Intro, Caps1,2 e 5 - Ouvir Contar (Marcado)
Intro, Caps1,2 e 5 - Ouvir Contar (Marcado)
Intro, Caps1,2 e 5 - Ouvir Contar (Marcado)
OUVIR CONTAR
Textos emHistória Oral
ISBN — 85-225-0477-6
C o p y r i g h t © Verena A l b e r t i
I a edição — 2004
E D I T O R A Ç Ã O E L E T R Ô N I C A : FA Editoração Eletrônica
A l b e r t i , Verena
O u v i r contar: textos e m história o r a l / Verena A l b e r t i . — Rio de
J a n e i r o : E d i t o r a FGV, 2 0 0 4 .
196p.
Inclui bibliografia.
CDD —907.2
Sumário
Introdução 9
* Este capítulo reúne questões que venho discutindo há algum tempo. O fascínio do vivido,
inclusive a imagem do filme de nossa vida, já foi objeto do texto "História oral: uma reflexão
crítica", apresentado no painel "Pesquisa, Memória e Documentação", no V I Encontro Estadual
de História da A N P U H - Núcleo Regional de Minas Gerais, realizado na Universidade Federal de
Minas Gerais, em Belo Horizonte, em j u l h o de 1988. A relação entre história oral e o paradigma
hermenêutico encontra-se resumida em " A vocação totalizante da história oral e o exemplo da
formação do acervo de entrevistas do CPDOC", texto apresentado no X Congresso Internacional
de História Oral, realizado no Rio de Janeiro, de 14 a 18 de j u n h o de 1998. O papel do indivíduo
no trabalho com a história oral, também tratado neste último texto, vem me ocupando há m u i t o
tempo. A questão foi objeto da palestra "Indivíduo e biografia na história oral", proferida na
mesa-redonda "O documento em história da psicologia: o oral e o textual", durante o 111
Encontro Clio-Psyché "Historiografia, psicologia e subjetividades", realizado pelo Núcleo Clio-
Psyché do Departamento de Psicologia Social e Institucional da Universidade do Estado do Rio
pensamento, opera p o r descontinuidades: selecionamos aconteci-
mentos, c o n j u n t u r a s e modos de viver, para conhecer e explicar o
que se passou.
U m a entrevista de história oral não é exceção nesse c o n j u n t o .
Mas há nela uma vivacidade, u m t o m especial, característico de d o -
cumentos pessoais. É da experiência de u m sujeito que se trata; sua
narrativa acaba c o l o r i n d o o passado c o m u m valor que nos é caro:
aquele que faz do h o m e m u m indivíduo único e singular em nossa
história, u m sujeito que efetivamente viveu - e, por isso dá vida a -
as conjunturas e estruturas que de outro modo parecem tão distan-
tes. E, o u v i n d o - o falar, temos a sensação de o u v i r a história sendo
contada em u m contínuo, temos a sensação de que as descontinuida-
des são abolidas e recheadas c o m ingredientes pessoais: e m o ç õ e s ,
reações, observações, idiossincrasias, relatos pitorescos. Que i n t e -
ressante reconhecer que, em meio a conjunturas, em meio a estrutu-
ras, há pessoas que se m o v i m e n t a m , que o p i n a m , que reagem, que
v i v e m , e n f i m ! É como se pudéssemos obedecer a nosso i m p u l s o de
refazer aquele filme, de reviver o passado, através da experiência de
nosso interlocutor. E sua presença nos torna mais próximos do pas-
sado, como se pudéssemos restabelecer a c o n t i n u i d a d e com aquilo
que j á não volta mais. Se ouço de u m entrevistado u m relato de seu
cotidiano vivido há 60 anos em m i n h a cidade, acabo me i d e n t i f i c a n -
A natureza do fascínio
2 Alberti, 1990, p. 5; grifado no original. A fórmula do "vivido conforme concebido por quem
viveu" já fazia parte do texto que apresentei no V I Encontro Estadual de História da A N P U H , em
Belo Horizonte, em j u l h o de 1988.
3 Lévi-Strauss, 1971. Antes de Lévi-Strauss, Schopenhauer identificou duas formas de representa-
ção pelas quais o sujeito apreende o mundo: a r e p r e s e n t a ç ã o intuitiva, t a m b é m chamada de
concreta, e a r e p r e s e n t a ç ã o abstrata, t a m b é m denominada "pensado" (Gedachten). N ã o são o
mesmo que o vivido e o pensado de Lévi-Strauss (ambas parecem ser da ordem do pensado), mas
sua caracterização é muito semelhante: de acordo com Schopenhauer, os conceitos da represen-
tação abstrata são como pequenas peças de mosaico, que, por mais precisas e pequenas, nunca se
ajustarão à realidade - ou seja, o pensado opera por descontinuidades. J á a r e p r e s e n t a ç ã o
c o n c r e t a assemelha-se a uma pintura ( c o n t í n u a , portanto, em relação ao q u e é r e p r e s e n t a d o )
(Schopenhauer, 1818 e 1844).
O lugar da história oral
4 Ver, a respeito
dahermenêutica e de Dilthey, Alberti, 1996.
3 "Entwúrfe zur Kritik der historischen Vemunft" ("Esboços para a crítica da razão histórica"),
Dilthey, 1959-1962, v. VII, p. 191.
6 Ibid.,p. 214.
O lugar da história oral
7 A respeito do valor de documento das entrevistas de história oral, ver os capítulos seguintes deste
livro. Sobre os riscos de um relativismo exacerbado na hermenêutica, ver Alberti, 1996.
uuvir contar
8 Sobre essa discussão, ver Duarte, 1983; Dumont, 1966 e 1983; e Castro & Araújo, 1977.
9 Ver Bourdieu, 1996.
O lugar da história oral
A respeito desse papel central da biografia em relação à própria história, escreveu Luiz Fernando
1 0
Duarte,' "A Vida de Cada SUJeitO passa a ser medida na linha da flecha [do tempo linear] e passa a
constituir u m microtempo fundamental... a História" (Duarte, 1983, p. 37).
Ouvir contar
Possibilidades de pesquisa
11 Nesse contexto, é bastante útil a noção de pwjeto desenvolvida por Gilberto Velho como sendo
uma elaboração consciente e uma tentativa de dar sentido à experiência fragmentada (Velho.
1981).
12 Aqui penso especificamente em movimentos opostos aos do paradigma hermenêutico que
surgiram a partir de fins do século XIX e mais acentuadamente no século XX, às vezes chamados
de "pós-modernos", e que tem em autores como Friedrich Nietzsche, Jacques Derrida, Jean
François Lyotard, entre outros, seus expoentes.
O lugar da história oral
Levi, 1996.
1 3
Sobre os campos e temas que vêm sendo estudados à luz da história oral, ver também Janotti
1 4
dição oral seja imutável; ela não considera que mesmo o passado
"universalmente" conhecido é continuamente acumulado e disse-
cado. Assim, há todo um conjunto de pesquisadores que chama a
atenção para o fato de a tradição oral só se atualizar no momento
mesmo da narrativa, momento que determina, em grande parte,
para que e como algo é narrado. Desse ponto de vista, tradição
24
13Essa é, por exemplo, a opinião de David Henige, resumida e comentada por Cohen, 1989.
14Essa posição é defendida por Cohen, 1989; e Cruikshank, 1996. Sobre o tema, ver também
Tonkin, 1992.
15Ver Pollak, 1989 e 1992.
16Ver, por exemplo, a análise de Alessandro Portelli sobre a história da memória de um massacre
jcorrido em 1944 na Itália (Portelli, 1996). Sobre a história de memórias, ver ainda Rousso,
L996 e 1997. E sobre questões relativas ao processo de constituição de memórias, ver o capítu-
o 2 deste livro.
Ouvir contar
Referências bibliográficas
Exemplos de experiências do uso da história oral em sala de aula podem ser encontrados em
2 7
Duarte, Luiz Fernando -1983 - "Três ensaios sobre pessoa e modernidade". Bole-
tim do Museu Nacional. Rio d e j a n e i r o ( 4 1 ) .
Rousso, H e n r y - 1996 - " A memória não é mais o que era", i n : Ferreira, Marieta de
Moraes & Amado,Janaina (orgs.). Usos & abusos da hístóriaoral. Rio d e j a n e i -
ro, FGV, p. 93-101.
Soares, Maria Inêz Lemos Soares - 1998 - " A história oral como princípio educa-
tivo o u a memória como valor no ensino de história", i n : Conferência Interna-
cional de História O r a l (10:1998: Rio de Janeiro). Oral History: challenges for
the 21 si century; X t h International Oral History Conierence, proceedings. Rio
dejaneiro, CPDOC/FGV/Fiocruz, 1998, v. 3, p. 1472-1478.
T h o m p s o n , Paul - 1992 - A voz do passado: história oral. Rio dejaneiro, Paz e Terra.
[Tradução do original The voice ofthepast - oral history, publicado pela p r i m e i -
ra vez em 1978.]
O que documenta a fonte oral:
a ação da memória*
Resíduo de ação
* Uma versão resumida deste artigo foi apresentada na mesa-redonda "Ouvir e narrar: métodos
e práticas do trabalho com história oral", durante o I I Seminário de História Oral realizado pelo
Grupo de História Oral e pelo Centro de Estudos Mineiros da Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, de 19 a 20 de setembro
de 1996.
1 Húttenberger, 1992.
ria ser exemplificado por uma carta que informa sobre uma ação pas-
sada, ou ainda por memórias e autobiografias.
A especificidade dos documentos produzidos a posteriori é tam-
bém destacada pelo historiador Jean-Jacques Becker, que utiliza a no-
ção de "arquivos provocados" para designar as fontes produzidas de-
pois do acontecido e que, por isso mesmo, pertencem à mesma cate-
goria das recordações ou memórias. 2
2 Becker, 1987.
3 Húttenberger, 1992, p. 256.
O que documenta a fonte oral
Não se trata mais de lidar com os fatos sociais como coisas, mas
de analisar como os fatos sociais se tornam coisas, como e por
quem eles são solidificados e dotados de duração e estabilidade.
Aplicada à memória coletiva, essa abordagem irá se interessar
portanto pelos processos e atores que intervêm no trabalho de
constituição e de formalização das memórias.6
5 Niethammer, 1985.
6 Pollak, 1989, p. 4.
O que documenta a fonte oral
Referências bibliográficas
Frank, Robert -1992 - "La mémoire et 1'histoire", in: Voldman, Daniele (org.). La
bouche de la vérité? La recherche historique et les sources orales. Cahiers de VIHTP.
novembro de 1992, p. 65-72.
* Este capítulo foi originalmente apresentado no Simpósio Temático "Narrativas na história oral",
durante o XXII Simpósio Nacional de História da Associação Nacional de História (ANPUH), de
27 de julho a l 2 d e agosto de 2003. Uma versão um pouco modificada foi apresentada ao XIII
Congresso Internacional de História Oral "Memória e Globalização", realizado em Roma, de 23
a 26 de junho de 2004.
Ouvir contar
dente dessas pistas, mas hoje só pode existir por causa delas e de
outras. Assim, se dizemos que a narrativa, na história oral, acaba cons-
tituindo o passado, isso não significa que o passado não tenha existido
antes dela. Esquecer essa diferença é tomar a narrativa, ou as narrati-
vas, como a própria realidade, ou as realidades. E quando se opta pelo
plural é porque se conclui que todas as narrativas são "válidas" - me-
lhor dizendo, são "versões" - e que não cabe ao pesquisador julgá-las.
É claro que é interessante conhecer diferentes versões sobre u m acon-
tecimento ou situação. Mas seria b o m não nos contentarmos em colhê-
las, assim como não basta compilar artigos de j o r n a l ou acórdãos de
u m t r i b u n a l , por exemplo, para dar conta de u m acontecimento ou
conjuntura do passado.
Especificidade da fonte
mam fazer isso sequer com filhos e netos (no máximo contam episódios;
raramente "toda" a biografia). Diante do entrevistador, contudo, têm a
1 Entrevistas de história oral também são fontes para se conhecer o presente, como testemunha a
larga aplicação do método nas ciências sociais.
2 Sobre a caracterização das fontes históricas em resíduos, de u m lado, e relatos, de outro, de
ações do passado, ver Húttenberger, 1992, texto que discuto no capítulo 2 deste livro.
3 Ver, por exemplo, Pollak, 1992, p. 213; e Portelli, 2001, p. 12.
Além das versões
"Instrumental teórico"
mas simples", são, para o autor, aquelas que "não são apreendidas
nem pela estilística, nem pela retórica, nem pela poética, nem mesmo
pela 'escrita', talvez." Ele estuda nove delas: legenda, saga, mito, adi-
6
8 Característica semelhante foi apontada por Ricardo Benzaquen de Araújo com relação à
narrativa histórica, em sua análise sobre Capistrano de Abreu: a explicação dada para o passado
pelo historiador faz com que a flecha do tempo linear finalmente pare, aceitando uma conclusão
(Araújo, 1988, p. 49).
Ouvir contar
9 Cada uma das formas simples tem, segundo Jolles, um objeto específico - o da legenda é a
relíquia, o do mito é o símbolo, e assim por diante.
A análise que Jolles faz de cada uma das formas simples é bastante arguta e permite verificar o
1 0
que estamos "perdendo" com a hegemonia do memorabile. Veja-se, por exemplo, em que consis-
tem, para ele, as formas simples mito, adivinha e ditado. Na origem do mito, diz Jolles, está uma
Além das versões
Intervalo
É claro que não podemos simplesmente afirmar que as entrevis-
tas de história oral são exemplos da forma simples memorabile. Mas
não há dúvida de que o "instrumental teórico" da teoria da literatura
pode nos ajudar a identificar características importantes. Podemos dizer
que a entrevista de história oral se torna mais pregnante quando o
fluxo dos acontecimentos está ordenado por, e ao mesmo tempo orde-
na, u m sentido. E porque não estamos lidando com "formas artísti-
cas", resultado de u m trabalho de aprimoramento do texto, cujo obje-
tivo é chegar a u m resultado único e definitivo, podemos, ao conduzir
e ouvir nossas entrevistas, observar, em alguns casos, o processo mes-
mo de constituição de sentido através da sucessão de acontecimentos.
Voltemos à pergunta anterior: em que momentos de nossas entrevis-
tas de história oral aprendemos algo sobre a realidade, para além de
apenas conhecer mais uma "versão"? Quando a relação entre aconte-
cimentos e sentido se condensa, ou se imobiliza, em acontecimentos-
chave (o assassinato do príncipe de Orange), em gestos verbais ("ele
pergunta feita pelo homem ao mundo acerca da natureza profunda de seus fenómenos. O m i t o é
a resposta que apazigua a pergunta original. Trata-se, pois, da forma simples na qual, por
intermédio de pergunta e resposta, o mundo é criado ao homem. A adivinha (ou enigma) é outra
forma que se atualiza em perguntas e respostas. Entretanto, ao contrário do mito (uma resposta
que contém uma pergunta original), a forma simples da adivinha é uma pergunta que contém
uma resposta: o perguntado sabe que alguém antes dele j á soube a resposta. O mito fala da relação
entre o homem e o m u n d o , enquanto a adivinha trata da relação (de poder) entre dois homens
( u m que sabe e outro que não sabe). J á o ditado (ou provérbio) é a forma simples do m u n d o da
empiria; ele encerra uma experiência, sem que com isso deixe de ser u m caso particular. Ao
contrário do que possa parecer, o provérbio não é didático, não é u m ponto de partida para u m
aprendizado; sua tendência é a retrospecção e a resignação. Quando se diz "Não se deve cantar
vitória antes da batalha", em geral é porque o que não se deve fazer j á ocorreu. Seu estilo é
afirmativo (e nisso se distancia do mito e da adivinha, que são dialógicos) e a linguagem utilizada
é única - toda palavra é sempre Jiíc et nunc (aqui e agora). Em "A mentira tem pernas curtas", por
exemplo, duas coisas sem qualquer ligação são reunidas e o resultado é u m significado que só se
constitui enquanto experiência. Jolles observa que a forma simples ditado é hoje mais c o m u m do
que a saga ou a legenda. Isso ocorre porque ela nos poupa de elaborar vivências e percepções.
Não precisamos tirar consequências conceituais das experiências; com o ditado ou o provérbio,
as experiências podem ser arquivadas como experiências apenas. O u seja, essas formas simples
mostram que existem outras atividades mentais para além da organização de acontecimentos do
memorabile ou da história. O ditado o u provérbio não ordena experiências de acordo com u m
sentido; apenas deixa-as como estão. M i t o e adivinha não tratam de acontecimento, mas de
pergunta e resposta. E assim por diante.
84 Ouvir contar
p. 266-268.
Ouvir contar
1 4 Koselleck, 1987. Discorro sobre esse texto de Koselleck no artigo " A existência na história:
revelações e riscos da hermenêutica" (Alberti, 1996).
Além das versões 87
Lessing, 1990. Sobre o livro m u i t o já foi escrito. Merece destaque a coletânea Das Laokoon-
1 5
os e l e m e n t o s u m a p ó s o o u t r o , p o i s seria i m p o s s í v e l ao l e i t o r i m a g i n a r
q u e e f e i t o t e r i a m e m c o n j u n t o a b o c a , o n a r i z e os o l h o s descritos.
H o m e r o " p i n t a " a bela H e l e n a a t r a v é s da p r ó p r i a a ç ã o , u s a n d o a o p i -
n i ã o de o u t r o s p e r s o n a g e n s . O m e s m o r e c u r s o é u s a d o p a r a d e s c r e v e r
a r o u p a de A g a m e n o n : o rei se veste e, ao f i n a l da a ç ã o , p o d e m o s " v ê -
l o " c o m todas as p e ç a s de sua r o u p a .
A c o m p a r a ç ã o e n t r e as e s p e c i f i c i d a d e s e os desafios de p i n t u r a e
poesia, tais q u e analisadas p o r L e s s i n g e o u t r o s ( v e r n o t a 1 5 ) , p o d e m
n o s a j u d a r a r e t e r a p r o p o s t a p r i n c i p a l deste t e x t o . A s n a r r a t i v a s na
h i s t ó r i a o r a l (e n ã o s ó elas) se t o r n a m e s p e c i a l m e n t e pregnantes, a
p o n t o de s e r e m " c i t á v e i s " , q u a n d o os a c o n t e c i m e n t o s n o t e m p o se
i m o b i l i z a m e m i m a g e n s q u e n o s i n f o r m a m s o b r e a r e a l i d a d e . É neste
m o m e n t o q u e as e n t r e v i s t a s n o s e n s i n a m algo m a i s d o q u e u m a v e r s ã o
d o passado. N e m todas a p r e s e n t a m essas p o s s i b i l i d a d e s , m a s q u a n d o
a p r e s e n t a m , p o d e m se t o r n a r ricos p o n t o s de p a r t i d a para a a n á l i s e .
Referências bibliográficas
A l b e r t i , Verena - 1996 - " A existência na história: revelações e riscos da
hermenêutica". Estudos Históricos. Rio de Janeiro, CPDOC-FGV, v. 9, n . 17,
1996, p. 31-57 (disponível para download em www.cpdoc.fgv.br).
Portelli, Alessandro - 2001 - "História oral como género". Projeto História. Revista
do Programa de Estudos Pós-Gracluados em História e do Departamento de
História da PUC-SP. São Paulo, Educ, n . 22, j u n . 2001.