Ética e Integridade

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Adriana Pereira Torres - [email protected] - CPF: 713.246.901-00


Seja muito bem-vindo!

Você acaba de adquirir o material: Caderno Mapeado para o Concurso Nacional


Unificado – 2024.

Esse material é totalmente focado no certame e aborda ponto a ponto do edital da


disciplina de Ética e Integridade.

Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua
compreensão, e marcações das partes mais importantes.

Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca Cesgranrio.

Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o suporte: [email protected] e WhatsApp.

Bons Estudos!

Rumo à Aprovação!!

Adriana Pereira Torres - [email protected] - CPF: 713.246.901-00


SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 5
PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO ...................................................................... 6
1) Introdução.................................................................................................................................................. 6
2) Conceitos Iniciais ...................................................................................................................................... 6
2.1) Ética x Moral .......................................................................................................................................... 6
2.2) Conduta x Valores x Princípios .......................................................................................................... 7
2.3) Ética no Serviço Público ...................................................................................................................... 7
3) Princípios Constitucionais Administrativos ....................................................................................... 9
3.1) Princípio da legalidade ........................................................................................................................ 9
3.2) Princípio da impessoalidade ............................................................................................................ 10
3.3) Princípio da moralidade .................................................................................................................... 11
3.4) Princípio da publicidade ................................................................................................................... 12
3.5) Princípio da eficiência ........................................................................................................................ 13
4) Código de Ética do Servidor Público Federal .................................................................................. 13
4.1) Comissão de Ética ............................................................................................................................... 16
GOVERNANÇA PÚBLICA ............................................................................................................................ 17
1) Introdução................................................................................................................................................ 17
2) Governança Pública ............................................................................................................................... 17
3) Sistemas de Governança Pública ........................................................................................................ 18
4) Gestão de Riscos e Medidas Mitigatórias na Administração Pública ........................................ 21
INTEGRIDADE PÚBLICA ............................................................................................................................. 22
1) Introdução................................................................................................................................................ 22
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 22
3) Integridade Pública................................................................................................................................ 22
3.1) Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação .............................................. 23
3.2) Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal ....... 24
TRANSPARÊNCIA E QUALIDADE NA GESTÃO PÚBLICA .................................................................... 24
1) Introdução................................................................................................................................................ 24
2) Aspectos Iniciais ..................................................................................................................................... 25
3) Transparência e Qualidade na Gestão Pública ................................................................................ 25
4) Cidadania.................................................................................................................................................. 25
4.1) Cidadania e o Controle Social .......................................................................................................... 26

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5) Equidade Social ....................................................................................................................................... 27
5.1) Justiça Social e Ações Afirmativas .................................................................................................. 28
GOVERNO ELETRÔNICO ............................................................................................................................ 29
1) Introdução................................................................................................................................................ 29
2) Lei nº 14.129/21 – conceito e competência ..................................................................................... 30
3) Diretrizes e Princípios ........................................................................................................................... 31
ACESSO À INFORMAÇÃO .......................................................................................................................... 32
1) Introdução................................................................................................................................................ 32
2) Conceito.................................................................................................................................................... 32
3) Competência............................................................................................................................................ 32
4) Procedimento .......................................................................................................................................... 33
5) Informações Sigilosas............................................................................................................................ 34
TRANSPARÊNCIA E IMPARCIALIDADE NOS USOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ..................... 36
1) Introdução................................................................................................................................................ 36
2) Considerações iniciais ........................................................................................................................... 36
3) Função Desempenhada pela Inteligência Artificial nos Serviços Públicos ............................... 36

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo da matéria de Ética e Integridade, apresentaremos os assuntos que


são cobrados no edital. Siga firme com os estudos que a aprovação virá!!

CONTEÚDO

1 Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da Constituição
Federal de 1988, e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal
(Decreto nº 1.171/1994).

2 Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017). Gestão de


riscos e medidas mitigatórias na Administração Pública.

3 Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023).

4 Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade social.

5 Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na Administração Pública. Lei nº 14.129/2021.

6 Acesso à informação. Lei nº 12.527/2011.

7 Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço público.

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PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da
Constituição Federal de 1988, e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994): conceitos iniciais; princípios constitucionais
administrativos; código de ética do servidor público federal.

2) Conceitos Iniciais

Antes de entrarmos especificamente nos dispostos normativos, precisamos entender de forma


irrefutável os conceitos de ética x moral x princípio. Ele será importante para todas as provas que
cobram o conhecimento de ética no serviço público e, não somente, para o Concurso Nacional
Unificado!

A ética é o estudo sobre o comportamento moral do ser humano dentro de sua sociedade e,
formada com base em ideias abstratas.

descritiva estudo dos valores

normativa, ou seja, são os


Ética prescritiva
códigos

reflexiva teorias filosóficas

2.1) Ética x Moral

Em sua origem, ética e moral eram consideradas intercambiáveis, uma vez que, gramaticalmente, a
tradução do termo grego para o latim/romano permaneceu consistente com a conquista da Grécia
pelo Império Romano. No entanto, é crucial destacar que, apesar dessa equivalência linguística
inicial, são conceitos distintos.

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Para melhor compreensão, vamos esquematizar:

ORIGEM SIGNIFICADO OBJETO DE ESTUDO

Mos – latim
Moral Costumes Comportamento – prática / o ato
Mores – romano

Ética Ethos – grego Caráter Estudo do comportamento – ciência

Portanto, o que podemos extrair do quadro acima é que a ética é o estudo da moral. Como vimos,
a ética é o estudo do comportamento, já a moral é o conjunto de princípios e valores que orientam
o comportamento humano.

Para Kant, a moral (objeto mutável pelo tempo e pela sociedade) designa o conjunto de princípios
gerais, e a ética (universal/imutável, atrelada ao interesse da sociedade), sua aplicação concreta.

2.2) Conduta x Valores x Princípios

Outros termos de grande importância, que são recorrentes nas provas, mas pouco estudados são a
conduta, os valores e os princípios. Ao estudar esses conceitos, você, concurseiro, terá uma base
mais sólida para a reflexão ética e também desenvolver com maior facilidade as questões trazidas
no seu edital, então, vamos lá!

A conduta é o comportamento observável de uma pessoa em determinada situação, na qual deverá


obedecer a um padrão ético (boa-fé; honestidade), ligado à manifestação do comportamento.
Este comportamento poderá ser bom ou mal, com base em valores morais ou códigos de ética.

Já os valores são as crenças fundamentais ou regras de condutas que uma pessoa ou sociedade
considera importantes e pelos quais orienta suas ações e escolhas. Em outras palavras, os valores
são ligados as normas que corporificam um ideal (perfeição), a axiologia é o estudo desses valores.

Por fim, os princípios são diretrizes fundamentais ou regras de conduta que uma pessoa ou grupo
considera essenciais para orientar suas decisões e ações. Ou seja, são ideias centrais norteadoras,
com a finalidade de harmonizar uma questão em si ou sentido das coisas.

2.3) Ética no Serviço Público

Por fim, precisamos analisar a ética no serviço público em geral, ou seja, aquela realizada dentro
da Administração Direta e Indireta, sem distinção.

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Em sentido amplo, a ética do servidor público deverá estar sempre em conformidade ao interesse
coletivo.

Atitude do Servidor = verdade + justiça +bem comum

A atividade no serviço público é altamente profissional, uma vez que é uma escolha feita pelo Estado,
convocando seus funcionários de carreira a dedicarem-se integralmente. Os ocupantes de cargos
públicos são esperados a cumprir diversos requisitos, tais como vínculo permanente, concentração
no trabalho, dedicação, empenho para servir à comunidade e competência.

Dessa forma, a atividade pública se integra à vida privada, em função da responsabilidade de


representar o Estado. A finalidade do serviço público é o bem comum, em razão disso, os atos
administrativos deverão ser pautado pela moralidade, assim o temos como princípio
constitucional.

Tome nota!

A ética é um elemento indissociável, portanto, jamais poderá ser desprezada.

Momento da Questão

Questão inédita – Considerando o cenário da administração pública federal, uma questão ética
recorrente diz respeito à transparência na gestão dos recursos públicos. Um dos desafios
enfrentados é a falta de prestação de contas adequada, o que pode resultar em desconfiança
por parte da sociedade e comprometer a eficácia das políticas públicas. Nesse contexto, qual
a medida mais eficaz para enfrentar essa problemática e fortalecer a transparência na
administração pública federal?

a) Reduzir a divulgação de informações sensíveis para evitar vazamentos.

b) Criar mecanismos mais complexos de prestação de contas, tornando o processo mais burocrático.

c) Implementar plataformas online de fácil acesso, oferecendo informações detalhadas sobre a


alocação e utilização dos recursos públicos.

d) Restringir o acesso da sociedade civil a relatórios e dados financeiros.

e) Minimizar a divulgação de informações sobre contratos e licitações.

Gabarito: Letra C.

Comentário: A questão destaca a importância da transparência na administração pública


federal e propõe soluções para fortalecer essa transparência. A medida mais eficaz é a

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implementação de plataformas online de fácil acesso, proporcionando informações detalhadas sobre
a alocação e utilização dos recursos públicos.

3) Princípios Constitucionais Administrativos

Como esse tema é bastante cobrados nos concursos e, de certo será de máxima valia na sua vida de
servidor público, estudaremos esse tópico em duas matérias dos conhecimentos gerais!

Os princípios da Administração Pública expressos estão descrito no artigo 37 da CF:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:(...)

Este dispositivo constitucional é de extrema importância para as provas de concursos públicos, uma
vez que apresenta os princípios da Administração Pública. Por isso, anote esse mnemônico: L – I
– M – P – E (Isso vai te salvar na hora da prova).

•Legalidade
L

•Impessoalidade
I

•Moralidade
M

•Publicidade
P

•Eficiência
E

Agora, dedicaremos uma análise mais aprofundada a cada um dos princípios.

3.1) Princípio da legalidade

O princípio da legalidade estabelece que a administração possui a obrigação e autorização para


realizar apenas aquilo que está expressamente previsto em lei. Ao contrário do âmbito privado,
onde os indivíduos têm liberdade para agir em tudo que não é proibido por lei, na esfera pública, a
atuação é estritamente balizada pela legislação. Nenhuma ação ou omissão pode ocorrer, a menos
que esteja fundamentada em disposição legal.

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O princípio da legalidade não exclui a atuação discricionária do agente público, uma vez que a lei
não pode prever todas as situações na atuação administrativa. Em determinadas circunstâncias, é
possível realizar uma análise de conveniência e oportunidade para escolher a conduta mais
adequada ao caso concreto, respeitando, é claro, os demais princípios administrativos,
especialmente a razoabilidade e proporcionalidade.

É importante ressaltar que o conceito de legalidade difere entre o agente público e o cidadão
comum. Para este último, também há o princípio da legalidade, indicando que suas ações são
permitidas desde que não proibidas por lei.

O princípio da legalidade pode ser analisado sob dois sentidos:

Aos particulares: ninguém é obrigado a fazer algo, senão em virtude de lei. É dizer: o particular
pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia da vontade)

À Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão
legal (princípio da legalidade estrita).

3.2) Princípio da impessoalidade

A atuação da Administração Pública é caracterizada pela imparcialidade. Em nenhuma circunstância,


é permitido ao agente público proporcionar tratamento diferenciado com o intuito de favorecer
pessoas específicas. Esse princípio também visa evitar que o administrador realize ações com
propósitos distintos daqueles estabelecidos pela lei, garantindo que o interesse público seja a
finalidade primordial do ato administrativo. Este princípio determina que o Estado tem o dever de
realizar o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que realizou o ato.

Importante!

Cuidado com a pegadinha das bancas!

O princípio da finalidade decorre do princípio da legalidade e não da impessoalidade. Nesse


sentido, o princípio da finalidade, relacionado ao interesse público, estabelece que os atos
administrativos devem orientar-se pelo propósito público e pela finalidade explicitada na
legislação.

O princípio da impessoalidade possui quatro sentidos ou subprincípios como alguns doutrinadores


entendem, vejamos:

Princípio da igualdade (= isonomia): atender todos os administrados sem discriminação


indevida.

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Vedação à promoção pessoal: os agentes públicos atuam em nome do Estado. Assim, não
poderá haver pessoalização ou promoção pessoal dos agentes nos atos praticados.

Impedimento e suspeição: visa evitar que as pessoas atuem com parcialidade

Validação dos atos dos agentes de fato: entende-se como agente de fato aquele cuja
investidura no cargo ou seu exercício esteja maculada por algum vício.

Ex.: Agente que não possui formação universitária exigida em cargo público, etc.

3.3) Princípio da moralidade

O princípio da moralidade administrativa é aplicado nas relações entre a Administração e seus


administrados e também às atividades exercidas internamente. A moralidade administrativa é um
conceito jurídico indeterminado.

Em termos simples, o princípio da moralidade exige que a atuação do setor público vá além do
simples cumprimento das leis e regulamentos. Ele implica em considerar a ética, a honestidade e a
justiça como aspectos fundamentais na tomada de decisões e na execução de atividades
administrativas. Esse princípio busca garantir que as práticas da administração pública não apenas
se enquadrem nos limites legais, mas também estejam alinhadas com padrões éticos aceitáveis.

Diante disso, o princípio da moralidade visa prevenir comportamentos que possam ser legalmente
aceitáveis, mas que, do ponto de vista ético, são reprováveis. Ele destaca a importância de uma
gestão pública transparente, íntegra e que promova o bem comum, contribuindo para a construção
de uma sociedade mais justa e ética.

A moralidade administrativa representa, atualmente, um requisito fundamental para a validade de


qualquer ato administrativo. Não basta que o ato seja realizado estritamente de acordo com a lei; é
igualmente necessário que esteja em conformidade com princípios éticos.

Consiste no respeito da Administração a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e


probidade. O princípio da moralidade administrativa tem estreita ligação com a probidade
administrativa.

Ex.: Organizações Sociais que, apesar de não precisarem fazer concurso público para contratar
pessoal, devem adotar um processo de seleção imparcial e moral.

Dentro do princípio da moralidade, precisamos no atentar a Súmula Vinculante 13, que tem o
propósito de coibir o nepotismo no serviço público, estabelecendo critérios e restrições específicas
para as nomeações em cargos de confiança.

Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,


colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de

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cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta
e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

Vamos esquematizar as informações importantíssimas trazidas pela Súmula Vinculante 13:

Cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade até o


terceiro grau da autoridade responsável pela nomeação. Também, o cônjuge,
Quem não pode ser
companheiro ou parente de servidor da mesma entidade pública que já ocupa
nomeado
cargo de direção, chefia ou assessoramento, torna-se impedido de ser nomeado
quando o servidor já detém cargo em comissão ou função de confiança.

A nomeação é proibida para cargos em comissão ou designação para funções de


confiança.
Funções vedadas
Vale ressaltar que não há restrições para a nomeação em cargos efetivos obtidos
por meio de concurso público.

As restrições mencionadas aplicam-se à Administração Pública direta e indireta, em


Abrangência
todos os poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Observações:

A Súmula Vinculante 13 não abrange os cargos ou agentes políticos.

O cargo de Conselheiro de Tribunal de Contas não é considerado político, mas sim técnico, sendo,
portanto, sujeito à aplicação da Súmula Vinculante 13.

Esta súmula veda expressamente o nepotismo cruzado, entendido como as designações recíprocas entre
autoridades nomeantes ou servidores de uma mesma pessoa jurídica.

3.4) Princípio da publicidade

O princípio da publicidade diz respeito a divulgação dos atos praticados pela Administração
Pública, pois o poder público tem o dever de agir com transparência para que a população tenha
ciência de todos os atos praticados. A publicidade não constitui um elemento formador do ato; ao
contrário, é um requisito essencial para sua eficácia e observância da moralidade. Nesse sentido, a
publicidade é uma condição necessária para a produção de efeitos do ato, uma vez que sua
divulgação pelo órgão oficial é indispensável sempre que a lei assim determinar.

“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.

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Além do mais, existe a possibilidade de mitigação desse princípio diante de situações excepcionais
e justificadas: quando o sigilo for imprescindível à segurança do estado e da sociedade ou para
intimidade dos envolvidos (art. 5º, X, da CF).

Princípio intimamente ligado à perspectiva de transparência, dever da administração pública e


direito da sociedade.

3.5) Princípio da eficiência

Nas palavras de Hely Lopes Meirelles “a eficiência é um dos deveres da Administração Pública, se
impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento
funcional”. O princípio da eficiência passou a ser um direito com sede constitucional.

Tome Nota!

O princípio da eficiência é o mais recente dos princípios constitucionais da Administração Pública


brasileira, tendo sido adotado a partir da promulgação, da EC nº 19/98 – Reforma Administrativa.

Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve gerir a
coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as
metas estabelecidas.

Segundo Alexandre de Moraes, o princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta
e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas
competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre
em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor
utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior
rentabilidade social.

4) Código de Ética do Servidor Público Federal

O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal foi
instituído pelo Decerto nº 1.171/94, em 22 de junho de 1994. Este código estabelece as normas de
conduta ética que os servidores públicos federais devem seguir no exercício de suas funções.

Para entendermos a extensão da aplicação do Código de Ética, vamos esquematizar abaixo para
você visualizar e fixar, para não errar na prova!

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Judiciário

Legislativo

Não se aplica Estados e Distrito Federal

Municípios

Militares
Decreto nº
1.171/94 Sociedade de
Economia Mista
Administração Direta Federal

Empresa Pública
Administração Indireta Federal
Autarquia
Se aplica - Poder
Paraestatais
Executivo Federal
Fundação
Empresas que realizam
atividade delegada

Qualquer setor que prevaleça


o interesse do Estado

O referido código é dividido em três seções importantes, as quais determinam as regras


deontológicas, os principais deveres do servidor público e as vedações ao servidor público. O código
estabelece que o servidor público federal deve desempenhar suas atribuições pautado pelos valores
éticos de maior relevância, conforme delineados na norma. Estes são considerados princípios
fundamentais – primado maior:

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Dignidade

Conciência
dos
Decoro
princípios Primados
morais Maiores /
principais
valores
éticos

Eficácia Zelo

Como o Estado tem o dever de zelar pelos interesses da população, de maneira ética, o código de
ética profissional dos servidores públicos federais regula também os comportamentos que o servidor
tem a obrigação (deveres) de realizar, bem como os comportamentos que os servidores não podem
realizar, ou seja, suas vedações.

Deveres Vedações

Lealdade às Conflito de
Instituições Interesses

Dedicação ao
Ganho Indevido
Serviço

Uso indevido de
Condução Ética
Informações

Prevenção de Retardar Prestação


Irregularidade de Contas

Procrastinar na
Uso adequado dos
realização dos
recursos
Deveres

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4.1) Comissão de Ética

Por fim, o código também ressalta a importância das comissões de ética. A Comissão de Ética na
Administração Pública Federal desempenha um papel fundamental na promoção da ética e
integridade no cenário governamental. Sua responsabilidade abrange a orientação,
aconselhamento e julgamento de questões éticas relacionadas aos servidores públicos federais.

Geralmente, a comissão é composta por três servidores públicos titulares e três servidores públicos
suplentes, todos com reputação ilibada, nomeados para mandatos específicos. Podem incluir
membros internos e externos à instituição. Essas comissões têm como principais atribuições orientar
os servidores sobre ética no serviço público, analisar conflitos de interesses, julgar infrações éticas, e
oferecer pareceres em consultas sobre condutas éticas.

Importante!

A abordagem da comissão de ética é, fundamentalmente, voltada para a prevenção e a educação.

Dessa forma, por ser voltada a prevenção e educação, a única pena aplicável pela comissão é a de
censura, a justificativa da aplicação da pena deverá constar no parecer da comissão, que conterá as
assinaturas de todos os seus membros, e cientificando o servidor que faltar à sessão.

Momento da Questão

Questão inédita – Levando em conta o contexto dos princípios que norteiam a Administração
Pública no Brasil, destaca-se a relevância de garantir a eficácia e a legitimidade das ações
governamentais. Um desses princípios é o da impessoalidade, que busca assegurar que as
decisões e ações do setor público sejam pautadas pelo interesse público, sem favorecimentos
individuais. Dentro do contexto do princípio da impessoalidade na Administração Pública,
qual é a principal finalidade desse princípio?

a) Favorecer interesses pessoais de servidores públicos.

b) Garantir a imparcialidade e a neutralidade nas decisões e ações governamentais.

c) Aumentar a visibilidade de autoridades públicas.

d) Priorizar a promoção pessoal de líderes governamentais.

e) Dificultar o acesso da população a informações sobre a gestão pública.

Gabarito: Letra B.

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Comentário: O princípio da impessoalidade visa garantir que as ações governamentais sejam
orientadas pelo interesse público, sem favorecimentos individuais. Portanto, a resposta correta é
aquela que reflete essa finalidade.

GOVERNANÇA PÚBLICA

1) Introdução

Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de


2017). Gestão de riscos e medidas mitigatórias na Administração Pública.

2) Governança Pública

Com o retorno da democracia no Brasil nos anos 1980, os cidadãos passaram a demandar mais
serviços públicos e buscavam maneiras de supervisionar de perto como o governo alcançava seus
objetivos. Isso resultou em uma maior ênfase na eficiência e no desempenho no dia a dia do setor
público.

A noção de governança pública começou a ganhar destaque no Brasil com a Emenda Constitucional
(EC) nº 19, datada de 04 de junho de 1998. Essa emenda modificou o artigo 37 da Constituição
Federal de 1988, introduzindo o princípio da eficiência. Essa alteração visava resolver questões
antigas relacionadas ao excesso de burocracia e à gestão pouco eficaz que caracterizavam a
administração pública brasileira.

A governança pública é o processo pelo qual as organizações públicas e os órgãos governamentais


são dirigidos, controlados e administrados. Envolve a definição de políticas, tomadas de decisões,
implementação de programas e prestação de serviços públicos. A governança pública busca
garantir que as instituições do governo atuem de maneira eficaz, transparente, responsável, ética e
de acordo com os interesses e necessidades da sociedade.

A governança pública é regidas pelos princípios:

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Transparência

Capacidade de Resposta

Conformidade - melhoria regulatória


Princípios da Governança
Pública
Prestação de Contas

Confiabilidade

Relações Éticas - Integridade

Entende-se que a governança tem como objetivo primordial aprimorar a capacidade de


gerenciamento econômico e a prestação de serviços sociais à população. Nesse contexto, no âmbito
federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), enquanto órgão de controle externo, desempenha
um papel crucial na condução da execução orçamentária e financeira. O TCU é encarregado de
fiscalizar aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais dos órgãos e
entidades públicas brasileiras, assegurando a conformidade com princípios de legalidade,
legitimidade e economicidade. Essa supervisão é realizada por meio da aplicação de práticas de
governança pública.

Diante desse cenário, o TCU tem implementado diversos procedimentos de adequação do processo
de governança nas instituições públicas federais.

3) Sistemas de Governança Pública

O sistema de Governança Pública Federal foi instituída a partir do Decreto nº 9.203/17, o qual
prevê os mecanismos para exercer a governança pública, são eles:

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competência responsabilidade

Integridade Liderança motivação

Mecanismo para
a Governança
Pública

Controle Estratégia

A implantação e a manutenção dos mecanismos da governança pública cabe a alta administração


dos órgãos e das entidades. Essa manutenção ocorre com o acompanhamento dos resultados,
melhoria do desempenho e a promoção de processos de decisão baseadas em evidencias.

Além disso, outro ponto de extrema relevância é o Comite Interministerial de Governança – CIG,
composto pelo Ministro da Casa Civil da Presidência da República, que dentro do comitê possui
o cargo de coordenador, o Ministro da Economia e o Ministro da Controladoria-Geral da União.
A principal finalidade da CIG é fornecer assessoria ao Presidente da República. Na ausência dos
membros titulares, seus secretários-executivos podem realizar as devidas substituições.

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CIG - coordena
a política de
governança

proposta de recomendações,
melhoria de manuais, guias e
governança resoluções

Órgãos e Entidade
- executa a política
Secretaria-
Executiva do CIG

Comitê Interno de
Governança - promove e
diagnóstico e
monitora + Alta
sugestões
Administração - responsável
pela implementação

Tome nota!

As reuniões da CIG são convocadas pelo coordenador – Ministro da Casa Civil da Presidência da
República.

Apesar de o CIG ser o componente central na implementação da política de governança, há outros


atores e estruturas desempenhando papéis relevantes nesse processo. A tabela esquematizada
abaixo apresenta uma síntese das funções desempenhadas pelos principais atores e estruturas
envolvidos na condução da política de governança.

Funções dos Principais Atores e Estruturas da Política de Governança

Atores/estruturas Funções

Presidente da República Responsável, em última instância, pela condução da política de


governança

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CIG Assessorar o presidente da República na condução da política de
governança (coordenação)

Órgãos e Entidade da Executar a política de governança


Administração Pública Federal

Alta Administração Responsável pela implementação da política de governança nos


respectivos órgãos e entidades

Comitê Interno de Governança Promover e monitorar a política de governança em seus respectivos


órgãos e entidades

4) Gestão de Riscos e Medidas Mitigatórias na Administração Pública

A gestão de riscos na administração pública é o processo sistemático de identificação, análise,


avaliação e mitigação de eventos ou condições que possam impactar negativamente os objetivos e
operações de uma entidade governamental.

Mas, afinal, o que é risco?

Risco é a possibilidade de um evento incerto causar impacto negativo ou positivo em objetivos.


Pode ser interpretado como ameaça ou oportunidade, sendo que oportunidades podem trazer
vantagens competitivas.

Probabilidade
Impactos Risco
de Ocorrência

A gestão de riscos tem como finalidade facilitar o processo de tomada de decisões, visando
proporcionar uma segurança razoável no cumprimento da missão e no alcance dos objetivos
institucionais. Essa abordagem representa uma ferramenta concebida para auxiliar os gestores na
busca por maior eficiência, com o intuito de aprimorar a qualidade, a pontualidade e a eficácia dos
serviços públicos oferecidos.

Na gestão de riscos, as medidas mitigatórias são ações específicas implementadas com a finalidade
de reduzir ou controlar os efeitos dos riscos identificados.

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Importante!

É crucial destacar que, ao abordar a mitigação, não é estritamente necessário eliminar


completamente os riscos ou a fonte dessas ameaças.

As principais ações mitigatórias na administração pública podem incluir a implementação de


controles, a revisão de processos, a reorganização de equipes, além de iniciativas de capacitação e
treinamento. Isso também pode abranger o desenvolvimento ou aprimoramento de soluções
tecnológicas e ajustes na estrutura organizacional.

INTEGRIDADE PÚBLICA

1) Introdução

Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023): considerações iniciais; Integridade Pública.

2) Considerações Iniciais

O Governo Federal está dedicado a promover a integridade pública como um meio sustentável de
combater a corrupção, restaurar a confiança dos cidadãos em nossas instituições e aprimorar a
qualidade dos serviços públicos. Essa busca pela integridade tem orientado a implementação de
iniciativas que abrangem o aumento da transparência, a gestão eficiente de recursos, a aplicação
de mecanismos de responsabilização para agentes públicos envolvidos em desvios e o
fortalecimento da relação entre o Estado e a população.

A integridade pública refere-se ao conjunto de estruturas institucionais criadas para assegurar que
a Administração Pública cumpra seu propósito fundamental: fornecer resultados esperados à
população de maneira apropriada, imparcial e eficaz.

Diante desse cenário, promulgado o Decreto nº 11.529/23 o qual institui e estabelece o Sistema de
Integridade, Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal e a Política de
Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal.

3) Integridade Pública

Agora, vamos estudar especificamente as disposições do decreto acima mencionado, o qual


estabelece o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação. Esse decreto abrange a

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administração federal direta, as autarquias e fundações públicas, excluindo, no entanto, as empresas
estatais. Ele institui:

SITAI, que representa o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação.

Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal.

3.1) Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação

O SITAI, Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação, foi implementado para


suceder o antigo Sistema de Integridade Pública do Poder Executivo Federal. Essa transição
representa uma expansão do sistema de integridade da administração pública federal, incorporando,
além disso, os pilares da transparência e do acesso à informação.

Esse sistema representa a entidade central na estrutura da Controladoria-Geral da União e suas


unidades setoriais, e tem como metas coordenar e articular as ações relacionadas à integridade,
transparência e acesso à informação. Além disso, busca definir padrões para as práticas e medidas
relacionadas a esses princípios, ao mesmo tempo que visa incrementar a simetria da informação.

Ademais, o decreto ainda menciona alguns conceitos importantes que você, concurseiro, precisa
conhecer:

• Conjunto de princípios, normas, procedimentos e mecanismos


destinados à prevenção, detecção e remediação de práticas
Programa de envolvendo corrupção, fraude, irregularidades, ilícitos e outros desvios
Integridade éticos e de conduta. Este programa visa identificar e corrigir violações
ou desrespeitos a direitos, valores e princípios que possam impactar a
confiança, credibilidade e reputação institucional.

• Estrutura organizacional que delineia as medidas de integridade a


Plano de serem implementadas em um período específico. Esse plano é
Integridade elaborado pela unidade setorial do SITAI e requer aprovação da
autoridade máxima do órgão ou entidade.

• Desempenho de atividades nas áreas de corregedoria, ouvidoria,


controle interno, gestão da ética, transparência, e outras funções
Funções de
essenciais ao funcionamento do programa de integridade. Essas
Integridade
funções estão integradas aos sistemas organizacionais para garantir o
cumprimento eficaz do programa de integridade.

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3.2) Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal

O decreto também instituiu a Política de Transparência e Acesso à Informação, cujo planejamento,


coordenação, execução e monitoramento ficarão a cargo da CGU, o órgão central do SITAI.

A Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração é fundamentada em três pilares,


conforme estabelecido no artigo 10:

transparência passiva

Pilares da Política de
transparência ativa
Transparência

abertura de base de dados da


Administração Pública Federal -
produzidos, custodiados ou acumulados

Vamos nos aprofundar nos conceitos!

A transparência passiva tem o propósito de assegurar a disponibilização de informações em


resposta a solicitações de acesso à informação, sendo esses pedidos realizados por meio do Portal
da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União - CGU. Em contrapartida, a
transparência ativa foi estabelecida para garantir a divulgação proativa de informações nos sítios
eletrônicos oficiais, sob a gestão da CGU, por meio do Portal Brasileiro de Dados Abertos.

Por fim, a abertura de bases de dados tem como finalidade fomentar pesquisas, estudos, inovações,
geração de negócios e envolvimento da sociedade na supervisão e aprimoramento de políticas e
serviços públicos. Essa responsabilidade recai sobre a CGU, que gerencia um sistema eletrônico para
o registro e atendimento de pedidos de acesso à informação. Tanto os pedidos quanto suas
respectivas respostas são disponibilizados de forma aberta à população na internet.

TRANSPARÊNCIA E QUALIDADE NA GESTÃO PÚBLICA

1) Introdução

Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade social: aspectos iniciais;


transparência e qualidade na gestão pública; cidadania; equidade social.

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2) Aspectos Iniciais

Com a promulgação da Constituição Federal do Brasil em 1988, observou-se uma série de


transformações significativas no panorama do país. Destaca-se, entre essas mudanças, a instituição
do Estado Democrático de Direito, que garante a cidadania, proporcionando a participação ativa
do povo nas atividades estatais.

Considerando que cada vez mais as pessoas estão participando ativamente da execução das políticas
públicas e têm o direito de saber como o dinheiro público está sendo usado, é importante ressaltar
que a transparência é uma ferramenta valiosa para combater a corrupção.

3) Transparência e Qualidade na Gestão Pública

A interseção entre a transparência e qualidade na gestão pública promove uma administração eficaz
e responsável, prevalecendo os princípios constitucionais administrativos. A transparência na gestão
pública envolve a divulgação aberta e acessível de informações sobre as ações, decisões, gastos e
resultados da administração pública, facilitando o entendimento por parte dos cidadãos e promove
a maior prestação de contas.

Além disso, ainda no tocante da transparência, a participação da sociedade no monitoramento das


ações governamentais fortalece a democracia, contribuindo ainda para a responsabilização dos
agentes públicos (accountability), permitindo a avaliação do desempenho e da ética na gestão
pública.

A transparência combinada com a qualidade facilita as avaliações dos membros da sociedade,


contribuindo para a identificação de áreas que necessitam de melhoria na qualidade da gestão
pública.

4) Cidadania

A cidadania é o conjunto de direito e deveres do individuo como membro de uma comunidade,


geralmente vinculado a um Estado-nação. Ela ainda implica uma série de responsabilidades,
privilégios e participação ativa na vida pública.

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responsabilidades

Cidadania
participação
ativa
privilégio

A cidadania envolve o reconhecimento de direitos fundamentais, como a liberdade de expressão,


direito à educação, participação política e proteção legal. Ao mesmo tempo, os cidadãos têm
deveres, como respeitar as leis, pagar os impostos e contribuir para o bem comum.

4.1) Cidadania e o Controle Social

O controle social refere-se à participação ativa da sociedade na gestão pública, visando monitorar
e fiscalizar as atividades do governo com o propósito de identificar e resolver questões, garantindo
a continuidade dos serviços prestados à população. A promoção do controle social é um dos
princípios estabelecidos pela Lei de Acesso à Informação.

Ex.: O Portal da Transparência – da Controladoria-Geral da União.

Nesse contexto, torna-se essencial fomentar uma cultura de transparência dentro da


Administração Pública. Além disso, é crucial que a sociedade esteja ciente de seu direito de acesso
à informação e compreenda como utilizá-lo para acompanhar as iniciativas governamentais.

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molda costumes, hábitos e
Socialização desejos estendidos como
ideias em cada sociedade.

Formas de
Controle Social
a força do grupo promove a
adequação do indivíduo ao
Pressão do Grupo
papel social que
corresponde ao seu status.

5) Equidade Social

A origem do conceito de equidade remonta à Grécia Antiga, sendo atribuído ao filósofo Aristóteles.
Na perspectiva de Aristóteles, a equidade é entendida como uma parte integrante da justiça,
envolvendo uma disposição de caráter distinta. Nessa abordagem, entende-se por equidade é o
tratamento justo, levando em consideração as diferenças individuais e as circunstâncias
especificas de cada pessoa.

Assim, a equidade social é a busca por justiça e imparcialidade na distribuição de recursos,


oportunidades e benefícios dentro de uma sociedade, reconhecendo as necessidades diversas dos
cidadãos. O objetivo é garantir que todos os membros da sociedade tenham condições justas e
iguais para alcançar seu potencial máximo, independentemente de suas características individuais,
como raça, gênero, classe social, origem étnica, orientação sexual, habilidades, entre outros.

A equidade social está descrita na frase comumente conhecida: “Devemos tratar igualmente os iguais
e desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade”.

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Tome nota!

O principal foco da equidade social é a diminuição da desigualdade, abrindo-se espaço para a


inclusão social.

5.1) Justiça Social e Ações Afirmativas

A justiça social e as ações afirmativas estão interligadas na busca por corrigir desigualdades
histórias e estruturais, proporcionando oportunidades mais equitativas para grupos que enfrentam
discriminação ou desvantagens sistêmicas.

Quando abordamos o conceito de Justiça Social, deparamo-nos com uma multiplicidade de


interpretações que permeiam diversos setores da sociedade. Tanto as forças da sociedade civil
quanto os atores políticos, que variam de progressistas a conservadores, de esquerda a direita, de
intervencionistas a livre-cambistas, e de socialistas a liberais, buscam formulações de programas,
ações e políticas sociais e econômicas.

Logo, entender o significado da justiça social implica compreender sua estreita ligação com os
ideais de igualdade e equidade. Estes princípios fundamentais norteiam políticas e esforços na
construção de uma sociedade mais justa, pois é evidente que em diferentes contextos econômicos,
há o risco ocasional de arbitrariedades, iniquidades e injustiças.

As discriminações, sejam de gênero, orientação sexual, raça, etnia ou outras, associadas à falta de
oportunidades, representam uma tradução da complexa realidade em diversos países, contribuindo
para um ciclo vicioso de exclusão social. Nesse cenário emergem as chamadas ações afirmativas,
que são medidas políticas destinadas a eliminar a exclusão social, cultural e econômica de grupos
que enfrentam qualquer forma de discriminação.

Essas medidas, respaldadas pela igualdade legal, procuram assegurar a equidade ao facilitar a
inserção, inclusão e participação política de grupos socialmente vulneráveis, utilizando diversos tipos
de apoios. Assim, as políticas equitativas garantem a inclusão e a inserção ao protegerem o direito
à igualdade e à diferença por meio de ações afirmativas.

Ex.: A política de cotas para negros em universidades brasileiras, regulamentada pela Lei Nº
14.723/23, adotada pelas Instituições de Ensino Superior como uma ação afirmativa para reverter a
lógica desigual da estrutura de oportunidades marcada por violações de direitos e discriminações
estruturais.

Dessa forma, as ações afirmativas e as políticas compensatórias buscam formalizar a justiça social,
fundamentando-se nos princípios da igualdade e equidade para combater as desigualdades. O
objetivo central dessas ações é garantir o acesso a posições cruciais na sociedade para indivíduos
que, de outra forma, permaneceriam excluídos.

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Momento da Questão

Questão inédita – Diante das persistentes desigualdades sociais e históricas no Brasil, os


conceitos de equidade social, justiça social e ações afirmativas emergem como instrumentos
cruciais na busca por uma sociedade mais justa e inclusiva. Em um país marcado por uma
história de discriminação racial, étnica e social, a compreensão desses princípios torna-se
fundamental.

Imagine uma cidade onde, apesar dos avanços econômicos, certos grupos populacionais
continuam enfrentando barreiras sistêmicas. As oportunidades educacionais, por exemplo, são
distribuídas de maneira desigual, perpetuando ciclos de desvantagens. Nesse contexto, surge
a necessidade de políticas que transcendam a igualdade formal, abordando as raízes históricas
das disparidades. Considerando essa realidade, assinale a alternativa correta:

a) Equidade social refere-se exclusivamente à igualdade de oportunidades, enquanto justiça social


abrange a correção de desigualdades passadas. Ações afirmativas são desnecessárias nesse contexto.

b) Ações afirmativas são medidas temporárias que visam corrigir desigualdades historicamente
enraizadas, promovendo a equidade. Justiça social busca apenas a igualdade de resultados,
independentemente das diferenças individuais.

c) Equidade social e justiça social são conceitos idênticos, ambos focados em garantir igualdade de
resultados para todos os indivíduos. Ações afirmativas são controversas, pois podem criar novas
formas de discriminação.

d) Justiça social é um princípio ético, enquanto equidade social é uma abordagem prática. Ações
afirmativas são estratégias eficazes apenas para corrigir desigualdades econômicas.

e) Equidade social busca tratar os desiguais de maneira desigual para alcançar a igualdade, enquanto
justiça social envolve a distribuição justa de oportunidades e benefícios. Ações afirmativas são
políticas necessárias para combater discriminações estruturais.

Gabarito: Letra E.

Comentário: No contexto da cidade descrita, a equidade social é necessária para tratar as


desigualdades existentes, enquanto a justiça social busca uma distribuição justa de oportunidades.
As ações afirmativas se tornam políticas essenciais para combater discriminações estruturais e
proporcionar oportunidades equitativas.

GOVERNO ELETRÔNICO

1) Introdução

Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

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1 – Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na Administração Pública. Lei nº
14.129/2021.

2) Lei nº 14.129/21 – conceito e competência

O governo eletrônico foi instituído a partir da Lei nº 14.129/21, que dispõe sobre os princípios,
regras e instrumentos para o governo digital e para o aumento da eficácia pública. O governo
eletrônico, também conhecido como e-gov, é o conjunto do uso de tecnologias da informação e
comunicação para melhorar e aprimorar os serviços públicos, a comunicação entre o governo e os
cidadãos, bem como as operações internas do governo. Isso envolve o uso de plataformas online,
sistemas digitais e outras tecnologias para facilitar o acesso às informações, simplificar processos e
promover a eficiência na prestação dos serviços governamentais.

O uso do governo eletrônico (e-gov) é implementado em diversos órgãos e entidades da


administração pública, abrangendo assim três atores institucionais:

Orgãos da Administração Pública Direta


Federal

Aplicação da Lei Entidades da Administração Pública Indireta


Federal

Administrações Diretas e Indiretas dos


Demais Entes Federados

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Tome nota!

Esteja atento à exceção: esta lei não se aplica a empresas públicas e sociedades de economia mista
que não desempenhem atividades de prestação de serviço público.

3) Diretrizes e Princípios

As diretrizes e princípios para implementação e funcionamento do Governo Eletrônico operam


dentro dos Comitês Técnicos de Governo Eletrônico, proporcionando uma base para desenvolver
estratégias de intervenção. Elas são empregadas como guias para todas as iniciativas de governo
eletrônico, gestão do conhecimento e administração de tecnologia da informação em toda a esfera
da Administração Pública Federal.

A tabela abaixo destaca os princípios e diretrizes do Governo Digital e da eficiência pública


conforme o art. 3º da Lei:

Princípios e Diretrizes

Desburocratização, Objetiva tornar a relação entre o poder público e a sociedade mais


Modernização, Fortalecimento eficiente, facilitando o acesso a serviços digitais, inclusive por
e Simplificação dispositivos móveis.

Plataforma Única de Acesso a Propõe centralizar o acesso às informações e serviços públicos em uma
Informações e Serviços única plataforma, respeitando as restrições legais e permitindo, quando
Públicos necessário, a prestação presencial.

Acesso aos Serviços Públicos Busca permitir que cidadãos, pessoas jurídicas e outros entes públicos
por Meio Digital demandem e acessem serviços públicos de forma digital, sem a
necessidade de solicitação presencial.

Transparência e Visa garantir transparência na execução dos serviços públicos e


Monitoramento da Qualidade monitoramento constante de sua qualidade.
dos Serviços Públicos

Incentivo à Participação Social Propõe estimular a participação ativa da sociedade no controle e


fiscalização da administração pública.

Dever do Gestor Público de Estabelece o dever dos gestores públicos de prestar contas diretamente
Prestar Contas à população sobre a gestão dos recursos públicos.

Uso de Linguagem Clara e Orienta o uso de linguagem clara e compreensível em comunicações


Compreensível com qualquer cidadão.

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Uso da Tecnologia para Propõe a utilização da tecnologia para otimizar os processos de
Otimização de Processos trabalho na administração pública.

Atuação Integrada entre Estabelece a atuação integrada entre órgãos e entidades na prestação
Órgãos e Entidades e controle dos serviços públicos, com o compartilhamento seguro de
dados pessoais.

Simplificação dos Busca simplificar os procedimentos de solicitação, oferta e


Procedimentos acompanhamento dos serviços públicos, focando na universalização do
acesso e autosserviço.

ACESSO À INFORMAÇÃO

1) Introdução

Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Acesso à informação. Lei nº 12.527/2011: conceito; competência; procedimento;


informações sigilosas.

2) Conceito

A lei de acesso à informação - lei nº 12.527, sancionada em 18 de novembro de 2011, estabelece o


direito constitucional dos cidadãos brasileiros ao acesso às informações públicas. Ela tem
abrangência nos três poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,
desempenhando um papel crucial na consolidação da democracia no país e no reforço da
transparência governamental.

Essa legislação consagra como princípio fundamental que a divulgação de informações públicas é
a norma geral, enquanto o sigilo é a exceção. Para assegurar o pleno exercício desse direito, a Lei
estabelece os mecanismos, prazos e procedimentos para que os cidadãos obtenham informações
junto à administração pública. Além disso, determina que órgãos e entidades governamentais devem
proativamente disponibilizar um conjunto mínimo de informações pela internet.

3) Competência

No âmbito federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) assume o papel central no Sistema de


Controle Interno do Poder Executivo Federal. A CGU tem a responsabilidade de desempenhar
diversas funções, que incluem o controle interno, a correição, a ouvidoria, bem como a promoção
da transparência e a prevenção da corrupção.

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Nesse contexto, a CGU desempenha, entre outras atribuições, a supervisão técnica sobre os órgãos
que fazem parte do Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal (e-OUV). Além disso, ela
atua como instância recursal para solicitações de acesso à informação e pedidos de disponibilização
de bases de dados feitos por meio do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão.

4) Procedimento

A Lei de Acesso à Informação estabelece um procedimento claro para que os cidadãos possam
fazer pedidos de informação junto aos órgãos e entidades públicas. O acesso a informações públicas
é gratuito, a menos que haja a necessidade de reprodução de documentos, caso em que pode ser
cobrada uma taxa. O processo é o seguinte:

Especificação da
Formulação do Pedido Identificação
Informação Desejada

Escolha do Órgão
Envio do Pedido Prazo da Resposta
Competente

Resposta ao Solicitante Recurso

Vamos estudar, agora, cada etapa!

Formulação do Pedido: O cidadão interessado em obter informações públicas deve formular


seu pedido de forma clara e objetiva. Ele pode ser feito por escrito, de preferência por meio do
Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC) quando disponível, ou por outros
meios, como carta, e-mail ou presencialmente, dependendo das opções oferecidas pelo órgão ou
entidade.

Identificação: É importante que o pedido contenha informações mínimas para identificação do


solicitante, como nome, CPF ou CNPJ (quando aplicável), endereço de contato e, se possível, dados
adicionais que facilitem a resposta.

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Especificação da Informação Desejada: O pedido deve conter a descrição clara da informação
desejada, de modo que o órgão público possa identificar com precisão o que está sendo solicitado.

Escolha do Órgão Competente: O solicitante deve direcionar o pedido ao órgão ou entidade


pública que detém as informações desejadas. Caso o pedido seja encaminhado a um órgão que não
seja competente para fornecer a informação, esse órgão deverá encaminhá-lo ao órgão correto e
informar ao solicitante sobre a transferência.

Envio do Pedido: O pedido de informação deve ser enviado ao órgão ou entidade pública de
acordo com os procedimentos e canais estabelecidos por eles. É importante respeitar as regras e
prazos estipulados pelo órgão para o processamento do pedido.

Prazo de Resposta: A Lei de Acesso à Informação estabelece um prazo máximo de 20 dias para
que o órgão público forneça a resposta ao solicitante. Em casos excepcionais, esse prazo pode ser
prorrogado por mais 10 dias, mediante justificativa.

Resposta ao Solicitante: O órgão ou entidade pública deve fornecer uma resposta ao solicitante
dentro do prazo estabelecido. Essa resposta pode ser a disponibilização da informação solicitada, a
negativa do acesso (caso a informação esteja protegida por sigilo legal) ou a comunicação de que a
informação não existe no órgão.

Recurso: Caso o solicitante não fique satisfeito com a resposta ou a ausência de resposta, ele
tem o direito de interpor um recurso junto ao órgão que originalmente recebeu o pedido. O prazo
para interpor o recurso é de 10 dias a partir da resposta ou do término do prazo para resposta.

Além do procedimento de pedido de informação, a lei também determina que os órgãos e entidades
públicas devem divulgar proativamente informações de interesse público por meio da internet,
promovendo a transparência ativa.

Tome nota!

A Lei de Acesso à Informação estabelece que os agentes públicos que descumprirem suas
disposições podem ser responsabilizados administrativa, civil e penalmente.

Lembrando que a Lei de Acesso à Informação visa facilitar o acesso dos cidadãos às informações
públicas e promover a transparência governamental, tornando mais fácil o exercício do direito à
informação. Portanto, os órgãos públicos têm a obrigação de fornecer informações de forma
transparente e acessível.

5) Informações Sigilosas

A lei prevê a possibilidade de algumas informações serem classificadas como sigilosas, de acordo
com critérios estabelecidos na própria legislação. Informações sigilosas são aquelas que, se

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divulgadas, poderiam causar prejuízo à segurança nacional, à defesa ou às relações exteriores
do país, entre outros aspectos.

A lei prevê três níveis de sigilo para informações governamentais: ultrassecreta, secreta, reservada.

Níveis de Sigilo

Ultrassecreta Informações cuja divulgação pode causar danos graves à segurança do Estado ou às
relações exteriores. O prazo máximo de sigilo é de 25 anos, podendo ser renovado.

Secreta Informações cuja divulgação pode causar prejuízo à segurança do Estado ou a


interesses nacionais. O prazo máximo de sigilo é de 15 anos, também podendo ser
renovado.

Reservada Informações cuja divulgação pode prejudicar a administração pública ou interesses


públicos. O prazo máximo de sigilo é de 5 anos, podendo ser renovado.

As informações pessoais são informações que, por sua natureza, devem ser protegidas, como dados
pessoais de cidadãos. A lei estabelece regras específicas para o tratamento e o acesso a informações
pessoais, visando garantir a privacidade e a proteção desses dados.

Além das informações classificadas, a lei também reconhece que determinadas informações podem
ser submetidas a sigilo por órgãos ou entidades que ainda não estabeleceram classificação de sigilo
específica. Nesse caso, o órgão deve justificar a necessidade do sigilo e estabelecer um prazo para a
divulgação.

Momento da Questão

Questão inédita – O acesso à informação é um princípio fundamental para promover a


transparência e a participação cidadã nas atividades governamentais. A Lei nº 12.527/11,
conhecida como Lei de Acesso à Informação – LAI, foi promulgada no Brasil com o propósito
de regulamentar esse direito, estabelecendo diretrizes e procedimentos para garantir o acesso
dos cidadãos a informações públicas. Considerando as informações acima, o conceito e a
finalidade da LAI são:

a) A Lei nº 12.527/2011 visa restringir o acesso à informação, preservando a confidencialidade das


atividades governamentais.

b) Essa lei tem como principal objetivo dificultar o acesso dos cidadãos a informações públicas,
protegendo dados sensíveis do governo.

c) A Lei de Acesso à Informação (LAI) busca promover a transparência e a participação cidadã ao


regulamentar o direito dos indivíduos de acessarem informações públicas.

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d) Seu propósito principal é centralizar o controle de informações nas mãos do governo, limitando
o acesso da sociedade.

e) A LAI foi criada para incentivar a manipulação de informações, permitindo que o governo
selecione quais dados podem ser acessados pela população.

Gabarito: Letra C.

Comentário: A Lei de Acesso à Informação (LAI) tem como objetivo fomentar a transparência e
a participação cidadã ao estabelecer normas para o direito de acesso às informações.

TRANSPARÊNCIA E IMPARCIALIDADE NOS USOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

1) Introdução

Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço


público.

2) Considerações iniciais

A transparência e imparcialidade são princípios fundamentais quando se trata do uso da


inteligência artificial (IA) no âmbito do serviço público. Esses princípios são essenciais para garantir
a confiança da sociedade nas decisões e ações governamentais que envolvem o uso dessa
tecnologia avançada.

3) Função Desempenhada pela Inteligência Artificial nos Serviços Públicos

Em primeiro lugar, é essencial reconhecer que o propósito fundamental das atividades


administrativas é assegurar o bem-estar coletivo, demandando, assim, o desenvolvimento e a
execução de diversas políticas públicas. À medida que os órgãos e autoridades incorporam
mecanismos equipados com inteligência artificial, as decisões são automatizadas por meio de
algoritmos previamente programados.

Nesse contexto, torna-se de extrema importância que tais algoritmos sejam caracterizados pela
imparcialidade, garantindo uma tomada de decisão mais equitativa e eficaz, sem concessões a
privilégios. Adicionalmente, o processo que utiliza inteligência artificial deve oferecer a transparência
necessária à comunidade. Em outras palavras, a população interessada deve estar informada de que
as decisões foram conduzidas por meio de mecanismos de inteligência artificial, assim como
compreender como os algoritmos foram estabelecidos pela autoridade competente.

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Momento da Questão

Questão inédita – Em meio ao avanço da inteligência artificial nos serviços públicos, a


necessidade de regulamentação ética é evidente para garantir decisões imparciais e
transparentes. Diversos setores governamentais têm adotado normas para orientar o uso
dessa tecnologia. Um exemplo é a criação de diretrizes no setor de educação para sistemas de
tutoria baseados em inteligência artificial. Qual é a finalidade principal das normas
estabelecidas para sistemas de tutoria baseados em inteligência artificial no setor educacional?

a) Limitar o acesso da população a ferramentas de inteligência artificial no campo educacional.

b) Promover a competição entre instituições de ensino na implementação de tecnologias avançadas.

c) Assegurar a imparcialidade, transparência e governança na utilização de sistemas de tutoria


baseados em inteligência artificial no ambiente educacional.

d) Excluir completamente o uso de inteligência artificial em processos de ensino e aprendizagem.

e) Desenvolver padrões exclusivos de programação para sistemas de tutoria, sem considerar


aspectos éticos.

Gabarito: Letra C.

Comentário: A questão destaca a importância das normas éticas na utilização de inteligência


artificial no setor educacional, enfatizando a imparcialidade, transparência e governança.

Parabéns por ter concluído o estudo da matéria!

Bora para cima!

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Adriana Pereira Torres - [email protected] - CPF: 713.246.901-00

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