Aula 1.8 - Antiparasitarios
Aula 1.8 - Antiparasitarios
Aula 1.8 - Antiparasitarios
Química Farmacêutica II
Tema 4: An*parasitários
Docente:
João Miguel Inácio
Aula 1.8
• Antiparasitários
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Introdução
Dois aspetos importantes:
• Cerca de mil milhões de pessoas (mais de metade da população
mundial) estão infetadas
• A maior parte destas infeções por parasitas ocorrem nos países em
desenvolvimento (o custo da saúde é o fator dominante para decidir se
um paciente é tratado ou não)
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Introdução
• As doenças associadas a infeções parasitárias representam um largo
número e incluem:
• Infeções por protozoários (organismo microscópico geralmente
unicelular e heterotrófico)
• Infeções helmínticas (provocada por vermes, “animal” alongado e
de corpo mole)
• Infeções por insetos
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Infeções por protozoários
• Amebíase – doença do intestino causada por Entamoeba histolytica
ocorre principalmente nos trópicos, mas também em climas
temperados pode ocorrer sem sintomas ou conduzir a disenteria fatal.
• Giardíase – apresenta uma grande semelhança com a amebíase causada
por Giardia lamblia, organismo encontrado no duodeno
• Tricomoníase – causada por Trichomonas vaginalis e afeta a vagina, a
uretra e a próstata, sendo considerada uma doença venérea,
transmitida sexualmente - 180 milhões de infetados no mundo
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Infeções por protozoários
• Tripanossomíase – duas formas distintas:
• Doença de Chagas (tripanossomíase americana)
Causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e é encontrada na
América (Brasil e sudoeste dos EUA)
O inseto tira sangue de uma pessoa infetada e liberta o protozoário
com as suas fezes o qual entra no hospedeiro através da pele. A
contaminação pode ser também por transfusão de sangue
• Doença do sono (tripanossomíase africana)
Causada por várias sub-espécies do protozoário Trypanosoma brucei
O animal infetado é picado pela mosca tsé-tsé sugadora de sangue,
que por sua vez transmite o protozoário por picada a um ser humano
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Infeções por protozoários
• Leishmaniose – causada por protozoários do Leishmania
• Protozoário pode ser “acolhido” em roedores, caninos e vários
outros mamíferos e transmitida ao Homem pela picada de fêmeas
do género Phlehotomus
• Pode apresentar diferentes síndromas clínicos:
Visceral, cutâneo e mucocutâneo (muco produzido pela pele em
algumas doenças)
• Agente envolvido na disseminação da doença “prefere” climas
quentes e húmidos pelo que a doença é comum nos trópicos
• A espécie visceral (Índia e Sudão) é causada pela Leishmania
donovani. Esta forma de doença é sistémica e é caraterizada nos
pacientes por febre, tipicamente noturna, diarreia, tosse e um
aumento do fígado e do baço. A pele do doente pode escurecer.
Sem tratamento a morte pode ocorrer em 20 meses
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Infeções por protozoários
Malária
• 1947–1951 foi erradicada dos EUA mediante o uso de
DDT (diclorodifeniltricloroetano) que destruiu o inseto
vetor
• 1955 – OMS lançou o Global Malaria Eradication
Program
• este programa pretendia erradicar a malária pelo uso de
DDT e tratamento com cloroquina, mas devido à
resistência desenvolvida pelo mosquito Anopheles ao
DDT, e por questões políticas, o programa foi
abandonado em 1972.
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Malária
• Atualmente a malária está presente na maior parte dos
países de África, na América Central e do Sul e no Sudeste
Asiático.
• Em crescimento no Afeganistão, Bangladesh, Brasil, Burma,
Cambodja, Colômbia, China, Irão, Índia, Indonésia, México,
Filipinas, Tailândia e Vietname.
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Malária
Tipos de malária
As infeções da malária e os seus sintomas e consequências são conhecidas de
acordo com a espécie de parasita envolvido
P. Falciparum
• potencialmente fatal
• doentes com situações graves deste tipo de malária podem desenvolver
• insuficiência hepática e renal, convulsões e coma.
P. Vivax e P. Ovale
• ocasionalmente graves
• geralmente provocam doenças menos graves, mas os parasitas podem
permanecer latentes no fígado por muito meses, podendo causar o
reaparecimento dos sintomas meses ou mesmo anos depois.
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Malária
Tipos de quimioterapia
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Malária
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Malária
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Malária
Ciclo de vida do protozoário da malária
• Envolve dois hospedeiros
• Durante uma picada (refeição de sangue) um mosquito Anopheles fêmea
infetado com malária inocula esporozoítos no hospedeiro humano
• Os esporozoítos infetam as células do fígado e amadurecem em
esquizontes, que se rompem e libertam merozoítos. (em P. vivax e P. ovale
um estágio adormecido pode persistir no fígado, se não for tratado, e
causar recaídas ao invadir a corrente sanguínea semanas ou mesmo anos
depois).
• Após essa replicação inicial no fígado (esquizogonia exo-eritrocítica), os
parasitas sofrem multiplicação assexuada nos eritrócitos (esquizogonia
eritrocítica)
• Os merozoítos infetam os glóbulos vermelhos. Os trofozoítos em estágio
de anel amadurecem em esquizontes, que se rompem libertando
merozoítos
• Alguns parasitas diferenciam-se em estagios eritrocitários sexuais
(gametócitos). 15
Malária
Ciclo de vida do protozoário da malária
• Os parasitas do estadio sanguíneo são responsáveis pelas manifestações clínicas
da doença
• Os gametócitos, masculinos (microgametócitos) e femininos (macrogametócitos),
são ingeridos por um mosquito Anopheles durante uma refeição de sangue.
• A mulWplicação dos parasitas no mosquito é conhecida como ciclo esporogónico.
Enquanto no estômago do mosquito, os microgâmetas penetram nos
macrogâmetas gerando zigotos
• Os zigotos, por sua vez, tornam-se móveis e alongados que invadem a parede do
intesWno médio do mosquito, onde se desenvolvem em oocistos.
• Os oocistos crescem, rompem-se e libertam esporozoítos, que chegam às
glândulas salivares do mosquito.
• A inoculação dos esporozoítos num novo hospedeiro humano perpetua o ciclo de
vida da malária
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Agentes anti-maláricos
CLASSIFICAÇÃO
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Derivados de quinolina
• quinina
• cloroquina Mecanismo de ação:
• Quinidina esquizontocidas do sangue (fase
• mefloquina eritrocítica)
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Derivados de quinolina
• uso na Europa – início séc. XVII (após Incas do Perú darem informação aos
jesuítas espanhóis)
• esquizontocida do sangue (fase eritrocí_ca)
• derivado 4-quinolinametanol contendo um anel de quinuclidina subs_tuído
• terapêu_co para a malária falciparum
• não é profilá_co nem terapêu_co para malária vivax
• não tem efeito sobre os estados exoeritrocitários que se desenvolvem no
bgado.
• para malária vivax ou ovale esses estados devem ser tratados com
primaquina 19
Derivados de quinolina
QUINIDINA
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Derivados de quinolina
CLOROQUINA
PAMAQUINA E PRIMAQUINA
• são 8-aminoquinolinas
• Pamaquina – introduzida no
tratamento da malária em 1926
• Primaquina – substituiu a pamaquina
• Retêm o núcleo metoxiquinolina da
quinina
MEFLOQUINA E HALOFANTRINA
• 4-quinolinametanol
• apresentam semelhanças com a porção
4-quinolinametanol da quinina
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Derivados de quinolina
PAMAQUINA E PRIMAQUINA
Mecanismo de ação
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Derivados de quinolina
MEFLOQUINA
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Derivados de quinolina
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Antifolatos
FANSIDAR
• medicamento combinado, cada
comprimido contendo sulfadoxina (500
mg) e pirimetamina (25mg)
• ambos os fármacos são an_folatos e
inibidores de di-hidrofolato reductase
• atua interferindo no metabolismo do
folato, boqueando a incorporação do
PABA no folato
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Artemisinina
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Artemisinina
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Artemisinina
MECANISMO DE AÇÃO
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Artemisinina
MECANISMO DE AÇÃO
Structure of artemisinin (a) and potential in vivo pathways for its activation (b). Artemisinin and its derivatives
contain an endoperoxide bridge (a, red) that is necessary for activity. ARTs may be activated by reduced iron
(Fe2+) or heme (4) to produce activated ART (ART*). The activator pool could be derived from Hb and non-Hb
dependant pathways as indicated by the dashed lines in b. Hematin is produced during the degradation of Hb
(1, red) within acidic compartments. This can diffuse into the parasite cytoplasm where it would be reduced to
produce heme (2, red). Some may be degraded to Fe2+ (3, red) to augment the parasite’s labile iron pool
produced by conventional means (1, blue). For most of the ring stage, a smaller flux through different
pathways may be sufficient to generate a low level of ART*. In late rings/trophozoites, the levels of heme and
Fe2+ are enhanced by Hb degradation, driving efficient ART activation (and hence potency). A saturable
effective dose means that ART* production is not first order with respect to ART concentration. The rate of
ART activation could be limited by the rate of production of activators (1) and/or by rate of redox cycling (2)
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that is required to reduce/regenerate the activators
AnAbacterianos
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Fim