Empreendedorismo Conceitos Iniciais
Empreendedorismo Conceitos Iniciais
Empreendedorismo Conceitos Iniciais
Sabemos que o empreendedor é alguém que tem uma ideia e a coragem para transformar esta
ideia em um bom negócio. Porém, não pense que ele é apenas uma pessoa que abre uma
empresa ou um novo empreendimento. O empreendedor pode promover transformações no
ambiente da empresa em que ele trabalha ou na comunidade em que vive. Ele pode ajudar a
desenvolver pessoas ou talentos e a criar e aperfeiçoar produtos e ou serviços.
O administrador e o empreendedor
Em algum momento você pode ter-se perguntado: posso ser empreendedor se eu não
administro uma empresa? Pois acredite que sim. Queremos que você perceba que há uma
diferença significativa entre o administrador e o empreendedor.
Você sabia que o ato de planejar, organizar, dirigir e controlar são funções inerentes ao
trabalho do administrador? Estes atos acontecem, na maioria das vezes, de forma
interligada nas atividades diárias de uma empresa. Por exemplo, quando o administrador
precisa comprar algo para a empresa, ele planeja a quantidade e organiza o processo entre
a compra e o recebimento dos produtos, além de dirigir ou orientar outras pessoas para
recepcionar e armazenar o produto e depois controlar o uso.
A partir do texto do box, pergunto: Você já planejou, organizou, dirigiu ou controlou algo na
sua vida? Aposto que sim. Pense um pouco a respeito dessa questão.
Mas, você lembra que dissemos que qualquer pessoa pode ser um empreendedor? Assim
ocorre com o administrador. Além de ter todas essas atribuições que acabamos de citar, ele
também pode ser um empreendedor. Mas, para diferenciar as duas coisas, tratemos agora do
empreendedor.
Para começar, o empreendedor não é impessoal no negócio, pois este faz parte de seu sonho;
não se limita às regras da empresa, pois tem a forte tendência para promover mudanças
importantes nos processos da empresa; e, às vezes, ele também não possui conhecimentos
técnicos de administração, mas possui o hábito de “ver além”. Por ser visionário, o
empreendedor se preocupa mais com as questões estratégicas da empresa, com o objetivo de
reunir todos os recursos necessários para concretizar o negócio.
Aceitação do Risco
Para que o empreendedor consiga fazer algo bem feito, necessita conhecer a atividade que
realizará. Vejamos um exemplo: como você pode abrir uma indústria de confecção, se não
entende nada disso? Como acompanhar os demais colaboradores, saber que tipo de tecido
comprar ou até mesmo como negociar com seus fornecedores, contratar seus colaboradores e
atender às demandas do mercado? Não seria difícil? Portanto, antes de abrir qualquer
negócio, é necessário conhecer suas características.
Além disso, é preciso conhecer as práticas gerenciais. Muitas pessoas se equivocam no negócio
por achar que conhecem o ramo. Bons cabelereiros, por assim serem, creem ter condições de
abrir o seu próprio salão. Pizzaiolos, idem. Mas, ter um negócio, não significa saber fazer
aquela atividade. Saber é importante, mas é preciso conhecer as atividades e competências
transversais, ou seja, aquelas que dão suporte à atividade-fim, como administração de
estoque, de pessoal, de marketing, financeira, dentre outras, pois são elas que serão os pilares
do seu negócio. Cortar cabelo e não receber, não dá resultado e, portanto, não há sucesso no
empreendimento. Não controlar o estoque e faltar recheio para fazer a pizza, idem. Para ser
empreendedor (seu negócio ou dos outros), é preciso saber fazer e gerenciar o que está sendo
feito.
Liderança
É o processo que leva à condução das pessoas a alcançarem os objetivos de uma organização
ou de um grupo. Um bom líder motiva e influencia os liderados que, de forma voluntária,
trabalham em prol de alcançar melhores resultados. Um bom empreendedor sabe definir
objetivos e orientar a realização de tarefas
Saber Organizar
Capacidade de Decisão
Tomar uma decisão, seja na vida pessoal ou na vida profissional, não é nada fácil. É necessário
estar bem informado, além de avaliar as alternativas a fim de escolher a solução mais
adequada.
O empreendedor deve saber tomar a decisão certa, no momento certo e não ficar esperando
que as pessoas decidam por ele, muito embora, antes de decidir, faz-se importante ouvir as
pessoas envolvidas para que possa ampliar sua visão sobre o fato a ser analisado, melhorando,
sobremaneira, a qualidade dos resultados da decisão a ser tomada.
Otimismo
Significa acreditar que o seu negócio vai dar certo. Um verdadeiro empreendedor nunca perde
a esperança de ver os seus projetos realizados. E, você? É daquelas pessoas que criticam tudo
e desacreditam facilmente das coisas? Ou é daquelas que acreditam que, mesmo diante das
dificuldades de se concretizar um projeto, tem tudo para dar certo e vai dar certo? Já parou
para pensar nisso?
Flexibilidade
Caso algo não ocorra conforme o que foi planejado, o empreendedor deve adaptar-se às
situações que o rodeiam. Quando falamos de flexibilidade, queremos dizer que, as vezes, é
preciso mudar o que foi planejado. Como o planejamento, por sua natureza, é antecessor aos
fatos, coisas não previstas podem acontecer e o cenário pode mudar. Afinal, nossos clientes
mudam e os gostos deles também, concorda? Desta forma, como dito no início da aula, é
preciso ter métricas durante o caminho que permitam observar a mudança de rota. Assim,
podemos adequar a caminhada à rota preestabelecida ou, ainda, adequar a rota ao momento,
em virtude de mudanças importantes que afetam o projeto.
Você viu quantas características? Todas as características acima são importantes para o
sucesso de um empreendedor, mas, de nada valerão se o dono do negócio não tiver amor e
dedicação por aquilo que faz. Aí está o segredo do sucesso profissional.
Seja você um intraempreendedor ou o dono de seu próprio negócio, realize aquilo que você
sinta prazer em fazer. Mas será que existe uma pessoa que consegue reunir todas essas
características? Dificilmente conseguiremos encontrar. Daí a importância de se saber trabalhar
em equipe. O fato é que o empreendedor deve buscar um equilíbrio entre elas, pois essas
características não são herdadas e sim adquiridas. Dolabela (1999, p. 33) afirma que “o
empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, é fruto dos hábitos, práticas e valores
das pessoas”.