das atividades partidárias
de modo em geral, podendo ser utilizado nas eleições. Todos esses valores continuarão a ser arrecadados e
disponibilizados aos partidos políticos. Além desse, teremos também o FEFC, que é fruto da Reforma Eleitoral
de 2017, que acrescentou o art. 16-C e seguintes à Lei das Eleições, os valores do FEFC deverão ser utilizados,
exclusivamente, nos gastos do pleito eleitoral.
Portanto:
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Você vai notar que cada um desses fundos terá características próprias, com regras de arrecadação
específicas e, inclusive, formas de distribuição peculiares.
A EC 107/2020 autorizou os partidos políticos a definir os critérios de distribuição desses recursos. Veja o
texto legal:
Feito esse esclarecimento vamos estudar efetivamente o FEFC, a começar pela inclusão do art. 16-C na Lei
das Eleições:
I - ao definido pelo Tribunal Superior Eleitoral, a cada eleição, com base nos parâmetros
definidos em lei;
Pelo inc. I, cabe ao TSE fixar o valor a partir dos critérios definidos em lei. Ao contrário do que tínhamos
anteriormente, a lei irá definir quais serão os recursos que irão integrar o FEFC, cabe ao TSE tão somente
fixá-los (ou se preferir: contabilizá-los), em estrita obediência aos dispositivos legais.
Portanto, a fixação do montante que comporá o FEFC depende de lei e será fixada pelo TSE. Com base em
parâmetros legais, o TSE irá definir os recursos que integram o FEFC.
É a própria Lei 13.487/2017! O art. 3º prevê que o parâmetro a ser utilizado pelo TSE na fixação do valor, a
ser destinado ao FEFC (na forma do inc. I), será equivalente ao somatório da compensação fiscal que as
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Art. 3º O valor a ser definido pelo Tribunal Superior Eleitoral, para os fins do disposto no
inciso I do caput do art. 16-C da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, será equivalente
à somatória da compensação fiscal que as emissoras comerciais de rádio e televisão
receberam pela divulgação da propaganda partidária efetuada no ano da publicação desta
Lei e no ano imediatamente anterior, atualizada monetariamente, a cada eleição, pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), da Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), ou por índice que o substituir.
Por exemplo, para as eleições de 2018, levou-se em consideração o somatório de valores compensados nos
anos de 2016 e 2017 relativos à propaganda partidária. Esse valor, nominalmente apurado, foi atualizado
pelos índices de correção do INPC e disponibilizado para FEFC.
Como já foi dito, a propaganda partidária era gratuita apenas para os partidos. Vale dizer, o valor que a
emissora arrecadaria com a veiculação das propagandas destinadas aos partidos políticos “gratuitamente”,
eram abatidas do montante de impostos devidos pela rádio ou pela televisão. Agora, esse montante será
repassado ao FEFC.
Além disso, será parâmetro também o percentual total das emendas de bancada dos parlamentares,
conforme definido no inc. II acima.
As dotações orçamentárias constituem valores monetários autorizados pela Lei Orçamentária Anual
previstos para atender uma programação financeira, ou seja, valores que serão destinados a um fim
específico. Portanto, os recursos do FEFC serão extraídos do orçamento, dos valores que os contribuintes
vertem para os cofres públicos especialmente por intermédio dos impostos.
Todo o montante de recursos de que o Estado dispõe e utiliza é arrecadado de diversas formas e todas as
previsões de arrecadação e de despesas estão descritas nas leis orçamentárias. Nesse contexto, é a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) que estabelece metas e prioridades da administração pública federal e que
orientará a elaboração da lei orçamentária anual.
A lei 13.898/19, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária de 2020,
no art. 13, §3º, II, dispõe sobre as denominadas emendas de bancadas, instrumentos por meio dos quais os
parlamentares podem influenciar na alocação de recursos públicos em razão de compromissos que
assumiram ao longo dos seus mandatos.
§3º O Projeto de Lei Orçamentária de 2020 conterá reservas específicas para atendimento
de:
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Nos parágrafos do art. 16-C temos que os recursos serão depositados pelo Tesouro Nacional em conta
especial no Banco do Brasil até o 1º dia útil do mês de JUNHO do ano eleitoral. Nos 15 dias seguintes ao
depósito, o TSE divulgará o valor disponível no FEFC. Confira:
§ 1o Vetado.
II - Vetado
§§ 4o a 6º Vetados.
A partir do momento que os recursos estiverem à disposição do TSE, depois de publicados o valor disponível,
haverá a distribuição entre os partidos de acordo com a representatividade que possuem. Em relação à
proporção, observamos a regra do art. 16-D da Lei das Eleições, incluso pela Lei 13.488/2017, que veremos
mais adiante.
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Definido especificamente o valor de cada agremiação, cumpre a cada legenda aprovar, pelo voto da maioria
absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional, os critérios para a distribuição dos recursos.
Na sequência, esses critérios serão divulgados publicamente. Essa é a regra que consta do dispositivo abaixo:
§ 7o Os recursos de que trata este artigo ficarão à disposição do partido político somente
após a definição de critérios para a sua distribuição, os quais, aprovados pela maioria
absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional do partido, serão divulgados
publicamente.
§§ 8o a 10 Vetados
O §11, por sua vez, prevê que se o partido político não gastar todo o montante que lhe foi destinado, deverá
devolver o saldo para o Tesouro Nacional no momento da prestação das contas de encerramento de
campanha eleitoral. Isso ocorre por se tratar de recurso de natureza pública, que não podem ser apropriados
pelo partido político.
§§ 12 a 14 Vetados.
§ 15. O percentual dos recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo poderá ser
reduzido mediante compensação decorrente do remanejamento, se existirem, de dotações
em excesso destinadas ao Poder Legislativo.”
Aqui temos uma regrinha que viabiliza alteração no percentual calculado a partir das emendas parlamentares
de bancada. Na hipótese de haver excesso de dotações destinadas ao Poder Legislativo, o percentual que
deverá ser repassado ao FEFC pode ser reduzido mediante compensação.
O §16, por sua vez, prevê a possibilidade de renúncia ao valor do FEFC, que poderá ser efetuada até o 1º dia
útil do mês de junho. Embora isso não seja frequente na prática, caso haja renúncia, questiona-se:
Poderíamos pensar que esse valor seria redistribuído aos demais partidos, mas há vedação expressa nesse
sentido. Logo, os recursos voltam para os cofres públicos (Tesouro Nacional).
Veja o dispositivo:
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§ 16. Os partidos podem comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral até o 1º (primeiro) dia
útil do mês de junho a renúncia ao FEFC, vedada a redistribuição desses recursos aos
demais partidos. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
(IBFC / TRE-PA - 2020) A Lei nº 9.504 de 1997 estabelece normas e regras que norteiam o procedimento
para as eleições dos cargos do Poder Executivo e Legislativo, no âmbito federal, estadual, distrital e
municipal. Analise as afirmativas abaixo.
I - Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo
prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. Havendo fusão ou
incorporação de partidos após este prazo, será considerada, para efeito de filiação partidária, a data de
filiação do candidato ao partido de origem.
II. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas
do dia 25 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
III - Até quinze dias antes da data das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão ao Tribunal Superior
Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos candidatos às eleições majoritárias
e proporcionais, da qual constará obrigatoriamente a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem
IV - Os partidos podem comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral até o 1º (primeiro) dia útil do mês de junho
a renúncia ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), vedada a redistribuição desses recursos
aos demais partidos.
Assinale a alternativa correta.
A) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
B) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
C) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
D) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
Comentários:
Vamos comentara cada item:
O item I está correto. A assertiva afirma exatamente o que está disposto no art. 9º da Lei 9.504/97.
O item II está incorreto. O prazo para que o partido solicite o registro de seus candidatos é até as dezenove
horas do dia 15 de agosto conforme o art. 11 da Lei das Eleições.
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O item III está incorreto. A assertiva errou no prazo, o art. 16 da Lei 9.504/97 afirma que será até 20 dias
antes da eleição.
O item IV está correto. Trata-se do § 16º do Art. 16-C da Lei da Eleições que acabamos de estudar.
Sendo assim a alternativa D é o gabarito da questão.
4 - Distribuição do FEFC
Vimos, no estudo da Lei nº 13.487/2017, a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Agora, pela Lei nº 13.488/2017, temos regra que alterou a Lei nº 9.504/1997, para disciplinar os critérios de
distribuição dos recursos do FEFC. Veja:
I - 2% (dois por cento), divididos igualitariamente entre todos os partidos com estatutos
registrados no Tribunal Superior Eleitoral;
II - 35% (trinta e cinco por cento), divididos entre os partidos que tenham pelo menos um
representante na Câmara dos Deputados, na proporção do percentual de votos por eles
obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados;
III - 48% (quarenta e oito por cento), divididos entre os partidos, na proporção do número
de representantes na Câmara dos Deputados, consideradas as legendas dos titulares;
§ 1º Vetado.
§ 2º Para que o candidato tenha acesso aos recursos do Fundo a que se refere este artigo,
deverá fazer requerimento por escrito ao órgão partidário respectivo.
Aqui o legislador não quis facilitar o nosso estudo. Criou percentuais quebrados que, em nosso entender,
devem ser memorizados para a prova. Antes de preparar um esquema com todas as informações, vamos
compreender o que o legislador pretendeu com todas essas subdivisões.
Inicialmente, (no inc. II) foi destacado um percentual pequeno para ser distribuído a todos os partidos
políticos que tenham o estatuto registrado perante o TSE. Assim, todo partido constituído com validade
eleitoral participará do rateio dos 2%.
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Depois (nos incs. II e III) tivemos a distribuição de percentuais proporcionalmente ao número de votos que o
partido recebeu para a Câmara dos Deputados e ao número de deputados federais eleitos.
Assim, 35% do FEFC são distribuídos proporcionalmente ao número de votos recebidos na última eleição
para a Câmara dos Deputados. Além disso, temos a distribuição 48% do FEFC proporcionalmente ao número
de deputados federais eleitos.
A EC 111/2021 criou um incentivo financeiro e temporário (eleições de 2022 a 2030) considerando em dobro
os votos recebidos por candidata mulher e por candidato negro.
Caso a candidata seja uma mulher negra a contagem será dobrada apenas uma vez. Vejamos o texto do art.
2º da Emenda Constitucional 111/2021:
Art. 2º Para fins de distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário
e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), os votos dados a candidatas
mulheres ou a candidatos negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de
2022 a 2030 serão contados em dobro.
Parágrafo único. A contagem em dobro de votos a que se refere o caput somente se aplica
uma única vez.
Por fim (no inc. IV) os 15% restante do FEFC serão distribuídos de acordo com o número de Senadores
Federais eleitos.
Em relação aos incs. III e IV, a Lei 13.877/2019 fez um esclarecimento para informar que deve, de fato, ser
considerado o número de representantes eleitos em cada uma das casas do parlamento, na última eleição
tida por referência.
Importante registrar que no caso de Deputados Federais – que são eleitos pelo sistema proporcional, o qual
confere prevalência ao partido político – caso o deputado migre de partido porque este não atingiu a cláusula
de barreira na forma estabelecida na Constituição (art. 17, §3º), os votos recebidos por esse parlamentar
não serão levados em consideração para fins da distribuição desses 48%.
Já em relação aos senadores – que são eleitos pelo sistema majoritário – leva-se em consideração os votos
dados a senadores que migraram de partido, desde que estejam no primeiro quadriênio de seus mandatos.
§ 3º Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, a distribuição dos recursos
entre os partidos terá por base o número de representantes eleitos para a Câmara dos
Deputados na última eleição geral, ressalvados os casos dos detentores de mandato que
migraram em razão de o partido pelo qual foram eleitos não ter cumprido os requisitos
previstos no § 3º do art. 17 da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 4º Para fins do disposto no inciso IV do caput deste artigo, a distribuição dos recursos
entre os partidos terá por base o número de representantes eleitos para o Senado Federal
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na última eleição geral, bem como os Senadores filiados ao partido que, na data da última
eleição geral, encontravam-se no 1º (primeiro) quadriênio de seus mandatos. (Incluído pela
Lei nº 13.877, de 2019)
Assim:
DISTRIBUIÇÃO DO FEFC
IGUALITÁRIA 2%
5 - Arrecadação
Neste tópico vamos tratar das regras relativas à arrecadação dos recursos, que serão realizados sob
responsabilidade dos partidos e dos candidatos, nos termos do art. 17, da LE:
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos
partidos, ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
Esse primeiro dispositivo é importante para fixar que a responsabilidade do candidato e do partido pelos
valores que eventualmente utilizarem para as campanhas eleitorais é direta. Não há mais intermediação por
comitês ou terceiros e, caso o candidato ou partido façam uso dos denominados “tesoureiros”, não poderão
se eximir da responsabilidade pela arrecadação, gastos e informações financeiras prestadas.
5.1 - Limites
Antes da Lei nº 13.165/2015, fixavam-se diversos limites para os gastos de campanha. Hoje, com a nova
redação conferida aos dispositivos da Lei nº 9.504/1997, o limite será definido em lei e divulgado pelo TSE.
Na eleição de 2018 a Lei nº 13.487/2017 determinou o limite dos gastos de campanha. Esse limite será
parametrizado em lei e divulgado no ano das eleições pelo TSE. Nesse contexto, o art. 18 da Lei nº
9.504/1997, após a Reforma, passou a ter a seguinte redação:
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Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo
Tribunal Superior Eleitoral.
Assim, para cada eleição, deve ser editada uma lei indicando os valores máximos de gastos em campanhas
eleitorais. A Lei nº 9.504/1997 apenas definirá alguns parâmetros que devem ser observados.
A fim de viabilizar o controle, pelo poder Judiciário, dos gastos de campanha e com o objetivo de evitar
abusos, haverá prestação de contas. Nesse contexto, o art. 18-A, da LE, estabelece que devem ser incluídos,
como gastos de campanha, não apenas as despesas efetuadas pelos candidatos, mas também os recursos
que o partido utilizou para a campanha de seus candidatos que puderem ser individualizadas. Vejamos:
Art. 18-A. Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada campanha as despesas
efetuadas pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que puderem ser
individualizadas.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput deste artigo, os gastos advocatícios e de
contabilidade referentes a consultoria, assessoria e honorários, relacionados à prestação
de serviços em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial
decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido político, não estão sujeitos a
limites de gastos ou a limites que possam impor dificuldade ao exercício da ampla defesa.
(Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
O § único acima esclarece que os valores gastos com advogados e contadores não estão sujeitos a limites de
gastos, caso essa limitação possa prejudicar a ampla defesa do partido no Judiciário.
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Assim...
Outro parâmetro estabelecido pela Lei nº 9.405/1997 – com redação dada pela Lei nº 13.165/2015 – é o art.
18-B, que estabelece multa pelo descumprimento das normas que limitam os gastos de campanha.
Caso o partido, ou o candidato, utilize de recursos para além dos limites estabelecidos, será aplicada multa
no importe de 100% do valor que ultrapassar. Além disso, o candidato envolvido poderá sofrer investigação
judicial eleitoral (AIJE) conforme regras próprias da Lei de Inelegibilidade.
Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará
o pagamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que
ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do
poder econômico.
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Na sequência vamos analisar o art. 18-C da Lei das Eleições, que foi incluído pela Lei 13.878/2019. Esse artigo
tem por finalidade tratar do limite de gastos para as eleições municipais, que abrange os cargos de prefeito
(e vice) e de vereador. Para o 1º turno, foi fixado como montante o valor praticado nas eleições de 2016,
atualizando-o pelo IPCA. Já em relação ao 2º turno, caso haja, o valor deverá corresponder a 40% do limite
fixado para o 1º turno.
Confira:
Art. 18-C. O limite de gastos nas campanhas dos candidatos às eleições para prefeito e
vereador, na respectiva circunscrição, será equivalente ao limite para os respectivos cargos
nas eleições de 2016, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), aferido pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou por
índice que o substituir. (Incluído pela Lei nº 13.878, de 2019)
Parágrafo único. Nas campanhas para segundo turno das eleições para prefeito, onde
houver, o limite de gastos de cada candidato será de 40% (quarenta por cento) do limite
previsto no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.878, de 2019)
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Aula 10
Cuidar dos gastos efetuados em campanha é responsabilidade direta do candidato. Ele é quem determinará
qual o destino dos valores recebidos.
Com a nova sistemática adotada pela Lei nº 13.165/2015, os recursos repassados pelo partido político, pelo
Fundo Partidário ou por doações de pessoas físicas serão geridos pelo candidato de forma direta ou com o
auxílio de uma pessoa, que atuará como um gestor financeiro de campanha.
Esse gestor financeiro não é o comitê (que não mais constitui obrigação), ele é uma espécie de “tesoureiro”.
Vejamos:
Art. 20. O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por
ele designada, a administração financeira de sua campanha usando recursos repassados
pelo partido, inclusive os relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações
de pessoas físicas, na forma estabelecida nesta Lei.
Quando houver a constituição do gestor financeiro, tanto o candidato como a pessoa por ele indicada serão
solidariamente responsáveis pela veracidade das informações financeiras e contábeis.
Naturalmente, se o candidato não indicar alguém para lhe auxiliar na administração dos gastos, ele será
direta e unicamente responsável pelas informações financeiras e contábeis da campanha.
Para administrar a campanha, seja quando o próprio candidato efetuar a administração, seja quando ele
constituir uma pessoa para tal atribuição, deverá abrir uma conta bancária específica, ainda que não tenha
movimentação bancária, de acordo com a jurisprudência do TSE. Essa regra vem expressa no art. 22, da LE:
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Art. 22. É OBRIGATÓRIO para o partido e para os candidatos abrir conta bancária
específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha.
Toda a movimentação financeira da campanha deve transitar pela conta bancária específica, com a exceção
de recursos que sejam aplicados diretamente pelos partidos políticos. Inclusive os recursos do próprio
candidato na campanha eleitoral devem ser depositados na conta específica. A conta específica é
fundamental, pois permite à Justiça Eleitoral analisar a entrada e a saída de recursos ao julgar as contas dos
candidatos. Tudo o que estiver fora dessa conta será considerado como “caixa 2”.
A conta deverá ser aberta mesmo quando o candidato não efetuar gastos1. Esse entendimento foi
fixado em substituição à Súmula TSE nº 162, atualmente cancelada.
A revogação dessa súmula justifica a importância que se confere à abertura da conta de campanha.
Tanto é que, dessa forma, o TSE já entendeu que:
Em vista da obrigatoriedade de constituição de conta bancária específica, o §1º traz algumas obrigações aos
bancos. Essas obrigações referem-se à abertura de contas, sem tarifamento. Os bancos devem realizar a
abertura de contas específicas para a campanha sem a cobrança de taxas e de despesas bancárias. Além
disso, os extratos fornecidos pelo banco deverão indicar o CPF ou o CNPJ do depositante.
Como pode a indicação do CNPJ se pessoa jurídica não pode doar? Embora a regra seja doação por pessoa
física e, por conta disso, teremos a indicação do CPF, tanto candidatos (que possuem CNPJ) como partidos
políticos podem efetuar doações.
1
AgR-AI nº 139.912/2011.
2
Segundo o antigo teor da Sumula TSE nº 16, ATUALMENTE CANCELADA, “a falta de abertura de conta bancária específica
não é fundamento suficiente para a rejeição de contas de campanha eleitoral, desde que, por outros meios, se possa
demonstrar sua regularidade (art. 34 da Lei nº 9.096, de 19.9.95)”.
3
AgR-AI nº 149.794/2011.
4
AgR-AI nº 126.633/2011.
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Aula 10
Por fim, os bancos comprometem-se a encerrar as contas com o término das eleições. Eventuais saldos
existentes na conta devem ser transferidos para a conta bancária do órgão de direção do partido, conforme
regras que serão estudadas adiante.
Vejamos:
II – identificar, nos extratos bancários das contas correntes a que se refere o caput, o CPF
ou o CNPJ do doador.
III - encerrar a conta bancária no final do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo
existente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido, na forma
prevista no art. 31, e informar o fato à Justiça Eleitoral.
Encerrar a conta com o término das eleições transferindo os saldos para o órgão de
direção do partido.
Antes da Lei nº 13.165/2015 não seria necessário abrir contas específicas para as eleições municipais em
cidades com menos de 20.000 eleitores. Essa regra, contudo, FOI REVOGADA pela reforma eleitoral. Agora,
temos uma única exceção.
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SOMENTE NÃO SERÁ NECESSÁRIO ABRIR CONTA ESPECÍFICA PARA A CAMPANHA, PARA AS ELEIÇÕES
MUNICIPAIS, QUANDO NÃO HOUVER AGÊNCIA BANCÁRIA NO MUNICÍPIO.
Atualmente, a inexistência de agência bancária é rara, contudo, se não houver agência, entendeu o legislador
que os candidatos terão uma dificuldade extra em administrar os gastos de campanha por contas específicas,
de forma que os dispensou da obrigação.
§ 2º O disposto neste artigo NÃO SE APLICA aos casos de candidatura para Prefeito e
Vereador em Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento
bancário.
Vejamos:
Notem que a legislação eleitoral atribui diversas consequências a quem descumprir as regras quanto à
utilização dos recursos nas campanhas eleitorais. Isso ocorre porque qualquer forma de abuso de poder nas
eleições é vedada, especialmente o econômico.
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Aula 10
MOVIMENTAÇÃO DE VALORES
GASTOS ACIMA DO LIMITE
FORA DA CONTA ESPECÍFICA
cancelamento do registro ou
AIJE
cassação do diploma
6.2 - CNPJ
O art. 22-A, da LE, introduzido por intermédio da Lei nº 12.034/2009 e alterado pela Lei nº 13.165/2015,
determinou que candidatos estão obrigados a obter uma inscrição no CNPJ. Isso, no entanto, não irá torná-
los pessoa jurídica. A finalidade é direcionar todos os gastos sob um registro específico. Tudo o que estiver
fora é irregular, é “caixa 2”.
Vejamos o dispositivo:
Embora seja pessoa natural, haverá um controle extra sobre os atos do candidato nas eleições. Além disso,
com a criação de um cadastro específico é possível diferenciar bem o patrimônio e os ganhos da pessoa do
candidato, dos gastos e dos recursos utilizados na campanha.
Em razão disso, a Lei nº 9.504/1997 exige a criação de um CNPJ para cada candidato. Ao contrário do que
poderíamos imaginar, esse CNPJ não será fornecido diretamente pelo Ministério da Fazendo, mas pela
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Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral manterá um convênio com a Receita Federal para registro dos CNPJs dos
candidatos.
Para fins de prova, é fundamental memorizar o prazo que a Justiça Eleitoral tem para fornecer o número do
cadastro.
Aqui estamos diante de uma inovação! Antes mesmo do registro, o pré-candidato poderá arrecadar recursos
por intermédio de financiamento coletivo, popularmente conhecido como crowdfunding ou “vaquinhas on-
line”.
Alvo de críticas, em 2014, o TSE, respondendo a uma consulta, vedou a possibilidade de se arrecadar valores
por esse meio por entender que não havia como individualizar os doadores. A lei 13.488/2017 resolveu a
questão, a inovação foi aprovada e pode, inclusive, ser utilizada antes mesmo do período eleitoral, para isso
deve haver a identificação obrigatória do nome, CPF e valor doado por cada colaborador.
De acordo com o art. 22-A, §§3º e 4º, desde o dia 15/5 do ano eleitoral, o pré-candidato pode promover
tais vaquinhas para a arrecadação de recursos de campanha. Contudo, como ainda não estamos no período
eleitoral, a utilização dos recursos fica condicionada ao registro da candidatura e a realização de despesas
dentro do período eleitoral. Além disso, é vedado, neste momento, o pedido de voto e devem ser observadas
as regras relativas à propaganda eleitoral na internet.
São, portanto, duas condições para arrecadar os valores levantados nesses financiamentos coletivos:
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FINANCIAMENTO COLETIVO
(vaquinha on-line)
Pergunta:
O pré-candidato arrecada os valores antes de ser registrado. Caso o seu registro seja
indeferido, o que acontece com os valores?
DEVOLUÇÃO! Isso mesmo, as entidades arrecadadoras deverão devolver os valores aos doadores.
Veja:
Dessa forma, pela redação dos §§ 3º e 4º, os recursos arrecadados antecipadamente não serão
disponibilizados ao pré-candidato. Apenas com o registro, os valores serão liberados ao candidato pela
entidade arrecadadora. É por isso que é a entidade arrecadadora que faz a devolução de valores caso não
seja efetivado o registro.
8 - Doações
O controle dos gastos é a tônica da arrecadação dos recursos em campanhas eleitorais. Todos os valores
arrecadados devem ser contabilizados por intermédio de recibos eleitorais, considerados documentos
oficiais e obrigatórios.
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Aula 10
Vimos, no início desta aula, que existem recursos privados que podem ser disponibilizados para o
financiamento da campanha eleitoral. Vamos iniciar com a análise dos dispositivos.
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro
para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por
cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição. (Redação
dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
I - Revogado;
II - Revogado.
§1º-A Revogado.
Neste primeiro caso, estão incluídos os valores recebidos por pessoas naturais e recursos destinados pelos
próprios candidatos como pessoas físicas às suas campanhas.
Para a nossa prova, é fundamental memorizarmos o percentual limite de 10%. Assim, os recursos doados
por quaisquer pessoas naturais se limitam ao percentual de 10% sobre o valor BRUTO auferido no ano
anterior. Cuide que o valor base para o cálculo do percentual incide sobre o valor bruto, o que engloba, por
exemplo, valores a título de previdência, imposto de renda retido na fonte etc. Somando-se todas essas
parcelas o limite individual de doação é calculado à razão de 10%.
Em relação aos recursos próprios, o § 1º - A foi revogado pela reforma de 2017. Contudo, a matéria foi
retomada pela Lei 13.878/2019 no §2º-A do art. 23 ao prever:
5
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 343.
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§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
(dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
(Incluído pela Lei nº 13.878, de 2019)
O §1º-A, que previa a possibilidade de utilização de valores próprios até o limite total de gastos para o cargo
que pretendia concorrer, foi revogado pela Lei 13.488/2017, mas ainda foi aplicado na eleição de 2018 por
conta do Princípio da Anterioridade Eleitoral. Hoje, com a inclusão do §2º-A pela Lei 13.878/19, sabemos que
as doações do próprio candidato serão limitadas a 10% do valor geral de gastos das eleições para o cargo
disputado.
A apuração do montante de 10% ocorrerá pelo próprio TSE juntamente com a Receita Federal, conforme
disciplina o caput, do art. 24-C, da LE:
Art. 24-C. O limite de doação previsto no § 1º do art. 23 será apurado anualmente pelo
Tribunal Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Por exemplo, caso determinado cidadão receba R$ 100.000,00 ao longo do ano anterior às eleições, sem
contar eventuais descontos legais como tributos e gastos, por exemplo, poderá doar R$ 10.000,00 ao
candidato.
Essas doações serão feitas por intermédio de recibo, com exceção de alguns gastos que são dispensados de
comprovação e que se encontram disciplinados no art. 28, §6º, o qual será estudado adiante. Essa é a regra
contida no §2º, do art. 23, da LE:
Lembre-se de que as doações devem ser efetuadas mediante recibo, exceto nas hipóteses abaixo:
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No primeiro caso, temos o “empréstimo” de bens de baixo valor, como um computador (se não ultrapassar
R$ 4.000,00) e o uso comum de sedes e materiais de propaganda entre vários candidatos, além do uso de
carro próprio ou de familiar.
Não se preocupe com essas regras agora. Voltaremos a elas mais adiante. Neste ponto do conteúdo, é
importante que saibamos que a ausência de recibo eleitoral, quando exigível, constitui irregularidade
insanável, segundo entendimento do TSE6.
Vamos continuar?!
Quem efetuava doação acima dos limites legais sofria multa no valor de cinco vezes o montante recebido
em excesso. Por exemplo, determinada pessoa física, teve rendimento bruto no ano anterior à eleição de R$
100.000,00. Poderia doar até R$ 10.000,00 (10%). Caso efetuasse doação de R$ 15.000,00, sofreria multa de
R$ 25.000,00 (ou seja, 5 X R$ 5.000,00 = R$ 25.000,00).
Agora esse percentual mudou para 100%. Em síntese, a penalidade ficou muito mais branda. Com a Lei nº
13.488/2017, que alterou o §3º do art. 23, da Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições), usando o mesmo exemplo, o
valor na multa no exemplo acima é de R$ 5.000,00, ou seja, 100% sobre o valor doado em excesso.
A aplicação da multa não impede que o candidato responda por abuso de poder econômico na forma da Lei
64/90.
6
REspe nº 26.125/2006.
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§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao
pagamento de multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso.
Lembre-se:
transferência eletrônica
Com a Lei nº 13.488/2017, o art. 23, §4º, da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições) sofreu alguns acréscimos.
Temos algumas modalidades adicionais de doações.
Entre as formas de doação permanece a possibilidade de utilizar cheques cruzados e nominais, transferências
eletrônicas, depósitos em espécie identificados, doação identificada pelo site do candidato, partido ou
coligação mediante emissão de recibo.
Além das formas acima, temos a vaquinha on-line, denominados pelo inc. IV do §4º do art. 23 da Lei nº
13.488/2017. Essa modalidade de doação requer atenção a alguns requisitos específicos. Vejamos:
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Há necessidade de registrar essas vaquinhas para que a Justiça Eleitoral possa exercer o controle de
legalidade sobre as doações efetuadas. Além disso, a Justiça Eleitoral poderá estabelecer normas referente
a essas doações, que também serão observadas.
b) identificação do doador;
A finalidade dessa exigência é proporcionar o controle dos recursos transitados por intermédio dessas
arrecadações coletivas. Com a divulgação das listas de doadores e dos valores arrecadados é possível aferir
o montante de recursos que ingressaram nas campanhas eleitorais por intermédio das vaquinhas.
d) emissão de recibo;
As doações efetuadas por intermédio desse recurso, exige um sistema próprio que irá cobrar uma taxa para
administrar as transações. Exige a norma a indicação clara e ampla das taxas administrativas devidas.
Nos arts. 57-A até o art. 57-I temos várias regras referentes à propaganda na internet como, por exemplo,
formas de propaganda, gratuidade, multas por descumprimento, tratamento de cadastros eletrônicos etc.
Essas normas aplicam-se, no que for possível, à arrecadação coletiva de recursos.
a) identificação do doador;
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d) emissão obrigatória de recibo para o doador, relativo a cada doação realizada, sob a
responsabilidade da entidade arrecadadora, com envio imediato para a Justiça Eleitoral e
para o candidato de todas as informações relativas à doação;
e) ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administrativas a serem cobradas
pela realização do serviço;
f) não incidência em quaisquer das hipóteses listadas no art. 24 desta Lei [rol de entidades
e pessoas que não podem doar recursos para campanha];
Os recursos apurados nas vaquinhas on-line constarão da prestação de contas. Contudo, como a pretensão
é arrecadar um bom montante de recursos a partir de inúmeras doações de valores pequenos, na prestação
das contas, não é necessário apresentar recibos para cada doação. Exige-se, apenas a indicação da lista de
doadores, com os respectivos valores doados e indicação do CPF. Confira:
Além da vaquinha on-line outra forma de arrecadação de recursos novidade na legislação eleitoral é a
comercialização de bens e/ou serviços ou da promoção de eventos pelo candidato ou pelo partido político.
Trata-se de prática que era aceita pela jurisprudência do TSE, que, com a Lei 13.488/2017, tornou-se
expressa.
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Na sequência vamos analisar o §4º-B, §6º e §8º que são aplicáveis as doações on-line, individuais ou por
intermédio das vaquinhas.
O §4º-B prevê que nas doações online e nos financiamentos coletivos, além da prestação de contas ao
término da campanha, serão divulgados relatórios indicando o montante recebido no curso da campanha
eleitoral no prazo previsto no §4º do art. 28 da Lei das Eleições.
O art. 28, § 4º, da LE, prevê a necessidade de divulgação em site criado pela Justiça Eleitoral dos valores
recebidos ao longo da campanha no prazo de 72 horas. Por exemplo, se determinado candidato receber R$
1.000,00 de recursos em 20 de agosto do ano eleitoral, até o dia 23 de agosto deverá divulgar em site indicado
pelo TSE que o valor foi doado.
Além disso, no meio da campanha eleitoral, há uma espécie de pré-prestação de contas. Trata-se,
efetivamente, de envio de relatório discriminado dos recursos recebidos que ocorre no dia 15 de setembro
do ano eleitoral.
Assim, no nosso exemplo, os R$ 1.000,00 devem ser indicados também neste relatório do dia 15/9, além da
informação no site no prazo de 72h.
Tais medidas têm por escopo permitir a fiscalização das informações sobre o financiamento das campanhas
e permitir a intervenção imediata caso haja indícios de abuso de poder econômico. Confira:
§ 4o-B As doações realizadas por meio das modalidades previstas nos incisos III e IV do §
4o deste artigo devem ser informadas à Justiça Eleitoral pelos candidatos e partidos no
prazo previsto no inciso I do § 4o do art. 28 desta Lei [informação on-line no prazo de 72
horas e no relatório discriminado do dia 15/9], contado a partir do momento em que os
recursos arrecadados forem depositados nas contas bancárias dos candidatos, partidos ou
coligações. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
O §6º dispõe sobre a responsabilidade candidatos, partidos e coligações em razão da arrecadação de valores
por doações ou vaquinhas realizadas on-line. O dispositivo prevê que fraudes e erros cometidos pelo doador,
sem conhecimento do recebedor, não ensejarão responsabilidade ou rejeição de prestação de contas.
Apenas os doadores serão responsáveis, essa regra visa proteger os candidatos e partidos de fraudes
praticadas por terceiros com o intuito de provocar a rejeição de suas contas. Confira:
§ 6º Na hipótese de doações realizadas por meio das modalidades previstas nos incisos III
e IV do § 4o deste artigo, fraudes ou erros cometidos pelo doador sem conhecimento dos
candidatos, partidos ou coligações não ensejarão a responsabilidade destes nem a
rejeição de suas contas eleitorais. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
O §8º, por sua vez, prevê que todas as instituições financeiras e bancárias que estiverem atuando de forma
regular podem operacionalizar as doações e vaquinhas on-line. Veja:
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termos da lei e da regulamentação expedida pelo Banco Central, aos critérios para operar
arranjos de pagamento. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
Por fim, confira o §9º, do art. 23, que prevê a impossibilidade de as instituições financeiras recusarem a
doação por intermédio de cartão de crédito ou de débito. Além da transferência direta identificada, os
bancos devem admitir a utilização de cartões. Veja:
transferência eletrônica
DOAÇÃO POR PESSOA
vaquinha on-line
Sigamos!
em espécie
em ajudas
O quadro acima sintetiza o §5º, dispositivo não alterado pela reforma de 2017. Busca-se impedir que o
candidato burle as normas de prestações de contas utilizando ardis, por isso abrange a relação com pessoa
física e jurídica.
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Na sequência, devido a sua importância, vamos analisar o § 7º, do art. 23, da LE, em tópico próprio.
O §7º, do art. 23, da Lei das Eleições a cada reforma sofre mais alterações.
Qualquer cidadão poderá auxiliar o candidato de sua preferência, desde que observe as limitações legais
previstas. Por exemplo, poderá efetuar doação de recursos (limitado a 10% do faturamento bruto do ano
anterior), poderá auxiliar com sua força de trabalho e pode, inclusive, efetuar empréstimo de bens móveis e
imóveis.
Em relação a esses empréstimos eles podem ou não ingressar nos limites de doação. Por exemplo,
determinada pessoa doa um veículo para auxiliar nas viagens do candidato que apoia. Se esse veículo, por
exemplo, for avaliado em R$ 20.000,00 entrará no limite de 10% do rendimento bruto do ano anterior?
Melhor explicando. Vamos supor que esse cidadão que emprestou o veículo tenha auferido rendimento
equivalente a R$ 1.000.000,00 no ano anterior. Nesse caso poderá doar o equivalente a 10%, o que resulta
em R$ 100.000,00.
Retornando à pergunta:
Se ele emprestar o veículo ainda poderá doar os R$ 100.000,00 ou, descontado o valor
avaliado do veículo, poderá doar apenas R$ 80.000,00?
Poderá doar o valor total! Isso porque o limite de 10% do rendimento bruto do doador não se aplica para
cessão de bens móveis e imóveis que tenham valor estimado de até R$ 40.000,00.
Caso veículo avaliado ultrapasse os R$ 40.000,00, a cessão deverá ingressar no limite de gastos de campanha
do candidato.
Na redação da legislação anterior, não havia possibilidade dispensa relativamente à prestação de serviços,
mas apenas em relação à cessão de bens (móveis e imóveis).
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Assim:
Muita atenção à informação acima, que esse valor já foi R$ 50.000,00 (conforme reforma da Lei nº
12.034/2009). Já foi também R$ 80.000,00 (conforme reforma da Lei nº 13.165/2015). Hoje é R$ 40.000,00
por força da Lei nº 13.488/2017.
Assim:
Veja o dispositivo:
Para encerrar esse extenso artigo, vejamos o §10, cuja redação foi dada pela Lei 13.877/2019:
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Novamente nota-se a preocupação do legislador não limitar os gastos de campanha realizados com
contratação de advogados e de contadores.
Segundo a doutrina de José Jairo Gomes7, é lícita a doação de recursos de um candidato para outro, desde
que sejam observados os limites constantes do art. 23, §1º, da LE.
Nesse caso, o candidato será considerado como pessoa física para fins de doação dos recursos à campanha
de outros candidatos. Situações como essa poderiam ocorrer, por exemplo, de um candidato a governador
contribuir para um colega candidato a vereador. Assim, o candidato poderá doar, a outro candidato, valores
desde que não excedam 10% dos rendimentos brutos do ano anterior em relação ao candidato doador.
O partido político tem diversas fontes de receitas. Estuda-se, na Lei nº 9.096/1995, que as agremiações
podem receber recursos do Fundo Partidário, doações e promoção de eventos e venda de bens e de produtos
decorrentes de investimentos e de aplicações financeiras.
Esses recursos poderão ser distribuídos, em ano eleitoral, para as campanhas nos termos do art. 39, §5º, da
Lei dos Partidos Políticos:
Em que pese às discussões doutrinárias acerca desse dispositivo, para fins da nossa prova devemos
memorizar o posicionamento do TSE, segundo o qual as doações feitas por particulares a partidos devem
se limitar a 10% do rendimento bruto.
Para recebimento desses valores, os partidos políticos devem abrir contas específicas de campanha para
conferir transferências e frear o abuso de poder econômico nas eleições.
7
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 345.
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do Fundo Partidário;
pessoas físicas.
Em relação às doações de pessoas físicas, é importante destacar que os valores arrecadados pelo partido
político podem ser repassados aos candidatos.
As doações realizadas pelos partidos políticos aos candidatos, acabaram gerando a denominada “doação
oculta”, pois, a princípio, não se sabia para qual candidato efetivamente a pessoa natural estaria doando.
Por isso, por força de interpretação conferida pelo STF na ADI 5.394 e pela nova redação do art. 28, §12, da
Lei nº 9.504/1997, que será estudado adiante, é obrigatório, ao partido, individualizar a origem do
recebimento do valor repassado ao candidato.
Por exemplo, o partido deve indicar que, dos R$ 1.000,00 repassados ao candidato X, R$ 500,00 são a título
de quotas do Fundo Partidário e R$ 500,00 são referentes à doação de José, CPF XXX... Ou seja, os valores
devem constar discriminados a fim de que se tenha controle da destinação conferida na doação oculta.
9 - Fontes Vedadas
O art. 24, da Lei nº 9.504/1997, traz inúmeras hipóteses de recursos que não podem ser recebidos pelos
candidatos ou pelo partido político. Esse artigo busca preservar o pleito eleitoral de uma influência que pode
desiquilibrar a campanha eleitoral. Impede, também, que entidades públicas ou que possuam vínculo com
órgãos governamentais se desviem de suas funções para sustentar preferências partidárias. Para a nossa
prova não há outra alternativa a não ser procurar memorizar as hipóteses trazidas no dispositivo.
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VII - pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.
IX - entidades esportivas;
XII - Vetado.
É importante registrar que o art. 24 da Lei das Eleições deve ser lido à luz do entendimento do STF a respeito
da impossibilidade de doação por pessoas jurídicas.
A redação anterior do inciso IX vedava a doação de entidade esportiva que recebesse dinheiro público, com
a nova redação a vedação tornou-se mais ampla compreendendo qualquer entidade esportiva, a alteração
visou impedir que entidades desportivas, principalmente do futebol, financiassem seus próprios dirigentes
em campanhas políticas. Atualmente, devemos considerar que são fontes vedadas:
FONTES VEDADAS
§ 1º Não se incluem nas vedações de que trata este artigo as cooperativas cujos
cooperados não sejam concessionários ou permissionários de serviços públicos, desde
que não estejam sendo beneficiadas com recursos públicos, observado o disposto no art.
81.
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Aqui, do mesmo modo, você deve ler esse dispositivo à luz do entendimento do STF, segundo o qual pessoa
jurídica não poderá doar para campanhas eleitorais, seja para o partido, seja para o candidato ou para o
Fundo Partidário. Portanto, SE INCLUEM, NA VEDAÇÃO À DOAÇÃO PARA CAMPANHAS ELEITORAIS POR
CONTA DO ENTENDIMENTO DO STF, DOAÇÕES POR COOPERATIVAS, UMA VEZ QUE SÃO PESSOAS
JURÍDICAS.
Os §§ 2º e 3º foram acrescentados pela Lei nº 13.165/2015, mas vetados pelo Presidente. Já o §4º, também
com redação dada pela Lei nº 13.165/2015, prevê que o partido político ou o candidato não poderá ficar
com valores das fontes vedadas (como vimos acima) ou de origem não identificada. Em tais situações, os
valores deverão ser devolvidos ou transferidos para o Tesouro Nacional, caso não seja possível a devolução.
Vejamos:
Os arts. 24-A e 24-B, acrescentados pela Lei nº 13.165/2015, também foram vetados. O art. 24-C, como
anunciamos acima, fixa o limite de gastos que os candidatos poderão empenhar na realização das
campanhas:
Art. 24-C. O limite de doação previsto no § 1o do art. 23 [pelo próprio candidato a sua
campanha] será apurado anualmente pelo Tribunal Superior Eleitoral e pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil.
Para fins da definição desses valores, o TSE deverá consolidar uma série de informações que serão
encaminhadas à Receita Federal nos termos dos §§ abaixo, cuja leitura é suficiente:
I - as prestações de contas anuais dos partidos políticos, entregues à Justiça Eleitoral até 30
de abril do ano subsequente ao da apuração, nos termos do art. 32 da Lei no 9.096, de 19
de setembro de 1995;
§ 3º A Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com
os rendimentos da pessoa física e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, até 30
de julho do ano seguinte ao da apuração, ao Ministério Público Eleitoral, que poderá, até
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Na sequência, vejamos o art. 25, da LE, que trata da consequência aos partidos em razão do descumprimento
das normas relativas à aplicação dos recursos financeiros.
Nesse dispositivo, a consequência é aplicada ao partido político que receber recursos fora das
especificações legais! NÃO SE APLICA AO CANDIDATO QUE ATUAR DE FORMA IRREGULAR NOS GASTOS DE
CAMPANHA! O candidato perderá a candidatura por abuso de poder econômico!
Eventuais violações implicam a perda ou a suspensão do direito ao recebimento das quotas do fundo
partidário, além da possibilidade de condenação por abuso de poder econômico, que veremos adiante.
==1365fc==
Não precisamos, agora, nos preocupar com este dispositivo. Ele será retomado no próximo capítulo.
10 - Gastos Eleitorais
Os gastos lícitos realizados em campanha são todos aqueles realizados de acordo com a legislação eleitoral.
O art. 26 e o art. 100-A exemplificam gastos lícitos que podem ser realizados durante as campanhas
eleitorais. Tudo que estiver fora dos limites estabelecidos serão gastos eleitorais ilícitos sujeitos às
penalidades previstas.
Para fins da nossa prova, não há outra alternativa a não ser a leitura e a memorização, na medida do possível,
das hipóteses trazidas em lei.
Vejamos:
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta
Lei:
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O dispositivo acima requer atenção nossa, pois os incisos “têm cara de prova”!
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É importante que você leia esse dispositivo com atenção e procure memorizá-los. Todos esses gastos devem
ser registrados como gastos de campanha, sob pena de sofrer sanções caso não indicados na prestação de
contas.
Além disso, é fundamental que você fique atento ao §1º, que traz dois limites específicos, um para
alimentação pessoal e outro para aluguel de veículos automotores.
Memorize:
GASTOS ELEITORAIS
• confecção de material impresso;
• propaganda e publicidade;
• aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
• despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das
candidaturas;
• correspondência e despesas postais;
• despesas de instalação, organização e funcionamento de serviços necessários às
eleições;
• remuneração dos prestadores de serviços;
• montagem e operação de carros de som, de propaganda;
• realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;
• produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à
propaganda gratuita;
• realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
• custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de
conteúdos.
Agora trataremos das alterações promovidas pela Lei nº 13.488/2017 no art. 26.
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta
Lei:
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Como vimos, o art. 26 da Lei das Eleições lista os gastos de campanha. Entre os gastos de campanha temos,
por exemplo, confecção de material impresso, aluguéis de locais utilizados na campanha e, inclusive, despesa
com transporte ou deslocamento de candidatos e de pessoal para auxiliar na campanha.
Esse dispositivo já existia antes da Reforma Eleitoral de 2017, a Lei nº 13.488/2017, trouxe ressalvas em
relação a algumas despesas que não devem ser computadas como gastos de campanha.
Portanto, não são considerados como gastos eleitorais e não se sujeitam a prestação de contas despesas
no deslocamento de candidato e de pessoal à serviço de campanha:
b) remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo a que se refere a alínea a deste parágrafo;
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite de três linhas.
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite de
três linhas.
Importante esclarecer que pelo fato desses recursos não serem contabilizados como gasto de campanha,
impede, por consequência, que o candidato utilize de recursos da campanha eleitoral para pagá-los. Assim,
não é admissível, por exemplo, que o candidato pague alimentação e hospedagem própria com recursos da
conta de campanha.
Sigamos!
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A Lei 13.488/2017 trouxe mais uma hipótese de gastos eleitorais no rol do art. 26 da Lei das Eleições:
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta
Lei:
Note que a redação do inc. XV acima fala em “impulsionamento de conteúdos”. Ao contrário do que
tínhamos em relação a campanhas eleitorais anteriores, nas quais o candidato não poderia realizar
propaganda paga na internet, temos a partir das eleições de 2018 uma exceção.
Admite-se o impulsionamento de posts na internet, por exemplo, nas redes sociais Facebook e Instagram. É
isso que vem descrito no §2º do art. 26 da Lei das Eleições:
O §4º declina que os valores fastos com advogado e contadores, embora sejam considerados gastos
eleitorais, estão excluídas do limite de gastos de campanha em razão do que vimos (evitar prejuízo à ampla
defesa em juízo). Confira:
O §5º enumera as fontes que podem ser utilizadas para custeio dessas despesas com advogados e
contadores:
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§ 5º Para fins de pagamento das despesas de que trata este artigo, inclusive as do § 4º
deste artigo, poderão ser utilizados recursos da campanha, do candidato, do fundo
partidário ou do FEFC. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 6º Os recursos originados do fundo de que trata o art. 16-C desta Lei utilizados para
pagamento das despesas previstas no § 4º deste artigo serão informados em anexo à
prestação de contas dos candidatos. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
são considerados
gastos de
campanha;
recursos de
campanha;
Custos com
não se sujeitam a
Advogados e
limite de gasto;
Contadores
recursos do
candidato;
para o pagamento
pode ser utilizado:
fundo partidário; e
FEFC.
O art. 27 estabelece a possibilidade de o eleitor realizar gastos de campanha. Se não ultrapassar o valor de
R$ 1.064,00 (correspondente a 1000 UFIR) não necessitarão ser contabilizados. Os valores não devem ser
reembolsados pelo candidato.
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência,
até a quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não
reembolsados.
Atualmente, 1.000 UFIR correspondem a R$ 1.064,00. Logo, esse montante, poderá ser usado por qualquer
pessoa em favor de candidato de sua preferência, sem necessidade de qualquer declaração, nem mesmo
será considerado para fins do limite máximo de valores devidos.
Novamente com o intuito de deixar de fora os gastos realizados com advogado e contadores, foram
acrescentados dois parágrafos ao art. 27:
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§ 2º Para fins do previsto no § 1º deste artigo, o pagamento efetuado por terceiro não
compreende doação eleitoral. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
Custeio pelo eleitor de custos com advogado e contadores não será considerado no limite
de 1000 UFIR, não compreendendo doação eleitoral, mesmo que feita por terceiros.
Para finalizarmos a parte relativa aos gastos eleitorais, cumpre trazermos, ainda, o art. 100-A, da LE, que foi
acrescido à legislação pela Lei nº 12.891/2013. Esse dispositivo traz a possibilidade de contratação direta ou
terceirizada de pessoas para a prestação de atividades relativas à militância e à mobilização nas
campanhas eleitorais, que observam uma série de parâmetros. Vejamos, inicialmente, o dispositivo e, em
seguida, um esquema. Notem que é estabelecido um número limite de contratados em função do cargo
eletivo e, no caso do município, do número de eleitores.
I – em Municípios com até 30.000 (trinta mil) eleitores, não excederá a 1% (um por cento)
do eleitorado;
III – Deputado Federal: na circunscrição, 70% (setenta por cento) do limite estabelecido
para o Município com o maior número de eleitores, e, no Distrito Federal, esse mesmo
percentual aplicado sobre o limite calculado na forma do inciso II do caput, considerado o
eleitorado da maior região administrativa;
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VI – Vereador: 50% (cinquenta por cento) dos limites previstos nos incisos I e II do caput,
até o máximo de 80% (oitenta por cento) do limite estabelecido para Deputados Estaduais.
Pessoal, o dispositivo é realmente confuso. Acredito que não haja necessidade de memorizar o cálculo. De
todo modo, a fim de facilitar, montamos o gráfico abaixo:
300 + 1 contratado para cada 1.000 eleitores que exceder 30.000 do município com o maior número de
eleitores por estado da Federação
GOVERNADOR DE ESTADO-MEMBRO
duas vezes de: 300 + 1 contratado para cada 1.000 eleitores que exceder 30.000 do município com o
maior número de eleitores
duas vezes de: 300 + 1 contratado para cada 1.000 eleitores que exceder 30.000
DEPUTADO FEDERAL
70% de: 300 + 1 contratado para cada 1.000 eleitores que exceder 30.000 do município com o maior
número de eleitores
DEPUTADO DISTRITAL/ESTADUAL
PREFEITO
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Municípios com mais de 30.000 eleitores - 300 + 1 contratado para cada 1.000 eleitores que exceder
30.000
VEREADOR
50% de: não mais que 300, em municípios com menos de 30.000 eleitores até o máximo de 80% do
limite estabelecido para deputados estaduais
50% de: 300 + 1 contratado para cada 1.000 eleitores que exceder 30.000, para municípios com mais
de 30.000 eleitores até o máximo de 80% do limite estabelecido para deputados estaduais.
§ 2º Nos cálculos previstos nos incisos I e II do caput e no § 1º, a fração será desprezada, se
inferior a 0,5 (meio), e igualada a 1 (um), se igual ou superior.
§ 4º Revogado.
§ 6º São excluídos dos limites fixados por esta Lei a militância não remunerada, pessoal
contratado para apoio administrativo e operacional, fiscais e delegados credenciados
para trabalhar nas eleições e os advogados dos candidatos ou dos partidos e coligações.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Com o encerramento das eleições, os candidatos, os partidos políticos e as coligações deverão prestar
contas à Justiça Eleitoral dos recursos arrecadados e dos gastos efetuados ao longo da campanha eleitoral,
conforme disciplinam os arts. 28 a 32, da Lei das Eleições.
a contabilização dos
recursos arrecadados
A PRESTAÇÃO DE
CONTAS ENVOLVE...
a contabilização dos
gastos efetuados ao longo
da campanha
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Notem que a obrigação acima não se restringe ao candidato eleito. Ela abrange todos aqueles que concorrem
ao pleito eleitoral. Além disso, tanto os partidos como as coligações devem apresentar suas contas à Justiça
Eleitoral.
Portanto, com a prestação de contas é possível averiguar a correção na arrecadação e nos gastos
despendidos pelos candidatos, pelos partidos e pelas coligações durante o pleito eleitoral e com isso garantir
a possibilidade de que todos os cidadãos tenham condições de disputar pleitos eleitorais.
Em que pese a redação do dispositivo acima, as contas eleitorais são prestadas atualmente por intermédio
de sistema próprio, denominado de Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE).
Em regra, os gastos efetuados devem constar da prestação de contas. Há, contudo, duas exceções,
disciplinadas expressamente no §6º, do art. 28, da Lei nº 9.504/1997. Nós já estudamos essas regras, agora,
vejamos a literalidade do dispositivo:
I – a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$4.000,00 (quatro mil reais) por pessoa
cedente;
Assim, NÃO precisa haver comprovação na prestação de contas na cessão de bens móveis, desde que
limitada ao valor de R$ 4.000,00.
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Além disso, doações de bens de uso comum de sede e de materiais de propaganda entre candidatos são
dispensados da comprovação na prestação de contas. De todo modo, tais gastos devem ser registrados na
prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa.
Como vimos o art. 28, §6º, da Lei das Eleições prevê as espécies de bens e serviços que ficam dispensados
da prestação de contas, a Lei nº 13.488/2017 acrescentou o inc. III.
A hipótese, embora fosse lógica, não estava prevista expressamente o que gerava certa insegurança. Agora
temos previsão expressa!
Assim, a cessão de automóvel do próprio candidato, do seu cônjuge ou parentes até 3º grau para
campanha não precisa ser declarado como gasto de campanha. Muita atenção, pois não somente o veículo
do próprio candidato pode ser utilizado por ele, mas também veículos de seus familiares.
Quanto a cessão de automóveis é importante, ainda, ressaltar o entendimento do TSE8 que veda a utilização
de veículo automotor, embarcação ou aeronave de propriedade de candidato em coparticipação com pessoa
jurídica.
Os §§1º e 2º disciplinam como será feita a prestação de contas. Há duas regras diferentes, uma para eleições
majoritárias e outra para eleições proporcionais.
ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS
8
Ac.-TSE, de 12.6.2018, na Cta nº 060045055
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Em eleições majoritárias, a prestação de contas será feita pelo PRÓPRIO candidato. Com a Lei nº
13.165/2015, não há mais necessidade de constituição de comitês financeiros. Vejamos:
Ainda em relação ao dispositivo acima, duas informações devem constar da prestação de contas:
ELEIÇÕES PROPORCIONAIS
O §2º apenas informa que a prestação de contas será feita – tal como ocorre em relação às eleições
majoritárias – pelo PRÓPRIO candidato.
Isso mesmo, não existe qualquer diferença. Antes da reforma de 2015, tínhamos formas distintas de
prestação de contas para as eleições majoritárias e proporcionais. Agora, como não há mais a
obrigatoriedade de constituição de comitês, OS CANDIDADOS PRESTAM CONTAS DIRETAMENTE.
Em síntese...
PRESTAÇÃO DE
eleições eleições
CONTAS PELO
majoritárias proporcionais
PRÓPRIO CANDIDATO
Além da prestação de contas, a ser efetuada pelos candidatos, a Lei das Eleições obriga os partidos políticos,
as coligações e os candidatos a divulgarem as informações financeiras da campanha na internet. Segundo
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decisão do TSE9 os atrasos na apresentação das parciais das contas ou dos relatórios devem ser
acompanhados de justificativa que se forem rejeitadas concretizam irregularidade grave apta a
desaprovação das contas.
valores doados
2ª REGRA: no DIA 15/9 do ano eleitoral deverá ser divulgado um relatório discriminado:
9
Ac.-TSE, de 12.12.2019, no AgR-REspe nº 060177681
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O §8º traz uma regra específica relativa à comprovação de gastos com passagens aéreas. Vejamos:
Para finalizar o extenso art. 28, da Lei nº 9.504/1997, vamos estudar o sistema simplificado de prestação de
contas. Esse sistema simplificado é adotado em duas situações:
Para candidatos que movimentarem, no máximo, R$ 20.000,00. Essa regra específica visa
facilitar a prestação de contas para eleições menores, pois geram grandes consequências
se forem irregulares.
Essa regra abrange tanto a prestação de contas para cargos de Prefeitos e de vice-Prefeitos
como cargos de vereadores de cidades pequenas.
Importante! São critérios alternativos não cumulativos. Logo, é incorreto afirmar que é necessário ter gasto
inferior a R$ 20.000,00 e, além disso, envolver eleições para cargos municipais, cujo eleitorado seja inferior
a 50.000. Um ou outro! Vejamos:
I - identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os
respectivos valores recebidos;
II - identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores
de material e dos prestadores dos serviços realizados;
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Reunindo tudo:
Vejamos o §11 que trata do sistema simplificado de prestação de contas para as eleições municipais em
cidades com menos de 50.000,00 eleitores.
§ 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com MENOS DE CINQUENTA
MIL ELEITORES, a prestação de contas será feita SEMPRE pelo sistema simplificado a que
se referem os §§ 9o e 10.
Note que, nesse caso, ainda que o valor dos gastos ultrapasse a casa dos R$ 20.000,00, será obrigatória a
adoção do sistema simplificado de contas, haja vista a expressão “sempre”.
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Por fim, a regra contida no §12 explica que as transferências efetuadas pelos partidos políticos aos seus
candidatos deverão ser duplamente registradas. Vejamos:
§ 12. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados
na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de
contas anual dos partidos, como transferência aos candidatos. (Redação dada pela Lei nº
13.877, de 2019)
Assim...
o partido deverá
registrar como
pagamento ao
TRANSFERÊNCIAS DOS candidato
PARTIDOS PARA OS
CANDIDATOS
o candidato deverá
registrar como
recebimento do partido
Importante destacar que na redação anterior do §12, havia previsão quanto à desnecessidade de
individualização dos doadores, era a chamada doação oculta que violava a transparência e favorecia a
corrupção. Por isso, por decisão do STF, na ADI nº 5.394, chegou-se à conclusão de que os valores que o
partido político recebia a título de doação de pessoas físicas poderiam ser repassados aos candidatos, desde
que fossem indicados a origem do valor. Passou-se a exigir a individualização do valor e do doador. Em
atenção à decisão do STF, a Lei 13.3877/2019 alterou a redação do dispositivo alinhando-se ao que foi
decidido pelo Supremo. Logo, a individualização dos valores é obrigatória.
(IBFC – TRE/PA 2020) Com relação à prestação de contas de campanhas eleitorais, considere a Lei nº
9.504/1997 e suas alterações, e analise as afirmativas abaixo:
I. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de
contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas anual dos partidos, como
transferência aos candidatos.
II. Ficam dispensadas de comprovação na prestação de contas a cessão de automóvel de propriedade do
candidato, do cônjuge e de seus parentes até o quarto grau para seu uso pessoal durante a campanha.
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III. Até doze meses após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a documentação concernente
a suas contas. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a
documentação a elas concernente deverá ser conservada até o término do mandato eletivo.
IV. Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão comprovados mediante a
apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando for o caso, desde que
informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigência de apresentação de qualquer outro
documento para esse fim.
Assinale a alternativa correta.
Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
B) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
C) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
D) Apenas a afirmativa I está correta
Comentários
Vamos comentar cada item:
O item I está correto. A assertiva trouxe a cópia literal do art. 28 §12º da Lei 9.504/97.
O item II está incorreto. A assertiva trata das exceções previstas no §6º do art. 28 da LE, realmente a cessão
de automóvel de propriedade do candidato, seu cônjuge ou parentes para uso durante a campanha ficam
dispensados de comprovação na prestação de contas. O erro da questão está no grau de parentesco a
exceção abrange a propriedade de parentes até o TERCEIRO GRAU e não quarto.
O item III está incorreto. O prazo para a conservação da documentação das contas de campanha dos partidos
e candidatos é 180 dias após a diplomação ou até a decisão final quando houver processo judicial pendente
de julgamento, conforme o art. 32 da Lei das Eleições.
O item IV está correto. A assertiva trouxe a literalidade do §8º do art. 28 da Lei 9.504/97.
Logo, o gabarito da questão é a letra C.
O art. 29 traz regras a serem aplicáveis à prestação de contas pelo comitê. Como estudamos acima, a
prestação de contas se dá DIRETAMENTE PELO CANDIDATO sem a existência do comitê para tal finalidade.
Dessa forma, a fim de compatibilizar o dispositivo abaixo com a reforma eleitoral, conclui-se que os deveres
estabelecidos no art. 29 competem aos próprios candidatos. Vejamos:
I – Revogado;
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III - encaminhar à Justiça Eleitoral, até o trigésimo dia posterior à realização das eleições,
o conjunto das prestações de contas dos candidatos e do próprio comitê, na forma do
artigo anterior, ressalvada a hipótese do inciso seguinte;
Da leitura desse dispositivo devemos focar no cerne da regra, que é a consolidação da prestação de contas
a ser enviada à justiça eleitoral com o término do pleito. Há, portanto, dois prazos importantes: um a ser
aplicado na hipótese de as eleições ocorrerem em único turno; e outro que se aplica às eleições que
ocorrerem em dois turnos.
Assim...
SE AS ELEIÇÕES
a consolidação das contas deverá ser
TERMINAREM
encaminhada à Justiça Eleitoral até o 30º dia
NUM ÚNICO
após o pleito
TURNO
Importante!!!
A inobservância dos prazos acima impede a diplomação dos eleitos. Veja o §2º do art. 29 da LE:
Se existirem débitos de campanha não quitados até a data de prestação de contas os partidos, por decisão
de seu órgão nacional, poderão assumir as dívidas. Segundo jurisprudência do TSE as dívidas de campanha
pendentes constituem irregularidade grave a ensejar desaprovação das contas10, porém caso o partido
político assuma a dívida pendente as contas poderão ser aprovadas.11 De acordo com o §4º do art. 29 da LE
ao assumir a dívida o órgão partidário, da respectiva circunscrição, passará a responder solidariamente com
o candidato. Vamos verificar a literalidade dos parágrafos citados:
10
Ac.-TSE, de 27.9.2016, no AgR-REspe nº 263242
11
Ac.-TSE, de 8.2.2011, na Pet nº 2597
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Na sequência, a Lei nº 9.504/1997 passa a discorrer sobre o procedimento de apuração das contas perante
a Justiça Eleitoral. A fim de facilitar a absorção dos assuntos, vejamos, inicialmente, uma linha da evolução
do procedimento.
Poderão ser
Em caso de
determinadas
desaprovação ou de
diligências junto Parecer pelo órgão O órgão técnico
aprovação com
aos doadores e aos técnico sobre as poderá retificar as
ressalvas haverá
fornecedores com contas. conclusões iniciais
vista dos autos pelo
prazo de 72 horas
prazo de 72 horas
(circularização).
Assim, ao receber a prestação de contas, a Justiça Eleitoral procederá à verificação da regularidade das
contas de campanha. Nessa análise, podemos ter três desfechos (que estão no inc. I a III), bem como o
candidato e o partido poderão não apresentar as contas (que está no inc. IV). Vejamos:
Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
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II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam
a regularidade;
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida
pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no
prazo de setenta e duas horas.
Destaca-se do inc. IV que, em caso de não prestação, a Justiça Eleitoral “dará uma segunda chance” para a
notificação do candidato, do partido ou da coligação para que apresentem as contas no PRAZO DE 72
HORAS.
Em forma de esquema...
Aprovação
Desaprovação
No que atine à aprovação de contas com ressalvas, destaca a doutrina que ela será aplicada nos casos em
que houver faltas materiais, contudo, dada a gravidade reduzida da irregularidade cometida, as contas serão
aprovadas.
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Segundo a doutrina de José Jairo Gomes12, o efeito da aprovação das contas com ressalva é moral.
A desaprovação, por sua vez, é contaminada pela ilicitude, podendo ensejar a perda do repasse dos
recursos do Fundo Partidário ao partido, a perda do diploma ou a inelegibilidade do candidato, a condenação
por abuso do poder econômico e, inclusive, a condenação por arrecadação ou gasto ilícito de recursos na
campanha eleitoral.
Como vimos, o §2º do art. 29 da LE afirma que a inobservância dos prazos para a prestação de contas obsta
a diplomação do candidato eleito. Em complemento, o §1º do art. 30 dispõe que a decisão que julgar as
contas será publicada em sessão até 3 dias antes da diplomação, o que corrobora a ideia de que somente
serão diplomados candidatos que estejam com as contas regulares perante a Justiça Eleitoral.
Sempre que lermos um prazo, devemos redobrar a atenção, pois as provas buscam tais informações. Aqui, a
importância de memorizá-lo é qualificada, já que, antes da Lei nº 13.165/2015, esse prazo era de 8 dias,
AGORÁ É DE 3 dias. Portanto, até três dias antes da sessão solene de diplomação dos candidatos eleitos,
deverá ser publicada a decisão que julgar as contas.
§ 1º A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos será publicada em sessão ATÉ
TRÊS DIAS ANTES DA DIPLOMAÇÃO.
O § 2ª minimiza a ocorrência de erros formais, ou de erros materiais, e formais, corrigidos a tempo, de modo
que não justificam a desaprovação das contas.
§ 2º Erros formais e materiais corrigidos não autorizam a rejeição das contas e a cominação
de sanção a candidato ou partido.
§ 2º-A Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que não
comprometam o seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas.
A jurisprudência do TSE entende que ainda que expressivo o percentual de valores divergentes, é possível
aplicar o princípio da proporcionalidade e aprovar contas com ressalvas cujos valores absolutos sejam
pequenos.
Para aferir as contas é possível, inclusive, a requisição de servidores que trabalham junto ao TCU, ao TCE e
ao TCM.
§ 3º Para efetuar os exames de que trata este artigo, a Justiça Eleitoral poderá requisitar
técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios, pelo tempo que for necessário.
12
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, 10ª edição, rev. e atual., São Paulo: Editora Atlas S/A, 2014, p. 363
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Vejamos, ainda, os §§ restantes desse dispositivo, que estão esquematizados na linha do tempo acima
mencionada:
§ 5º Da decisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos caberá recurso ao órgão
superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no Diário
Oficial.
§ 6º No mesmo prazo previsto no § 5º, caberá recurso especial para o Tribunal Superior
Eleitoral, nas hipóteses previstas nos incisos I e II do § 4º do art. 121 da Constituição
Federal.
Das regras acima, memorize que o Recurso Especial ao TSE, no prazo de 3 dias, poderá ser interposto em
duas situações específicas:
Na sequência, a Lei nº 9.504/1997 passa a tratar, no art. 30-A, da representação para abertura de
investigação judicial, cujas linhas gerais serão analisadas no capítulo relativo ao abuso de poder econômico
nas eleições e em recursos eleitorais. Não veremos esse dispositivo nesta parte da prestação de contas.
Quanto ao art. 31, da referida lei, devemos ter máxima atenção. O dispositivo trata das sobras de valores
após as prestações de contas. Somente será possível falar em "sobras de campanha" após o julgamento dos
eventuais recursos em razão do processo eleitoral. Com a apuração final das contas, podemos concluir sobre
a existência real de sobras.
Ocorrendo tais sobras, disciplina o art. 31 que os valores serão transferidos ao partido político,
observando-se alguns critérios a depender do candidato a que se refere.
Assim, no caso de candidatos a eleições municipais (Prefeito, vice e vereadores) os recursos serão
transferidos para o órgão diretivo municipal respectivo.
Finalmente, no caso de eleições Presidenciais, os recursos ficarão com órgão diretivo nacional do partido.
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É a lógica, não?!
Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser
declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao partido,
obedecendo aos seguintes critérios:
IV – o órgão diretivo nacional do partido não poderá ser responsabilizado nem penalizado
pelo descumprimento do disposto neste artigo por parte dos órgãos diretivos municipais e
regionais.
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CANDIDATURA A
CANDIDATURA A
GOVERNADOR (VICE), A CANDIDATURA A
PREFEITO (VICE) E A
SENADOR, A DEPUTADO PRESIDENTE (VICE)
VEREADOR
FEDERAL E ESTADUAL
Art. 32. Até cento e oitenta dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão
a documentação concernente a suas contas.
O art. 32 trata da manutenção dos documentos relativos às contas. Esses documentos, em regra, deverão
ser conservados até 180 dias após a diplomação, exceto no caso de pendência judicial, quando os
documentos deverão ser conservados até o final da ação, caso ultrapasse os 180 dias.
Uma dúvida recorrente acerca da guarda desses documentos envolve um prazo de 5 anos, que consta da Lei
nº 9.096/1995. CUIDADO para não confundir.
Quando se tratar de contas de CAMPANHA, tanto do partido político como do candidato, o período de
conservação dos documentos é por 180 dias ou até o final do julgamento do processo na forma acima.
Por outro lado, quando envolver a prestação de contas PARTIDÁRIAS, a guarda dos documentos será exigida
pelo prazo de 5 anos, e não de 180 dias.
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ABUSO DE PODER
1 - Introdução
As primeiras teorizações acerca do abuso de poder e de direito foram desenvolvidas na seara privada, a partir
do estudo da responsabilidade civil por abuso de direito. Com o tempo, os conceitos desenvolvidos no
Direito Civil foram levados para as demais disciplinas jurídicas e, inclusive, para o Direito Público.
O abuso de direito e de poder não envolve apenas uma questão de responsabilidade civil, mas efetivamente
uma questão de moralidade no exercício dos direitos e dos poderes concernentes a esses direitos.
Desse modo, haverá abuso de direito ou de poder quando o titular do direito, ou da prerrogativa, o exerce
fora dos limites legais delimitados pelo ordenamento. Podemos compreender o instituto, portanto, como
uma cláusula utilizável para fundamentar a responsabilidade daquele que abusar do seu direito, ou poder,
de forma tal que cause lesão a um bem jurídico de outrem.
Esse conceito tem importância destacada no contexto jurídico atual devido à importância que se confere à
observância da função social do direito. Determina-se que os direitos não podem ser exercidos de forma
abusiva, ou seja, fora da função legítima, relevante e digna prevista para aquele direito ou conferida àquele
poder. Não é tolerável, assim, o manejo das prerrogativas legais de forma egoísta, capaz de prejudicar uma
pessoa ou, inclusive, a coletividade.
Segundo a legislação civil, o uso abusivo do direito pode gerar a responsabilidade civil, nos termos do art.
187, do CC:
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Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes.
Esse dispositivo acima é considerado norma geral aplicável a todo o ordenamento jurídico, constituindo
hipótese de responsabilidade civil objetiva, ou seja, que independe da discussão em torno da culpa do
agente. Ademais, tal cláusula geral é aplicável no ordenamento como um todo. Desse modo, serve de
fundamento para a aplicação do instituto no Direito Administrativo, no Direito Penal, no Direito Processual
e, também, no Direito Eleitoral.
Destaca-se, na esfera política, a influência corrosiva do poder. Assim, o detentor de mandato político
encontra-se potencialmente suscetível a agir com abuso de poder. Essa é uma realidade que exige
tratamento adequado e igualmente capaz de inibi-lo e de reprimi-lo, uma vez que os dirigentes são apenas
mandatários devendo pautar suas condutas de acordo com os parâmetros legais.
Por abuso devemos compreender a ação ou omissão irrazoável ou anormal do agente, de modo que a
violação ao ordenamento jurídico não se dá pelo direito em si, mas pelos meios empregados para exercer
ou usufruir desse direito. Os atos abusivos põem em perigo direitos subjetivos e a democracia.
Poder, por outro lado, revela-se na capacidade que o agente tem de influenciar, de condicionar ou de
determinar o comportamento de terceiros em razão de sua vontade.
Nesse contexto, José Jairo Gomes13 conceitua abuso de poder do seguinte modo:
O conceito acima é complexo. Para a nossa prova, devemos ter em mente que o abuso de poder constitui a
ação, ou a omissão, com vistas a influenciar o comportamento de outras pessoas, utilizando-se de meios
excessivos para além do uso regular do direito e, em razão disso, violadores da norma jurídica.
13
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 256.
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Discute-se, na doutrina, se o abuso de poder constitui, dessa forma, uma cláusula geral ou um conceito
jurídico indeterminado.
As cláusulas gerais são normas com diretrizes indeterminadas, que não trazem expressamente uma solução
jurídica (consequência). A norma é inteiramente aberta. Uma cláusula geral, em outras palavras, é um texto
normativo que não estabelece, a priori, o significado do termo (pressuposto), tampouco as consequências
jurídicas da norma (consequente). Sua ideia é estabelecer uma pauta de valores a ser preenchida de acordo
com as contingências históricas.
De outro lado, denomina-se conceito jurídico indeterminado quando palavras, ou expressões, contidas
numa norma, são vagas/imprecisas, de modo que a dúvida se encontra no seu significado, e não nas
consequências legais de seu descumprimento.
Desse modo:
a dúvida está no
e no consequente
CLÁUSULA GERAL pressuposto
(solução legal).
(conteúdo)
Em vista dos conceitos acima, é possível afirmar que o abuso de poder é um conceito jurídico indeterminado.
As consequências para aquele que incorrer em abuso de poder no Direito Eleitoral estão estritamente
delimitadas pelo nosso ordenamento. A abertura, por sua vez, reside no conteúdo desse direito, ou seja, em
seu pressuposto.
conceito jurídico
ABUSO DE PODER
indeterminado
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Em razão da indeterminação do conteúdo é possível delimitar espécies de abuso de poder. Conforme ensina
a doutrina, a ofensa ao processo eleitoral poderá decorrer, por exemplo, do comprometimento da
normalidade ou da legitimidade do pleito eleitoral, da subversão da vontade genuína do eleitor ou, até
mesmo, do comprometimento da igualdade entre candidatos e partidos na disputa eleitoral.
Devido à gravidade para o processo democrático, o abuso de poder deve ser severamente reprimido em
qualquer uma das suas formas, seja o abuso de natureza econômica, política, ideológica, social, dos meios
de comunicação etc.
O abuso de poder econômico relaciona-se ao dinheiro, ou seja, aos valores patrimoniais utilizados no
processo eleitoral, seja antes, durante e depois da campanha eleitoral.
Assim, o abuso de poder econômico remete à prática de condutas voltadas para o uso de valores que o
agente detém, controla ou recebe para influenciar no resultado das eleições, por intermédio de uma conduta
exorbitante, desarrazoada, capaz de abalar a legitimidade e a isonomia do pleito eleitoral.
Desse modo, o abuso de poder econômico nas eleições decorre da utilização desarrazoada e anormal de
dinheiro com vistas a influenciar o resultado do processo eleitoral. É importante estar atento para o fato de
que, para a ocorrência dessa modalidade de abuso, não importa efetivamente a quantidade de valores
despendidos, mas o destino conferido aos valores. Verifica-se a gravidade lesiva da conduta quanto a sua
influência no tratamento isonômico entre os candidatos e no respeito à vontade popular.
Para além do emprego abusivo de recursos patrimoniais nas campanhas eleitorais, o abuso de poder
econômico pode se manifestar na utilização dos meios de comunicação social ou do descumprimento de
regras atinentes à arrecadação e ao uso de fundos de campanha.
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Irregularidades na prestação de contas do partido político podem gerar consequências ao partido e, também,
aos candidatos do partido.
Primeiramente, o dispositivo acima traz PUNIÇÃO ESPECÍFICA DESTINADA AOS PARTIDOS POLÍTICOS,
prevendo a perda dos recursos do Fundo Partidário para o ano seguinte em que incorrem no
descumprimento das normas referentes à arrecadação e à aplicação de recursos.
Por outro lado, caso haja desaprovação total ou parcial das contas do partido político, ele poderá sofrer
suspensão do recebimento de novas quotas por período que irá variar de 1 a 12 meses ou pelo desconto
do valor irregular, a critério do juiz e de acordo com a importância da irregularidade e prejuízos à lisura
eleitoral causados.
Ademais, é importante notar que tal penalidade não elide a possibilidade de condenação do CANDIDATO
beneficiário por abuso de poder econômico que, como veremos adiante, poderá implicar a inelegibilidade.
Note que tanto o partido como o candidato podem sofrer consequências em razão de irregularidades na
arrecadação das contas de campanha. Lembre-se de que:
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por
descumprimento
perda das quotas
das regras
do Fundo
relativas à
Partidário no ano
arrecadação e
seguinte
aplicação de
para o recursos
partido
suspensão de por desaprovação
DESAPROVAÇÃO quotas (1 a 12 total ou parcial
DAS CONTAS DE meses) ou desconto das contas
CAMPANHA do valor irregular partidárias
processo de abuso
para o
de poder
candidato
econômico
O art. 30-A, da Lei nº 9.504/1997, trata especificamente da representação contra candidato por
irregularidades na arrecadação e nos gastos de campanha.
Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no
prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a
abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas
desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos.
§ 2º Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado
diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.
É a representação eleitoral para a investigação judicial eleitoral! Essa ação deverá ser ajuizada no prazo de
15 dias, a contar da diplomação do candidato.
A finalidade dessa investigação é declarar a inelegibilidade por abuso do poder econômico, político e abuso
de autoridade.
Embora adote o procedimento do art. 22 da LC 64/90, não haverá deslocamento de competência para o
Corregedor, a representação será julgada pelo Juiz Eleitoral, se a eleição for municipal, pelo TRE, se a eleição
for estadual e quanto às eleições presidenciais, a investigação será julgada pelo TSE.
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Caso seja comprovado o abuso de poder econômico, o candidato será condenado por inelegibilidade e seu
diploma será negado; caso já tenha sido expedido, será cassado.
A captação ilícita de sufrágio, cuja disciplina consta do art. 41-A, da Lei nº 9.504/1997, também é
consequência de condutas que geram abuso de poder econômico:
Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio,
vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o
fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive
emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição,
inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil UFIR, e cassação do registro ou do
diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18
de maio de 1990.
§ 3º A representação contra as condutas vedadas no caput poderá ser ajuizada até a data
da diplomação.
§ 4º O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três)
dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.
A captação ilícita de votos constitui conduta abusiva em razão do uso irregular de recursos em campanhas
eleitorais em decorrência de doação, de oferecimento e de promessa de valores com a finalidade de obter o
voto.
A jurisprudência entende que os requisitos para caracterizar a captação ilícita de sufrágio são:
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Para que se comprove a captação ilícita não interessa saber em quem o eleitor votou, para concretizar a
infração basta provar que houve a simples promessa concreta de oferecimento do bem ou vantagem o que
não se confunde com exposição de plano de governo ou mera promessa genérica de campanha.
Não se exige aferição da potencialidade do fato quanto ao desiquilíbrio do pleito, neste caso a aferição é
qualitativa e não quantitativa.
Segundo a nossa legislação eleitoral, a incursão nesse dispositivo poderá implicar, além da multa, a cassação
do registro ou da candidatura do pretendente ao mandato eletivo.
O abuso do poder político pressupõe conceituar agentes públicos. Segundo a doutrina de Direito
Administrativo, os agentes públicos são os sujeitos que servem ao Poder Público, ainda que façam isso de
modo ocasional.
§ 1º Reputa-se agente público, para os efeitos deste artigo, quem exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
nos órgãos ou entidades da Administração Pública direta, indireta, ou fundacional.
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O abuso de poder político ocorre nas situações em que os agentes públicos, valendo-se da sua situação
privilegiada de poder, se utilizarem da máquina pública para fins eleitorais, em discrepância com os princípios
que informam a Administração Pública e, em especial, sem atender ao interesse público.
A atenção estatal às hipóteses de abuso de poder político é relevante, uma vez que, no Brasil, é comum a
utilização da máquina administrativa colocada a serviço de candidaturas no processo eleitoral. Entre os
exemplos mais corriqueiros, destacam-se:
Inauguração de obras públicas nos meses que antecedem os pleitos eleitorais, justamente
com o fito de influenciar o poder de decisão dos eleitores;
Num esforço de enumerar as diversas possibilidades de condutas que podem implicar abuso de poder
político, leciona José Jairo Gomes14:
Ante sua elasticidade, o conceito em foco pode ser preenchido por fatos ou situações tão
variados quanto os seguintes: uso, doação ou disponibilização de bens e serviços públicos,
desvirtuamento de propaganda institucional, manipulação de programas sociais,
contratação ilícita de pessoas ou serviços, ameaça de demissão ou transferência de
servidor público, convênios urdidos entre entes federativos estipulando transferência de
recursos às vésperas das eleições.
A fim de evitar tais distorções nas eleições com a utilização da máquina estatal, a Lei das Eleições fixa uma
série de condutas vedadas aos agentes públicos, cujo conhecimento é imprescindível. Antes de analisarmos
as hipóteses da legislação, devemos fazer uma importante distinção.
14
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 260.
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Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
O que nos quer dizer o dispositivo acima é que as condutas vedadas aos agentes públicos, pelo art. 73 da
LE, se praticadas constituirão hipóteses de improbidade administrativa por violação aos princípios da
Administração Pública. Como já vimos em aulas anteriores a Lei 8429/92 sofreu diversas mudanças e o inciso
I do art. 11 foi revogado pela Lei 14.230/2021. O inciso III do art. 12 também foi modificado e hoje não se
aplica a suspensão de direitos políticos quando o ato de improbidade viole princípios da administração
pública. Veja a literalidade dos artigos da lei 8429/92:
Art. 11. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de
honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes
condutas: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021).
I - Revogado
III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro)
vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder
público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Como podermos observar, a incidência em uma das condutas, que veremos adiante, traz severas
consequências à pessoa, constituindo importante alerta àqueles que almejam uma carreira pública. E nem
poderia ser diferente! Além de praticar um ato atentatório à legitimidade e à normalidade do pleito eleitoral,
o indivíduo vale-se da máquina administrativa para lograr êxito em seus desígnios pessoais.
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
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V – nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir
ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional
e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do
pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade
de pleno direito, ressalvados:
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VII – empenhar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos
órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, que excedam a 6 (seis) vezes a média mensal dos valores
empenhados e não cancelados nos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito;
O art. 73 arrola condutas que NÃO podem ser praticadas pelos agentes públicos e que são capazes de afetar
a igualdade entre candidatos e partidos no pleito eleitoral.
Registre-se que a vedação não abrange bem público de uso comum15, conforme jurisprudência do TSE.
A jurisprudência do TSE decidiu que a conduta vedada pelo inciso I pode ser configurada antes do período
eleitoral16 ou para a promoção de candidatura política17
15
Ac.-TSE, de 4.12.2014, na Rp nº 160839
16
Ac.-TSE, de 4.6.2019, no AgR-REspe nº 060035327
17
Ac.-TSE, de 28.11.2016, no AgR-RO nº 137994
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Conforme o art. 73, §2º, a utilização dos meios de transporte oficiais disponíveis durante o período eleitoral
para fins de campanha, pela Presidência da República, não está abarcada pela vedação. De todo modo, os
valores gastos em campanha serão ressarcidos na forma do art. 76, da LE.
fora do horário de
servidor licenciado em férias
trabalho
Usar ou permitir o uso, em favor de candidatos ou partido, de distribuição gratuita de bens e de serviços
sociais.
Em razão disso, nos anos eleitorais veda-se a distribuição de bens, de valores ou de benefícios pela
Administração Pública, conforme o art. 73, §10, da LE. A ideia aqui é reduzir ao máximo a possibilidade do
uso de serviços públicos gratuitos com fins eleitoreiros.
Contudo, o dispositivo apresenta algumas exceções, as quais possuem relevância para a nossa prova.
De todo modo, o § 11, do mesmo dispositivo, prevê que esses serviços sociais não poderão ser realizados
em entidades nominalmente vinculadas aos candidatos ou sejam mantidas por eles.
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Ademais, conforme entendimento do TSE, a Lei Eleitoral não proíbe a prestação de serviço social custeado,
ou subvencionado, pelo poder público nos três meses que antecedem à eleição, mas sim o seu uso para fins
promocionais de candidato, de partido ou de coligação (Acórdão nº 5.283/2004).
Não se encaixam nesses dispositivos os bens de natureza cultural, posto à disposição de toda a coletividade18
e não incide também quando houver contraprestação por parte do beneficiado19.
Veda-se a nomeação, a exoneração, a remoção ou a substituição de servidores nos três meses que
antecedem o pleito até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade.
A vedação aqui não é para a realização de concurso, procura-se evitar o condicionamento da nomeação, as
ameaças de exoneração ou a transferência de servidores com finalidades políticas.
Essa regra, contudo, gera uma série de exceções, ou seja, hipóteses em que será possível a nomeação, por
exemplo, de servidor dentro do período de 3 meses antes das eleições. Vejamos essas exceções:
Veda-se, nos três meses que antecedem o pleito, a transferência de recursos entre os entes federativos,
a não ser para:
Veda-se, nos três meses que antecedem o pleito, a autorização de publicidade institucional.
18
Ac.-TSE, de 26.10.2004, no REspe nº 24795
19
Ac.-TSE, de 20.5.2014, no REspe nº 34994
20
Ac.-TSE, de 20.5.2010, na Cta nº 69851
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propaganda de produtos e de
serviços que tenham
concorrência no mercado
PERMITE-SE A PUBLICIDADE
INSTITUCIONAL, AINDA QUE
NOS TRÊS MESES QUE
ANTECEDEM O PLEITO:
grave e urgente necessidade
pública
Veda-se, nos três meses que antecedem as eleições, fazer pronunciamento em rede nacional, salvo se
definido em horário político gratuito e em casos de matérias urgentes, relevantes e característica das funções
de governo.
Veda-se, o empenho no primeiro semestre do ano eleitoral, de despesas com publicidade dos órgãos
públicos em valor superior a 6 vezes a média mensal dos valores empenhados e não cancelados nos 3 (três)
últimos anos que antecedem o pleito;
Fique atento!
Esta última vedação é fruto de modificação legislativa realizada pela Lei 14.356/2022 que incluiu ainda o §
14 ao art. 73 da Lei das Eleições prevendo o índice de reajuste que deve ser observado ao se fazer o cálculo
das médias.
§ 14. Para efeito de cálculo da média prevista no inciso VII do caput deste artigo, os gastos
serão reajustados pelo IPCA, aferido pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), ou outro índice que venha a substituí-lo, a partir da data em que foram
empenhados.
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A lei 14.356/2022 trouxe ainda uma exceção aos limites impostos pelos incisos VI e VII do art. 73 quando a
publicidade institucional envolver o combate a pandemia causada pelo coronavírus.
Art. 4º Não se sujeita às disposições dos incisos VI e VII do caput do art. 73 da Lei nº 9.504,
de 30 de setembro de 1997, a publicidade institucional de atos e campanhas dos órgãos
públicos federais, estaduais ou municipais e de suas respectivas entidades da
administração indireta destinados exclusivamente ao enfrentamento da pandemia causada
pelo coronavírus SARS-CoV-2 e à orientação da população quanto a serviços públicos
relacionados ao combate da pandemia, resguardada a possibilidade de apuração de
eventual conduta abusiva, nos termos da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997.
Veda-se, desde as convenções para escolha dos candidatos até a posse dos eleitos, efetuar a revisão
geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder
aquisitivo.
De acordo com o §4º, do art. 73, da LE, o descumprimento das vedações acima, geram a suspensão imediata
da conduta vedada além das demais sanções cabíveis, e penalidade de multa (duplicada em caso de
reincidência), podendo, inclusive, sofrer a cassação do registro ou do diploma.
(VUNESP – Câmara de São Miguel Arcanjo/SP 2019) É vedada aos agentes públicos em campanhas
eleitorais a seguinte conduta:
a) ceder, em benefício de partido político, imóvel pertencente à administração direta do Município para
realização de convenção partidária.
b) ceder servidor público da administração direta do município, ainda que licenciado, para comitês de
campanha eleitoral de candidato.
c) nos seis meses que antecedem o pleito, realizar transferência voluntária de recursos dos Estados aos
Municípios, ressalvados os destinados para atender situações de emergência e de calamidade pública.
d) nos três meses que antecedem as eleições, contratar shows artísticos pagos com recursos públicos, em
inaugurações de obras públicas.
e) nos seis meses que antecedem as eleições, comparecer em inauguração de obras públicas.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 73, I da LE a cessão de bem imóvel para realização de
convenção partidária foi excepcionada da vedação.
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A alternativa B está incorreta. Embora o art. 73 III da LE vede a cessão de servidor público para atuação em
comitê de campanha eleitoral de candidato ressalva a possibilidade da utilização de seus serviços caso esteja
licenciado.
A alternativa C está incorreta. De acordo como art. 73 VI da LE a vedação ocorre 3 meses antes da eleição.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o art. 75 da LE.
A alternativa E está incorreta. Aqui o erro também diz respeito ao prazo vez que na forma do art. 77 da LE
será 3 meses antes do pleito eleitoral.
Na sequência, vamos tratar sobre o abuso de autoridade, cuja descrição consta do art. 74, da Lei nº
9.504/1997:
Art. 74. Configura abuso de autoridade, para os fins do disposto no art. 22 da Lei
Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, a infringência do disposto no § 1º do art. 37
da Constituição Federal, ficando o responsável, se candidato, sujeito ao cancelamento do
registro ou do diploma.
Configura abuso de autoridade a realização de publicidade pelo agente público em violação ao caráter
educativo, informativo ou de orientação social, nos termos previstos no art. 37, §1º, da CF:
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos.
Ademais, de acordo com o art. 75, da LE, nos três meses que antecedem o pleito eleitoral é vedada a
contratação de shows artísticos com recursos públicos, justamente para evitar a quebra do equilíbrio do
pleito eleitoral, pelo uso da máquina pública.
A infringência dessa regra implica a suspensão imediata da conduta e a cassação do registro ou do diploma.
Art. 75. Nos três meses que antecederem as eleições, na realização de inaugurações é
vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento do disposto neste artigo, sem prejuízo da
suspensão imediata da conduta, o candidato beneficiado, agente público ou não, ficará
sujeito à cassação do registro ou do diploma.
O art. 76, da LE, trata do ressarcimento das despesas com transporte oficial pelo Presidente da República
e pela sua comitiva em campanha eleitoral, que não possui relevância para a nossa prova, uma vez que é
um assunto específico, razão pela qual deixamos de mencionar.
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Finalmente, o art. 77 define o que é vedado ao candidato comparecer, nos três meses que antecedem o
pleito, a inauguração de obras públicas.
Art. 77. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3 (três) meses que precedem o
pleito, a inaugurações de obras públicas.
Com isso, finalizamos as principais regras relativas ao abuso do poder político nas eleições.
Em qualquer de suas hipóteses ocorre o ato ilícito eleitoral, o qual é estruturado do seguinte modo:
conduta abusiva
resultado
relação causal
ilicitude ou antijuridicidade
NEXO CAUSAL: liame existente entre a conduta e o resultado, esse traduzido na lesão ao bem ou no
interesse juridicamente tutelado.
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No Direito Eleitoral, o fundamento da responsabilização poderá ser tanto objetivo como subjetivo.
Entretanto, a responsabilidade objetiva, aquela que independe da culpa, predomina no Direito Eleitoral,
assemelhando-se à noção contemporânea do risco.
Afirma-se que a ideia é de prevenção de um mal ou dano futuro a um bem jurídico eleitoral relevante. Desse
modo, a responsabilização objetiva funda-se:
Com isso, finalizamos as observações pertinentes à responsabilização e a matéria relativa ao abuso de poder
no Direito Eleitoral.
1 - Introdução
As pesquisas eleitorais, denominadas de “pesquisas e testes pré-eleitorais”, surgiram nos EUA, em 1824, com
a denominação de “voto de palha” (straw vote), cuja finalidade era antecipar o resultado do pleito eleitoral.
Em que pese às críticas, as pesquisas são consideradas como um instrumento importante para os candidatos
avaliarem as respectivas campanhas eleitorais e para o eleitor avaliar os possíveis rumo do cenário político
pós-eleições.
A maior crítica, entretanto, às pesquisas eleitorais é o que se denomina de “bandwagon effect”, que constitui
a tendência dos eleitores em apoiar candidatos que estejam em vantagem nas pesquisas eleitorais.
Em razão desse efeito, o nosso CE vedou a divulgação de prévias ou testes pré-eleitorais na forma do art.
255, do CE:
Art. 255. Nos 15 (quinze) dias anteriores ao pleito é proibida a divulgação, por qualquer
forma, de resultados de prévias ou testes pré-eleitorais.
No mesmo sentido, a Lei nº 9.504/1997, no art. 35-A, tratou de proibir a divulgação de pesquisas eleitorais
do décimo quinto dia anterior até as dezoito horas do dia da eleição.
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Contudo, o dispositivo do CE e o art. 35-A da LE foram declarados incompatíveis com a CF, ou seja,
inconstitucionais, conforme ADI nº 3.741/200621. Segundo o julgado, é inconstitucional a restrição à
divulgação de pesquisas e testes pré-eleitorais por violação ao princípio da liberdade de expressão e do
direito à informação.
Desse modo, as pesquisas e testes pré-eleitorais são entendidos como instrumentos legais e válidos do
processo eleitoral brasileiro. Em razão disso, vejamos a disciplina constante do art. 33, da LE, que disciplina
o assunto:
Art. 33. As entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às
eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa,
a registrar, junto à Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, as seguintes
informações:
IV – plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico
e área física de realização do trabalho a ser executado, intervalo de confiança e margem de
erro;
VII – nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da respectiva nota fiscal.
21ADI 3741, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 06/08/2006, DJ 23-02-2007 PP-00016
EMENT VOL-02265-01 PP-00171.
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quem contratou
questionário completo
Aprofundando um pouco mais, extraímos da jurisprudência do TSE que as pesquisas eleitorais não se
confundem com enquetes ou com sondagens.
A sondagem, ou enquete, constitui o processo de estudo de opinião pública, que consiste em informar a
totalidade da população sobre os resultados obtidos por intermédio de um pequeno número de pessoas,
contatadas diretamente como representativas do conjunto dessa população.
Quanto às enquetes, há uma regra específica que não podemos desconsiderar para fins da nossa prova: SÃO
VEDADAS DURANTE O PERÍODO DA CAMPANHA ELEITORAL. Nesse sentido, vejamos o art. 33, §5º:
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4 - Registro da Pesquisa
Esse dispositivo é bastante relevante. O registro de candidato poderá ser efetuado perante o Juiz Eleitoral,
o TRE ou o TSE, a depender do cargo envolvido. Dessa forma, observando a mesma regra, as pesquisas para
cada um dos cargos devem ser registradas nas respectivas instâncias do Poder Judiciário eleitoral, conforme
o quadro abaixo:
Após o recebimento do registro, o órgão da Justiça Eleitoral procederá, no prazo de 24 horas, a afixação da
pesquisa, divulgando-a na internet, nos termos do dispositivo abaixo:
5 - Penalidades
O registro de pesquisa não é passível de deferimento ou indeferimento, trata-se apenas do registro prévio
de dados essenciais, não podendo o magistrado proibir a publicação da pesquisa. Contudo, a divulgação de
pesquisa sem o prévio registro sujeita os responsáveis a multa, caso ocorra divulgação de pesquisa
fraudulenta haverá crime.
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É importante ressaltar que a jurisprudência do TSE exige registro de pesquisas nas redes sociais, como
facebook e whatsApp.22
DIVULGAÇÃO DE
PESQUISA SEM PENALIDADE CIVIL: multa de 50.000 a
PRÉVIO REGISTRO 100.000 UFIR
DAS INFORMAÇÕES
Vejamos os dispositivos:
§ 3º A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações de que trata este
artigo sujeita os responsáveis a multa no valor de CINQÜENTA MIL A CEM MIL UFIR.
Embora os dados da pesquisa fiquem disponíveis pelo prazo de 30 dias, os dados específicos relativos à
pesquisa, que foram informados no termo dos incisos do art. 33, os quais vimos acima, poderão ser acessados
mediante requerimento pela Justiça Eleitoral, conforme §1º, do art. 34.
22
Ac.-TSE, de 8.2.2018, no AgR-AI nº 81736 e Ac.-TSE, de 30.5.2017, no AgR-REspe nº 10880.
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O não franqueio das informações sujeita o responsável por retardar, por impedir ou por dificultar a ação
dos partidos a crime, punível com detenção de 6 meses a 1 ano OU com pena de prestação de serviços à
comunidade, cumuladas com multa no valor de 10.000 a 20.000 UFIRs.
detenção (6 meses a 1
RETARDAR, IMPEDIR é crime! ano) ou prestação de
OU DIFICULTAR A serviços à comunidade
FISCALIZAÇÃO DAS pena
PESQUISAS PELOS
PARTIDOS
multa (10 a 20 mil
UFIR)
Nos termos do §3º, se comprovada a irregularidade dos dados publicados, o responsável ficará sujeito às
penas do quadro acima, além do dever de republicar os dados corretamente.
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detenção (6 meses
a 1 ano) ou
prestação de
serviços à
pena comunidade
é crime!
IRREGULARIDADE NOS multa (10 a 20 mil
DADOS DE PESQUISA UFIRs)
ELEITORAL
republicar os dados
obrigação
corretamente
O art. 35, da LE, reforça que os crimes relativos às pesquisas eleitorais podem ser aplicados aos
representantes legais das entidades de pesquisa ou do órgão veiculador das informações.
Art. 35. Pelos crimes definidos nos arts. 33, § 4º e 34, §§ 2º e 3º, podem ser
responsabilizados penalmente os representantes legais da empresa ou entidade de
pesquisa e do órgão veiculador.
Uma pergunta:
Embora a distinção não esteja bem clara, a primeira hipótese refere-se à pesquisa que contêm dados
incorretos ou inverídicos. Nessa hipótese, dificulta-se a identificação do crime. Na segunda hipótese, a
pesquisa é, por inteiro, mentirosa e fraudulenta. De todo modo, para fins da nossa prova, devemos registrar
ambas as hipóteses como corretas, caso sejam cobradas. Dificilmente uma questão de prova distinguiria uma
hipótese da outra.
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Para finalizar, registre-se que, como já vimos acima, o art. 35-A, da LE, foi declarado inconstitucional pelo
STF, na decisão da ADI nº 3.741/2006.
(FCC – TJ/MS - 2020) Ao disciplinar a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais, a Lei
nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, estabelece que
a) as despesas de natureza pessoal do candidato com combustível e manutenção de veículo automotor por
ele usado na campanha são consideradas gastos eleitorais, sujeitando-se à prestação de contas.
b) as despesas relativas à realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais não são consideradas gastos
eleitorais, não se lhes aplicando o dever de registro, nem os limites fixados na lei.
c) o descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pagamento de multa
em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo
da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
d) é facultativo para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar o
movimento financeiro da campanha.
e) é vedado ao candidato utilizar recursos próprios em sua campanha.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Trata-se de uma das hipóteses previstas no §3º do art. 26 da LE que não são
consideradas gastos eleitorais e nem se sujeitam a prestação de contas.
A alternativa B está incorreta. A realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais estão previstos como gasto
eleitoral sujeitos a registro e os limites fixados na lei na forma do art. 26 inciso XII da Lei 9.504/97.
A alternativa C está correta. A assertiva está de acordo com o artigo 18-B da LE que prevê a multa de 100%
da quantia que ultrapassar o limite de gastos fixado para a campanha além da apuração de abuso de poder
econômico.
A alternativa D está incorreta. Não se trata de uma faculdade, o art. 22 da Lei das Eleições prevê a
obrigatoriedade da abertura de conta bancária específica para o partido e para os candidatos.
A alternativa E está incorreta. O art. 23, § 2º-A da LE permite que o utilize recursos próprios em sua
campanha até o total de 10% (dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em
que concorrer.
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A implementação do sistema eletrônico de dados facilitou todo o processo eleitoral desde o alistamento até
a totalização de votos. Embora a legislação conceda à Justiça prazo de 10 dias para apurar o resultado das
eleições, em regra, a finalização dos trabalhos ocorre em, no máximo, 24 horas.
Graças ao sistema eletrônico de votação e de totalização de votos, o nosso Sistema Eleitoral tem se
consagrado como modelo internacional principalmente por sua maior transparência que permite que a
legitimidade das eleições se torne inconteste contribuindo, assim, com a solidez do processo democrático.
Eventualmente, o sistema poderá apresentar falhas que tornam o sistema eletrônico inoperável. Em tais
situações, deve-se utilizar o sistema de cédulas oficiais. Contudo, a votação manual, desde as eleições
municipais de 2000, será utilizada apenas em situações excepcionais, conforme dispõe o art. 59, da Lei das
Eleições.
Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por sistema eletrônico, podendo o
Tribunal Superior Eleitoral autorizar, em caráter excepcional, a aplicação das regras
fixadas nos arts. 83 a 89.
Desse modo, a utilização do sistema manual, além de excepcional, depende de autorização do TSE. O
conjunto de programas que compreende o sistema eletrônico de votação é desenvolvido exclusivamente
pelo TSE ou sob encomenda desse órgão. Isso não significa, todavia, que esses softwares e hardwares não
sejam passíveis de fiscalização pelos partidos políticos e pelos candidatos.
O controle é tão rígido que inclusive o fornecimento de urnas para treinamento é controlado pelo TSE e
acompanhado pelos partidos políticos.
Como se trata de um procedimento atual, não foi disciplinado no Código Eleitoral. A matéria vem disciplinada
na Lei das Eleições, a qual analisaremos a seguir!
1 - Urna Eletrônica
No dia da eleição cada seção eleitoral receberá uma urna eletrônica que deverá ser instalada em uma cabine
indevassável para garantir o voto secreto de cada eleitor. Os §§, do art. 59, trazem regras quanto à utilização
da urna eletrônica. De acordo com o §1º, aparecerá na urna o campo para o número do candidato ou da
legenda. Após digitá-lo, aparecerá o nome e a fotografia do candidato, bem como o nome e a legenda do
partido político.
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Dos dispositivos acima, destaca-se o §2º, que trata do voto de legenda. O voto será considerado para a
legenda caso o eleitor apresente corretamente o número do partido, porém, coloque de forma incorreta o
número do candidato.
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O voto nulo é apenas registrado para fins estatísticos e não é computado como voto válido, ou seja, não vai
para nenhum candidato, partido político ou coligação. O mesmo ocorre em relação ao voto nulo.
Nenhum desses votos são considerados válidos. Os votos nulos não são considerados válidos desde o Código
Eleitoral (Lei nº 4.737/1965). Já os votos em branco não são considerados válidos desde a Lei nº 9.504/1997
(Lei das Eleições).
para o
candidato
É POSSÍVEL
em branco na legenda
VOTAR
nulo
2 - Painel
O painel da urna eletrônica apresenta aos eleitores as informações relativas ao candidato digitado, devendo
constar os seguintes dados:
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5º - a foto do titular do
cargo e, inclusive, dos
vices e suplentes, se
for o caso.
Há uma ordem estabelecida para votar, tanto nas eleições gerais quanto nas eleições municipais.
Nesse contexto, vejamos o §3º, que possui especial importância para a nossa prova, uma vez que foi alterado
pela Lei nº 12.976/2014:
I – para as eleições de que trata o inciso I do parágrafo único do art. 1º, deputado federal,
deputado estadual ou distrital, senador, governador e vice-governador de estado ou do
Distrito Federal, presidente e vice-presidente da República;
II – para as eleições de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 1º, vereador, prefeito
e vice-prefeito.
governador e presidente e
deputado deputado
senador vice- vice-presidente
federal estadual da República
governador
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É bom registrar que, em regra, somente será admitido para votar no dia das eleições o eleitor que estiver
com o nome indicado nas folhas de votação, que são entregues nas respectivas seções.
De todo modo, o art. 233-A do Código Eleitoral, com redação conferida pela Lei 13.165/2015, o voto em
trânsito, para candidato a Presidente, Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado em
seções específicas e nas capitais de estado e em municípios com mais de 100 mil eleitores, desde que o
eleitor se habilite perante a justiça eleitoral com antecedência mínima de 45 dias da data marcada para a
eleição. Caso o eleitor esteja fora da unidade da federação de seu domicílio eleitoral só poderá votar em
trânsito para Presidente da República.
O §4º disciplina a assinatura digital para cada voto registrado na urna eletrônica:
Atualmente, a autenticação digital ocorre previamente quando o eleitor é registrado, pelos mesários, antes
de votar. Esse procedimento passará a ser implementado gradualmente na forma biométrica, a fim de
conferir ainda mais autenticidade ao sistema. Após o registro, o eleitor comparecerá à cabina de votação
para lançar os votos.
Ao final, a urna eletrônica procede à assinatura digital do arquivo que contêm todos os votos dos eleitores
daquela seção, permitindo o registro de cada voto e a identificação da urna em que foi registrado, e do
arquivo do boletim de urna (extraído ao final da votação), registrando o horário de início e término da
votação não permitindo, em qualquer hipótese, a substituição ou a alteração dos votos lançados, todo o
processo deve resguardar o anonimato do eleitor.
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Finalmente, vejamos o §7º, que trata da possibilidade de o TSE fornecer urnas de treinamento, essa prática
é importante para diminuir o tempo necessário para realizar a votação no dia da eleição.
Art. 60. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de legenda quando o eleitor
assinalar o número do partido no momento de votar para determinado cargo e somente
para este será computado.
O art. 61 discorre acerca do sigilo e da inviolabilidade do direito ao voto garantindo ampla fiscalização.
Quanto a esse dispositivo, é importante registrar que a Lei nº 12.034/2009 pretendeu implementar a
impressão do voto para o eleitor, a partir da eleição de 2014. Assim, ao final da votação, seria emitido um
comprovante de votação com os votos lançados pelo eleitor. Esse mecanismo, contudo, foi declarado
inconstitucional pelo STF na ADI nº 4.54323, por violação da garantia constitucional do segredo do voto.
Dessa forma, de acordo com o julgado, a impressão do voto poderá colocar o sistema em risco, gerar coação
sobre o eleitor, possibilitando fraude. Nesse sentido, observa-se exclusivamente a regra do art. 61:
Posteriormente, o art. 59-A, da Lei da Eleições, foi incluído pela Lei 13.165/15 prevendo que haveria um voto
híbrido. Depois da votação eletrônica a urna faria a impressão de cada voto em papel que depois de conferido
pelo eleitor seria depositado em outra urna tradicional. Veja o texto legal:
Art. 59-A. No processo de votação eletrônica, a urna imprimirá o registro de cada voto,
que será depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local
previamente lacrado.
Parágrafo único. O processo de votação não será concluído até que o eleitor confirme a
correspondência entre o teor de seu voto e o registro impresso e exibido pela urna
eletrônica.
O STF em sede de ADI (5.889) suspendeu a eficácia do referido artigo em uma medida cautelar, impedindo
pela segunda vez o retorno do voto impresso no Brasil.
23
ADI 4543, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, publicado 13/10/2014.
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(FUNDEP – Prefeitura de Contagem/MG - 2019) Sobre o voto híbrido, de acordo com o entendimento do
Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.
a) É constitucional a lei que determina que, na votação eletrônica, o registro de cada voto deverá ser
impresso e depositado, de forma automática e com contato manual do eleitor, em local previamente lacrado.
b) É constitucional a lei que determina que, na votação eletrônica, o registro de cada voto deverá ser
impresso e depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado.
c) É inconstitucional a lei que determina que, na votação eletrônica, o registro de cada voto deverá ser
impresso e depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado.
d) É inconstitucional a lei que determina que, na votação eletrônica, o registro de cada voto deverá ser
impresso e depositado, de forma automática e com contato manual do eleitor, em local previamente lacrado.
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A assertiva trata da decisão do STF na ADI 5889 que
determinou a inconstitucionalidade do voto impresso e suspendeu a eficácia do art. 59- A da Lei das Eleições.
O art. 61-A foi revogado pelo art. 2º, da Lei nº 10.740/2003. O art. 62, por sua vez, trata da regra que define
que somente poderá votar quem constar da folha de votação:
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, somente poderão votar eleitores
cujos nomes estiverem nas respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a que
se refere o art. 148, § 1º , da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral.
Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo
Tribunal Superior Eleitoral.
art. 18-D, da Lei 9.504/1997: consequência pelo descumprimento dos limites de gastos
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Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará
o pagamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que
ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do
poder econômico.
Art. 22. É OBRIGATÓRIO para o partido e para os candidatos abrir conta bancária
específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha.
II – identificar, nos extratos bancários das contas correntes a que se refere o caput, o CPF
ou o CNPJ do doador.
III - encerrar a conta bancária no final do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo
existente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido, na forma
prevista no art. 31, e informar o fato à Justiça Eleitoral.
§ 2º O disposto neste artigo NÃO SE APLICA aos casos de candidatura para Prefeito e
Vereador em Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento
bancário.
art. 23, da Lei nº 9.504/1997: limite das doações por pessoas naturais
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro
para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por
cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição. (Redação
dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
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I - Revogado;
II - Revogado.
§ 1º-A O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos
estabelecido nesta Lei para o cargo ao qual concorre.
art. 23, §3º, da Lei nº 9.504/1997: consequência pela doação acima do limite por pessoa natural.
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao
pagamento de multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso.
(Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
art. 23, §4º, da Lei nº 9.504/1997: prevê a forma como devem ser realizadas as doações.
a) identificação do doador;
art. 25, da Lei nº 9.504/1997: descumprimento das normas relativas à arrecadação e à aplicação dos
recursos públicos.
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I - identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os
respectivos valores recebidos;
II - identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores
de material e dos prestadores dos serviços realizados;
§ 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com MENOS DE CINQUENTA
MIL ELEITORES, a prestação de contas será feita SEMPRE pelo sistema simplificado a que
se referem os §§ 9o e 10.
art. 29 §2º da LE - A inobservância dos prazos acima impede a diplomação dos eleitos.
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art. 29 §3º e 4º da LE - Débitos de campanha não quitados até a data de prestação de contas os partidos.
E responsabilidade solidaria do partido com o candidato.
art. 30, da Lei nº 9.504/1997: avaliação das contas pela Justiça Eleitoral
Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam
a regularidade;
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida
pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no
prazo de setenta e duas horas.
art. 30-A, da Lei nº 9.504/1997: representação contra candidato por irregularidades na arrecadação e nos
gastos de campanha.
Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no
prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a
abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas
desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos.
§ 2º Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado
diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.
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Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio,
vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o
fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive
emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição,
inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil UFIR, e cassação do registro ou do
diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18
de maio de 1990.
§ 3º A representação contra as condutas vedadas no caput poderá ser ajuizada até a data
da diplomação.
§ 4º O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três)
dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
V – nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir
ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional
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VII – empenhar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos
órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, que excedam a 6 (seis) vezes a média mensal dos valores
empenhados e não cancelados nos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito;
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RESUMO
equilíbrio no pleito
Não há margem para recebimento de recursos de pessoas jurídicas para as campanhas eleitorais (STF).
FINANCIAMENTO PÚBLICO
Fundos Partidários;
Compensação Fiscal para custear a propaganda partidária e eleitoral gratuita no rádio e na televisão; e
FINANCIAMENTO PRIVADO
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FEFC
Distribuição do FEFC
• Igualitária → 2%
• Votos da Câm. Deputados → 35%
• Número de Deputados Federais → 48%
• Número de Senadores → 15%
• EC111/2021 criou incentivo financeiro e temporário. Os votos recebidos por candidata mulher e por candidato
negro serão contabilizados em dobro.
despesas efetuadas pelos partidos políticos para a campanha dos seus candidatos que puderem ser
individualizadas
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candidato
CONTA DE CAMPANHA
somente não será necessário abrir conta específica para a companha quando, para as eleições municipais,
não houver agência bancária no município.
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• registro da candidatura
• realização de despesas dentro do período eleitoral
DOAÇÕES
Doações de Pessoas Físicas e do próprio Candidato como pessoa física à sua campanha
➢ Em relação aos recursos próprios, o candidato deverá observar tão somente o limite geral de gastos
definidos por resolução pelo TSE.
➢ Os recursos doados por pessoas naturais quaisquer se limitam ao percentual de 10% sobre o valor BRUTO
auferido no ano anterior.
➢ QUANTO À FORMA DA DOAÇÃO POR PESSOA FÍSICA
o cheques cruzados e nominais
o transferência eletrônica
o depósitos devidamente identificados
o mecanismos disponíveis no site no candidato, desde que haja a identificação do doador e a emissão
de recibo
o vaquinha on-line
o comercialização de bens e/ou serviços ou promoção de eventos pelo partido ou candidato
➢ VEDAM-SE DOAÇÕES PELO CANDIDATO (do registro da candidatura às eleições) em espécie, de troféus, em
prêmios e em ajudas
* doação de quantia acima dos limites fixados acima sujeita o infrator ao pagamento de multa de até 100% da
quantia em excesso.
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doações de outros candidatos: lícita, desde que seja observado o limite de 10% do rendimento bruto auferido
no ano anterior.
FONTES VEDADAS
doação de pessoa jurídica que exerça atividade comercial decorrente de concessão ou de permissão pública.
* Os recursos recebidos de fontes vedadas devem ser devolvidos ou repassados ao Tesouro Nacional.
GASTOS ELEITORAIS
propaganda e publicidade
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NÃO NECESSITAM SER CONTABILIZADOS: valor doado pelo eleitor em apoio a candidato de sua preferência desde
que não ultrapasse R$ 1.064,00 (1000 UFIRs).
Prestação de contas
CONCEITO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS: instrumento para controlar e evitar o abuso de poder econômico nas
campanhas eleitorais.
Doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso comum de sedes e de
materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável
pelo pagamento da despesa.
As prestações de contas – tanto para cargos MAJORITÁRIOS como para cargos PROPORCIONAIS – são feitas
diretamente pelo próprio candidato.
1ª regra: os recursos recebidos, em dinheiro, pelos partidos/coligações e pelos candidatos serão divulgados
na internet no prazo de 72 HORAS. Nessas informações devem conter:
➢ os valores doados
2ª regra: no DIA 15/9 do ano eleitoral deverá ser divulgado um relatório discriminado:
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▪ a identificação das doações recebidas e das despesas realizadas (com nome e indicação do CPF/CNPJ
e valores);
▪ o registro de eventuais sobras ou dívidas.
SE AS ELEIÇÕES TERMINAREM NUM ÚNICO TURNO: a consolidação das contas deverá ser encaminhada à
Justiça Eleitoral até o 30º dia após o pleito
SE AS ELEIÇÕES TERMINAREM EM SEGUNDO TURNO: a consolidação das contas deverá ser encaminhada à
Justiça Eleitoral até o 20º dia após o pleito
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5) Em caso de desaprovação ou de aprovação com ressalvas, haverá vista dos autos ao candidato pelo prazo de
72 horas
6) O órgão técnico poderá retificar as conclusões iniciais
7) Os autos são encaminhados ao Ministério Público pelo prazo de 48 horas para parecer
8) A Justiça decidirá definitivamente a respeito das contas
9) Recurso no prazo de 3 dias ao TRE e, posteriormente, ao TSE, também no prazo de 3 dias
JULGAMENTO:
pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade;
▪ ressalva moral
pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Justiça Eleitoral, na
qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta e duas horas.
A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos será publicada em sessão ATÉ TRÊS DIAS ANTES DA
DIPLOMAÇÃO.
Ocorrendo tais SOBRAS, os valores serão transferidos ao partido político, observando-se alguns critérios a depender
do candidato a que se refere.
Assim, no caso de candidatos a eleições municipais (Prefeito, vice e vereadores) os recursos serão
transferidos para o órgão diretivo municipal respectivo.
Finalmente, no caso de eleições Presidenciais, os recursos ficarão com órgão diretivo nacional do partido.
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em caso de pendência judicial: até o final do julgamento da ação, caso o trânsito em julgado seja superior a
180 dias.
* quando envolver a prestação de contas PARTIDÁRIAS, a guarda dos documentos será exigida pelo prazo de
5 anos, e não de 180 dias.
Abuso de Poder
CONCEITO: poder constitui a ação, ou a omissão, com vistas a influenciar o comportamento de outras
pessoas, utilizando-se de meios excessivos para além do uso regular do direito.
▪ para o partido:
o perda das quotas do Fundo Partidário no ano seguinte: por descumprimento das regras relativas
à arrecadação e à aplicação de recursos
o suspensão de quotas (1 a 12 meses) ou desconto do valor irregular: por desaprovação total ou
parcial das contas partidárias
▪ para o candidato: processo de abuso de poder econômico (não pode concorrer às eleições e fica inelegível)
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captação ilícita de sufrágio: candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor, com o fim de receber o
voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, do registro da
candidatura até o dia da eleição.
CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS X IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PELA PRÁTICA DE UMA DAS
CONDUTAS VEDADAS
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▪ Veda-se, nos três meses que antecedem o pleito, a transferência de recursos entre os entes federativos,
exceto para:
o cumprir obrigação formal pré-existente;
o obra ou serviço público em andamento e com cronograma prefixado; e
o atender a situações emergenciais e de calamidade pública.
▪ Veda-se, nos três meses que antecedem o pleito, a autorização de publicidade institucional.
o propaganda de produtos e de serviços que tenham concorrência no mercado
o grave e urgente necessidade pública.
▪ Veda-se, nos três meses que antecedem as eleições, fazer pronunciamento em rede nacional, salvo
definida em horário político gratuito e em casos de matérias urgentes, relevantes e característica das
funções de governo.
▪ Veda-se, no primeiro semestre do ano eleitoral, realizar despesas com publicidade dos órgãos públicos
que excedam a 6 (seis) vezes a média mensal dos valores empenhados e não cancelados nos 3 (três)
últimos anos que antecedem o pleito.
▪ Veda-se, desde as convenções para escolha dos candidatos até a posse dos eleitos, efetuar a revisão geral
da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo.
registro perante a Justiça Eleitoral com antecedência 5 dias antes da divulgação das informações;
quem contratou
metodologia e período
plano amostral e ponderação (sexo, idade, grau de instrução, nível econômico etc.)
questionário completo
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Aula 10
ENQUETE: processo de estudo de opinião pública, que consiste em informar a totalidade da população sobre
os resultados obtidos por intermédio de um pequeno número de pessoas, contatadas diretamente como
representativas do conjunto dessa população.
REGISTRO DA PESQUISA:
PENALIDADES:
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Aplicam-se os crimes aos responsáveis pela entidade de pesquisa ou pelo órgão que veicular as informações
voto em branco: o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos.
voto nulo: o eleitor manifesta sua vontade de anular, digitando na urna eletrônica um número que não seja
correspondente a nenhum candidato ou partido político.
PAINEL
2º - o número do candidato;
ORDEM VOTAÇÃO:
eleições gerais
• deputado federal
• deputado estadual
• senador
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• governador e vice-governador
eleições municipais
▪ vereador
▪ prefeito e vice-Prefeito
* não se confunde com o voto impresso determinado pela Lei nº 13.165/2015, a partir das eleições de 2018.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como você pode perceber, essa aula é de menor importância se comparada com a aula anterior. Contudo, o
tema de arrecadação e aplicação de recursos, bem como prestação de contas, deve ser muito bem estudado.
Até lá!
Ricardo Torques
@proftorques
@eleitoralparaconcurso
QUESTÕES COMENTADAS
CESPE
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B) Os candidatos são dispensados de apresentar os comprovantes de recursos utilizados que tenham sido
provenientes do fundo partidário.
C) Havendo irregularidades sanáveis detectadas pelo órgão técnico, o prestador de contas será intimado a
se manifestar no prazo de trinta dias, sendo vedada a juntada de novos documentos.
D) As contas poderão ser julgadas regulares, sem a realização de diligências, independentemente de parecer
favorável do Ministério Público Eleitoral (MPE).
E) Os candidatos não eleitos às prefeituras municipais com gastos de até vinte mil reais — valor que pode
ser atualizado monetariamente a cada eleição — poderão submeter-se ao exame simplificado.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O sistema simplificado se aplica a Municípios com menos de 50 mil eleitores,
de acordo com o art. 28, § 11, da Lei n. 9.504/1997:
§ 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil
eleitores, a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se
referem os §§ 9o e 10. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores
de material e dos prestadores dos serviços realizados; (Incluído pela Lei nº 13.165,
de 2015)
A alternativa C está incorreta. O prazo é de 3 dias, conforme o art. 64, § 3º, da Resolução TSE n. 23.607/2019:
A alternativa D está incorreta. O MP sempre terá vista dos autos para emitir parecer, de acordo com o art.
64, § 4º, da Resolução TSE n. 23.607/2019:
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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. A movimentação financeira deve ter sido de, no
máximo, vinte mil reais:
Lei n. 9.504/1997:
Comentários
Lei n. 9.504/1997:
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§ 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou
coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por
cento) para candidaturas de cada sexo. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de
2009)
A alternativa B está incorreta. Respondendo a consulta, o TSE entendeu que a reserva de vagas se aplica
inclusive à composição das comissões executivas e diretórios nacionais, estaduais e municipais dos partidos
políticos, de suas comissões provisórias e demais órgãos equivalentes. No entanto, esse entendimento, de
acordo com o próprio TSE, não tem eficácia vinculante, e, por isso, não pode gerar impedimento à anotação
dos órgãos partidários. Assim, como a questão pede que seja assinalada uma regra, é de se entender que a
questão pede que seja assinalada uma obrigação vinculante:
A alternativa C está incorreta. Na verdade, de acordo com o art. 46, II, da Lei n. 9.504/1997, deve ser
observado o percentual mínimo de 30%:
II - nas eleições proporcionais, os debates deverão ser organizados de modo que assegurem
a presença de número equivalente de candidatos de todos os partidos a um mesmo cargo
eletivo e poderão desdobrar-se em mais de um dia, respeitada a proporção de homens e
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mulheres estabelecida no § 3º do art. 10 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.211, de
2021)
A alternativa D está incorreta. Não há previsão de reserva de gênero nas eleições para Chefe do Poder
Executivo, apenas nas eleições proporcionais.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O STF decidiu, na ADI 5617, com caráter vinculante,
que o mesmo percentual mínimo de candidaturas reservadas para cada gênero deve ser observado na
destinação do Fundo Partidário:
3. A autonomia partidária não consagra regra que exima o partido do respeito incondicional
aos direitos fundamentais, pois é precisamente na artificiosa segmentação entre o público
e o privado que reside a principal forma de discriminação das mulheres.
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Comentários
O item I está correto, pois as doações e contribuições das pessoas físicas, segundo a Lei 9.504/97, não pode
ultrapassar 10% de seus rendimentos brutos:
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para
campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por
cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
O item II está errado, porque as contas bancárias utilizadas para o registro da movimentação financeira de
campanha eleitoral estão submetidas à fiscalização da Justiça Eleitoral. Neste sentido, a Lei 9.096/97:
Art. 34. A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a prestação de contas do partido e
das despesas de campanha eleitoral, devendo atestar se elas refletem adequadamente a
real movimentação financeira, os dispêndios e os recursos aplicados nas campanhas
eleitorais, exigindo a observação das seguintes normas: [...]
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O item III está incorreta, pois é dispensada de comprovação na prestação de contas a cessão de automóvel
de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes até o terceiro grau para seu uso pessoal durante
a campanha (art. 28, §6º, da Lei 9.504/97).
O item IV está errada, porque no julgamento da ADI 5617, o STF determinou que fossem destinados pelo
menos 30% dos recursos do Fundo Partidário às campanhas de candidatas, sem fixar percentual máximo.
Seguindo este entendimento, o TSE regulamentou este entendimento através da Resolução 23.553/2017,
nos seguintes termos:
Comentários
A questão está correta. Segundo o art. 33, § 3º, da Lei n. 9.504/97 (Lei das Eleições), a divulgação de pesquisa
sem o prévio registro das informações sujeita os responsáveis a multa. Ocorre, contudo, que, se os
representantes legais da instituição responsável não divulgarem a pesquisa carente de registro, não
incorrerão na penalização do art. 33, § 3º. Em outras palavras, os representantes legais da instituição privada
referida no enunciado não serão responsabilizados penalmente caso a pesquisa de opinião pública sem o
prévio registro não seja efetivamente divulgada.
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Comentários
A questão está incorreta. Conforme se depreende da literalidade do caput do art. 33 da Lei das Eleições (Lei
n. 9.504/97), o registro deve ser realizado para cada pesquisa. Confiram:
Art. 33. As entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às
eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa,
a registrar, junto à Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, as seguintes
informações: (...)
É incorreto, portanto, afirmar que o registro concedido será extensivo a outras pesquisas semelhantes.
Comentários
Segundo o art. 33, da Lei das Eleições (Lei n. 9.504/97), as entidades e empresas que realizarem pesquisas
de opinião pública relativas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para
cada pesquisa, a registrar, junto à Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, as seguintes
informações:
Como na questão se afirma que as informações omitidas no pedido de registro foram: o (art. 33, I) nome do
contratante da pesquisa, o (art. 33, II) valor pago pela pesquisa, a (art. 33, II) origem dos recursos necessários,
a (art. 33, III) metodologia e o (art. 33, III) período de realização da pesquisa, está correta a assertiva quando
diz que as informações omitidas são necessárias para a aceitação do registro eleitoral.
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7. (CESPE/TRE-PE - 2017) Assinale a opção correta acerca de prestação de contas dos gastos de
campanha.
a) Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deverá ser utilizada na criação e
manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e educação política.
b) O uso, na campanha, de recursos provenientes de conta outra que não aquela aberta com essa finalidade
específica implica as sanções de advertência ao candidato e multa.
c) A inobservância do prazo para a prestação de contas impede a diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.
d) Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados a criar um sítio eletrônico na rede
mundial de computadores, para declarar os recursos recebidos nas suas campanhas em até setenta e duas
horas do seu recebimento.
e) O critério que autoriza a utilização do sistema simplificado de prestação de contas é apenas a reduzida
movimentação financeira do candidato.
Comentários
Nessa questão cobra-se a prestação de contas de campanha, disciplinada pela Lei nº 9.504/1997.
A alternativa A está incorreta, pois a sobra de recursos financeiros ao final da campanha será direcionada
aos órgãos partidários, não havendo vinculação quando à aplicação na criação e na manutenção de institutos
ou fundos.
A alternativa B está incorreta, pois a movimentação de recursos fora da conta específica constitui ilícito, que
implica a desaprovação das contas. É o denominado “Caixa 2”.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz exatamente a literalidade do art. 29,
§2º, da Lei nº 9.504/1997.
A alternativa D está incorreta, sem qualquer previsão na legislação. Não há obrigatoriedade de abertura de
site eletrônico pelo partido, pela coligação, muito menos pelos candidatos.
A alternativa E está incorreta, pois o sistema simplificado de prestação de contas será adotado em razão da
baixa movimentação financeira (no máximo R$ 20.000,00).
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d) Falar de possível candidatura em entrevista a programa de rádio ou televisão antes do dia quinze de agosto
de anos eleitorais caracteriza propaganda antecipada, mesmo que a fala não contenha pedido de votos.
e) A convocação de rede de radiodifusão por parte do presidente da República com o objetivo exclusivo de
divulgar as realizações da sua gestão, sem atacar partidos ou candidatos opositores, não configura
propaganda antecipada.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. As mesas de campanha podem ser utilizadas, desde
que móveis, não dificultando o bom andamento do trânsito de pessoas e veículo. Ainda, somente podem
ficar fixadas no período das 6h até as 22h.
A alternativa B está incorreta, além das limitações de locais, temos regras que restringem o período em que
será usado (das 8h às 22h), segundo o art. 39, §3º, da Lei nº 9.504/1997. Além disso, devemos observar os
limites de volume fixados no § 12, do art. 39.
A alternativa C está incorreta, pois, de acordo com o art. 73, III, da Lei nº 9.504/1997, o servidor público não
poderá praticar atos de campanha apenas no horário de expediente, não havendo norma que restrinja a
participação em campanha nos seus horários livres, a não ser o servidor da Justiça Eleitoral.
A alternativa D está incorreta, pois somente configurará propaganda eleitoral antecipada a referida fala, se
houver pedido explícito de votos, nos termos do art. 36-A, da Lei nº 9.504/1997.
A alternativa E está incorreta, pois tratar das realizações da sua gestão denota propaganda política, o que
implica prática vedada na forma do art. 36-B, da Lei nº 9.504/1997, mesmo que não haja ataque a partido, a
filiado ou a instituições.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a nomeação para cargos em comissão constitui exceção à nomeação,
conforme se depreende da leitura do art. 73, V, a, da Lei nº 9.504/1997.
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A alternativa B está incorreta, pelo fato de que os senadores são eleitos pelo princípio majoritário e atuam
no Poder Legislativo, o que torna a afirmação incorreta.
A alternativa C, por sua vez, está incorreta, pois o título emitido ao adolescente de 15 anos, que completará
16 anos antes da data das eleições somente, terá eficácia com o implemento da idade.
A alternativa D também está incorreta, pois produção de programas de rádio, televisão ou vídeo são
expressamente consideradas como gasto de campanha em face do que prevê o art. 26, X, da Lei nº
9.504/1997.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois em período de realização da campanha eleitoral
é vedada a utilização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral, segundo o art. 34, §5º, da Lei nº
9.504/1997.
10. (CESPE/TRE-PE - 2017) Assinale a opção correta a respeito da prestação de contas de campanha
eleitoral e da prestação de contas partidárias.
a) Em eleição majoritária, a prestação de contas de candidato terá de ser feita pelo próprio candidato.
b) A prestação de contas de candidato participante de eleição proporcional deverá ser feita pelo comitê
financeiro do partido.
c) Caso esteja pendente processo judicial relativo às contas de candidato vitorioso, a documentação quanto
a elas só poderá ser destruída depois de cento e oitenta dias da diplomação.
d) Nas eleições para prefeito de municípios com menos de cinquenta mil eleitores, a prestação de contas
será feita por sistema simplificado, desde que os gastos sejam inferiores a vinte e cinco mil reais.
e) Eventual sobra de valores ao final de campanha eleitoral deve ser declarada na prestação de contas e,
após julgados todos os recursos, devolvida ao candidato.
Comentários
A alternativa A está correta, gabarito da questão. A prestação de contas, tanto em eleições majoritárias
como em eleições proporcionais, será prestada diretamente pelo candidato, ou sob a responsabilidade direta
do candidato.
A alternativa B está incorreta, pois não há mais que se falar em obrigatoriedade de constituição de comitês
para a prestação de contas, o que prejudica a análise da questão.
A alternativa C, por sua vez, está incorreta. A regra geral é a manutenção dos documentos relativos às contas
de campanha por 180 dias após a diplomação, exceto no caso de estarem as contas pendentes de julgamento
em processo judicial, quando devem ser conservadas até a decisão final, segundo o que prevê o art. 32, da
Lei nº 9.504/1997.
A alternativa D está incorreta, pois a prestação de contas será SEMPRE simplificada no caso de eleição para
prefeito e vereador em município com menos de 50.000 eleitores independente da pouca movimentação
financeira (valores até R$ 20.000,00), conforme estabelece o art. 28, §11º, da Lei nº 9.504/1997.
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A alternativa E está igualmente incorreta, pois eventuais sobras são destinadas ao partido político e não ao
candidato, segundo regra estabelecida no art. 31, da Lei nº 9.504/1997.
11. (CESPE/TRE-PI - 2016) Com relação às doações e às prestações de contas em campanhas eleitorais,
assinale a opção correta.
a) Quaisquer erros encontrados na prestação de contas, mesmo os materiais ou formais posteriormente
corrigidos, podem resultar em sanção ao candidato e ao partido, bem como ensejar a reprovação das contas
pela justiça eleitoral.
b) A prestação de contas, no caso das eleições proporcionais, deve ser efetivada pelo próprio candidato.
c) Em decorrência do direito constitucional ao sigilo bancário, não se pode exigir que candidatos às eleições
majoritárias apresentem extratos e cheques relativos à movimentação financeira dos gastos efetivados em
prol de sua campanha.
d) Dispensa-se a prestação de contas das cessões de bens móveis de cada cedente até o limite de R$ 40.000.
e) As pessoas naturais ou jurídicas podem fazer doações pecuniárias anônimas a partidos políticos até o valor
de R$ 25.000.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o §2, do art. 30, da Lei das Eleições, erros formais ou materiais
corrigidos não autorizam a rejeição das contas ou a cominação de sanção aos candidatos e partidos.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §2º, do art. 28, da Lei das
Eleições:
A alternativa C está incorreta. Com base no §1º, do art. 28, da referida Lei, as prestações de contas dos
candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo próprio candidato, devendo ser acompanhadas dos
extratos das contas bancárias referentes à movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e
da relação dos cheques recebidos, com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
A alternativa D está incorreta. O art. 28, §6º, I, da Lei nº 9.504/97, estabelece que ficam dispensadas de
comprovação na prestação de contas a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil
reais) por pessoa cedente.
A alternativa E está incorreta. Não há possibilidade de doação de pessoa jurídica, conforme entendimento
do STF, o limite imposto a pessoa natural é de 10% do seu rendimento bruto do ano anterior e por fim são
vedadas as doações anônimas.
12. (CESPE/TRE-PI - 2016) Poderá ser considerada facultativa a apresentação à justiça eleitoral das
despesas de campanha relativas a
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a) propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada a conquistar
votos.
b) montante percebido pelo candidato, em razão de sua atividade trabalhista, para fazer face às despesas
familiares.
c) aluguel de locais para comícios.
d) realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais.
e) correspondência e despesas postais.
Comentários
Vejamos o art. 26, da Lei nº 9.504/97, o qual prevê o que são considerados gastos eleitorais sujeitos a registro
e aos limites fixados.
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta
Lei:
I - confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto
no § 3o do art. 38 desta Lei;
II - propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação,
destinada a conquistar votos;
III - aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
IV - despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das
candidaturas, observadas as exceções previstas no § 3o deste artigo. (Redação dada pela
Lei nº 13.488, de 2017)
V - correspondência e despesas postais;
VI - despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessários
às eleições;
VII - remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às
candidaturas ou aos comitês eleitorais;
VIII - montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
IX - a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;
X - produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à
propaganda gratuita;
XII - realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
XV - custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de
conteúdos contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e
foro no País; (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
O montante percebido pelo candidato, em razão de sua atividade trabalhista, para fazer face às despesas
familiares, não está previsto como gasto eleitoral, não estando sujeito à prestação de contas. Portanto, a
alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
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13. (CESPE/TRE-RS - 2015 - Adaptada) Eleito deputado federal em 2014, e já preocupado em planejar
sua campanha à reeleição para as eleições de 2018, Jorge sondou os possíveis doadores de recursos para
sua campanha e elaborou seu planejamento. No entanto, em razão das alterações havidas na lei a respeito
da matéria, ele solicitou parecer sobre a legalidade das possíveis fontes de financiamento de sua futura
campanha.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção que relaciona apenas fontes de recursos de campanha em
conformidade com a legislação ora vigente.
a) entidades de utilidade pública e recursos próprios sem limitação.
b) entidades esportivas e pessoas físicas até o limite de R$ 20.000 por doador.
c) empresas até o limite de R$ 20.000 por doador e entidades beneficentes e religiosas.
d) pessoas físicas até o limite de 10% dos rendimentos brutos do doador no ano de 2017 e empresas até o
limite de 2% do faturamento bruto de 2017.
e) pessoas físicas até o limite de 10% dos rendimentos brutos do doador no ano de 2017 e recursos próprios
até o total de 10% (dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
Comentários
Antes de analisarmos cada uma das alternativas, devemos fazer a ressalva de que o STF decidiu que as
pessoas jurídicas não podem fazer doação de campanha, de modo que o art. 24, da LE, restou prejudicado.
Assim, façamos a análise da questão conforme o dispositivo legal, mas com essa informação em mente.
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 24, V, da Lei nº 9.504/97, é vedado, a partido e a
candidato, receber doação procedente de entidade de utilidade pública.
Ainda, o art. 23, §2º-A, prevê que o candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total
de 10% (dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
(dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
As alternativas B e D estão incorretas. É vedado receber doação de entidades esportivas, conforme inciso
IV, do art. 24.
IX - entidades esportivas;
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O art. 23, §1º, estabelece que pessoas físicas poderão fazer doações, limitadas a 10% dos rendimentos
brutos.
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para
campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1o As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por
cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
A alternativa C está incorreta. É vedado receber doação de entidades beneficentes e religiosas. Vejamos o
inciso VIII:
A alternativa E está correta e é gabarito da questão. Conforme art. 23, §1º da LE e §2º-A.
§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
(dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
(Incluído pela Lei nº 13.878, de 2019)
14. (CESPE/TRE-RS - 2015) Ainda a respeito do processo brasileiro de eleição, assinale a opção correta.
Nesse sentido, considere que a sigla TSE, sempre que utilizada, se refere ao Tribunal Superior Eleitoral.
Os partidos políticos e os candidatos devem abrir conta bancária específica para demonstrar toda a
movimentação financeira dos procedimentos adotados durante a campanha, estando as entidades bancárias
obrigadas a acatar, em determinado prazo, pedido de abertura de conta, podendo fixar limite de depósito
inicial.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois é vedado exigir dos partidos ou candidatos o “mínimo de depósito inicial”.
Isso está expressamente vedado no art. 22, §1º, I, da Lei nº 9.504/1997. Confira:
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Comentários
Está correta a assertiva. De acordo com o art. 22-A, da Lei nº 9.504/1997, os candidatos estão obrigados à
inscrição no CNPJ. A finalidade desse cadastro é justamente permitir o controle dos gastos expendidos
durante a campanha eleitoral.
16. (CESPE/TJ-CE - 2012) Julgue o item a seguir acerca da arrecadação, da aplicação de recursos e da
prestação de contas de campanha.
É vedado a candidato o recebimento de doação em dinheiro procedente de quaisquer cooperativas.
Comentários
A assertiva está correta. Não obstante a previsão do §1º, do art. 24, da Lei nº 9.504/1997, é vedado o
recebimento de doação por cooperativa, por se tratar de pessoa jurídica, conforme entendimento do STF.
17. (CESPE/TJ-CE - 2012) Julgue o item a seguir acerca da arrecadação, da aplicação de recursos e da
prestação de contas de campanha.
Os limites de gastos de campanha, em cada eleição, são os definidos pelo partido político com base nos
parâmetros definidos em lei.
Comentários
A assertiva está incorreta. Notem que o erro da questão é muito sutil. Os limites de gasto de campanha serão
definidos pelo TSE e não pelos partidos políticos.
Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal
Superior Eleitoral.
18. (CESPE/TJ-DFT - 2015) Assinale a opção correta no que concerne ao financiamento de campanhas
eleitorais.
a) Os gastos espontâneos realizados por eleitor em favor de candidato são equiparados a doações para fins
de limitação máxima.
b) A não abertura de conta específica para arrecadação de recursos financeiros para financiamento de
campanha eleitoral é fundamento insuficiente para a rejeição das contas do candidato.
c) Pessoa jurídica não pode doar para campanhas eleitorais, exceto o partido político para os candidatos que
integram a sua coligação.
d) É admissível a doação a candidato por empresa privada controlada por concessionária de serviço público.
e) Os candidatos podem financiar suas próprias campanhas com recursos próprios, sem restrições de valor.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Com base no art. 27, da Lei nº 9.504/97, qualquer eleitor poderá realizar
gastos, não sujeitos à contabilização, desde que não reembolsados e não ultrapasse o valor de R$ 1.064,00
(1.000 vezes a UFIR).
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Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência,
até a quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não
reembolsados.
A alternativa B está incorreta. Vejamos o art. 22, §3º, da Lei das Eleições:
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Como vimos exaustivamente em aula. O STF definiu
que a doação de campanha por pessoa jurídica é proibida. A única exceção é a doação feita pelo partido
político ao candidato que integra sua coligação.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 24, I, tais doações são vedadas.
A alternativa E está incorreta. Como já vimos em questão anterior a lei 13.878/19 incluiu o §2º-A limitando
o uso de recursos próprio do candidato a 10% dos gastos totais autorizados para o cargo que for concorrer.
§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
(dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
(Incluído pela Lei nº 13.878, de 2019)
19. (CESPE/TJ-CE - 2012) Julgue o item a seguir acerca da arrecadação, da aplicação de recursos e da
prestação de contas de campanha.
As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias são feitas pelo partido político ou pelo
próprio candidato.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois a prestação de contas tanto para cargos majoritários como proporcionais
deve ser feita pelo próprio candidato. O partido político também prestará contas, porém, não poderá realizar
a prestação em nome do candidato.
Essa regra, que foi alterada pela Lei nº 13.165/2015, consta do art. 28, §1º:
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Comentários
A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 73, V, “a”, da Lei nº 9.504/97, é permitido aos agentes
públicos nomear ou exonerar de ofício servidor público na circunscrição do pleito, desde que ele seja
ocupante de cargo em comissão.
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e,
ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do
pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de
pleno direito, ressalvados:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções
de confiança;
21. (CESPE/MPE-AC - 2014) Assinale a opção correta com base no que dispõe a legislação eleitoral
acerca das condutas dos agentes públicos durante a campanha.
a) É permitido o uso, pelo candidato a reeleição de prefeito da residência oficial para a realização de contatos,
encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que tenham caráter de ato público.
b) É proibido ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis
pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos estados, do DF e dos municípios para a
realização de convenção partidária
c) É proibida a cessão de servidor público licenciado da administração direta ou indireta federal, estadual ou
municipal do Poder Executivo a comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação.
d) São permitidas, até três meses antes do pleito, a nomeação ou exoneração de cargos em comissão, a
nomeação para cargos do Poder Judiciário, do MP e dos órgãos da Presidência da República e a nomeação
dos aprovados em concursos públicos homologados.
e) É proibido fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, nos
três meses antes do pleito, salvo quando, a critério da Presidência da República, tratar-se de matéria urgente,
relevante e característica das funções de governo.
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Comentários
Essa questão exige o conhecimento do art. 73, da Lei nº 9.504/97. Vamos analisar cada uma das alternativas:
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
A alternativa A está incorreta. De acordo com o §2º, é permitido o uso, pelo candidato a reeleição de prefeito
da residência oficial para a realização de contatos, encontros e reuniões pertinentes à própria campanha,
desde que NÃO tenham caráter de ato público.
A alternativa B está incorreta. Segundo o inc. I, é proibido ceder ou usar, em benefício de candidato, partido
político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos
estados, do DF e dos municípios, ressalvada a realização de convenção partidária.
A alternativa C está incorreta. Com base no inc. III, é proibido ceder servidor público ou empregado da
administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços,
para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de
expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado.
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e,
ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do
pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de
pleno direito, ressalvados:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções
de confiança;
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou
Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele
prazo;
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de
serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder
Executivo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes
penitenciários;
A alternativa E está incorreta. O inc. VI, “c”, prevê que é proibido, nos três meses que antecedem o pleito,
fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a
critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo.
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22. (CESPE/TRE-MS - 2013) Tendo em vista o regramento da Lei das Eleições atinentes ao sistema
eletrônico de votação e totalização de votos julgue o item seguinte:
A urna eletrônica mostra, em seu painel, a expressão designadora do cargo disputado no masculino ou
feminino, conforme o caso.
Comentários
A assertiva está correta. Trata-se da previsão presente no trecho final do art. 59, §1º, da LE:
Comentários
A assertiva está incorreta, pois a ordem foi invertida. Nas eleições municipais, primeiro vota-se para vereador
e, depois, para prefeito e vice-prefeito.
24. (CESPE/TRE-MS - 2013) Tendo em vista o regramento da Lei das Eleições atinentes ao sistema
eletrônico de votação e totalização de votos julgue o item seguinte:
O juiz eleitoral pode votar em qualquer urna eletrônica da seção da zona eleitoral sob sua jurisdição, mesmo
sem ter seu nome incluído na listagem de eleitores da seção.
Comentários
A assertiva está incorreta, tendo em vista o que disciplina o art. 62, da LE:
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, somente poderão votar eleitores
cujos nomes estiverem nas respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a que
se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
Deste modo, somente poderá votar o eleitor que constar da folha de votação na respectiva seção, não
havendo a prerrogativa mencionada para juízes.
25. (CESPE/TRE-MS - 2013) Tendo em vista o regramento da Lei das Eleições atinentes ao sistema
eletrônico de votação e totalização de votos julgue o item seguinte:
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Na votação para as eleições proporcionais, os votos em que seja impossível a identificação do candidato são
computados para a legenda partidária, desde que o número identificador do partido seja digitado de forma
correta.
Comentários
A assertiva está correta. É o voto de legenda! O fundamento do questionamento é extraído do §2º, do art.
59, da LE:
Comentários
A assertiva está incorreta. A cédula de papel, embora excepcional, continua a ser mecanismo passível de ser
utilizado. Tanto é que o art. 59, da LE, ao tratar do sistema eletrônico de votação, faz expressa menção ao
art. 83 a 89 que disciplinam a votação manual.
Vejamos:
Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por sistema eletrônico, podendo o
Tribunal Superior Eleitoral autorizar, em caráter excepcional, a aplicação das regras fixadas
nos arts. 83 a 89 (regulam a votação em cédulas de papel).
27. (CESPE/TRE-MG - 2009) Acerca do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos, julgue o
item abaixo.
Assim como ocorria na votação por cédulas, nas seções em que é adotada a urna eletrônica, os eleitores
cujos nomes não constarem das respectivas folhas de votação poderão votar, mas seus votos serão colhidos
em separado.
Comentários
A assertiva está incorreta. Como vimos, a votação manual é excepcional. Ademais, somente poderá votar o
eleitor que constar da folha de votação da respectiva seção. É o que se extrai do art. 62:
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, somente poderão votar eleitores
cujos nomes estiverem nas respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a que
se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. Fonte:
Lei nº 9.504.
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28. (CESPE/TRE-BA - 2017) Nos termos do art. 41-A da Lei nº 9.504/1997, e conforma a jurisprudência
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), configura-se a captação ilícita de sufrágio
a) se houver evidência do dolo consubstanciado no objetivo de obter o voto do eleitoral.
b) somente se houver atos de violência ou grave ameaça ao eleitor.
c) somente se a conduta for praticada pelo próprio candidato.
d) ainda que não haja pedido explícito de voto.
e) ainda que a conduta tenha sido praticada fora do período eleitoral.
Comentários
Aqui temos uma questão maldosa do CESPE, que faz referência ao §1º do art. 41-A da Lei 9.504/1997:
Portanto, a caracterização da conduta ilícita decorre da evidência do dolo, consistente no fim especial de
agir do agente que capta sufrágio de forma ilícita.
Consideramos a possibilidade de a alternativa D ser o gabarito, uma vez que o pedido de votos não é
elemento caracterizador da conduta ilícita. Logo, nesse aspecto, podemos afirmar que a caracterização da
captação ilícita de sufrágio independe do pedido explícito de votos. Dessa forma, a alternativa D não está
incorreta, mas incompleta.
Outras Bancas
29. (NEMESIS/Câmara de Conchal - SP - 2020) Segundo a legislação eleitoral vigente, o percentual que
um candidato poderá usar de recursos próprios em sua campanha é de:
a)30% do limite previsto para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
b)20% do limite previsto para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
c)10% do limite previsto para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
d)50% do total das doações de pessoas físicas e jurídicas que arrecadar.
e)20% do total das doações de pessoas físicas e jurídicas que arrecadar.
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o §2º-A do art. 23 da Lei das Eleições
o candidato poderá dispor de até 10%. Veja o Texto legal:
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§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
(dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
30. (IBFC/TRE-PA - 2020) Com relação à prestação de contas de campanhas eleitorais, considere a Lei
nº 9.504/1997 e suas alterações, e analise as afirmativas abaixo:
I. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de
contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas anual dos partidos, como
transferência aos candidatos.
II. Ficam dispensadas de comprovação na prestação de contas a cessão de automóvel de propriedade do
candidato, do cônjuge e de seus parentes até o quarto grau para seu uso pessoal durante a campanha.
III. Até doze meses após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a documentação concernente
a suas contas. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a
documentação a elas concernente deverá ser conservada até o término do mandato eletivo.
IV. Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão comprovados mediante a
apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando for o caso, desde que
informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigência de apresentação de qualquer outro
documento para esse fim.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Apenas a afirmativa I está correta.
Comentários
Afirmativa I - Correta. A afirmativa apresenta a literalidade do art. 28, §12 da Lei nº 9.504/97: "Os valores
transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos
candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas anual dos partidos, como transferência
aos candidatos."
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Afirmativa III - Incorreta. De acordo com o art. 32 da Lei, a afirmativa apresenta dois erros: o prazo é de 180
dias (e não de 12 meses) e a documentação deverá ser conservada até a decisão final (e não até o término
do mandato eletivo).
Art. 32. Até cento e oitenta dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão
a documentação concernente a suas contas.
Afirmativa IV - Correta. Está consignado o teor do §8º do art. 28 da Lei das Eleições: "os gastos com
passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão comprovados mediante a apresentação de
fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando for o caso, desde que informados os beneficiários,
as datas e os itinerários, vedada a exigência de apresentação de qualquer outro documento para esse fim."
31. (IBFC/TRE-PA - 2020) Sobre a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais,
considere a Lei nº 9.504/1997 e suas alterações, e assinale a alternativa incorreta.
a) As despesas com consultoria, assessoria e pagamento de honorários realizadas em decorrência da
prestação de serviços advocatícios e de contabilidade no curso das campanhas eleitorais serão consideradas
gastos eleitorais, mas serão excluídas do limite de gastos de campanha.
b) A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por desaprovação total ou parcial
da prestação de contas do candidato, deverá ser aplicada de forma proporcional e razoável, pelo período de
3 (três) a 12 (doze) meses, vedado o desconto do valor a ser repassado na importância apontada como
irregular.
c) O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por cento) dos limites
previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer. A doação de quantia acima dos limites
fixados sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em
excesso.
d) O pagamento efetuado por pessoas físicas, candidatos ou partidos em decorrência de honorários de
serviços advocatícios e de contabilidade, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em
favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido
político, não constitui doação de bens e serviços estimáveis em dinheiro.
Comentários
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. Existem dois erros: o prazo da suspensão (será de 1
a 12 meses - e não de 3 a 12 meses, como apontado pela alternativa) e a vedação ao desconto do valor a ser
repassado (a lei permite).
Art. 25. Parágrafo Único. A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo
Partidário, por desaprovação total ou parcial da prestação de contas do candidato, deverá
ser aplicada de forma proporcional e razoável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze)
meses, ou por meio do desconto, do valor a ser repassado, na importância apontada como
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irregular, não podendo ser aplicada a sanção de suspensão, caso a prestação de contas não
seja julgada, pelo juízo ou tribunal competente, após 5 (cinco) anos de sua apresentação.
A alternativa A está correta e apresenta o disposto no art. 26, §4º da Lei nº 9.504/97: "as despesas com
consultoria, assessoria e pagamento de honorários realizadas em decorrência da prestação de serviços
advocatícios e de contabilidade no curso das campanhas eleitorais serão consideradas gastos eleitorais, mas
serão excluídas do limite de gastos de campanha."
A alternativa C está correta e de acordo com o art. 23, §2º-A da Lei das Eleições: "o candidato poderá usar
recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por cento) dos limites previstos para gastos de
campanha no cargo em que concorrer."
A alternativa D está correta e em conformidade com o art. 23, §10 da Lei: "o pagamento efetuado por
pessoas físicas, candidatos ou partidos em decorrência de honorários de serviços advocatícios e de
contabilidade, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como
em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido político, não será
considerado para a aferição do limite previsto no § 1º deste artigo e não constitui doação de bens e serviços
estimáveis em dinheiro."
32. (FUNDATEC/ALERS - 2018) Quanto à prestação de contas prevista na Lei nº 9.504/1997, a Justiça
Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I. Pela aprovação, quando estiverem regulares.
II. Pela desaprovação, mesmo quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade,
devendo ser ajustada conforme decisão.
III. Pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Justiça Eleitoral,
na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta e duas horas.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
Comentários
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II - pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a
regularidade;
III - pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade; (ITEM
II)
IV - pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela
Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de
setenta e duas horas. (ITEM III)
Conforme se nota, apenas os itens I e III estão corretos. Desse modo, a alternativa D está correta e é o
gabarito da questão.
33. (MPE-RS - 2017) Quanto ao controle de arrecadação, aplicação de recursos e prestação de contas
na campanha eleitoral, assinale a alternativa INCORRETA.
a) É obrigatória, para o partido e para os candidatos, a abertura de conta bancária específica para a campanha
eleitoral, mesmo nos casos em que não houver movimentação financeira, salvo na hipótese de candidatura
para prefeito e vereador em Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
b) É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em
dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de organizações da sociedade
civil de interesse público.
c) É vedado ao partido político assumir eventuais débitos de campanha de candidato, não quitados até a
data de apresentação da prestação de contas.
d) São dispensadas de comprovação na prestação de contas as doações estimáveis em dinheiro entre
candidatos ou partidos, decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda
eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da
despesa.
e) São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados na Lei n. 9.504/97, a realização
de pesquisas ou testes pré-eleitorais.
Comentários
A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 22, combinado com o §2º, da Lei das Eleições:
Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica
para registrar todo o movimento financeiro da campanha.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos casos de candidatura para Prefeito e Vereador
em Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
A alternativa B está correta, pois se refere ao art. 24, XI, da referida Lei:
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A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o §3º, do art. 29, da Lei nº 9.504/97,
eventuais débitos de campanha não quitados até a data de apresentação da prestação de contas poderão
ser assumidos pelo partido político, por decisão do seu órgão nacional de direção partidária.
A alternativa D está correta, segundo o art. 28, §6º, II, da referida Lei:
A alternativa E está correta, com base no art. 26, XII, da Lei das Eleições:
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta
Lei:
XII - realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
34. (MPE-PR - 2016) Sobre a arrecadação e aplicação de recursos nas campanhas eleitorais e prestação
de contas, assinale a única assertiva correta, de acordo com a Lei n. 9.504/1997:
a) A lei admite, em caráter excepcional, a utilização de recursos financeiros não provenientes da conta
bancária especificamente aberta para a campanha, desde que seja para a remuneração de pessoal que preste
serviço às candidaturas ou aos comitês eleitorais;
b) Na hipótese de doações realizadas por meio da internet, a lei presume a solidariedade dos candidatos,
partidos e coligações, na hipótese de fraudes ou erros cometidos pelo doador, o que pode ensejar a rejeição
das contas eleitorais;
c) montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados, não se sujeitam aos limites de
gastos eleitorais fixados em lei;
d) As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pela respectiva coligação a
que pertencerem, devendo ser acompanhadas de extratos das contas bancárias referentes à movimentação
de recursos financeiros usados na campanha e da relação de cheques recebidos, com a indicação dos
respectivos números, valores e emitentes;
e) Eventuais débitos de campanha não quitados até a data de apresentação da prestação de contas poderão
ser assumidos pelo partido político, por decisão de seu órgão nacional de direção partidária. Nessa hipótese,
o órgão partidário da respectiva circunscrição eleitoral passará a responder por todas as dívidas
solidariamente com o candidato e a existência do débito não poderá ser considerada como causa para a
rejeição da prestação de contas.
Comentários
A alternativa A está incorreta. O art. 22, da Lei nº 9.504/1997, prevê a obrigatoriedade de abertura de conta
específica de campanha. No caso das despesas com remuneração de pessoal, há, inclusive, um limite legal
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específico consistente em 10% do total de gastos de campanha, de modo que a observância desses valores
somente é possível com a devida prestação de contas, passando os recursos pela conta específica, sob pena
de configuração do “caixa 2”.
A alternativa B está incorreta. Com base no §6º, do art. 23, da Lei nº 9.504/97, na hipótese de doações
realizadas por meio da internet, as fraudes ou erros cometidos pelo doador sem conhecimento dos
candidatos, partidos ou coligações não ensejarão a responsabilidade destes nem a rejeição de suas contas
eleitorais.
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 26, VIII, da referida Lei, montagem e operação de carros
de som, de propaganda e assemelhados são considerados gastos eleitorais.
A alternativa D está incorreta. O §2º, do art. 28, da Lei das Eleições, as prestações de contas dos candidatos
às eleições proporcionais serão feitas pelo próprio candidato.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe os §§ 3º e 4º, do art. 29, da referida
Lei:
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Comentários
A alternativa A está correta, com base no §2º, do art. 73, combinado com o art. 76, da Lei das Eleições:
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 73, VI, “b”, da referida Lei, nos
três meses que antecedem o pleito é proibida toda e qualquer forma de publicidade institucional de atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais estaduais ou municipais, ou das
respectivas entidades da administração indireta, SALVO em caso de grave e urgente necessidade pública,
assim reconhecida pela Justiça Eleitoral.
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e,
ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do
pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de
pleno direito, ressalvados:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções
de confiança;
A alternativa E está correta, pois é o que dispõe o art. 73, VI, “a”, da Lei das Eleições:
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Comentários
Atenção, a questão pede a alternativa que não contêm as alterações trazidas pela Lei nº 13.165/2015. Vamos
analisar as alternativas:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A Lei nº 13.165/2015 não trouxe essa modificação.
De acordo com o art. 20, da Lei nº 9.504/97, é possível o financiamento das campanhas com recursos do
Fundo Partidário e com recursos próprios do candidato.
Art. 20. O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele
designada, a administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo
partido, inclusive os relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações de
pessoas físicas, na forma estabelecida nesta Lei.
A alternativa B está incorreta. Uma das alterações trazidas pela Lei nº 13.165/2015 é a mudança do prazo
mínimo de filiação partidária. Após, a Lei nº 13.488/2017 alterou o prazo mínimo de domicílio eleitoral.
Vejamos o art. 9º, da Lei nº 9.504/97:
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 8º, da referida Lei, houve mudança do período das
convenções partidárias.
Art. 8o A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão
ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições,
lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em
vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação.
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 36, da Lei das Eleições, houve a redução do tempo da
campanha eleitoral de 90 para 45 dias, iniciando-se em 16 de agosto do ano da eleição.
Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da
eleição.
A alternativa E está incorreta, pois a alternativa não prevê uma mudança trazida pela Lei nº 13.165/2015.
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Comentários
De acordo com o §3º, do art. 30, da Lei nº 9.504/97, para efetuar os exames da regularidade das contas de
campanha, a Justiça Eleitoral poderá requisitar técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, pelo tempo que for necessário.
§ 3º Para efetuar os exames de que trata este artigo, a Justiça Eleitoral poderá requisitar
técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios, pelo tempo que for necessário.
Porém, com base no art. 127, §1º, da CF/88, o Ministério Público Eleitoral não está vinculado às conclusões
dos referidos técnicos, possuindo amplo e irrestrito poder de se posicionar de maneira diversa, por força do
princípio da independência funcional do Ministério Público.
38. (MPE-RS - 2016) Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações, relativas à
representação do art. 41-A da Lei nº 9.504/97 (captação de sufrágio).
( ) A representação do art. 41-A da Lei nº 9.504/97 somente abrange atos praticados no período entre o
registro da candidatura e o dia da eleição.
( ) Para a caracterização da conduta ilícita de captação de sufrágio, é necessário o pedido explícito de votos.
( ) O recurso contra decisões proferidas com base no art. 41-A da Lei nº 9.504/97 deverá ser apresentado no
prazo de vinte e quatro horas da publicação da decisão em cartório ou sessão, assegurado ao recorrido o
oferecimento de contrarrazões, em igual prazo, a contar da sua notificação.
( ) A representação do art. 41-A da Lei nº 9.504/97 só pode ser ajuizada até a data da diplomação.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – F – F – V.
b) V – V – F – F.
c) F – F – V – V.
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d) F – V – F – V.
e) V – F – V – F.
Comentários
A primeira afirmativa é verdadeira, conforme prevê o caput, do art. 41-A, da Lei nº 9.504/97:
Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio,
vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o
fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego
ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena
de multa de mil a cinquenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o
procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.
A segunda afirmativa é falsa. De acordo com o §1º, do art. 41-A, da referida Lei, para a caracterização da
conduta ilícita é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo, consistente no
especial fim de agir.
A terceira afirmativa é falsa. Com base no §4º, o recurso contra decisões proferidas com base no art. 41-A,
da Lei nº 9.504/97, deverá ser apresentado no prazo de 3 dias, a contar da data da publicação do julgamento
no Diário Oficial.
A quarta afirmativa é verdadeira, pois é o que dispõe o §3º, do art. 41-A, da referida Lei:
§ 3o A representação contra as condutas vedadas no caput poderá ser ajuizada até a data
da diplomação.
39. (FAURGS/TJ-RS - 2016 - Adaptada) Tendo em vista as condutas vedadas do artigo 73 da Lei nº
9.504/1997, assinale a alternativa correta.
a) No ano em que se realizar eleição, é proibido aos agentes públicos das esferas administrativas cujos cargos
estejam em disputa na eleição fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral
gratuito.
b) No primeiro semestre do ano de eleição, é proibido remover, transferir ou exonerar servidor público, na
circunscrição do pleito.
c) No ano em que se realizar eleição, é proibida toda e qualquer distribuição gratuita de bens, valores ou
benefícios por parte da Administração Pública.
d) No primeiro semestre do ano de eleição, é proibido realizar transferência voluntária de recursos da União
aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios.
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e) empenhar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos
federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a 6
(seis) vezes a média mensal dos valores empenhados e não cancelados nos 3 (três) últimos anos que
antecedem o pleito.
Comentários
Essa questão exige o conhecimento do art. 73, da Lei nº 9.504/97, o qual prevê as condutas tendentes a
afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais, que são proibidas aos agentes
públicos, servidores ou não.
A alternativa A está incorreta. De acordo com o inciso VI, c, é proibido, nos três meses que antecedem o
pleito, fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando,
a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de
governo.
A alternativa B está incorreta. Conforme inciso V, é proibido nomear, contratar, ou, de qualquer forma,
admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou, por outros meios, dificultar ou impedir
o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição
do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito.
A alternativa C está incorreta. Com base no §10, no ano em que se realizar a eleição, fica proibida a
distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de
calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução
orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o
acompanhamento de sua execução financeira e administrativa.
A alternativa D está incorreta. O inciso VI, a, prevê que, nos três meses que antecedem o pleito, é proibido
realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos
Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação
formal pré-existente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma pré-fixado, e os
destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública.
VII - empenhar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos
órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, que excedam a 6 (seis) vezes a média mensal dos valores
empenhados e não cancelados nos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito.
40. (IESES/TRE-MA - 2015) Sobre o Sistema Eletrônico de Votação e Totalização dos votos, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) A urna eletrônica contabilizará cada voto, assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, garantida aos partidos
políticos, coligações e candidatos ampla fiscalização.
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b) A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital, permitam o registro digital de cada
voto e a identificação da urna em que foi registrado, resguardado o anonimato do eleitor.
c) Na votação para as eleições proporcionais, serão computados para a legenda partidária os votos em que
seja possível a identificação do candidato, desde que o número identificador do partido seja digitado de
forma correta.
d) Ao final da eleição, a urna eletrônica procederá à assinatura digital do arquivo de votos, com aplicação do
registro de horário e do arquivo do boletim de urna, de maneira a impedir a substituição de votos e a
alteração dos registros dos termos de início e término da votação.
Comentários
A alternativa A está correta, tendo em vista o que prescreve o art. 61, da LE:
A alternativa B está correta pelo que estabelece o § 4º, do art. 59, da LE:
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. Somente serão computados para a legenda os votos
nos quais não for possível a identificação do candidato. Vejamos o que disciplina o §2º, do art. 59, da LE:
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c) O aluguel de bens particulares para veiculação por qualquer meio de propaganda eleitoral não configura
despesa eleitoral sujeita a limite.
d) É vedado a partido político e a candidato receber direta ou indiretamente doação em dinheiro procedente
de entidades beneficentes e religiosas.
e) Não é obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica com o objetivo de
registrar o movimento financeiro da campanha política.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Lembrem-se de que é proibido o financiamento por entidades estrangeiras.
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos
partidos, ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
A alternativa B está incorreta, de acordo com o art. 26, inciso IV, da Lei das Eleições. As despesas de
transporte e deslocamento de candidatos são consideradas como gasto eleitoral.
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta
Lei:
IV - despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das
candidaturas, observadas as exceções previstas no § 3o deste artigo. (Redação dada pela
Lei nº 13.488, de 2017)
A alternativa C está incorreta. A hipótese não está prevista nas exceções do §3º do art. 26 da LE.
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite de
três linhas.
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A alternativa E está incorreta, pois vai de encontro ao que prevê o art. 22, da Lei nº 9.504/97, uma vez que
é obrigatória a abertura de conta bancária específica por parte do partido político.
Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica
para registrar todo o movimento financeiro da campanha.
42. (PONTUA/TRE-SC - 2011) No que diz respeito à arrecadação e à prestação de contas, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) A responsabilidade pelas despesas de campanha é autônoma em relação a candidatos e partidos.
b) Nos documentos integrantes da prestação de contas, são obrigatórias as assinaturas do candidato e do
seu administrador financeiro, caso exista.
c) Quanto à veracidade das informações financeiras e contábeis da campanha, a responsabilidade é
autônoma entre o candidato e o seu administrador financeiro.
d) É obrigatória a abertura de conta específica para registrar o movimento financeira da campanha.
Comentários
A alternativa A está correta, com base no art. 17, da Lei das Eleições:
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos
partidos, ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
O partido será responsável por suas próprias contas, tal como o candidato será responsável por sua própria
campanha. São, portanto, contas autônomas.
Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art.
20 desta Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha,
devendo ambos assinar a respectiva prestação de contas.
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. Conforme artigo acima, a responsabilidade será
solidária e não autônoma.
A alternativa D está correta, pelo que prescreve o art. 22, da Lei nº 9.504/97.
Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica
para registrar todo o movimento financeiro da campanha.
43. (IESES/TRE-MA - 2015) Em relação a arrecadação e aplicação de recursos para campanha assinale a
alternativa correta:
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a) Os limites de gastos de campanha, em cada eleição, são os definidos pelo partido político respectivo com
base nos parâmetros definidos em lei.
b) O candidato a cargo eletivo poderá abrir conta bancária específica para registrar todo o movimento
financeiro da campanha ou utilizar sua conta pessoal, sendo que a escolha de qual conta será utilizada deve
ser previamente informada a justiça eleitoral.
c) O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pagamento de multa
em valor equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da
ocorrência de abuso do poder econômico.
d) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, de seus
candidatos ou particulares autorizados por instrumento de delegação, e financiadas de acordo com as
vedações da Lei de Inelegibilidades.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois os limites de gastos são definidos pelo TSE e não pelos partidos políticos,
nos termos do art. 18, caput, da LE:
Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal
Superior Eleitoral.
A alternativa B está incorreta. A abertura de conta bancária específica é obrigatória, como determina o art.
22, caput, da LE:
Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica
para registrar todo o movimento financeiro da campanha.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, tendo em vista que coaduna com o art. 18-B, da LE:
Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará
o pagamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que
ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do
poder econômico. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015).
Por fim, a alternativa D está incorreta. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a
responsabilidade dos partidos, de seus candidatos. Não há, no art. 17, da LE, que disciplina a matéria,
referência aos “particulares autorizados por instrumento de delegação”. Ademais, as regras de
financiamento são estabelecidas na “Lei das Eleições” e não na “Lei de Inelegibilidades”.
Vejamos:
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos
partidos, ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
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44. (AOCP/TRE-AC - 2015) A Lei n° 9.504/97 (e alterações posteriores), que regula a arrecadação e a
aplicação de recursos nas campanhas eleitorais, define que
a) o limite para gastos com aluguel de veículos automotores é de 20% (vinte por cento) do total gasto na
campanha.
b) Após o recebimento do pedido de registro da candidatura, a Justiça Eleitoral deverá fornecer em até cinco
dias úteis, o número de registro de CNPJ.
c) as doações e contribuições de pessoas físicas ficam limitadas em 5% (cinco por cento) dos rendimentos
brutos auferidos no ano anterior à eleição.
d) a realização de pesquisas pré-eleitorais não é considerada um gasto eleitoral.
e) é vedada a realização de gastos não reembolsados por eleitores.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 26, §1º, inciso II.
A alternativa B está incorreta, pois o prazo para o fornecimento do registro de CNPJ é de três dias.
A alternativa C está incorreta, tendo em vista que o percentual correto de doações e contribuições de
pessoas físicas é de 10%, de acordo com o art. 23, § 1º, da Lei das Eleições.
A alternativa D está incorreta, pois os gastos com pesquisas pré-eleitorais são sim gastos eleitorais.
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta
Lei, dentre outros:
XII - realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
A alternativa E está incorreta, com base no art. 27, da LE. Como dissemos em aula, o limite de gastos não
reembolsáveis é de 1.000 UFIR, o que equivale a, aproximadamente, R$ 1.064,00.
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência,
até a quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não
reembolsados.
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A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Não há qualquer previsão nesse sentido. Temos, na
legislação eleitoral, regras que simplificam a prestação de contas, porém, não existem regras que dispensam
a prestação de contas.
A alternativa B está correta, com base no art. 28, § 1º, da Lei das Eleições.
A alternativa C está correta pelo que prescreve o § 2º, do mesmo art. 28, da Lei das Eleições.
A alternativa D acompanha o que dispõe o art. 30, § 2º, da Lei das Eleições.
§ 2º Erros formais e materiais corrigidos não autorizam a rejeição das contas e a cominação
de sanção a candidato ou partido.
A alternativa E está correta, tendo em vista o art. 30, § 5º, da Lei das Eleições.
§ 5º Da decisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos caberá recurso ao órgão
superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no Diário
Oficial.
46. (NC-UFPR/TJ-PR - 2012) A prestação de contas perante a Justiça Eleitoral é devida:
a) apenas pela coligação partidária formada em qualquer pleito eleitoral para os cargos que demandam
eleição proporcional.
b) apenas pelos candidatos que tiveram seus registros deferidos para o pleito eleitoral.
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c) pelas coligações partidárias, pelos partidos políticos e pelos candidatos, ainda que estes últimos não
tenham sido eleitos.
d) pelas coligações partidárias e pelos partidos políticos, quando ao menos um de seus candidatos tenha sido
eleito.
Comentários
Trata-se de uma questão bastante simples, que aborda as pessoas que devem prestar contas perante a
Justiça Eleitoral. Sabemos que tanto os partidos como as coligações, bem como os candidatos, devem
apresentar contas à Justiça Eleitoral, independentemente de terem sido eleitos ou não.
47. (FMP/MPE-AM - 2015) Em relação às condutas vedadas previstas no art. 73 da Lei nº 9.504/97, é
correto afirmar que
a) só respondem pela violação os candidatos que sejam agentes políticos.
b) o bem jurídico tutelado é o princípio da igualdade entre os candidatos.
c) tutelam a normalidade e legitimidade das eleições. Por isso é necessário prova de que a conduta
desequilibrou o pleito.
d) podem levar à cassação do registro, mas não do diploma do candidato beneficiado.
e) a legitimidade para propositura da representação, nas eleições municipais, é do Ministério Público
Eleitoral, dos candidatos, dos partidos políticos ou coligações e de qualquer eleitor da circunscrição eleitoral.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois as condutas vedadas se aplicam aos agentes administrativos.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. As condutas vedadas do art. 73, da Lei das Eleições,
têm por objetivo evitar que qualquer candidato tenha uma vantagem em relação ao outro, assim, o que se
busca conferir é a igualdade entre os candidatos na disputa eleitoral.
A alternativa C está incorreta. A mera prática das condutas expostas no art. 73 já presume o favorecimento
de candidato. Dessa forma, é incorreto dizer que se exige a prova do desequilíbrio nas eleições.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 73, §5º, o candidato beneficiado, agente público ou
não, ficará sujeito à cassação do registro ou do diploma.
A alternativa E está incorreta. O eleitor não tem legitimidade para propor a representação. Vejamos o art.
22, da LC nº 64/90.
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Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral
poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional,
relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de
investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do
poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social,
em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito:
48. (IADES/TRE-PA - 2014) Considere as condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas
eleitorais, Lei nº 9.504/1997, assinale a alternativa correta.
a) É proibida aos agentes públicos, apenas servidores, a seguinte conduta: ceder em benefício do candidato
bens móveis ou imóveis.
b) É vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos, nos seis meses que antecedem
as eleições, na realização de inaugurações.
c) É proibido aos candidatos a cargos do Poder Executivo participar, nos seis meses que precedem o pleito,
de inaugurações de obras públicas.
d) É proibido aos agentes públicos nomear, contratar ou demitir, na circunscrição do pleito, nos seis meses
que o antecederem e até a posse dos eleitos.
e) É proibido aos agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor do candidato, partido político
ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo
Poder Público.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 73, I, da Lei das Eleições, é proibido aos agentes públicos,
servidores ou não, ceder, em benefício do candidato, bens móveis ou imóveis.
A alternativa B está incorreta. Conforme art. 75, da LE, nos três meses que antecederem as eleições, na
realização de inaugurações é vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos.
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 77, é proibido, a qualquer candidato, comparecer, nos 3
(três) meses que precedem o pleito, a inaugurações de obras públicas.
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 73, V, é proibido aos agentes públicos nomear, contratar ou
de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios
dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor
público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de
nulidade de pleno direito.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 73, IV.
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
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Comentários
A assertiva está incorreta, pois a divulgação fraudulenta de pesquisa é crime eleitoral com base no art. 33, §
4º.
Comentários
A disciplina das pesquisas e teste pré-eleitorais consta dos arts. 33 a 35, da LE. O primeiro desses dispositivos
estabelece uma série de informações que deverão ser disponibilizadas pela empresa à Justiça Eleitoral com
antecedência de cinco dias.
Vejamos:
Art. 33. As entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às
eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa,
a registrar, junto à Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, as seguintes
informações:
I – quem contratou a pesquisa;
II – valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;
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Na hipótese da questão, o Instituto Previsões Certas não declarou o montante e a origem dos recursos pelo
Partido Nacional. Estabelece o §3º, da LE, que o descumprimento das regras acima sujeita os responsáveis à
penalidade de multa.
§ 3º A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações de que trata este
artigo sujeita os responsáveis a multa no valor de cinquenta mil a cem mil UFIR.
51. (MPE-PR/MPE-PR - 2019) Nos termos da Lei n. 9.504/97, assinale a alternativa incorreta:
a) A partir da escolha de candidatos em convenção, é assegurado o direito de resposta a candidato, partido
ou coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa,
difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social.
b) O ressarcimento das despesas com o uso de transporte oficial pelo Presidente da República e sua comitiva
em campanha eleitoral será de responsabilidade do partido político ou coligação a que esteja vinculado.
c) É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3 (três) meses que precedem o pleito, a inaugurações
de obras públicas, sujeitando ao infrator à cassação do registro ou do diploma.
d) As entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos
candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto à Justiça
Eleitoral, até dois dias antes da divulgação, informações tais como quem contratou a pesquisa e sobre o valor
e origem dos recursos despendidos no trabalho.
e) Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias
da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar
condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos.
Comentários
A pesquisa eleitoral, prevista na Lei nº 9.504/97, consiste na indagação feita aos eleitores em determinado
momento do processo eleitoral, para saber qual é a sua intenção de voto. Sobre o tema, o art. 33 da referida
lei traz várias exigências para a pesquisa eleitoral, dentre elas, preconiza o dispositivo que as entidades e
empresas que realizem pesquisa eleitoral são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto à Justiça
Eleitora, até 5 dias antes da divulgação informações como quem contratou a pesquisa, seu valor e origem
dos recursos despendidos no trabalho.
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Portanto, a alternativa D está incorreta sendo o gabarito da questão, pois afirma que o prazo para registro
da pesquisa junto à Justiça Eleitoral é de 2 dias, quando, na verdade, é de 5 dias.
A alternativa A está correta. O direito de resposta no âmbito da propaganda eleitoral está previsto no art.
58 da Lei 9.504/97, possui natureza judicial e consiste num procedimento de defesa reconhecido a candidato.
Vejamos o art. 58:
Art. 76. O ressarcimento das despesas com o uso de transporte oficial pelo Presidente da
República e sua comitiva em campanha eleitoral será de responsabilidade do partido político ou
coligação a que esteja vinculado.
A alternativa C está correta. É vedado, pela Lei 9.504/97, que nos 3 meses que precedem o pleito, o
candidato compareça a inaugurações de obras públicas, pois haveria nesta situação, o desvirtuamento dos
princípios da Administração Pública. Caso essa regra, prevista no art. 77 da referida lei, seja inobservada, o
infrator estará sujeito à cassação do registro ou do diploma.
A alternativa E está correta, tendo em vista a previsão do art. 30-A da Lei 9.504/97:
Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo
de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de
investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à
arrecadação e gastos de recursos.
Sobre o tema, importante fazer uma observação final: o TSE entende que o MP tem legitimidade ativa para
a referida representação (RO 1.596), mas, aos candidatos, o TSE não reconhece a mesma prerrogativa (RO
1.498).
LISTA DE QUESTÕES
CESPE
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B) Os candidatos são dispensados de apresentar os comprovantes de recursos utilizados que tenham sido
provenientes do fundo partidário.
C) Havendo irregularidades sanáveis detectadas pelo órgão técnico, o prestador de contas será intimado a
se manifestar no prazo de trinta dias, sendo vedada a juntada de novos documentos.
D) As contas poderão ser julgadas regulares, sem a realização de diligências, independentemente de parecer
favorável do Ministério Público Eleitoral (MPE).
E) Os candidatos não eleitos às prefeituras municipais com gastos de até vinte mil reais — valor que pode
ser atualizado monetariamente a cada eleição — poderão submeter-se ao exame simplificado.
2. (CESPE/ALE-CE - 2021) Na vigência da CF, diversas maneiras de superar a situação de sub-
representação das mulheres nas casas legislativas do Brasil foram debatidas e algumas instituídas. A
respeito dessas implementações, assinale a opção correspondente à única regra vigente.
A) Reserva de, pelo menos, 30% do total de vagas que o partido pode apresentar nas eleições, proporcionais
para cada sexo.
B) Reserva de, pelo menos, 30% dos lugares nos órgãos de direção partidária, em nível municipal, estadual e
nacional, para cada sexo.
C) Reserva de, pelo menos, 10% do tempo de propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão para a
promoção da participação política das mulheres.
D) Exigência de percentual mínimo, para cada sexo, no total de candidaturas de cada partido para chefes do
Poder Executivo.
E) Distribuição dos recursos públicos usados no financiamento das campanhas eleitorais, para cada sexo, na
proporção do número de candidatos homens e mulheres, observado o percentual mínimo previsto em lei.
3. (CESPE/TJ-SC - 2019) A respeito da prestação de contas por partidos políticos e candidatos e da
arrecadação de dinheiro para fins eleitorais, julgue os seguintes itens.
I - As doações realizadas por pessoas físicas a partido político são limitadas a 10% dos rendimentos brutos
auferidos pelo doador no ano-calendário anterior à eleição.
II - As contas bancárias utilizadas para o registro da movimentação financeira de campanha eleitoral estão
submetidas ao sigilo, e seus extratos integram informações de natureza privada, não compondo a prestação
de contas à justiça eleitoral.
III - O candidato deverá emitir recibo eleitoral referente à cessão de automóvel de propriedade de seu
cônjuge que tenha sido destinado ao uso pessoal do candidato durante a campanha.
IV - Os partidos políticos devem destinar, no mínimo, 20% do montante do Fundo Especial de Financiamento
de Campanha para aplicação nas campanhas de suas candidatas.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas o item III está certo.
d) Apenas os itens II e IV estão certos.
e) Apenas os itens I, III e IV estão certos.
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b) O uso de alto-falantes e amplificadores de som nas campanhas eleitorais deve obedecer tão somente a
restrições de localização: não pode ocorrer nas proximidades de hospitais, casas de saúde, escolas e igrejas,
entre outros locais.
c) Servidores públicos e empregados da administração direta são proibidos de participar de campanhas
eleitorais.
d) Falar de possível candidatura em entrevista a programa de rádio ou televisão antes do dia quinze de agosto
de anos eleitorais caracteriza propaganda antecipada, mesmo que a fala não contenha pedido de votos.
e) A convocação de rede de radiodifusão por parte do presidente da República com o objetivo exclusivo de
divulgar as realizações da sua gestão, sem atacar partidos ou candidatos opositores, não configura
propaganda antecipada.
9. (CESPE/TRE-PE - 2017) Acerca de eleições e temas correlatos, assinale a opção correta.
a) É proibido aos agentes públicos nomear para cargos em comissão nos três meses que antecedem a eleição
até a data da posse dos eleitos.
b) O critério majoritário é utilizado para os cargos do Poder Executivo e o proporcional para os cargos do
Poder Legislativo.
c) O título eleitoral do menor que completará dezesseis anos de idade no dia do pleito eleitoral é eficaz desde
a data da expedição.
d) A produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita, não
pode constar como gasto eleitoral na prestação de contas da campanha.
e) No período de campanha eleitoral, é vedada a realização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral.
10. (CESPE/TRE-PE - 2017) Assinale a opção correta a respeito da prestação de contas de campanha
eleitoral e da prestação de contas partidárias.
a) Em eleição majoritária, a prestação de contas de candidato terá de ser feita pelo próprio candidato.
b) A prestação de contas de candidato participante de eleição proporcional deverá ser feita pelo comitê
financeiro do partido.
c) Caso esteja pendente processo judicial relativo às contas de candidato vitorioso, a documentação quanto
a elas só poderá ser destruída depois de cento e oitenta dias da diplomação.
d) Nas eleições para prefeito de municípios com menos de cinquenta mil eleitores, a prestação de contas
será feita por sistema simplificado, desde que os gastos sejam inferiores a vinte e cinco mil reais.
e) Eventual sobra de valores ao final de campanha eleitoral deve ser declarada na prestação de contas e,
após julgados todos os recursos, devolvida ao candidato.
11. (CESPE/TRE-PI - 2016) Com relação às doações e às prestações de contas em campanhas eleitorais,
assinale a opção correta.
a) Quaisquer erros encontrados na prestação de contas, mesmo os materiais ou formais posteriormente
corrigidos, podem resultar em sanção ao candidato e ao partido, bem como ensejar a reprovação das contas
pela justiça eleitoral.
b) A prestação de contas, no caso das eleições proporcionais, deve ser efetivada pelo próprio candidato.
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c) Em decorrência do direito constitucional ao sigilo bancário, não se pode exigir que candidatos às eleições
majoritárias apresentem extratos e cheques relativos à movimentação financeira dos gastos efetivados em
prol de sua campanha.
d) Dispensa-se a prestação de contas das cessões de bens móveis de cada cedente até o limite de R$ 40.000.
e) As pessoas naturais ou jurídicas podem fazer doações pecuniárias anônimas a partidos políticos até o valor
de R$ 25.000.
12. (CESPE/TRE-PI - 2016) Poderá ser considerada facultativa a apresentação à justiça eleitoral das
despesas de campanha relativas a
a) propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada a conquistar
votos.
b) montante percebido pelo candidato, em razão de sua atividade trabalhista, para fazer face às despesas
familiares.
c) aluguel de locais para comícios.
d) realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais.
e) correspondência e despesas postais.
13. (CESPE/TRE-RS - 2015) Eleito deputado federal em 2014, e já preocupado em planejar sua
campanha à reeleição para as eleições de 2018, Jorge sondou os possíveis doadores de recursos para sua
campanha e elaborou seu planejamento. No entanto, em razão das alterações havidas na lei a respeito da
matéria, ele solicitou parecer sobre a legalidade das possíveis fontes de financiamento de sua futura
campanha.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção que relaciona apenas fontes de recursos de campanha em
conformidade com a legislação ora vigente.
a) entidades de utilidade pública e recursos próprios sem limitação.
b) entidades esportivas e pessoas físicas até o limite de R$ 20.000 por doador.
c) empresas até o limite de R$ 20.000 por doador e entidades beneficentes e religiosas.
d) pessoas físicas até o limite de 10% dos rendimentos brutos do doador no ano de 2017 e empresas até o
limite de 2% do faturamento bruto de 2017.
e) pessoas físicas até o limite de 10% dos rendimentos brutos do doador no ano de 2017 e recursos próprios
até o total de 10% (dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
14. (CESPE/TRE-RS - 2015) Ainda a respeito do processo brasileiro de eleição, assinale a opção correta.
Nesse sentido, considere que a sigla TSE, sempre que utilizada, se refere ao Tribunal Superior Eleitoral.
Os partidos políticos e os candidatos devem abrir conta bancária específica para demonstrar toda a
movimentação financeira dos procedimentos adotados durante a campanha, estando as entidades bancárias
obrigadas a acatar, em determinado prazo, pedido de abertura de conta, podendo fixar limite de depósito
inicial.
15. (CESPE/TRE-RS - 2015) Ainda a respeito do processo brasileiro de eleição, assinale a opção correta.
Nesse sentido, considere que a sigla TSE, sempre que utilizada, se refere ao Tribunal Superior Eleitoral.
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É condicionante aos candidatos, no tocante à percepção de recursos financeiros para fazer face às despesas
destinadas à sua campanha eleitoral, a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica fornecida pela
justiça eleitoral.
16. (CESPE/TJ-CE - 2012) Julgue o item a seguir acerca da arrecadação, da aplicação de recursos e da
prestação de contas de campanha.
É vedado a candidato o recebimento de doação em dinheiro procedente de quaisquer cooperativas.
17. (CESPE/TJ-CE - 2012) Julgue o item a seguir acerca da arrecadação, da aplicação de recursos e da
prestação de contas de campanha.
Os limites de gastos de campanha, em cada eleição, são os definidos pelo partido político com base nos
parâmetros definidos em lei.
18. (CESPE/TJ-DFT - 2015) Assinale a opção correta no que concerne ao financiamento de campanhas
eleitorais.
a) Os gastos espontâneos realizados por eleitor em favor de candidato são equiparados a doações para fins
de limitação máxima.
b) A não abertura de conta específica para arrecadação de recursos financeiros para financiamento de
campanha eleitoral é fundamento insuficiente para a rejeição das contas do candidato.
c) Pessoa jurídica não pode doar para campanhas eleitorais, exceto o partido político para os candidatos que
integram a sua coligação.
d) É admissível a doação a candidato por empresa privada controlada por concessionária de serviço público.
e) Os candidatos podem financiar suas próprias campanhas com recursos próprios, sem restrições de valor.
19. (CESPE/TJ-CE - 2012) Julgue o item a seguir acerca da arrecadação, da aplicação de recursos e da
prestação de contas de campanha.
As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias são feitas pelo partido político ou pelo
próprio candidato.
20. (CESPE/TRE-GO - 2015) Julgue o item a seguir, a respeito da propaganda eleitoral e das condutas
vedadas aos agentes públicos.
No período compreendido entre os três meses que antecedem o pleito e a posse dos eleitos, é vedado aos
agentes públicos nomear ou exonerar de ofício servidor público na circunscrição do pleito, mesmo que ele
seja ocupante de cargo em comissão.
21. (CESPE/MPE-AC - 2014) Assinale a opção correta com base no que dispõe a legislação eleitoral
acerca das condutas dos agentes públicos durante a campanha.
a) É permitido o uso, pelo candidato a reeleição de prefeito da residência oficial para a realização de contatos,
encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que tenham caráter de ato público.
b) É proibido ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis
pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos estados, do DF e dos municípios para a
realização de convenção partidária
c) É proibida a cessão de servidor público licenciado da administração direta ou indireta federal, estadual ou
municipal do Poder Executivo a comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação.
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d) São permitidas, até três meses antes do pleito, a nomeação ou exoneração de cargos em comissão, a
nomeação para cargos do Poder Judiciário, do MP e dos órgãos da Presidência da República e a nomeação
dos aprovados em concursos públicos homologados.
e) É proibido fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, nos
três meses antes do pleito, salvo quando, a critério da Presidência da República, tratar-se de matéria urgente,
relevante e característica das funções de governo.
22. (CESPE/TRE-MS - 2013) Tendo em vista o regramento da Lei das Eleições atinentes ao sistema
eletrônico de votação e totalização de votos julgue o item seguinte:
A urna eletrônica mostra, em seu painel, a expressão designadora do cargo disputado no masculino ou
feminino, conforme o caso.
23. (CESPE/TRE-MS - 2013) Tendo em vista o regramento da Lei das Eleições atinentes ao sistema
eletrônico de votação e totalização de votos julgue o item seguinte:
A urna eletrônica exibe, nas eleições municipais, primeiramente os painéis referentes à eleição de prefeito e
vice-prefeito e, em seguida, o painel para a votação de vereador.
24. (CESPE/TRE-MS - 2013) Tendo em vista o regramento da Lei das Eleições atinentes ao sistema
eletrônico de votação e totalização de votos julgue o item seguinte:
O juiz eleitoral pode votar em qualquer urna eletrônica da seção da zona eleitoral sob sua jurisdição, mesmo
sem ter seu nome incluído na listagem de eleitores da seção.
25. (CESPE/TRE-MS - 2013) Tendo em vista o regramento da Lei das Eleições atinentes ao sistema
eletrônico de votação e totalização de votos julgue o item seguinte:
Na votação para as eleições proporcionais, os votos em que seja impossível a identificação do candidato são
computados para a legenda partidária, desde que o número identificador do partido seja digitado de forma
correta.
26. (CESPE/TRE-MS - 2013) Tendo em vista o regramento da Lei das Eleições atinentes ao sistema
eletrônico de votação e totalização de votos julgue o item seguinte:
Após a implementação do voto por meio de urnas eletrônicas, proibiu-se o uso de cédulas de papel no
processo eleitoral.
27. (CESPE/TRE-MG - 2009) Acerca do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos, julgue o
item abaixo.
Assim como ocorria na votação por cédulas, nas seções em que é adotada a urna eletrônica, os eleitores
cujos nomes não constarem das respectivas folhas de votação poderão votar, mas seus votos serão colhidos
em separado.
28. (CESPE/TRE-BA - 2017) Nos termos do art. 41-A da Lei nº 9.504/1997, e conforma a jurisprudência
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), configura-se a captação ilícita de sufrágio
a) se houver evidência do dolo consubstanciado no objetivo de obter o voto do eleitoral.
b) somente se houver atos de violência ou grave ameaça ao eleitor.
c) somente se a conduta for praticada pelo próprio candidato.
d) ainda que não haja pedido explícito de voto.
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29. (NEMESIS/Câmara de Conchal - SP - 2020) Segundo a legislação eleitoral vigente, o percentual que
um candidato poderá usar de recursos próprios em sua campanha é de:
a)30% do limite previsto para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
b)20% do limite previsto para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
c)10% do limite previsto para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
d)50% do total das doações de pessoas físicas e jurídicas que arrecadar.
e)20% do total das doações de pessoas físicas e jurídicas que arrecadar.
30. (IBFC/TRE-PA - 2020) Com relação à prestação de contas de campanhas eleitorais, considere a Lei
nº 9.504/1997 e suas alterações, e analise as afirmativas abaixo:
I. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de
contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas anual dos partidos, como
transferência aos candidatos.
II. Ficam dispensadas de comprovação na prestação de contas a cessão de automóvel de propriedade do
candidato, do cônjuge e de seus parentes até o quarto grau para seu uso pessoal durante a campanha.
III. Até doze meses após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a documentação concernente
a suas contas. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a
documentação a elas concernente deverá ser conservada até o término do mandato eletivo.
IV. Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão comprovados mediante a
apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando for o caso, desde que
informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigência de apresentação de qualquer outro
documento para esse fim.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Apenas a afirmativa I está correta.
31. (IBFC/TRE-PA - 2020) Sobre a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais,
considere a Lei nº 9.504/1997 e suas alterações, e assinale a alternativa incorreta.
a) As despesas com consultoria, assessoria e pagamento de honorários realizadas em decorrência da
prestação de serviços advocatícios e de contabilidade no curso das campanhas eleitorais serão consideradas
gastos eleitorais, mas serão excluídas do limite de gastos de campanha.
b) A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por desaprovação total ou parcial
da prestação de contas do candidato, deverá ser aplicada de forma proporcional e razoável, pelo período de
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3 (três) a 12 (doze) meses, vedado o desconto do valor a ser repassado na importância apontada como
irregular.
c) O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por cento) dos limites
previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer. A doação de quantia acima dos limites
fixados sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em
excesso.
d) O pagamento efetuado por pessoas físicas, candidatos ou partidos em decorrência de honorários de
serviços advocatícios e de contabilidade, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em
favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido
político, não constitui doação de bens e serviços estimáveis em dinheiro.
32. (FUNDATEC/ALERS - 2018) Quanto à prestação de contas prevista na Lei nº 9.504/1997, a Justiça
Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I. Pela aprovação, quando estiverem regulares.
II. Pela desaprovação, mesmo quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade,
devendo ser ajustada conforme decisão.
III. Pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Justiça Eleitoral,
na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta e duas horas.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
33. (MPE-RS - 2017) Quanto ao controle de arrecadação, aplicação de recursos e prestação de contas
na campanha eleitoral, assinale a alternativa INCORRETA.
a) É obrigatória, para o partido e para os candidatos, a abertura de conta bancária específica para a campanha
eleitoral, mesmo nos casos em que não houver movimentação financeira, salvo na hipótese de candidatura
para prefeito e vereador em Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
b) É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em
dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de organizações da sociedade
civil de interesse público.
c) É vedado ao partido político assumir eventuais débitos de campanha de candidato, não quitados até a
data de apresentação da prestação de contas.
d) São dispensadas de comprovação na prestação de contas as doações estimáveis em dinheiro entre
candidatos ou partidos, decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda
eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da
despesa.
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e) São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados na Lei n. 9.504/97, a realização
de pesquisas ou testes pré-eleitorais.
34. (MPE-PR - 2016) Sobre a arrecadação e aplicação de recursos nas campanhas eleitorais e prestação
de contas, assinale a única assertiva correta, de acordo com a Lei n. 9.504/1997:
a) A lei admite, em caráter excepcional, a utilização de recursos financeiros não provenientes da conta
bancária especificamente aberta para a campanha, desde que seja para a remuneração de pessoal que preste
serviço às candidaturas ou aos comitês eleitorais;
b) Na hipótese de doações realizadas por meio da internet, a lei presume a solidariedade dos candidatos,
partidos e coligações, na hipótese de fraudes ou erros cometidos pelo doador, o que pode ensejar a rejeição
das contas eleitorais;
c) montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados, não se sujeitam aos limites de
gastos eleitorais fixados em lei;
d) As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pela respectiva coligação a
que pertencerem, devendo ser acompanhadas de extratos das contas bancárias referentes à movimentação
de recursos financeiros usados na campanha e da relação de cheques recebidos, com a indicação dos
respectivos números, valores e emitentes;
e) Eventuais débitos de campanha não quitados até a data de apresentação da prestação de contas poderão
ser assumidos pelo partido político, por decisão de seu órgão nacional de direção partidária. Nessa hipótese,
o órgão partidário da respectiva circunscrição eleitoral passará a responder por todas as dívidas
solidariamente com o candidato e a existência do débito não poderá ser considerada como causa para a
rejeição da prestação de contas.
35. (MPE-PR - 2016) No que se refere às condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas
eleitorais, assinale a alternativa incorreta:
a) No decorrer da campanha eleitoral, é possível o uso de transporte oficial pelo presidente da República que
disputa a reeleição, sendo de responsabilidade do partido ou coligação a que esteja vinculado o
ressarcimento das despesas com o uso desse transporte;
b) Nos três meses que antecedem o pleito, é proibida toda e qualquer forma de publicidade institucional de
atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais estaduais ou municipais, ou das
respectivas entidades da administração indireta;
c) Nos três meses que antecedem as eleições, até a posse dos eleitos, é proibido nomear, contratar ou de
qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outro meio
dificultar ou impedir o exercício funcional, e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor
público na circunscrição do pleito, sob pena de nulidade de pleno direito;
d) Nos três meses que antecedem o pleito, até a posse dos eleitos, é possível a nomeação ou exoneração de
cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança;
e) Nos três meses que antecedem o pleito é proibido realizar transferência voluntária de recursos da União
aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados
os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em
andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de
calamidade pública.
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36. (Instituto Legatus/Câmara Municipal de Bertolínia-PI - 2016) A Lei nº 13.165/2015, conhecida como
Reforma Eleitoral 2015, promoveu importantes alterações nas regras das eleições deste ano, dentre elas
podemos assinalar, exceto:
a) As campanhas serão financiadas exclusivamente por doações de pessoas físicas.
b) O cidadão precisava estar filiado a um partido político um ano antes do pleito para disputar a eleição.
c) As convenções partidárias para escolha de candidatos devem acontecer de 20 de julho a 5 de agosto.
d) Redução do tempo da campanha eleitoral de 90 para 45 dias.
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
37. (MPE-SC - 2016) Para o exame acerca da regularidade das contas de campanha a Justiça Eleitoral
poderá requisitar o auxílio de técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios. O Ministério Público Eleitoral, todavia, não está vinculado às conclusões dos referidos
técnicos, possuindo amplo e irrestrito poder de se posicionar de maneira diversa.
38. (MPE-RS - 2016) Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações, relativas à
representação do art. 41-A da Lei nº 9.504/97 (captação de sufrágio).
( ) A representação do art. 41-A da Lei nº 9.504/97 somente abrange atos praticados no período entre o
registro da candidatura e o dia da eleição.
( ) Para a caracterização da conduta ilícita de captação de sufrágio, é necessário o pedido explícito de votos.
( ) O recurso contra decisões proferidas com base no art. 41-A da Lei nº 9.504/97 deverá ser apresentado no
prazo de vinte e quatro horas da publicação da decisão em cartório ou sessão, assegurado ao recorrido o
oferecimento de contrarrazões, em igual prazo, a contar da sua notificação.
( ) A representação do art. 41-A da Lei nº 9.504/97 só pode ser ajuizada até a data da diplomação.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – F – F – V.
b) V – V – F – F.
c) F – F – V – V.
d) F – V – F – V.
e) V – F – V – F.
39. (FAURGS/TJ-RS - 2016 - Adaptada) Tendo em vista as condutas vedadas do artigo 73 da Lei nº
9.504/1997, assinale a alternativa correta.
a) No ano em que se realizar eleição, é proibido aos agentes públicos das esferas administrativas cujos cargos
estejam em disputa na eleição fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral
gratuito.
b) No primeiro semestre do ano de eleição, é proibido remover, transferir ou exonerar servidor público, na
circunscrição do pleito.
c) No ano em que se realizar eleição, é proibida toda e qualquer distribuição gratuita de bens, valores ou
benefícios por parte da Administração Pública.
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d) No primeiro semestre do ano de eleição, é proibido realizar transferência voluntária de recursos da União
aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios.
e) empenhar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos
federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a 6
(seis) vezes a média mensal dos valores empenhados e não cancelados nos 3 (três) últimos anos que
antecedem o pleito.
40. (IESES/TRE-MA - 2015) Sobre o Sistema Eletrônico de Votação e Totalização dos votos, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) A urna eletrônica contabilizará cada voto, assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, garantida aos partidos
políticos, coligações e candidatos ampla fiscalização.
b) A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital, permitam o registro digital de cada
voto e a identificação da urna em que foi registrado, resguardado o anonimato do eleitor.
c) Na votação para as eleições proporcionais, serão computados para a legenda partidária os votos em que
seja possível a identificação do candidato, desde que o número identificador do partido seja digitado de
forma correta.
d) Ao final da eleição, a urna eletrônica procederá à assinatura digital do arquivo de votos, com aplicação do
registro de horário e do arquivo do boletim de urna, de maneira a impedir a substituição de votos e a
alteração dos registros dos termos de início e término da votação.
41. (IADES/TRE-PA - 2014) Considerando a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas
eleitorais, assinale a alternativa correta.
a) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, candidatos ou
entidades estrangeiras.
b) As despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço da candidatura não são
consideradas gasto eleitoral.
c) O aluguel de bens particulares para veiculação por qualquer meio de propaganda eleitoral não configura
despesa eleitoral sujeita a limite.
d) É vedado a partido político e a candidato receber direta ou indiretamente doação em dinheiro procedente
de entidades beneficentes e religiosas.
e) Não é obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica com o objetivo de
registrar o movimento financeiro da campanha política.
42. (PONTUA/TRE-SC - 2011) No que diz respeito à arrecadação e à prestação de contas, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) A responsabilidade pelas despesas de campanha é autônoma em relação a candidatos e partidos.
b) Nos documentos integrantes da prestação de contas, são obrigatórias as assinaturas do candidato e do
seu administrador financeiro, caso exista.
c) Quanto à veracidade das informações financeiras e contábeis da campanha, a responsabilidade é
autônoma entre o candidato e o seu administrador financeiro.
d) É obrigatória a abertura de conta específica para registrar o movimento financeira da campanha.
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43. (IESES/TRE-MA - 2015) Em relação a arrecadação e aplicação de recursos para campanha assinale
a alternativa correta:
a) Os limites de gastos de campanha, em cada eleição, são os definidos pelo partido político respectivo com
base nos parâmetros definidos em lei.
b) O candidato a cargo eletivo poderá abrir conta bancária específica para registrar todo o movimento
financeiro da campanha ou utilizar sua conta pessoal, sendo que a escolha de qual conta será utilizada deve
ser previamente informada a justiça eleitoral.
c) O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pagamento de multa
em valor equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da
ocorrência de abuso do poder econômico.
d) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, de seus
candidatos ou particulares autorizados por instrumento de delegação, e financiadas de acordo com as
vedações da Lei de Inelegibilidades.
44. (AOCP/TRE-AC - 2015) A Lei n° 9.504/97 (e alterações posteriores), que regula a arrecadação e a
aplicação de recursos nas campanhas eleitorais, define que
a) o limite para gastos com aluguei de veículos automotores é de 20% (vinte por cento) do total gasto na
campanha.
b) Após o recebimento do pedido de registro da candidatura, a Justiça Eleitoral deverá fornecer em até cinco
dias úteis, o número de registro de CNPJ.
c) as doações e contribuições de pessoas físicas ficam limitadas em 5% (cinco por cento) dos rendimentos
brutos auferidos no ano anterior à eleição.
d) a realização de pesquisas pré-eleitorais não é considerada um gasto eleitoral.
e) é vedada a realização de gastos não reembolsados por eleitores.
45. (AOCP/TRE-AC - 2015) Em relação à prestação de contas de campanha, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Estão dispensados de prestar contas aqueles que tiveram o seu registro de candidatura indeferido ou que
tenham desistido da candidatura até o período de 45 dias anteriormente à data da eleição.
b) As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo próprio candidato.
c) As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo próprio candidato.
d) Erros formais e materiais corrigidos não autorizam a rejeição das contas e a cominação de sanção a
candidato ou partido.
e) Da decisão que julgar as contas de campanha, caberá recurso no prazo de 3 dias.
46. (NC-UFPR/TJ-PR - 2012) A prestação de contas perante a Justiça Eleitoral é devida:
a) apenas pela coligação partidária formada em qualquer pleito eleitoral para os cargos que demandam
eleição proporcional.
b) apenas pelos candidatos que tiveram seus registros deferidos para o pleito eleitoral.
c) pelas coligações partidárias, pelos partidos políticos e pelos candidatos, ainda que estes últimos não
tenham sido eleitos.
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d) pelas coligações partidárias e pelos partidos políticos, quando ao menos um de seus candidatos tenha sido
eleito.
47. (FMP/MPE-AM - 2015) Em relação às condutas vedadas previstas no art. 73 da Lei nº 9.504/97, é
correto afirmar que
a) só respondem pela violação os candidatos que sejam agentes políticos.
b) o bem jurídico tutelado é o princípio da igualdade entre os candidatos.
c) tutelam a normalidade e legitimidade das eleições. Por isso é necessário prova de que a conduta
desequilibrou o pleito.
d) podem levar à cassação do registro, mas não do diploma do candidato beneficiado.
e) a legitimidade para propositura da representação, nas eleições municipais, é do Ministério Público
Eleitoral, dos candidatos, dos partidos políticos ou coligações e de qualquer eleitor da circunscrição eleitoral.
48. (IADES/TRE-PA - 2014) Considere as condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas
eleitorais, Lei nº 9.504/1997, assinale a alternativa correta.
a) É proibida aos agentes públicos, apenas servidores, a seguinte conduta: ceder em benefício do candidato
bens móveis ou imóveis.
b) É vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos, nos seis meses que antecedem
as eleições, na realização de inaugurações.
c) É proibido aos candidatos a cargos do Poder Executivo participar, nos seis meses que precedem o pleito,
de inaugurações de obras públicas.
d) É proibido aos agentes públicos nomear, contratar ou demitir, na circunscrição do pleito, nos seis meses
que o antecederem e até a posse dos eleitos.
e) É proibido aos agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor do candidato, partido político
ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo
Poder Público.
49. (FUNDEP/TJ-MG - 2014) Sobre a propaganda política e suas modalidades, julgue o item que se
segue.
A divulgação fraudulenta de pesquisa não é crime eleitoral, caracterizando, apenas, infração administrativa.
50. (IESES/TRE-MA - 2015) O instituto Previsões Certeiras, por pedido do Partido Nacional, realizada
uma pesquisa eleitoral para medir as intenções de voto do eleitorado na eleição para Presidente da
República, sendo o que o partido Nacional, ao registrar a pesquisa, não declarou o montante pago ao
instituto pela pesquisa e nem a origem dos recursos. Neste caso é correto afirmar que:
a) A pesquisa não poderá ser divulgada, pois é requisito fundamental, fixado na legislação a declaração do
valor pago a empresa que realizada a sondagem junto ao eleitorado.
b) A divulgação de pesquisa sem a informação da origem dos recursos e do valor pago a empresa sujeita os
responsáveis a multa no valor fixado pela lei das eleições.
c) A divulgação da pesquisa, sem declaração do valor pago, sujeita o partido político a sofrer a sanção de que
seus candidatos venham a ser declarados inelegíveis por desrespeito à lei eleitoral.
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d) A divulgação de pesquisa eleitoral sem declaração do valor pago constitui crime, punível com detenção de
seis meses a um ano e multa no valor fixado pela lei eleitoral.
51. (MPE-PR/MPE-PR - 2019) Nos termos da Lei n. 9.504/97, assinale a alternativa incorreta:
a) A partir da escolha de candidatos em convenção, é assegurado o direito de resposta a candidato, partido
ou coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa,
difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social.
b) O ressarcimento das despesas com o uso de transporte oficial pelo Presidente da República e sua comitiva
em campanha eleitoral será de responsabilidade do partido político ou coligação a que esteja vinculado.
c) É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3 (três) meses que precedem o pleito, a inaugurações
de obras públicas, sujeitando ao infrator à cassação do registro ou do diploma.
d) As entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos
candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto à Justiça
Eleitoral, até dois dias antes da divulgação, informações tais como quem contratou a pesquisa e sobre o valor
e origem dos recursos despendidos no trabalho.
e) Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias
da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar
condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos.
GABARITO
1. E 23. INCORRETA 45. A
2. E 24. INCORRETA 46. C
3. A 25. CORRETA 47. B
4. CORRETA 26. INCORRETA 48. E
5. INCORRETA 27. INCORRETA 49. INCORRETA
6. CORRETA 28. A 50. B
7. C 29. C 51. D
8. A 30. C
9. E 31. B
10. A 32. D
11. B 33. C
12. B 34. E
13. E 35. B
14. INCORRETA 36. A
15. CORRETA 37. CORRETA
16. CORRETA 38. A
17. INCORRETA 39. E
18. C 40. C
19. INCORRETA 41. D
20. INCORRETA 42. C
21. D 43. C
22. CORRETA 44. A
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