Aula 3 - Taludes Movimentos de Massas

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 Talude pode ser definido como uma superfície inclinada que

delimita um maciço terroso ou rochoso.


 A definição estende-se a materiais como minério, escória
(subproduto da fundição de minério para purificar metais),
lixo, etc.
Anisotropia - é a característica que uma substância possui em
que uma certa propriedade física varia com a direção
 Sob condições específicas, uma porção do material
de um talude pode deslocar-se em relação ao
maciço restante, desencadeando um processo
genericamente denominado de movimento de
massa (ou escorregamento).
 SOLUÇÃO GEOTÉCNICA  OBRA DE CONTENÇÃO
 Estudo dos processos de estabilização de taludes:

 Mapeamento de riscos a deslizamentos em


encostas

 Indicar formas de contenção


 Fatores indicativos do aumento de ocorrência dos
mesmos:

1. Aumento da urbanização e do desenvolvimento


de áreas sujeitas a escorregamentos;

2. Desflorestamento contínuo destas áreas;

3. Aumento das taxas de precipitação causadas


pelas mudanças de clima.
 Custos gerados: DIRETOS E INDIRETOS.

 CUSTOS DIRETOS:

 reparo de danos
 relocação de estruturas
 manutenção de obras
 instalações de contenção.
 Custos gerados: DIRETOS E INDIRETOS.

 CUSTOS INDIRETOS (ainda maiores):

 Perda de produtividade industrial, agrícola e


florestal, do potencial econômico (danos locais e
interrupção de sistemas de transporte);
 Perda de valor de propriedades ( e impostos);
 Perda de vidas humanas, invalidez física, etc.
Brasil – considerado o terceiro país onde ocorrem mais desastres ambientais e
naturais (2012) – enchentes, deslizamentos de terreno.

- Falta de planejamento urbano


- Falta de análises de risco
- Foco na remediação e não na prevenção
- Maior incidência São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (estados mais
populosos e com maior PIB
 Os tipos de movimentos de massa podem ser
divididos em quatro grandes grupos:

1. Quedas de blocos (falls ou rockfalls)


2. Tombamentos (topples)
3. Escorregamento (propriamente dito ou slide)
4. Corridas de lama (mood flow)
 Destacamento ou “descolamento” de solo ou rocha
de um talude íngreme.

CARACTERÍSTICAS TIPOS
 Movimentos de queda livre, e
rolamento  Quedas de
 Velocidades elevadas blocos
 Associado a blocos e/ou lascas  Quedas de
rochosas lascas
 Presença de descontinuidades (Verticais)
 água
 Rotação de massa de solo ou rocha em um ponto
ou eixo abaixo do centro de gravidade da massa
deslizante. Pode levar ao movimento de queda ou
escorregamento propriamente dito, dependendo da
geometria do terreno.
CARACTERÍSTICAS TIPOS
 Movimentos de basculamento
(envolvem um ponto pivô)  Tombamento
 Velocidades elevadas de blocos ou
 Associado a blocos, lascas lascas ou solo
rochosas ou solo
 Movimento de descida de massa de solo ou rocha,
tendo uma superfície de ruptura bem definida.

 Geralmente o centro de rotação está acima do


centro de gravidade da massa deslizante.

 Quando ocorre lenta e progressivamente, pode


receber também o nome de RASTEJO (CREEP).
CARACTERÍSTICAS TIPOS
 Superfícies de movimentação bem
 Translacional
definidas (super. de fraqueza)
 Rotacional
 Velocidades médias a elevadas de
 Misto
movimentação
 Em cunha
 Deformações cisalhantes do material
 indicadores da ocorrência eminente de outras
formas de escorregamentos
 As corridas de massa são movimentos
gravitacionais de massa complexos, ligados a
eventos pluviométricos excepcionais.

 Ocorrem a partir de escorregamentos nas encostas


e mobilizam grandes volumes de material, sendo o
seu escoamento ao longo de um ou mais canais de
drenagem, tendo comportamento líquido viscoso e
alto poder de transporte.
CARACTERÍSTICAS TIPOS
 Velocidades rápidas a extremamente
 Corrida de detritos
rápidas de movimentação
secos
 Movimentos de grande extensão, mesmo
 Corrida de detritos
em áreas planas
saturados
 Comportamento de líquido viscoso em
 Corridas de lama
materiais saturados
 Fragmentos de rochas estão
barrando parte do fluxo de
lama que avança no leito do
canal.

 Os fragmentos de rocha, que


serviam como uma barragem
natural, foram rompidos pela
força do fluxo de lama,
estando agora a cerca de 2
metros à jusante, movendo-se
a uma velocidade de 1,3 m/s.
 O fluxo apresenta uma
concentração de sedimentos
(material sólido) de
aproximadamente 80% e
move-se à 3 m/s,
apresentando viscosidade
suficiente para carregar
blocos e fragmentos
rochosos em suspensão.
 Identificação de áreas vulneráveis a
movimentações.

 Mapas topográficos;

 Mapas geológicos;

 Fotografias aéreas e de satélite;

 Evidências de movimento.
 Podem também ser realizadas investigações de
campo:
 Levantamento topográfico;
 Estudo das estruturas geológicas;
 Exploração do subsolo:
i. Sondagens a Trado;
ii. Sondagens SPT;
iii. Sondagens rotativas;
iv. Outros ensaios: CPT, Palheta (Vane Test),
dilatômetro, etc...
 Podem também ser realizadas investigações de
campo:

 Água no terreno: superficial e subterrânea


(medições de nível de água e poro-pressão
(piezômetros), permeabilidade do solo/rocha,
regime de chuvas)
 Podem também ser realizadas investigações de
campo:

 Fatores Ambientais:
 Clima;
 Fatores Humanos (antrópicos);
 Ecossistema.
 Através da análise dos fatores geradores de
escorregamentos e da probabilidade de sua
ocorrência, podem ser obtidos os mapeamentos de
risco de deslizamentos em sítios de interesse.

 GRAU DE PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DO


PROCESSO OU RISCO - escala com 4 graus (níveis)
de probabilidade de ocorrência dos processos, com
base nas informações geológico-geotécnicas:
MUITO ALTO – ALTO – MÉDIO - BAIXO ou sem risco
 O risco de ocorrência de deslizamentos pode ser
reduzido através de quatro medidas básicas:

1. Restrição à ocupação de áreas de lato risco;


2. Adoção de normas e códigos para movimentos de
terra e construções;
3. Execução de obras de drenagem, contenção e
correção de geometria de taludes, para prevenção
de escorregamentos;
4. Monitoração da água superficial e subterrânea e de
deslocamentos, podendo ser desenvolvidos
sistemas de alerta de movimentos iminentes.
 Um dado talude está submetido basicamente a dois
tipos de forças:

 FORÇAS INSTABILIZANTES: comumente forças


gravitacionais e/ou de percolação, que induzem o
movimento de massa ao longo da superfície de
ruptura

 FORÇAS RESISTENTES: que se opõem a ação do


movimento de massa, em função da mobilização da
resistência ao cisalhamento do material.
A

R
SUPERFÍCIE DE
RUPTURA

 Analisar a estabilidade de um talude consiste em se


correlacionar este sistema de forças mobilizadas ao
longo de uma determinada superfície de ruptura.
 Avaliação quantitativa da estabilidade global de um
dado talude, em função dos seus fatores
predisponentes e à ação dos agentes externos e
internos de instabilização, por meio de dois
procedimentos básicos:
 MÉTODOS PROBABILÍSTICOS: análise quantitativa
expressa sob a forma de uma probabilidade ou
risco de ruptura

 MÉTODOS DETERMINÍSTICOS: análise quantitativa


expressa sob a forma de um coeficiente ou fator de
segurança (FS), que pode ser estabelecido com
base em:
 equilíbrio de forças
 equilíbrio de momentos

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