Direito de Trabalho
Direito de Trabalho
Direito de Trabalho
2º ANO
Orientador:
...................………………………………
2.1.2. Suspensão do Contrato por Motivo Respeitante ao Empregador (Artigo 123) ... 6
1.1.Metodologia
Assim sendo, para a materialização e abordagem deste trabalho optou-se pelo método
de pesquisa bibliográfica onde, através deste método foi possível analisar vários módulos e
livros de diferentes autores que já abordaram sobre a mesma temática com vista a
materializar a pesquisa.
1.2.Objectivos
1.2.1. Geral
1.2.2. Específicos
4
2. Suspensão e Cessação da Relação de Trabalho
2.1.Suspensão da Relação de Trabalho
Durante este período de suspensão todos os direitos e deveres que não tenha a ver
com a execução da prestação laboral mantêm-se, exemplo não podo se sancionar o
trabalhador que está a trabalhar, mas se injuriar pode porque ele não precisa de trabalhar.
5
Durante o período da suspensão da relação de trabalho, cessam os direitos, deveres e
garantias das partes inerentes à efectiva prestação de trabalho, mantendo-se, todavia, os
deveres de lealdade e respeito mútuos.
A suspensão inicia-se mesmo antes de decorridos 15 dias logo que se torne certo ou
previsível que o impedimento terá duração superior àquele prazo.
O disposto neste artigo não obsta à extinção do contrato de trabalho a prazo certo, que
atinja o seu termo durante o período de suspensão contratual.
À suspensão prevista neste artigo aplica-se, com as devidas adaptações, o disposto nos
nºs 4 e 7 do artigo anterior. Durante o período de suspensão, o trabalhador tem direito a
6
setenta e cinco por cento, cinquenta por cento e vinte e cinco por cento das respectivas
remunerações, nos primeiro, segundo e terceiro meses, não devendo, em qualquer caso, as
mesmas ser inferiores ao salário mínimo nacional.
7
2.2.Cessação da Relação de Trabalho
2.2.1. Significado e Alcance do Regime da Cessação do Contrato de Trabalho
Muitos dos mais delicados e complexos problemas surgidos na prática das relações de
trabalho respeitam à desvinculação das partes, isto é, à cessação do contrato. Mas não só pelo
facto de existir uma grande diversidade de situações, requerendo tratamento jurídico próprio;
para, além disso, há que notar a importância social do acto de desvinculação, sejam quais
forem os seus fundamentos, pelos reflexos que normalmente tem na situação do trabalhador.
Isto explica que o regime jurídico da cessação do contrato de trabalho não seja,
uniforme para ambas as partes. Particularmente à luz da legislação vigente, o empregador
está sujeita a um conjunto de exigências, para que possa promover a ruptura do contrato, que
não encontram, de modo algum, paralelo no estatuto do trabalhador; desde logo, só quando a
ele (empregador) existem limitações referentes aos motivos pelos quais o vínculo pode ser
dissolvido unilateralmente, com incidência na eficácia da desvinculação.
a) Caducidade;
b) Revogação por mútuo acordo das partes;
c) Denúncia por qualquer das partes;
d) Rescisão por qualquer das partes contratantes com justa causa.
8
Os efeitos jurídicos da cessação do contrato de trabalho produzem-se a partir do
conhecimento da mesma por parte do outro contratante, mediante documento escrito.
a) Expirado o prazo ou por ter sido realizado o trabalho por que foi estabelecido;
b) Pela incapacidade superveniente, total e definitiva, de prestação do trabalho ou, sendo
aquela apenas parcial, pela incapacidade de o empregador a receber, excepto se a
incapacidade for imputável ao empregador;
c) Com a morte do empregador em nome individual, excepto se os sucessores
continuarem a actividade;
d) Com a reforma do trabalhador;
e) Com a morte do trabalhador.
9
2.3.3. Justa causa de rescisão do contrato de trabalho – Artigo 127
A rescisão do contrato de trabalho, nos termos do n.º 4 do presente artigo, deve ser
precedida das formalidades previstas nos nºs 1 a 4 do artigo 131 desta lei, sob pena de não ser
admissível a prova de justa causa.
10
A rescisão do contrato de trabalho, nos termos da alínea c) do n.º 4 do presente artigo
só pode ocorrer não se verificando os pressupostos previstos na parte final da alínea b)
do n.º 1 do artigo 122 desta lei, e não confere direito a indemnização.
Sempre que um dos contraentes for forçado a rescindir o contrato de trabalho por
causa imputável ao outro, considera-se rescindido com justa causa.
A rescisão do contrato, com fundamento nos termos do número anterior, confere ao
trabalhador o direito à indemnização prevista no artigo 128 da presente lei.
2.3.4. Rescisão do contrato com justa causa por iniciativa do trabalhador – Artigo
128
O trabalhador pode rescindir o contrato de trabalho, com justa causa, nos termos do
artigo 127 da LT, mediante comunicação prévia de, pelo menos, 7 dias, indicando, expressa e
inequivocamente, os factos que a fundamentam. Caso o trabalhador infrinja o prazo disposto
deve pagar ao empregador uma multa correspondente a 20 dias de salário, a deduzir da
indemnização a que tem direito.
A rescisão do contrato de trabalho por tempo indeterminado, com justa causa por
parte do trabalhador, confere-lhe o direito à indemnização correspondente a 45 dias de salário
por cada ano de serviço.
A rescisão do contrato de trabalho a prazo certo, com justa causa por parte do
trabalhador, confere-lhe o direito à indemnização correspondente às remunerações que se
venceriam entre a data da cessação e a convencionada para o fim do prazo do contrato.
11
A denúncia do contrato de trabalho por tempo indeterminado, salvo estipulação em
contrário, por decisão do trabalhador, deve ser feita com aviso prévio subordinado aos
seguintes prazos:
O empregador pode rescindir um ou mais contratos de trabalho, com aviso prévio, desde que
essa medida se funde em motivos estruturais, tecnológicos, ou de mercado e se mostre
essencial à competitividade, saneamento económico, reorganização administrativa ou
produtiva da empresa. Para efeitos da lei de trabalho em vigor, consideram-se,
designadamente:
a) 30 dias de salário por cada ano de serviço, se o salário base do trabalhador, incluindo
o bónus de antiguidade, corresponder ao valor compreendido entre 1 a 7 salários
mínimos nacionais;
12
b) 15 dias de salário por cada ano de serviço , se o salário base do trabalhador, incluindo
o bónus de antiguidade, corresponder ao valor compreendido entre 8 a 10 salários
mínimos nacionais;
c) 10 dias de salário por cada ano de serviço, se o salário base do trabalhador, incluindo
o bónus de antiguidade, corresponder ao valor compreendido entre 11 a 16 salários
mínimos nacionais;
d) 3 dias de salário por cada ano de serviço, se o salário base do trabalhador, incluindo o
bónus de antiguidade, corresponder ao valor superior a 16 salários mínimos.
13
Tratando-se de contrato por tempo indeterminado, a compensação será paga nos
termos do n.º 3 do artigo 130 da LT, se ao caso não for aplicável o regime do artigo 133 LT.
O recebimento pelo trabalhador das compensações faz presumir a aceitação da rescisão e dos
motivos que a fundamentam, bem como a satisfação dos seus direitos, salvo se as partes
acordarem na reintegração.
O processo de consulta entre o empregador e o órgão sindical, que não durará mais de
30 dias, deve versar sobre os fundamentos do despedimento colectivo, a possibilidade de
evitar ou reduzir os seus efeitos, bem como sobre as medidas necessárias para atenuar as suas
consequências para os trabalhadores afectados.
14
Declarados judicialmente improcedentes os fundamentos invocados para a rescisão do
contrato de trabalho, o trabalhador será reintegrado no posto de trabalho com direito ao
pagamento do valor correspondente às remunerações vencidas entre a data da cessação do
contrato e a da efectiva reintegração, até ao máximo de 6 meses, deduzido o valor que houver
recebido, se for o caso, a título de indemnização no momento do despedimento.
A impugnação da justa causa de rescisão deve ser feita no prazo de 6 meses a partir da
data de notificação e será decidida pelos órgãos competentes de harmonia com as
circunstâncias do caso.
O certificado não pode conter quaisquer outras referências, salvo pedido escrito do
trabalhador nesse sentido.
15
3. Conclusões
A relação individual do trabalho considera-se suspensa nos casos em que o
trabalhador esteja temporariamente impedido de prestar trabalho, por facto que lhe não seja
imputável, desde que o impedimento se prolongue por mais de 15 dias.
16
4. Referências bibliográficas
Casimiro, D. B. (2015). Lei do trabalho de Moçambique anotada. Maputo: Escolar Editora.
COMOANE, D. P. (2007). Aplicação da Lei de Trabalho nas Relações de Emprego Publico.
UTREL.
Legislação
Constituição da República de Moçambique de 2004
Lei nº 23/2007, de 1 de Agosto: Aprova a Lei de Trabalho.
17