Livro - Mapeamento - Enconstas - Margens Part 2
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SUSCETIBILIDADE
Indica a potencialidade de ocorrência de processos
naturais e induzidos em uma dada área, expressando-se
segundo classes de probabilidade de ocorrência.
RISCO
Relação entre a possibilidade de ocorrência de um
dado processo ou fenômeno, e a magnitude de danos
ou conseqüências sociais e/ou econômicas sobre um
dado elemento, grupo ou comunidade. Quanto maior a
vulnerabilidade, maior o risco.
26 ÁREA DE RISCO
Área passível de ser atingida por fenômenos ou processos
naturais e/ou induzidos que causem efeito adverso. As
pessoas que habitam essas áreas estão sujeitas a danos
à integridade física, perdas materiais e patrimoniais.
Normalmente, no contexto das cidades brasileiras, essas
áreas correspondem a núcleos habitacionais de baixa
renda (assentamentos precários).
CAPÍTULO 3
IDENTIFICAÇÃO, ANÁLISE E
MAPEAMENTO DE ÁREAS DE 27
RISCO DE DESLIZAMENTOS
28
CAPÍTULO 3
Conceitos
Taludes Naturais: são definidos como encostas de maciços
terrosos, rochosos ou mistos, de solo e/ou rocha, de superfície
não horizontal, originados por agentes naturais.
31
TIPOS DE DESLIZAMENTOS
Existem diversas classificações nacionais e
internacionais relacionadas a deslizamentos. Neste texto será
adotada a classificação proposta por Augusto Filho (1992),
onde os movimentos de massa relacionados a encostas são
agrupados em quatro grandes classes de processos, sendo:
Rastejos, Escorregamentos, Quedas e Corridas.
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Rastejo
Os rastejos são movimentos lentos, que envolvem
grandes massas de materiais, cujo deslocamento resultante
ao longo do tempo é mínimo (mm a cm/ano). Esse processo
atua sobre os horizontes superficiais do solo, bem como, nos
horizontes de transição solo/rocha e até mesmo em rocha, em
profundidades maiores. Também é incluído neste grupo o rastejo
em solos de alteração (originados no próprio local) ou em corpos
de tálus (tipo de solo proveniente de outros locais, transportado
para a situação atual por grandes movimentos gravitacionais de
massa, apresentando uma disposição caótica de solos e blocos
de rocha, geralmente, em condições de baixa declividade).
Este processo não apresenta uma superfície de
ruptura definida (plano de movimentação), e as evidências da
ocorrência deste tipo de movimento são trincas observadas
em toda a extensão do terreno natural, que evoluem
vagarosamente, e árvores ou qualquer outro marco fixo, que
apresentam inclinações variadas.
Sua principal causa antrópica é a execução de cortes
em sua extremidade média inferior, o que interfere na sua
precária instabilidade.
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Corridas de massa
As corridas de massa são movimentos gravitacionais
de massa complexos, ligados a eventos pluviométricos
excepcionais. Ocorrem a partir de deslizamentos nas
encostas e mobilizam grandes volumes de material, sendo
o seu escoamento ao longo de um ou mais canais de
drenagem, tendo comportamento líquido viscoso e alto poder
de transporte.
Estes fenômenos são mais raros que os deslizamentos,
porém podem provocar conseqüências de magnitudes
superiores, devido ao seu grande poder destrutivo e extenso
raio de alcance, mesmo em áreas planas.
As corridas de massa abrangem uma gama variada
de denominações na literatura nacional e internacional
(corrida de lama, mud flow, corrida de detritos, corrida de
blocos, debris flow, etc.), principalmente em função de
suas velocidades e das características dos materiais que
mobilizam.
TIPOS DE MAPEAMENTOS
Dentre os tipos de mapeamentos existentes, três
podem ser destacados, os quais, conjuntamente, resultarão
no mapa de risco de uma determinada área. O primeiro mapa
a ser elaborado é o mapa de inventário. Este mapa é a base
para a elaboração da carta de suscetibilidade e do mapa de
risco. São suas características:
Madeira
Misto AUMENTO DA
VULNERABILIDADE
Alvenaria
Zoneamento – setorização
Após a pré-setorização, iniciam-se os trabalhos de
setorização, realizado com o auxílio de fichas de campo
46 (check list). Além da ficha que contempla campos para
preenchimento sobre a caracterização do local, sobre a
presença de evidências de movimentação, presença de água
e vegetação, são utilizadas plantas, mapas, ou mesmo guia
de ruas para identificação e delimitação correta da área a ser
mapeada.
Para se obter melhor representação do local são
utilizadas fotografias aéreas, imagens de satélite e fotografias
oblíquas de baixa altitude (obtidas a partir de sobrevôo
por helicóptero), onde serão representados os setores
identificados.
Este trabalho deve ser realizado por uma equipe
treinada, que possua um conhecimento mínimo do histórico
da área com relação à presença de deslizamentos, a fim
de se determinar o grau de probabilidade de ocorrência do
processo ou mesmo do risco dos setores.
Determinação do grau de probabilidade de
ocorrência do processo ou risco
Propõe-se utilizar escala com 4 graus (níveis) de
probabilidade de ocorrência dos processos, com base
nas informações geológico-geotécnicas. Esta escala será
explicada no Capítulo 4:
Muito Alto - R4
Alto - R3
Médio - R2
Baixo ou sem risco - R1
APRESENTAÇÃO DO ROTEIRO
METODOLÓGICO PARA ANÁLISE
DE RISCO E MAPEAMENTO DE
ÁREAS DE RISCO EM SETORES 49