8o Banco - Historia 9oano

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para te ajudar, e, sempre que possível, tire dúvidas com seu professor ou sua professora.
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O PERÍODO VARGUISTA

Efeitos da crise de 1929 no Brasil


Conforme já estudamos, o Brasil tinha como atividade principal de sua economia a produção de café. Nas
primeiras décadas do século XX, essa produção recebia apoio e incentivos financeiros dos governos brasileiros, o
que elevou a produção do café, consequentemente, dos lucros gerados pelo produto, uma vez que o Brasil tornou-
se um grande exportador de café.
Porém, com a quebra da bolsa de valores de Nova York, ocorrida em 24 de outubro de 1929, a produção cafeeira
foi afetada, pois a importação do produto diminuiu e os estoques começaram a se acumular. O excesso de
produto, fez com que seu preço diminuísse muito, não compensando os altos custos da produção e levando vários
cafeicultores à falência.
A medida adotada pelo governo brasileiro foi a queima de parte dos estoques de café, para tentar equilibrar os
preços. No entanto, os efeitos da crise foram sentidos fortemente no país, como veremos a seguir.

A crise da República Oligárquica


A crise do café afetou, também, a política brasileira, uma vez que a política dos governadores dava sinais de
esgotamento. Para as eleições de 1929-30, o então presidente Washington Luís deveria indicar um político
mineiro para a presidência, mas indicou o paulista Júlio Prestes.
Esse fato gerou grande descontentamento e as oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba,
lançaram Getúlio Vargas, do Rio Grande do Sul, como candidato à presidência, e João Pessoa, da Paraíba, como
vice-presidente. A chapa foi chamada de Aliança Liberal, e pregava como programa de governo: - a
diversificação da produção nacional, - a reforma política, - a adoção do voto secreto, - a criação de medidas
protetoras aos trabalhadores.
Vários setores apoiaram a Aliança Liberal, tais como, o Partido Democrático de São Paulo, os tenentes, as
classes médias urbanas e parte da oligarquia nacional.

As eleições de 1930
Em 1º de março de 1930 ocorreram as eleições e apesar da campanha e do apoio recebido pela Aliança Liberal,
Getúlio Vargas perdeu a eleição. A chapa derrotada alegou que o processo eleitoral havia sido fraudado, porém,
em maio do mesmo ano, o Congresso Nacional reconheceu o resultado das eleições e Júlio Prestes foi declarado
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como presidente. Os integrantes da Aliança Liberal, insatisfeitos com a situação, deram início a um movimento
para impedir a posse de Júlio Prestes.

A Revolta da Princesa
Antes das eleições de 1930, estourou a Revolta da Princesa, na Paraíba, servindo de pretexto para o início do
movimento que pretendia derrubar o presidente do país.
João Pessoa, o candidato à vice-presidente na chapa da Aliança Nacional, era governante da Paraíba e instituiu
uma cobrança de impostos com o objetivo de angariar recursos para sanar as finanças do estado. Vários políticos
da região, descontentes com a medida, declararam apoio a Júlio Prestes. Como forma de repressão, João Pessoa
ordenou a retirada de funcionários estaduais da cidade de Princesa Isabel e destituiu o prefeito, aliado do
deputado José Pereira de Lima, importante liderança da Paraíba. Assim, deu-se início a revolta.
Com a tentativa de conter a revolta, João Pessoa enviou soldados para a região e ameaçou bombardear a cidade.
Quatro meses depois, Pereira Lima declarou a cidade de Princesa Isabel como subordinada ao governo federal e
independente do estado da Paraíba.
Independentemente de toda essa situação, em 26 de julho de 1930, João Pessoa foi assassinado em Recife, por
outro adversário político, João Dantas. O crime, porém, teve motivações pessoais, já que após a invasão do
escritório do político, cartas trocadas entre Dantas e sua amante foram divulgadas na imprensa.
A morte de João Pessoa colocou fim à revolta que resultou na morte de cerca de 600 pessoas.

A Revolução de 1930
A morte de João Pessoa, embora tenha ocorrido por questões pessoais, gerou manifestações de repúdio em
diversas partes do Brasil, mobilizando uma série de apoios à Aliança Liberal, que iniciou um levante para
derrubar o governo federal. Em 3 de outubro de 1930 aconteceram movimentos em Minas Gerais, Rio Grande do
Sul e na Paraíba.
Em poucas semanas, a Aliança Liberal havia vencido conflitos em vários estados brasileiros e, com medo de uma
convulsão generalizada por todo o país, o alto escalão militar depôs o então presidente Washington Luís,
substituindo-o por uma junta militar.
No dia 3 de novembro, o governo foi transferido para Getúlio Vargas.

O governo provisório de Vargas


Ao assumir o governo, Getúlio Vargas fechou o Congresso Nacional e as assembleias estaduais e municipais; os
governos estaduais foram substituídos por interventores, a maioria deles, tenentes.
Vargas criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e em 1931 foi estabelecida a Lei de Sindicalização,
atrelando os sindicatos ao Estado. A lei determinava a existência de um único sindicato por categoria e que
apenas os trabalhadores filiados teriam benefícios trabalhistas, como jornada de oito horas diárias, a instituição
da Carteira de Trabalho Profissional, férias e aposentadoria.

Código eleitoral de 1932


Havia algumas divergências entre os apoiadores da Aliança Liberal a respeito da duração do governo provisório,
pois alguns apoiavam o retorno imediato à democracia, enquanto outros consideravam importante fazer antes
reformas sociais e uma reforma eleitoral.
Em fevereiro de 1932 foi criado o Código Eleitoral Brasileiro, que instituiu a Justiça Eleitoral com o objetivo
de fiscalizar as eleições. O reconhecimento dos candidatos não mais seria feito pelo Poder Legislativo, e sim pela
própria Justiça Eleitoral.
O Código Eleitoral instituiu o voto secreto, defendido como fundamental para moralizar a vida política do Brasil,
e estendeu o direito de voto às mulheres.

O voto feminino
A participação das mulheres na política é considerada uma história bem recente, pois nem sempre elas puderam
votar ou exercer cargos públicos. Embora as Constituições de 1824 e 1891 não proibissem expressamente o voto
feminino, as mulheres eram impedidas de votar.
O Rio Grande do Norte foi o primeiro estado brasileiro a permitir, em 1927, o voto feminino e, onde também, em
1928, foi eleita a primeira mulher a ocupar um cargo executivo no país, Alzira Soriano, que assumiu a prefeitura
da cidade de Lajes em 1929.
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O Código Eleitoral de 1932 regulamentou o voto feminino, porém havia algumas restrições: apenas as mulheres
casadas, com a autorização do marido é que podiam votar, bem como as viúvas e as solteiras, mas que
comprovassem renda própria e o voto não era obrigatório para as mulheres. Apenas na Constituição de 1934 é
que as restrições ao voto feminino foram revogadas, mas a obrigatoriedade do voto das mulheres só foi
estabelecida na Constituição de 1946.

A Revolução Constitucionalista de 1932


Os paulistas estavam muito insatisfeitos com as medidas centralizadoras adotadas pelo governo Vargas e
passaram a exigir uma nova Constituição e a substituição do interventor de São Paulo, que havia sido nomeado
por Getúlio Vargas.
No começo do ano de 1932 houve uma mobilização em São Paulo que reuniu diversos setores sociais. O Partido
Democrático rompeu com o governo de Vargas e se aliou ao Partido Republicano Paulista, formando a Frente
Única Paulista (FUP).
Uma revolta armada eclodiu em São Paulo, no dia 9 de julho, quando tropas dissidentes do exército paulista
tomaram os quartéis e o controle do estado. O movimento esperava contar com o apoio de mineiros e gaúchos
para atacar o governo federal, mas eles mantiveram o apoio ao governo Vargas.
Mesmo sozinhos, os paulistas seguiram em conflito com as forças federais e se renderam três meses depois.
Apesar da derrota militar, a revolta teve resultados políticos positivos para os paulistas, pois o governo federal se
comprometeu a estabelecer uma nova Constituição e nomeou um novo interventor civil e paulista para São
Paulo.

A Constituição de 1934
Em maio de 1933 ocorreram eleições para a Assembleia Nacional Constituinte com o objetivo de elaborar uma
nova Constituição para o Brasil, que foi promulgada no dia 16 de julho de 1934, estabelecendo: - a manutenção
do federalismo como sistema de governo do país; - o voto feminino para as mulheres que exerciam função
pública remunerada; - a obrigatoriedade do voto masculino para maiores de 18 anos; - o estabelecimento do
ensino primário gratuito e de frequência obrigatória, extensivo aos adultos; - a nacionalização progressiva dos
recursos minerais e hídricos do Brasil.
Foram estabelecidos os princípios básicos da legislação trabalhista e da economia do país, uma vez que deveria
ser garantida a liberdade econômica e que fossem respeitadas a justiça e as necessidades do país.
A Assembleia Constituinte, por voto indireto, elegeu Getúlio Vargas para presidente do país; o mandato seria de
quatro anos e não readmitiria reeleição. Assim, em 1938 haveria novas eleições por meio do voto direto.

A radicalização política no Brasil


Conforme já estudamos, após a Primeira Guerra, o mundo viu o surgimento de sistemas comunistas e a ascensão
de regimes totalitários e ditatoriais. No Brasil, também houve uma polarização ideológica com a formação de
dois grupos antagônicos: a Ação Integralista Brasileira (AIB), com viés fascista e a Aliança Libertadora
Nacional (ANL), um grupo com tendência antifascista que reunia comunistas, socialistas e tenentes insatisfeitos
com o governo.
A AIB foi fundada por Plínio Salgado, em 1932 sendo o primeiro partido político popular organizado
nacionalmente no país. O lema do grupo era “Deus, Pátria e Família”, com forte inspiração no fascismo italiano.
Os membros do grupo eram chamados de integralistas e tinham o apoio dos setores conservadores da sociedade,
como parte da alta hierarquia militar, do alto clero católico e das oligarquias tradicionais. Os integralistas
defendiam o fortalecimento e a militarização do Estado para impor a ordem e a disciplina à nação brasileira.
Por outro lado, a ANL foi criada em março de 1935 e a maioria dos seus adeptos pertenciam às classes médias
urbanas, principalmente intelectuais, profissionais liberais, militares de baixa patente e estudantes. Em quatro
meses de funcionamento, o grupo já tinha 80 mil integrantes. A ANL defendia uma política anti-imperialista, a
reforma agrária, a nacionalização de empresas estrangeiras, a suspensão do pagamento da dívida externa e um
governo popular. Com quatro meses de atuação, a ANL foi declarada ilegal por Getúlio Vargas.

A Intentona Comunista
Após a ANL se tornar ilegal, aumentou a expectativa de uma tomada do poder através das armas, ampliando,
também a força do movimento comunista. Inspirado na Internacional Comunista e com o apoio do Partido
Comunista do Brasil (PCB), Luís Carlos Prestes comandou os preparativos para uma revolta armada para
derrubar Vargas do poder. Luís Carlos Prestes havia comandado a Coluna Prestes e aderiu ao marxismo.
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Seguindo as orientações da Internacional Comunista, Prestes organizou um levante que ocorreu ao mesmo tempo
nas bases militares de Natal, do Recife e do Rio de Janeiro. O movimento ficou conhecido como Intentona
Comunista, mas resultou em um grande fracasso. Em Recife, foi instaurado um governo revolucionário que
durou apenas quatro dias; no Recife e no Rio de Janeiro, a rebelião foi prontamente controlada.
Com o fim da tentativa de revolta, os opositores do governo sofreram uma violenta perseguição. Civis e
militares, ligados ou não ao movimento, foram presos pela polícia política do governo. Luís Carlos Prestes e sua
esposa Olga Benário, alemã, judia e comunista, também foram presos. Olga Benário, mesmo grávida, foi
deportada para a Alemanha e entregue aos nazistas da Gestapo, sendo conduzida a um campo de concentração. A
mãe de Prestes, Maria Leocádia Prestes fez uma campanha internacional e a filha do casal, Anita Leocádia, foi
trazida para o Brasil e entregue à avó. Prestes ficou preso durante nove anos e foi solto em 1945. Já, Olga
Benário foi executada no campo de Bernburg, na Alemanha, em 1942.

O Estado Novo (1937-1945)


A Intentona Comunista, ocorrida em 1935, tornou-se uma das justificativas para o aumento da repressão política
no país e Vargas decretou estado de sítio, prendendo e perseguindo muitos opositores.
Neste contexto, as discussões sobre a sucessão presidencial tomaram conta da cena política, e a Constituição de
1934 determinava que fosse realizada em 3 de janeiro de 1938 a próxima eleição para presidente do país e a
reeleição estava proibida.
Foram lançadas três candidaturas para presidente, mas Vargas tentava convencer o Congresso a prorrogar o seu
mandato.
Durante a campanha eleitoral, em setembro de 1937, foi divulgado na imprensa a existência de uma conspiração
comunista com o objetivo de tomar o poder de Vargas, conhecido como Plano Cohen. Há indícios de que o
plano conspiratório teria sido forjado pelo integralista e membro do exército Olímpio Mourão Filho.
A notícia sobre o Plano Cohen gerou comoção e medo de um ‘perigo vermelho’ e serviu de pretexto para o
governo Vargas fechar o Congresso Nacional em 10 de novembro de 1937. Assim, deu-se início um período
ditatorial chamado de Estado Novo. Foi anunciada pelo governo uma nova Constituição que suspendeu as
liberdades individuais das pessoas, colocou os partidos políticos na ilegalidade e estabeleceu uma forte censura
aos meios de comunicação.
Durante o Estado Novo houve a centralização da política e da economia nas mãos do governo Vargas. Novos
interventores, aliados ao governo, foram indicados para gerir estados e municípios. O governo era assessorado
por militares, que se tornaram interventores, ministros, chefes de polícia e secretários de segurança.

Desenvolvimento econômico
Na área econômica, o Estado brasileiro se colocou no papel de propulsor da industrialização do país e coordenou
práticas para explorar riquezas do solo nacional.
Foi criado por decreto, em 1938, o Conselho Nacional do Petróleo que colocou as estruturas de exploração,
refino e distribuição do produto, sob a égide do governo.
Conforme já estudamos, em 1941, com a ajuda financeira dos estadunidenses, o governo criou uma indústria de
base para tornar o país autossuficiente na produção de aço, a Companhia Siderúrgica Nacional.
Em 1942, foi criada a Companhia Vale do Rio Doce para explorar as riquezas minerais do país, sobretudo, o
minério de ferro. Assim, a Vale fornecia matéria-prima para a Companhia Siderúrgica Nacional.
Nesse período, ainda, o governo determinou o controle do Estado sobre a produção de gêneros agrícolas, como o
café, que ainda era um produto relevante na economia brasileira. Um dos objetivos do controle era evitar a
superprodução e a consequente queda do preço do produto no mercado internacional; foram criados vários
órgãos, como o Instituto do Mate (1938), do Sal (1940) e do Pinho (1941).

As leis trabalhistas
Em 1943, foi decretada pelo governo a Consolidação das Leis trabalhistas (CLT) que organizou e unificou as
leis trabalhistas. A lei estabelecida previa as férias remuneradas, a criação de um salário mínimo, a jornada diária
de 8 horas, a licença-maternidade com 6 semanas antes e 6 depois do parto, a proibição do trabalho para menores
de 14 anos, dentre outros direitos.
Getúlio Vargas obteve muita popularidade entre os trabalhadores com a promulgação da CLT e, em seus
discursos Vargas exaltava a classe trabalhadora como símbolo de dignidade e esperança para o Brasil. Porém, os
meios de organização e mobilização dos trabalhadores, como os sindicatos foram submetidos ao controle estatal
e o Ministério do Trabalho interferia diretamente na elaboração das leis e na organização dos sindicatos.
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Além do mais, a Constituição de 1937 considerava as greves como incompatíveis com o interesse da produção
nacional e os trabalhadores que fizessem qualquer tipo de paralisação do trabalho seriam punidos de acordo com
a lei.

Cultura e propaganda a favor do Estado


A contradição que observamos anteriormente sobre as questões trabalhistas na política do Estado Novo com leis
que beneficiavam os trabalhadores, mas silenciavam os sindicatos, também ocorreu nas artes e manifestações
culturais desse período.
Enquanto o governo Vargas perseguia artistas e intelectuais contrários ao Estado Novo, também realizou
investimentos na área da cultura: valorizando o rádio, o cinema e o patrimônio histórico nacional.
Até o início da década de 1930, as emissoras de rádio transmitiam apenas música clássica, ópera, noticiários e
leitura de textos. A partir de 1932, foi permitida a veiculação de propagandas, o que mudou a programação do
rádio com diferentes conteúdos, como diversos gêneros musicais, esportes, humor e utilidade pública.
O rádio foi utilizado pelo governo Vargas como um importante meio de comunicação para veicular propagandas
dos feitos do governo. Em 1938, foi criado o programa Hora do Brasil, conhecido hoje, como A voz do Brasil,
quando todas as emissoras eram obrigadas a transmitir o programa, que apresentava o pronunciamento do
governo, bem como suas realizações.
Na área do cinema, havia a exibição de série de documentários de curta-metragem como o Cinejornal Brasileiro e
dos filmes criados pelo Instituto Nacional do Cinema Educativo.

A criação do DIP
A propaganda oficial do governo, com a finalidade de promover a figura de Getúlio Vargas e legitimar o governo
ficou a cargo do Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP.
O DIP foi criado em 1939, com o objetivo de veicular propagandas que mostravam a necessidade de resgatar a
ordem interna e a imagem de uma nação forte e unida, para um futuro de paz e prosperidade. Com esta premissa,
o órgão criou materiais como panfletos, cartazes, cartilhas educativas e filmes exaltando a ideologia do trabalho e
do nacionalismo.
Outras funções do DIP eram: a censura dos meios de comunicação, a direção dos programas de radiodifusão, a
promoção das manifestações cívicas para divulgar a ideologia do Estado Novo, em eventos como o 1º de maio e
o 7 de setembro. Nessas comemorações eram utilizadas bandeiras e faixas exaltando a figura de Vargas e havia a
participação de um grande número de pessoas, forjando-se uma imagem de cooperação, cumplicidade e parceria
entre o Estado e as massas populares.

A cultura popular: o samba


A música, sobretudo o samba foi uma das ferramentas utilizadas pelo governo Vargas para atrair o apoio das
camadas populares. Até a década de 1920, o samba era visto como algo ‘marginal’, que incitava a desordem
social e deveria ser reprimido. O movimento modernista, muito divulgado durante a Semana de Arte Moderna,
popularizou o samba entre as elites.
O samba foi utilizado, durante o Estado Novo para propagar uma ideia positiva do trabalho, legitimando a
ideologia do governo Vargas. Alguns artistas foram incentivados pelo governo a elaborarem ‘sambas’ exaltando
o trabalho, o trabalhador e o nacionalismo e, com isso, o objetivo era modificar a imagem do sambista, de
malandro, para o de um trabalhador dedicado, que depois de uma jornada cansativa de trabalho, teria o prazer de
tocar um samba.
Outro tipo de música que foi incentivado pelo governo foi o samba-exaltação, que enaltecia as grandezas e
belezas do país e como exemplo deste estilo, temos a Aquarela do Brasil, composta por Ary Barroso, em 1939.
Dessa forma, o samba foi descolado de suas raízes afro-brasileiras para servir à ideologia do Estado Novo,
originando outros estilos musicais.

A “Marcha para o Oeste” e a questão indígena


Em 1940 foi lançado o projeto “Marcha para o Oeste”, com o objetivo de promover o sentimento de
nacionalidade, através da ocupação e do desenvolvimento econômico do Centro-Oeste e do Norte do país, onde
foram abertas estradas e formadas várias colônias agrícolas.
Nas regiões abarcadas pelo projeto, havia diversas aldeias indígenas, e o governo se utilizou disso para
incorporar os indígenas ao seu discurso nacionalista, reforçando que esses povos eram heróis e símbolos
nacionais. Assim, Vargas divulgava a importância dos povos indígenas para a história nacional e o compromisso
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do governo em integrá-los à Nação. O reflexo contraditório dessa atitude foi a representação de uma imagem
romantizada dos povos indígenas, como sendo os ‘selvagens nobres’, guerreiros e formadores da brasilidade.
A partir dessa representação equivocada, o governo seguiu promovendo políticas que consideravam os povos
indígenas como ‘incapazes’ e que deveriam estar sob a tutela do Estado. Exemplo disso foi o investimento feito
no Serviço de Proteção ao Índio (SPI), cujo objetivo era ‘pacificar’ esses povos e criar reservas para integrá-los
através de atividades educativas e profissionais. Outra política pública feita nesse sentido foi a criação, em 1939,
do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CPNI), com o objetivo de elaborar políticas indigenistas.
Entretanto, todas essas políticas foram elaboradas sem levar em conta a opinião dos povos indígenas a respeito
delas e desconsiderando a diversidade desses povos e suas necessidades reais.
Diante desse contexto, vários grupos indígenas não acataram as medidas do governo, como o grupo dos Xavantes
(do Norte do Mato Grosso) que impediram o avanço da “Marcha para o Oeste”, entrando em conflito com
qualquer instituição ou pessoa que tentasse entrar em suas terras (de onde eles obtinham seus alimentos por meio
da caça e da coleta) ou que ameaçasse suas tradições, resistindo, assim, por décadas.
Outros povos, porém, como os Karajá e os Xerente, apoiaram as políticas do governo, sobretudo porque sofriam
com a exploração de fazendeiros em suas terras, com a pobreza e com os ataques de inimigos como os Xavante.
Dessa forma, essas políticas indigenistas deram esperança para esses grupos, que agiram conforme seus
interesses e necessidades.

O fim do Estado Novo


A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial junto aos Aliados e contra o nazifascismo colocou em xeque a
manutenção do Estado Novo, uma vez que era uma contradição continuar com uma ditadura no país e defender a
democracia e a liberdade em uma guerra internacional. Além disso, a entrada do Brasil na guerra produziu uma
crise econômica no país com o aumento de preço dos produtos e problemas de abastecimento, gerando grande
descontentamento na população em relação ao governo.
Vários grupos opositores ao governo se organizaram em busca da retomada da democracia no país e da volta à
legalidade os partidos políticos extintos pelo governo Vargas. A luta contra o Eixo passou a ser, também, a luta
pelo fim do Estado Novo.
Sob forte pressão, Vargas anistiou, em abril de 1945, os presos políticos, dentre os quais, Luís Carlos Prestes. Em
maio foi decretado o Código Eleitoral prevendo eleições para dezembro daquele ano e o DIP foi extinto.
Após a volta dos partidos políticos, vários deles, como a União Democrática Nacional (UDN), o Partido Social
Democrático (PSD), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Comunista do Brasil (PCB) entraram na
disputa presidencial.
No entanto, pouco antes das eleições, um movimento popular chamado de Queremismo, reivindicava a
permanência de Getúlio Vargas no poder até que uma Constituinte permitisse e ele participasse das eleições.
Mas, o queremismo fortaleceu a oposição encabeçada pela UDN, que tinha o apoio dos militares.
Forçado pelos militares, Vargas acabou por renunciar em outubro de 1945 e o governo foi assumido
provisoriamente até as eleições pelo então presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, José Linhares. O vencedor
da eleição para presidente foi o General Eurico Gaspar Dutra e Vargas foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul.

(Fonte: Braick, Patrícia Ramos e Barreto, Anna. Estudar História – 9º ANO, PNLD 2020, p. 122-138– adaptado).

Atividade 1 – testes e exercícios:

1) (PUC/RS/adaptado) “Façamos a revolução antes que o povo a faça”. A frase, atribuída ao governador de
Minas Gerais, Antônio Carlos de Andrada, deixa entrever a ideologia política da Revolução de 1930, promovida
pelos interesses:
a) da burguesia cafeicultora de São Paulo, com o objetivo de valorização do café.
b) do operariado, para aprofundar a industrialização.
c) dos partidos fascistas de direita, no intuito de estabelecer um Estado totalitário.
d) das oligarquias opostas ao governo e aliadas ao tenentismo pela reforma do Estado.
e) da burguesia industrial, na busca de uma política liberal.

2) (MPE-GO/2017/adaptado) No Brasil, após o fim do período conhecido como Primeira República, Getúlio
Vargas subiu ao poder, permanecendo nele por aproximadamente 15 anos, exercendo a função, sucessivamente,
de chefe de um governo provisório, presidente eleito pelo voto indireto e ditador. O período do Governo
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Provisório de Vargas é marcado por algumas revoluções, dentre elas a que ficou conhecida como Revolução
Constitucionalista de 1932, ou apenas, Revolução de 1932.
A respeito da Revolução de 1932, podemos afirmar que:
a) Foi o movimento armado ocorrido no estado de São Paulo que tinha por objetivo derrubar o governo
provisório de Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte.
b) Foi o confronto entre o Exército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular liderado por Antônio
Conselheiro, em Canudos, no interior do estado da Bahia.
c) Foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou
com o golpe de Estado que depôs o presidente da república Washington Luís e impediu a posse do presidente
eleito Júlio Prestes.
d) Foi o movimento político-militar que deu início a uma série de rebeliões de jovens oficiais de baixa e média
patente do Exército Brasileiro descontentes com a situação política do Brasil.
e) Foi um conjunto de eventos que culminaram no golpe militar que encerrou o governo do presidente,
democraticamente eleito, Getúlio Vargas.

3) Observe o cartaz revolucionário abaixo, criado pelos paulistas em 1932, durante a Revolução
Constitucionalista:

CPDOC/FGV.
A partir da análise do cartaz, indique a alternativa INCORRETA sobre as características da Revolução
Constitucionalista de 1932:
a) Um dos motivos da revolta era o governo revolucionário federal, que havia assumido o poder em 1930.
b) Para convocar a população à luta pela causa paulista, os revolucionários utilizaram de alguns símbolos da
identidade do estado de São Paulo, como os bandeirantes.
c) O fato de o bandeirante ter em suas mãos Getúlio Vargas indica que os revolucionários paulistas apoiavam o
presidente e seu governo.
d) Uma das principais reivindicações era a volta do regime político de democracia representativa.
e) Os paulistas seguiram sozinhos em conflito com as forças federais e se renderam três meses depois.

4) (PUC-Campinas) Observe a charge abaixo:


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A caricatura revela um momento da chamada "Era de Vargas", quando Getúlio preparava-se para:
a) assumir a presidência da República, após a sua eleição indireta pela Assembleia Constituinte.
b) liderar um golpe militar, instaurando um período histórico conhecido por Estado Novo.
c) disputar as eleições diretas para a presidência da República, no contexto da redemocratização do país.
d) executar os princípios do Plano Cohen, visando impedir o avanço dos comunistas e dos integralistas ao poder.
e) comandar uma revolução constitucionalista, contra a oligarquia do setor agroexportador.

5) (ENEM-MEC/2017) Nos primeiros anos do governo Vargas, as organizações operárias sob controle das
correntes de esquerda tentaram se opor ao seu enquadramento pelo Estado. Mas a tentativa fracassou. Além do
governo, a própria base dessas organizações pressionou pela legalização. Vários benefícios, como as férias e a
possibilidade de postular direitos perante as Juntas de Conciliação e Julgamento, dependiam da condição de ser
membro de sindicato reconhecido pelo governo.
FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado, 2002 (adaptado).
No contexto histórico retratado pelo texto, a relação entre governo e movimento sindical foi caracterizada:
a) pelo reconhecimento de diferentes ideologias políticas.
b) por um diálogo democraticamente constituído.
c) pelas benesses sociais do getulismo.
d) pela vinculação de direitos trabalhistas à tutela do Estado.
e) por uma legislação construída consensualmente.
6) (UNIFOR/CE) A Constituição federal brasileira de 1934, a segunda da República, manteve a base liberal e
democrática da anterior, mas incorporou novidades importantes, entre elas:
a) a implantação do sufrágio universal e secreto, o voto direto e obrigatório para todos os cidadãos e
independência dos três Poderes da República.
b) o regime representativo e federativo, a autonomia dos estados, o direito ao habeas corpus, a criação do
casamento civil e do serviço militar obrigatório.
c) a dissolução dos partidos políticos e do Parlamento, a instituição do imposto sindical, a criação da Polícia
Secreta e do Ministério do Trabalho.
d) o estabelecimento da jornada de trabalho de 44 horas semanais, o amplo direito de greve, o seguro-
desemprego e a criação do pluripartidarismo.
e) o direito de voto feminino, a legislação trabalhista, o salário-mínimo para os trabalhadores e a criação das
justiças Eleitoral e do Trabalho.

7) (UNESP/adaptado) Decretada a extinção da Aliança Nacional Libertadora em 1935, seus membros


organizaram a insurreição comunista que foi abafada pelo Governo Vargas. Assinale a alternativa que apresenta a
ação política subsequente e relacionada com a referida insurreição:
a) A proposta anti-imperialista contida no programa da ANL foi completamente abandonada.
b) Vargas, em proveito de seus planos ditatoriais, explorou o temor que havia sobre o comunismo.
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c) Dois meses após a Intentona, todos os presos políticos participantes da revolta e que aguardavam julgamento
foram colocados em liberdade.
d) A campanha anticomunista das classes dominantes contribuiu para que Vargas abandonasse seus planos de se
manter no poder.
e) Os revoltosos só se renderam depois de proclamada a suspensão definitiva do pagamento da dívida externa
brasileira.

8) Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas se dirigiu à população através do rádio: “A disputa presidencial
estava levando o país à desordem. Os comunistas infiltravam-se dia a dia nas instituições nacionais. A Nação
corria perigo de uma luta de classes e os partidos políticos inquietavam o nosso povo".
Este discurso inaugurou o período chamado:
a) Estado Novo.
b) República Nova.
c) Era Vargas.
d) Revolução de 1930.
e) Revolução Constitucionalista.

9) (MACKENZIE/2004/adaptado) Getúlio Vargas inaugurou, em 1937, um novo governo, conhecido como


Estado Novo. Sobre esse período, é correto afirmar que:
a) era caracterizado pelo exercício pleno da democracia e das liberdades civis, contra as ideias comunistas que
ameaçavam a nação.
b) diante da ameaça comunista, o Parlamento, as Assembleias Estaduais, assim como as Câmaras Municipais,
passaram a legislar e a intervir em diversos assuntos da política nacional.
c) ocorreu a imposição de uma Constituição autoritária, influenciada pelas doutrinas fascistas que vigoravam em
algumas nações europeias, o que representou o início de um período de ditadura.
d) dentro do novo regime, por causa da subordinação das corporações sindicais ao Estado que passou a controlar
a ação dos trabalhadores, houve a conquista de direitos trabalhistas, resultado da boa vontade das elites
empresariais.
e) a conjuntura econômica internacional contribuiu para a consolidação do Estado Novo, que, diante da crise que
ainda persistia no setor cafeeiro, aumentou o seu papel interventor, buscando solucionar o problema das
exportações nacionais.

10) (ENEM-MEC/2017) Durante o Estado Novo, os encarregados da propaganda procuraram aperfeiçoar-se na


arte da empolgação e envolvimento das “multidões” através das mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o
significado das palavras importa pouco, pois, como declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma coisa,
mas para obter determinado efeito”.
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In: PANDOLFI, D. (Org.)
repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
O controle sobre os meios de comunicação foi uma marca do Estado Novo, sendo fundamental à propaganda
política, na medida em que visava:
a) conquistar o apoio popular na legitimação do novo governo.
b) ampliar o envolvimento das multidões nas decisões políticas.
c) aumentar a oferta de informações públicas para a sociedade civil.
d) estender a participação democrática dos meios de comunicação no Brasil.
e) alargar o entendimento da população sobre as intenções do novo governo.

11) (UNIRIO-RJ/2000/adaptado) Na casa do beato Pedro Batista em Santa Brígida, na Bahia, D. Pedro II divide
um espaço na parede com Getúlio Vargas. Este exemplo caracteriza um tipo de idealização da figura de mitos
que ficaram sedimentados na memória popular. Podemos afirmar que Getúlio Vargas potencializou uma imagem
de "pai dos pobres".
(Schwarcz, Lília Moritz. As Barbas do Imperador. D. Pedro II: Um Monarca nos Trópicos. São Paulo, Cia das
Letras, 1998 p. 322).
Esta imagem decorria, em grande parte, em virtude de:
a) medidas de caráter populista, atraindo as massas trabalhadoras.
b) medidas revolucionárias, como a reforma agrária.
10

c) restrições econômicas impostas aos donos de fábrica brasileiros.


d) restrições rígidas impostas à burguesia nacional e internacional.
e) discursos ufanistas disseminados entre os camponeses brasileiros.

12) (ENEM-MEC/2018):

Essa imagem foi impressa em uma cartilha escolar durante a vigência do Estado Novo com o intuito de:
a) destacar a sabedoria inata do líder governamental.
b) atender a necessidade familiar de obediência infantil.
c) promover o desenvolvimento consistente das atitudes solidárias.
d) conquistar a aprovação política por meio do apelo carismático.
e) estimular o interesse acadêmico por meio de exercícios intelectuais.

13) Em 1943, o governo Vargas decretou a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, que estabeleceu vários
direitos, EXCETO:
a) as férias remuneradas.
b) a jornada de oito horas diárias de trabalho.
c) a fixação de um salário mínimo nacional.
d) a proibição do trabalho para menores de 10 anos.
e) a licença maternidade de 12 semanas.

14) Em 1945, o cenário externo havia mudado e se refletia na política interna do Brasil. Eram cada vez mais
numerosas as vozes que pediam o fim do Estado Novo, ou pelo menos, a convocação de eleições.
Assinale a alternativa que NÃO expressa a mudança externa ocorrida no mundo que influenciou a deposição de
Vargas em 1945:
a) a vitória dos Aliados na Europa em 8 de maio de 1945.
b) a derrota dos regimes fascista na Itália e nazista da Alemanha que, ao menos indiretamente, serviram de
inspiração para o governo Vargas no Brasil.
c) a consagração do modelo democrático-liberal na Europa Ocidental nos países liberados pelos Estados Unidos.
d) a sobrevivência de regimes parecidos com o fascismo, como o salazarismo, em Portugal; o franquismo, na
Espanha e o peronismo, na Argentina.
e) as manifestações contra o Eixo se transformaram em atos contra o Estado Novo.

Atividade 2: trabalhando com fontes históricas:

1) Observe atentamente a charge abaixo:


11

“Júlio Prestes e Getúlio Vargas”, charge de Storni, publicada na Revista Careta em 08 de março de 1930.

Coloque V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmações a seguir:


a) ( ) a charge satiriza a sucessão presidencial em 1930.
b) ( ) Getúlio Vargas havia sido eleito nas eleições de março de 1930.
c) ( ) o Congresso Nacional reconheceu a vitória de Júlio Prestes no pleito.
d) ( ) a Aliança Liberal aceitou a derrota nas eleições e a posse de Júlio Prestes.
e) ( ) a Aliança Liberal organizou um levante para derrubar o presidente eleito.

2) Observe atentamente as fotografias abaixo:

Carlota Pereira de Queirós, 1ª deputada federal brasileira. Alzira Soriano, 1ª prefeita eleita do Brasil, em 1929 .

Coloque V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmações a seguir:


a) ( ) as fotografias mostram que a participação feminina na política ainda era muito pequena nessa época.
b) ( ) as mulheres sempre puderam votar e exercer cargos eletivos no Brasil.
c) ( ) o voto feminino foi regulamentado em 1932, mas havia algumas restrições e só algumas mulheres podiam
votar, dependendo, em alguns casos, da autorização do marido.
d) ( ) o Código Eleitoral Brasileiro de 1932 estendeu o direito de voto às mulheres.
e) ( ) o voto feminino tornou-se obrigatório em 1934.

3) Observe atentamente a charge abaixo:


12

História de um governo. Charge de Belmonte, 1937.

Coloque V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmações a seguir:


a) ( ) a charge mostra a mudança de humor de Vargas, de acordo com diversos momentos de seus governos.
b) ( ) a alegria de 1930 refere-se a instauração do Estado Novo.
c) ( ) a expressão de 1932 revela preocupação e desprezo pela Revolução Constitucionalista de 1932.
d) ( ) a carranca de 1937 representa a ditadura do Estado Novo.
e) ( ) em 1934, expressa a felicidade por ter sido eleito de forma direta para mais quatro anos de governo.

4) Leia atentamente os textos abaixo:


Texto 1
Criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), em 1939:
“Artigo 1º
(...) c) fazer a censura do teatro, do cinema, de funções recreativas e esportivas de qualquer natureza, da
radiodifusão, da literatura social e política, e da imprensa, quando a esta forem cominadas as penalidades
previstas pela lei;
(...) p) organizar e dirigir o programa de radiodifusão oficial do governo (...)”.
TOTA, Antonio Pedro. O Estado Novo. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 34-5. In: MONTELATTO, CABRINI, CATELLI. São
Paulo: Scipione, 2000.
Texto 2
Músicas censuradas:
“A letra original da canção ‘O bonde de São Januário’, de autoria de Wilson Batista e Ataulfo Alves, escrita em
1941, foi censurada pelo DIP e teve os versos alterados”:
A versão censurada diz:
O bonde de São Januário
Leva mais um sócio otário
Sou eu que não vou mais trabalhar
A versão alterada diz:
Quem trabalha é quem tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde de São Januário
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar
Antigamente eu não tinha juízo
Mas resolvi garantir meu futuro
Sou feliz, vivo muito bem
A boemia não dá camisa a ninguém (...).
Apud BERCITO, S. de D. R. Nos tempos de Getúlio Vargas: da Revolução de 30 ao fim do Estado Novo. São Paulo: Atual, 1990.
p. 43. In: MONTELATTO, CABRINI, CATELLI. São Paulo: Scipione, 2000.

Coloque V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmações a seguir:


a) ( ) o texto 1 mostra a interferência do governo nas artes e na cultura, através do DIP.
b) ( ) a temática “trabalho” não fazia parte da ideologia do Estado Novo.
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c) ( ) no texto 2 a música original foi censurada pelo DIP e teve seus versos alterados.
d) ( ) o DIP tinha a função de fazer a censura dos meios de comunicação e de dirigir os programas de
radiodifusão, divulgando a ideologia do Estado Novo.
e) ( ) o objetivo do DIP era fomentar a liberdade de expressão dos meios de comunicação.

5) Observe atentamente os cartazes abaixo:

Cartaz de convite aos trabalhadores para o 1º de maio. Cartaz de propaganda do governo, de 1944.

Coloque V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmações a seguir:


a) ( ) os cartazes mostram as estreitas relações do governo Vargas com a questão do trabalhismo.
b) ( ) com a Constituição de 1937, as greves foram consideradas incompatíveis com a produção nacional.
c) ( ) a Consolidação das Leis Trabalhistas, decretada em 1943, unificou as leis trabalhistas no país.
d) ( ) os sindicatos tiveram grande liberdade de atuação durante o Estado Novo.
e) ( ) não havia nenhum tipo de intervenção do governo nos estatutos e organização dos sindicatos.

6) Observe atentamente a charge abaixo:

Charge de Théo, do Jornal O Globo, década de 1940.

Coloque V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmações a seguir:


a) ( ) a charge mostra os períodos de governo assumidos por Vargas de 1930 a 1945.
b) ( ) em 1930, Vargas assumiu o governo através da ação de uma junta militar.
c) ( ) em 1937, Vargas foi reeleito por eleições indiretas.
d) ( ) a eleição direta de 1934 recolocou Vargas na presidência da República.
e) ( ) a “bomba” explodiria em 1945, quando Vargas renunciou ao poder.

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