Livro Fármacos e Fórmulas (Com Bookmarks) - 1
Livro Fármacos e Fórmulas (Com Bookmarks) - 1
Livro Fármacos e Fórmulas (Com Bookmarks) - 1
Intensivos
Dezembro de 2016
4ª Edição, Dezembro de 2016
Coordenação:
Grupo de formação da UUM: Ana Rita Francisco, Ana Santos, Armando
Graça, Luís Bento (Coordenador da UUM), Philip Fortuna
Agradecimento
Agradecemos à Maquet a possibilidade da publicação do Guia
do Interno da UUM.
ÍNDICE
CORPO CLÍNICO ....................................................................................................5
CONTROLO DE INFECÇÃO .....................................................................................6
ABORDAGEM DAS INTOXICAÇÕES MEDICAMENTOSAS .......................................7
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA ...........................................................................10
Bradicárdias ...................................................................................................11
Taquicárdias ...................................................................................................12
PROTOCOLOS .....................................................................................................15
Protocolo de Hipotermia (HT)........................................................................15
Protocolo de Insulinoterapia no Controlo da Glicémia no Doente Crítico ....19
Protocolo para Suporte Nutricional em UCI de Adultos ................................22
Protocolo da Prevenção da Nefropatia Induzida por Contraste (NIC) ...........29
FÁRMACOS ÚTEIS EM UCI ..................................................................................31
Ácido épsilon aminocaproico .........................................................................31
Ácido tranexâmico .........................................................................................31
Acetilcisteína..................................................................................................32
Adenosina ......................................................................................................33
Adrenalina......................................................................................................33
Aminofilina.....................................................................................................34
Amiodarona ...................................................................................................35
Antibióticos ....................................................................................................35
Atropina .........................................................................................................38
Azul de Metileno ............................................................................................39
ß-bloqueantes ................................................................................................39
Barbitúricos....................................................................................................41
Bloqueadores dos Canais de Cálcio ...............................................................42
Cetamina ........................................................................................................43
Complexo protrombínico ...............................................................................44
Corticosteróides.............................................................................................45
Curarizantes ...................................................................................................46
Desmopressina ..............................................................................................49
Dexmedetomidina .........................................................................................49
Digoxina .........................................................................................................50
Dinitrato de isossorbido.................................................................................51
Dobutamina ...................................................................................................52
Dopamina ......................................................................................................52
Fenitoína ........................................................................................................53
Fentolamina ...................................................................................................54
Fibrinolíticos ..................................................................................................55
Flecainida .......................................................................................................57
Flumazenil ......................................................................................................58
Pedir ajuda
SBV 30:2
Conectar o desfibrilhador/monitor
Minimizar interrupções
Avaliar o ritmo
Recuperação da
1 choque circulação
espontânea
Atropina
300 mcg EV
Satisfatório
Sim
Responde?
Não
Colocar pacing
transvenoso
QRS largo
Irregular Regular
O ritmo é irregular?
QRS estreito
Regular Irregular
O o ritmo é regular?
Sim
Avaliação da Glicemia
1. Nível de Glicemia Alvo = 140-180 mg/dl
2. Avaliação da glicemia de 2 em 2 horas até estabilidade por 4 horas;
3. Depois será realizado a cada 4 horas.
4. No doente crítico pode ser necessário avaliar a glicémia de hora a hora.
Critérios de inclusão
Doentes internados em nível III se reunidas três condições:
1. Glicemia superior a 180 mg/dl (em duas avaliações consecutivas);
2. Aporte calórico por soros, alimentação entérica e/ou parentérica contínua;
3. Após prescrição médica.
O controlo glicémico no protocolo de hipotermia terapêutica não é alterado por este
protocolo.
Orientações Gerais
1. Inicia-se o protocolo de insulina sempre no algoritmo A;
2. Perfusão Standard 50UI/50 ml de NaCl 0,9% (1 UI por ml), preferencialmente
em lúmen individualizado;
3. Os doentes que faziam previamente ADO deverão ser alvo de vigilância
especial até eliminação dos fármacos.
4. No doente que já se encontra com insulina em perfusão segundo o protocolo,
esta continua a ser suspensa apenas com glicémias inferiores a 140 mg/dl.
Kcal:
20 a 25 Kcal /kg de PA/dia na fase inicial
25 a 30 Kcal /kg de PA/dia na fase de convalescença
Doente obeso com IMC> 30:
22-25 Kcal/kg PI/dia ou 11-14 Kcal/kg PA/dia
Glicose:
50 – 60% total Kcal
Dose mínima: 2 gr / Kg / dia (fase aguda)
Dose máxima: 5 gr / Kg / dia
Lípidos:
25 – 30% total Kcal
Dose: <1 gr/kg/dia
Proteínas:
1,2 – 2 gr /Kg /dia (mais elevadas no queimado e politraumatizado)
Como administrar:
1) No doente sob ventilação mecânica o SN deve ser administrado preferencialmente
por sonda orogástrica (SOG)
2) O médico deve prescrever em cada fase da doença a dose alvo das necessidades
energéticas;
Regras práticas:
1. Nos cálculos NE ter em conta a idade (> 65 anos baixar as Kcal), a gravidade e a
fase de doença (fase inicial menos Kcal ).
2. Deve ser feito um esforço para que> 80% das necessidades diárias calculadas
sejam administradas na primeira semana de internamento.
3. Na incapacidade de atingir os 80% das necessidades calculadas após 7 – 10 dias
de NE, deve ser considerada a suplementação com NP.
Fórmula:
1. Iniciar com dieta polimérica standard
2. Se jovem e/ou muito catabólico continuar com dieta polimérica hiperproteica
após atingida a dose alvo
3. Em doentes com sonda jejunal utilizar dieta semi-elementar
4. Se diarreia utilizar dieta polimérica standard com fibra solúvel
Realização de procedimentos
1. A NE deve ser suspensa durante o mínimo período de tempo, sendo contudo
aceitável a drenagem do conteúdo gástrico para realização de procedimentos
como TC, cirurgia, broncofibroscopia ou extubação.
2. Após o procedimento, deverá ser feita uma progressão rápida do débito de
infusão até ao valor prévio ao procedimento, excepto em situações que
previsivelmente possam comprometer a motilidade gástrica (procedimentos que
envolvam curarização ou cirurgia abdominal).
Complicações gastrointestinais do SNE
Pneumonia de aspiração:
Prevenção:
1. Cabeceira elevada a 30 °- 45 °.
2. Procinéticos (metoclopramida ou eritromicina)
3. Lavagem da cavidade oral com clorexidina três vezes ao dia
Resíduo Gástrico:
> 300ml de resíduo gástrico por aspiração
Diarreia:
Volume de fezes superior a 500ml 3 vezes no dia ou 3 dejecções liquidas diárias em 3
dias consecutivos
1. Observação do doente e exclusão de incontinência de esfíncter
2. Rever toda a terapêutica nomeadamente antibióticos e procinéticos
3. Diminuir 50% o ritmo de infusão e associar dieta com fibras solúveis
4. Pesquisar toxina Clostridium difficile se diarreia com mais de 24/48 h de
evolução
5. Se suspeita de alterações da digestão/absorção equacionar estudo da gordura
/estudo do grau de digestão das fezes e eventual mudança para uma dieta
semi-elementar
6. Se persistir diarreia a dieta deve ser suspensa e iniciada NP
Obstipação:
Independentemente da patologia de base e/ou dos hábitos intestinais do doente, o uso
precoce de laxantes por via oral ou rectal (preferida) deve ser preconizada.
Entre o dia 2 / 3 após a admissão na UCI:
1º linha – Bisacodyl 10–20 mg, supositório
2º linha – Bisacodyl 10–20 mg, oral
3º linha – Sais Magnésio 0,1 mg/kg, oral
A lactulose é um dissacarídeo sintético que não é absorvido no intestino delgado, mas
fermentável no cólon. O seu uso em doentes de UCIs é recomendado com algumas
Vómito/regurgitação:
1. Verificar posicionamento/patência sonda
2. Seguir fluxograma de RG
Administração de fármacos por SNG:
1. Os medicamentos líquidos são administrados diretamente na sonda.
2. Os comprimidos devem ser previamente esmagados, diluídos em água e só
depois administrados.
3. Não pulverizar comprimidos entéricos, CR, AP, sublinguais, mastigáveis ou
efervescentes
4. Pausa alimentar 3hs antes e 3 hs após da administração de tuberculostáticos
(preferencialmente durante a noite)
5. Não adicionar fármacos à fórmula entérica.
6. Lavar a SNG com 10-30 cc de água antes e após a administração de cada
fármaco.
Nutrição Parentérica (NP)
Indicações:
1. Todos os doentes em que não é espectável alimentação oral completa num período
de 3 dias, e em que a NE está contraindicada ou não é tolerada
2. Complemento da NE quando o objectivo energético não é atingido por esta via
3. Programar só 80% das necessidades energéticas calculadas
Via de administração:
1. Por cateter venoso central, havendo contudo bolsas especificamente preparadas
para administração por via periférica
2. Em lúmen único
Vitaminas e oligoelementos
As bolsas de NP não contêm vitaminas e oligoelementos na sua composição pelo que
devem ser suplementadas
Esta suplementação na bolsa só deve ser feita Serviço Farmacêutico, em câmara de fluxo
laminar; caso esta câmara não esteja disponível a suplementação deve ser feita à
cabeceira do doente por via EV;
1. Vitaminas hidro e lipossolúveis (Cernevit®): Administrar diariamente, diluídas em
100 ml NaCl ou Dx5% em pelo menos 30 minutos;
2. Oligoelementos (Tracutil® ou Addamel N®): após diluição em 100 ml SF administrar
diariamente em pelo menos 1 hora
Vitaminas e Oligoelementos:
Não fazem parte da composição das bolsas NP, pelo que devem ser suplementadas.
Esta suplementação na bolsa só deve ser feita em câmara de fluxo laminar.
À cabeceira do doente por via EV:
- Vitaminas hidro e lipossoluveis (Cernevit®), administrar diariamente em perfusão
durante 1h.
- Oligoelementos (Tracutil®), administrar diariamente em perfusão durante 1h.
Notas práticas:
• Antes de iniciar NP deve ser realizado um perfil lipídico completo;
• Tal como para a NE a NP deve ser iniciada de forma gradual até atingir as
necessidades energéticas do doente (2-3 dias);
• É proibido fazer qualquer tipo de adição ou manipulação dos nutrientes/bolsas de
NP fora da câmara de fluxo laminar pelo que as bolsas personalizadas devem ser
combinadas com o Serviço Farmacêutico;
• Sempre que possível deve nutrir-se o intestino (suporte nutricional entérico contínuo
em regime de baixo débito – 20 mL/h).
Siglas e abreviaturas:
DHA Ácido docosahexaenóico PI Peso ideal
EPA Ácido eicosapentanóico PA Peso atual
LCT Triglicerídeos de cadeia longa RG Resíduo gástrico
MCT Triglicerídeos de cadeia média SN Suporte nutricional
NE Nutrição entérica UCI Unidade de Cuidados Intensivos
NP Nutrição parentérica
Hipotensão = TA sistólica < 80 mmHg durante pelo menos 1 hora com necessidade
de suporte aminérgico nas 24 horas peri-procedimento; BIA = Balão intra-aórtico;
Insuf. Cardiaca = Classe III/IV NYHA e/ou história de edema agudo do pulmão;
Anemia = hematócrito < 39% para sexo masculino e < 36% para sexo feminino; TFGe
= taxa de filtração glomerular estimada
Ácido tranexâmico
Apresentação: amp. 500 mg/5 ml
Indicações: Prevenção pré-operatória de perdas hemáticas; hemorragia pós-
traumática; angioedema hereditário
Posologia:
Hemorragia pós-traumática
Dose de carga: 1000 mg em 10 minutos
Dose de manutenção: 1000 mg em 8h (1000 mg em 100 ml a correr a 12,5 ml/h)
Angioedema hereditário (terapêutica em crise)
25 mg/kg/dose (PO ou IV com máx. de 1000 mg), cada 3-4 horas (máx. 75
mg/kg/d) ou 1000 mg 4x/d durante 48h
Efeitos adversos: hipotensão (com infusão rápida), diarreia, náuseas, vómitos, visão
turva, desconforto menstrual anormal, cefaleia, alterações da visão cromática,
convulsoes
Precauções: Suspender tratamento em caso de alterações visuais de novo, aumenta
o risco trombótico, ajustar dose na insuficiência renal.
Acetilcisteína
Apresentação: amp. 300 mg/3 ml e 2000 mg/10 ml
Indicações: Prevenção da Nefropatia induzida pelo contraste, intoxicação por
paracetamol
Posologia:
Intoxicação por paracetamol
Administrar preferencialmente nas primeiras 8h após a ingestão; há evidência de
benefício até às 24h
Protocolo das 20h (IV)
1. Administrar uma dose de carga de 150 mg/kg em 60 minutos em 200 ml de
D5W
2. Administrar uma infusão de 50 mg/kg em 4 horas em 500 ml de D5W
3. Administrar uma infusão de 6,25 mg/kg/h em 16 horas (100 mg/kg em 1000
ml de D5W a 62,5 ml/h)
4. Manter perfusão de acordo com as indicações abaixo a 6,25 mg/kg/h
Quando suspender: às 20 horas se administrado nas primeiras 8h e a ALT é
normal; suspender quando ALT a descer, o INR é < a 2 e o doseamento de
paracetamol é negativo; se insuficiência hepática e encefalopatia suspender
quando transplantado ou resolução da encefalopatia e INR<2
Protocolo das 72 horas (PO)
1. Administrar uma dose de carga de 140 mg/kg PO
2. Administrar 70 mg/kg cada 4 horas para um total de 17 doses
Prevenção da Nefropatia induzida pelo contraste
1200mg (preferencialmente entérico) 12/12h a iniciar 24h antes e até 24h após a
injeção de contraste; exame urgente, 1200mg bólus e.v. 1h antes, seguido de
1200mg 12/12h nas 24 horas após injeção de contraste.
Contraindicações: Hipersenssibilidade à acetilcisteína; utilização concomitante com
nitroglicerina/DNI (hipotensão)
Efeitos adversos: Reacções de hipersensibilidade, náuseas, vómitos, prurido,
urticária, angioedema, broncoespasmo, hipotensão ou hipertensão, taquicárdia.
Após o desaparecimento da reacção adversa pode ser reiniciada a infusão.
Precauções: Risco de hemorragia se úlcera gastro-duodenal; risco de
broncoespasmo em doentes com asma
Adrenalina
Apresentação: Amp. 1:1000 (1 mg/ml)
Indicações: PCR; Choque anafilático; Choque séptico; Asma grave
Posologia:
PCR: 1 mg EV q 3-5’
Asma grave: 0,1-0,5 mg SC/IM q20’-4h (máx. 3x)
Choque séptico:
Perfusão contínua: 1 a 10 µg/min (máx. 35 µg/min) [doses <4 µg/min são
consideradas doses inotrópicas puras]
3 mg/50 ml de SF
(60 µg/ml)
µg/min ml/h
1 1
2 2
4 4
6 6
8 8
10 10
Choque anafilático:
0,1-0,5 mg SC q5-15’ (s/ limite)
OU
Aminofilina
Apresentação: amp. 240 mg/10 ml (24 mg/ml)
Indicações: Broncodilatador
Posologia:
Indução: 5-6 mg/kg diluídos em 100 ml de SF em 30’ (se já medicado com xantinas
ò para 0,5 mg/kg)
Manutenção: Não fumador: 0,7 mg/kg/h; fumador ou jovem: 1 mg/kg/h; cor. pulm.
ou idoso: 0,6 mg/kg/h; ICC ou dça hepática: 0,5 mg/kg/h
480 mg/50 ml (9,6 mg/ml)
peso dose (mg/kg/h)
(kg) 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
40 0,8 1,3 1,7 2,1 2,5 2,9 3,3 3,8 4,2
50 1,0 1,6 2,1 2,6 3,1 3,6 4,2 4,7 5,2
ml/h
60 1,3 1,9 2,5 3,1 3,8 4,4 5,0 5,6 6,3
70 1,5 2,2 2,9 3,6 4,4 5,1 5,8 6,6 7,3
80 1,7 2,5 3,3 4,2 5,0 5,8 6,7 7,5 8,3
Antibióticos
Aminoglicosídeos
Vale Vale
Dose inicial Pico (DIA)
(DIA) (insuf. renal)
Amicacina 20 mg/kg 50-60 0,5-1 1-2
Tobramicina 7 mg/kg 16-24 0,5-1 1-2
Gentamicina 7 mg/kg 16-24 0,5-1 1-2
DIA – Dose de intervalo alargado; Pico – 30-60’ após toma; Vale – a partir
das 18h
Glicopéptidos
Dose
Perf.? Dose
inicial
Ajustar para níveis
Vancomicina 1g Sim
de 20-25 mg/ml
Atropina
Apresentação: amp. 0,5 mg/1ml
Indicações: Assistolia/Atividade eléctrica sem pulso (AESP), bradicárdia, intoxicação
por organofosforato
Posologia:
Assistolia/AESP: 3 mg EV (6 ampolas)
Bradicárdia: 0,5 mg EV q3-5’ (máx. 3 mg)
Intoxicação por organofosforato: iniciar com 2 mg IV/IM se sintomas
ligeiros/moderados e 4-6 mg se sintomas graves; continuar com 2 mg IV/IM q10-30’
(até desaparecimento dos sintomas muscarínicos).
Fazer sempre antes da pralidoxima.
Efeitos adversos: taquicardia, depressão respiratória, visão turva, midríase,
xerostomia, íleus paralítico, retenção urinária
Precauções: Doses <0,5 mg associadas a bradicárdia paradoxal; precaução na
miastenia gravis, glaucoma, íleus paralítico e obstrução urinária
Antagonista: Fisostigmina
ß-bloqueantes
Atenolol
Apresentação: amp. 5 mg/10ml
Indicações: EAM
Posologia: 5 mg EV em 5’ e repetir 5’ depois se necessário; após 10’ da última
administração iniciar 50 mg PO, repetir 12h depois e manter 100 mg/d.
Propanolol
Apresentação: amp. 1 mg/ml
Indicações: EAM
Posologia: diluir 1 mg/10 ml de SF (0,1 mg/ml); Dose teste: 0,25-0,5 mg EV lento à
1 mg q5’ até efeito desejado (máx. 0,15 mg/kg)
Esmolol
Apresentação: amp. de 10 ml a 10 e 250 mg/ml
ml/h
150 36 45,0 54 63,0 72 81,0 90
175 42 52,5 63 73,5 84 94,5 105
200 48 60,0 72 84,0 96 108,0 120
250 60 75,0 90 105,0 120 135,0 150
300 72 90,0 108 126,0 144 162,0 180
500 120 150 180 210 240 270 300
Barbitúricos
Fenobarbital
Apresentação: amp. 200 mg/2 ml
Indicações: medicamento anticonvulsivante, hipnótico e sedativo
Posologia:
Indução: 10-20 mg/kg (máx.: 1000 mg), em SF ou D5W
Manutenção: 1-5 mg/kg/dia em dose única ou em 2 tomas a iniciar ao fim de 24h
Ritmo de administração <100 mg/min (idealmente <60 mg/min)
Efeitos adversos: hipotensão, depressão respiratória
Precauções: em doentes não ventilados, pode-se começar com 10 mg/kg e repetir
se ineficaz; doses > 10 mg/kg e ritmos de administração mais rápidos associados a
risco de depressão respiratória; cerca de 20’ até efeito
Contraindicações: porfiria, impossibilidade de EOT e VMI
ml/h
70 3,5 5,3 7,0 8,8 10,5 12,3 14,0 15,8 17,5
80 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0
90 4,5 6,8 9,0 11,3 13,5 15,8 18,0 20,3 22,5
100 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0
Epilepsia refractária:
75 – 250 mg/dose (repetir se necessário)
Cetamina
Apresentação: 200 mg/20 ml (20 mg/ml) ou 500 mg em 10 ml (50 mg/ml)
Indicações: Sedação e analgesia, provocando pouca depressão do estímulo
respiratório e não provoca hipoTA; Estados de Mal asmático refractários à
terapêutica.
Posologia:
Sedação e analgesia
Indução: Bólus de 0,1 a 0,5 mg/kg
Manutenção: 0,05 a 0,4 mg/kg/h
Asma aguda grave
Indução: Bólus de 0,5 mg/kg
Complexo protrombínico
Indicações: correção de deficits por antagonistas da Vit. K ou insuficiência hepática.
Octaplex
Apresentação: emb. 500U/20ml
Posologia: 20-40 U/kg, inicia a 1 ml/min durante 5’ e passa a 2-3 ml/min
INR inicial 2,0 – 2,5 2,5 – 3,0 3,0 – 3,5 > 3,5
ml/kg 0,9 –1,3 1,3 – 1,6 1,6 – 1,9 > 1,9
Máx. 3000 U (120 ml de octaplex)
Beriplex
Apresentação: emb. 500U/20 ml
Posologia: 3U/kg/min com máx. 5000U (máx 210 U/min ≈ 8 ml/min)
INR inicial 2 - 3,9 4-6 >6
U/kg 25 35 50
Efeito em 30’ com duração de 6-8h (Vit. K tem efeito em 6h pelo que não é
necessária nova administração)
Efeitos adversos: anafilaxia, febre, cefaleias, fenómenos trombo-embólicos, CID,
aumento de transaminases
Precauções: administrar só se hemorragia ou necessidade de cirurgia; doentes com
deficits de factores isolados devem ser tratados com suplementação destes
factores; doentes com história de cardiopatia isquémica, dça hepática, status pós-
cirurgia, deve ser utilizado imediatamente após preparação
Contraindicações: hipersensibilidade, alergia à penicilina ou história de
trombocitopénia induzida pela heparina
Tabela de equivalências
Doses Atividade
equivalentes Mineralocorticoide
Cortisona 25 2
Hidrocortisona 20 2
Prednisona 5 1
Prednisolona 5 1
Metilprednisolona 4 0
Betametasona 0,6-0,75 0
Dexametasona 0,75 0
Metilprednisolona
Apresentação: Pó com 500 mg e 1 g
Indicações: Broncoespasmo/mal asmático, edema da laringe
Posologia:
Broncoespasmo/mal asmático:
2 mg/kg EV em 10’; Repetir 0,5-1 mg/kg EV q6h
Edema da laringe:
2 mg/kg EV em 10’; Repetir 1 mg/kg EV q8h 3x
Efeitos adversos: agudos: retenção de sódio e fluidos, hipocaliémia, hiperglicemia,
hipertensão; crónicos: osteoporose, trombocitopénia, sind. De Cushing, fraqueza
muscular e atrofia cutânea
Precauções/Contraindicações: doentes com tuberculose, úlcera péptica, infecções
fúngicas sistémicas, queratite herpética
Hidrocortisona
Apresentação: ampolas de 100 mg/2 ml e 500 mg/5 ml
Indicações: Broncoespasmo/mal asmático, edema da laringe, choque séptico,
insuficiência supra-renal, doenças auto-imunes
Posologia:
Choque séptico: 200 mg/d em perfusão contínua (concentração máxima da diluição
de 1 mg/ml pelo que deverão ser diluídos 50 mg em 50 ml com ritmo de perfusão
de 8,4 ml/h)
Edema da laringe e broncoespasmo: 1-2 mg/kg/dose cada 6 horas durante 24 horas,
e depois 0,5 a 1 mg/kg/dose cada 6 horas
Curarizantes
Atracúrio
Apresentação: amp. de 25 mg/2,5 ml e 50 mg/5 ml
Posologia:
Indução: 0,3-0,6 mg/kg em bólus EV
Manutenção: 6-10 µg/kg/min em SF
500mg/50ml de SF (10mg/ml)
peso dose (µg/kg/min)
(kg) 5 6 7 8 9 10
40 1,2 1,4 1,7 1,9 2,2 2,4
50 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 3,0
60 1,8 2,2 2,5 2,9 3,2 3,6
ml/h
ml/h
70 0,4 0,7 1,1 2,1 2,8 4,2 5,6 7,0
80 0,4 0,8 1,2 2,4 3,2 4,8 6,4 8,0
90 0,5 0,9 1,4 2,7 3,6 5,4 7,2 9,0
100 0,5 1,0 1,5 3,0 4,0 6,0 8,0 10,0
Pancurónio
Apresentação: amp. 4 mg/2 ml
Posologia:
Indução: 60-100 µg/kg, bólus EV
Manutenção: 18-40 µg/kg/h
40 mg/50 ml de SF ou D5W (0,8 mg/ml)
peso dose (µg/kg/min)
(kg) 18 21 24 27 30 33 36 39
40 0,9 1,1 1,2 1,4 1,5 1,7 1,8 2,0
50 1,1 1,3 1,5 1,7 1,9 2,1 2,3 2,4
60 1,4 1,6 1,8 2,0 2,3 2,5 2,7 2,9
ml/h
ml/h
80 2,4 3 3,6 4,2 4,8 5,4 6
90 2,7 3,4 4,1 4,7 5,4 6,1 6,8
100 3 3,8 4,5 5,3 6 6,8 7,5
Rocurónio
Apresentação: amp. 2,5 mg/25 ml; 50 mg/5 ml; 100 mg/10 ml
Posologia:
Entubação orotraqueal: 0,6 mg/kg se EOT de rotina (90 seg. até efeito), 1 mg/kg se
sequência rápida (60 seg. até efeito)
Perfusão: Indução com 0,6 mg/kg e perfusão de 0,3-0,6 mg/kg/h quando começar a
recuperar da dose de indução
Sucinilcolina (Suxametónio)
Apresentação: amp. 100 mg/2 ml e 500 mg/10 ml
Posologia: Intervenções de curta duração: 0,6 mg/kg administrado durante 10 a 30
segundos (bloqueio em 1 min, durante 4 a 6 min.)
Efeitos adversos: taquicardia sinusal, hipo ou hipertensão
Precauções: broncoespasmo, taquicardia, hipotensão (excepto vecurónio), efeito
vagolítico, paralisia prolongada após suspensão do fármaco (atracúrio e vecurónio
+
com duração mais curta); potenciados pelos aminoglicosídeos, clindamicina, hipoK ,
2+ 2+
hipoCa , hiperMg .
Contraindicações: ausência de suporte ventilatório, ausência de sedação adequada,
porfiria, insuf. renal, vecurónio na insuf. hepática
Antagonista: Neostigmina (0,04-0,08 mg/kg) + atropina (15 µg/kg)
Dexmedetomidina
Apresentação: amp. e frasco 200 µg/2 ml; frasco 400 µg/4 ml; frasco 1000 µg /10 ml
Indicações: Sedação em RASS 0 a -3; redução de outros agentes de sedação
Posologia:
• iniciar com 0,7 µg/kg/h (dose mais baixa em doente muito grave, com TA
inferior ou idade superior); na primeira hora manter sedação com outro agente
adjuvante)
• ajustar gradualmente para 0,2 a 1,4 µg/kg/h
• não administrar em bólus
• dose máxima de 1,4 µg /kg/h não deve ser excedida.
200 µg/50 ml de D5W ou SF (4 µg/ml)
peso dose (µg/kg/h)
(kg) 0,2 0,3 0,4 0,6 0,7 0,8 1,0 1,2 1,4
40 2,0 3,0 4,0 6,0 7,0 8,0 10,0 12,0 14,0
50 2,5 3,8 5,0 7,5 8,8 10,0 12,5 15,0 17,5
60 3,0 4,5 6,0 9,0 10,5 12,0 15,0 18,0 21,0
ml/h
ml/h
70 1,8 2,6 3,5 5,3 6,1 7,0 8,8 10,5 12,3
80 2,0 3,0 4,0 6,0 7,0 8,0 10,0 12,0 14,0
90 2,3 3,4 4,5 6,8 7,9 9,0 11,3 13,5 15,8
100 2,5 3,8 5,0 7,5 8,8 10,0 12,5 15,0 17,5
Digoxina
Apresentação: amp. 0,25/2ml e 0,5/2ml
Indicações: ICC, FA/flutter auricular, taquicardia paroxística auricular
Posologia:
Indução:
EV – 0,25-0,5 mg lento, seguidos de 0,25 mg EV q6h (máx. 1-1,5 mg/24h);
PO – 0,5-0,75 mg, com doses adicionais de 0,125-0,25 q6h (máx. 1-1,5 mg/24h)
Manutenção: 0,25-0,5 mg/d
Ajuste renal
ClCr Indução Manutenção Administração
10-50 - ò 25-75% q36h
<10 ò 50% ò75-90% q48h
Dinitrato de isossorbido
Apresentação: amp. 10 mg/10 ml
Indicações: Edema agudo do pulmão
Posologia: 50 mg/50 ml (1 mg/ml)
Bólus: se TAS>150 mmHg – 10 mg; se TAS: 100-150 mmHg dar 5 mg
Manutenção: iniciar com 2 mg/h e ajustar conforme resposta tensional
Efeitos adversos: hipotensão, taquicardia, bradicárdia, palpitações, tolerância,
metahemoglobinémia
Precauções: risco de hipotensão grave se associado a sildenafil, tadalafil e
vardenafil, pode agravar angina de miocardiopatia hipertrófica
Contraindicações: hipotensão, hipovolémia, hipertensão intracraniana, pericardite
constritiva e tamponamento cardíaco
ml/h
70 2,1 4,2 6,3 8,4 10,5 12,6 16,8 25,2 33,6
80 2,4 4,8 7,2 9,6 12,0 14,4 19,2 28,8 38,4
90 2,7 5,4 8,1 10,8 13,5 16,2 21,6 32,4 43,2
100 3,0 6,0 9,0 12,0 15,0 18,0 24,0 36,0 48,0
Efeitos adversos: taquicardia sinusal, hipotensão (sobretudo em doses >20
µg/kg/min ou choque séptico), HTA, arritmia, hiperglicemia
Precauções: doentes com FA ou hipertiroidismo, HTA, EAM recente, hipovolémia e
alergia a sulfitos
Contraindicações: miocardiopatia hipertrófica obstrutiva, estenose aórtica grave,
hipotensão por hipovolémia e hipersensibilidade
Dopamina
Apresentação: Amp. 200 mg/5 ml
Indicações: 2,5 a 5 µg/kg/min à aumento da perfusão renal e esplâncnica;
5 e os 20 µg/kg/min à > perfusão renal, > inotropismo, > débito cardíaco;
>20 µg/kg/min à vasoconstrição intensa, diminuição da perfusão renal
Posologia:
200 mg/50 ml de D5W ou SF (4 mg/ml)
peso dose (µg/kg/min)
(kg) 2,5 5 7,5 10 12,5 15 20 25 30
40 1,5 3,0 4,5 6,0 7,5 9,0 12,0 15,2 18,0
50 1,9 3,8 5,6 7,5 9,4 11,3 15,0 18,8 22,6
60 2,3 4,5 6,8 9,0 11,3 13,5 18,0 22,4 27,0
ml/h
ml/h
70 1,3 2,6 3,9 5,3 6,6 7,9 10,5 13,2 15,8
80 1,5 3,0 4,5 6,0 7,5 9,1 12,0 15,0 18,2
90 1,7 3,4 5,1 6,3 8,4 10,1 13,6 16,8 20,2
100 1,9 3,7 5,6 7,5 9,4 11,3 15,0 19,8 22,6
Fenitoína
Apresentação: amp. 250 mg/5 ml
Indicações: Crises tónico-clónicas, arritmias ventriculares
Posologia:
Crises tónico-clónicas:
Indução: 10-20 mg/kg EV a <50 mg/min
Manutenção: 4-7 mg/kg/dia em 2-3 tomas, a iniciar ao fim de 24h e em função
dos níveis séricos
Arritmias Ventriculares: 50-100 mg EV em 3’, q15’ até controlo da arritmia, efeitos
secundários ou dose total de 1000 mg
Taquicardia ventricular por intoxicação digitálica:
Indução: 250 mg EV/10 min
Manutenção: 100 mg EV q5’ (máx. 1 g)
Efeitos adversos: nistagmo, hipotensão, hiperglicemia, bradicárdia e BAV. Com
administração crónica: depressão medular, disfunção hepática e síndrome lúpico.
Fentolamina
Apresentação: amp. 10 mg/ml
Indicações: Feocromocitoma, extravasamento cutâneo de vasoconstritores
Posologia:
300 mg/50 ml de D5W ou SF (6 mg/ml)
Feocromocitoma (pré-op.): 5 mg IM/EV, 1-2h pré-op e repetir se necessário
Feocromocitoma (crise hipertensiva): 5 mg IV/EV, q5’. Administrar antes do ß-
bloqueante. Perfusão: 0,1-2 mg/min.
300 mg/50 ml de D5W ou SF
(6 mg/ml)
mg/min ml/h
0,1 1,0
0,5 5,0
1,0 10,0
2,0 20,0
Heparina: Bólus 40U/Kg (máx. 4000U) seguido de perfusão a 7U/kg (máx. 800U/h).
Primeiro aPTT 3 horas após o bólus.
Abciximab
Bólus de 0,25 mg/kg EV imediatamente seguido de 0,125 mg/kg/min (máx. 10
mg/kg)
Estreptoquinase (SK)
Apresentação: amp. De 250000U e de 1500000U
Flecainida
Apresentação: amp. 150 mg/15 ml (10 mg/ml)
Indicações: FA rápida associada ao sínd. WPW, teste de detecção de sínd. de
Brugada
Posologia:
Indução: 2,0 mg/kg em 10-20’
Manutenção: 150 mg/50 ml de SF; administrar 1,5 mg/kg/h na 1ª hora, seguidos de
0,25 mg/kg/h nas horas seguintes, sob monitorização contínua e ECGs seriados.
Interromper na detecção do sínd. de Brugada quando padrão tipo 1 (supra-ST de V1
- V3 com padrão de BRD)
Efeitos adversos: Hipotensão, TV, conversão a flutter com RVR, tonturas, diplopia,
visão nebulosa, cefaleias, parestesias, tremores, náuseas, vómitos, rash cutâneo e
diarreia.
Precauções: cardiopatia estrutural, disfunção do VE. IC, QT longo, alt. electrolíticas,
insuf. renal ou insuf. Hepática
Furosemida
Apresentação: 20 mg/2 ml (10 mg/ml)
Indicações: Insuficiência cardíaca aguda (com ou sem hiponatrémia), crise
hipertensiva, edema pulmonar agudo
Posologia:
Edema pulmonar agudo: 40 mg EV; repetir com 80 mg se resposta inadequada
Crise hipertensiva: 20-40 mg EV
Insuficiência cardíaca aguda: 20-40mg IV/IM à 20 mg q2h;
IC com hiponatrémia: Dieta normosalina; administrar 20-40 mEq de KCl para
prevenir a hipocaliémia. Iniciar perfusão de 500-1000 mg de furosemido em 150 ml
de cloreto de sódio hipertónico:
+
• se Na ≤125 mEq/l: usar NaCl a 4,6% (ou 100 ml de SF + 30 ml de NaCl a 20%)
+
• se Na 126-135 mEq/l: usar NaCl a 3,5% (ou 140 ml de SF + 20 ml de NaCl a
20%)
+
• se Na ≥135 mEq/l: usar NaCl a 1,4%-2,4% (ou 130 ml de SF + 5-12 ml de NaCl
a 20%)
Haloperidol
Apresentação: amp. 5 mg/ml
Indicações: Sedação rápida
Posologia:
Dose inicial: na agitação ligeira 0,5-2 mg EV; moderada 5-10 mg EV; grave >10 mg EV
Doses subsequentes: duplicar a dose prévia q15-30’
Manter sedação: repetir última dose q30’ (enquanto necessário)
Dose máxima: 50-100 mg ou 20 mg quando associado a lorazepam EV.
Dose máxima diária: até 480 mg/d
Efeitos adversos: taquicardia, hipo ou hipertensão, ataxia, distonia, discinesias
tardias, insónia, agitação, convulsões, xerostomia ou hipersalivação, obstipação,
anemia, leucopenia, QT longo, Torsades de Pointes, citólise hepática.
Precauções: Em idosos, doentes com disfunção hepática, epilepsia, doença
cardiovascular ou tirotoxicose
aPTT Ajuste
<40 Fazer novo bólus de 2000U e aumentar em 2U/kg/h
40-44 Aumentar a infusão em 1U/kg/h
45-70 Não proceder a alterações
71-80 Diminuir infusão em 1U/kg/h
81-90 Suspender a infusão durante ½ hora e diminuir em 2U/kg/h
>90 Suspender a infusão durante 1h e diminuir em 3U/kg/h
Hidralazina
Apresentação: 25 mg em pó e amp. 2 ml de solvente
Indicações: crise hipertensiva, pré-eclâmpsia/eclâmpsia
Posologia:
25 mg/2 ml de solvente + 8 ml de SF para bólus; 25 mg/50 ml (0,5 mg/ml) para
perfusão EV
Crise hipertensiva:
em Bólus: 10-20 mg EV/IM q2-4h (enquanto necessário)
ml/h
70 12,6 16,8 21,0 25,2 29,4 33,6 37,8 42,0
80 14,4 19,2 24,0 28,8 33,6 38,4 43,2 48,0
90 16,2 21,6 27,0 32,4 37,8 43,2 48,6 54,0
100 18,0 24,0 30,0 36,0 42,0 48,0 54,0 60,0
Tirofibam
Apresentação: saco de 250 ml e 500 ml a 0,05 mg/ml
Indicações: SCA (offlabel: trombose de stent carotídeo)
Posologia:
Indução: 0,4 µg/kg/min, 30’
Manutenção: 0,1 µg/kg/min, 12 a 24h após ICP (duração total da perfusão 48-108h)
Perfusão (0,05 mg/ml)
peso (kg) Indução (ml/h) Manutenção (ml/h)
46-54 24 6
55-62 28 7
63-70 32 8
71-79 36 9
80-87 40 10
88-95 44 11
96-104 48 12
105-112 52 13
113-120 56 14
121-128 60 15
129-137 64 16
138-145 68 17
146-153 72 18
Iões
Cálcio
Indicações: hipercaliémia, hipocalcémia (emergente), hipermagnesiémia, arritmias
2+
(associadas a intox. por bloq. canais Ca , hipercaliémia ou hipercalcémia)
Cloreto de cálcio
2+
Apresentação: amp. 1 g/10 ml (10% - 100 mg/ml), 1,35 mEq/ml de Ca e 1,35
-
mEq/ml de Cl
Posologia:
+
HiperK : 500-1000 mg EV em 2-5’ (repetir após 5’ se persistência de alterações no
ECG)
Gluconato de cálcio
Apresentação: amp. 1 g/10 ml (100 mg/ml). 0,446 mEq/ml de gluconato e 0,446
2+
mEq/ml de Ca
Posologia:
+
HiperK : 1000 mg EV (10 ml) em 2-5’
2-
HipoCa (emergente): 500-1000 mg EV lento
2+
HiperMg : 4,5-9 mEq EV lento
Efeitos adversos: cardiotoxicidade, hipotensão, flebite local, náuseas, vómitos,
sudação
Precauções/contraindicações: cuidado na insuf. renal; não exceder 0,5 ml/min se
sob digitálicos; corrigir hipomagnesiémia; corrigir calcémia para albumina;
administrar em veias de grande calibre;
Antídoto: Sulfato de magnésio
Magnésio, Sulfato de
Apresentação: amp. 2 g/10 ml (20% ou 200 mg/ml) e 5 g/10 ml (50% ou 500 mg/ml)
Indicações: Disritmias induzidas por digitálicos, taquicardia auricular multi-focal,
2+
Torsades de Pointes, pré-eclâmpsia/eclâmpsia, tocólise, hipoMg
Posologia:
Disritmias induzidas por digitálicos, taquicardia auricular multi-focal:
Indução: 1-2 g/100 ml de D5W em 15’
Manutenção: perfusão a 1-2 g/h
Torsades de Pointes: (em doentes com QT longo)
Indução: 1-2 g EV em 1-2’, enquanto necessário
Manutenção: perfusão a 1-2 g/h
Hipomagnesiémia:
6 g em 1000 ml de D5W durante 3h OU 1 g IM q4-6h
Pré-eclâmpsia/eclâmpsia:
Indução: 4 g EV (não exceder 1 g/min) ou 4-5 g IM; se persistirem convulsões
administrar 2 g EV ou 4-5 g IM
Manutenção: perfusão EV a 1-2 g/h
+
Hipocaliémia grave (K <2 mEq/l) ou sintomáticas:
EV periférica: máx. 20 mEq/250 ml em 1h
Tratamento da Hipercaliémia
+
Se: K >6,5 mEq/l; sinais clínicos (astenia, paralisia, dificuldade respiratória, disfagia);
alterações no ECG (ondas T altas e espiculadas, depressão do segmento ST,
desaparecimento da onda P, prolongamento do intervalo QT, alargamento e
empastamento do segmento QRS
Objectivos:
• promover a entrada de potássio na célula:
1. Dextrose 10-25%: (não administrar se hiperglicemia): 300-500 ml em 1h
2. salbutamol (aerossol) 10 mg em 10’ (esperado 0,5-1,0 mEq/l em 15-30’ e
durante 2h)
3. Insulina actrapid: 5-10 U por cada 20 g de glicose: 10 U em 50 ml de D50W
em 5-10’; ou 10 U em 100 ml de D30W
• proteger a membrana das células cardíacas:
1. se ausência de ondas P ou QRS alargados (em doentes não digitalizados),
administrar 10ml de gluconato de cálcio 10% (1 g) em 2‘ (repetir q5-10’
até correção das alterações no ECG)
2. em doentes medicados com digoxina deve-se administrar mais
lentamente (20’) ou preferir diálise e anticorpos anti-digoxina
3. Bicarbonato de sódio: administração não consensual (riscos superiores
aos benefícios?); não administrar no insuf. renal terminal
• outras medidas:
1. furosemido e/ou tiazidas, se adequada função renal
2. resinas permutadoras de potássio
3. diálise
Quando já não é necessária, a perfusão deve ser descalada a um ritmo de 2,5 mL/h
a cada 4 horas, mantendo a monitorização do sódio sérico com intervalo de 2 horas.
Suspender a descalação se sódio sérico diminuir mais do que 10 mmol num período
de 24h.
Efeitos adversos: EAP; paragem respiratória, insuf. renal, convulsões
Advertências: mesmo na fase estável monitorizar sódio pelo menos a cada 6 horas.
Isoprenalina
Apresentação: amp. 0,1 mg/ml, 1 mg/ml e 2 mg/2 ml (1 mg/ml)
Indicações: bradicárdia importante resistente à atropina, choque
Posologia:
Iniciar a 0,02-0,06 mg EV e passar a 2-10 µg/min (em situações de choque 0,5-5
µg/min)
2 mg/50 ml D5W 2 mg/500 ml D5W
(40 µg/ml) (4 µg/ml)
µg/min ml/h ml/h
0,5 0,8 0,08
1,0 1,5 0,15
1,5 2,3 0,23
2,0 3,0 0,30
4,0 6,0 0,60
5,0 7,5 0,75
6,0 9,0 0,90
8,0 12,0 1,20
10,0 15,0 1,50
Levosimendan
Apresentação: amp. de 12,5 mg/5 ml ou 25 mg/10 ml (2,5 mg/ml)
Indicações: Insuficiência cardíaca aguda
Posologia:
Indução (se estável não necessária): 6-12 µg/kg em 10’
Manutenção: 0,05-0,2 µg/kg/min (ajustan do à resposta clínica)
5 ml/500 ml D5W (0,025 mg/ml)
Indução (em 10’) Manutenção
peso
[µg/kg] [µg/kg/h]
(kg)
6 12 0,05 0,1 0,2
40 58 115 5 10 19
50 72 144 6 12 24
60 86 173 7 14 29
70 101 202 8 17 34 ml/h
80 115 230 10 19 38
90 130 259 11 22 43
100 144 288 12 24 48
Efeitos adversos: hipotensão, cefaleias, arritmias
Precauções: insuficiência renal, disfunção hepática, hipotensão, taquicardia grave,
história de Torsades de Pointes; corrigir previamente hipovolémia; não exceder 24h
de perfusão
Lidocaína
Apresentação: amp. 100 mg/5 ml (20 mg/ml) e 1000 mg/5 ml (200 mg/ml)
Indicações: FV/TV s/pulso (refractrária a 3 choques) e sem amiodarona disponível
Posologia:
Bólus inicial: 1 mg/kg EV
Bólus subsequentes: 0,5 mg/kg EV passados 5’
Infusão EV: 1-4 mg/min a iniciar após o 1º bólus
Manitol
Apresentação: frascos de 100mg/ml (10%) e 200 mg/ml (20%)
Indicações: Hipertensão intra-craniana; hipertensão intra-ocular
Posologia:
Hipertensão intra-craniana: 0,25 – 1,0 g/kg – Intervalos de administração a definir
de acordo com a clínica (efeito em 10-15 minutos e pico de acção em 20-60 min),
com a osmolaridade sérica (alvo 300-320 mOsm/L – medir 20 min. após
administração) ou natrémia (alvo 145-150 mmol/L – medir 20 min. após
administração)
Hipertensão intra-ocular (hifema traumático): 1,5g/kg em 45 minutos 2x/d se
PIO>35 mmHg ou 3x/d se PIO muito alta
Contraindicações: Administração simultânea com sangue
Midazolam
Apresentação: amp. 15 mg/3 ml; 50 mg/10 ml; 10 mg/10 ml; 2 mg/ml
Indicações: sedação em procedimentos, sedação em VMI
Posologia:
Sedação em procedimentos:
1 mg EV lento q2-3’ (máx. 5 mg)
ml/h
70 0,6 1,2 1,8 2,3 3,5 4,7 5,8 7,0
80 0,7 1,3 2,0 2,7 4,0 5,3 6,7 8,0
90 0,8 1,5 2,3 3,0 4,5 6,0 7,5 9,0
100 0,8 1,7 2,5 3,3 5,0 6,7 8,3 10,0
Milrinona
Apresentação: amp. 10 mg/10 ml e 20 mg/20 ml (1 mg/ml)
Indicações: Ssuporte inotrópico na insuficiência cardíaca; Prevenção do
vasoespasmo cerebral na hemorragia sub-aracnoideia (off-label)
Posologia:
Insuficiência Cardíaca:
0,125 a 0,75 µg/kg/min
Nos doentes com insuficiência renal:
ClCr <50 ml/min/1,73m2: 0,43 µg/kg/min
ClCr <40 ml/min/1,73m2: 0,38 µg/kg/min
ClCr <30 ml/min/1,73m2: 0,33 µg/kg/min
ClCr <20 ml/min/1,73m2: 0,28 µg/kg/min
ClCr <10 ml/min/1,73m2: 0,23 µg/kg/min
ClCr <5 ml/min/1,73m2: 0,2 µg/kg/min
Naloxona
Apresentação: amp. 0,4 mg/ml
Indicações: intoxicação por opiáceos ou propoxifeno, reversão do efeito
Posologia:
Intoxicação por opiáceos:
0,4 mg EV, a repetir se necessário (máx. 1,2 mg)
Intoxicação por propoxifeno:
Bólus: 2 mg EV; repetir de 3-3’ se necessário (máx. de 10 mg)
Perfusão: 4mg/100ml de SF a 10ml/h
Reversão dos efeitos dos opiáceos (pós-op)
0,1-0,2 mg EV q2-3’
Efeitos adversos: hiper ou hipotensão, náuseas, vómitos, sudação, taquicardia,
tremores, sínd. de abstinência; inócua na ausência de narcóticos
Precauções: em doentes com cardiopatia isquémica a reversão rápida do efeito
narcótico pode desencadear HTA e isquemia miocárdica.
Nimodipina
Apresentação: frasco 10 mg/ 50 ml (0,2 mg/ml)
Indicações: prevenção de défices neurológicos isquémicos devidos a vasospasmo
cerebral após hemorragia subaracnoideia de origem aneurismática
ml/h
70 2,6 3,5 5,3 7,0 8,8 10,5
80 3,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
90 3,4 4,5 6,8 9,0 11,3 13,5
100 3,8 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0
Efeitos adversos: trombocitopénia, cefaleias, taquicardia, hipotensão, náuseas
Precauções: doentes hipotensos
Nitroglicerina
Apresentação: amp. 25 mg/5 ml (5 mg/ml) e 50 mg/10 ml (5 mg/ml)
Indicações: Angina refractária, insuf. cardíaca aguda
Posologia:
Iniciar a 5 µg/min e aumentar q3-5’ até resposta;
10 mg/ 50 ml (200 µg/ml)
µg/min ml/h µg/min ml/h µg/min ml/h
5 1,5 25 7,5 80 24
7,5 2,3 30 9 100 30
10 3 35 10,5 120 36
12,5 3,8 40 12 140 42
15 4,5 45 13,5 160 48
17,5 5,3 50 15 180 54
20 6 70 21 200 60
Desmame: ò a dose em 5 µg/min
Efeitos adversos: cefaleias, rubor facial, taquicardia, hipotensão, agravamento de
shunt pulmonar por vasodilatação pulmonar, metahemoglobinémia (muito rara)
Precauções: associação com sildenafil, tadalafil ou vardenafil por risco de
hipotensão grave, angina por miocardiopatia hipertrófica
Nitroprussiato de sódio
Apresentação: pó para solução injetável (50 mg)
Indicações: hipertensão maligna, ICC aguda
Posologia:
Iniciar com 0,5 µg/kg/min e titular q5’ aumentando 0,5 µg/kg/min (máx.10
µg/kg/min)
50 mg/ 50 ml (1 mg/ml)
peso dose (µg/kg/min)
(kg) 0,5 0,8 1 2 4 6 8 10
50 1,5 2,4 3,0 6,0 12,0 18,0 24,0 30,0
60 1,8 2,9 3,6 7,2 14,4 21,6 28,8 36,0
70 2,1 3,4 4,2 8,4 16,8 25,2 33,6 42,0
ml/h
80 2,4 3,8 4,8 9,6 19,2 28,8 38,4 48,0
90 2,7 4,3 5,4 10,8 21,6 32,4 43,2 54,0
100 3,0 4,8 6,0 12,0 24,0 36,0 48,0 60,0
ml/h
18 10,8 5,4 2,7 1,1
20 12,0 6,0 3,0 1,2
30 18,0 9,0 4,5 1,8
40 24,0 12,0 6,0 2,4
50 30,0 15,0 7,5 3,0
60 36,0 18,0 9,0 3,6
70 42,0 21,0 10,5 4,2
80 48,0 24,0 12,0 4,8
90 54,0 27,0 13,5 5,4
100 60,0 30,0 15,0 6,0
Efeitos adversos: bradiarritmias, arritmias ventriculares, vasoconstrição pulmonar,
hipoperfusão periférica, isquemia do miocárdio, necrose tecidular em caso de
extravasamento (infiltrar com fentolamina)
Precauções: Administrar numa veia de bom calibre (antecubital ou central)
Contraindicações: hipovolémia, isquemia mesentérica, isquemia arterial periférica
Octreótido
Apresentação: 0,05 mg/ml, 0,1 mg/1 ml, 0,5 mg/1 ml, 0,2 mg/ml
Indicações: Controlo de hemorragia de varizes esofágicas
Opióides
Alfentanil
Apresentação: ampolas de 1 mg/2 ml e 5 mg/10 ml
Indicações: Opióide de curta duração, anestésico e analgésico
Posologia:
Indução: 10-15 µg/Kg bólus EV em 3-5’
Manutenção:
15 mg/50 ml (0,3 mg/ml)
peso dose (µg/kg/h)
(kg) 6 8 10 15 20 23 25 30
35 0,7 0,9 1,2 1,8 2,3 2,6 2,9 3,5
40 0,8 1,1 1,3 2,0 2,7 3,0 3,3 4,0
50 1,0 1,3 1,7 2,5 3,3 3,8 4,2 5,0
60 1,2 1,6 2,0 3,0 4,0 4,5 5,0 6,0
ml/h
Fentanil
Apresentação: 0,05 mg/ml (amp. com 0,1 mg, 0,25 mg e 0,5 mg)
Indicações: analgesia em doentes ventilados
Posologia:
ml/h
70 1,4 2,1 2,8 3,5 4,2 4,9 5,6 6,3 7
80 1,6 2,4 3,2 4 4,8 5,6 6,4 7,2 8
90 1,8 2,7 3,6 4,5 5,4 6,3 7,2 8,1 9
100 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Efeitos adversos/Precauções/Contraindicações: As dos opióides; administração em
bólus pode desencadear rigidez muscular (menos frequente com com remifentanil)
Morfina
Apresentação: 10 mg/ml
Indicações: Analgesia, EAM e EAP
Posologia:
Analgesia:
Indução: 0,03-0,2 mg/kg em 10 ml de SF ou D5W, lento
Manutenção: 1-6 mg/h (50 mg/50 ml de SF ou D5W)
EAM e EAP: 2-10 mg EV lento
Efeitos adversos: hipotensão, bradicárdia, depressão respiratória, depressão do
reflexo da tosse, vómitos, obstipação, cólica biliar, retenção urinária
Precauções: monitorização, possibilidade de EOT e VMI, desenvolvimento de
tolerância, acumulação nas insuficiências renal (ClCr 10-50: diminuir em 25%;
ClCr<10: diminuir em 50%)e hepática, sind. de abstinência se terapêutica
prolongada
Contraindicações: hipotensão arterial não controlável, BAV, dças respiratórias,
megacólon tóxico
Antagonista: naloxona (ver pág. 53)
Petidina, meperidina
Apresentação: amp. 50 mg/2 ml e 100 mg/2 ml
Indicações: Analgesia
Posologia:
Remifentanil
Apresentação: amp. 1, 2 E 5 mg para reconstituição (1mg/ml)
Indicações: analgesia em doentes ventilados
Posologia:
Aumentar 1,5µg cada 5’ sempre que necessário
5 mg em 50 ml (100 µg/ml)
peso dose (µg/kg/min)
(kg) 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 20,0 30,0 40,0
40 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 8,0 12,0 16,0
50 2,5 3,8 5,0 6,3 7,5 10,0 15,0 20,0
60 3,0 4,5 6,0 7,5 9,0 12,0 18,0 24,0
ml/h
Pralidoxima
Apresentação:
Indicações: Intoxicação por organofosforados; intoxicação com anticolenesterases
(neostigmina, piridostigmina)
Posologia:
Intoxicação por organofosforados:
Bólus: 30 mg/kg (10-20 mg/mL em 15-30 minutos)
Propafenona
Apresentação: amp. 70 mg/20 ml (5 mg/2 ml)
Indicações: Cardioversão de FA recente
Posologia:
2 mg/kg em 10-15’; pode-se repetir a dose 2h depois
140 mg/100 ml D5W
(1,4 mg/ml)
µg/min ml/h
0,5 22
1,0 44
1,5 66
2,0 88
Efeitos adversos: bradicardia, BAV ou SA, arritmias, IC, fadiga, cefaleias, reações
cutâneas, anorexia, náuseas, vómitos, alterações do paladar, colestase, visão
enevoada, ataxia, agranulocitose
Precauções: evitar em doentes com cardiopatia isquémica ou disfunção do VE
Contraindicações: intoxicação digitálica, bradidisritmias, dça do nódulo sinusal,
broncoespasmo
ml/h
70 3,5 7 10,5 14 17,5 21 24,5 28
80 4 8 12 16 20 24 28 32
90 4,5 9 13,5 18 22,5 27 31,5 36
100 5 10 15 20 25 30 35 40
ml/h
70 1,8 3,5 5,3 7,0 8,8 10,5 12,3 14,0
80 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0
90 2,3 4,5 6,8 9,0 11,3 13,5 15,8 18,0
100 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0
Silibinina
Apresentação: pó para solução para perfusão, 350 mg
Indicações: intoxicações pelo cogumelo Amanita phalloides
Posologia: 20 mg/kg divididos em 4 perfusões de 2 horas cada até ao
desaparecimento dos sintomas de intoxicação
Efeitos adversos: náuseas, cefaleias, prurido; diarreia ou sensação de calor
Precauções: hemoperfusão ou hemodiálise devem ser realizadas nos intervalos
entre as perfusões; monitorizar equilíbrio iónico
Contraindicações: hipersensibilidade à substância activa
Somatostatina
Apresentação: amp. 0,25 mg/1 ml, 3 mg/1 ml e 6 mg/1 ml
Indicações: rotura de varizes esofágicas, hemorragia aguda por úlceras
gastroduodenais, profilaxia das complicações após cirurgia pancreática e CPRE,
tratamento da pancreatite aguda, tratamento das fístulas do intestino delgado e do
Terlipressina
Apresentação: amp. 1 mg/5 ml
Indicações: rotura de varizes esofágicas, síndrome hepato-renal, choque séptico
Posologia:
Rotura de varizes esofágicas: administrar cada 4 horas de acordo com o peso
• <50 kg: 1,0 mg
• 50-70 kg: 1,5 mg
• >70 kg: 2,0 mg
Síndrome hepato-renal: 1 mg, 3 ou 4x/d
tratar até redução de 30% da creatininémia (normal 10 dias); se não houver redução
da creatinina em 3 dias suspender tratamento
Choque séptico: 1 mg, q5h (se >70 kg administrar 1,5-2,0 mg)
Efeitos adversos: hipertensão, bradicárdia, insuficiência coronária
Precauções: necrose cutânea se extravasamento
Contraindicações: gravidez, hipersensibilidade
Distinção exsudado-transudado
Exsudado Transudado
Proteínas líquido/séricas <0,5 <0,5
LDH liquido/sérico <0,3 <0,3
>2/3 limite <2/3 limite sérico
LDH liquido
sérico superior superior
Circulação cerebral
SOFA
Utilizado para classificar a função/disfunção orgânica durante o internamento em
Cuidados Intensivos. Classifica-se com o pior valor nas 24 horas, de acordo com a
seguinte tabela:
Score 1 2 3 4
Respiração <200 <100
<400 <300
PaO2/FiO2, mmHg e sob suporte ventilatório
Coagulação
<150 000 <100 000 <50 000 <20 000
Plaquetas
Fígado
1,2 – 1,9 2,0 – 5,9 6,0 – 11,9 >12,0
Bilirrubina, mg/dl
Cardiovascular Dopa>5 , NA Dopa>15 , NA
PAM<70 Dopa<5
Hipotensão ou Epi<0,1 ou Epi>0,1
SNC
13 - 14 10 - 12 6-9 <6
GCS
Renal
1,2 - 1,9 2,0 - 3,4 3,5 - 4,9 >5,0
Creatinina, mg/dl
PAM=Pressão arterial média; Dopa=Dopamina; Epi=Epinefrina; NA=Noradrenalina;
Doses de vasopressores em mcg/kg/min ; GCS=Sistema Nervoso Central; SCG=Score
de Coma de Glasgow
É necessário ter em atenção os seguintes pormenores:
• Ao classificar o Score de Coma de Glasgow este não deve ser prejudicado pela
presença de sedação, devendo ser estimado de acordo com o status do doente
sem sedação
• No doente não ventilado o valor máximo atribuído à respiração é de 2
• A dose de noradrenalina ou adrenalina é em mcg/kg/min, apesar de ser
calculada em mcg/min.
• O valor utilizado para a creatinina deve ter em conta a utilização ou não de
técnicas de depuração renal, isto é, um doente sob técnica dialíticas contínua
deve ser classificado de acordo com o último valor antes de iniciar a técnica.
• Quando existe ausência de um valor, utilizar a média das determinações que
imediatamente o pre e procedem
RIFLE
Grau Aumento da Creatinina sérica Débito urinário
Risk ì da creatininémia em 1,5x <0,5 ml/kg/h durante mais de
6h
Injury ì da creatininémia em 2x <0,5 ml/kg/h durante >12h
Failure ì da creatininémia em 3x ou <0,3 ml/kg/h durante 24 h ou
creatinina >4 mg/dl (subida anúria durante 12h
aguda de >0,5 mg/dl)
Loss Insuficiência renal aguda persistente = perda completa da função
renal durante mais de 4 semanas
End-stage
Perda completa da função durante mais de 3 meses
disease
Escala de MELD
(0,957 x Loge(creatinina em mg/dl) + 0,378 x Loge(bilirrubina em mg/dl) +
1,120 x Loge(INR) + 0,643) x 10 e arredondado à unidade
Notas:
• valores laboratoriais inferiores a 1 são arredondados para 1
• o valor máximo de creatinina considerado é 4 pelo que doentes com
creatininémias superiores a este valor devem ser classificadas com 4
• Para os candidatos em hemodiálise, definido como tendo 2 ou mais sessões na
semana anterior ou que foram sujeitos a >24h de HFVVC/HDFVVC, deverá ser
utilizado como valor de creatinina o 4
Escala de Child-Turcotte-Pugh
1 2 3
Encefalopatia Nenhum Grau 1-2 Grau 3-4
(ou aguda) (ou crónica)
Ascite Nenhum Ligeira/moderada Grave
(responde. diur.) (n responde. diur.)
Bilirrubina (mg/dl) <2 2-3 >3
Algumina (g/dl) >3,5 2,8 – 3,5 <2,8
TP (seg. prolongados) <4 4–6 >6
ou INR <1,7 1,7 – 2,3 >2,3
Classe CTP:
A = 5-6 pontos
B = 7-9 pontos
C = 10-15 pontos
1a – Nível de Consciência
0 – vigil, bem desperto e alerta
1 – sonolento, acorda com estímulos mínimos
2 – sonolento, requer estímulos repetidos para responder
3 – coma, apenas movimentos reflexos ou autonómicos
Nota: classificar mesmo com obstáculos (EOT, barreira linguística, etc.)
1b - Pergunte ao doente mês e idade
0 – responde a ambas as questões corretamente
1 – responde a uma questão corretamente
2 – não responde a nenhuma questão corretamente
Nota: classificar 2 em doentes estuporosos ou afásicos; cotar 1 em doentes
incapazes de falar por EOT, trauma, disartria grave, língua nativa diferente ou outro
que não afasia; classificar apenas resposta inicial
1c – Peça ao doente para abrir e fechar os olhos e as mãos
0 – realiza ambas as tarefas corretamente
1 – realiza uma tarefa corretamente
2 – não realiza nenhuma tarefa corretamente
Nota: classificar apenas a 1ª tentativa; pode ser demonstrado pelo avaliador; se
parésia ou amputação tentar outras formas
2 – Posição dos olhos (só movimento horizontal)
0 – normal
1 – parésia ocular parcial
2 – desvio conjugado dos dois olhos
Nota: classificar 1 se desvio conjugado reversível pela vontade do doente ou
reflexos oculocefálicos, parésia de 1 oculomotor
3 – Campos visuais
0 – sem perda de campo visual Nota: doentes previamente cegos
1 – hemianopsia parcial classificar 3; se extinção/inatenção
2 – hemianopsia completa classificar 1
3 – hemianopsia bilateral
4 – Simetria da face
0 – Movimentos simétricos
1 – Parésia mínima (apagamento do sulco)
2 – Parésia do andar inferior
3 – Parésia do andar inferior e superior
9 – Linguagem
0 – normal Nota: doente em coma classificar-se
1 – afasia ligeira a moderada como 3; para o doente estuporoso ou
2 – afasia grave com colaboração limitada não deve ser
3 – mutismo escolhido o 3.
10 – Disartria
0 – articulação verbal normal
1 – empastamento
2 – incompreensível
X – EOT/barreira física
Nota: se afásico cotar a clareza da articulação
11 – Extinção/inatenção
0 – sem extinção/inatenção
1 – extinção/inatenção numa modalidade
2 – extinção/inatenção em mais que 1 modalidade
Nota: se perda visual grave com estimulação cutânea normal = 0