CLASSE DE CATECUMENOS Apostila

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Classe De Catecúmenos

IPB – Hauer

SUMÁRIO

I- ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
II - DOUTRINA DA TRINDADE
III - IGREJA
IV - BÍBLIA – A PALAVRA DE DEUS
V- A CRIAÇÃO – HOMEM – PECADO - SALVAÇÃO
VI - A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
VII - OS 5 PONTOS DO CALVINISMO
VIII - PRIVILÉGIOS E DEVERES
IX - DÍZIMOS E OFERTAS
X- ATIVIDADES COMPLEMENTARES

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CONHECENDO A IPB

Quanto à sua teologia, as igrejas presbiterianas são herdeiras do pensamento do reformador João
Calvino (1509-1564) e das notáveis formulações confessionais (Confissões de Fé e catecismos)
elaboradas pelos reformados nos séculos XVI e XVII. Dentre estas se destacam os documentos
elaborados pela Assembleia de Westminster, reunida em Londres (1643 a 1649). A Confissão de Fé
de Westminster, bem como os seus Catecismos Maior e Breve, são adotados oficialmente pela IPB
como os seus símbolos de fé ou padrões doutrinários. Outras igrejas presbiterianas adotam
documentos adicionais, como a Confissão Belga e o Catecismo de Heidelberg. O conjunto de
convicções presbiterianas, conforme expostas no pensamento de Calvino, de outros teólogos e
dos citados documentos confessionais é denominado TEOLOGIA CALVINISTA ou TEOLOGIA REFORMADA.
Entre as suas ênfases estão a soberania de Deus, a eleição divina, a centralidade da Palavra e dos
sacramentos, o conceito do pacto, a validade permanente da lei moral e a associação entre a
piedade e o cultivo intelectual.

No seu culto, as igrejas presbiterianas procuram obedecer ao chamado princípio regulador. Isso
significa que o culto deve se ater às normas contidas na Escritura, não sendo aceitas as práticas
proibidas ou não sancionadas explicitamente pela mesma. O culto presbiteriano caracteriza-se por
sua ênfase teocêntrica (a centralidade do Deus triúno), simplicidade, reverência, hinódia com
conteúdo bíblico e pregação expositiva. Na prática, nem todas as igrejas locais da IPB seguem
criteriosamente essas normas bíblicas, embora elas tenham caracterizado historicamente o culto
reformado. Os problemas causados pelo afastamento desses padrões têm levado muitas igrejas a
reconsiderarem as suas práticas litúrgicas e resgatarem a sua herança nessa área fundamental.
Quando se diz que o culto reformado é solene e respeitoso, não se conclui com isso que deva ser
rígido e sem vida. O verdadeiro culto a Deus é também fervoroso e alegre.

Finalmente, a vida das igrejas presbiterianas brasileiras não se restringe ao culto, por mais
importante que seja. Essas igrejas também valorizam a educação cristã dos seus adeptos através
da Escola Dominical e outros meios; congregam os seus membros em diferentes agremiações
internas para comunhão e trabalho; têm a consciência de possuir uma missão dada por Deus, a ser
cumprida através da evangelização e do testemunho cristão. Muitas igrejas locais se dedicam a
outras atividades em favor da comunidade mais ampla, como a manutenção de escolas, creches,
orfanatos, ambulatórios e outras iniciativas de promoção humana. Cada igreja possui um grupo de
oficiais, os diáconos, cuja função primordial é o exercício da misericórdia cristã. O presbiterianismo
tem uma visão abrangente da vida, entendendo que o evangelho de Cristo tem implicações para
todas as áreas da sociedade e da cultura.

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HISTÓRIA

PRESBITERIANISMO

As origens históricas mais remotas do presbiterianismo remontam aos primórdios da Reforma


Protestante do século XVI. Como é bem sabido, a Reforma teve início com o questionamento do
catolicismo medieval feito pelo monge alemão Martinho Lutero (1483-1546), a partir de 1517. Em pouco
tempo, os seguidores desse movimento passaram a ser conhecidos como “luteranos” e a igreja que
resultou do mesmo foi denominada Igreja Luterana.

DENOMINAÇÕES PRESBITERIANAS NO BRASIL

A Igreja Presbiteriana do Brasil é a mais antiga denominação reformada do país, tendo sido fundada
pelo missionário Ashbel Green Simonton (1833-1867), que aqui chegou em 1859. Mais tarde, ao longo
do século 20, surgiram outras igrejas congêneres que também se consideram herdeiras da tradição
calvinista. São as seguintes, por ordem cronológica de organização: Igreja Presbiteriana Independente
do Brasil (1903), com sede em São Paulo; Igreja Presbiteriana Conservadora (1940), com sede em São
Paulo; Igreja Presbiteriana Fundamentalista (1956), com sede em Recife; Igreja Presbiteriana Renovada
do Brasil (1975), com sede em Arapongas, Paraná, e Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (1978), com
sede no Rio de Janeiro.

REV. ASHBEL GREEN SIMONTON

Ashbel Green Simonton (1833-1867), o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, nasceu em West
Hanover, no sul da Pensilvânia e passou a infância na fazenda da família, denominada Antigua. Eram
seus pais o médico e político William Simonton e D. Martha Davis Snodgrass (1791-1862), filha de um
pastor presbiteriano. Ashbel era o mais novo de nove irmãos. Os irmãos homens (William, John, James,
Thomas e Ashbel) costumavam denominar-se os "quinque frates" (cinco irmãos). Um deles, James
Snodgrass Simonton, quatro anos mais velho que Ashbel, viveu por três anos no Brasil e foi professor na
cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro. Uma das quatro irmãs, Elizabeth Wiggins Simonton (1822-1879),
conhecida como Lille, veio a casar-se com o Rev. Alexander Latimer Blackford, vindo com ele para o
Brasil.

ESBOÇO HISTÓRICO

Atualmente existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou calvinista. Entre elas
incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja Presbiteriana Conservadora e algumas igrejas
criadas por imigrantes vindos da Europa continental, tais como suíços, holandeses e húngaros. No
entanto, a maior e mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Ao
mesmo tempo, convém lembrar que, já nos primeiros séculos da história do Brasil, houve a presença de
calvinistas em nosso país.

IMPLANTAÇÃO DA IPB

(1859-1869) O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e desprendimento do


Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West Hanover, na Pensilvânia, Simonton estudou
no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Influenciado por um
reavivamento em 1855, fez a sua profissão de fé e, pouco depois, ingressou no Seminário de Princeton.
Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o
trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da
Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses
após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859,
aos 26 anos de idade.
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I – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

PREPARANDO-ME PARA A PROFISSÃO DE FÉ

É um ato de obediência à vontade expressa do Senhor Jesus aos seus seguidores. Por meio deste ato, os que
aceitam a mensagem salvadora proclamam e reconhece publicamente a pessoa de Jesus Cristo como Salvador,
Senhor e mestre. Mt 10:32-33.

Esta confissão não é apenas um ato formal, que se realiza durante a cerimônia de um culto público Confessar a
Cristo como salvador é dever solene e reconhecido de todos os seus verdadeiros discípulos, onde quer que
estejam e perante todos aqueles com quem se relacionam.

Profissão de Fé e Privilégios

Por meio da Profissão de fé, o candidato passa a desfrutar todos os direitos e privilégios da Igreja, tais como a
participação na Santa Ceia, o Batismo dos filhos, a ocupação de cargos eletivos na igreja etc. Passa formalmente a
categoria de membro comungante da Igreja do Senhor Jesus.

Batismo, Profissão de Fé e Salvação

O único caminho de salvação do pecador é o que nos aponta o apóstolo Paulo, nas seguintes palavras: “Pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.9). Ninguém se salva pelo batismo
administrado pelo pastor, nem pela profissão de fé. Devemos, portanto, fazer a nossa profissão de fé, por
obediência a Jesus, para nos tornarmos membros da comunidade e para termos autoridade de proclamar a
alegria da salvação. Não, porem, para nos salvarmos.

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MEMBROS DA IGREJA (Fonte: Constituição da Igreja Presbiteriana)

Seção 1ª - Classificação, Direitos e Deveres dos Membros da Igreja: Art. 11. São membros da Igreja Presbiteriana do Brasil as
pessoas batizadas e inscritas no seu rol, bem como as que se lhe tenham unido por adesão ou transferência de outra igreja
evangélica e tenham recebido o batismo bíblico Art. 12. Os membros da igreja são comungantes e não comungantes:
comungantes são os que tenham feito a sua pública profissão de fé; não comungantes são os menores de dezoito anos de
idade, que, batizados na infância, não tenham feito a sua pública profissão de fé. Art. 13. Somente os membros comungantes
gozam de todos os privilégios e direitos da igreja.§ 1º. Só poderão ser votados os maiores de dezoito anos e os civilmente
capazes.§ 2º. Para alguém exercer cargo eletivo na igreja é indispensável o decurso de seis meses após a sua recepção; para o
presbiterato ou diaconato, o prazo é de um ano, salvo casos excepcionais, a juízo do Conselho, quando se tratar de oficiais
vindos de outra Igreja Presbiteriana. § 3º. Somente membros de igreja evangélica, em plena comunhão, poderão tomar parte
na Santa Ceia do Senhor e apresentar ao batismo seus filhos, bem como os menores sob sua guarda. Art. 14. São deveres dos
membros da igreja, conforme o ensino e o Espírito de nosso Senhor Jesus Cristo: a) viver de acordo com a doutrina e prática
da Escritura Sagrada; b) honrar e propagar o Evangelho pela vida e pela palavra; c) sustentar a igreja e as suas instituições,
moral e financeiramente; d) obedecer às autoridades da igreja, enquanto estas permanecerem fiéis às Sagradas Escrituras; e)
participar dos trabalhos e reuniões da sua igreja, inclusive assembleias. Art. 15. Perderão os privilégios e direitos de membros
os que forem excluídos por disciplina e, bem assim, os que, embora moralmente inculpáveis, manifestarem o desejo de não
permanecer na igreja.
Seção 2ª - Admissão de Membros: Art. 16. A admissão aos privilégios e direitos de membro comungante da igreja dar-se-á
por: a) profissão de fé dos que tiverem sido batizados na infância; b) profissão de fé e batismo; c) carta de transferência de
igreja evangélica; d) jurisdição a pedido sobre os que vierem de outra comunidade evangélica; e) jurisdição ex officio sobre
membros de comunidade presbiteriana, após um ano de residência nos limites da igreja; f) restauração dos que tiverem sido
afastados ou excluídos dos privilégios e direitos da igreja; g) designação do Presbitério nos casos do § 1º do art. 48. Art. 17.
Os membros não comungantes são admitidos por: a) batismo na infância, de menores apresentados pelos pais ou
responsáveis; b) transferência dos pais ou responsáveis; c) jurisdição assumida sobre os pais ou responsáveis.
Seção3ª - Transferência de Membros: Art. 18. A transferência de membros comungantes da igreja ou congregação dar-se-á
por: a) carta de transferência com destino determinado; b) jurisdição ex officio. Art. 19. Conceder-se-á carta de transferência
para qualquer igreja evangélica a membros comungantes e não comungantes. Parágrafo único: A transferência de membros
não comungantes far-se-á a pedido dos pais ou responsáveis e, na falta destes, a juízo do Conselho. Art. 20. Não se assumirá
jurisdição sobre membros de outra comunidade evangélica sem que o pedido seja feito por escrito, acompanhado de razões.
Parágrafo único Em hipótese alguma se assumirá jurisdição ex officio sobre membro de qualquer outra comunidade
evangélica. Art. 21. A carta de transferência apenas certificará que o portador estava em plena comunhão na data em que foi
expedida; e só será válida por seis meses, devendo ser enviada diretamente à autoridade eclesiástica competente. Art. 22.
Enquanto não se tornar efetiva a transferência, continuará o crente sob a jurisdição da autoridade que expediu a carta. § 1º.
Se a autoridade eclesiástica tiver motivo para recusar-se a admitir qualquer pessoa, deverá devolver a carta da transferência
a quem a expediu, acompanhada das razões por que assim procede. § 2º. O crente que não for normalmente transferido
para a igreja da localidade em que reside há mais de um ano, deve ser, via de regra, arrolado nesta por jurisdição ex officio;
todavia, a jurisdição será assumida em qualquer tempo, desde que o referido crente deva ser disciplinado.§ 3º. Efetuada a
transferência, será o fato comunicado à igreja ou congregação de origem.
Seção 4ª - Demissão de Membros: Art. 23. A demissão de membros comungantes dar-se-á por: a) exclusão por disciplina; b)
exclusão a pedido; c) exclusão por ausência; d) carta de transferência; e) jurisdição assumida por outra igreja; f)
falecimento.§ 1º. Aos que estiverem sob processo não se concederá carta de transferência nem deles se aceitará pedido de
exclusão.§ 2º. Os membros de igreja, de paradeiro ignorado durante um ano, serão inscritos em rol separado; se dois anos
após esse prazo não forem encontrados, serão excluídos.§ 3º. Quando um membro de igreja for ordenado ministro, será o
seu nome transferido, para efeito de jurisdição eclesiástica, para o rol do respectivo Presbitério. Art. 24. A demissão de
membros não comungantes dar-se-á por: a) carta de transferência dos pais ou responsáveis, a juízo do Conselho; b) carta de
transferência nos termos do parágrafo único, in fine, do art. 19; c) haverem atingido a idade de dezoito anos; d) profissão de
fé; e) solicitação dos pais ou responsáveis que tiverem aderido à outra comunidade religiosa, a juízo do Conselho; f)
falecimento.
CAPÍTULO IV: OFICIAIS - Seção 1ª - Classificação: Art. 25. A igreja exerce as suas funções na esfera da doutrina, governo e
beneficência, mediante oficiais que se classificam em: a) ministros do Evangelho ou presbíteros docentes; b) presbíteros
regentes; c) diáconos. § 1º. Estes ofícios são perpétuos, mas o seu exercício é temporário.§ 2º. Para o oficialato só poderão
ser votados homens maiores de dezoito anos e civilmente capazes. Art. 26. Os ministros e os presbíteros são oficiais de
concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil; os diáconos, da igreja a que pertencem. Art. 27. O ministro é membro ex officio do
Presbitério, e do Conselho, quando pastor da igreja; do Sínodo e do Supremo Concílio, quando eleito representante; o
presbítero é membro ex officio do Conselho e dos concílios superiores, quando eleito para tal fim.§ 1º. Ministros e
presbíteros, embora não sendo membros de um concílio, poderão ser incluídos nas comissões de que trata o art. 99, itens 2 e
3, desde que jurisdicionados por aquele concílio.§ 2º. Para atender às leis civis, o ministro será considerado membro da igreja
de que for pastor, continuando, porém, sob a jurisdição do Presbitério. Art. 28. A admissão a qualquer ofício depende: a) da
vocação do Espírito Santo, reconhecida pela aprovação do povo de Deus; b) da ordenação e investidura solenes, conforme a
liturgia. Art. 29. Nenhum oficial pode exercer simultaneamente dois ofícios, nem pode ser constrangido a aceitar cargo ou
ofício contra a sua vontade.

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II - A TRINDADE

1. Um Mistério

A Doutrina da Trindade é um dos mistérios da religião que aceitamos pela fé. Não podemos entendê-la
pela razão, nem explicá-la com palavras. Costumamos expressá-la simplesmente assim: “Há um só Deus
que subsiste em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo”.

Todas as tentativas para explicar a Trindade fracassam, não porque ela seja contrária à razão, mas
porque está acima da razão. Figuras e ilustrações que têm sido usadas para elucidá-la ficam sempre
aquém da realidade e apresentam distorções da verdade que as tornam insatisfatórias. Todavia, não
seria razoável rejeitá-la pelo fato de ser um mistério. Estamos rodeados de mistérios, no mundo natural
em que vivemos, os quais, todavia, não só aceitamos, mas até usamos para o nosso bem estar.

2. Breves Definições

 “Quem é Deus?" “Deus é espírito, infinito, eterno, imutável em seu ser, poder, sabedoria,
santidade, justiça, bondade e verdade” (Breve Catecismo, pergunta 4).

 “Quem é (o Filho) o Redentor escolhido do Pai? O único redentor escolhido por Deus é
Jesus Cristo que, sendo o eterno filho de Deus, se fez homem, e assim foi e continua a ser
Deus e homem, em duas naturezas distintas e uma só pessoa, para sempre” (B.C. p.21).

 “Quem é o Espírito Santo?" ”O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade, procedente


do Pai e do Filho, da mesma substância e igual e poder e glória e deve-se crer nele, amá-lo,
obedecer-lhe, juntamente com o Pai e o Filho, por todos os séculos” (Confissão de Fé,
XXXIV).

3. A Doutrina firmada na Bíblia

A Bíblia é, naturalmente, a base fundamental e a autoridade suprema em que se firmam todas as


demais doutrinas. Desde os primeiros versículos, a doutrina da Trindade aparece apresentada na Bíblia
e, repetidamente, através de toda a palavra de Deus. Gn 1:1-2; Jo 1:1-3; Mt 3:16-17; Mt 28:19; 2 Co
13:13.

4. Funções das Três Pessoas

Em virtude da sua unidade, as três pessoas da Trindade estão sempre presentes em todas as obras
realizadas por Deus. Todavia, os estudiosos concordam em fazer certas distinções, na base da relevância
da obra de cada pessoa, no exercício de determinadas funções. Assim podemos dizer que Deus Pai é o
Criador (Gn 1:1); Deus filho é o Salvador (Lc 2:11); Deus Espírito Santo é o Regenerador e Santificador
(Tt 3:5; I Pe 1:2).

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Conhecendo mais sobre a Doutrina da Trindade...

AUTORREVELAÇÃO

Deus se revela ao homem de forma gradativa e progressiva e é Ele que transmite conhecimento de si próprio
ao homem:
 O homem fica “sob” o objeto de conhecimento (ao contrário de todo o resto da ciência);
 O homem só O conhece na medida em que Deus se faz conhecido;
Mesmo após a revelação, não é a razão humana que O descobre (O vai desvendando), mas é Ele que
descerra os olhos pela fé, através da ação do Espírito Santo. Vários mistérios de Deus foram entendidos
apenas no decorrer da história, mesmo já estando em sua Palavra desde sempre, entre estes mistérios está a
Trindade.

A TRINDADE NA HISTÓRIA DA IGREJA

Cristãos do tempo de Jesus copiaram o modelo judeu quanto à ênfase da “Unidade de Deus”, eliminando
completamente as distinções pessoais da trindade.

Tertuliano (160 -220 d.C.): Primeiro a usar o termo Trindade e a formular a doutrina, mas
deficientemente, onde o Filho era subordinado ao Pai.
Orígenes (185-253 d.C.): Na concepção dele o Filho era subordinado ao Pai quanto à essência e o Espírito
Santo subordinado até ao Filho.
Menos de um século depois, este pensamento alimentou o Arianismo que pregava: Que o Logos e o Pai
não eram da mesma essência - Que o Filho era uma criação do Pai - Que houve um tempo em que o Filho
(ainda) não existia.
A Igreja, oficialmente, começou a formular a doutrina do século 4 e no Concílio de Niceia (325 d.C.)
declarou que o Filho é coessencial com o Pai (ou seja, tem a mesma essência), enquanto que no Concílio
de Constantinopla (381 d.C.) afirmou a divindade do Espírito Santo.
Agostino de Hipona (354 d.C. a 430 d.C.): Tentou e esforçou-se exaustivamente por compreender e
desvendar o mistério da Santíssima Trindade e uma de suas principais obras, "Sobre a Trindade", é o
resultado deste esforço. Chegou à conclusão que nós, devido à nossa mente extremamente limitada,
nunca poderíamos compreender e assimilar plenamente a dimensão (infinita) de Deus somente com as
nossas próprias forças e o nosso raciocínio. Concluiu que a compreensão plena e definitiva deste grande
enigma só é possível quando, na vida eterna, nos encontrarmos no Paraíso com o Pai, o Filho e o Espírito
Santo.

As palavras de Calvino sobre a Trindade são muito instrutivas nesse


sentido, e servem de advertência contra especulações:

“Entendamos que se nos secretos mistérios das Escrituras nos convém ser sóbrios e
modestos, certamente este que tratamos no presente não requer menor modéstia e
sobriedade; mas é preciso estar de sobreaviso, para que, nem nosso entendimento,
nem nossa língua vá além do que a Palavra de Deus nos tem demonstrado. Por que,
como poderá o entendimento humano compreender, com sua débil capacidade, a
imensa essência de Deus, quando nem se quer consegue determinar com certeza qual
é o corpo do sol, mesmo que todos os dias o vê com seus olhos? Assim mesmo, como
poderá penetrar por si só a essência de Deus, uma vez que não conhece nem a sua
própria? Portanto, deixemos a Deus o poder de conhecer-se.”

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III - A IGREJA

1. Origem da Palavra Igreja: Igreja é uma palavra que vem do grego, e nesta língua significa assembleia,
multidão, ajuntamento popular.

2. Diversidade de Sentidos: A palavra IGREJA, na linguagem religiosa, passou, com o tempo, a ser usada
em vários sentidos, tais como: igreja visível e igreja invisível; igreja militante e igreja triunfante; igreja
católica ou universal e igreja particular ou local; igreja como credo (igreja Romana; igreja ortodoxa;
igreja reformada ou protestante); seitas ou denominações (presbiteriana, metodista, batista, etc.) e,
naturalmente, o próprio edifício onde se congregam os fiéis.

3. Igreja de Cristo: “é a companhia dos eleitos que são chamados pelo Espírito de Deus” – Igreja invisível;
“a comunidade dos que professam a verdadeira religião, juntamente com os seus filhos”, que é a igreja
visível.

4. A missão da Igreja: A igreja foi estabelecida por Deus para ser instrumento de proclamação ao mundo
da mensagem de salvação em Cristo e agência de ensino e edificação dos que, convertidos, tornavam-se
seus membros.

5. Os Atributos da Igreja

a) Unidade – Consiste na união espiritual de todos os verdadeiros crentes. I Co 12:7; Jo 17:21.


b) Santidade – Santo é aquele que é “separado” do mundo por Deus, para servi-lo no mundo.
c) Universalidade (ou Catolicidade) – A igreja de Cristo é universal porque inclui todos os crentes, de
todas as partes da terra.

6. As Marcas Características da Igreja

a) O verdadeiro ensino da Palavra de Deus, Jo 8.31,32; II Jo 9.


b) A Administração correta dos Sacramentos (Batismo e Santa Ceia). Mt 28:19; At 2:42.
c) O Exercício Fiel da Disciplina, Mt 18:18; I Co 5:13.

7. Outras marcas importantes:

a) A presença do Espírito Santo – O Espírito Santo criou, dirige e sustenta a igreja. At 15:28.
b) Amor – Esta é a marca fundamental, tanto na vida do crente, quanto na da Igreja. Jo 13:34-35; I Jo
4:8.
c) Serviço – Cristo exorta os discípulos sobre a importância do serviço, referindo-se à finalidade de sua
vinda ao mundo. Mt 20:28.
d) Testemunho – O testemunho da igreja é, segundo um teólogo, a sua capacidade de ser
“transparente”, isto é, de deixar que o mundo veja, através dela, a pessoa de Cristo.
e) Comunhão – Rm 12:4b-5 “nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos,
somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros”.

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IV- A NECESSIDADE E RELEVÂNCIA DA BÍBLIA NA VIDA DO CRISTÃO

A BÍBLIA - PALAVRA DE DEUS

1. Significação e Composição
A palavra Bíblia é de origem grega, e está na forma singular. O seu sentido, porém, é plural e significa,
literalmente, livros. Isto porque na realidade, a Bíblia não é um só livro, mas uma coleção de livros ou
uma pequena biblioteca, num só volume.
A Bíblia está dividida em dois Testamentos, desiguais em tamanho. O maior é o Velho (ou Antigo)
Testamento, com 39 livros, e o menor, o Novo Testamento, com 27 livros. Esses livros obedecem a certa
classificação, conforme o estilo ou assunto de cada um. A palavra testamento vem do latim e significa
pacto ou aliança.

2. Escritores e Tempo
Os estudiosos não têm opinião uniforme a respeito do número exato dos escritores da Bíblia, nem do
período de tempo que levaram para escrevê-la. Podemos, entretanto admitir, como cálculo estimativo,
aceito por algumas autoridades, que ela teria sido escrita por cerca de 36 autores, durante 16 séculos
aproximadamente.

3. Livros da Bíblia:
VELHO TESTAMENTO

5 Livros da Lei: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.

12 Livros Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras,
Neemias, Ester.

5 Livros Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares.

5 Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel.

12 Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias,
Malaquias.

NOVO TESTAMENTO

Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João

Livro Histórico: Atos

Cartas de Paulo: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses,
2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito e Filemom

Carta de Autor Desconhecido: Hebreus

Cartas Gerais: Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas

Livro Profético (Revelação): Apocalipse

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TRÊS PALAVRAS IMPORTANTES

Há três vocábulos que nos ajudam a compreender alguns aspectos relacionados com o registro e o
ensino da Bíblia como palavra de Deus.

1. Revelação

Ato pelo qual Deus se deu a conhecer ao homem. Se Deus não houvesse tomado a iniciativa de revelar-
se ao homem, ele, por si mesmo, jamais chegaria a conhecê-lo. “Os vossos pecados fazem separação
entre vós e Deus” (Is 59.2). “O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23a). No sentido mais comum, a
palavra revelação significa descobrir, desvendar, tirar o véu. No sentido bíblico, refere-se ao ato pelo
qual Deus manifestou a sua pessoa e o seu plano salvador à criatura.

2. Inspiração

É o ato pelo qual Deus, mediante o Espírito Santo, influenciou e guiou os escritores sagrados para que
registrassem fielmente os atos e as palavras de seu plano de salvação: “Toda a escritura é inspirada por
Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o
homem seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra” (II Tm. 3:16-17).
A Bíblia é inspirada num sentido único e divino, e não no sentido literário e poético.

3. Iluminação

Por meio da iluminação, Deus, pela ação do Espírito Santo, esclarece os leitores da Bíblia, capacitando-
os a compreender a verdade salvadora revelada. Sem a revelação o pecador jamais chegaria a conhecer
a Deus; sem a iluminação, jamais chegaria a conhecer a verdade revelada: “Ora, o homem natural não
aceita as obras do Espírito de Deus, porque lhe são loucuras; não podem entendê-las porque elas se
discernem espiritualmente” (I Co 2:14). "Certamente que a palavra da Cruz é loucura para os que se
perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (I Co 1:18).

Esta é a razão por que devemos orar, quando lemos a Bíblia e quando nos encontramos no templo para
prestar culto a Deus e ouvir a leitura e a exposição de sua palavra.

A leitura da Bíblia: Sustentamos que a leitura da Bíblia é fator seguro para se avaliar a vida espiritual do
crente. Sua leitura regular, feita com atenção e reverência, ou a negligência desse dever, indica, com
muita segurança, o crente espiritualmente forte ou o crente fraco.

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V - O HOMEM (CRIAÇÃO, PECADO E SALVAÇÃO)

1. CRIAÇÃO
Bem no início do primeiro livro da Bíblia, o Gênesis, encontramos os seguintes textos sobre a origem do homem
(Gn 1:26-27; 2:7):

1.1. O Homem é Criatura de Deus – Foi trazido à existência por Deus, de maneira especial e distinta de
todo o resto da criação. Ato final que coroou a obra da formação do universo.

1.2. Formado do Pó da Terra – É um ser material e, neste sentido, é parte do reino animal.

1.3. O Homem foi feito à imagem e Semelhança de Deus – Um ser moral (Gn 2:16-17). Uma pessoa (Gn
3:6). Um ser racional (Gn 2:17). Um ser Espiritual (Gn 2:7). Um ser imortal (2 Tm 1:10).

2. PECADO
“Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus ou qualquer transgressão dessa lei” (Breve
catecismo, pergunta14).

No diálogo travado com o tentador (Gn 3:1-7), a voz do tentador prevaleceu, e nossos primeiros pais
desobedeceram a Deus, comendo do fruto proibido. A bíblia afirma que o pecado afetou toda a raça e por isso o
ser humano sempre comete atos e nutre disposições contrárias à lei de Deus. (I Rs 8:46; Rm 3:10,12; Sl 51:5; Rm
7:24).

As consequências do Pecado (Gn 2:17) – Morte Física (Ec 12:7). Morte Espiritual (Gn 3:23, 24). Morte Eterna (Mt
25:46, 2 Ts 1:9).

3. SALVAÇÃO
É impossível ao homem conquistar sua própria Salvação, era necessário um Salvador suficiente. Jesus o homem
sujeito às mesmas limitações do nosso corpo, mas nEle não havia nenhum pecado. Jesus o Deus, possui atributos
de Deus, como existência própria, imutabilidade, santidade, eternidade, onipresença, onisciência, onipresença;
realiza obras de Deus, como criação, ressurreição dos mortos, juízo do mundo; perdoa pecados; é adorado como
Deus etc. (Lc 1:35; Mt 1:23; Jo 1.1).
Cristo morreu pelos nossos pecados, seu sangue nos purifica de todo o pecado. (Hb 9:22; I Jo 1:7; Is 53:4-5).
Salvação é uma dádiva, e não uma conquista; provém da graça de Deus, e não dos méritos do homem (Ef. 2:8-9;
Rm 3:24-26). O espírito Santo leva o pecador à experiência do novo nascimento. (Jo 3:3,6; Jo 16:8; I Co 6:11). O
homem se expressa mediante dois atos: arrependimento e fé (as obras são frutos indispensáveis da fé genuína).

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A SALVAÇÃO - EXPLICAÇÃO RESUMIDA DO PROCESSO E ETAPAS

ORDO SALUTIS (latim: “ordem da salvação"): Refere-se a uma série de passos conceituais dentro da doutrina
de salvação cristã. Tem sido definida como "um termo técnico da dogmática protestante para designar as etapas
consecutivas no trabalho do Espírito Santo, na apropriação da salvação. "Embora haja dentro da teologia
cristã certo senso nas fases da salvação sejam sequenciais (Rm 8:29-30), alguns elementos ocorrem de forma
progressiva e outros instantaneamente. Além disso, algumas etapas na ordem da salvação “são objetivas,
realizadas exclusivamente por Deus, enquanto outras são subjetivas, envolvendo humanidade”.
A salvação de uma pessoa escolhida por Deus é ordenadamente composta pelos seguintes elementos:
1 - ELEIÇÃO 4 - CONVERSÃO 7 - JUSTIFICAÇÃO
2 - VOCAÇÃO EFICAZ 5 - ARREPENDIMENTO 8 - SANTIFICAÇÃO
3 - REGENERAÇÃO 6 - FÉ 9 - GLORIFICAÇÃO

1. Eleição: A eleição é a escolha incondicional de Deus de salvar determinada pessoa e em nada depende das
obras ou méritos humanos (Rm 3.28; Gl 2.16; Gl 3.11; Ef 2.8-9). O Apóstolo Paulo diz que os cristãos foram
escolhidos antes da fundação do mundo, isso significa que a eleição está fora do nosso controle, é um ato infalível
planejado por Deus.
2. Vocação eficaz: Para as pessoas eleitas a mensagem do Evangelho é agradável e compreendida de forma
progressiva. Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (Jo 10.27). O
Apóstolo Paulo declara em ICo 1.23-24 que o Evangelho de Jesus Cristo era “escândalo para os Judeus e loucura
para os gentios”, mas, para os que foram chamados (eleitos), a mensagem bíblica é “poder de Deus e sabedoria
de Deus”.
3. Regeneração ou novo nascimento: Deus realiza uma transformação na mente dos seus filhos (eleitos)
capacitando-os para entenderem as mensagens bíblicas, a vontade de Deus, bem como para receberem as
ordenanças do Senhor de coração aberto. A regeneração é uma obra totalmente divina realizada pelo Espírito
Santo na nossa vida, que não nos torna perfeitos e isentos de cometer pecados, mas nos dá uma nova disposição
para agradar a Deus, um ânimo extra para buscarmos santidade (Jo 1:12-13: “Mas a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do
sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”).
Uma das passagens bíblicas que ilustra a importância da regeneração é (Jo 3.1-15) quando Nicodemos (mestre
entre os judeus) se encontra com Jesus querendo saber mais sobre sua autoridade e poder. Jesus reponde assim:
“... Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”.
12
4. Conversão: A conversão é a manifestação externa da regeneração, na qual a pessoa regenerada expressa sua
fé e seu arrependimento, com o consequente abandono da conformação com o pecado. Quando um indivíduo é
abençoado por Deus com a conversão recebe junto com esta graça os seguintes elementos:
4.1. Iluminação da mente: A pessoa passa a perceber sua condição de pecador e a querer analisar seu
comportamento à luz da Palavra de Deus;
4.2. Sentimento de tristeza pelos pecados: Ao perceber a gravidade de seus pecados praticados, o
indivíduo se arrepende de ter feito algo desagradável aos olhos de Deus;
4.3. Humilde confissão de pecados: Ao perceber que desagradou a Deus, o indivíduo logo sente desejo de
buscá-Lo para pedir perdão pelos pecados;
4.4. Aversão ao pecado: Atitudes e pensamentos pecaminosos traziam um prazer ao indivíduo antes de ser
regenerado. Após a conversão, essa pessoa passa a ter interesse de fugir de caminhos que levam à prática
dos mesmos erros;
4.5. Alegria após o perdão: Uma alegria refresca a alma da pessoa regenerada quando esta se retrata com
Deus através da oração;
4.6. Amor a Deus e ao próximo: A pessoa regenerada valoriza a comunhão com Deus e com a Igreja, se
preocupa com as pessoas ao seu redor desejando o bem de todos. Esse amor impulsiona a pessoa
convertida a contribuir com a evangelização de outros que não compartilham da fé cristã.
5. Arrependimento: O arrependimento é o caminho para o perdão, uma tristeza despertada pelo Espírito Santo
no coração do cristão, fazendo-o perceber que determinado ato ou pensamento que tiveram ofenderam ao
Senhor (2Co 7.10). O Arrependimento para aquele que se converte a Deus significa mudar de direção, como por
exemplo: a pregação de João Batista em Mt 3.2. Podemos dizer que o arrependimento é compreendido por três
elementos básicos:
5.1. O aspecto intelectual: Envolve o conhecimento da majestade de Deus, da condição de pecadores que
somos e da avaliação de nossos atos à luz da Palavra de Deus;
5.2. O aspecto emocional: Sentimento de tristeza quando pecamos;
5.3. O aspecto volitivo: Consiste no interesse de não praticar mais o pecado que foi perdoado por Deus,
mesmo que exista uma fraqueza dentro de nós lutando o tempo todo contra a consciência cristã.
6. Fé: A fé na pessoa de Jesus Cristo, o autor e consumador da fé (Hb 12.2), é um dom de Deus que nos garante a
salvação (Ef 2.8), nos possibilita mantermos comunhão com Deus e eficientes no serviço do Evangelho. A fé é
produto da regeneração e sem ela é impossível agradar a Deus. “A fé é a certeza de coisas que se esperam, a
convicção de fatos que se não veem” (Hb 11.1).
7. Justificação: A justificação é o ato gracioso e judicial de Deus de tornar justos os eleitos, que por causa do
pecado estavam destituídos da glória de Deus, com base no sacrifício de Jesus Cristo na cruz, que pagou os nossos
pecados (1Pe 2.24). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar” (Gl
3.13). A justificação significa o perdão de todos os pecados do nosso passado, do presente e uma base judicial
para perdão dos pecados futuros.
8. Santificação: A santificação é uma obra sobrenatural de Deus (1 Ts 5.23; Hb 13.20-21), um exercício diário, que
consiste em duas partes: 1ª – remoção da corrupção da natureza humana ocasionada pelo pecado, mortificando
o “velho homem”; 2ª - a vivificação do “novo homem”, uma nova pessoa que viverá buscando glorificar a Deus,
na conduta social, nas palavras e pensamentos conforme as orientações bíblicas.
O processo da santificação na vida do eleito funciona como uma via de duas mãos: a ação de Deus direcionada ao
crente e a atitude do crente direcionada para Deus. Vem de Deus – O Espírito Santo nos orienta nos textos
bíblicos, nos motiva a fazer a vontade de Deus, nos protege de perigos erros. Vai para Deus – O cristão, por sua
vez, se expressa através da oração e desenvolve sua fé servindo a Deus com seus talentos e recursos. Esse
relacionamento com Deus é essencial para mantermos uma vida de santidade.

9. O que é glorificação? É o aperfeiçoamento da nossa alma, a transformação do nosso corpo e a completa vitória
sobre o pecado, que nos fará semelhantes a Cristo (Fl 1:6; 3:20-21; 1 Jo 3:2).

Bibliografia: Vagner Barbosa – Revista Palavra Viva (Editora Cultura Cristã) – Adaptação do livro: Salvos Pela Graça de Anthony Hoekama e
"Razão de Nossa Fé" – Adão Carlos Nascimento.

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VI - A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

1. A VITÓRIA SOBRE O ÚLTIMO INIMIGO

A ressurreição de Cristo foi o evento culminante que coroou a vitória total de seu ministério terreno com a
derrota do último inimigo, a morte (I Jo 3:8).

2. A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO

A morte e a ressurreição de Cristo são, pois, os dois pilares sobre os quais repousa, com segurança, o edifício da
nossa fé. Do ponto de vista apologético, a ressurreição ocupa posição incontestavelmente mais destacada.

2.1. O Testemunho de Paulo – Se Cristo não houvesse ressuscitado, proclamar ao mundo um Cristo morto seria
tarefa dolorosamente inútil (I Co 15:14,17,19).

2.2. O Testemunho Doutrinário

· A Ressurreição e a Redenção - Na crucificação foi “esmagada a cabeça da serpente” (Gn 3:15), e na


ressurreição, vencido o grande inimigo – a morte. A ressurreição de Cristo foi, pois, o evento indispensável que
completou a sua obra redentora.
· A Ressurreição e o Senhor da Vida – Cristo apresentou-se repetidamente, durante o seu ministério, como a
vida (Jo 14:6; 1:14; 10:10). Ele não podia deixar de triunfar sobre a morte.
· A Ressurreição e a Imortalidade – Somente Cristo, em virtude da ressurreição pode dar aos seus adoradores
a gloriosa segurança da ressurreição e imortalidade (Jo 11:25,26).

3. A REALIDADE DA RESSURREIÇÃO

A ressurreição é contestada por muitos. Suas alegações são as seguintes: a) os discípulos roubaram o corpo de
Cristo (Mt 27:62-66; 28:12-15); b) as mulheres foram ao túmulo errado; c) a teoria do desmaio de Cristo; d) o
corpo foi removido; e) a teoria da Alucinação.

Ressurreição comprovada
A) O túmulo vazio. B) Os aparecimentos de Jesus. C) A conversão de Saulo. D) O testemunho da Incredulidade de
Tomé. E) A Igreja Cristã. F) O dia do Senhor. G) A transformação dos Apóstolos.

4. O SENTIDO DA RESSURREIÇÃO
A) Deus, por meio dela, confirmou a pessoa e a obra de seu filho.
B) Ela é a garantia de nossa imortalidade e ressurreição.
C) Comunica poder a mensagem do Evangelho.
D) Proclama um salvador vivo e presente.
E) É a garantia da permanente obra intercessória de Cristo.

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TEORIAS CONTRA A RESSURREIÇÃO E REFUTAÇÕES DAS MESMAS

* A TEORIA DO MITO: A Teoria do Mito diz que "Jesus nunca existiu" = Papai Noel.
Refutação:
Ele é mencionado em pelo menos 11 diferentes fontes não-cristãs do primeiro século ou pouco tempo depois, incluindo Josefo,
Tácito, Plínio, Seutonius e o Talmud babilônico. Fora estas fontes não cristãos, mais 32 autores cristãos testemunham sobre Jesus.
* A TEORIA DO DESMAIO: A Teoria do Desmaio afirma que Jesus não morreu realmente.
Refutação:
- As chagas de Jesus estavam além da recuperação.
- Os soldados romanos sabiam reconhecer muito bem um cadáver. Quando os soldados vieram para quebrar os pés de Jesus, eles
viram que ele já estava morto, mas ainda assim, para evitar dúvidas furaram o seu lado com uma lança (v.34). Se um soldado
romano deixasse ocorrer uma fuga de prisioneiros, sua vida estava perdida.
- O apóstolo João viu sangue e água jorrar da ferida da lança, o que significa morte por asfixia ou por falha cardiorrespiratória, o que
ainda testifica que Jesus já tinha morrido antes de o soldado enfiar-lhe a lança.
- Os seguidores de Jesus estavam completamente convencidos de que ele estava morto, a ponto de que eles ficarem escondidos
numa sala trancada (Jo 20:19).
- Em suas aparições pós-ressurreição, Jesus não aparenta os efeitos daninhos das feridas que tinha recebido, mas ele anda, fala e
come como se nada tivesse acontecido, tendo apenas os efeitos visíveis, ou seja, as cicatrizes.
- Tão gravemente ferido, como Jesus poderia mover a pesada pedra que cobria a entrada do túmulo? E ainda dominar os guardas
Rm anos do lado de fora?
* A TEORIA DA ALUCINAÇÃO: A teoria da alucinação diz que os discípulos tiveram uma alucinação coletiva.
Refutação:
- Jesus apareceu a várias pessoas em diferentes lugares e em tempos diferentes. Em uma ocasião, ele apareceu para mais de
quinhentas pessoas de uma só vez (1 Co 15:6). Não é provado que duas pessoas podem compartilhar a mesma alucinação, e muito
menos quinhentas.
- As alucinações são situações momentâneas. Mas os discípulos viram Jesus, durante um período de quarenta dias (At 1:3).
- Nem as alucinações em massa, nem visões, nem fantasmas podem explicar como a pedra foi rolada ou como o túmulo ficou vazio.
- Os discípulos ficaram tão surpresos que eles realmente achavam que ele era um espírito em primeiro lugar (Lu 24:37). Mas Jesus
os convidou a tocar lhe: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem
carne nem ossos, como vedes que eu tenho” – Lc 24:39.
- As mulheres tocaram os pés (Mt 28:9). Ele partiu o pão (Lc 24:30) e comiam alimentos com eles (Lc 24:42-43). Ele soprou sobre
eles (Jo 20:22).
- Os discípulos sofreram por causa de sua fé na ressurreição por décadas. Seria uma alucinação ou sugestão pós-hipnótica capaz de
produzir esse nível de motivação?
* A TEORIA DO TÚMULO ERRADO: A Teoria do “túmulo errado" diz que os discípulos estavam enganados. Alguns céticos alegam que os
discípulos foram ao túmulo errado. Quando eles o encontraram vazio.
Refutação:
- Muitas pessoas visitaram o túmulo, e em tempos diferentes. Será que todos eles entenderam errado? Pelo menos, José de
Arimateia, que era proprietário do túmulo, teria sido capaz de guiá-los para o túmulo certo.
- A tumba em que Jesus foi colocado não era um túmulo comum. José de Arimateia foi um homem rico (Mateus 27:57). Ao invés de
um túmulo tipicamente coberto por uma laje de pedra, a sua tumba foi cortada do lado de um morro, como uma caverna, com uma
pedra pesada para bloquear a entrada. Não havia muitos túmulos daquele jeito.
- A tumba de Jesus havia sido selada com um selo romano e estava guardada por soldados romanos (Mt 27:64-66). Realmente não
tinha como errar.
- Um corpo ausente, por si só, não implica na ressurreição dos mortos. Quando Maria chegou junto ao túmulo e o encontrou vazio,
ela não conseguiu passar para a conclusão de que o Senhor tinha ressuscitado dentre os mortos (Jo 20:13, 15). Pelo contrário, ela
pensava que alguém tivesse removido o corpo de Jesus. Jesus ainda estava morto pra ela.
- Se alguém tivesse levado o corpo, eles poderiam ter colocado um fim ao cristianismo em um momento, simplesmente
apresentando o corpo. Os líderes judeus teriam pagado bom dinheiro por isso.
* A TEORIA DA CONSPIRAÇÃO - Discípulos roubaram o corpo: A teoria da conspiração diz que os discípulos mentiram.
Refutação:
- A fraude envolvendo tantas pessoas seria praticamente impossível de se manter, pelo menos não por muito tempo.
- Qual o motivo que os discípulos teriam para mentir? O que eles ganhariam com isto? Fazer os outros pensarem que Jesus estava
vivo? Eles não tinham nem entendido a ressurreição, como agora tentariam criar uma?
- Os discípulos não tiveram oportunidade para roubar o corpo de Jesus, pois junto ao túmulo estava a guarda de soldados romanos.
- Se os discípulos puderam ser honestos com relação as suas próprias falhas como nos diz os evangelhos, como eles poderiam ser
tão desonestos sobre os outros eventos que relatam?
- Se a ressurreição não tivesse ocorrido os judeus poderiam simplesmente ter mostrado o corpo de Jesus, não bastava mostrar a
todos?
- Os discípulos enfrentaram grandes lutas e perseguições e até mesmo martírio por manterem a sua crença na ressurreição, mas
eles nunca negaram que Jesus havia ressuscitado. Eles morreram afirmando ter visto Jesus vivo dentre os mortos. Quantas pessoas
morreriam por algo que não acreditam ser verdade?

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VII - OS 05 PONTOS DO CALVINISMO

O objetivo deste pequeno artigo é esclarecer de forma simples quem de fato escreveu os chamados “Cinco
Pontos do Calvinismo”, por qual razão e por que eles são “cinco pontos” ao invés de sete ou dez. Além disso,
procuraremos destacar a sua relevância para a nossa teologia.

1. Autoria

Ao contrário do que muitos pensam, não foi João Calvino quem escreveu “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. Talvez
algumas pessoas ficarão impressionadas com esta afirmação. No entanto, a magna pergunta que se faz é: Se não
foi Calvino, quem foi então? “Estes cinco pontos foram formulados pelo Sínodo de Dort, Sínodo este convocado
pelos Estados Gerais (da Holanda) e composto por um grupo de 84 Teólogos e 18 representantes seculares, entre
esses estavam 27 delegados da Alemanha, Suíça, Inglaterra e outros países da Europa reunidos em 154 Sessões,
desde 13 de novembro de 1618 até maio de 1619”. [1] Portanto, peca por ignorância quem afirma ser João
Calvino o autor destes cinco pontos, porque na verdade, a afirmação correta é que estes “pontos” foram
fundamentados tão somente nas doutrinas ensinadas por ele. Aliás, este sistema doutrinário, se assim podemos
chamá-lo, foi elaborado somente 54 anos após a morte do grande reformador (1509-1564).

2. Razão de sua Escrita

Os Cinco Pontos do Calvinismo foram formulados em resposta a um “documento que ficou conhecido na história
como ‘Remonstrance' ou o mesmo que ‘Protesto'”, [2] apresentado ao Estado da Holanda pelos “discípulos do
professor de um seminário holandês chamado Jacob Hermann, cujo sobrenome latino era Arminius (1560-1600).
Mesmo estando inserido na tradição reformada, Arminius tinha sérias dúvidas quanto à graça soberana de Deus,
visto que era simpático aos ensinos de Pelágio e Erasmo, no que se refere à livre vontade do homem”. [3] Este
documento formulado pelos discípulos de Arminius tinha como objetivo mudar os símbolos oficiais de doutrinas
das Igrejas da Holanda (Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg), substituindo pelos ensinos do seu mestre.
Desta forma, a única razão pela qual Os Cinco Pontos do Calvinismo foram elaborados era a de responder ao
documento apresentado pelos discípulos de Arminius.

3. Porque Cinco Pontos?

Este documento formulado pelos alunos de Jacob Arminius tinha como teor cinco principais pontos, conhecidos
como “Os Cinco Pontos do Arminianismo”. E como já dissemos logo acima, em resposta a estes Cinco Pontos do
Arminianismo, o Sínodo de Dort elaborou também o que conhecemos como “Os Cinco Pontos do Calvinismo” ao
invés de sete ou dez. Estes pontos do calvinismo são conhecidos mundialmente pela palavra TULIP, um acróstico
popular que na língua inglesa significa:

T otal Depravity Total Depravação


U nconditional Election Eleição Incondicional
L imited Atonement Expiação Limitada
I rresistible Grace Graça Irresistível
P erseverance of Saints Perseverança dos Santos

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4. Os Cinco Pontos do Arminianismo Versus Os Cinco Pontos do Calvinismo

ARMINIANISMO CALVINISMO
1. Depravação Total – O calvinismo diz que o homem
1. Vontade Livre – O arminianismo diz que a vontade
não regenerado é absolutamente escravo de Satanás, e,
do homem é “livre” para escolher, ou a Palavra de
por isso, é totalmente incapaz de exercer sua própria
Deus, ou a palavra de Satanás. A salvação, portanto,
vontade livremente (para salvar-se), dependendo,
depende da obra de sua fé.
portanto, da obra de Deus, que deve vivificar o homem,
antes que este possa crer em Cristo.
2. Eleição Incondicional – O calvinismo sustenta que o
2. Eleição Condicional – O arminianismo diz que a
pré-conhecimento de Deus está baseado no propósito
“eleição é condicional, ou seja, acredita-se que Deus
ou no plano de Deus, de modo que a eleição não está
elegeu àqueles a quem “pré-conheceu”, sabendo que
baseada em alguma condição imaginária inventada pelo
aceitariam a salvação, de modo que o pré-
homem, mas resulta da livre vontade do Criador à parte
conhecimento [de Deus] estava baseado na condição
de qualquer obra de fé do homem espiritualmente
estabelecida pelo homem”.
morto.
3. Expiação Universal – O arminianismo diz que Cristo 3. Expiação Limitada – O calvinismo diz que Cristo
morreu para salvar não um em particular, porém morreu para salvar pessoas determinadas, que lhe
somente àqueles que exercem sua vontade livre e foram dadas pelo Pai desde toda a eternidade. Sua
aceitam o oferecimento de vida eterna. Daí, a morte morte, portanto, foi cem por cento bem sucedida,
de Cristo foi um fracasso parcial, uma vez que os que porque todos aqueles pelos quais ele não morreu
têm volição negativa, isto é, os que não querem receberão a “justiça” de Deus, quando forem lançados
aceitar, irão para o inferno. no inferno.
4. Graça Irresistível – O calvinismo entende que a graça
de Deus não pode ser obstruída, visto que sua graça é
4. A Graça pode ser Impedida – O arminianismo
irresistível. Os calvinistas não querem significar com isso
afirma que, ainda que o Espírito Santo procure levar
que Deus esmaga a vontade obstinada do homem como
todos os homens a Cristo (uma vez que Deus ama a
um gigantesco rolo compressor! A graça irresistível não
toda a humanidade e deseja salvar a todos os
está baseada na onipotência de Deus, ainda que
homens), ainda assim, como a vontade de Deus está
pudesse ser assim, se Deus o quisesse, mas está baseada
amarrada à vontade do homem, o Espírito [de Deus]
mais no dom da vida, conhecido como regeneração.
pode ser resistido pelo homem, se o homem assim o
Desde que todos os espíritos mortos (= alienados de
quiser. Desde que só o homem pode determinar se
Deus) são levados a Satanás, o deus dos mortos, e todos
quer ou não ser salvo, é evidente que Deus, pelo
os espíritos vivos (= regenerados) são guiados
menos, “permite” ao homem obstruir sua santa
irresistivelmente para Deus (o Deus dos vivos), nosso
vontade. Assim, Deus se mostra impotente em face da
Senhor, simplesmente, dá a seus escolhidos o Espírito
vontade do homem, de modo que a criatura pode ser
de Vida. No momento que Deus age nos eleitos, a
como Deus, exatamente como Satanás prometeu a
polaridade espiritual deles é mudada: Antes estavam
Eva, no jardim [do Éden].
mortos em delitos e pecados e orientados para Satanás;
agora são vivificados em Cristo e orientados para Deus.
5. O Homem pode Cair da Graça – O arminianismo
conclui, muito logicamente, que o homem, sendo
salvo por um ato de sua própria vontade livremente
exercida, aceitando a Cristo por sua própria decisão,
pode também perder-se depois de ter sido salvo, se
5. Perseverança dos Santos – O calvinismo sustenta
resolver mudar de atitude para com Cristo, rejeitando-
muito simplesmente que a salvação, desde que é obra
o! (Alguns arminianos acrescentariam que o homem
realizada inteiramente pelo Senhor – e que o homem
pode perder, subsequentemente, sua salvação,
nada tem a fazer antes, absolutamente, “para ser salvo”,
cometendo algum pecado, uma vez que a teologia
é óbvio que o “permanecer salvo” é, também, obra de
arminiana é uma “teologia de obras” – pelo menos no
Deus, à parte de qualquer bem ou mal que o eleito
sentido e na extensão em que o homem precisa
possa praticar. Os eleitos ‘perseverarão' pela simples
exercer sua própria vontade para ser salvo). Esta
razão de que Deus prometeu completar, em nós, a obra
possibilidade de perder-se, depois de ter sido salvo, é
que ele começou. Por isso, os cinco pontos de TULIP
chamada de “queda (ou perda) da graça”, pelos
incluem a Perseverança dos Santos.
seguidores de Arminius. Ainda, se depois de ter sido
salva, a pessoa pode perder-se, ela pode tornar-se
livremente a Cristo outra vez e, arrependendo-se de
seus pecados, “pode ser salva de novo”. Tudo
depende de sua continua volição positiva até à morte!

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5. Considerações Finais

Para inteirar o leitor do todo da história, Spencer nos diz que após o Sínodo de Dort se reunir em 154 Sessões
num “completo exame das doutrinas de Arminius e comparar cuidadosamente seus ensinos com os ensinos das
Escrituras Sagradas, chegaram à conclusão que os ensinos de Arminius eram heréticos”. “E não somente isto, mas
o Concílio impôs censura eclesiástica aos ‘remonstrantes' depondo-os dos seus cargos e a autoridade civil
(governo) os baniu do país por cerca de seis anos”.

Diante disso, creio que a diferença crucial entre o Arminianismo e o Calvinismo se resume na palavra Soberania.
Enquanto os calvinistas entendem que Deus opera a salvação na vida do ser humano conforme a sua livre e
soberana vontade, os arminianos salientam que o homem é capaz de por si só querer ou não ser salvo. Se
partirmos da premissa que o homem está completamente morto diante de Deus como nos ensina Efésios 2:1,
entenderemos porque a salvação depende tão somente da graça e da misericórdia do SENHOR, pois “não
depende de quem quer ou quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9:16).

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VIII - PRIVILÉGIOS E DEVERES DOS CRENTES

1. PRIVILÉGIOS DOS CRENTES

a) Um relacionamento Filial com Deus: O Crente é aquele que se tornou filho de Deus (Jo 1:12). O Crente não é
apenas uma criatura de Deus. Sua relação com Deus é idêntica à do Filho com o Pai (Mt 6:9; Hb 12:6, 12:10).

b) A Certeza do Perdão: O perdão que Deus nos concedeu em Cristo é definitivo (Ef 4:32).

c) A Segurança da Salvação: Este é, incontestavelmente, um dos maiores privilégios do crente (2 Tm 1:12; Fp


1:21-23). Sempre é bom lembrar, que estar seguro da vida eterna não é sentir-se seguro da vida eterna. O alicerce
da nossa segurança não está no que sentimos (Rm 8:17; Jo 3:16; Rm 5:5).

d) A Participação nos Sacramentos: O Batismo, a Santa Ceia e os outros meios de graça (leitura da Bíblia, oração,
participação no culto público etc.).

2. DEVERES DOS CRENTES

a) Para Com Deus: “O dever que Deus requer do homem é a obediência à sua vontade revelada.” (Breve
Catecismo - Pergunta 39). Em síntese, amor supremo a Deus pela obediência: Mt 22: 37-38; Jo 14:15, 21,23; Mt
10:37.

b) Para com o Mundo: Cristo veio para salvar o mundo. Nós somos instrumentos de Deus para a realização desta
tarefa: Jo 17:18; Mt 22:39,40; Lc 10:25-37, “amarás o teu próximo”.

c) Para Consigo Mesmo: Procurando ser um cristão integral, na vida e na conduta diária. Ler diariamente a Bíblia;
cultivar a vida de oração, buscar a orientação e o poder do Espírito Santo, cuidar da pureza pessoal, crescer na
vida de obediência a Deus, integrar-se no programa e nas atividades da comunidade cristã, etc.

d) Para Com o Lar: Do esposo e da esposa (Ef 5:22-23; Cl 3:18-19; 2 Pe 3:1-7). Pais para com os filhos (Dt 6:6-7; Pv
22:6). Filhos para com os pais (Dt 5:16; Ef 6:4).

e) Para Com a Igreja:

Servir: Mc 10:43-45; 1 Co 12:22. Todos os membros do corpo são úteis e necessários.


.
Testemunhar: At.1:8; 2 Tm 3:12. Testemunhar é viver realmente os ensinamentos do Mestre, qualquer
hora, em qualquer lugar.

Evangelizar: Mc 16:15,16; At 8:1-4. Anunciar o evangelho é missão de cada membro da Igreja.

Sustentar: A igreja é uma instituição divina, cuja missão de propagar e anunciar o evangelho ao mundo
não pode ser levada a efeito sem recursos materiais.

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IX - DÍZIMOS E OFERTAS

"Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda.” Provérbios 3:9.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO E DEBATE


1 – Quando alguém lhe diz que dízimo na sua Igreja é para “engordar Pastor”, o que você responde?
2 – A expressão “pagar o dízimo”, está correta?
3 – Dízimo é uma prática do Novo Testamento ou só do Velho Testamento?

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Todos os membros da Igreja devem sustentá-la com:


- Suas orações – orando pelos irmãos em geral, pelas atividades da Igreja e por sua liderança.
- Sua presença – participando das atividades estou ativando o calor da Igreja.
- Seu trabalho – dom é uma capacitação especial de Deus, dada através do Espírito Santo. Talento é aquela
capacitação natural. Ambos devem servir para a edificação do Corpo de Cristo.
- Seus dízimos e ofertas voluntárias – é o que iremos considerar a seguir.

1. O QUE A IGREJA FAZ COM OS DÍZIMOS E OFERTAS?

 Mantém o patrimônio limpo e em ordem: zeladoria, luz, água, telefone, mobiliário, etc. Em Ageu 1:9
entendemos que a Igreja tem que ser igual ou até melhor que a nossa casa. “Esperastes o muito, e eis que
veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, Eu com um assopro o dissipei. Por quê? Diz o
SENHOR dos Exércitos: Por causa da Minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós
corre por causa de sua própria casa.” Ag 1:9.
 Auxilia os irmãos necessitados através da Junta Diaconal (Atos 6:1-3).
 Sustenta o Pastor local e missionários no campo do Presbitério, no país e até no exterior (Fp 4:18; 1 Tm 5:18).

2. DEFINIÇÕES

DÍZIMO: Dez por cento de nosso rendimento mensal. O dízimo pertence ao Senhor, por isso não “pagamos” o
dízimo, mas devolvemos ao Seu dono, que é Deus, em atitude de submissão, confiança e temor (Ml 3:8).
OFERTAS: São valores dados de acordo com o propósito de cada coração (2 Co 9:7).

Ambos são entregues, mensalmente ou conforme o dia do recebimento de cada um, em Culto Público ou
diretamente ao tesoureiro da Igreja (2 Rs 12:9-12).

3. NINGUÉM É POBRE DEMAIS QUE NÃO POSSA CONTRIBUIR

A ordem em Malaquias 3:10 não traz exceções:

 “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na Minha casa; e provai-Me nisto,
diz o SENHOR dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do Céu e não derramar sobre vós bênção sem
medida.” Malaquias 3:10.
 Em Êxodo 35:22-29 e 36:3-6 encontramos a participação de todos, inclusive crianças, para irem
aprendendo a não serem avarentas.
 Um menino ganha o quê? Todos ganhamos algo: o dinheiro para o refrigerante, ou o doce, a mesada ou o
presente. Os pais devem ensinar seus filhos a serem gratos a Deus não só de palavras, mas dizimando
(mesmo que seja pouco) e ofertando de acordo com as suas condições (Pv 22:6).
 O dízimo e as ofertas não tornam o pobre mais pobre. Já vi pessoas ficarem pobres por viverem na
jogatina, ou bebendo, ou fumando, ou tem uma vida moral desregrada. Também há aqueles que usam do
dízimo para pagar contas feitas sem controle algum na administração de suas finanças. Por todas essas
coisas vem a pobreza e a miséria, mas jamais alguém ficará pobre por ser um dizimista fiel.

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4. O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE ADMINISTRAÇÃO CENTRALIZADA

Alguns se julgam superiores aos que administram os bens da Igreja, não entregando o dízimo, mas investindo-o
em esmolas ou em sustento missionário, quem em alguns casos nem pregam o Evangelho (por exemplo, a LBV
que é uma entidade de linha espírita).
Em Lucas 21:1-4, Atos 5:1-10 e em muitos outros textos encontramos a administração centralizada dos dízimos e
ofertas.
Mas e se os que foram investidos de autoridade falharem? Eles irão prestar contas a Deus.

5. JESUS NÃO ABOLIU O DÍZIMO E AS OFERTAS

Alguns dizem que dízimos e ofertas é coisa somente da Lei do Velho Testamento. Mas isso é um engano de quem
não conhece as Escrituras ou não faz uma interpretação não fidedigna da mesma. Vejamos alguns textos que
provam a validade dos dízimos e ofertas no NT:
 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e
tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém,
fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” Mateus 23:23.
 “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua
oferta.” Mateus 5:23-24.
 2 Coríntios 8-9 traz uma ampla explanação sobre o assunto. Destaco aqui apenas: “E isto afirmo: aquele
que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará.
Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque
Deus ama a quem dá com alegria.” 2 Co 9:6-7.

O TEMA É POLÊMICO, MAS TEMOS RESPALDO BÍBLICO

Não dizimamos ou ofertamos por interesse, mas em adoração a Deus, com alegria. Ele que vê os intentos de
nossos corações promete abençoar com fartura quem semeia generosamente.

Entendemos que todas as bênçãos vêm do Senhor, sejam elas materiais, físicas ou espirituais. A benção da
prosperidade, ou o ser próspero, não é especificamente o que o Senhor pode nos dar (e como Ele é bondoso!),
mas a Sua própria presença em nosso meio. Existem muitos que desejam ficar ricos e idolatram o dinheiro e as
riquezas; algumas Igrejas erroneamente associam a benção de Deus à posse de riquezas. Conheça a Palavra de
Deus e veja o que Deus diz sobre isso.

Veja: Provérbios 11:4; 15:16-17; 16:8,16; 17:1; 19:1; 22:1; 28:6; 1 Timóteo 6:6-12.

6. O DÍZIMO FAZ PARTE DA ADORAÇÃO

 Devemos compreender que Deus não precisa do nosso dinheiro para manter a Sua obra. Aliás, nada é
nosso, o nosso dinheiro é de Deus, nosso lar é de Deus, nossos filhos são de Deus, NÓS SOMOS DE DEUS,
TUDO É DE DEUS!!!
 A Igreja não deixará de existir se os membros forem infiéis nos dízimos e ofertas, porque o nosso Deus
tem poder para manter a Sua obra. Foi Ele quem multiplicou pães e peixes (Mc 6:41).
 Quando entregamos nossos dízimos e ofertas, estamos adorando, sobretudo com a afirmativa prática de
que não estamos escravizados aos nossos bens, e que confiamos na provisão do Senhor nosso Deus (1 Tm
6:7-10; Hb 13:5-6).

7. CONCLUSÃO

O Deus fiel em Sua Palavra promete abençoar aqueles que são fiéis na contribuição:

“(…) e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre
vós bênção sem medida.” Malaquias 3:10b.

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ATIVIDADES COMPLEMENTARES – DE FIXAÇÃO DE APRENDIZAGEM

IGREJA PRESBITERIANA DO HAUER CLASSE DE CATECÚMENOS


FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ENSINADO EM AULAS DA ED – A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
ALUNO------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1. O ESPÍRITO SANTO É A
a. EMANAÇÃO DO DEUS VERDADEIRO
b. A FORMA DE DEUS SE MANIFESTAR
c. A TERCEIRA PESSOA DA TRINDADE
2. EM GÊNESIS 1.2 TEMOS
a. TEMOS A PRIMEIRA REFERÊNCIA A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO
b. TEMOS REFERÊNCIA APENAS AO AGIR DIVINO SOBRE A OBRA CRIADORA
c. TEMOS A REFERÊNCIA DE QUE O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA DA TRINDADE, QUE AGE POR SI MESMO
INDEPENDENTE DAS DEMAIS PESSOAS DA TRINDADE
3. QUANTO AO ESPÍRITO SANTO PODEMOS DIZER QUE:
a. ELE AGE NA ESFERA ESPIRITUAL DO SER HUMANO SOMENTE
b. AGE NA ESFERA INTELECTUAL, MORAL E RELIGIOSA DO SER HUMANO
c. ELE AGE SOMENTE PARA DAR DONS
4. QUANTO À NOSSA RELAÇÃO COM O ESPÍRITO SANTO:
a. SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO SIGNIFICA FALAR LÍNGUAS E TER DONS DE CURA
b. A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO REQUER DE NÓS UMA VIDA MOLDADA À IMAGEM DE CRISTO, PARA
ANDARMOS EM LUZ, DAR TESTEMUNHO AO MUNDO,
c. ESTAR PLENO DO ESPÍRITO SANTO É O MESMO QUE ESTAR ALEGRES E SATISFEITOS COM A VIDA E DE BEM
COM O MUNDO, VIVENDO FELIZ E SEM PROBLEMAS EM MEIO A ESTE MUNDO TENEBROSO.
5. DEVEMOS SEMPRE PEDIR A DEUS EM NOSSAS ORAÇÕES QUE ELE:
a. ENVIE SOBRE A IGREJA O ESPÍRITO SANTO
b. NOS DÊ A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO
c. BATIZE-NOS TODOS OS DIAS COM O ESPÍRITO SANTO
6. A FUNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO EM NOSSA VIDA É A DE:
a. CONSOLAR, CONFORTAR E NOS APROXIMAR CADA VEZ MAIS DE CRISTO E DE SUA PALAVRA.
b. SER O SELO E SEGURANÇA DE NOSSA SALVAÇÃO
c. CONVENCER-NOS DOS NOSSOS PECADOS E LEVAR-NOS AO ARREPENDIMENTO IMPLANTANDO A NOVA
VIDA DENTRO DE NÓS
7. LEIA E VEJA QUAL LHE PARECE VERDADEIRA DAS FRASES ABAIXO:
a. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO NÃO É UM TEMA BÍBLICO E SIM DEFENDIDO POR ALGUMAS IGREJAS
DE LINHA PENTECOSTAIS.
b. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO É UMA VERDADE BÍBLICA NÃO BEM ENTENDIDA POR ALGUMAS
DOUTRINAS. QUE O A VÊ COMO UMA SEGUNDA BENÇÃO APÓS A CONVERSÃO.
c. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO ACONTECEU NO NT PARA MARCAR A TRANSIÇÃO DAS ALIANÇAS
[OBRAS PARA DA GRAÇA] E SEMPRE ACONTECE QUANDO A IGREJA ESTÁ REUNIDA.
8. NA BÍBLIA NÃO HÁ O TERMO TRINDADE, MAS EM MATEUS 28.18-20 e ISAIAS 48.16, PODEMOS AFIRMAR:
a. QUE HÁ BASE PARA FALAMOS QUE DEUS AGE SOZINHO COMO PAI E CRIADOR
b. QUE TRÊS PESSOAS ESTÃO EM AÇÃO [PAI – FILHO – ESPÍRITO SANTO]
c. QUE SE TRATA APENAS DE UMA FORÇA DE EXPRESSÃO PARA ENFATIZAR A AÇÃO DA IGREJA.

RESUMO FINAL PARA REFORÇO E FIXAÇÃO – O PRINCIPAL MINISTÉRIO DA TERCEIRA PESSOA DA TRINDADE, OU SEJA, DO
ESPÍRITO SANTO, RELATIVO À SALVAÇÃO ETERNA, É A SANTIFICAÇÃO (SEPARAÇÃO), A QUAL TEM PELO MENOS DOIS
ASPECTOS:
- PRIMEIRO, O HOMEM QUE, ANTES DA CONVERSÃO GENUÍNA, PERTENCIA AO DIABO, APÓS A CONVERSÃO A JESUS CRISTO
É SEPARADO E PASSA A PERTENCER A DEUS (OU SEJA, É SALVO ETERNAMENTE). CF. JO 16:7-11; 2ªTS 2:13; 1ªPE 1:2. – SALVA
E PRESERVA A SALVAÇÃO;
- SEGUNDO, A SEPARAÇÃO, DO HOMEM JÁ SALVO, DO PECADO, OU SEJA, A SANTIFICAÇÃO PESSOAL, PRODUZIDA ATRAVÉS
DO CORRETO ENTENDIMENTO PALAVRA DE DEUS E DA OBEDIÊNCIA À MESMA: JO 14:26, 16:12-15; 1ªCO 2:9-16.

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TAREFAS - A DOUTRINA DA IGREJA

A PALAVRA IGREJA VEM DO TERMO GREGO EKLESIA QUE DÁ A IDEIA DE CHAMAR PARA OUVIR UMA MENSAGEM. NA
GRÉCIA ANTIGA, UMA DEMOCRACIA PERMITIA AO CIDADÃO PARTICIPAR DAS ASSEMBLEIAS PARA TRATAR DOS
ASSUNTOS DA CIDADE. ESTE TERMO FOI UTILIZADO POR JESUS PARA SE REFERI A SUA IGREJA ONDE SOMOS CHAMADOS
NÃO SOMENTE PARA OUVIR, MAS TAMBÉM PARA VIVERMOS AS VERDADES E TRANSMITI-LAS AO MUNDO.

1. COMPLETE COM AS PALAVRAS – CABEÇA – REUNIÃO – ELEITOS – VISÍVEL – MINISTRAÇÃO – INVISÍVEL –


SACRAMENTOS – PREGAÇÃO – MILITANTE – DISCIPLINA – UNICIDADE – CATOLICIDADE – SANTIDADE:

A IGREJA É A REUNIÃO DOS _______________, EM ADORAÇÃO E A DEUS. A IGREJA TEM UM ________________ QUE É
JESUS; NÃO HÁ NENHUM LÍDER HUMANO QUE POSSA OCUPAR O LUGAR DELE. FALAMOS DA IGREJA EM DUAS REALIDADES,
A IGREJA __________________ E A IGREJA __________________. PODE SER TANTO ______________COMO TRIUNFANTE. AS
MARCAS DE UMA IGREJA VERDADEIRA SÃO: _______________DA PALAVRA DE DEUS; _________________DOS
___________________ E EXERCÍCIO DA _________________. OS ATRIBUTOS DA IGREJA DE CRISTO SÃO: _______________,
_____________________ E ______________________.
2. PODEMOS DIZER QUE A IGREJA TEM:
a. FUNÇÃO E MISSÃO. FUNÇÃO É FAZER OBRAS SOCIAIS E MISSÃO É ADORAR ADEUS E PRESTAR-LHE CULTO.
b. FUNÇÃO E MISSÃO – ONDE A SUA FUNÇÃO É ADORAR A DEUS E PRESTAR-LHE CULTO, BATIZAR SEUS
CONVERSOS E MINISTRAR OS SACRAMENTOS ZELANDO PELA VIDA ESPIRITUAL DE TODOS OS MEMBROS. E
SUA MISSÃO É TESTEMUNHAR AO MUNDO COMO LUZ E SAL DA TERRA PREGAR O EVANGELHO E ATENDER
AS NECESSIDADES DOS QUE PRECISAM.
c. TANTO A FUNÇÃO COMO A MISSÃO SÃO AS MESMAS COISAS.
3. PODEMOS DIZER QUE A IGREJA TEM COMO SÍMBOLOS DE FÉ
a. A BÍBLIA – SANTA CEIA – CATECISMOS
b. SANTA CEIA – BATISMO – PREGAÇÃO DA PALAVRA
c. CONFISSÃO DE FÉ – CATECISMO E BREVE CATECISMO
4. PODEMOS AFIRMAR QUE A IGREJA REFORMADA TEM
a. DOIS SACRAMENTOS – SANTA CEIA E BATISMO
b. TRÊS SACRAMENTOS – BATISMO – CEIA – ARREPENDIMENTO DOS PECADOS
c. 7 SACRAMENTOS – BATISMO – CEIA – EXTREMA UNÇÃO – PENITENCIA – CRISMA – CASAMENTO – ORDEM
5. SEGUNDO ESTUDAMOS NÃO É CORRETO PENSAR QUE:
a. OS APÓSTOLOS DE CRISTO PODEM SER SUCEDIDOS POR OUTROS NO DECORRER DA HISTÓRIA
b. SÃO SOMENTE OS 12 MAIS PAULO QUE SÃO O FUNDAMENTO DO EVANGELHO SANTO E NÃO HÁ SUCESSÃO
c. PARA SER APÓSTOLO A PESSOA DEVERIA SER TESTEMUNHA OCULAR DE CRISTO.
6. A IGREJA PRESBITERIANA LOCAL É DIRIGIDA PELO:
a. PASTOR DE CADA COMUNIDADE LOCAL
b. PELO CONSELHO DA IGREJA FORMADO POR DIÁCONOS E PASTORES
c. PELO CONSELHO FORMADO POR PRESBÍTEROS REGENTES E DOCENTES. OS DOCENTES SE ENCARREGAM DO
ENSINO, DA PREGAÇÃO DA PALAVRA E MINISTRAÇÃO DOS SACRAMENTOS; E OS REGENTES DA
ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA.
7. OS PRESBÍTEROS E DIÁCONOS DA IGREJA SÃO:
a. ELEITOS PELO PRESBITÉRIO OU SÍNODO
b. INDICADOS PELOS MEMBROS DA IGREJA OU PELO PASTOR
c. ELEITOS EM ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA COMPOSTA POR TODOS OS MEMBROS CIVILMENTE CAPAZES
DA IGREJA
8. O TERMO QUE DÁ ORIGEM AO NOME DE NOSSA IGREJA PODE SER ENTENDIDO ASSIM
a. PRESBITERON – TERMO GREGO QUE QUER DIZER – GESTOR OU ADMINISTRADOR
b. PRESBITERON – TERMO GREGO QUE SIGNIFICA AQUELE QUE FALA ELOQUENTEMENTE
c. PRESBITERON – TERMO GREGO= ANCIÃO – EXPERIENTE
9. O TRABALHO DA JUNTA DIACONAL É:
a. SUPERVISIONADO PELO PASTOR E ESCOLA DOMINICAL
b. PELO PASTOR SOMENTE
c. PELO CONSELHO DA IGREJA.
10. QUANTO AO BATISMO ENTENDEMOS QUE O MESMO
a. SÓ PODE SER ACEITO SE FOR POR ASPERSÃO
b. NOSSA FORMA ACEITA E PRATICA É POR ASPERSÃO, MAS RECEBEMOS IRMÃOS JÁ BATIZADOS POR
IMERSÃO QUANDO VEEM DE OUTRAS IGREJAS VERDADEIRAMENTE CRISTÃS

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c. BATIZAMOS TANTO POR ASPERSÃO COMO POR IMERSÃO OU EFUSÃO.
11. QUANTO AO BATISMO INFANTIL
a. A IPB NÃO BATIZA INFANTES, POIS OS TAIS NÃO É O REINO DE DEUS; NEM ESTÃO INCLUÍDAS NO PACTO DA
GRAÇA NO VELHO TESTAMENTO.
b. A IPB NÃO BATIZA CRIANÇAS, POIS OS MESMOS NÃO TÊM FÉ E NEM SÃO ELEITOS. NÃO ACREDITAMOS QUE
OS FILHOS DOS CRENTES SÃO SEPARADOS DO MUNDO E NEM MESMO DIFERENTES DELES.
c. A IPB BATIZA INFANTES, POIS ENTENDEMOS A BÍBLIA - VELHO E NOVO TESTAMENTO COMO PALAVRA DE
DEUS; AS CRIANÇAS FORAM INCLUÍDAS NO PACTO DA GRAÇA NO VELHO TESTAMENTO, ATRAVÉS DO
SACRAMENTO DA CIRCUNCISÃO, E NO NOVO TESTAMENTO (CHAMADO “PACTO MELHOR”), DEUS NÃO
ALTEROU SUAS BOAS INTENÇÕES PARA COM AS CRIANÇAS (AT 2:35, 38). CIRCUNCISÃO FOI SUBSTITUÍDA
PELO BATISMO (CL 2:11). ENTRETANTO, NOSSAS CRIANÇAS DEVEM SER TRAZIDAS PARA O PACTO DA
GRAÇA E UNIDAS A CRISTO ATRAVÉS DO BATISMO ASSIM COMO O POVO DE DEUS EM OUTROS TEMPOS
FOI TRAZIDO PARA O PACTO ATRAVÉS DA CIRCUNCISÃO.
12. PARA A IPB O BATISMO É
a. UM SINAL VISÍVEL DE UMA GRAÇA INVISÍVEL, E NÃO TEM PODER EM SI MESMO DE SALVAR, MAS DE
MARCAR UMA NOVA VIDA E A INSERÇÃO NO PACTO DA GRAÇA.
b. UM ATO SALVADOR QUE PRECISA SER REALIZADO, CASO CONTRÁRIO A PESSOA OU A CRIANÇA MORRE
PAGÃ.
c. BATISMO DEVE SER REALIZADO TODA VEZ QUE A PESSOA SE ARREPENDE E SE CONVERTE NOVAMENTE.
13. A IPB SEGUE A SEGUINTE ORDEM ASCENDENTE DE CONCÍLIO
a. PRESBITÉRIO – SÍNODO – SUPREMO CONCÍLIO – CONSELHO DA IGREJA
b. CONSELHO LOCAL – PRESBITÉRIO – SÍNODO – SUPREMO CONCÍLIO
c. SÍNODO – CONSELHO LOCAL – JUNTA DIACONAL – PRESBITÉRIO – SUPREMO CONCÍLIO
14. A IPB NASCEU DO MOVIMENTO:
a. PROTESTANTE DA ALEMANHA SOB A TUTELA DE MARTINHO LUTERO EM 1517
b. DO MOVIMENTO PURITANO NOS ESTADOS UNIDOS
c. DO MOVIMENTO REFORMADO QUE SURGIU NA SUÍÇA COM ZUINGLIO E DEPOIS PASSOU PELA ESCÓCIA
COM JOHN KNOX QUE ESTUDARA COM JOAO CALVINO EM 1505-72.
15. O MOVIMENTO REFORMADO FOI CONHECIDO E ACEITO POR MUITOS PAÍSES POR:
a. TER UM FUNDADOR MAIS CARISMÁTICO E INFLUENTE NA EUROPA.
b. TER REALIZADO UMA RUPTURA MAIS PROFUNDA COM A IGREJA CATÓLICA MEDIEVAL E POR SUA VOLTA
TOTAL AS SAGRADAS ESCRITURAS.
c. PELO FATO DE QUE A ALEMANHA NÃO ERA BEM VISTA NA EUROPA.
16. EM SOLO BRASILEIRO A IPB FOI FRUTO DA OBRA MISSIONÁRIA:
a. DA EUROPA COM A VINDA DOS PRESBITERIANOS PARA NOSSA PÁTRIA NO SÉCULO XVII.
b. DOS ESTADOS UNIDOS QUE ENVIOU O MISSIONÁRIO REVERENDO JOAQUIM MANOEL DA CONCEIÇÃO PARA
ORGANIZAR A IPB NO ANO DE 1859.
c. DOS ESTADOS UNIDOS COM O ENVIO DO MISSIONÁRIO REV. ASHBEL GREEN SIMONTON NO ANO DE 1859.
17. QUANTO À SUA TEOLOGIA –
a. A IPB RECEBEU COMO HERANÇA A DOUTRINA CALVINISTA QUE DEFENDE A BÍBLIA COMO ÚNICA REGRA DE
FÉ E PRÁTICA – ACREDITA NA SOBERANIA DE DEUS E TEM EM DEFESA OS CHAMADOS 5 PONTOS DO
CALVINISMO – DEPRAVAÇÃO TOTAL + ELEIÇÃO INCONDICIONAL + EXPIAÇÃO LIMITADA + GRAÇA
IRRESISTÍVEL + PERSEVERANÇA DOS SANTOS
b. A IPB RECEBEU COMO HERANÇA A DOUTRINA CALVINISTA QUE DEFENDE A BÍBLIA COMO UMA DAS
REGRAS DE FÉ E PRÁTICA – ACREDITA NA SOBERANIA DE DEUS E TEM EM DEFESA OS CHAMADOS 5
PONTOS DO CALVINISMO – DEPRAVAÇÃO TOTAL + ELEIÇÃO INCONDICIONAL + EXPIAÇÃO LIMITADA +
GRAÇA IRRESISTÍVEL + PERSEVERANÇA DOS SANTOS
c. A IPB DEFENDE A DOUTRINA DE QUE O HOMEM É SALVO POR SUA LIVRE ESCOLHA ENTRE O BEM E O MAL,
DEVENDO PERMANECER FIRME ATÉ O DIA FINAL PARA SER SALVO.

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TESTE – DONS ESPIRITUAIS – SERVINDO AO SENHOR COM ALEGRIA
LIDERANÇA – MISERICÓRDIA – EVANGELISMO – ENSINO

SEMPRE ÀS VEZES NUNCA


LER E RESPONDER CONFORME COLUNA ID
3 2 1

GOSTO DE FALAR SOBRE JESUS E FALO A OUTRAS PESSOAS A

GOSTO DE ENSINAR AS PESSOAS SOBRE A BÍBLIA B

PREOCUPA-ME MUITO VER O OUTRO PASSANDO NECESSIDADE


C
E ME PRONTIFICO A AJUDÁ-LO

CONCLAMO SEMPRE PARA QUE TODOS PARTICIPEM DAS


D
ATIVIDADES DA IGREJA

AO ENTRAR NO ÔNIBUS, OU IR AO BANCO OU LUGAR PÚBLICO


[FILAS] LOGO PROCURO PUXAR CONVERSA COM QUEM ESTÁ DA
AO MEU LADO

AS PESSOAS ME PROCURAM SEMPRE QUE TEM DÚVIDAS


CA
SOBRE A BÍBLIA OU TEMAS RELACIONADOS

DOU AULAS E DIRIJO SEMPRE ESTUDOS BÍBLICOS DB

DISTRIBUO MATERIAL EVANGELÍSTICO AOS MEUS VIZINHOS,


PARENTES E AS PESSOAS QUE TRABALHAM OU ESTUDAM EA
COMIGO

VISITO HOSPITAIS, LARES DE IDOSOS, PARTICIPO DAS


CAMPANHAS PARA ARRECADAÇÃO DE DONATIVOS PARA FC
GRUPOS NECESSITADOS

SOU CONVIDADO[A] PARA DAR PALESTRAS OU ESTUDOS GB

NENHUM PEDINTE SAI DA PORTA DE MINHA CASA SEM QUE


HC
RECEBA ALGUM TIPO DE ALIMENTO

DESENVOLVO PEQUENAS AÇÕES E TRABALHOS PARA PROVER


IC
RECURSOS A PESSOAS CARENTES.

ANOTO ESTUDOS QUE OUÇO, LEIO BONS LIVROS E GOSTO DE


JB
OUVIR PALESTRAS SOBRE TEMAS VARIADOS

VERIFICO SE O QUE FOI PROJETADO FOI DEVIDAMENTE


KD
REALIZADO

SOU PROCURADO SEMPRE POR OUTROS PARA ORIENTAÇÕES


LD
EM COMO FAZER A TAREFAS

TOMO A INICIATIVA DIANTE DAQUILO QUE TEM DE SER FEITO


MD
NA IGREJA

A + DA+CA+EA = [ ] DOM DE EVANGELISMO E DISCIPULADO


B+DB+GB+JB = [ ] DOM DE ENSINO
C+FC+HC=IC = [ ] DOM DE DIACONIA E MISERICÓRDIA
D+KD+LD+MD = [ ] DOM DE ADMINISTRAÇÃO E LIDERANÇA
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