Gestão de Negócios em Comunicação AULA 1
Gestão de Negócios em Comunicação AULA 1
Gestão de Negócios em Comunicação AULA 1
COMUNICAÇÃO
AULA 1
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Vamos começar estudando os fundamentos do empreendedorismo, sob
os seguintes tópicos-chaves:
CONTEXTUALIZANDO
Planejamento (onde, por que, com quem, com o quê, como e quando a
empresa deseja chegar a determinados resultados e posições de
mercado);
Organização (estruturação do negócio como um todo e seu
funcionamento cotidiano, dos detalhes ao olhar macro);
Direção (da empresa, das atividades e delegação de tarefas e
responsabilidades);
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Controle (envolvendo monitoramento e controle de todas as atividades
em curso na organização).
1. Plano de negócios;
2. Planejamento estratégico;
3. Posicionamento da empresa;
4. Definição dos públicos e mercados-alvos;
5. Desenvolvimento de produtos e serviços;
6. Plano de marketing;
7. Plano de comunicação;
8. Relacionamento com o mercado e stakeholders;
9. Definição de preços com enfoque estratégico;
10. Estratégia comercial;
11. Domínio do conhecimento organizacional;
12. Pesquisa e monitoramento do mercado, concorrência e consumidor/
público;
13. Monitoramento e políticas internas;
14. Gestão financeira e controle de custos;
15. Planos de investimentos;
16. Sustentabilidade socioambiental;
17. Sustentabilidade do negócio;
18. Quebra de paradigmas e agilidade para renovação.
Esses são alguns dos aspectos-chaves que garantirão uma longa vida à
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empresa. Quanto mais cedo contemplados, mais chances o negócio tem de ser
bem-sucedido.
Em geral, esses são aspectos que, com outras questões-chaves, serão
abordados no Plano de Negócios e no Planejamento Estratégico da empresa.
“Plano de negócios” é um termo que vamos ver muito em nossas aulas,
afinal, ele é um dos elementos primordiais para que um planejamento seja bem-
sucedido.
Para uma carreira profissional, não se faz necessariamente um plano de
negócios, mas pode ser criado um planejamento estratégico para o seu
desenvolvimento e sua administração.
No fim, administrar não é algo tão complicado assim, não é?
Trata-se mais de adotar uma estratégia, segui-la e revisá-la
periodicamente, com agilidade e desprendimento, sempre que necessário.
Se você for um empreendedor individual ou microempresário, este
processo será ainda mais fácil, pois o nível de flexibilidade para ajustes de
percurso tende a ser elevado. E deve ser! Afinal, agilidade é vantagem
competitiva das mais caras na atualidade.
Saiba mais
No vídeo “Ter outras formas de trabalho é preciso: veja como fazer isso”,
o consultor Rafael Souto, especializado em transição de carreiras, alerta para a
importante tendência da sociedade contemporânea de que, em algum momento,
para a maior parte das pessoas, chegará a hora em que terá de empreender.
Quando este momento chegar, explica ele, é preciso preparo e planejamento de
carreira. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Me1bFJ7uf_o>.
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custo de manutenção é baixo, não há incidência de impostos sobre o
faturamento e garantias previdenciárias estão incluídas. Não é preciso ter um
contador na MEI, mas é importante realizar a declaração anual da empresa,
bastante simplificada.
O “porém” da MEI é que, por atrair para a formalidade empreendedores
individuais de rendimento e operação mais comedidos, ela tem um teto de
rendimentos no ano que pode se tornar um limitador quando a empresa
ultrapassar determinados patamares.
A partir de 2018, a previsão é de que este teto se situe em torno de R$
80 mil por ano, conforme disposição da Lei Complementar n. 123/2006, em seu
art. 18 A, parágrafo 1°, com redação determinada pela Lei Complementar n.
155/2016. (Vido et al., 2017, p. 1707)
De outro lado, ao ultrapassar este teto, o empreendimento deve migrar
automaticamente para a categoria de microempresa, com elevação de
impostos e perda de benefícios previdenciários, porém, com teto maior de
rendimentos e maior abrangência de atividades que pode cobrir.
A seguir, vamos conhecer os itens necessários para se abrir uma
empresa:
Informações básicas
Tipo de empresa
Empresário (individual)
Sociedade empresária limitada
Sociedade simples limitada
Tipos de participação
Sócio-administrador
Sócio-quotista
Limitações do titular ou do(s) sócio(s)
Funcionário público
Aposentado por invalidez
Participação em outra empresa
Escolha do nome
Nome fantasia (<http://www.inpi.gov.br/>)
Nome empresarial
Empresário individual
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Sociedade Empresária Ltda (Razão Social ou Denominação Social)
Cia Ltda
Sociedade Simples S/S Ltda
Capital Social
Recursos para abertura
Atividades
Indústria
Comércio atacadista
Comércio varejista
Prestação de serviços
• CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica)
<www.cnae.ibge.gov.br>
Documentos
Cópia autenticada do RG e CPF do titular
Cópia do comprovante de endereço da empresa
Alvará de localização
Alvará de ponto de referência
Consultas prévias
Registro
Contrato social
Cartório de Pessoas Jurídicas
Contrato social em 2 (duas) vias (tabelionato)
Requerimento para arquivamento do contrato social
Declaração de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP)
Requerimento para arquivamento da Declaração de ME ou EP
Junta Comercial (Contrato Social)
Contrato social assinado pelos sócios
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Ficha de Cadastro Nacional – FCN
Declaração de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP)
Cópia autenticada do RG e CPF do(s) sócio(s)-administrador(es)
Cartão protocolo da Junta Comercial
Capa de processo do órgão, disponível diretamente na Junta Comercial
Pagamento de taxas de registro
Junta Comercial (Requerimento de Empresário) (<http://www.portaldoem
preendedor.gov.br/>)
A Declaração de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte
(EPP)
Cartão protocolo, impresso pelo sistema
Cópia autenticada da carteira de identidade e CPF do titular
Taxas de registro pagas
Obtenção de CNPJ
Documento Básico de Entrada do CNPJ (DBE)
(<http://www.receita.fazenda.gov.br>)
DBE, contrato social ou requerimento de empresário para a Junta
Comercial
Recibo de entrega do DBE (<http://www.receita.fazenda.gov.br>)
Documentação
Saiba mais
No momento de definir o enquadramento de sua empresa de
comunicação, liste as atividades que deseja exercer e verifique se a categoria
em que deseja registrá-la contempla todas estas atividades, de modo a evitar
problemas futuros. Escolha o enquadramento que contemple as atividades que
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você exerce ou planeja exercer quando da abertura do negócio.
O Sebrae tem uma área em seu portal dedicada à abertura e ao registro
de empresas, o Guia prático para a formalização de empresas, com
detalhamentos sobre definição e abertura de empresa MEI e microempresas.
Para conhecer mais, vale acessar:
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/guia-pratico-para-a-
formalizacao-de-empresas,8f8a634e2ca62410VgnVCM100000b272010aRCRD
<http://www.sebraepr.com.br/PortalInternet>
<http://www.sebrae.com.br/>
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dinâmica, indicando caminhos como do branded content (geração de conteúdo
de marcas) e curadoria de imagem (conciliando estratégias personalizadas
envolvendo canais de comunicação, geração de conteúdos, assessoria de
imprensa e relações públicas) como promissores.
Outro ponto importante, como aponta Chris Anderson, em sua icônica
obra A cauda longa, é apostar em nichos de mercado. Atuar com soluções
segmentadas, via veículos tradicionais de comunicação ou mídias sociais, por
meio de fornecimento de serviços de comunicação para clientes diversos, pode
ser uma chave preciosa para o sucesso.
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Dessa maneira, vimos até aqui, informações que partem de um contexto
global, com expositores de diferentes locais do mundo e atuações profissionais
ligadas à área de comunicação. Essas informações e impressões ajudam a
traçar um painel do que vem sendo discutido e pesquisado como tendência, do
que o público deseja e, em especial, de oportunidades que podemos vislumbrar
a partir dessas percepções.
Notamos, por exemplo, que a experiência fácil, simples e ágil é um ponto
importante para o público, que a imagem é um ponto de atratividade, porém, o
áudio é também um ponto de atração e um crescente localizador em buscas,
visto que os comandos de voz são uma tecnologia que tende a se difundir.
Atuar em nichos é outra tendência reforçada na conferência. Todos
esses dados são diretrizes que, em nossa realidade local e considerando o
tamanho de nossa empresa, podem direcionar nossa atuação para que se
atinjam resultados bem-sucedidos.
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experiência.
O empreendedor da comunicação, seja gerando notícias à moda
tradicional, seja prestando serviços nesta área ao mercado, deve desenvolver
uma percepção sensível quanto à associação de seu trabalho a vivências e
experiências positivas geradas, em termos de conteúdo e de experimentação.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
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trabalho de branded contente? Você já se imaginou ou se imagina exercendo
esta atividade? De que forma? Vamos colocar isso no papel?
Feita nossa reflexão, passemos ao exercício prático, tomando o exemplo
do Pint of Science, o grande festival de divulgação científica realizado em
diversas partes do mundo e que está crescendo também no Brasil. Unindo
experiência e conteúdo de marca, o evento promove, de forma descontraída,
as diversas modalidades científicas. Vamos à reportagem publicada pela
revista Amanhã: <http://www.amanha.com.br/posts/view/3878>.
Vamos supor que um desses pesquisadores participantes do evento, na
área de biotecnologia, seja seu cliente e deseje divulgar, entre o público, uma
pesquisa avançada em desenvolvimento de ciborgues. O briefing do cliente é:
atrair o interesse do público, informá-lo, esclarecendo suas dúvidas, e, então,
conquistar seu engajamento ao projeto para, com isso, obter a adesão de mais
investidores e recursos, reduzindo o tempo da pesquisa e dinamizando a
chegada aos resultados visados com ela.
Como você desenvolverá uma estratégia de branded content, lançando
mão, inclusive, de sua rede produtiva e do composto de administração PODC,
para que a demanda do cliente seja bem-sucedida?
A sugestão de resposta está no final deste documento.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
DUARTE, F.; QUANDT, C.; SOUZA, Q. (Org.). O tempo das redes. São Paulo:
Perspectiva, 2008.
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KOTLER, P. Marketing 4.0. Tradução de Ivo Korytowski. Rio de Janeiro:
Sextante, 2017. eBook.
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coletânea de leituras obrigatórias. Tradução de Maria Adelaide Carpigiani. 5.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
QUE NOVAS profissões devem surgir nos próximos anos? Exame, 29 ago.
2017. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/videos/sua-carreira/que-
novas-profissoes-devem-surgir-nos-proximos-anos/>. Acesso em: 3 dez. 2018.
QUE TAL um chopp com física quântica? Revista Amanhã, 13 abr. 2017.
Disponível em: <http://www.amanha.com.br/posts/view/3878>. Acesso em: 3
dez. 2018.
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medios-el-audio-es-el-futuro-0>. Acesso em: 1 dez. 2018.
TER OUTRAS formas de trabalho é preciso. Veja como fazer isso. Exame, 18.
dez. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ylMRKYTIEQ0>.
Acesso em: 24 mar. 2018.
VIDO, E. et al. Código Civil e empresarial. 7. ed. rev., atual. e ampl. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2017. (Coleção Mini Vade Mecum).
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