Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 3
FACULDADE EDUFOR
CURSO DE DIREITO PRIMEIRO PERIODO NOTURNO 2019
ALUNO WAGNER SANTOS JACINTO OLIVEIRA PROFESSOR FERNANDO BRAGANÇA CIENCIAS POITICAS E TEORIA GERAL DO ESTADO
Resenha do livro de Proudhon
A Propriedade é um Roubo a Doutrina Anarquista da Propriedade
Ao ler o livro nota-se que o autor ao se declarar contra a
propriedade ele não se refere pura e simplesmente a propriedade, mas também sobre toda forma de controle sobre ela que advém do Estado que legitima esse controle garantindo sua posse. Como se vê lendo sua tese que a partir de sua explicação mais polemica do contexto de seu período no Século XIX Proudhon declara que o resultado da propriedade que é o lucro, juros e renda, é uma doença mortal no coração da sociedade. O autor também eleva nosso pensamento a refletir sobre o que é propriedade? E como Surgiu? Sobre a propriedade ele resume dizendo que nem o Estado, nem a ocupação, nem o trabalho, nem a lei podem cria-la ela é um efeito sem causa simplificado ele tem um caráter natural. O lugar que o homem ocupa não tem caráter privado portanto não tem propriedade e sim um caráter de direito que surge quando se nasce. Ele coloca-se totalmente contra o homem ter a propriedade devidamente legalizada pois pode usar dela como quiser e podendo até destruí-la ao seu bel prazer e nesse aspecto ele diz que e a propriedade e a posse que se confundiam em um estado primitivo, transformaram-se no contexto de sua obra pelo direito civil em duas coisas completamente diferentes e independentes e que não tem nada em comum, pois por conta das leis a propriedade foi modificada em sua essência natural. Proudhon em sua obra defende a ocupação pois ela por si só impede a propriedade e conduz o homem a igualdade, trazendo com isso o direito ao trabalho e exploração para viver, ele ressalta que a ocupação é relativa ao número de pessoas e a taxa de mortalidade que na sua visão anarquista existe uma subordinação entre ocupação e população. Mas ressalta que a ocupação não deve ser fixa para não se tornar propriedade de fato e de direito pois o direto de ocupar é igual para todos e todos sem distinção tem o direito de ocupação, mas respeitando o número de pessoas e o espaço onde se ocupa par não se formar a propriedade. Nesta analise vou citar ROUSSEAU par dar ênfase a leitura do livro de Proudhon. Para Rousseau surgiu assim a Propriedade: O primeiro que, tendo cercado um terreno, cuidou de dizer, “isto é, meu” encontrou pessoas suficientemente simples para acreditar nele, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras e assassinatos, misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘defendam-se deste impostor; vocês estarão perdidos se esquecerem que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém (ROUSSEAU, apud CHÂTELET, François; DUHAMEL, Oliver; PISIER- KOUCHNER, 2009, p.67).
Esse pensamento de Rousseau da legalidade a propriedade pela
ocupação pelo Direito Civil Romano, Proudhon se coloca em antagonismo a esse pensamento pois em sua obra relata claramente que a terra não pertence a ninguém. E enfatiza que a propriedade é uma enganação que precisa ser explicada e por isso mobiliza Juristas, Economistas e Filósofos para tentar explicar seu surgimento, e uma das formas encontradas por eles para dar legitimidade são justamente o trabalho, a ocupação, a usurpação e a conquista. Finalizando esta análise, observamos bem que Proudhon em sua obra resume no seguinte verso sua ideologia: A propriedade é roubo, uma invenção do homem e impossível de se justificar, pois ela é injusta ela cria a desigualdade social e totalmente contra a moral. Vislumbramos com isso sua ideologia de que para se ter igualdade e não ser furtado do direito coletivo a propriedade o homem teria de ser reconhecido como herdeiro natural da terra sem que o Estado a monopolize e diga através de tratados e leis quem tem o direito de ter, e fazer que quiser com ela, e isso em uma concessão natural de ocupação por pouco tempo para não se transformar em propriedade.