Passes e Curas Espirituais (Wenefredo de Toledo)
Passes e Curas Espirituais (Wenefredo de Toledo)
Passes e Curas Espirituais (Wenefredo de Toledo)
EDITORA PENSAMENTO
So Paulo
NDICE
APRESENTAO.................................................................................................................................... 5 UMA EXPLICAO ................................................................................................................................ 7 GRATIDO ............................................................................................................................................ 7 DE GRAA RECEBESTES, DE GRAA DAI ............................................................................................. 8 MDIUNS PASSISTAS ............................................................................................................................ 9 OPINIO AUTORIZADA SOBRE O PASSE ............................................................................................. 12 INTRODUO ...................................................................................................................................... 13 REFORMA MORAL .............................................................................................................................. 14 AURA HUMANA .................................................................................................................................. 15 AURA HUMANA REFLEXIVA DOS PENSAMENTOS................................................................................ 15 ATMOSFERA FLUDICA ....................................................................................................... 15 RAIOS DE INFLUENCIAES ............................................................................................... 16 LEI DO EQUILBRIO ............................................................................................................ 17 FORA MAGNTICA............................................................................................................ 18 PREPARO DO CORPO FSICO ............................................................................................... 18 2A PARTE ............................................................................................................................................ 21 ESTUDOS DAS LIES E TCNICAS DOS PASSES ................................................................................ 21 LIO PRIMEIRA................................................................................................................................. 22 LIGEIRAS NOES DE ANATOMIA ...................................................................................... 22 ESQUELETO HUMANO E SUA NOMENCLATURA .................................................................. 22 CRNIO .............................................................................................................................. 23 APARELHO DIGESTIVO ....................................................................................................... 25 APARELHO URINRIO ......................................................................................................... 26 TRONCO DO ESQUELETO E PARTE DA BACIA .................................................................... 27 VISTA LATERAL DO TRONCO ............................................................................................. 27 ESTUDO DO ESTMAGO ..................................................................................................... 28 ESTUDO DO FGADO ........................................................................................................... 28 OS PULMES ...................................................................................................................... 29 LIO SEGUNDA................................................................................................................................. 29 LIGEIRAS NOES SOBRE FISIOLOGIA ................................................................................ 29 CIRCULAO DO SANGUE ESQUEMA DE CIRCULAO ................................................... 31 NO FGADO ......................................................................................................................... 31 OS RINS .............................................................................................................................. 32 DIGESTO ALIMENTAR ....................................................................................................... 32 LIO TERCEIRA ................................................................................................................................ 33 LIGEIRAS NOES SOBRE PATOLOGIA ............................................................................... 33 CAUSAS DAS DOENAS ...................................................................................................... 33 PREDISPOSIO ORGNICA ................................................................................................ 34 PREDISPOSIO CRMICA .................................................................................................. 34 PREDISPOSIO ATRADA................................................................................................... 34 PREDISPOSIO HEREDITRIA .........................................................................................35 PREDISPOSIO DO AMBIENTE ...........................................................................................35 PATOGNESE DAS ENFERMIDADES INFANTIS ..................................................................... 35 VIAS DE INFECO ............................................................................................................. 36 LIO QUARTA .................................................................................................................................. 37 LIGEIRAS NOES SOBRE O ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO E DOS PLEXOS .................... 37 SISTEMA NERVOSO ............................................................................................................. 37 MEDULA ALONGADA.......................................................................................................... 39
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PLEXO CRANIANO .............................................................................................................. 41 PLEXO CARDACO............................................................................................................... 41 PLEXO SOLAR ..................................................................................................................... 41 PLEXO MESENTRICO ......................................................................................................... 41 PLEXO HIPOGSTRICO ........................................................................................................ 41 FORMAO DOS PLEXOS NERVOSOS .................................................................................. 42 LIO QUINTA ................................................................................................................................... 43 ESTUDO DOS FLUIDOS ........................................................................................................ 43 POLARIDADE MAGNTICA NO HOMEM ................................................................................ 44 EMISSO DE FLUIDOS PELAS MOS ................................................................................... 45 LIO SEXTA...................................................................................................................................... 46 PREPARO FSICO, MORAL E ESPIRITUAL DOS MDIUNS CURADORES ................................ 46 PREPARO FSICO ................................................................................................................. 46 PREPARO MORAL ............................................................................................................... 46 DESDOBRAMENTO DO ESPRITO ......................................................................................... 47 PREPARO ESPIRITUAL ......................................................................................................... 47 LIO STIMA .................................................................................................................................... 50 PREPARO DOS PACIENTES .................................................................................................. 50 AMBIENTE FAMILIAR .......................................................................................................... 51 POSIO MENTAL DO DOENTE .......................................................................................... 51 ESTADO DE RECEPTIVIDADE .............................................................................................. 51 ESTADO ESPIRITUAL ........................................................................................................... 51 LIO OITAVA ................................................................................................................................... 52 CONTATO MEDINICO COM O DOENTE.............................................................................. 52 CONTATO COM O PACIENTE PRESENTE .............................................................................. 52 CONTATO COM O PACIENTE A DISTNCIA .......................................................................... 53 CONTATOS ESPIRITUAL COM OS MENTORES ...................................................................... 53 CONTATO ESPIRITUAL COM PESSOAS DESCONHECIDAS ..................................................... 53 SINAIS QUE DENUNCIAM O CONTATO ESTABELECIDO ....................................................... 53 POSIES CORRETAS DO CORPO PARA CONCENTRAES PSQUICAS ................................ 54 LIO NONA ...................................................................................................................................... 55 IMPOSIO DAS MOS ....................................................................................................... 55 IMPOSIO DUPLA.............................................................................................................. 57 IMPOSIO SIMPLES ........................................................................................................... 57 IMPOSIO CALMANTE ................................................................................................... 58 IMPOSIO IRRITANTE .................................................................................................... 58 LIO DCIMA ................................................................................................................................... 58 PASSES ............................................................................................................................... 58 PASSES DE MOS COMBINADAS ........................................................................................ 60 CLASSIFICAO DO PASSE ................................................................................................. 61 TCNICA DOS PASSES ......................................................................................................... 62 PELA IMPOSIO SIMPLES .............................................................................................. 62 IMPOSIO DUPLA LATERAL .............................................................................................. 62 PELA IMPOSIO DUPLA ................................................................................................. 63 PASSES MAGNTICOS LONGITUDINAIS ................................................................................. 65 PASSE MEDINICO.............................................................................................................. 66 PASSE ESPIRITUAL .............................................................................................................. 66 PORQUE NO SE DEVE TOCAR COM AS MOS NO PACIENTE ............................................ 68 PORQUE NO SE DEVE CRUZAR AS PERNAS E BRAOS NA CONCENTRAO ................... 68 PASSES DE BAIXO PARA CIMA ........................................................................................... 69 PASSE A DISTNCIA ........................................................................................................... 69 SOPRO CURADOR ................................................................................................................ 70 SOPRO QUENTE .................................................................................................................. 70
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SOPRO FRIO ........................................................................................................................ 71 LIO DCIMA-PRIMEIRA .................................................................................................................. 72 FLUIDIFICAO DA GUA .................................................................................................. 72 GUA FLUIDA..................................................................................................................... 72 PASSES PARA A FLUIDIFICAO DA GUA EM GARRAFA ................................................. 73 FLUIDIFICAO DA GUA EM VASOS ................................................................................ 73 FLUIDIFICAO DA GUA PARA BANHO............................................................................ 75 A GUA FLUIDA ................................................................................................................. 75 3A PARTE ............................................................................................................................................ 76 INFLUENCIAES ESPIRITUAIS ........................................................................................................... 76 PATOLOGIA FLUDICA......................................................................................................... 76 LIO DCIMA-SEGUNDA .................................................................................................................. 79 TRABALHOS COMBINADOS ENTRE MDIUNS E ESPRITOS CURA MARAVILHOSAS. ......... 79 LIO DCIMA-TERCEIRA .................................................................................................................. 80 TRATAMENTO INDIVIDUAL E EM GRUPOS .......................................................................... 80 ORGANIZAO DAS SESSES ............................................................................................. 80 PERIGO DE CONTGIO ........................................................................................................ 81 ESCOLHA DE MDIUNS ESPECIALIZADOS . ......................................................................... 81 O SILNCIO......................................................................................................................... 81 DECLOGO PARA ESTUDOS EVANGLICOS ........................................................................ 83 LIO DCIMA-QUARTA .................................................................................................................... 83 AUTOPASSE ........................................................................................................................ 83 LIO DCIMA-QUINTA ..................................................................................................................... 85 MAGNETISMO DA MSICA ................................................................................................. 85 ALGUMAS INDICAES DE TERAPUTICA DOS FLUIDOS .................................................... 85 Aura Material ..................................................................................................................... 87 LIO DCIMA-SEXTA ....................................................................................................................... 88 SENSIBILIDADE FLUDICA DOS ANIMAIS E DAS PLANTAS .................................................. 88 LIO DCIMA-STIMA...................................................................................................................... 89 SENSIBILIDADE DO CORPO HUMANO E DO ESPRITO ......................................................... 89 OBRAS CONSULTADAS ....................................................................................................................... 91
APRESENTAO
A teoria eletrnica, agora vigente, degradou os tomos dos materialistas da estirpe de Bchner, Haeckel e Huxley. Tais sacerdotes da filosofia ateia seriam hoje generais inativos e reformados, por falta de munio blica a matria. A base das suas especulaes desapareceu do mercado mundial. Quem o diz e quem o prova no a espiritualidade: a cincia leiga, o Deus nico a que eles curvaram as cabeas orgulhosas. Por coincidncia, que precisa ser assinalada, foi o eminente sbio William Crookes, o prodigioso cientista que descobriu o tlio, o eletroscpio, o espectroscpio, o fotmetro de polarizao, o radimetro e microspetroscpio; que solucionou problemas concernentes natureza e velocidade da luz, remodelando as cincias fsico-qumicas; que descobriu os raios catdicos, de cujo conhecimento provieram os Raios X, de Roentgen; foi o mesmo mdico, fsico, qumico e astrnomo que deslindou, concomitantemente, duas questes capitais para o esprito humano. Graas a Crookes, morreu o conceito antigo a respeito da dualidade fora e matria, as quais passaram a significar, respectivamente: eletrnicos, desintegrados, caminhando em ciclo livre; e condensao etrica, em movimento rotatrio. Crookes realizou duas faanhas memorveis nos domnios da cincia e da filosofia. Desintegrou, analiticamente, a matria bruta, at os extremos do estado radiante; e obteve, mediunicamente, em seus laboratrios, sob igual rigor experimental, a materializao integral de Katie King, em sesses quase dirias, que duraram 10 meses. Duas experincias que se completam em mtua contraprova: a desintegrao da matria at o estado radiante e reintegrao nela do Esprito que vivia na erraticidade. Extinguiu-se, deste modo, o reinado do antagonismo entre a fora e a matria, que se harmonizaram na unanimidade: so elas, afinal, aspectos da mesma coisa. A solidez e a inrcia so iluses dos nossos sentidos falveis. Tudo vibra em turbilho, tudo se agita em redemoinhos: os astros, os homens, os tomos, os eltrons e os ncleos... A substncia no jaz dentro da forma; h, ali, movimento, energia, ondas, vibraes... Define-se hoje a matria como sendo uma energia em movimento rotatrio, em ciclo fechado; e a energia, como movimento ondulatrio, em ciclo aberto, agitando-se no espao infinito. Fundiu-se a dupla matria-energia na concepo unitria do movimento. Movimento fechado, ou rotatrio. Movimento livre, ou ondulatrio. . Que faremos dos materialistas e dos seus dogmas defensores da importncia das massas, da eloquncia dos slidos bem visveis, premissas com que os seus sentidos fsicos elaboravam os mundos e as filosofias? Nem sequer podemos arquiv-los, piedosamente, tal como enterramos os corpos dos nossos mortos. Desfizeram-se eles, tambm, no impalpvel e no impondervel. Rodopiam hoje nos espaos infinitos, decompondo-se cada vez mais na ciranda interminvel dos motos vorticosos. A matria espiritualizou-se e escondeu-se no invisvel do movimento espiralado. De tudo sobre-resta o Esprito, a nica realidade, que foi entrevista h 4.600 anos pela intuio divinatria do Hermetismo, dois de cujos sete maravilhosos princpios nos ensinaram sempre, atravs dos sculos, que tudo mente e tudo vibrao. A novidade cientfica de hoje velha de quatro milnios e meio para as ridicularizadas cincias ocultas. Esta mesma concepo, a que a cincia chegou laboriosamente, e que no precisa ser encarecida, foi enunciada modernamente por Berkeley: nenhum objeto existe fora do esprito que o percebe. O mundo s se transforma em realidade visvel e tangvel porque preexiste em ns um Esprito imortal que o reflete conscientemente, dando-lhe nascimento e objetividade. Neg-lo seria contra-senso to grande como o de uma locomotiva em movimento que dispensasse a prvia existncia de um engenheiro-maquinista que a concebeu, a realizou e a guia. a subjetividade do Esprito que toma a objetividade do mundo uma realidade.
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Se os cultores da medicina, desde que esta Se emancipou da arte de barbear e aplicar bichas para se transformar na caudal imensa de conhecimentos biolgicos, foram, geralmente, os mais atrevidos negadores do Esprito, dentre eles alguns souberam, em todos os tempos, entrever o quid psquico, o psiquismo central e regulador, a prescincia de um desenho vital ou de uma ideia diretriz (Claude Bernard), capaz de explicar a imutabilidade do ser, o ritmo, o equilbrio, a reconstruo qumica dos tecidos a autodefesa da fagocitose. No sculo corrente, a medicina materialista socorre-se cada dia da transfuso de sangue, no qual existe a fora vital capaz de renovar as energias quase extintas de um doente in articulo mortis. Mas ainda se ri dos fluidos e dos passes magnticos que no concebe, porque ainda no se lhe abriram os olhos que veem no mundo espiritual. Neste domnio, no entanto, fazem-se transfuses de energias capazes de realizar milagres aparentes, tais como os que Jesus Cristo praticou, quando o doente soube ter f, quando soube concentrar e orientar, em determinado sentido, as foras magnticas teraputicas, que irradiam do nosso corpo espiritual. Dos supostos milagres que o Cristo teria realizado (menos o de ressuscitar o Lzaro, se as condies reais do morto eram as descritas il sent mal), o ceticismo de Renan modelo pelo qual se vestem muitos janotas da irreligio sorridente teve a coragem de afirmar: E quem ousaria negar que, em muitos casos, salvo o das leses perfeitamente caracterizadas, o contacto de um indivduo delicado valha tanto quanto o recurso das farmcias? Como enviado do Pai, Jesus Cristo, a Suprema perfeio humana, era manancial sublimado de fora curadora, chame-se-lhe a esta, como Mesmer, fluido magntico; com Barety, fora nurica; ou ectoplasma reparador, ou eletricidade vital, tornada transmissvel e irradivel. A discusso das curas pelo magnetismo foge a cincia materialista pelas portas da sugesto e da hipnose, rejeitadas ambas, durante muito tempo, pelas mais seletas academias. Como se a hipnose e a sugesto no se nos apresentassem como ldimas manifestaes anmicas, que alcanam o seu objetivo contrariando ou anulando as leis da matria, as leis da qumica e as leis da fisiologia. Se uma energia estranha ao quimismo celular, se uma energia supranumerria surge, de repente, no se sabe de onde, e desequilibra um sistema fechado de foras fazendo pender um dos braos da balana, como no admitir que qualquer coisa alterou o metabolismo, desobediente, agora, s leis que, antes, respeitava? A cincia materialista alega que Lick, Bonjour e Block, Goldscheider, During, Jules Cloquet, por ministrio exclusivo da sugesto, curaram quase todas as enfermidades. Esdaile usando passes magnticos, obteve analgesia para a execuo de 600 grandes intervenes cirrgicas. Apndices foram extirpados, sob anestesia... hipntica. Que esteve fazendo, durante todo este tempo, o onipotente metabolismo celular, o segregador do pensamento, no parecer da cincia sem Deus? Na realidade, a sugesto, a hipnose, os passes magnticos mobilizaram e orientaram uma energia csmica que interpenetra o corpo humano e capaz de se transfundir a outrem, restabelecendo ou opulentando a vitalidade das correntes fludicas, em cuja ao medicamentosa no acreditam os que negam a existncia do Esprito humano. Negam o animismo porque este implica a possibilidade do Espiritismo. Tais rebeldes so simples plagirios do Sr. Mabru, que emitiu o seguinte juzo a respeito do hipnotismo: No s a coisa no existe, mas tambm no pode existir. O axioma cartesiano Penso, logo existo eles o transformaram no absurdo: Penso, logo NO existo. Depois das palavras com que o esprito de Emmanuel consagrou o trabalho do confrade Wenefledo de Toledo, louvvel tentativa para instruir os seus colegas da mediunidade, era perfeitamente escusada a nossa intromisso no assunto. O autor insistiu: a culpa no nossa.. .
UMA EXPLICAO
No era nosso intuito publicar um livro. O nosso objetivo visava apenas ministrar algumas lies que esclarecessem os mdiuns passistas, sobre a importncia dos passes, quando aplicados com os conhecimentos da doutrina e da mediunidade curadora. Mas, instados pelos nossos confrades e mdiuns que se interessavam pelo assunto nos dispusemos sua publicao. Dizer das dificuldades que encontramos, dos adversrios implacveis que se puseram no nosso caminho desde o incio da ideia, no ao condizente de esprita, nem compatvel com o nosso ideal doutrinrio. Entretanto, para quem est com Deus, quem contra ele? No obstante as pedras de tropeo que se nos antolhavam irremovveis, fomos vencendo com pacincia e amor, e aqui estamos, meus estimados. irmos em nosso Senhor Jesus Cristo, trazendo este trabalho, cheio de suor e lgrimas nossas e de todos os nossos companheiros intimoratos, que lutaram denodadamente para que este livro fosse publicado. No uma obra para o pblico. Ela destinada to somente aos amigos e mdiuns curadores que desejarem aperfeioar-se na transmisso do passe. No visamos lucros de qualquer espcie com a sua tiragem, a qual foi patrocinada pelos confrades amigos, cujos nomes vo adiante enumerados. Os direitos autorais e demais proventos, foram doados a uma instituio esprita desta Capital, que deixamos de mencionar nominalmente, pela sua prpria vontade. No , por certo, um tratado perfeito. Porm, rogamos nos relevem as faltas notadas. Aqui est toda a nossa boa vontade de sermos teis aos nossos irmos da doutrina esprita, todo o nosso esforo e sacrifcio ingentes, para servirmos e no sermos servidos. Deus guarde a nossa sincera boa inteno, perdoe aos nossos inimigos e abenoe a todos que nos lerem. NOMES DOS COLABORADORES Humberto Ciasca, Jaime Rosenfeld, Clarisse Ribeiro, Roslia Mendes Dias, Josefina P. Gorga, I. Carvalho, Ari Carvalho, Rgio Pacca, Juraci Teixeira de Lima, Miguel Forti Melo, Walter de Luca, Teresa Storero, Iraci A. Carrijo, Natale Moreto, Leopoldo Dmo, ris Sinigalia Tavares, Martiniano Tavares, Jos Pereira Carvalho, Alberto Rauci, Maria V. Matos, Antnio Teixeira dos Santos, Maria Rita Chaves, Lourdes Neusa dos Santos Pereira, Centro Joo Evangelista de Jacarezinho Paran, Hebe Cafali, Jos de Paulo Carvalho, Joo C. Rossi, Maria Aparecida Galbarti, Ema Monaso da Silva, Henriqueta Moreira, Clotilde Weingril, Francisco P. da Silva, Sebastio C. Brito, Paulo Eugnio Reis, Olga Sinigalia, Frana Opeca Machado, Orlando Amarolo, Waldir de Oliveira, Antnio Xisto Braga, Vitor Ciasca, Incio Dal'Olio, Antnio Sabino, Oscar Camacho, Plinio Guirello, Humberto Face, Antnio Aguiar, Idalina Martins Costa, Onofre Vieira, Carlos Poledena, Agenor Baslio, Nelson Lbo de Barros, Agostinho Alberico, Francisco P. Andrade, Ldia Pastore, Lus Chiavelatti, Joo Nelson Fenech, Alcides B. Amorim, Benedita F. Ribeiro, Andra F. Fonseca, Lcio de MeIo Jnior, Luza Aquino de Toledo, Antnio Moura, Augusta Silvano Pinto, Nair Cabral, Joo Bovino, Roque Ferrara, Aldo Lus Gaspareto, Bruno Guirello, Fortunato R, Walter Pereira, Ansio L. Viana, Carmo Giovanetti, Orlando Liberatori, Lus Gonzaga Bistulfi, ngelo Cintra, Celso Bonfiglioli, Helena Borragina, Vicente Pereja, Emlio Noronha da Silva, Odete Guilarde, Francisco Gonalves Pereira, Julieta Conceio Nogueira, Eduardo Mandarino, Roberto Rodrigues, Gensio P. do Vale, Luiza Penteado Dutra, Joaquim Alves e Maria Auristela Pacca.
GRATIDO
Aos Espritos Mentores e Guias Espirituais que me assistiram para que esta obra fosse escrita e publicada, a minha eterna gratido em Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Margeando o grande crculo de dores, de angstias e de aflies que purificam a humanidade, encontramos, quase sempre, onde j est vicejando a seara do Divino Mestre, os annimos e abnegados obreiros passistas, na faina ingente para socorrer os irmos necessitados. Servos humildes do Senhor, praticando o bem pela caridade aos semelhantes, no cogitam das condies atmosfricas, no medem sacrifcios e do muitas vezes, aquilo que mais falta lhes faz na presente experincia terrena a sade. Do tudo sem nada pedirem. So os verdadeiros discpulos de Jesus Cristo que poro as mos sobre os enfermos e os curaro, como cita o evangelista Marcos. O mdium curador o tambm doutrinador, como se deduz do versculo de Lucas 10: 9, onde o Mestre recomendava pregar, e, depois de ter curado os doentes que na casa houvesse, dissesse-lhes: chegado a vs o reino de Deus. Pois, sem esta doutrinao, a cura seria momentnea, de efeito efmero. O doente curado e no doutrinado, to logo sinta-se restabelecido, esquece o sofrimento por que passou, retoma aos erros anteriores e atrai novamente a mesma enfermidade e, s vezes ainda, mais agravada. O doente no doutrinado nos ensinos de nosso Senhor Jesus Cristo, recebe a cura como se ela viesse puramente das mos de um mdico qualquer que, tendo-lhe pago o trabalho, nenhuma obrigao mais lhe resta. O salrio que Jesus cobra est no pagamento das nossas dvidas morais, na reconquista do nosso prprio esprito faltoso perante Deus, nosso Pai Celestial, onde provm a nossa elevao para os planos divinos. Eis porque o mdium curador est na obrigao de no cingir-se apenas a dar os seus bons fluidos, mas tambm doutrinar a si mesmo, pelo estudo, meditao e na prtica da caridade, com a f em Deus. Havendo sempre o joio no meio do trigo, vamos encontr-lo proliferando nefastamente na alma das aves de rapina, mercenrios sem escrpulos, que, mais so abutres impiedosos, devorando as migalhas santificantes, do que se fazer de bom samaritano, do Evangelho. Jesus Cristo, em diversas passagens do Evangelho, nos adverte contra eles: Casas caiadas de branco, lobo com peles de ovelhas, ladro e salteadores que entram pela janela, explorando a simplicidade dos humildes necessitados. Exploradores em benefcio prprio, da boa f alheia, os h em toda parte, sempre em nome de nosso Senhor Jesus Cristo! Usufruindo de um dom que lhes veio de graa! Pobres amigos, grandes penas os esperam. Todo mdium que emprega a sua mediunidade, seja ela qual for, na prtica remunerada, que no seja unicamente pelo desejo de servir sem esperar recompensa de qualquer espcie, seja dos homens ou de Deus, est incurso nos Evangelhos: Quem semeia, somos ns, mas quem colhe Deus Pai, Todo-poderoso. Entretanto, digno o obreiro do seu salrio. E todos recebero o seu galardo de acordo com as suas obras. Porm, o Maligno no dorme e onde estiverem semeando trigo, esperem a visita dos inimigos do Bem, Orai e vigiai, para no cairdes em tentao. Ele vai sutilmente se infiltrando, procurando sorrateiramente Os pontos mais vulnerveis do mdium, a premncia da sua necessidade material, o elogio da grande qualidade medinica espicaando a vaidade, a fingida obsequiosidade muito agradecida de um presentinho modesto, amanh um punhado de cruzeiros para recompensar o transporte e, tantas vo e vm que, quando o imprevidente mdium se aperceber do erro, j est irremediavelmente enredado nas malhas dos maus espritos. Desceu muito na profundidade do abismo e agora se acha nas escarpadas infernais; olha para cima arrependido, na esperana de poder regressar s culminncias de onde veio, e a tristeza
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angustiosa o invade, porque, a descida foi quase imperceptvel, mas, a subida... Como poderia vencer as grotas nvias e os rochedos traioeiros? E a risada rouquenha do Maligno vitorioso, ecoa pelos rinces escuros, como resposta ao infeliz mdium torturado, que se debate na solido das florestas, sem um amigo, sem um socorro, porque no os conquistou na terra. Mas, ningum fica rfo; temos um Pai Amigo, e para irdes a Ele, procurai Aquele que diz: Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida, Mdiuns curadores! Lembrai-vos de Judas Iscarites quando lhe foi dito: que no te seja pesada a tua bolsa... WENEFLEDO DE TOLEDO
MDIUNS PASSISTAS
(Calcado sobre o livro Missionrios da Luz, de Andr Luiz, pgina 320, psicografado por Francisco Cndido Xavier.)
Sendo o nosso trabalho sobre PASSES, e todo ele baseado nos ensinos espritas, no podamos deixar de trazer para os nossos amigos esta pgina do livro Missionrios da Luz, onde encontramos com absoluta clareza e preciso uma orientao sumamente esclarecedora. Atentemos para esta advertncia: Para ser mdium passista, exige-se muito critrio e responsabilidade. Isto dito pelo Esprito de Andr Luiz deveria calar fundo no ntimo de todos os mdiuns que se aventuram a transmitir passes, sejam ou no espritas. CONDIES BSICAS O mdium passista para que seja de fato um mdium passista, precisa estar integrado nos seis itens que enumeramos dos ensinos de Andr Luiz, como segue: . . . na execuo da tarefa que lhe est subordinada, no basta a boa vontade, como acontece em outros setores de nossa atuao. Precisa revelar determinadas qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados. O servidor do bem, mesmo desencarnado, no pode satisfazer em semelhante servio, se ainda no conseguiu se manter em padro superior de elevao mental contnua, condio indispensvel exteriorizao das faculdades radiantes. O missionrio do auxlio magntico na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita: 1o ter grande domnio sobre si mesmo, 2o espontneo equilbrio de sentimentos, 3o acentuado amor aos semelhantes, 4o alta compreenso da vida, 5o f vigorosa, 6o profunda confiana no Poder Divino. (Fizemos esta diviso em seis partes, para torn-la mais apreensvel pela nossa capacidade de assimilao.) Cumpre-nos acentuar, todavia, que semelhantes requisitos, em nosso plano, constituem exigncias a que no se pode fugir, quando na esfera carnal a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficincia, o que se justifica, em virtude da assistncia prestada pelos benfeitores de nossos crculos de ao ao servidor humano, ainda incompleto no terreno das qualidades desejveis. Ouvindo as consideraes do orientador, lembrei-me que, de fato, vez por outra, viam-se nas reunies costumeiras do grupo os mdiuns passistas, em servio, acompanhados de perto pelas entidades referidas. Os encarnados, de modo geral, poderiam colaborar em semelhantes atividades de auxlio magntico?
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(Esta pergunta a que todos ns faramos e a resposta no poderia ser mais elucidativa, seno, vejamos): Todos, com maior ou menor intensidade, podero prestar concurso fraterno, nesse sentido, porquanto revela a disposio fiel de cooperar a servio do prximo, por esse ou aquele trabalhador, e as autoridades de nosso meio designam entidades sbias e benevolentes que orientam, indiretamente, o nefito, utilizando-lhe a boa vontade e enriquecendo-lhe o prprio valor. So muito raros, porm, os companheiros que demonstram a vocao de servir espontaneamente. Muitos no obstante bondosos e sinceros nas suas convices, aguardam a mediunidade curadora, como se ela fosse um acontecimento miraculoso em suas vidas e no um servio do bem, que pede do candidato o esforo laborioso do comeo. Claro que, referindo-nos aos irmos encarnados, no podemos exigir a cooperao de ningum no setor de nossos trabalhos usuais; entretanto, se alguns deles vem ao nosso encontro, solicitando admisso s tarefas de auxlio, logicamente receber nossa melhor orientao, no campo da espiritualidade. (Observemos mais esta pergunta, que muitas dvidas pode tirar): Ainda que o operrio humano revele valores muito reduzidos, pode ser mobilizado? Perfeitamente. Desde que o interesse dele nas aquisies sagradas do bem seja mantido acima de qualquer preocupao transitria, deve esperar incessante progresso das faculdades radiantes, no s pelo prprio esforo, seno tambm pelo concurso do Mais Alto, de que se faz merecedor . (Outra pergunta que faz boa orientao.) Quando encarnados, como poderemos desenvolver a capacidade radiante, depois da edificao de nossa boa vontade real, a servio do prximo? Conseguida a qualidade bsica (que enumeramos em seis itens acima), o candidato ao servio precisa considerar a necessidade de sua elevao urgente para que as suas obras se elevem no mesmo ritmo. Falaremos to s das conquistas mais simples e imediatas que deve fazer, dentro de si mesmo. Antes de tudo, necessrio equilibrar o campo das emoes. No possvel fornecer foras construtivas a algum, ainda na condio de instrumento til, se fazemos sistemtico desperdcio das irradiaes vitais. Um sistema nervoso esgotado, oprimido, um canal que no responde pelas interrupes havidas. Aqui, tambm, enumeramos as trs causas ( para que fiquem bem gravadas) seguintes: 1o a mgoa excessiva, 2o a paixo desvairada, 3o a inquietao obsidente, que constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadores. Por outro lado, preciso examinar as necessidades fisiolgicas, a par dos requisitos de ordem psquica. A fiscalizao dos elementos destinados aos armazns celulares indispensvel, por parte do prprio interessado em atender s tarefas do bem. O excesso de alimentao produz odores ftidos, atravs dos poros, bem como das sadas dos pulmes e do estmago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto provocam dejees anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrointestinal, interessando a intimidade das clulas. O lcool, o fumo e outras substncias txicas operam distrbios nos centros nervosos, modificando certas funes psquicas e anulando os melhores esforos na transmisso de elementos regeneradores e salutares. Levada a efeito a construo da boa vontade sincera, o trabalhador leal compreende a necessidade do desenvolvimento das qualidades a que nos referimos, porquanto, em contato incessante com os benfeitores desencarnados, que se valem dele na misso de amparo aos semelhantes, recebe indiretas sugestes de aperfeioamento que o erguem a posies mais elevadas. Qualquer mdium ainda que de mediana cultura poder compreender o que disse Andr Luiz e, guiado pelas suas instrues, encetar a sua prpria reforma, para transformar-se num verdadeiro trabalhador de Jesus Cristo. No se encontra roteiro mais seguro para quem deseja evoluir na medi unidade curadora. So explicaes que se encontram no captulo Passes do livro citado, edio da Federao Esprita Brasileira.
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INTRODUO
A mediunidade curadora uma faculdade conquistada pelo Esprito e concedida por Deus aos homens, de onde se infere que ela nasce, no se faz. conhecida atravs de todos os tempos, desde a antiguidade at os tempos atuais, tendo se firmado no conceito dos povos com a passagem do Cristo pela Terra. Entretanto, em virtude do avano da arte de curar, no terreno cientfico, os mdiuns curadores foram se apagando aos poucos, permanecendo, contudo, a boa vontade no esprito caritativo das criaturas bem intencionadas. No obstante, sempre se fez sentir a ao nefasta da infiltrao de espritos pouco esclarecidos. Graas, porm, ao surto esprita que em ondas benfazejas cobre o mundo presente, os mdiuns curadores tm se mostrado com mais frequncia, sendo assinalados em quase todas as casas espritas e grupos particulares. Ao traarmos este roteiro para os mdiuns passistas que esto integrados na prtica de fazer o bem aos semelhantes, no nos move outro intuito seno o de servir aos nossos irmos possuidores daquela sublime faculdade, que a de curar os enfermos e consolar os aflitos nas suas angstias. Pois, entristecedor depararmos com mdiuns dedicados na transmisso de fluidos curadores e no entanto, obtendo o mnimo de benefcio ao seu assistido, quando poderia, com o imprescindvel preparo do seu desenvolvimento medinico, produzir curas maravilhosas, atuando isoladamente ou no conjunto das sesses espritas. A coluna mestra de amparo ao mdium precisa apoiar-se na insofismvel confiana em Deus. Um mdium aptico, que tem a mente conturbada pela desarmonia psquica, cujos pensamentos no podem manter firmeza absoluta na concentrao com os Poderes do Altssimo, nada tem e nada poder receber. E que bem poder dar ao sofredor, se nada possui e nada recebeu? Ainda que a sua vontade tenha a fora dos grandes Espritos, mas se ele se emaranha no cipoal das dvidas, permitindo que foras inferiores se canalizem nas suas vibraes, um instrumento fracassado, ainda que seja momentaneamente. Ora, se o trabalho fosse desenvolvido sob a Inspirao Divina e seguisse os fios magnticos que estabelecem a ligao com o Senhor e Mestre Jesus, receberia em retorno, como uma cascata de luz, as graas do Eterno Doador de Bnos. No recomenda o Mestre: Pedi e obtereis? Portanto, no vacile, pea, confie sempre e espere, que receber. O mdium curador, que no tem confiana na sua faculdade de curar, imerso em vontade duvidosa, fica impossibilitado de obter qualquer efeito curativo ou mesmo o mais insignificante alvio ao seu pobre paciente. Mas esta situao no perdurar muito se o mdium estiver sob a proteo de algum Centro, Grupo ou Ncleo esprita bem orientado. Os Mentores Espirituais dessas oficinas do Mestre Amado, no deixam rfos os filhos de Deus e buscam recursos os mais diversos para atenderem aos seus irmos necessitados. Ainda mesmo que todos os recursos falhem pela dureza do mdium, no podendo fazer-se sentir pelos seus pensamentos, os Guias usaro outros instrumentos como intermedirios diretos e faro chegar sua mente os conselhos necessrios reconduo da harmonia vibratria. Desta forma, retoma ele confiana em Deus, uma vez que o mdium no se entregue s foras inferiores por vontade prpria, encontrando satisfao nas suas torpezas. Da fora de vontade gera a reao. Reagindo, o mdium comea imediatamente a perceber que est sendo atendido atravs de fluidos emanados pelos bons Espritos assistentes daquela casa de caridade, que, embora quase imperceptveis aos sentidos materiais os auxlios prestados, ele vai readquirindo, assim, a capacidade de emitir tambm os fluidos finos curadores. A Misericrdia Divina prdiga e no falha nunca aos servidores do bem. D muito para salvar um pecador das garras dos inimigos da luz. E no conhecemos ns pelos ensinos de Jesus Cristo que h mais festa no cu pela chegada de um pecador do que por 99 justos? bastante o mdium adquirir a confiana perfeita de que est sob a proteo do Senhor e Mestre e trabalhar confiantemente. Se nada ou pouco produzir, a culpa no lhe cabe; a sua tarefa foi bem cumprida com amor e dedicao. A falta, se houve, fica por conta de outro devedor, mas no o mdium. A semeadura nossa, mas, a colheita, pertence ao nosso Pai que est nos cus.
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REFORMA MORAL
As Condies Bsicas para a evoluo espiritual, e, muito especialmente, para os mdiuns curadores, como j estabeleceu Andr Luiz em ponto anterior, residem na reforma moral, insofismavelmente, seguida pelos esclarecimentos intelectuais.
E como encetar a caminhada? Por onde comear a subir o primeiro degrau da escada evolutiva? No se perturbe o vosso corao, dizia o Messias de Deus aos seus apstolos. Procura a Luz do mundo, que o Mestre, como ensinava Joo Batista, e traze-A para dentro do teu corao e segue com Ele o roteiro evanglico em direo s esferas sublimadas. Pela estrada, v despindo o homem velho e vestindo o homem novo, como ensinava Paulo de Tarso, para depois, se integrar na f e nas obras enaltecedoras dos espritos elevados. O primeiro passo para a reforma moral est no bom combate, segundo ainda o apstolo dos gentios, aos seus prprios vcios e defeitos, vencendo-os com persistncia e tenacidade, intransigentemente consigo mesmo. Antes, vena os vcios da carne, esses desejos muitas vezes incontidos; depois, as imperfeies morais que desequilibram o esprito, at chegar limpeza completa afastando os inimigos, ainda mesmo que seja em vidas sucessivas. Os espritos destes tempos so os seguidores cristos dos templos do Caminho, como eram chamados os discpulos de Jesus Cristo na primeira era crist, vindos terra com a misso de recristianizar a humanidade, disseminando a Terceira Revelao. Urge se compreenda que, sem a iniciao convicta nos Evangelhos do Mestre, exemplificada em obras, jamais se constar a evoluo espiritual. Entretanto, para exemplo nosso, h pessoas incultas, sem preparo intelectual nem religio, que praticam o Evangelho intuitivamente, por palavras e obras com to acentuada caridade e amor, que chegam a confundir os mais eminentes cientistas, telogos e santos servidores do bem. So verdadeiros analfabetos no plano terreno porm sbios nas esferas superiores, que assimilam os ensinos do Mestre pela compreenso da necessidade do prximo. E praticam a caridade apenas pelo instinto de fazer o bem. Deduz-se, assim, que a elevao espiritual no est na cultura intelectual, nem na evanglica, mas nos valores do corao, conquistados nesta ou em outras vidas pretritas, no campo de servios prestados aos semelhantes. O mdium curador para melhor poder servir ao enfermo, no deve desconhecer que antes de doutrinar seu irmo para a reforma moral, necessrio se toma que, primeiro, doutrine a si
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mesmo. Os muitos insucessos e mesmo fracassos, devem os mdiuns sua prpria imprevidncia no terreno moral. Colocar pesados fardos nos ombros alheios, quando no nosso no suportamos nem uma grama, como adverte o Mestre, no ao de um bom mdium. Ademais, que moral pode pregar quem no a tem? A palavra que sai da boca de quem no tem moral, como a comida fraca que no alimenta, por muito que se coma. A multido continuar mais faminta ainda. A palavra que no sai da boca impregnada de moral s, no possui o sal da terra, que o magnetismo pelo ensino contagioso, capaz de envolver todos os ouvintes nas ondas vibratrias dos bons sentimentos. Quem ouve a palavra que prende e eleva sem magnetismo so, ouve-a na hora somente para logo depois esquec-la. No alimenta nem mata a sede do esprito. Cura-te primeiro para depois curares os teus. Deixai frequentem ente (ensina Leroy Berrier, em suas lies sobre magnetismo), que se manifeste o amor e a bondade em vossos pensamentos, palavras e atos e, vossas capacidades aumentaro. Fazei intervir vossa vontade e aplicai-vos a amar tudo o que vos cerca. Quando apertardes a mo de uma pessoa tende o sentimento de que o amor e a bondade afluem para este ato, emanando de vosso ser. Perseverai e o vosso poder de amar crescer. Procurai encontrar tudo o que bom e amvel naquele com quem tratais e vosso amor se desenvolver. Se desejais atrair coisas inanimadas, amai-as to ardentemente que vosso amor reaja sobre vs mesmo.
AURA HUMANA
O homem constitudo por trs elementos: Esprito, Perisprito e Corpo, os quais atuam inseparavelmente na harmonia do conjunto entre si. O Esprito a centelha divina que atua no corpo atravs do perisprito como a eletricidade atua na lmpada atravs do fio condutor. O perisprito o duplo fludico formado de energia semi-condensada do corpo humano que age como intermedirio entre o Esprito e o corpo. O Corpo carnal a matria condensada que serve de ambiente vital para o Esprito, que o dono da casa com poderes intransferveis de propriedade, sofrendo apenas as influenciaes exteriores. Este corpo que mantido em equilbrio pela atuao das foras centrfugas e centrpetas (vide figs. 2 e 31) gera em torno de si uma luz esbranquiada que o resultado da energia em movimentao, formando a aura material do corpo (fig. 78). Esta aura acrescida das vibraes dos pensamentos humanos forma a chamada aura espiritual do homem (fig. 2).
2 Atmosfera fludica do homem 3 Luz amarelo-alaranjada do esprito quando em vibraes provindas de altas esferas espirituais RAIOS DE INFLUENCIAES Descem sobre a fronte humana, em cada minuto, bilhes de raios csmicos, oriundos de estrelas e planetas amplamente distanciados da Terra, sem nos referirmos aos raios solares, calorficos e luminosos, que a cincia terrestre mal comea a conhecer. Os raios gama, provenientes do radium que se desintegra incessantemente no solo e os de vrias expresses emitidas pela gua e pelos metais, alcanam os habitantes da Terra pelos ps, determinando considerveis influenciaes. E em sentido horizontal, experimenta o homem a atuao dos raios magnticos exteriorizados pelos vegetais, pelos irracionais e pelos prprios semelhantes. (Extrado de Missionrios da Luz pelo Esprito de Andr Lus, por Francisco Cndido Xavier.)
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COLORAES DA AURA (fig. 2) A aura humana modificada instantaneamente pelas qualidades dos pensamentos emitidos numa alternativa de relmpagos sucessivos, embora algumas possam fazer pausas mais prolongadas. A fim de conhecermos mais ou menos as nuances que as auras apresentam nas suas cores cambiantes, vamos dar um quadro demonstrativo, mais com o objetivo de orientar do que de afirmar, no indo nisto nenhuma presuno da verdade, mas, para servir aos que tenham a mediunidade de vidncia e queiram aprofundar-se no estudo. AZUL indica sublimao de Esprito. ALARANJADO indica ambio e orgulho. VERMELHO indica paixes violentas, raiva, sensualidade. CARMIM indica afeio, amor. A rsea a mais bela. VERDE indica engano, artifcio e aspereza. VERDE-ESCURO inveja, cime, doena fsica. VERDE-CLARO indica polidez, calma e brandura. CINZENTO indica depresso, tristeza e egosmo. CINZENTO-ESCURO indica hipocrisia, mentira. CINZENTO-CLARO medo, dvida e vacilao. PRETO dio, vingana e ao malfica. BRANCO-AZULADO indica pureza, amor e caridade. Estas vibraes de cores que so os produtos das vibraes do homem, so a sua ficha de identificao perante os Mentores Espirituais. Embora tenhamos dado uma plida ideia sobre a colorao das auras, temos a certeza de que no nos distanciamos muito da realidade. Uma coisa podemos afirmar com segurana e experincia prpria: elas existem, atestando a posio evolutiva de cada um. (Veja-se fig. 2.) LEI DO EQUILBRIO O equilbrio do corpo (fig. 1) est em relao direta com a harmonia do esprito. Sem uma coisa no existe a outra. O nosso globo terrestre vive em harmonia com os outros astros, em cuja vida est entrelaado. Se porventura ou pelo desgnio de Deus, cessassem os movimentos do globo, a terra seria imediatamente desintegrada, uma vez que as correntes de energia que o sustm ficariam paralisadas. O mesmo suceder ao corpo do homem encarnado quando na terra. Desintegra-se para voltar energia csmica. Tudo mantido pela lei do equilbrio atravs da energia fludica, desde o Planeta at os menores corpos atmicos. Corpos inertes no existem, pois so mantidos pela energia vibratria de suas molculas. Tudo energia fludica (fig. 1). Na lei dos contrrios encontramos perfeita exemplificao que nos elucida claramente. Qual o resultado dos contrrios positivo e negativo aplicados em eletricidade? a luz. Qual o resultado da aproximao do bem sobre o mal? a perfeio. Onde no h equilbrio no pode haver harmonia. E esse equilbrio mantido pela movimentao das correntes centrfugas (fig. 2 letras L-M) (de dentro para fora) e centrpetas (fig. I letras J-K) (de fora para dentro), atravs das linhas de foras vitais (fig. 2 letras F e J) alimentadas pelo magnetismo positivo e negativo, isto , foras provindas do Cu e da Terra. No espao onde se mantm a atmosfera fludica em que vive o homem, as linhas de foras paralelas e horizontais se cruzam com as linhas de foras paralelas e verticais, demarcadas pela linha mediana vertical que divide o homem em duas metades exatas como tambm pela linha mediana transversal, em cujo meio repousa o centro mediano do corpo (fig. 1), que fica na regio umbilical. O homem mistura do globo terrestre, com os seus eixos polares, na linha mediana, o equador na linha horizontal, com as correntes centrfugas e centrpetas em movimento contnuo, incessante, no equilbrio universal (fig. 2). A harmonia dessas correntes electromagnticas que mantm o equilbrio dos corpos
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fsico e espiritual, ou corpo perispiritual (fig. 2). Do corpo fsico emana uma luz clara, difana, levemente brilhante em ondas vibratrias, que a irradiao magntica da matria, peculiar a todos os corpos (fig. 75). J no homem, alm dessa irradiao fludica, juntam-se outras. Do perisprito, por exemplo, saem vibraes coloridas em variados matizes, devidas ao reflexa dos sentimentos manifestados, formando uma zona ovalada, luminosa, em tomo do corpo fsico, limitando assim a atmosfera em que vive o homem, sem prejuzo, todavia da sua expanso, quando purificado em elevao divina (fig. 2). FORA MAGNTICA O homem vive atravs de trs foras conjugadas, que so: VONTADE PENSAMENTO AO. A vontade a energia que comanda a trajetria do desejo. O pensamento fora viva que manipula a forma pelas ideias. A ao o impulso dado para a direo que o pensamento marcou. A fora magntica inata no homem. Todos os corpos a possuem, em maior ou menor escala, porm o seu desenvolvimento ou seja o seu desdobramento em potncia, s se obtm mediante exerccios consecutivos na meditao e grande fora de vontade empregada na reforma moral. No obstante, h homens despidos de qualquer evoluo superior e que so dotados de imensa fora magntica. Essa congenitura pertence Suprema Sabedoria, na razo dos crculos das aquisies. A fora magntica tem duas funes: atrao e repulso. Ela se .distingue pela qualidade boa ou m que emite nas diferentes influenciaes que exerce sobre o homem, em virtude das variadas preferncias da humanidade. O fato que todos a tm (fora magntica) e est ela sendo empregada em algum sentido, para proveito prprio ou de outrem. Em seu livro Magnetismo Pessoal, diz Heitor Durville: Os nossos pensamentos mais simples, em aparncia, influem sobre ns e sobre os que nos rodeiam, contribuindo, assim, em uma certa medida, para a nossa felicidade ou infelicidade. Os pensamentos que emitimos com persistncia, apegam-se-nos atraindo outros da mesma natureza. Assim, se emitimos pensamentos de bondade e benevolncia, atramos de fora pensamentos anlogos, e ganhamos ao mesmo tempo, a confiana e simpatia dos que so bons e benevolentes; ao passo que, se no pensamos seno em perseguio, dio, vingana, cime, atramos, sem dvida, pensamentos desta natureza, que vm entreter e mesmo engrossar a nossa aura. Por outra parte, afastando de ns os que nos poderiam ser teis, atramos os manacos, os importunos, os maus e confirmandose, assim, a mxima de que os semelhantes atraem os semelhantes. (Vide fig. 31) Destes ensinos destaca-se que se a lei dos contrrios mantm o equilbrio do corpo fsico por foras que se repelem entre si, o equilbrio do Esprito est condicionado lei da atrao mtua dos semelhantes. PREPARO DO CORPO FSICO At aqui seguimos o preparo moral do mdium curador. Vamos agora repassar em sntese o estudo sobre o preparo do corpo fsico. Ensina-nos o Mestre Jesus Cristo que o corpo um vaso divino pelo qual somos responsveis perante Deus, a quem temos que prestar contas do bom ou mau uso que dele tenhamos feito durante a existncia terrena, bem como dos cuidados que deixamos de dispensar-lhe para mant-lo em condio salutar. Segundo os espritos doutrinadores de elevada categoria, as tentaes penetram no homem mais comumente pelo crebro, estmago e pelo sexo. So as maiores portas sempre abertas, vulnerveis portanto s ms influncias. Ora, se sabemos que o mal entra por elas por que mant-las abertas, num convite ostensivo s foras inferiores? No lgico que as mantenhamos fechadas? e as chaves? perguntaro alguns imprevidentes. No difcil encontr-las. Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, disse o Senhor, completando: ningum ir ao Pai se no passar por mim. As chaves esto na conscincia dos homens. Na regio do estmago, conhecemos o efeito da fome desde a vida fetal, nos. impelindo
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para a nutrio das clulas que se vo formando. Mas, se ali impera puramente o instinto da alimentao, aqui se lhe ajuntam outros instintos imperfeitos e a fome vem ficar responsvel como principal tentadora de gravssimos erros, arrastando o homem a cometer os maiores desatinos perante Deus e a sociedade. pelo estmago que a maioria dos homens se intoxica atraindo enfermidades destruidoras dos rgos e o que pior, dando ensejo para que perturbadores fludicos, provindos de esferas inferiores, se alojem no tubo digestivo e glndulas, desequilibrando, assim, o prprio esprito (fig. 71). Na esfera sexual encontramos outros fatores que determinam o rebaixamento do homem at condio de animais irracionais, praticando atos que a estes so desconhecidos, em virtude das ms influncias obsessrias a que se entregam. Por mais incrvel que parea, o homem abusa do sexo, desprezando as finalidades divinas para que fora criado, praticando atos to perversos e abominveis que maculam o esprito para muitas existncias porvindouras. Tentaes h em toda parte. Basta que o padro vibratrio desa a escala inferior harmonizando-se com os depravados e encontrar por certo o que procura. Porm, lembremos de que ningum ficar devendo. Ser cobrado ceitil por ceitil. Ento, para uns, as lgrimas levaro muito tempo para lavar as impurezas da conscincia, at que chegue o arrependimento sincero, enquanto que para outros, inconformados, sero ainda mais chicoteados pelo dio, revolta da situao angustiosa que eles mesmos criaram para o futuro espiritual. No crebro esto os geradores psquicos que engendram mrbidas manifestaes de dio, cimes, vinganas cruis, impulsionados pelos violentos desejos da carne, posse e ambio desmedidas, trazendo as consequncias mais desastrosas possveis. Sobre este assunto, meditemos com o Esprito amigo de Andr Luiz, psicografado pelo mdium Francisco Cndido Xavier: H pequeninos prazeres que maneira de micrbios violentos e perseverantes que nos desintegram o envoltrio fsico, nos intoxicam a alma e lhe destroem as mais santas esperanas. Todos ns somos dnamos, vivendo nos mais remotos ngulos da vida, com o Infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente. Nossas atitudes e deliberaes, costumes e emoes criam cargas eltricas de variadas expresses. O uso do lcool estabelece raios entorpecentes. O uso do lcool forma elementos intoxicantes. O uso do fumo arremessa raios venenosos. A clera forma nuvens de princpios destruidores. A maldade projeta dardos de trevas. O cime uma tempestade interior. A inveja atmosfera enregelante. O egosmo o casulo da sombra. A conversao indigna pasto de entidades viciosos.(1) A queixa traduo de ociosidade. O abuso sempre inclinao da alma ou queda do sentimento no precipcio. A obra de Jesus pede amor e colaborao, bondade e devotamento. Se pudermos trazer ao Apstolo do Evangelho semelhantes bens, avancemos, confiantes e alegres para o trabalho com Cristo, mas, se nosso corao ainda est paraltico no velho catre da discrdia e do personalismo inferior, abstenhamo-nos de perturbar a movimentao dos semeadores do Infinito Bem, a fim de no nos convertermos em pedras de tropeo na jornada de nossos irmos para Deus. Estas regras constituem orientao aconselhvel a todos os mdiuns curadores bem como a todos os homens de boa vontade, que desejam aperfeioar-se na caridade aos sofredores, marchando para a sua evoluo divina. Tornam-se eles doadores de bons fluidos, como h os doadores de sangue aos enfermos esgotados. So os que alimentam os necessitados e carentes de ajudas, como as flores que alimentam as vespas famintas de mel. Se nos fosse possvel ver com
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N. - O grifo nosso. 19
os olhos mortais o enxame de espritos vidos sequiosos de alvio para os males que os atormentam, esvoaando como as abelhas em torno do mdium, causaria verdadeira alucinao coletiva. Eles so Espritos enfraquecidos pela imperfeio e abuso dos sentidos, quando em experincia terrena e que vivem agora no estado errante procura da misericrdia divina. Possuindo os mdiuns curadores os fluidos suaves que amenizam as suas feridas, ocorrem em chusma ansiosos para poderem receber um pouco das suas virtudes. So como as vespas famlicas a procura de alimento. Entre os espritos carentes de socorro que procuram o mdium curador, infiltram-se os mal intencionados, maldosos e maliciosos, inimigos, invejosos cujo objetivo nico por despeito ou maldade, fazer o mal. Compete ao mdium estar sempre vigilante, cerrando suas portas a eles, quer sejam encarnados ou desencarnados. Todo mdium, em trabalho ativo, tem como auxiliares Espritos instrudos Luz Divina, em vrios conhecimentos sob a direo de outros Espritos Guias ainda mais esclarecidos que atendem e sustentam os servidores do bem em todas as situaes, quer seja material ou espiritual, protegendo-o contra todos os ataques do mal. Na proporo que o mdium avana em iluminao prpria, conquistando novos degraus na escala evolutiva, outros mentores espirituais de hierarquia mais superior vm em seu auxlio, para ministrar instrues mais elevadas. O medianeiro curador canal especializado no servio de socorro, devendo estar sempre em boa harmonia vibratria para atender ao trabalho socorrista que se lhe apresente em qualquer parte, lugar e hora. O AUTOR
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LIO PRIMEIRA
LIGEIRAS NOES DE ANATOMIA Noes ligeiras sobre anatomia humana. Vantagens desse estudo para esclarecimento dos mdiuns curadores. Desenhos ilustrativos. Sua importncia para diagnstico das doenas. o o o Embora parea suprfluo algum conhecimento sobre anatomia humana para os mdiuns curadores, no o dispensamos, pois de grande importncia para esclarecimento dos diagnsticos. A necessidade do mdium passista saber localizar e designar o rgo no corpo humano est justamente na aplicao dos fluidos, onde haja preciso de mais forte atuao magntica, ou onde sejam apenas teis para a disperso. Os mdiuns curadores so tambm, s vezes, videntes, e esta qualidade ajuda muito nos trabalhos, para orientao do tratamento a seguir. E, mesmo quando no o so mas tm boa assistncia espiritual, os Guias completaro a deficincia medinica at onde lhes seja possvel, principalmente na indicao dos rgos afetados, tais como ossos, msculos, nervos, glndulas ou vsceras. V-se, portanto, que o estudo, no obstante superficial, sobre anatomia, um grande auxiliar dos mdiuns curadores, pois facilita descrever com segurana no s o rgo doente como tambm diagnosticar a enfermidade, dando desta forma orientao mais segura para o tratamento. ESQUELETO HUMANO E SUA NOMENCLATURA
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Seria demasiado exigirmos dos nossos mdiuns um curso acurado sobre anatomia. Entretanto, preciso conhecer todo o esqueleto e os seus ossos de per si, como tambm sua posio e localizao. No desejamos nenhum perito, queremos, porm, que saibam o bastante para indicar, quando necessrio, onde est localizada a enfermidade e em que rgo. Por exemplo, o doente diz: sinto uma dor no peito. O mdium concentrado, procura pela vidncia, onde est a possvel enfermidade. Uma vez senhor do campo, pela forma fludica, est capacitado para determinar em que rgo est o mal, e, no raro, o gnero da enfermidade. Quando isto no acontea, pela ligao fludica que emana da doena com os fluidos irradiados do mdium em concentrao, este poder perceber onde est a origem causadora do desequilbrio orgnico. Ainda se isso se der, o mdium sintonizado com as correntes vibratrias espirituais poder receber por intuio. Eis porque insistimos em que os mdiuns curadores e passistas necessitam possuir alguns conhecimentos sobre anatomia humana, tanto do esqueleto, ossos, glndulas, como da circulao sangunea e seus vasos. Foste conhecimento facilitar em meio a tarefa do mdium como poderoso auxiliar no diagnstico, aplicao teraputica dos fluidos e at prognsticos. O esqueleto humano, conforme est disposto na figura 3, deve ficar impresso na mente do estudante, guardando o mais possvel os detalhes e a posio dos ossos bem como suas articulaes correspondentes, para facilitar a citao das enfermidades. Visto o esqueleto, vejamos os rgos e aparelhos. CRNIO (cabea)
Figura 4
Esqueleto da cabea, 1 frontal; 2 occipital; 3 esfenoide; 4 parietal; 5 poro escamosa do temporal; 6 apfise mastoide do temporal; 7 orifcio do conduto auditivo externo; 8 etmoide; 9 mandbula; 10 maxilar superior; 11 maior; 12 nasal; 13 lacrimal.
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Sendo o aparelho digestivo um conjunto de rgos muito importantes em relao mediunidade, em virtude da sua intimidade com o sistema vegetativo (nervo grande simptico e parassimptico), observemo-lo desde a boca at o reto, no trnsito de toda a digesto, at a expulso dos resduos inaproveitveis da alimentao.
Os intestinos, grosso e delgado, tm grande influncia na mediunidade, visto ser ali onde atuam os vampiros vermnicos, sugando a vitalidade orgnica dos mdiuns sem preparo. As mais variadas formas de vermes intestinais, tanto materiais como fludicas, perturbam a vida dos mdiuns atravs desses rgos da digesto, uns agindo juntamente com a flora microbiana interna e outros em forma fludica (insetos e vermes), os mais horrendos e venenosos.
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APARELHO URINRIO
O aparelho urinrio formado como est no esquema acima, figura 9, constitudo de: RINS, CANAIS URETRAIS e a BEXIGA. Os males que atacam o aparelho urinrio, manifestam-se por mltiplas formas, muitas vezes ligados s extremidades do aparelho digestivo. Este influencia por reflexos enfermios, a distncia, os rgos vizinhos.
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Salientando estas importantes partes do esqueleto, assinalemos as vrtebras cervicais ao nvel das quais fica o Plexo Cervical. A Clavcula orienta o alojamento do Plexo Braquial na altura dos ombros. A armao das clavculas protege os pulmes; o EXTERNO nos orienta para o Epigstrio que tem muita importncia nos passes aplicados no abdmen. Ainda no tronco distinguimos as VRTEBRAS LOMBARES dentro das quais se encontra a medula espinhal, tambm de grande importncia nos passes, por ser o lugar onde se acumula grande massa fludica de ao malfica. VISTA LATERAL DO TRONCO
Nesta gravura salientam-se as regies das vrtebras cervicais, das vrtebras lombares e do osso sacro, onde devem atuar os passes com aproveitamento, de acordo com a teraputica fludica, devido localizao dos plexos correspondentes. (Vide fig. 25.)
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ESTUDO DO ESTMAGO
Sendo o estmago outro rgo de grande atividade na digesto, no poderamos passar adiante sem dele falarmos o bastante para explicar a sua posio no aparelho digestivo. No lado direito, superior, temos o fgado. No lado esquerdo, temos o bao. Embaixo do estmago, est o pncreas, em correspondncia com o clon transversal do intestino grosso. A posio em que esto Estes rgos deve ficar gravada com o mdium passista, visto que, ficando o plexo solar atrs do estmago, tem Ele muita influncia nessas glndulas, com irradiao para os intestinos. ESTUDO DO FGADO
O fgado est situado cio lado direito do abdmen, um pouco acima do estmago; em ntima correspondncia com os seus rgos vizinhos e o aparelho digestivo, em virtude da sua ascendncia sobre os fermentos da digesto. Nele se agasalham muitas enfermidades, dando guarida a muitas perturbaes de carter medinico, principalmente s infeces qusticas
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amebianas e giardases. A sua configurao muito fcil de guardar na lembrana para facilitar a vidncia medinica. A vescula nem sempre se torna clara vidncia. OS PULMES (Lado direito e lado esquerdo)
O pulmo constitudo por um tecido esponjoso, dentro do qual se v a arborizao dos bronquolos e cinos pulmonares, onde se operam as trocas de sangue venoso por sangue arterial. Na sua face anterior est localizado o corao, um pouco esquerda do trax. O pulmo, auxiliado pelos movimentos do conjunto de costelas , por excelncia, o rgo da respirao. Nele se alojam muitas doenas, sendo a tuberculose a infeco mais comum entre todas.
LIO SEGUNDA
LIGEIRAS NOES SOBRE FISIOLOGIA Noes sobre fisiologia Importncia desses conhecimentos com aplicao nos tratamentos dos doentes Ao do aparelho digestivo em consonncia com a mediunidade Circulao do sangue pulmes rins fgado corao e sua subordinao s enfermidades medinicas. o o o A fisiologia a cincia que estuda as funes dos rgos. Para o mdium passista, esse estudo vem coadjuvar grandemente no tratamento de quase todas as molstias. No que exija um estudo profundo dessa matria, mas, pelo menos, uma noo ligeira das funes que presidem aos fenmenos da vida orgnica animal.
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Os fluidos, que so medicamentos, por excelncia, das doenas, so absorvidos pela pele como tambm por ela eliminados depois de percorrer a corrente sangunea e todo o trajeto do sistema nervoso.
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O sangue o veculo alimentar do corpo, transportando a todas as clulas o suprimento de que elas necessitam para dar vida aos rgos. Conforme vemos pela figura grfica da circulao, o sangue arterial ou venoso. Arterial vermelho enquanto que o venoso de cor azulada. O sangue distribudo no corpo pelos impulsos do corao, caminhando em jactos at s extremidades capilares. Estes se anastomoseiam pelos filamentos. O sangue venoso, na sua marcha, retorna para oxidao aos pulmes. NO FGADO So muitos os deveres que incumbem ao fgado, dado que a sua funo de defesa do organismo e principalmente atuar sobre a amnia. esta uma substncia perigosa que age sobre os centros nervosos. Quando o sangue passa atravs do fgado, a amnia convertida em ureia, que incua, sem perigo, portanto. Se no existisse o fgado, a vida orgnica seria impossvel. Quando a sua ao falha, todos os sistemas de rgos sofrem e periclitam. A protena das carnes acarreta grande formao de amnia no sangue. Muitos venenos so elaborados pelo organismo. O fgado, na sua funo benfica os transforma e, quando no os elimina por si, passa-os para os rins. Estes os eliminam regularmente.
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OS RINS Os rins so os rgos dosadores e retificadores. Eles se encarregam de dosar as quantidades de materiais necessrios ao equilbrio do organismo. A eliminao de substncia perniciosa no a nica funo dos rins. A sua importncia est no inteligente trabalho equilibrador. Qualquer substncia, mesmo salutar, pode tomar-se prejudicial, quando excessiva. Os rins, ento, exercem a ao equilibradora, mantendo a exata dosagem de todos os ingredientes (exceto gasosos), que figuram no plasma sanguneo. O sal, por exemplo dosado pelos rins para entrar na circulao. por excelncia, a funo dos rins: dosadora e filtradora.
DIGESTO ALIMENTAR A digesto dos alimentos comea na boca, onde a mastigao prepara o bolo com os fermentos bucais, da descendo pelo esfago at o estmago, onde se processa a segunda digesto. Com o auxlio dos sucos estomacais, a digesto se ativa, transpondo os alimentos a passagem do piloro. Este, paulatinamente, vai dando passagem massa impregnada dos fermentos at o duodeno, onde recebe os sucos biliares do fgado para emulsionar as gorduras, transformando-as em graxas (sabes) e para absoro nos intestinos. J no intestino grosso, do bolo alimentar ingerido nada mais resta, pois, agora, so somente os resduos, diramos materiais inaproveitveis, que so atirados fora do tubo digestivo, como podemos acompanhar no grfico respectivo. (Fig. 17)
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LIO TERCEIRA
LIGEIRAS NOES SOBRE PATOLOGIA Estudos das doenas materiais e espirituais Aplicao dos fluidos reparadores nos tecidos lesados pelas enfermidades Patologia fludica Predisposies Autointoxicao fludica Patognese das enfermidades infantis. Na medicina esprita, a patologia tem a mesma definio da cincia terrena, isto , a parte da medicina que trata da origem e natureza das doenas. A patologia geral do organismo humano, sob o ponto de vista da doutrina esprita, no cabe aqui neste ligeiro relato, se bem que o nosso desejo seria transmitir a maior soma de conhecimentos sobre o assunto aos mdiuns curadores; entretanto, procuraremos sintetizar o mais possvel os ensinos a fim de que possamos ministrar bons e orientadores esclarecimentos. CAUSAS DAS DOENAS Para ns, espritas convictos, militantes da doutrina, no procuramos a doena no corpo fsico. Reconhecemos, todavia, que ela existe mas, geralmente, assim entendemos, as enfermidades vm do esprito, ainda mesmo as hereditrias. O que existe na realidade, dentro das cristalizaes, so pontos de aglutinao dos fludos doentios, criando a predisposio orgnica, para determinadas molstias que podem afetar-nos em qualquer idade. CORPO DOENTE
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PREDISPOSIO ORGNICA A predisposio orgnica um estado que poderamos chamar de estado receptivo de qualquer rgo para contrair a doena ou ainda melhor, para atrair a doena. Funciona como por induo em corrente eltrica. Antes dessa predisposio orgnica, houve uma causa determinante. E onde est ela? aqui que comeamos. Predisposio Orgnica Crmica, Atrada, Hereditria e Ambiente. PREDISPOSIO CRMICA Sabemos perfeitamente atravs dos estudos espritas, que as doenas crmicas so oriundas do perisprito enfermo que, ao reencarnar, transmite e traz j o nascituro, mesmo na vida intrauterina, os males que a matria ou Esprito tem que sofrer. PREDISPOSIO ATRADA As predisposies atradas so aquelas provindas de nossas vibraes. Uma criatura colrica, vibrando sempre maldade e pestilncias, o que pode atrair seno essas mesmas coisas? Est dentro da lei dos semelhantes atraem semelhantes. inevitvel que isso acontea. Essa atrao gera a autointoxicao, pela via fludica. E, note-se, no ser somente um rgo afetado, porque os maus fluidos corroborados pela autointoxicao se espalham pelos rgos vitais, tais como o corao e fgado, pulmes ou estmago e da para os intestinos, arrastando um corolrio de sofrimentos. (Fig. 19). Os maiores males de que padece a humanidade encontram a sua causa na lei de atrao vibratria.
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PREDISPOSIO HEREDITRIA A predisposio hereditria tem parte na Crmica, para os leigos na doutrina. Na verdade, os pais transmitem aos filhos muitos males, porque a carne filha da carne. onde vem o ensino evanglico de que uma boa rvore no pode dar mau fruto, ou pelo fruto se conhece a rvore. Entretanto, mesmo nessa herana, h causas de ordem espiritual. No houvesse sementeira dos maus e no permitiria Deus a realizao do mal. E se a lei assim determina, temos nisso o benefcio prprio em nossa evoluo para o Alto.
PREDISPOSIO DO AMBIENTE
PREDISPOSIO DO AMBIENTE A muitos parecer estranha esta determinao de ambiente. Entendemos por ambiente o local onde fazemos a nossa morada, a casa onde residimos com nossa famlia, pais, mes e filhos ou parentes e mesmo estranhos. Deste local, seja a nossa casa toda e mais preferencialmente o cmodo onde mais se para, destacam-se a sala de refeies e quarto de dormir. Nestes lugares, os pensamentos emitidos esto condensados em nuvens, forrando o teto, que se movimentam por toda a casa, obedecendo, em ondulaes serpenteadas, os chamamentos pelas vibraes sintonizadas. Se as vibraes dos residentes so boas, nuvens benficas tero; se so ms, escuras e doentias so as nuvens. Estas nuvens no so visveis ao olhar humano, entretanto elas existem como existem no firmamento da crosta terrestre o produto das mentalizaes da humanidade, como nos ensina Andr Lus. PATOGNESE DAS ENFERMIDADES INFANTIS Quanto ao estudo dos males que atacam a infncia, desde o recm-nascido, a causa j est na parte das predisposies. Tanto a hereditariedade, como a predisposio orgnica causada pela tara so responsveis pelas mltiplas doenas que atacam as crianas desde a primeira idade. H tambm o contgio, que transmite criana as doenas de que os pais e as mes so portadores, bem como pelas mos sem higiene, panos e roupas infetados. Depois, vem a contaminao direta pelos beijos carinhosos e outras carcias que a prtica deveria abolir, por serem completamente perigosas sade da criana. Veja-se o cuidado que a moderna pediatria tem com os recm-nascidos, resguardando-os em cmaras de vidro nos conhecidos berrios.
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VIAS DE INFECO Depois das vias psquicas, a via digestiva por onde as enfermidades fludicas se alojam (fig. 21). Por isso, insistimos em que ela fique bem gravada na mente de todos os mdiuns curadores estudiosos.
Os rgos acessrios, pulmes, fgado, pncreas e outras glndulas, na patologia medinica, no sofrem influenciao direta, porque so antes receptores de intoxicao, pela via psquica.
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LIO QUARTA
LIGEIRAS NOES SOBRE O ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO E DOS PLEXOS Sistema nervoso central Sistema do Grande Simptico Os nervos so condutores eltricos do corpo humano. Os plexos nervosos e sua importncia na aplicao dos passes Plexo Solar (tambm chamado o pequeno crebro abdominal) Sensibilidade do sistema nervoso. o o o O mdium curador, que deseja aperfeioar-se nos conhecimentos cientficos da sua misso, no pode prescindir destes estudos, embora ligeiramente, como o fazemos. Pois, toda a atividade do passe se baseia no manejo das correntes constitudas pela energia nervosa. Assim, um tcnico eletricista que no possua noes de eletricidade e da distribuio das correntes respectivas, como agiria quando chamado ao trabalho ativo, dentro do emaranhado de fios? S poderia produzir curtos-circuitos e consequentemente o desgaste da mquina eltrica, bem como os acidentes de que seria fatalmente vtima. Est no caso o mdium passista que se aventura a impor as mos sobre o paciente (fig. 35, pg. 108) (neste caso a mquina eltrica), sem ter a mnima noo do manejo dos fluidos. o resultado de muitos mdiuns se queixarem de que, depois da transmisso do passe ficarem sentindo o mal dos seus doentes, os quais, por sua vez, em outra ocasio, reclamam ter piorado o seu estado depois de receberem o passe. SISTEMA NERVOSO
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MEDULA ALONGADA
Figura 23 C. Crebro (base). B. Bulbo raquidiano ou medula alongada. c. Cerebelo. M-M. medula espinal. 1. Nervoso olfativo. 2. Nervo tico. 3. Protuberncia anular. 4. Pirmides anteriores do bulbo raquidiano. 5-5-5. Nervos espinais. Figura 24 C. Cerebelo (lobos posteriores erguidos e empurrados para adiante). B. Bulbo raquidiano. c. Cerebelo, do qual se cortou o lobo mdio e se afastaram os lobos laterais para descobrir a face posterior do bulbo raquidiano. M-M. Medula espinal. 1. Pednculos do cerebelo. 2. Calamus scriptorius (n vital). 3. Pirmides posteriores do bulbo raquidiano. 4. Corte do lobo direito do cerebelo para fazer ver a rvore da vida. 5-5-5. Nervos espinais.
O sistema nervoso forma sobre o corpo humano uma rede de fios tranados que se alongam, tornando-se cada vez mais finos na proporo que avanam, formando gnglios ou plexos. O sistema nervoso subdivide-se em CEREBROSPINAL e GRANDE SIMPTICO. Pelo sistema nervoso, o homem manifesta a sua atividade motora. Pelo sistema ESPINAL, ele mantm o estado da vida de relao, que o consciente. O SIMPTICO constitui o sistema nervoso orgnico, regendo o inconsciente e os movimento autnomos, da vida vegetativa, de vrios rgos do corpo. Os movimentos voluntrios so dirigidos atravs do sistema central (consciente) e perifrico. Quando os movimentos cessam sob a ao da anestesia geral, a vida fica dependendo unicamente do sistema SIMPTICO (vida vegetativa). O sistema nervoso simptico , por excelncia um rgo medinico. Pois, por ele so formados os plexos, que tm grande influncia nas relaes com as enfermidades fsicas ou espirituais.
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PLEXO CRANIANO Dos 3 pares de gnglios intracranianos, no trajeto dos trigmeos, resulta o plexo craniano.
PLEXO CARDACO Os gnglios cervicais so 3 pares localizados de cada lado das vrtebras do pescoo, deles partindo os nervos que chegam ao corao. Juntamente com os ramos nervosos do pneumogstrico formam o conhecido Plexo Cardaco. PLEXO SOLAR (tambm chamado crebro do abdmen) O gnglio semilunar, que a terminal que vem do grande nervo esplnico depois de atravessar o diafragma, colocando-se sobre a boca do estmago, forma uma colnia de gnglios estrelados denominados PLEXO SOLAR, com ramificaes que vo ter ao estmago, intestinos, fgado, bao, rins e aorta. (Fig. 26) PLEXO MESENTRICO Est situado, este plexo, ao nvel dos rins e constitudo pelos filetes que o formam, indo inervar os vasos da regio e o intestino grosso. PLEXO HIPOGSTRICO Este plexo fica situado na regio da bexiga e formado pelos 4 pares de gnglios sagrados ou tambm chamados plvicos. Este plexo tambm chamado de Plexo Prosttico.
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O passe, partindo da imposio dupla (fig. 35, pg. 108), desce correndo com as mos o trajeto dos cordes de gnglios desde o plexo craniano, braquial, ou cervical at ao plexo sagrado, distribuindo as correntes na direo dos cordes, de lado a lado, do corpo. FORMAO DOS PLEXOS NERVOSOS PLEXOS FORMADOS PELOS NERVOS Os pares de nervos e plexos so: PLEXO CERVICAL Dos 8 pares de nervos cervicais, os quais partem da medula, os 4 primeiros formam o plexo cervical, ao lado do pescoo. PLEXO BRAQUIAL Os pares de nervos braquiais formam o plexo braquial que se prolonga para os nervos do brao. PLEXO LOMBAR Na regio dos rins temos os 5 pares lombares formando o Plexo Lombar, de onde parte o nervo crural que segue para a coxa. PLEXO SAGRADO Na regio do SACRO temos os 6 pares sagrados constituindo o plexo sagrado, de onde sai o nervo citico para as pernas.
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LIO QUINTA
ESTUDO DOS FLUIDOS Fluido o elemento Universal Eterizao e materializao dos fluidos e seus estados Modificao dos fluidos o m do baro de Reichenbach e seus mdiuns sensitivos Lado positivo e lado negativo do corpo humano Ao dos fluidos sobre o corpo humano Ao dos fluidos sobre o corpo fsico e corpo espiritual do homem Polaridade magntica do corpo humano. o o o Fluido um elemento csmico que d origem formao de todas as coisas pelas suas consequentes modificaes, encontrando-se nos estados de eterizao e de condensao (ou materializao). O fluido etrico, ou seja, o ter propriamente dito, do domnio do plano espiritual, ao passo que o material pertence ao mundo terrqueo, ou seja, dos planos dos encarnados (Kardec). No est ele ainda muito bem definido pela cincia terrena, nos seus elementos constitutivos, mas, em virtude do progresso a que chegamos j na era atmica, esperanas h de que muito em breve, com a entrada no prximo milnio, grandes descobertas sejam realizadas nesse campo cientfico. Todavia, a doutrina esprita vem resistindo, embora lentamente, os seixos do caminho atravs da mediunidade, pela multiplicidade dos fenmenos que nos dado observar, onde s constata o patente manejo dos fluidos. O fluido csmico o elemento de trabalho dos Espritos, matria de que eles mesmos so formados. Eles o manejam com tanta facilidade, por meio do pensamento, como o homem maneja com as mos os materiais que lhe so peculiares (Kardec).
Na Terra, os estudos dos fluidos comearam com a experincia do baro de Reichenbach, na Alemanha. Tendo este cientista observado que um poderoso m atraa pregos e at levantava pesos, demonstrando assim manifestao fora do comum, concluiu que esse fenmeno era o resultado de uma fora desconhecida. Sob a influncia dessa ideia, construiu uma caverna completamente escura e atirou, ao acaso, num canto qualquer dela, o seu m fenomenal, para aquele tempo. Em seguida convidou diversas pessoas a penetrarem nela e procurar se viam alguma coisa. Ningum viu nada a no ser a completa escurido. Em segunda experincia fez
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nova tentativa, fazendo entrar outras pessoas que julgava serem sensitivas, ou sejam, mdiuns especializados. Estes logo divisaram num canto da caverna algo de anormal. A experincia tinha sido coroada de bom xito, chegando s raias do maravilhoso, nessa poca. A primeira pessoa, depois de ter permanecido no recinto cerca de meia hora, indicou o lugar exato onde estava o m no escuro. O mdium tomou o baro pela mo e conduziu-o tateando na escurido at junto ao m, onde ambos o encontraram, atrados que foram por uma luz de flamas amarelas e azuis, contornando a forma de ferradura que tinha o m. O baro entusiasmou-se e tornou a repetir a experincia, cujo sucesso foi confirmado por mais seis mdiuns sensitivos. Desdobrando as pesquisas, empregou, posteriormente, o cristal de rocha, compostos qumicos, cristais salinos e outras substncias que os sensitivos viam cercados de chamas de coloraes variadas. Alm disso, os mdiuns descobriram nos cristais um ponto quente e outro frio, pequenas chamas em torno da linha equatorial e outras em torno das faces. Os pontos indicavam o eixo da polarizao magntica: o norte e o sul, os polos positivo e negativo. Prosseguindo, o baro mostrou ainda que as plantas quando se desenvolvem, emitem constantemente pequenas chamas coloridas de vrios matizes que lhes formam uma aura circundante. Voltando as suas pesquisas para o homem, o baro descobriu que tambm existe uma aura bem definida, um eixo de polarizao, um polo positivo e outro negativo, conseguindo uma srie de outros fatos muito interessantes. Considerou ele essas chamas ou essa aura como uma fora, pois que no m o ferro atrado, e deu-lhe o nome de fora-dica. Tais so os resultados obtidos pelo baro de Reichenbach, o verdadeiro pioneiro no domnio das pesquisas psquicas. As publicaes deste cientista, observadas por muitos, despertaram grande curiosidade na Europa e a muitas inteligncias deram novas orientaes ao pensamento. Desde ento, outras experincias tm sido realizadas e hoje, positivamente, verifica-se que o homem apresenta duas naturezas, ambas magnticas: uma positiva, do lado direito, descendente; e outra negativa, do lado esquerdo, ascendente (fig. 28), que formam as correntes centrfugas e centrpetas, j citadas. POLARIDADE MAGNTICA NO HOMEM
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Essas irradiaes esto em correspondncia muito ntima com as cargas eltricas (positiva e negativa) do corpo humano e com os sistemas de respirao. Conforme se observa pela gravura explicativa, v-se que o corpo humano dispe de lateralidade magntica, notando-se pelas cargas de fluidos leves ou pesados, que a mo direita carrega a corrente positiva, a esquerda, a negativa, e nas faces as correspondentes. Da depreende-se a razo pela qual os mdiuns passistas do preferncia ao passe transmitido pela frente do paciente, com imposio dupla, ou seja, com ambas as mos, visto que atingem os dois polos, tendo por isso, ao mais eficiente. Entretanto, quando o passe praticado com uma s mo, deve-se ter o cuidado de no contrariar a direo das correntes, cujos princpios eletromagnticos so imutveis. Os fluidos, como sabemos, so elementos que passam por vrias transformaes at chegar materializao, que a condenao dos fluidos. Os que esto mais prximos da Terra, so os que formam a sua atmosfera espiritual, os conhecidos resduos do pensamento humano, na regio do Umbral, onde fazem a sua primeira parada os espritos que no tm elevao bastante para alcanar esferas mais altas (Andr Lus). Os fluidos esto em estado latente na atmosfera; por si no tm ao nem agem com inteligncia, sobre determinada coisa. Embora sempre vivam em movimento incessante no estado de energia csmica, s atuam quando impelidos por fora estranha. Entretanto, mutuamente influem-se e modificam-se a si mesmos, pela lei dos mais fortes atuarem sobre os mais fracos, como as essncias e aromas. EMISSO DE FLUIDOS PELAS MOS As mos dos mdiuns, quando concentrados, no momento em que transmitem o passe, tomam uma colorao azul-clara com nuances de verde, emitindo raios muito fosforeantes, que atingem alguns centmetros de espessura. Das pontas dos dedos so emitidos pela vontade do mdium, formando um chuveiro magntico, na direo que lhes for imprimida. Os dedos de projeo mais fortes so os polegares e logo em seguida os indicadores. Quando os dedos se juntam em forma de feixe, os fluidos perdem a forma dispersa e caem em jactos fortssimos, penetrando profundamente no organismo. Muito til na dissoluo de clculos biliares ou renais e formao de tumores internos, ainda na fase aguda, quando usados pelos passes rotatrios, seguidos dos de disperso, e os fluidos eltricos ou magnticos que so influenciados pelas leis da polaridade.
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LIO SEXTA
PREPARO FSICO, MORAL E ESPIRITUAL DOS MDIUNS CURADORES Preparao do corpo e do Esprito Preparao moral e intelectual Alimentao e lquidos Qui nimis alitur, non satis alitur Preparo Espiritual dos mdiuns passistas e curadores Atmosfera fludica do homem O preparo moral e suas vibraes Coloraes das auras. PREPARO FSICO A sade do mdium curador uma condio primordial para o bom trabalho. Se o mdium no tem sade como pode d-la a outrem? Quem que tem o poder de dar o que no possui? Se os fluidos saem do corpo e do Esprito do mdium lgico que vo impregnados do que eles contm. O perisprito no carrega os males, quando no evoludo, para alm-tmulo? Portanto, cada um transmite, atravs dos fluidos que projeta no paciente, aquilo que contm no corpo ou no esprito. A mais leve alterao na sade do mdium, o impossibilita de dar passes (leia-se J. Ochorowicz, na pgina 132 deste livro). Para que um mdium realize em boa forma a sua misso, deve estar sempre dentro de um equilbrio perfeito, moral e fsico. Estas condies precisam ser rigorosamente observadas. A menos que no queiram depois arcar com as tremendas responsabilidades de mdiuns fracassados. A alimentao o primeiro passo. Sempre em hora certa, sbria, abstendo-se de carne pesada o mais possvel e condimentos muito apimentados. A carne, quando em demasia, produz na transpirao mau odor e hlito desagradvel cujos fluidos deletrios vo longe e prejudicam o bom funcionamento dos intestinos, podendo causar srios transtornos sade. Os comiles sobrecarregam as funes digestivas, perturbando a vivacidade do Esprito, o qual se toma lerdo, ou diramos melhor, com a conscincia embotada. Para os mdiuns que abusam da alimentao est resguardado um futuro no muito risonho no campo medinico, Os gastrnomos no so os melhores alimentados. Qui nimis alitur, non satis alitur, ou seja, quem come muito no se alimenta bastante, e fica propenso obesidade. Sabe-se que a carne, o chocolate so contrrios aos bons fluidos. O regime alimentar preferencial deve ser o vegetariano e a dieta hdrica. Tome-se por hbito um copo de gua em jejum e outro ao deitar-se para o repouso noturno. Isso traz ao corpo o mximo de bem-estar pela regularizao de todas as funes dos rgos encarregados da nutrio. Ao hbito da boa alimentao alia-se o hbito da boa respirao, a qual no deve ser viciada, como geralmente acontece. O exerccio respiratrio recomendado respirar lento, a fim de permitir a perfeita combusto do sangue nos pulmes. O trabalho dirio para o ganha-po deve tambm ser metodizado para que o corpo no venha a sofrer as consequncias de um desgaste prejudicial. O exerccio cansativo contrrio s reservas de bons fluidos. O repouso para dormir deve ser no mnimo de 7 horas por noite para que o corpo no se ressinta de fadigas no reparadas, levando em conta tambm que o excedente desta hora suprfluo e prejudicial. PREPARO MORAL A preparao de um bom mdium curador e passista I no preparo moral, insofismavelmente. Sem uma moral prova das tentaes inferiores, no pode, em absoluto, haver bom mdium. H mediunidades extraordinrias, mas poucos mdiuns extraordinrios. Na verdade, estamos num mundo de imperfeies e logicamente, somos imperfeitos tambm, salvando-se os abnegados , que so missionrios na Terra. Nesta parte da reforma moral, O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, um guia seguro para todos que entram para a seara de nosso Senhor Jesus Cristo. doutrina dos espritos segue os ensinamentos do Mestre Divino. Portanto, o mdium passista est na
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obrigao de fiar a senda evanglica por pensamentos, palavras e obras, quiser ser um dos escolhidos entre os chamados. Mas, a que possa ir e curar os enfermos, tem que manter a linha de conduta impecvel, pondo o corao adiante crebro. Queremos dizer, ao prximo, praticando sempre o bem, com a conscincia sempre boa para com Deus, e jamais a sua boca se abra para proferir uma mentira, ainda a mais inocente que seja, porque ser sempre uma mentira. Se os fluidos saem com as qualidades da fonte de onde ,vieram, os mdiuns curadores necessitam dar bons fluidos a boa sade e moral s. Os espritos do Bem e da Verdade s podem fazer uso um intermedirio que esteja nas condies requeridas para o servio indicado. Contudo, h mdiuns que produzem curas sem ter o preparo pedido, mas quem ser que os assiste? da um tem a companhia que lhe afim, pois a lei dos semelhantes infalvel. Salvo os desgnios da Sabedoria Divina. DESDOBRAMENTO DO ESPRITO
Entendemos por desdobramento do esprito o ato deste deixar o corpo e sair no seu duplo, para qualquer parte, transportando-se, muitas vezes, para determinado lugar. Esta operao do esprito , muito impropriamente, chamada de transporte, o que constitui engano, porquanto o transporte empregado em efeitos fsicos. O desdobramento uma faculdade do esprito em caminho para o mais Alto, e muito usada no socorro aos infelizes do plano espiritual ou mesmo aos enfermos encarnados. Mdiuns h que tm esta faculdade to desenvolvida que, mesmo em viglia, basta apenas ligeira concentrao, e o seu esprito solta-se para os pontos indicados pelo prprio pensamento. Outras vezes, levanta-se calmamente do leito, com a maior naturalidade como se lhe fosse comum, observa seu corpo e de outras pessoas na mesma cama e repentinamente encontrase em outras paragens, para cumprir determinadas obrigaes, no espao ou na terra. o preparo espiritual que j est em boas condies. PREPARO ESPIRITUAL O homem est circunscrito por um oval fludico que constitui a prpria atmosfera em que vive, refletindo esta os seus sentimentos e pensamentos, os quais so constantemente modificados pelas prprias vibraes (fig. 31). Como tambm possuem a sua atmosfera os lugares onde habitamos; e ficam como depositrios dos nossos pensamentos. Principalmente as casas de moradias, local de trabalho, objetos de uso pessoal e at mesmo os alimentos trazem as emanaes de quem as manipulou, desde a colheita at a cozinha. No fossem as operaes chamadas de limpeza praticadas inconscientemente pelos mdiuns e pelos nossos bons Espritos, encarregados por Deus da nossa proteo, que seria da pobre humanidade, entregue merc dos maus? Estas formaes fludicas de m origem no perduram onde h boas vibraes. Estas, dissolvem aquelas, as quais se desfazem como as nuvens no espao, tacitamente. Os
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mdiuns de fora medinica operam tambm estas limpezas de ambiente, quando presentes ou a distncia delas. O mdium curador prepara-se espiritualmente pela reforma moral, reajustando os bons sentimentos, pautando a sua norma de vida pelos bons pensamentos, boas palavras e melhores atos na vida prtica. A elevao do esprito para esferas sublimadas est na dependncia do comportamento do mdium, em todos os sentidos, ou seja, como disse Paulo de Tarso, despir o homem velho para vestir o homem novo, repetimos. O esprito aproxima-se do Divino Mestre na proporo que vai perdendo os seus vcios perniciosos, arraigados desde milnios. Para proceder purificao basta lembrar que h olhos invisveis que vigiam os nossos atos, palavras e pensamentos constantemente. Aos homens, podemos enganar, mas, nunca a Deus.
Na atmosfera fludica do homem, conforme a gravura supra, temos a aura branca que a aura material ou corpo perispiritual do encarnado ou seu duplo, como mais conhecido. Em seguida temos a mais escura onde se gravam os reflexos dos pensamentos, vindo depois as duas
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ltimas partes integradas pelas correntes centrfugas e centrpetas, uma seguindo em direo contrria outra dentro do equilbrio vital. Esta atmosfera o meio onde vive o homem, porque ela constitui o conjunto dos pensamentos e realizaes dele mesmo. Quando bom, o meio tambm o , e quando mau a sua aura tambm. Pois, j vimos que a aura tem a cor reflexa dos prprios pensamentos.
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LIO STIMA
PREPARO DOS PACIENTES Ambiente familiar Posio mental do doente Estado de receptividade Condio espiritual. o o o Preparar um doente para aplicao do devido tratamento espiritual coloc-lo em estado de perfeita harmonia para com a f em Deus. Geralmente quem est doente tem as foras abatidas pelas perturbaes que sofre e muitas vezes no capaz nem da mais leve concentrao principalmente quando afetado j est o sistema nervoso. Outros h que so portadores de ligeiras alteraes mentais pelas atribulaes da vida cotidiana, portanto, com energia ainda insuficiente para dominar os reflexos nervosos. O tratamento espiritual realizado atravs de fluidos e estes s atuam quando encontram sintonia vibratria entre mdium e doente. Razo por que o tratamento espiritual difere muito dos mtodos empregados. pelos mdicos da cincia oficial. Para estes, h os meios tangveis os quais esto sempre mo. Para os mdiuns curadores os recursos partem do meio invisvel. O preparo do paciente deve observar as seguintes condies: 1o) Ambiente familiar (harmonia e paz devem reinar entre os que rodeiam o doente) 2o) Posio mental do doente (seus pensamentos e estado do sistema nervoso) 3o) Estado de receptividade orgnica e espiritual 4o) Condio espiritual (compreenso evanglica da vida em relao aos semelhantes) O mdium curador, como sempre acontece quando esta qualidade se manifesta, fica ansioso procura de um enfermo para dar expanso aos seus dons medinicos, seja atravs de conversao amistosa onde os conselhos entram com o seu contingente de orientao ou beira da cama de qualquer enfermo; o esprito curador est sempre pronto a atender. Entretanto, o mdium no deve desperdiar os seus bons fluidos. Primeiro, h que fazer um exame acurado das condies fsicas e psquicas do doente, investigando a causa que perturba o Esprito e determina o desequilbrio enfermio. Na medicina terrena, os doentes procuram o mdico, e no o mdico procura o doente. Psicologicamente isso tem grande importncia para o xito do tratamento. Pois o doente j traz o esprito preparado, mormente se tem f no mdico. Na medicina espiritual, tanto procuramos os necessitados como assistimos com grande proveito os que nos procuram. Certos devemos estar que os doentes que nos procuram, j esto preparados espiritualmente, o que equivale a meio caminho andado para a cura. E ns, mdiuns, no neguemos o nosso concurso a quem quer que seja. Nada acontece sem causa, principalmente para todos ns que militamos na doutrina esprita. O mdium curador trabalha em qualquer parte e em todas as horas, seja de dia ou de noite. Em todos os momentos encontra sempre oportunidade de prestar a caridade, no s aos entes humanos e espirituais, como tambm aos animais inferiores. At os donos das coisas inanimadas so, indiretamente, beneficiados. H muito mrito na prtica da caridade, mas em se tratando de um enfermo que, por sua livre e espontnea vontade, procura a medicina espiritual, a sua predisposio j o colocou no estado passivo, facilitando enormemente a penetrao dos fluidos curadores. O mdium no deve forar a medicao e nem a visitao onde a recepo seja contrria aos princpios da doutrina esprita, ainda mesmo que terceiros intervenham insistentemente com pedidos de caridade, salvo se na casa houver algum suficientemente evangelizado. Neste caso, a intercesso ser feita a distncia, preparando-se assim o caminho para os descrentes entrarem na lavoura da f e consequentemente na faixa de auxlio.
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AMBIENTE FAMILIAR Como sabemos, o ambiente familiar formado pela mentalizao dos moradores no local. Dentro de uma residncia, ou seja, qualquer lugar onde transite o humano, o teto, o ar respirado, as paredes e os objetos de uso pessoal esto impregnados pelos resduos de pensamentos que emitem os residentes, os quais podem ser bons ou maus. s vezes formam massas compactas escuras que seguem os emitentes como sombras que se avolumam sobre suas cabeas, no raro se engrossando pela lei de atrao das que lhe so afins. Onde quer que se encontre o homem, com ele esto Os produtos dos seus pensamentos, consequentemente, bem ou mal assistidos pelas entidades espirituais. Na hiptese do mdium encontrar um ambiente hostil, direta ou indiretamente, a sua tarefa preliminar pedir o auxlio dos Mentores Espirituais por intercesso ao Divino Mestre. Assim, amparado pelo Excelso Amigo, receber a inspirao solicitada sobre como desenvolver a sua ao benfica. Nunca se deve contrariar a primeira intuio recebida, mormente quando ela influencia para protelar por outra oportunidade mais propcia, e a vontade do mdium impele para continuar os trabalhos. Muitas vezes so foras poderosas das trevas que esto agindo em sentido contrrio ao bem e envolvem o medianeiro nas suas malhas de fluidos pesados. Estas perturbaes de ambientes pelos maus fluidos podem ser desfeitas, limpando e deixando o ambiente completamente sanado. Tudo depende da fora medinica que entrar em ao. A uma intensa vibrao, partindo do ntimo piedoso do corao, no sentido de purificar o ambiente, no h maus fluidos que resistam. Por mais densos que os maus fluidos sejam, eles se desfazem como a fumaa na atmosfera. E quando isso no baste, com um s mdium, faa-se mesmo com um grupo de mdiuns bem harmonizados. Semeie-se o bem e deixe-se a colheita por conta de nosso Senhor. POSIO MENTAL DO DOENTE A posio mental do doente aquela onde esto os seus pensamentos, de equilbrio ou desequilbrio, pairando o seu estado em: receptivo, repulsivo ou neutro, isto , indiferente e infenso ao que lhe possa suceder, mais classificado como estado aptico. Quando deparamos com o estado mental impenetrvel doutrinao, recorremos ao auxlio dos Guias Espirituais, at que uma porta seja aberta interveno direta. ESTADO DE RECEPTIVIDADE A receptividade do doente est na sua boa disposio fsica e espiritual, no meio ambiente em que vive, das pessoas e coisas. Principalmente a orientao religiosa a que est ligada a famlia. Uma vez constatado que o doente est nas condies exigidas para um bom tratamento e que no h interferncias nocivas, deve-se recomendar o seguinte, seja para passe a distncia ou presente: a) recolher-se ao leito, sozinho no quarto; b) deitar-se de costas, com os braos estendidos ao longo do corpo (fig. 33); c) relaxar os msculos, os nervos e concentrar-se com os Guias Espirituais; d) elevar o pensamento a Jesus Cristo e suplicar a Deus Pai a sua assistncia, necessria para o tratamento; e) manter-se nesta posio at hora designada para terminao dos trabalhos, orando sempre ao Senhor e Mestre. Este o estado em que o doente deve ficar quando se achar em casa. Seja deitado, sentado ou em p; o estado de concentrao o mesmo, para se pr em condies de receptividade absoluta. Os doentes em desequilbrio, impossibilitados pela desorganizao psquica, recebem o tratamento atravs das correntes vibratrias. ESTADO ESPIRITUAL O estado espiritual do doente que merece maior ateno por parte dos mdiuns. Pois, nele que se deve procurar a doena e no no corpo fsico, uma vez que conhecemos a influncia que o esprito exerce sobre a matria. Esprito so em corpo so.
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O estado espiritual a base de todo e qualquer tratamento medinico dos enfermos do corpo e do esprito. O primeiro cuidado a doutrinao evanglica at onde possam penetrar os ensinos do Mestre Jesus, coadjuvados por passes e gua fluida, a qual se recomenda na medida mnima de um copo em jejum pela manh e outro . noite, ao deitar-se, o que concorrer muito para reajustar as disfunes orgnicas; pois, se h priso de ventre, ser regulada, como tambm corrigir as chamadas solturas dos intestinos em qualquer forma. Estes primeiros socorros, espirituais e fsicos, preparam a predisposio do doente para um tratamento mais eficiente. Como se v, o estudo espiritual depende do conjunto de vrias providncias, no esquecendo o ambiente familiar, a formao religiosa dos que esto junto ao doente e at os remdios que porventura j esteja tomando, bem como por quem vieram. A leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo, diariamente, . noite, a meditao sobre os ensinos de Jesus Cristo, so fatores preponderantes no preparo espiritual do doente e de todos os da casa. Mesmo as doenas crmicas encontram na meditao poderoso auxlio para suportar com serenidade as provaes e expiaes.
LIO OITAVA
CONTATO MEDINICO COM O DOENTE Contato com o paciente presente Contato com o paciente a distncia Contato espiritual com o doente Sinais que denunciam o contato estabelecido Falta de sinais fsicos e contato espiritual. o o o Contato espiritual com o doente o processo pelo qual o mdium estabelece ligao mental com o enfermo, seja com ele presente ou a distncia. Esta ligao imprescindvel para o bom xito da operao a realizar: sem ela nada de til poder ser levado a efeito. Todavia, quando esse contato se torna impossvel, ainda que seja por motivos desconhecidos, h o recurso intercessrio para os Mentores Espirituais, os quais podem atuar, simplesmente mediante a indicao do nome do paciente; saiba-se ou no o endereo. Para melhor orientao dos mdiuns, classifiquemos o contato em: a) contato com o paciente presente; b) contato com o paciente distncia; c) contato espiritual pelos Mentores; d) contato espiritual com pessoas desconhecidas. CONTATO COM O PACIENTE PRESENTE Este processo para se tomar contato com o doente, estando ambos presentes aos trabalhos, consiste em o mdium colocar-se na posio que achar mais cmoda para a liberdade de seus movimentos e mais conveniente para a transmisso do passe, manual ou espiritual, seja de frente, ao lado ou pelas costas. Quando o doente esteja cansado, a posio mais indicada para tomar contato a de p (mdium), porque dali parte para o passe escolhido e de acordo com a enfermidade. Depois de ligeira conversao com os familiares para inteirar-se de pormenores que possam orientar os trabalhos e esclarecer o gnero da doena, dirige-se o mdium ao doente, com carinho, procurando conversar, se isso for possvel, informando-se do seu estado de sade com muita sutileza para no ferir susceptibilidade enfermia e consolando-o com os ensinamentos evanglicos, exemplificados pelo Divino Mestre. Preparado o ambiente familiar e o ambiente mental do doente, que uma espcie de ligao mental com todos, tendo o cuidado de afastar os descrentes ou curiosos bem como os animais domsticos que se encontrem prximos, o mdium entrar em profunda concentrao espiritual. Para este ato o mdium deve portar-se corretamente, de acordo com a educao medinica, procedendo calmamente, sem palavrrios inteis, nem gestos cabalsticos, mmicas,
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tremores das mos ou do corpo, assopros ou gemidos impressionveis. Deve-se emprestar ao a maior naturalidade possvel, demonstrando assim a mxima confiana nos trabalhosa desenvolverem-se. CONTATO COM O PACIENTE A DISTNCIA No contato distncia, o mtodo a seguir o da mentalizao, estabelecendo-se a ligao como se o doente estivesse presente. Porm, preciso saber dar direo ao pensamento emitido, em virtude das correntes fludicas contrrias que podem ser encontradas pelo caminho a percorrer. H muitos fluidos maus vagando no espao, como seres vagabundos, sem destino. Assim, devem existir, tambm, entidades perniciosas que esto sempre a espreita para interceptar a marcha dos trabalhos intercessrios para o bem. Quando isso acontea e a sensibilidade do mdium o perceba a tempo, a calma o recurso mais adequado, apelando-se para o Eterno Misericordioso, pedindo-lhe auxlio, orando pelos que nos perseguem e pedindo perdo para os malfeitores ignorantes, encarecendo-se, ds se modo, a necessidade da prece como elemento de conjugao do nosso esforo com a das entidades espirituais, consagradas ao bem. CONTATOS ESPIRITUAL COM OS MENTORES O contato espiritual entre o agente e o paciente distncia junto com o esprito do mdium feito unicamente pelos Espritos Guias atravs da mentalizao do mdium. O mtodo de ligao mental sempre o mesmo. O servio a fazer realizado pelos Espritos assistentes, e sempre baseado nos pensamentos do intermedirio, que o mdium. Quando no h endereo a seguir, procede-se como se o doente estivesse presente. Os Guias se encarregaro de encontr-lo. No tratamento distncia no preciso mentalizar qualquer gesto do passe. suficiente pensar no doente, suplicando a Deus o socorro necessrio para restabelecer a sua sade, sem ser preciso a imposio das mos, como no passe ordinrio, deixando, entretanto, que seja feita a vontade Divina. CONTATO ESPIRITUAL COM PESSOAS DESCONHECIDAS Este contato feito simplesmente pelo nome da pessoa dada, por Espritos encarregados. O mdium, como noutros casos, s realiza a mentalizao devida, sempre em prece intercessria. SINAIS QUE DENUNCIAM O CONTATO ESTABELECIDO Para estabelecer contato com o doente, muitas vezes bastam apenas poucos minutos de concentrao contnua, sendo que outras vezes mister mais tempo, por causas que possam ser desconhecidas do mdium. Entretanto, o bom trabalho depende grandemente do preparo prvio do paciente apenas e ambiente. Acentua-se que o tempo depende muito da simpatia que possa existir entre o mdium e o doente. No comeo do tratamento, seja com o paciente presente ou a distncia, a ligao leva mesmo mais tempo, at que a sintonia vibratria se torne recproca. Depois, tudo encontrar facilidade. Os sinais que denunciam quando o contato est estabelecido, embora muitas vezes no se apresentem, so, em primeiro lugar, a impresso fsica causada pelos fluidos que comeam a envolver o mdium por qualquer parte do corpo, como pernas, braos, cabea, faces, laterais do corpo e ventre. Outras vezes, so sinais materiais, como formigamento pela pele toda, ps, mos, bem como ondas de calor que afogueiam o rosto e, no raro, a palidez. So tambm consequentes alteraes da circulao do sangue devido a influenciao dos espritos comunicantes. Porm, nenhum mal causa ao mdium, quando este est preparado. O paciente, por sua vez, tambm sente os sinais de influenciao medinica, pelos mesmos sintomas e outras vezes mais, chegando at a contraturas, catalepsias ou estado sonamblico. Para estes estados, o mdium estar por certo habilitado a reconhecer com exatido e prontamente, a fim de evitar consequncias desagradveis. Sabemos de casos que se complicaram por incompetncia do mdium, sendo necessria a interveno de terceiros com completa desmoralizao para a doutrina esprita. Quando, nestes casos, um simples passe de disperso era o suficiente para o doente voltar ao estado normal.
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Porm, estes sinais no so infalveis. Vezes h que nenhum sinal se apresenta e nem por isso o contato deixa de ser estabelecido. Nem para o mdium nem para o doente. O resultado est na confiana que o mdium depositar nos trabalhos, sob a proteo de Deus e dos bons espritos mensageiros. Se nenhum sinal aparecer, no se perturbe o mdium. Creia em Deus, em Jesus e confie. POSIES CORRETAS DO CORPO PARA CONCENTRAES PSQUICAS POSIO SENTADA Repousando o peso do corpo sobre a cadeira, ps ligeiramente separados e mos sobre os joelhos, mantendo o busto na vertical, sem contrao muscular. Os dedos das mos nunca devem estar unidos.
CONCENTRAO DEITADO Posio deitada para receber passe ou emisso e recepo de fluidos
O corpo dever estar deitado, estendido na horizontal, pernas esticadas e braos rentes ao corpo, msculos frouxos. sem a mnima contrao. POSIO EM P O corpo dever ser mantido na posio vertical, braos cados ao longo do corpo, sem contrao, devendo todo o peso do corpo recair sobre as pernas. Deve-se ter cuidado em no segurar uma mo com a outra cruzando-as na frente ou atrs do corpo. No geral, os mdiuns pouco ligam a estas recomendaes sobre as posies em que deva o mdium ficar para uma perfeita concentrao. Entretanto, buscando os ensinamentos dos estados receptivos, projeo de fluidos, onde entra em ao o movimento das correntes centrifugas e centrpetas, reconhecemos perfeitamente a justeza das recomendaes. Dir-se-ia, uma posio to incmoda para o corpo deitado sem travesseiros? Pois, , a melhor de todas as posies para concentrao, onde o corpo entra em repouso completo. A circulao sangunea faz o seu giro atravs do corpo sem o esforo obrigatrio de muitas subidas e descidas
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acidentadas pelos vasos e veias. O corpo na horizontal tem a facilidade de afrouxar os msculos, o que de grande importncia na emisso de fluidos, ou seja, colocar-se no estado irradiante. Na concentrao em p ou sentado, no necessrio elevar as vistas para o alto nem baix-las para o cho. O mdium que tome a posio que achar mais conveniente e cmoda para o trabalho.
LIO NONA
IMPOSIO DAS MOS Histrico da imposio das mos Colocao das mos sobre a cabea do enfermo Colocao de uma s mo Imposio calmante Imposio irritante Regras a observar Imposio dupla Imposio simples. o o o
IMPOSIO DUPLA SOBRE A CABEA
Chama-se Imposio das mos o ato do mdium passista colocar ambas as mos espalmadas sobre a cabea ou qualquer parte do corpo do paciente, seja humano, animal domstico ou coisas. Esta prtica de socorrer o prximo em sofrimento um dos mais velhos mtodos conhecidos pela humanidade. Exercida desde os primeiros tempos pelos magos da Caldeia, sabe-se atravs da histria, propagou-se pelas margens do Eufrates at o Egito e a ndia. Depois dos sacerdotes de sis, os Judeus foram seus depositrios e os cristos a herdaram mais tarde, passando a sua prtica a ser difundida pelas mos Divinas de nosso Senhor Jesus Cristo. quando fazia curas na sua peregrinao evanglica pela Palestina. Sufocada pelos perseguidores do Mestre, renasceu depois com os propagadores do passe magntico animalizado com Paracelso at Mesmer, tendo este feito vrios discpulos pelo que mais tarde o magnetismo surgiu fazendo escola mdica. No espiritismo, a imposio das mos sobre o doe denomina-se passe magntico ou medinico. Porm, diferencia-se muito do outro na prtica, porquanto o passe esprita se reveste de uma formalidade de preparao toda especial, onde se observa o preparo prvio do mdium, doente e do ambiente em que vai ser realizada a operao.
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Para o passe puramente magntico, as foras invisveis no so solicitadas, porquanto so usadas as do operador simplesmente e as do doente, quando em estado de receptividade. Entretanto, todos os passes se destinam ao mesmo fim, que aliviar ou curar o doente.
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IMPOSIO DUPLA Para se proceder imposio dupla das mos s a cabea, fig. 35, (ou qualquer parte do corpo) do doente o mdium coloca-se na posio mais conveniente: estende os braos para frente na direo do ponto escolhido do enfermo, mos bem espalmadas, dedos ligeiramente separados um dos outros (observar as mos da fig. 32), msculos tensos sem a mais leve contrao, respirao ritmada sem sofreguido, sem fazer rudos com os membros ou tronco e mesmo mmicas de qualquer espcie.
IMPOSIO SIMPLES A imposio com uma s mo, chama-se imposio simples (podendo ser feita com a mo espalmada ou com as pontas dos dedos) (vide fig. 37) e serve para descansar os braos quando estes estejam fatigados com os movimentos continuados ou para aplicao do passe de mos combinadas (vide fig. 39). Tambm quando no h necessidade de grande aplicao de fluidos intensos. Na prtica esprita a imposio feita mais comumente por cima da roupa ou das cobertas do leito, a distncia relativa, eliminando-se as dobras nas roupas a fim de no prejudicar a interpenetrao dos fluidos, embora para os fluidos no haja resistncia penetrao dos corpos. E no havendo vexame do doente, a mo poder tocar a parte afetada.
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IMPOSIO CALMANTE A imposio calmante em geral . feita levemente sobre o local doente, principalmente sobre a cabea (fig. 49). Atuando sobre as correntes nervosas descarrega os fluidos pesados, facilitando, assim, a circulao do sangue. O mesmo acontece com os passes das Grandes Correntes (fig. 45). IMPOSIO IRRITANTE Quando o mdium atua demoradamente pela imposio (simples ou dupla) na cabea, acumula grande carga de fluidos, acarretando ao irritante sobre o sistema nervoso que enerva o crnio, e pode ocasionar srios embaraos magnticos. Pode-se dar contraturas dos msculos e nervos, parciais ou totais, principalmente quando se faz atuao muito prolongada sobre o crebro. Quando isto se der, j o dissemos, os passes dispersivos so os indicados (fig. 56). O mal-estar cessa prontamente. E, se continuar ainda, afaste-se o mdium do doente, para uma distncia regular. Desligando o mdium da corrente envolvente, rompe-se o contato e cessa incontinente a ao recproca dos fluidos. REGRAS A OBSERVAR Na imposio das mos dirige-se vontade a ao fludica sobre a parte doente do corpo, distanciando sempre as mos do local enfermo, isto , no tocando a roupa do doente. Salvo condies j especificadas. Na imposio feita sobre a cabea, que justamente a mais usada nos passes espritas, no necessrio passear com as mos (fora da corrente) sobre o corpo todo. Basta mant-las suspensas sobre a cabea, o tempo relativo para a manifestao dos fluidos e depois dar-lhes direo. Porm, ao iniciar o passe, partindo da imposio pode repeti-la (a imposio) quantas vezes desejar nas diferentes partes do corpo durante o trajeto do passe. Chama-se isto passe com paradas demoradas (vide fig. 56).
LIO DCIMA
PASSES Diviso dos Passes Passes magnticos, passes medinicos e passes espirituais Tcnica dos passes Porque no se pode cruzar as pernas e braos na recepo do passe ou na concentrao Passes longitudinais, rotatrios e de disperso de fluidos Os passes de sopro e sua tcnica. o o o O passe uma transfuso de fluidos do mdium curador ou passista para o doente, ao essa que pode ser exercida tambm com fluidos dos Espritos e da prpria Natureza ou meio ambiente.
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O passe transmitido pelo mdium, fornecendo somente os seus prprios fluidos, a sua prpria fora irradiante, chama-se passe magntico porque feito do corpo do mdium diretamente para o corpo do enfermo, sem que os fluidos sofram interferncia ou modificao. O passe dado pelos espritos, o que est fora do alcance de nossa vista material, a uma s pessoa ou a muitas ao mesmo tempo, chama-se passe espiritual, o qual pode ser manipulado pelos espritos passistas com elementos do mdium (ainda que este esteja a distncia), dos seus prprios fluidos ou de seus auxiliares e tambm de plantas medicinais. O passe transmitido por incorporao do mdium, chama-se passe medinico. este o maior escolho dos mdiuns devido a infiltrao de mistificaes tanto do mdium imprevidente como dos espritos ignorantes ou malfazejos. Todo o cuidado pouco com este passe.
PASSES DE MOS COMBINADAS O passe de mos combinadas consiste em fazer a imposio com uma e dar o passe com a outra. Ainda pode combinar as imposies pondo uma das mos numa parte do corpo e a outra em outra parte. Por exemplo: A mo esquerda sobre a testa e a mo direita sobre a nuca (bulbo raquidiano) que serve para grande concentrao de fluidos e, depois, fazer a disperso indispensvel ( como v-se na gravura 39).
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Como est demonstrado no quadro ao lado, h quatro categorias de passes: magntico, medinico, espiritual e sopro, que tambm uma modalidade do passe. CLASSIFICAO DO PASSE O passe classifica-se em: LONGITUDINAL, ROTATRIO, TRANSVERSAL, PERPENDICULAR E DE SOPRO. PASSES LONGITUDINAIS (ou de extenso) fig. 55). As mos, partindo da respectiva imposio, descem lentamente, ao longo do corpo, at a parte terminal escolhida. PASSES ROTATRIOS (fig. 40)
PASSES TRANSVERSAIS (de frente) Estender os braos para frente, mos espalmadas, as pontas dos dedos apontando para o trax do paciente, contrair os polegares para baixo e, em rpidos movimentos, abrir e fechar os braos, voltando sempre imposio, ( Observe-se a fig. 55.) PASSES PERPENDICULARES (fig. 56) Partindo da imposio feita sobre a cabea, descer as mos, uma pela frente e a outra por trs do corpo at aos ps, em passes longitudinais. PASSE DE SOPRO Este passe se divide em: SOPRO QUENTE e SOPRO FRIO. Adiante daremos explicaes detalhadas.
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TCNICA DOS PASSES PELA IMPOSIO SIMPLES SOBRE A CABEA (fig. 49) Posio do mdium: em p ou sentado, pela frente, atrs ou de lado do paciente. Estender o brao para a frente at que a mo espalmada se coloque sobre a cabea do doente, numa altura relativa, mantendo os msculos e nervos calmos, tendo o cuidado de separar os dedos uns dos outros. Nunca devem estar unidos. IMPOSIO DUPLA LATERAL
SOBRE O EPIGSTRIO Nesta parte, por ser muito importante devido ficar sobre o PLEXO SOLAR, a imposio pode ser feita com a palma da mo sobre o local ou tambm com as pontas dos dedos, como se v na gravura ao lado, Fig. 42.
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SOBRE O VENTRE A mo deve pousar sobre a parte escolhida do ventre, sem entretanto lhe tocar.
SOBRE O DORSO Colocar a mo nas costas entre os dois omoplatas, espalmada ou com as pontas dos dedos. SOBRE A NUCA (bulbo raquidiano) (fig. 45.) O mdium se coloca atrs do paciente e pousa a mo distanciada sobre o pescoo. PELA IMPOSIO DUPLA SOBRE A CABEA Esta imposio feita com as duas mos. Requer muita ateno do mdium. quando estender os braos para a frente; estes devem ficar com toda naturalidade na posio horizontal, sem contrao muscular e sem tambm relax-los demasiadamente. Os dedos conservar-se-o separados levemente sem se tocarem (fig. 44).
SOBRE OS OLHOS Coloca-se a palma das mos sobre os olhos ficando cada uma sobre a respectiva cavidade orbitria.
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SOBRE OS OMBROS Manter as mos sobre os ombros sendo uma de cada lado, influenciando o plexo braquial (fig. 46 ) .
SOBRE OS BRAOS A imposio pode ser feita com a palma das mos ou com as pontas dos dedos, no brao, no antebrao ou sobre as mos. SOBRE O VENTRE Pousar as mos sobre a regio central mediana do corpo (umbigo) sem todavia toc-la, se isso no for permitido, demorando-se na imposio (fig. 43). SOBRE OS JOELHOS Esta imposio, para melhor efeito, deve observar a imposio combinada, isto , com a direo sobre a rtula e a esquerda por trs, na concavidade da articulao do .joelho. SOBRE OS RINS As mos devem ficar espalmadas sobre cada rim, tendo os polegares quase ponta com ponta, sem todavia um tocar no outro. SOBRE OS TORNOZELOS As mos devem ficar uma de cada lado, de acordo com a fig. ao lado.
OBSERVAO
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Para as imposies nos membros inferiores no acmulos de fluidos, pois as correntes so dispersadas longo das pernas.
PASSES MAGNTICOS LONGITUDINAIS
(ou de extenso) SOBRE A CABEA Partindo da imposio dupla sobre a cabea, depois de sentir a manifestao dos fluidos, descer as mos suavemente, em movimento nem muito lento, nem muito apressado, at ao ponto terminal do passe. O passe feito em cinco tempos distintos:
1o) Imposio sobre a cabea (fig. 49). 2o) Descer as mos at onde vai o passe (fig. 55). 3o) Fechar as mos e uni-las ao corpo (fig. 50). 4o) Afastar as mos do corpo e abri-las (fig. 53). 5o) Voltar as mos com rapidez imposio inicial (fig. 49). OBSERVAO: As mos arrastam os fluidos pelas correntes e, para que eles no retomem ao corpo doente, elas se fecham para depois abrirem-se afastadas do corpo do mdium, dando disperso aos maus fluidos para os lados. Assim as mos voltam lmpidas para reiniciar o passe. Esta tcnica deve ser rigorosamente observada para todos os passes porque constituda por dados cientificamente estudados pelos professores europeus que se dedicaram ao magnetismo curador. SOBRE OS BRAOS (ou um s brao) Observa-se a mesma tcnica, partindo da imposio dupla ou simples, sobre a cabea ou ombros. Poder descer at a ponta dos dedos ou fazer parado nas articulaes Quando o mdium estiver bem afinado com os Guias Espirituais, por certo receber a necessria intuio como melhor proceder. O mdium atrs do doente, faz a imposio na cabea ou nos ombros. As mos descem lentamente at ao ponto onde deva ir o passe. SOBRE AS COSTAS (fig. 46) O mdium atrs do doente, faz a imposio na cabea ou nos ombros. As mos descem lentamente at o ponto onde deva ir o passe. SOBRE OS RINS (fig. 47) Feita a imposio correta, como j foi descrita, as mos descero at o plexo sagrado.
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SOBRE OS JOELHOS Feita a imposio combinada as mos descero at aos ps. PASSE MEDINICO Este passe realizado pelo mdium incorporado por Esprito passista, quando o medianeiro de incorporao sendo o verdadeiro passe esprita. Neste passe quem dirige todo o trabalho o Esprito incorporado. O mdium apenas fornece o instrumento, que o seu corpo total ou parcial. Os fluidos fornecidos so de ambos, podendo-se ajuntar ainda os dos meio ambiente e da flora medicinal. Como dissemos, , portanto, o verdadeiro passe esprita. Observese a diferena com o passe magntico. Para este so s os fluidos do mdium que entram em ao. Para aquele podem concorrer os de outras espcies. PASSE ESPIRITUAL O passe espiritual no visvel aos nossos olhos, porque feito exclusivamente pelos Espritos passistas missionrios do bem, muito comumente, nas sesses espritas. Pode ser o passe suplicado pelo mdium ou pessoa interessada, aos Espritos do Bem, os quais atuaro nos presentes como nos ausentes ou distncia. PASSES ROTATRIOS (movimentos concntricos) No passe rotatrio, partindo da imposio simples, sobre o local indicado, a mo comea a fazer movimentos concntricos no mesmo lugar durante alguns minutos. Tambm pode ser feito com as pontas dos dedos reunidos, o que tem ao mais profunda no organismo. Havendo preciso, poder faz-lo em combinao das mos, estando uma (a esquerda, por exemplo) na cabea do doente fazendo imposio simples e outra (a direita) aplicando o passe rotatrio (fig. 42). OS CINCO TEMPOS DO PASSE 1o TEMPO 2o TEMPO
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GRANDES CORRENTES (da cabea aos ps) Passes de Grandes Correntes, assim so chamados Os que se aplicam da cabea aos ps sem interrupo, por imposio simples ou dupla, podendo fazer ou no, parada no trajeto. Este passe deve ser aplicado no muito lento, para no haver acmulo de fluidos. (fig. 55).
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PASSE TRANSVERSAL O passe transversal, depois do Rotatrio o mais aplicado para disperso de fluidos acumulados. A sua tcnica a seguinte: 1o) Extenso dos braos para o paciente at lhe alcanar o trax, na imposio dupla. 2o) Contrao dos polegares para baixo como se quisesse ocult-los sob as mos. 3o) Abertura dos braos at deix-los em linha reta com o corpo (em cruz). 4o) Voltar posio primitiva num movimento vivo e rpido e, assim, repetir vrias vezes. PASSE PERPENDICULAR (fig. 56) outro passe que est na ordem dos passes de disperso. A sua tcnica a seguinte:
1o) O mdium coloca-se ao lado do doente estando este na posio de p ou sentado. 2o) Fazer imposio dupla sobre os lados da cabea (fig. 56). 3o) Descer lentamente as mos, simultaneamente, uma de cada lado do corpo, comeando pelos braos em primeiro lugar, at os ps. 4o) Pode ser repetido mais de uma vez. PORQUE NO SE DEVE TOCAR COM AS MOS NO PACIENTE Os tratadistas sobre as operaes magnticas no aconselham tocar o corpo do paciente com as mos, para evitar abusos e possveis vexames que firam a susceptibilidade moral do enfermo. Porm, no deixam de mencionar que a ao calorfica das mos, juntada com as magnticas, exerce maior influncia benfica. Ns, espritas, devemos seguir a mesma orientao e com muito mais razes em virtude de muitos praticarem o espiritismo na mais completa ignorncia dos seus ensinos. Salvo quando estamos diante de amigos, conhecidos sinceros ou de pessoas familiares; quando a confiana nos confere liberdade de ao. Mas, os mdiuns que desejam manter a sua moral a coberto de qualquer aleivosidade, em hiptese alguma devem tocar as mos no doente para transmisso do passe, ainda que para isso sejam instados. Mesmo porque os fluidos manejados a distncia, bem aplicados, tm maior fora de penetrao. PORQUE NO SE DEVE CRUZAR AS PERNAS E BRAOS NA CONCENTRAO Eis aqui outro ponto passvel de controvrsia entre os espritas. Porm, no h razo. Quem estuda as correntes fludicas e suas direes sabe perfeitamente que, cruzando as
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correntes, h interrupo da marcha. Portanto, quando entra-se em concentrao espiritual, principalmente para a prece ou para colocar-se em estado receptivo, recomendado nunca cruzarem-se s pernas nem os braos, para que as correntes centrfugas e centrpetas tenham livre curso na trajetria das suas direes. (Vide fig. 18.) Quando as pernas se cruzam, os braos ou as mos, isto , quando os membros se tocam, as correntes sofrem desequilbrio pela ao eletromagntica negativa sobre a positiva dos fluidos, anulando os efeitos benficos pela polaridade descontrolada das correntes. A posio correta, sempre recomendada , quando sentado, o paciente ou mdium terem s mos sobre os joelhos, sem se tocarem. PASSES DE BAIXO PARA CIMA outra incoerncia dos passistas, atestando sua ignorncia no manejo dos fluidos. Seria o mesmo que passar as mos de baixo para cima na correnteza da gua. As ondas produzidas pela presso das mos contrariando as correntes, formam emaranhado e depois retomam ao curso normal. Nada feito, portanto. Para muitos, parecer exigncia descabida estes ensinamentos. Porm, os bem intencionados vero que o nosso intuito to somente orientar pelo esprito da Verdade. Em espiritismo, o tratamento do enfermo material ou espiritual pode ser feito tanto na presena ou a distncia. Outras vezes, o doente no apresenta apenas leves alteraes do sistema nervoso, mas profundas leses em rgos vitais. Para estes, o tratamento no ser apenas de ligeiros passes; requer primeiro minucioso exame do corpo e do esprito. Sendo isso impossvel ao mdium curador, os Guias Espirituais, por certo, se incumbiro, silenciosamente, do necessrio tratamento adequado. Dar passe no privilgio de ningum, basta que a criatura tenha essa vontade, aliada, porm, ao desejo de fazer o bem, qualidades estas que s possuem Os mdiuns curadores, e depois aplic-las para mitigar a aflio do prximo atormentado; o complemento os bondosos Guias faro. Todavia, os mdiuns preparados tm muito mais merecimento perante os Espritos Mentores. PASSE A DISTNCIA O passe distncia transmitido pelo pensamento e vibrao, atravs da splica ao Eterno Doador de Bnos, exclusivamente; feita pela mentalizao do mdium ou do enfermo, por si ou por outrem ou ainda simplesmente pelo seu nome onde estiver. No se mentaliza nenhum movimento Com os braos como no passe comum. Entretanto, quando so observadas as condies de preparo do paciente e do respectivo mdium encarregado do trabalho, mesmo distncia, os efeitos so muito mais satisfatrios. No passe distncia, o maior trabalho compete aos Guias Especializados. O mdium ou os mdiuns, apenas concentram-se firmemente na mentalizao do paciente, a fim de que os seus fluidos possam servir de medicamento nas mos dos Espritos Curadores. Com este processo at mesmo a cirurgia tem sido praticada. Porm, nada feito sem merecimento, tanto da parte medinica como do paciente. Pois sabemos perfeitamente que cada um receber segundo as suas obras. Comprovando o passe a distncia, temos muitas vezes os mdiuns de desdobramento que acompanham os Espritos Mentores no trajeto a percorrer, passando por vales, montes e cidades, muitas das quais podem ser depois identificadas e, s vezes, at o trajeto executado, demonstrando estradas ou ruas, dando as caractersticas das casas e adjacncias, lugares completamente desconhecidos dos mdiuns. Essas descries fiis de locais e pessoas nunca vistas pelo mdium e seguida por outra pessoa conhecedora do ambiente, atestam a veracidade dos servios levados a efeito. Seja pela vidncia psquica, seja pela mentalizao ou por desdobramento, o que real e no resta dvida, que o trabalho ser sempre realizado.
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SOPRO CURADOR O sopro curador uma modalidade do passe no muito divulgada entre os espritas. Entretanto ele muito empregado pelo magnetismo na prtica vulgar, por quase todos os que necessitam de socorrer os doentes em angstia. Para os passistas, o sopro pode ser: QUENTE quando empregado contra queimaduras, inflamaes locais, dores, etc. (fig. 57). FRIO para ao dispersiva, nos acmulos de fluidos, principalmente nos estados congestivos, depresso nervosa, vertigens e colapso cardaco (fig. 58). O passe pelo sopro quente transmitido pela boca; assopra-se com ar aquecido do estmago sobre o local ou sobre toda a pessoa doente, como no gesto de quem deseja aquecer as mos quando atacadas pelo frio. O passe pelo sopro frio consiste no assoprar-se com o ar vindo dos pulmes; gesto natural do homem e de ao dispersadora dos fluidos maus. Os tratadistas europeus se referem com muito entusiasmo s curas realizadas por intermdio do sopro quente ou frio. Na medicina h casos de reanimao do doente com perda completa dos sentidos, pela intensidade do sopro frio. No espiritismo temos muitos exemplos de afastamento, ou desligamento, de espritos obsessores sobre os obsidiados pelo sopro frio, distanciado do enfermo. Embora as virtudes do sopro curativo sejam ainda muito discutidas por uns e elogiadas por outros, ns espritas, no aconselhamos a sua prtica, pela mesma razo de condenarmos o uso de tocar os doentes com as mos. O sopro ainda tem o perigo de contgio de molstias de que possa ser portador o prprio mdium. Para melhor compreenso, vamos especificar em quadro demonstrativo abaixo: DIVISO DO SOPRO QUENTE Estimulante, Cicatrizante, Descongestionante. FRIO Calmante, Revigorador, Dispersador de Fluidos, Curativo SOPRO QUENTE O sopro quente uma modalidade do passe magntico, muito empregado por toda a humanidade no sentido de aliviar uma dor ou um sofrimento qualquer at a uma sbita asfixia. Embora seja desconhecida ainda a atuao dos seus princpios restauradores da sade, no se ignore entretanto a sua ao benfica.
Fig. 57 Tcnica de assoprar quente, com a boca semi-aberta, em forma de assobiar grosso.
O sopro quente sai da boca do mdium saturado de fluidos curadores, umedecidos por vapores aquecidos pelas mucosas gstricas e pelos pulmes. A reparao dos tecidos lesados, j est provada pela cincia oficial com base nos estudos da eletricidade polarizada, no obstante sejam desconhecidos os seus princpios ativos. O cientista J. Ochorowicz relata, para comprovar a transmisso das foras fludicas de um corpo para outro, o fato de um magnetizador ter tomado dois copos de vinho e logo em seguida
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passar a magnetizar, tendo por resultado imediato o doente apresentar sintomas visveis de embriaguez, sem, entretanto, ter tomado uma gota sequer de qualquer bebida alcolica. Esta citao vem confirmar o que j afirmamos, de que cada um d o que tem, referindonos aos mdiuns passistas. Prova cabal de que o mdium com sade alterada no deve dar passes, pois, em vez de levar curas ao doente, levar, pelo contgio, mais enfermidades ao pobre, j de si to atormentado pelos sofrimentos. O mtodo para aplicar o sopro quente consiste em aproximar a boca da parte enferma, a regular distncia, e assoprar quente, tambm j citado como se fosse para aquecer as mos do frio, tendo o cuidado de, quando se tratar de doena contagiosa, ou repugnante, recobrir o local com um pano de flanela fina de cor branca. (Muito imprprio para certas localizaes.) SOPRO FRIO O sopro frio, assoprado com fora, porm com flego bastante longo, envolve todo o doente ou somente a parte afetada, e a sua ao poderosamente dispersiva. Em certos casos, muito til para separao do obsessor do obsidiado. Nisto a nossa experincia tem comprovado em muitos casos, quase que instantaneamente. Este trabalho demanda conhecimento profundo no manejo dos fluidos, moral muito elevada e assistncia espiritual, enobrecida nos exemplos evanglicos.
Para aplicao do sopro fio, observa-se a seguinte regra: o mdium coloca-se na posio mais conveniente para o trabalho e, depois de inspirao profunda, assopra sobre o doente, com fora, como se fosse para apagar uma vela a distncia. Repete a mesma operao por 5 ou 6 vezes em cada sesso. Recomenda-se muito cuidado nessa operao. Pois, em primeiro lugar, a boa sade do mdium deve estar em bom equilbrio orgnico. O estado de sanidade dos pulmes e do corao condio essencial. O abuso pode determinar no mdium alterao na corrente circulatria de suma gravidade. Embora as virtudes curativas dos passes pelo sopro sejam muito proclamadas pelos seus propagadores, ns os espritas praticantes no aconselhamos o seu uso corrente, j o dissemos. Oferece muitos inconvenientes tanto para o mdium, para o paciente como para a doutrina. Salvo para os que esto seguros do ato que praticam. Por exemplo: se um obsidiado no se liberta na hora de seu obsessor, o mdium estar desmoralizado, sabido como que muitos efeitos se processam muito tempo depois. Mas os ignorantes e impacientes querem o milagre, e este, sabe Deus quem o poder fazer. Como elemento bsico no preparo tcnico do sopro, h de considerar que um hlito que aflua pela. boca impregnado de fluidos viciados pelo lcool, fumo, vapores de condimentao fortes e molhos apimentados ou pelas eructaes cidas do estmago, no se presta para fins teraputicos do sopro. Se o que entra pela boca, sem o necessrio cuidado de seleo contamina o sopro, que diremos ento da boca que no se resguarda das palavras que criam. nuvens escuras em torno da sua aura e as irradia para o prximo? A boca que est cheia de lodo e imundcies, como poder emitir fluidos limpos e sos para curar os enfermos?
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Todo e qualquer servidor do bem dever compreender que no estando em condies salutares fsica e moralmente, no poder de forma alguma encetar os servios de assistncia aos necessitados, seja aos espritos ou aos encarnados, sob pena de infligir as leis naturais vibratrias, e, consequentemente, passvel de punio, embora seja esta imediata ou mediata. A medicina de sopro muito extensa e no segundo volume da srie Medicina Espiritual, a ser editado futuramente por ns mesmos, ser tratado com mais detalhes e explicaes elucidativas. A soproterapia de grande eficcia no tratamento de diversas doenas ou enfermidades que afetam o corpo carnal e o perisprito. Razo porque podemos afirmar que o sopro, no captulo dos passes, j possui uma teraputica-fludica especializada, com referncia medicina espiritual. Porm, como para bem fazer preciso aprender, para exercer a soproterapia preciso escola, a fim de que se faam tcnicos e no apenas curiosos. Escolas que faam aprimoramento do intelecto e do moral elevado. Neste captulo do sopro no podemos deixar de citar o j nosso esprito orientador, Andr Luiz em Os Mensageiros, pgina 105, por Francisco Cndido Xavier: Como o passe, que pode ser movimentado pelo maior nmero de pessoas, com benefcios apreciveis, tambm o sopro curativo poderia ser utilizado pela maioria das criaturas, com vantagens prodigiosas. Entretanto, precisamos acrescentar que, em qualquer tempo e situao, o esforo individual imprescindvel. Toda realizao nobre requer apoio srio. O bem divino, para manifestar-se em ao, exige a boa vontade humana, Nossos tcnicos do assunto no se formaram de pronto. Exercitaram-se longamente, adquiriram experincia a preo alto, Em tudo h uma cincia de comear. So servidores respeitveis pelas realizaes que atingiram remuneraes de vulto e gozam de enorme acatamento, mas, para isso, precisam conservar a pureza da boca e a santidade das intenes. Nos crculos carnais, para que o sopro se afirme suficientemente, imprescindvel que o homem tenha ESTMAGO SADIO, a BOCA HABITUADA a FALAR BEM(2) com absteno do mal e MENTE RETA, interessada em auxiliar, Obedecendo a esses requisitos, teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e curativo. Atravs dele, poder-se- transmitir. tambm na Crosta, a sade, o conforto e a vida.
LIO DCIMA-PRIMEIRA
FLUIDIFICAO DA GUA Processo para fluidificao da gua Sua utilidade no tratamento das doenas Fluidificaes da gua pelos Espritos. o o o GUA FLUIDA A gua, pela sua prpria natureza, j um fluido condensado. Porm, em espiritismo, entende-se por gua fluida aquela em que os fluidos medicamentosos foram imergidos, por ao magntica do mdium ou por intermdio dos Espritos Benfazejos. Magnetizao da gua no copo
N. - O grifo nosso.
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Os processos para fluidificao da gua consistem nos seguintes: 1o) Pela prpria pessoa 2o) Pelo mdium 3o) Pelos Espritos do Bem No primeiro caso, coloca-se a vasilha com gua frente de si (como copo, garrafa ou outro vaso qualquer), com a boca destampada, embora isso no impea a penetrao dos fluidos, e, em prece, suplica-se o que se deseja que seja feito na gua. Caso para isso no haja habilitao do suplicante, deixa-se a gua exposta ao sereno da noite. No dia seguinte estar fluidificada pelos Espritos do Bem. PASSES PARA A FLUIDIFICAO DA GUA EM GARRAFA
Quando age o mdium, toma este a vasilha com uma das mos, abrangendo com os dedos, ligeiramente separados, as faces laterais da mesma, e, com a outra mo, faz a devida imposio tcnica. Percebendo que os fluidos se fizeram sentir, inicia passes laterais at cinco ou mais vezes (fig. 62). A fluidificao da gua pelos Espritos pode processar-se na presena do mdium ou a distncia. No primeiro caso no dispensa a concentrao do mdium. No segundo faz-se a exposio da vasilha ao sereno da noite, como foi dito. FLUIDIFICAO DA GUA EM VASOS
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Quando houver necessidade de certa quantidade de gua fluida, apenas um copo que esteja fluido poder servir para fluidificar uma talha ou mais, misturando-se os lquidos. Uma colher basta para um copo ou este chega para uma talha.
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FLUIDIFICAO DA GUA PARA BANHO Sabemos que todos os corpos podem ser fluidificados para serem teis humanidade sofredora. Quando o tratamento inteiramente feito pelas foras magnticas, podem ser magnetizadas as roupas de uso e demais objetos, os alimentos e at o prprio ar que o doente respira. A gua para banho oferece grande alvio aos enfermos cansados ou fatigados, tanto pelo trabalho ou pela do, quando fluidificada. O processo consiste em passar ambas as mos, com as pontas dos dedos, de um ao outro lado dentro da gua, repetindo muitas vezes essa operao. So passes de fluidificao. escusado dizer que no dispensa a respectiva concentrao (fig. 65).
Reportando-nos gua fluida, no podemos nos de lembrar o querido Esprito amigo Emmanuel, sobre assunto, com ensinamentos to relevantes como seguem: A GUA FLUIDA
E qualquer que tiver dado s que seja um copo d'gua fria por ser meu discpulo em verdade vos digo que, de modo algum perder o seu galardo. Jesus Mateus, 10:42.
Meu amigo, quando Jesus se referiu bno do de gua fria, em seu nome, no apenas se reportava paixo rotineira que sacia a sede comum, Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos. A gua dos corpos o mais simples e receptivo da Terra. como que a base pura, em que a medicao do Cu pode ser impressa, atravs de recursos substanciais de assistncia ao corpo e alma, embora em processo invisvel aos olhos mortais. A prece intercessria e o pensamento de bondade representam irradiaes de nossas melhores energias. A criatura que ora ou medita exterioriza poderes, emanaes e fluidos que, por enquanto, escapam anlise da inteligncia vulgar e a linfa potvel recebe a influenciao, de modo claro, condensando linhas de fora magntica e princpios eltricos que aliviam e sustentam, ajudam e curam. A fonte procede do corao da Terra e a rogativa que flui no limo d'alma, quando se unem na difuso do bem, operam milagres. O esprito que eleva na direo do Cu antena viva, captando potncias da natureza superior podendo distribu-las em benefcio de todos Os que lhes seguem a marcha. Ningum existe rfo de semelhante amparo. Para auxiliar a outrem e a si mesmo, bastam a boa vontade e a confiana positiva. Reconheamos, pois, que o Mestre, quando se referiu gua simples, doada em nome da sua memria, reportava-se ao valor real da providncia, em benefcio da carne e do esprito, sempre que estacionem atravs de zonas enfermias.
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Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na soluo de tuas necessidades fisiolgicas ou dos problemas de sade e equilbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de gua cristalina frente de tuas oraes, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizar o lquido, com raios de amor, em forma de bno, e estars, ento, consagrando o sublime ensinamento do copo de gua pura, abenoado nos Cus.
(Pgina recebida pelo mdium Francisco Cndido Xavier, em sesso pblica da noite de 5-6-50 em Pedro Leopoldo.)
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DESARMONIA PSQUICA
A pobre empregada traz o esprito em luta com a sua prpria desarmonia psquica. Entretanto, os patres se mantm em vibrao harmoniosa, manifestada pela colorao de sua aura. Porm, esta assistncia escura, que tortura a infeliz servial pode contagiar aos que dela se aproximam, perturbando-lhes a paz. Pois os maus espritos que a rodeiam, procuram, por todos os meios, perturb-la. Ora um prato que lhe cai da mo, uma xcara que entorna, e os patres ou quem vive com ela, esto sujeitos a ser influenciados atravs da mdium obsidiada. ESPRITO VINGADOR (fig. 69) O esprito de vingana sobrevive aps a morte do corpo carnal. Mormente quando entre dois, um reencarna primeiro, o que demonstra certo merecimento. O que fica no espao, usando do poder que lhe peculiar, como mau, projeta a sua perseguio sobre a pequena vtima reencarnada. Muitas alteraes mentais comeam no bero sem que ningum atente para a vida espiritual. Muitas anomalias psquicas de filhos que se colocam contra os pais ou vice-versa, asmas, epilepsias, nas suas diversas formas, podem ter sua causa espiritual
Na nossa gravura vemos o vingador invisvel atacando a criana, projetando-lhe fortes raios de dio. O pequeno, pela sensibilidade do esprito infantil, grita e pede socorro na sua inocncia, levantando as mozinhas. Parece que ningum lhe atende; entretanto, seu Esprito Protetor, o seu anjo da guarda o ampara, formando uma rede magntica protetora que impede a penetrao dos raios maus. ALUCINAO Na alucinao, os espritos obsessores criam formas de animais inferiores os mais horrendos para atormentar a mente de sua vtima. H alucinados que s veem um animal que os ataca, sempre furioso. Outros so perseguidos por formas de rpteis, larvas e bichos diversos. O caso de Margarida, citado por Andr Luiz em Libertao, de Francisco Cndido Xavier, d-nos uma ideia completa do que uma tenaz possesso.
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Quando o doente despertado a tempo de socorrer-se pelo esprito, ento. muita coisa possvel ser evitada.
O tratamento adequado feito pelos passes diversos, aplicveis. a cada caso, inclusive sopros, quando bem orientados. e severa doutrinao evanglica, aos que assistem. OBSESSO (2o grau patolgico-espiritual) A obsesso o segundo grau das influenciaes malficas. O obsessor j est senhor do campo a atacar, manifestando e, mesmo, impondo o seu mau instinto atravs dos fluidos medinicos da vtima, a qual praticar atos incompatveis com o seu estado normal de bom senso. Reconhece-se quando obsesso, pelas pausas que faz a ao do mal; Nestas pausas, o doente retoma ao seu estado normal, como se estivesse completamente restabelecido. Isto no regra, mas a maioria se processa desta forma. Vezes h que o obsessor no se arreda da sua presa, principalmente os vingadores. Ligada ao fenmeno espiritual, existe, muitas vezes, a leso orgnica, j existente anteriormente, da qual se aproveitou o esprito do mal para mais sacrificar o seu escolhido ou que ele mesmo, por sua atuao, j cavou fundo nos rgos do corpo. O tratamento requer, alm dos passes e doutrinao, muita fora de vontade por parte do doente e ajuda dos familiares. A perseverana vencer. POSSESSO ( 3o grau patolgico-espiritual) A possesso o domnio completo do obsidiado. O obsessor deixou de atuar a distncia e se colocou de tal forma aderente aura do mdium enfermo que este obedece cegamente as vontades do perverso inimigo, praticando atos inconscientes, estranhos ao seu conhecimento.
A possesso do mdium pode ser por um ou mais Espritos maus, como Madalena do Evangelho que era possuda de 7 demnios. Podem eles formar grupos perseguidores como representa a gravura da pgina 149 e se ajuntarem ao mdium at a sua completa liquidao. A medicao sempre a mesma: dos passes e dos fluidos. Tambm a homeopatia pode ser um grande auxiliar, para reajustamento orgnico.
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LIO DCIMA-SEGUNDA
TRABALHOS COMBINADOS ENTRE MDIUNS E ESPRITOS CURA MARAVILHOSAS. o o o Estando o mdium integrado nas exigncias da Condio Bsica (ditada pelo Esprito de Andr Luiz e que figura no comeo deste livro a ttulo de roteiro para os mdiuns que desejam bem servir ao Senhor) do bom trabalho, para prestar socorro aos sofredores deste plano ou do invisvel, que se valham do espiritismo para dar alvio aos padecimentos morais ou fsicos, deve ele reconhecer que a sua misso, conquanto seja realizada na Terra, dada a sua condio de encarnado, no paira somente no terreno das realizaes mate riais. Ela vai para os espaos siderais. Os Poderes Espirituais, constatando atravs do pensamento evangelizado, que h ali um servidor de boa vontade na prtica do bem, so-lhe designados Espritos amigos e sbios para assisti-lo no trabalhos de verdadeira caridade crist. No importa a orientao religiosa que professe. Pode mesmo no ter religio alguma e at ignorar a existncia de Deus e Jesus Cristo. Estando, porm, com o exemplos do Mestre Amigo no corao, faz-se merecedor da ajuda dos Espritos Missionrios. Exemplos assim h-os por toda parte do mundo, para conhecimento dos humildes e simples e confuso dos sbios, de acordo com os ensinamentos evanglicos. A cultura intelectual progresso e pode ser muito til, mas a luz espiritual s a encontramos nos coraes moldados no roteiro traado pelo Mestre Divino. O que valem a inteligncia, a intelectualidade, a sabedoria enfim, o progresso material dos bens terrenos, os conhecimentos e os evanglicos sem obras, perante os dons do corao?
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Muitas vezes, faz mais uma benzedeira do que profundo cientista da medicina, diante do enfermo desenganado. Por que tudo isso? Podero perguntar. Porque na seara do Divino Mdico trabalha-se com o corao e no com o crebro, embora ambos tenham ao conjugada. Irradiar fluidos, todos os corpos o fazem. Porm, irradiar fluidos benficos, curadores, finos, s os que praticam o bem pelo bem, a caridade pelo amor de servir ao irmo necessitado. No h alternativa. o sinal dos crentes, como rezam os ensinos do Mestre. As curas maravilhosas, ou sejam, os chamados milagres, transitam atravs destes estudos: o preparo do mdium e a f do enfermo. A conjugao de fluidos opera o impossvel para a humanidade. E quem j chegou at l? Contam-se a dedos quo difcil subir a escada de Jac! Entretanto, que no se percam as esperanas. A pedra bruta, fora do martelo e da talhadeira, chega a espelhar as imagens dos Cus. Coragem, amigos. Os bons fluidos so aproveitados em qualquer lugar e Dora. Os trabalhadores do Senhor no dormem. Onde est o mdium servidor, a estaro eles. Seja nas sesses espritas ou isolados, os mdiuns em trabalho ativo estaro sempre em ligao com os Espritos do bem. Fora dos recintos em reunio, o mdium est sempre irradiando fluidos da sua qualidade medinica. Mesmo quando em repouso pelo sono, so utilizados pelos Espritos para socorrer necessitados. Lembrai-vos, amigos, das Condies Bsicas!
LIO DCIMA-TERCEIRA
TRATAMENTO INDIVIDUAL E EM GRUPOS Organizao das sesses de curas Tempo de durao dos trabalhos Horrio prefixado Grupo de mdiuns em ao Valor da meditao no silncio Escolha de mdiuns especializados. o o o H muita distino entre o tratamento individual e em grupo. Este feito em sesses espritas especialmente organizadas para esse fim. No tratamento individual h a observar se o paciente necessita apenas de um passe reconfortante ou se precisa de tratamento mais bem orientado. Neste caso preciso instituir um mtodo de tratamento com dia e hora marcada principalmente quando o doente est a domiclio. Nos casos onde a desencarnao esteja prxima, o mdium est na obrigao de pedir sempre a assistncia do mdico, para evita futuros dissabores. No tendo o mdium tempo suficiente para atender doente de acordo com a necessidade do caso apresentado, de bom alvitre no comear o tratamento. Pois, um tratamento iniciado requer ordem e prosseguimento at o final. Caso contrrio o doente poder sofrer reaes de funestas consequncias. O tratamento deve realizar-se pontualmente na hora certa e combinada. No aposento onde est sendo transmitido o passe deve haver uma corrente de mdiuns se possvel; no haja barulho de espcie alguma, nem curiosos ou animais domsticos. As pessoas que porventura assistirem aos trabalhos no devem ser contrrias doutrina ou ao tratamento esprita. O doente deve ser aquele que mais deseja a sua cura. Escolhida a parte do corpo para o passe, coloca-se o doente em assento mais baixo, para facilitar o servio do mdium, em todos os lados. ORGANIZAO DAS SESSES No tratamento reunido em sesso, devem estar presentes somente o dirigente, os mdiuns escolhidos e os doentes, sendo que as pessoas acompanhantes destes ficaro a distncia, fora da corrente, recomendando-se com rigor no trazer crianas e nem adultos que manifestem ideias contrrias ao espiritismo.
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O tratamento pode ser feito em sentido geral ou, se houver tempo, aconselhvel ministrar o passe individual a todos os parentes, inclusive aos mdiuns, como preparao dos trabalhos espirituais. O perodo de trabalho de cada sesso no dever exceder de 45 minutos, no mximo, a fim de no esgotar os mdiuns nem fatigar os enfermos. A ordem mais aconselhvel a seguinte: 1o) 5 minutos de silncio para preparo do ambiente, 2o) 5 minutos para prece e abertura dos trabalhos, 3o) 25 minutos para doutrinao evanglica, 4o) 5 minutos para vibraes a distncia e curas, 5o) 5 minutos para prece de encerramento final. 45 minutos. Esta regra a mais recomendvel, porm, no de absoluto rigor para ser seguida. O bom senso de cada dirigente dos trabalhos imprimir direo o que mais lhe parecer conveniente, sem, todavia, fugir aos princpios citados, os quais so o conjunto normal dos trabalhos espirituais. No aconselhamos tambm reunir muitos doentes numa s sesso. No mximo trinta doentes, para que os fluidos sejam bem distribudos equitativamente. Os Mentores Espirituais trabalham no silncio das sesses. PERIGO DE CONTGIO No tratamento em grupo no se deve permitir a presena de doentes portadores de molstias contagiosas ou que exalem mau cheiro ou que sejam repugnantes, isto no nos cansamos de recomendar. Mesmo os que estiverem atacados de gripes ou apenas resfriados, so perigosos na permanncia do grupo. Estes ficaro a distncia, fora da corrente medinica. ESCOLHA DE MDIUNS ESPECIALIZADOS . Para as sesses de curas, os mdiuns devem ser escolhidos. Precisam ser especializados na misso de curar, depois de terem passado pelas Condies Bsicas de preparo indispensvel. Os mdiuns sem o devido preparo s podem servir de escolhos aos trabalhos. Pois pouco ou nada pode ajudar, quem no sabe fazer. Perdem-se no turbilho de ideias e pensamentos diversos, quando no se entregam ao sono repousante. Outros, em vez de dar, absorvem os fluidos captados pela prpria necessidade orgnica estes prejudicam. O SILNCIO Muitas pessoas, infensas religio, se mostram inquietas com os letreiros insistentes pedindo silncio nas parede dos centros espritas ou casa de orao. H razo muito importante para isso. Pois qualquer conversao ou barulho de passos, cadeiras fazendo rudos, perturbam a manifestao de fluidos curadores. Os rudos violentos, como pancadas ou estalos, pela deslocao de ondas que produzem, interferem na corrente medinica, abalando a concentrao. Ademais, quando o mdium est concentrado, exteriorizando fluidos naturalmente, qualquer choque que venha afetar o seu sistema nervoso no s o desconcentra como pode ser nocivo sua sade. Os raios da prpria luz quando acesa bruscamente no escuro das sesses, violentam as expanses irradiantes. O mdium em concentrao, principalmente os que so de desdobramento, sonamblicos, merecem toda ateno por parte de todos os presentes. Os que so despertados com violncias, podero sofrer acidentes. graves pelo choque vibratrio e chegar mesmo a desencarnar, em virtude de inibio das foras magnticas que mantm o tnus vital orgnico. Quando isso no acontea poder sofrer, entretanto, queda de presso sangunea; outras desordens aparecero, pondo o mdium em desequilbrio, ainda que seja por alguns dias. Tudo isto est comprovado na prtica das sesses experimentais. So conhecimentos rudimentares que os dirigentes de trabalhos espritas devem conhecer perfeitamente, se no pelos estudos, ao menos pela prtica.
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Finalizando este captulo, lembramos que uma sesso deve comear e terminar em hora certa, no permitindo a entrada e nem a sada de pessoas durante a realizao dos trabalhos.
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DECLOGO PARA ESTUDOS EVANGLICOS 1 Pea a inspirao divina e escolha o tema evanglico destinado aos estudos e comentrios da noite. 2 No fuja ao esprito do texto lido. 3 Fale com naturalidade. 4 No critique, a fim de que a sua palavra possa construir para o bem. 5 No pronuncie palavras reprovveis ou importunas, suscetveis de criar imagens mentais de tristeza, ironia, revolta ou desconfiana. 6 No faa leitura, em voz alta, alm de cinco minutos, para no cansar os ouvintes. 7 Converse ajudando aos companheiros, usando caridade e compreenso. 8 No faa comparaes, a fim de que seu verbo no venha ferir algum. 9 Guarde tolerncia e ponderao. 10 No retenha indefinidamente a palavra; outros companheiros precisam falar na sementeira do bem. ANDR LUIZ
(Pgina recebida pelo mdium Francisco Cndido Xavier, na reunio pblica da noite de 21/3/52, em Pedro Leopoldo.)
LIO DCIMA-QUARTA
AUTOPASSE Mtodo para emprego do autopasse Condies para a sua aplicao Auxlios dos Espritos. o o o Pelos estudos j realizados, vimos que os fluidos emitidos pelo homem podero influenciar o seu semelhante, presente ou a distncia. Esta faculdade de um homem atuar sobre o outro por intermdio do seu prprio fluido est sobejamente comprovada, embora no seja admitida pela cincia oficial. Dessa assero temos ns, espritas praticantes, provas cabais atravs dos trabalhos prticos dirios que realizamos. No resta a menor dvida a respeito da transmisso de fluidos de homem para homem e, do homem sobre si mesmo e mais ainda, at para animais inferiores ou coisas. Alis, o autopasse, talvez tenha sido empregado primeiro do que o prprio passe. Pois o instinto animal manifesta-o quando procura amenizar a sua dor, lambendo as suas feridas. O homem assopra-se quando machucado ou se queima. a prtica do perfeito autopasse. Para os espritas, os Guias sugerem sempre a ideia do autopasse. A prece um dos recursos. Nem todos os doentes podem recorrer ao autopasse. O autopasse requer concentrao, mesmo momentnea, para que o enfermo se coloque em condio receptiva. Porm, quem est em aflio, em dores agudas, sistema nervoso abalado, jamais poder ficar de boa concentrao. Sabemos que os prprios mdicos recorrem a colegas. No receitam para si mesmos, por certo, na impossibilidade de se concentrarem. Os espritos tm a faculdade de ligarem-se mentalmente com os Espritos Mentores e estes os socorrem. O autopasse estimula a reao orgnica, produz a calma e o doente readquire o poder de concentrao. A vida agitada que atravessa a humanidade nesta fase de progresso material e tambm espiritual, aliada s mudanas bruscas de temperaturas, muito comum em certas regies nossas, o cansao da luta diria pelo afanoso ganha-po, tudo causa enfermidades psquicas e orgnicas. Ao invs do trabalhador levar a calma e a paz ao lar, aborrece-se com tudo que se lhe depara pela frente, se enraivece, sobrevindo, assim, discrdias, inapetncias, insnias, gripes, resfriados, quando outros rgos importantes da economia no so afetados.
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A causa a pura imprevidncia nossa. Pois, se nos abstivssemos da ligao mental com essas perturbaes inferiores, alijando-as para longe dos nossos pensamentos, os bons encontrariam guarida em nossas ideias, e os maus manter-se-iam a distncia. AUXLIO DOS ESPRITOS NO AUTOPASSE Todas as criaturas de Deus tm o seu anjo tutelar, esprito guia, protetor, enfim o nome que se lhes queira dar, que as acompanha pajeando nos menores atos, movimentos, desejos ou ideias. So verdadeiros amigos assistentes que riem conosco nas nossas alegrias e choram tambm quando no! amarguramos por qualquer infelicidade que nos ataque Ajudam-nos em todas as dificuldades, no s morais com materiais. VIBRAO ESPIRITUAL Cientificamente, vibrao a repercusso de sons emitidos. Vibrao Espiritual muito diferente de vibrao material. No se deve confundir vibrao com concentrao. Vibrar espiritualmente emitir pela fora de vontade ondas vibratrias para determinado fim. No o pensamento que age; todavia ele o veculo que transporta as vibraes, dando-lhes a direo projetada. Todos os corpos sonoros vibram, como por exemplo: os sinos, as cordas dos instrumentos musicais, etc. Os sons articulados se alargam em ondas concntricas em direo at onde possam atingir a fora vibratria. Ao passo que a vibrao espiritual, parte do sentimento manifestado pelo corao com o fim de atingir determinado objetivo, prximo ou a distncia. Para se emitir vibraes de curas ou socorro, geralmente eleva-se o pensamento ao Mestre Jesus, e suplica-se-lhe pelo sentimento de caridade, a intercesso pelo enfermo necessitado, onde ele se encontrar, seja neste plano ou no invisvel. A vibrao fora materializvel tanto quanto o pensamento. Um Esprito que est em vibrao, est emitindo ondas, no sonoras como os instrumentos de corda, mas fludicas, etricas que avanam para a direo dada. MEDITAO Para o bom trabalho exige-se trs estados do trabalhador da sementeira esprita. Em primeiro, Concentrao, em segundo, Meditao e em terceiro, Vibrao. De todos j falamos. Porm, a meditao requer alguns esclarecimentos mais detalhados. Meditar colocar-se no estado passivo, repousando o pensamento sobre determinada coisa, deixando que as ideias se encarreguem na sua movimentao de se firmar na elucidao do que preocupa o sentido. Quem medita se esclarece e se ilumina na orientao dos bons sentimentos. EDUCAO DOS OLHOS O mdium curador necessita ter o pensamento, Os atos e palavras educados, bem como os rgos dos sentidos com a finalidade para o bem. Destes, sobressaem, com suma importncia, o pensamento e os olhos, que constituem instrumentos do Esprito. O pensamento deve estar educado, para agasalhar, somente o que agradvel a Deus. Os olhos so a luz que apreende as imagens exteriores, recolhendo-as para o Esprito. O olhar precisa ser educado nos bons sentimentos, bem como de muito exerccio para concentrao magntica. O mdium de olhar educado, no v as coisas ms seno pelo sentimento de caridade, orientando-se pelo: socorra e passe adiante. O olhar viciado na malcia, no mal, produz nuvens no Esprito e atrai ms influncias. Deve ele ser purificado sempre pelas boas intenes. O olhar para concentrao magntica dever preparar-se em exerccio dirio, diante de um espelho, comeando, primeiro durante 30 segundos, depois um minuto, depois dois, depois 3, at 5 ou dez minutos, sem piscar, isto , sem desviar o olhar, fixo nos seus que se refletem no espelho.
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LIO DCIMA-QUINTA
MAGNETISMO DA MSICA Porque se faz msica suave Msicas violentas so foras perturbadoras. o o o Os sons constroem fora magntica de acordo com a sua vibrao. Se so suaves e melodiosos, os fluidos so benficos e agradveis. Se so violentos e ferem os nossos ouvidos, causam-nos mal-estar, perturbam o nosso equilbrio espiritual e nos roubam a calma. Os sons em msica rtmica para acalentar o homem vm de tempos muito longnquos. Os peixes e os pssaros, antes do homem, por certo, j se extasiavam com a msica desde pocas primitivas; usavam-na os pastores para apascentar as suas ovelhas atravs de flautas e outros instrumentos melodiosos. Nos tempos atuais, a msica concorre para a formao de ambientes homogneos, nas casas de orao (ou de harmonia descontrolada). Nas sesses espritas, entram com a sua suavidade para preparar o ambiente, condensando os fluidos amenos na atmosfera de caridade. A que melodiosa tem fora de atrao magntica, pela ao de concentrao dos ouvintes. Os fluidos finos emitidos pelos que esto reunidos se aglutinam no ambiente formando linhas de foras curativas. As msicas violentas so foras destruidoras pela desintegrao que provoca nos corpos e no ambiente. ALGUMAS INDICAES DE TERAPUTICA DOS FLUIDOS Os passes possuem ao teraputica, isto , efeitos medicamentosos. No se trata de uma teraputica especializada, onde cada sintomalogia patolgica requeira um passe especializado. Sendo o passe um condensador de fluidos, nunca possumos uma prova material, palpvel, da sua ao no organismo, a no ser pela manifestao do doente. Entretanto, como o passe em espiritismo tem sempre como auxiliar os Bons Espritos, e no havendo para eles a impenetrabilidade da matria, os mdiuns curadores so intudos para a aplicao de passes especializados, de acordo com cada caso de doena, conhecidos que so os pontos de interveno no corpo humano, ou seja, a localizao dos plexos nervosos. Todavia, com o intuito de prestar ligeira orientao aos que se iniciam no conhecimento dos passes, vamos dar algumas das muitas aplicaes teraputicas. Em primeiro lugar, no se inicia nenhum tratamento fludico sem um passe de desembaraamento dos fluidos pesados, que, porventura, estejam envolvendo o doente. Este passe de extenso, isto , o longitudinal, partindo da cabea at o epigstrio, pela frente do paciente, e quando necessrio, por detrs tambm. Depois deste, podemos comear qualquer tratamento especializado, ou seja, de determinada doena. QUEIMADURA Aplica-se o sopro quente, repetidamente sobre o local queimado, at que a dor cesse. A queimao desaparece e nem as bolhas e supurao sero formadas. Alm desta indicao, combate os estados congestivos, unheiros, tersis, defluxos, enxaquecas e qualquer dor localizada, principalmente a de cabea (congestiva). CONTRATURAS As contraes dos msculos e nervos so produzidas por acmulo de fluidos que se condensam nos tecidos. Depois dos passes manuais de disperso, o mais indicado o sopro frio, repetido muitas vezes, at que se desfaam as contraturas. Sopra-se sobre todo o corpo, principalmente sobre os plexos, distinguindo-se o PLEXO SOLAR. CALMANTES Os passes calmantes, so todos os longitudinais, sobressaindo o de Grandes Correntes, que tm grande ao nas febres em geral e estado de angstias. (Aflies). DESOBSTRUES Todas as desobstrues so realizadas pelos passes ROTATRIOS e pela gua fluida, em jejum e noite.
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DOR DE CABEA Cessa imediatamente com a imposio das mos sobre a cabea e passes longitudinais partindo do plexo braquial, quando for a dor por congesto. Quando h disfunes, emprega-se o passe de Grandes Correntes. Nestas dores de cabea a medicao curativa encontra na homeopatia poderoso auxiliar.
INFLUENCIAO (veja-se fig. 78) So perturbaes psquicas que comeam por ligeiras alteraes mentais que, quando acentuadas, passam a afetar o organismo, preparando o caminho para avanos maiores, ate a obsesso. Os passes longitudinais so os indicados at um determinado ponto, seguidos pela doutrinao evanglica. OBSESSO (veja-se figs. 70 e 71) a fase secundria da influenciao. Caracteriza-se pela alucinao dos sentidos, com fases de libertao em que voltam a calma e a lucidez, para logo aps retomar o assdio do obsessor. Os passes de mais efeito so os de extenso da cabea aos ps com paradas nos plexos, sendo obrigatria a frequncia s sesses de doutrinao. POSSESSO (veja-se figs. 72 e 74) a posse completa da vtima pelo esprito perseguidor, que maneja impondo a sua vontade ao corpo e esprito do doente. No se afasta um instante sequer. O tratamento indicado so os passes, e, se houver leso orgnica, ajudar com homeopatia. Voltando compreenso, iniciar a doutrinao evanglica e se puder, comparecer s sesses espritas, especializadas para esse fim.
Fig. 74 Escolta sinistra Depois dos espritos maus tomarem conta do mdium, no mais o deixam em paz. Como na gravura ao lado, postam-se atrs da vtima e escoltam-na dia e noite. Uns fazem para perseguir o mdium, outros apenas para poderem satisfazer os seus desejos atravs do corpo e da energia do pobre encarnado.
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LESO ORGNICA Quando h rgos lesados internamente ou externamente, no desprezar o tratamento material atravs da homeopatia e mesmo da alopatia, como coadjuvante para cura. Aura Material No sentido geral, todos os corpos ds trs reinos possuem aura material. No h corpo slido, lquido ou gasoso que no tenha a sua aura, desde o tomo at o globo terrestre. A gravura (fig. 75) ilustra a nossa assero, demonstrando alguns corpos aureolados pela vibrao da matria. A aura material o produto vibratrio da energia que gira pelas duas correntes centrfugas e centrpetas, como j demonstramos, sempre na cor branca, ou seja, incolor. Nos seres dotados de pensamentos ela toma a colorao reflexa dos prprios sentimentos.
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LIO DCIMA-SEXTA
SENSIBILIDADE FLUDICA DOS ANIMAIS E DAS PLANTAS Plantas sensveis ao contato exterior Sensibilidade dos animais irracionais Plantas de boa e m influenciao fludica Fluido benfico das matas, para refazimento de energias enfraquecidas Lugares saudveis Lugares de ms influenciaes. o o o Todos os seres da natureza haurem nos fluidos do cosmo universal a substncia necessria sua nutrio e medicao, quando enfermos. No s o homem vive da constante permuta do ar que respira. Os animais e as plantas so tambm alimentados pelos fluidos etricos. Recebem e do na troca recproca da vida, servindo a Deus no seio da fraternidade. Entre as plantas (como entre todos os seres viventes), a sensibilidade manifesta em todos os sentidos. H plantas de boa e outras de m sensibilidade. Umas so amenas aproximao do homem. Outras so irritantes e mesmo nocivas, pelos maus fluidos que irradiam. Pela classificao lembramos as que exalam mau odor, embora inofensivo. As que influenciam a distncia, como a aroeira. As urtigas que queimam ao se lhes tocar. O conjunto das rvores que guardam em suas folhas fluidos pestilenciais que empestam os ares de mistura com as suas clorofilas. A razo do homem procurar o campo ou as matas para recuperar foras perdidas na luta pela vida, bem como beira das praias, encontra apoio nas emanaes fludicas que se acham acumuladas nesses lugares, pois no sofrem elas o desgaste pela movimentao humana das grandes aglomeraes. Est patente a permuta de fluidos salutares silvestres com o homem. Entretanto, a vigilncia a salvaguarda de todos os momentos. Nem todos os lugares so prprios para descanso, seja pelo terreno ou pelo matagal. So, s vezes, regies que guardam veneno no ar atmosfrico ou na terra onde nem os animais selvagens podem parar. As paragens sem perigo so as que ficam de face para o sol. Os rinces midos so pestilentos, ainda mesmo que sejam matas devastadas. PLANTAS DOMSTICAS As plantas domsticas, tratadas pelos fluidos animalizados, revigoram-se com muito mais vio do que as no tratadas por esse processo. ANIMAIS DOMSTICOS No reino dos irracionais, todos os de pelos longos so timos retentores de fluidos. Vejase o gato, por exemplo, como se delicia quando se lhe passa a mo sobre os pelos da cabea cauda. O co e o cavalo amansam-se quando lhes tocamos suavemente sobre os pelos. Porm, quando atuamos intensamente, deslizando a mo continuamente, no sentido da direo dos pelos, h, como no homem, acmulo de fluidos e irritao. AURA AMOROSA H auras que se repelem mutuamente (antipatia), outras que se atraem entre si (simpatia), outras que so neutras e h ainda uma neutra e outra impulsiva (veja-se a fig. 67). Neste caso est aquele que foge da influenciao do outro. H tambm as auras tmidas que so assediadas pelos perseguidores maldosos e que, se no houver reao a tempo, pode sofrer envolvimento para obsesso.
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Na gravura 76 temos dois entes envolvidos por uma s aura de simpatia. Isto , as auras vibrando uma igual a outra, se casaram numa s: o caso, quando primeiro se casam as almas, para depois formarem um s corpo.
LIO DCIMA-STIMA
SENSIBILIDADE DO CORPO HUMANO E DO ESPRITO O corpo humano, pela rede de filamentos nervosos que recobre a pele, tem a propriedade de receber todas as impresses exteriores, atravs do perisprito que o aciona. Temos, assim, a dupla sensibilidade, bem caracterizada, distinguindo-se desta forma o que do Esprito, somente, e o que da carne, sem prejuzo, todavia, de ambos agirem harmonicamente no conjunto individual. necessrio muito discernimento para no confundir sensibilidade provocada por fluidos provindos da atmosfera (de fora para dentro) com sensibilidade material (de dentro para fora), cujo emissor est nos rgos, como crebro, corao, estmago e intestinos e seus respectivos plexos nervosos. Como j vimos; o centro da sensibilidade o sistema nervoso. Sem ele o corpo no tem movimento, isto , o esprito no poder agir persistindo somente a atividade que reside na vida vegetativa. A mquina, na realidade, est montada, com todas as suas peas ajustadas, porm em ponto morto. Se o Esprito no imprime movimento, que so os fluidos, pelo sistema nervoso, permanece inerte. Nas impresses exteriores, o corpo no apenas suscetvel de receber sensibilidade trmica. H a sensibilidade extrassensorial, o que denominamos mediunidade, indo at aos chamados sensitivos-mdiuns, os quais tomam os estados sonamblicos, consciente ou inconsciente. A sensibilidade no corpo humano se manifesta pela recepo de fluidos intensos, aumentando a sua ao pela continuidade do estado passivo. O corpo carnal recebe e emite fluidos, como por exemplo, a fome pelos seus rgos digestivos, nos dois sentidos, e pelas glndulas secretoras, com assentimento do Esprito. O corpo espiritual humano, ou seja, o perisprito do Esprito encarnado, a sensibilidade por excelncia, captador de todas as vibraes que entram na sua atmosfera de ao, a qual constitui a sua zona de irradiao, cuja intensidade e extenso dependem da iluminao espiritual que possua (vide fig. 67). Nenhuma impresso fludica o corpo carnal recebe sem que lhe seja transmitida pelo Esprito. Estando o perisprito em relao direta com o corpo fsico, do qual parte integrante, transmite-lhe todas as impresses recebidas, quando assim o queira. fora de domnio, sobre o sistema nervoso, pode o Esprito reter a sensibilidade, no deixando que ela se manifeste no corpo carnal. O corpo espiritual percebe pela sensibilidade a aproximao de qualquer influncia fludica que se lhe dirija a grande distncia, ainda mesmo que no esteja em sintonia vibratria. Quando aceita pela passividade, exterioriza-se em ao pelo corpo carnal. H a considerar as penetraes violentas dos fluidos perseguidores, forando o Esprito a ceder, como no das obsesses e possesses. PERISPRITO DUPLO, OU AURA MATERIAL DO HOMEM Como j vimos, todos os corpos possuem a sua aura material. No homem esta aura se torna mais grosseira em virtude dos seus pensamentos que a impregnam dos seus fluidos materializados convertendo-se assim num verdadeiro duplo do corpo humano. A sua colorao est na dependncia da elevao espiritual. Claro que pelas imperfeies, ele escuro e num esprito ainda inferiorizado quando aperfeioado, vai se clareando, de acordo com os graus evoludos que alcana no amai-vos uns aos outros como eu vos amei, do mandamento de nosso Mestre Jesus Cristo.
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INFLUENCIAO Na gravura da pgina seguinte temos uma aura boa. tmida. sofrendo a influncia carnal intencionada de um esprito que deseja se aproximar da vtima (fig. 78). Primeiro o mau segue pacientemente sua presa escolhida por muitos dias e mesmo anos, a fim de conhecer seus gostos, desejos e hbitos. Depois se planta ao lado, tentando infiltrar a sua aura escura na aura clara do pobre desprevenido. Isto se passa entre o esprito e encarnado como se d o mesmo entre os dois encarnados, ou seja, entre espritos somente.
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OBRAS CONSULTADAS
MAGNETISMO PESSOAL Heitor Durville. PROJEO DOS EFLVIOS VITAIS A. Lalia Paternostro. MAGNETISMO CURATIVO 1o e 2o volumes Afonso Bu. PENSAMENTO E VONTADE Ernesto Bozzano. A MENTE E O CORPO William Walker Atkinson. NOS TEMPOS DO HIMALAIA A. Van Der Naillen. FORAS OCULTAS E. PENSAMENTO. O PODER DO PENSAMENTO W. W. Atkinson e Edward E. Beals. BIOSOFIA Pedra Deodato de Morais. FORA MGICA Potyra Catu. Todas as obras de Allan Kardec. Todas as obras psicografadas por Francisco Cndido Xavier, principalmente as de Andr Luiz e Emmanuel. fim
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