Petição - Revogação P Flagrante
Petição - Revogação P Flagrante
Petição - Revogação P Flagrante
ALCEU MORAIS, brasileiro, estado civil, motorista de aplicativo, inscrito sob RG:
xxxxx, CPF xxxxxx, residente e domiciliado Rua Nome da Rua, n xxx, bairro Nome
do Bairro cidade Chapecó-SC, através de seu advogado e procurador infra-assinado
(procuração anexa), vem a honrosa presença de Vossa Excelência, requerer a
1. DA SÍNTESE FÁTICA:
O Requerente foi preso em flagrante no dia 24 de julho de 2022, por ter, em tese,
praticado o crime descrito no artigo, do Código Penal.
Após ser realizada Audiência de Custódia, este Juízo decretou a prisão preventiva do
Requerente, embasando a sua decisão para o fim de resguardar a ordem pública, a
conveniência da instrução criminal, e assegurar a aplicação lei penal, nos termos do
art. 312 do Código de Processo Penal.
2. DOS FUNDAMENTOS:
A Requerente pugna pela sua liberdade para que possa responder adequadamente ao
processo, pela aplicabilidade do Princípio da Presunção de Inocência, até que se
esgotem todos os recursos da ampla defesa e contraditório, onde a prisão cautelar é
uma exceção.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(...)
LVII. Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença
penal condenatória.
Referido dispositivo consolida o Princípio da Presunção de Inocência, garantia
constitucional que permite ao acusado de uma infração penal não ser considerado
culpado, até que esgotadas todas as fases do processo, e ao final haja sentença penal
condenatória com trânsito em julgado. Diante disso, não se pode considerar, por si só,
inquéritos policiais em curso como instrumento idôneo a justificar a manutenção da
prisão preventiva da Requerente. Segue jurisprudência neste sentido:
O Requerente não apresenta nenhum risco para a ordem pública, pelo qual entende-se
pela expressão da necessidade de se manter em ordem a sociedade, que, como regra,
é abalada pela prática de um delito. Verifica-se que o Requerente foi preso em
24/07/22, e até a presente data, restabelecendo a ordem pública, não existindo nenhum
fato que demonstre que a sociedade encontra-se abalada pelo crime, razão pela qual
não se pode cometer a injustiça de presumir uma periculosidade inexistente.
Impor ao Requerente o cumprimento antecipado de uma pena é fechar os olhos aos
princípios que norteiam o ordenamento jurídico, em especial, no que se refere a
presunção de inocência e a dignidade da pessoa humana.
Por fim, quanto a aplicação da lei penal, que visa garantir a finalidade útil do
processo, qual seja, garantir ao Estado o seu exercício do direito de punir, aplicando a
sanção devida a quem é considerado o autor de uma infração penal, também não se
encontra presente.
Dessa forma, é perfeitamente cabível que sejam impostas medidas cautelares diversas
da prisão, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal:
3. DOS PEDIDOS:
Diante de todo o exposto, pede-se, encarecidamente a Vossa Excelência, nos termos
do artigo 316, ab initio, do Código de Processo Penal, a revogação da prisão
preventiva do requerente ALCEU MORAIS, com a expedição do competente alvará
de soltura, e a aplicação de medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de
Processo Penal, as quais Vossa Excelência entender ser justa e cabível ao presente
caso.
ADVOGADO
OAB, Nº xxxxx.