Aula 05

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Aula 05

Direito Processual Civil Prof. Edmilson Cruz Jr.


Espécies de competência

4. Competência em razão da pessoa


- A competência em razão da pessoa será sempre absoluta, existindo regras na CF
(competência da Justiça Federal de primeiro grau, do STF e STJ), nas Constituições
Estaduais (competência de tribunais estaduais) e nas leis de organização judiciária
(competência de juízo).
- Mais uma vez o que se pretende é a especialização, desta vez em razão da pessoa.
- Ex.: a Vara da Fazenda Pública, que concentra as demandas envolvendo o Estado e o
Município.

5. Competência em razão do valor da causa


- Atualmente a relevância da competência fixada pelo valor da causa encontra-se restrita à
questão que envolve o Juizado Especial.
- Segundo a previsão do CPC a competência é relativa, mas essa regra se choca justamente
com a natureza dos órgãos jurisdicionais encarregados das causas de menor valor.

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=> Juizados Especiais Cíveis Estaduais – Lei nº 9.099/1995
- Serão de competência dos JEC’s as causas que não superem 40 salários mínimos e não
estejam previstas no art. 3º, II, III, e IV, da Lei 9.099/1995, ressalvadas algumas ações,
pessoas e complexidade fática.
- O principal aspecto é a incontestável facultatividade do JEC, podendo o autor optar pela
Justiça Comum, ainda que seu processo se amolde nas condições expostas acima.
- O contrário, entretanto, não ocorre, não se admitindo que prossiga perante o Juizado
Especial processo que tenha valor da causa superior a 40 salários mínimos.
- Apesar de se tratar de competência em razão do valor da causa, o tratamento será de
competência absoluta, devendo o juiz extinguir o processo sem a resolução de mérito.

=> Renúncia ao excedente e Extinção por incompetência


- É evidente que caso o autor renuncie ao excedente, conforme lhe faculta a LJE (art. 3º, §
3º, d), a demanda prosseguirá normalmente perante o Juizado Especial.
- Interessante apontar que, no caso de reconhecimento da incompetência no JEC, os autos
não serão encaminhados à Justiça Comum, como em regra ocorre.
- Nesse caso, o processo será extinto sem resolução de mérito, em excepcional hipótese em
que a incompetência passa a ter caráter peremptório.

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=> Juizados Especiais Cíveis Federais – Lei nº 10.259/2001
- A competência do JECF contempla a regra em razão do valor da causa: 60 SM.
- O ponto principal de análise da competência do JECF é a obrigatoriedade estabelecida.
- Assim, se no foro houver Vara do JECF, sua competência será absoluta, não havendo
nenhuma opção ao autor, como ocorre no Juizado Especial Cível Estadual.
- Sem aplicabilidade, portanto, o art. 63 do NCPC.

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território,


elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

Obs.: Segundo entendimento do STJ, havendo litisconsórcio ativo, o teto indicado pela lei
deverá ser calculado de forma autônoma.

=> Juizados Especiais da Fazenda Pública Estadual – Lei nº 12.153/2009


- A LJFPE cria no âmbito dos Juizados Especiais uma competência absoluta até o valor de
60 SM, seguindo a opção já utilizada nos JECF.
- Não é só o valor da causa, entretanto, que determina a competência dos JEFPE, porque
determinadas espécies de ação, independentemente de seu valor, estão excluídas
expressamente dos Juizados.

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Prorrogação de competência

1. Conceito
- As hipóteses de prorrogação de competência aplicam-se exclusivamente às regras de
competência relativa, que, justamente por serem de natureza dispositiva, admitem o
afastamento de sua aplicação no caso concreto.
- Havendo, portanto, uma situação modificadora da competência, o órgão jurisdicional
que era abstratamente incompetente poderá no caso concreto tornar-se competente.
- Costuma-se dividir as espécies de prorrogação de competência em:

1.1. Prorrogação legal (em razão de lei)


a) conexão;
b) continência;
c) ausência de alegação de incompetência relativa.

1.2. Prorrogação voluntária (em razão de vontade das partes)


a) cláusula de eleição de foro;
b) prorrogação por vontade unilateral do autor.

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2. Prorrogação legal

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência,
observado o disposto nesta Seção.

2.1. Conexão e Continência

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido
ou a causa de pedir.

Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade
quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange
o das demais.

=> Utilidade da continência


- Da própria definição, nota-se que a continência é uma espécie de conexão, considerando-
se que, para que exista o fenômeno da continência entre 02 ações, obrigatoriamente
deverá haver a identidade de causa de pedir, o que por si só já as torna também conexas.

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- Porém, o NCPC deu uma utilidade ao fenômeno ao prever que nem sempre a
continência terá como efeito a reunião dos processos.

Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta
anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem
resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

=> Insuficiência do conceito legal de conexão


- A identidade exigida pelo legislador no art. 55 deve ser absoluta?
- Dividindo-se a causa de pedir em próxima e remota e o pedido em mediato e imediato,
haverá conexão somente com a identidade parcial desses elementos ou exige-se a
identidade total?
- No tocante à causa de pedir, a doutrina vem entendendo bastar que um de seus
elementos seja coincidente para que haja conexão entre as ações (seja dos fatos ou dos
fundamentos jurídicos).

=> Efeito da conexão: reunião no juízo prevento


Art. 55, § 1º. Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo
se um deles já houver sido sentenciado.

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=> Conexões por força de lei
Art. 55, § 2º. Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato
jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.

- Aparentemente o legislador quis dizer que mesmo não havendo conexão nas hipóteses
previstas nos incisos haveria conexão por vontade da lei.
- Bastava o § 3º do art. 55, ou seja, mesmo não havendo conexão haverá seu feito.

Art. 55, § 3º. Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar
risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

- A reunião nessas circunstâncias já vinha sendo aceita pelo STJ, ainda que por meio da
extensão do conceito de conexão.
- Significa dizer que não há mais necessidade de contorcer o conceito legal de conexão,
bastando para justificar a reunião o risco apontado pelo dispositivo legal ora comentado.

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=> Vantagens da reunião dos processos
- São 02 as principais razões: economia processual e harmonização dos julgados.
- Os fundamentos estão intimamente ligados a razões de ordem pública, motivo pelo
qual essa causa modificadora de competência é dotada de maior força do que as demais.

=> Desvantagens da reunião dos processos


- A reunião de processos no juízo prevento pode sacrificar o exercício da ampla defesa.
- A conexão entre processos que tramitam em foros distantes pode prejudicar o litigante
eventual e, de forma ainda mais sentida, a parte que não tem condições econômicas.
- E tudo fica pior se pensarmos que a reunião nesse caso poderá se sobrepor a regra de
competência criada justamente para proteger o hipossuficiente, como ocorre com o art.
101, I, do CDC.
- Ex.: Mariana, domiciliada no DF, e Fernanda, domiciliada em SP, resolvem comemorar o
aniversário da segunda em Porto Seguro. Durante os festejos a van que as transportava
capota e as duas são feridas. Voltando às suas cidades, resolvem ingressar com ação de
reparação de danos contra a operadora de turismo, responsável pelo transporte. Nesse
caso haverá conexão, mas uma vez reunidos os processos no juízo prevento uma das
autoras perderá a prerrogativa que o diploma consumerista lhes garante.

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=> Obrigatoriedade ou facultatividade na reunião de processos?
- A impossibilidade de reunião de demandas conexas quando uma delas já tiver sido
sentenciada já vinha sendo reconhecida pela jurisprudência.
- Há corrente que entende a regra do art. 55, § 1º de natureza cogente, o que retiraria do
juiz qualquer liberdade a respeito de sua aplicação no caso concreto.
- Por outro lado, existia corrente doutrinária mais flexível quanto à reunião dos processos
por conexão, atribuindo ao juiz uma maior liberdade no caso concreto para analisar a
conveniência de realizar tal reunião.
- Assim, uma reunião que não alcance nenhum dos objetivos está fora de questão.
- Nesse sentido, a jurisprudência do STJ tem o entendimento de que não existe reunião de
processos conexos quando um deles já estiver no tribunal, circunstância em que não
geraria qualquer economia processual ou harmonia dos julgados.

=> Conexão e competência absoluta


- É preciso registrar que, havendo ações conexas de diferentes competências absolutas em
trâmite, haverá um impedimento legal para sua reunião perante o juízo prevento.
- Havendo o perigo de decisões conflitantes, o máximo que poderá ser feito é a suspensão
de uma das ações em razão de prejudicialidade externa (art. 313, V, “a”).

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=> Matéria de ordem pública
- Obrigatória ou não a reunião dos processos, a conexão tem tratamento processual de
matéria de ordem pública, o que significa legitimidade plena para sua arguição (autor,
réu, terceiro interveniente, MP, juiz de ofício) e não está sujeita à preclusão.
- Registre-se somente a impropriedade de alegação de tal matéria em sede de arguição de
incompetência, instrumento processual que busca afastar o juízo incompetente, o que não
ocorre na conexão, que busca fixar um entre dois ou mais juízos competentes.

=> Natureza do vício


- Surge dúvida a respeito da natureza do vício em processo em que deveria ter ocorrido a
reunião, mas a mesma não houve.
- Apesar de se tratar de uma nulidade absoluta, sem a prova do efetivo prejuízo, não
parece que a decisão possa ser anulada, em respeito ao princípio da instrumentalidade
das formas.
- Sendo o fenômeno da conexão instituto preocupado com a preservação da economia
processual, não teria sentido permitir a anulação da decisão, o que certamente ensejaria
uma afronta clara a tal princípio.

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2.2. Ausência de alegação de incompetência relativa
- Tratando-se de competência relativa, em regra, o juiz não poderá conhecer de sua
incompetência de ofício, salvo na hipótese de abuso em clausula de eleição de foto.
- O réu, caso não alegue em preliminar de contestação a incompetência relativa (ou
mesmo antes disso, nos termos do art. 340), permitirá que aquele juízo, originariamente
incompetente, torne-se competente no caso concreto.

Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em


preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas
causas em que atuar.

- É equivocado o entendimento de que seja causa de prorrogação voluntária de


competência, porque é impossível presumir na omissão da parte a manifestação de uma
vontade.
- Não interessa o motivo que levou o réu a deixar de excepcionar o juízo: aceitação,
ignorância, perda de prazo.
- O fato jurídico (prorrogação) ocorrerá independentemente da causa.

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3. Prorrogações voluntárias

3.1. Eleição de foro


- As partes podem afastar a aplicação da regra de competência relativa por meio de
celebração de um acordo, escolhendo um foro determinado, diverso daquele previsto em
lei, para futuras e possíveis demandas.

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território,


elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1º. A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir
expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2º. O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3º. Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada
ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de
domicílio do réu.
§ 4º. Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na
contestação, sob pena de preclusão.

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=> Problema redacional
- O artigo prevê aplicação do instituto à competência territorial e por valor da causa,
transmitindo falsa ideia de que estes critérios sempre possuem natureza relativa.
- Mas se afirmou que nem toda competência territorial (ação real imobiliária) e local do
dano (ação civil pública) é relativa, assim como ocorre na competência dos juizados
federal e fazendário estadual.
- Nesses casos, pela natureza absoluta, será absolutamente ineficaz a cláusula de eleição.

=> Causas que não admitem a cláusula de foro de eleição

Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é


inderrogável por convenção das partes.

- Estas situações afastam qualquer possibilidade de as partes, por meio de cláusula de


eleição de foro, modificarem no caso concreto a competência estabelecida pela lei,
consagrando a regra de que a competência absoluta não pode ser modificada.

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=> Alcance da cláusula
- A validade da cláusula eletiva de foro está limitada às ações oriundas de direitos e
obrigações, o que significa dizer que só se admite nas demandas fundadas em direito
obrigacional.
- Assim, mostra-se evidente que esse entendimento exclui as demandas que versarem
sobre direito indisponível.
- Outra exigência é que a cláusula conste obrigatoriamente de instrumento escrito,
indicando negócio jurídico específico, excluída, portanto, a generalidade.

3.2. Vontade unilateral do autor


- Essa hipótese não se encontra expressamente prevista em lei, mas resulta de uma análise
sistêmica das regras legais a respeito da matéria.
- Assim, sempre que existir uma regra especial de foro (competência relativa) a proteger o
autor, em detrimento da regra geral, poderá o demandante optar por afastar a norma que
teria sido feita em seu favor e litigar no domicílio do réu.
- A prorrogação ficaria condicionada à ausência de um efetivo prejuízo do réu no caso
concreto, que deverá ser provado na arguição de incompetência.

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Prevenção
1. Conceito
- A prevenção não é forma de prorrogação de competência, mas instituto analisado
quando enfrentado o tema da competência.
- Busca a fixação de competência em um juízo nas hipóteses em que abstratamente sejam
competentes um ou mais juízos para a mesma causa.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

2. Princípio da perpetuatio jurisdictionis

Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da


petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito
ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a
competência absoluta.

- O princípio da perpetuatio jurisdictionis impede que o processo seja itinerante, em razão


de mudanças fáticas (v.g., domicílio) ou de direito (v.g., uma nova lei afirmando que todo
torcedor do Sport deve ser demandado no foro de seu domicílio).

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- A fixação, por outro lado, serve também para evitar eventuais chicanas processuais, cuja
parte poderia gerar constantemente mudanças de fato para escolher o juízo.
- O consagrado princípio, porém, merece um reparo axiológico, posto que não é de
jurisdição que trata, mas de competência.
- A jurisdição não se perpetua com a propositura da demanda, já existindo antes e
continuando a existir depois desse momento processual.

=> Exceção ao princípio


- Manteve-se como exceção a supressão do órgão jurisdicional, já existente no CPC/73.
- Melhorou-se a redação no tocante à alteração da competência absoluta, sendo agora
claro que qualquer mudança (pessoa, matéria, funcional) afeta imediatamente o processo
em curso, considerando-se que não se perpetua a incompetência absoluta.

=> Criação de nova comarca


- Tecnicamente não se poderia cogitar da remessa do processo a essa nova comarca sem
agressão ao princípio, notadamente quando tratar-se-ia de mera modificação do estado de
direito.
- Ocorre que a criação de uma nova comarca busca (i) otimizar a entrega da prestação
jurisdicional e (ii) afastar os problemas gerados em uma comarca sobrecarregada,
dividindo o trabalho judicial com outro foro.

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- O STF, entretanto, já entendeu que a criação de subseção judiciária na JF não é motivo
para a modificação de competência, prestigiando dessa forma o princípio.
- O STJ entendeu no sentido de que o princípio deve ser afastado na ação de alimentos,
dado o seu caráter continuativo, conjugado com a índole social dessa espécie de ação.
- Da mesma forma, ações revisionais de alimentos devem ser propostas no foro do
domicílio atual do alimentado, ainda que tenha sido resultado de mudança posterior.
- O mesmo tribunal já decidiu nesse sentido em ações que envolvem a guarda de incapaz.

=> O problema da incompatibilidade com o art. 312 do NCPC


Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia,
a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240
depois que for validamente citado.

- Afinal, a prevenção será pelo protocolo (art. 312) ou pelo registro-distribuição (art. 59)?
- É possível que surja uma dúvida a respeito de mudança de fato e de direito ocorrida
entre o protocolo e o registro e a distribuição, sobretudo quando a petição inicial só seja
registrada dias após seu protocolo.
- Nesse caso, uma mudança de domicílio do réu depois da propositura, mas antes do
registro, leva à mudança de competência?

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Parte II - Questões

01) 2019 - COMPERVE - Prefeitura de Parnamirim/RN - Advogado


No tocante à competência interna, como capacidade de dizer o direito aplicada ao caso
concreto, o Código de Processo Civil estabeleceu inovações que buscaram simplificar a
localização da competência. Entretanto, continua adotando quatro critérios básicos para
essa determinação: o funcional ou hierárquico, o material, o valorativo e o territorial.
Nesse contexto, o CPC prevê a:
a) competência conforme suas normas, deixando para as Constituições Estaduais as
demais normas de competência, nos limites estabelecidos pela Constituição Federal. (art.
44)
b) perpetuatio jurisdictionis, ou seja, a competência é adotada no momento do registro ou
da distribuição da petição inicial. (art. 43)
c) remessa dos autos à Justiça Federal competente se nele intervier a União Federal, ou
empresa pública, como terceiro interveniente no caso de acidente de trabalho. (art. 45, I)
d) restituição dos autos pelo juízo federal ao juízo estadual, após suscitar conflito de
competência, quando o ente federal que ensejou a remessa for excluído do processo. (art.
45, § 3º)

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02) 2018 - UEM - Advogado
São critérios determinantes da competência pelo novo Código de Processo Civil de 2015:
a) matéria, valor da causa, funcional e território.
b) matéria, valor da causa, hierárquico e território.
c) matéria, valor da causa, conexão e continência.
d) matéria, valor da causa, conexão, continência e litispendência.
e) matéria, valor da causa, funcional, território e pessoa.

03) 2017 - CONSULPLAN - Prefeitura de Sabará/MG - Advogado


Sobre a incompetência no Código de Processo Civil, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação. (art. 64)
b) A incompetência relativa não pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em
que atuar. (art. 65, § único)
c) Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo
competente. (art. 64, § 3º)
d) A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e
deve ser declarada de ofício. (art. 64, § 1º)

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04) 2018 - FCC - SABESP - Advogado
O juízo estadual, verificando que certa ação de ressarcimento de danos é proposta em face
de Mévio e da Caixa Econômica Federal, dá-se por incompetente e remete os autos ao
juízo federal que, por sua vez, após ouvir as partes, exclui do processo a referida empresa
pública e devolve os autos ao juízo estadual. Nessa situação, segundo dispõe o Código de
Processo Civil de 2015, o juízo:
a) estadual, se discordar da decisão do juízo federal, deverá a este reenviar os autos,
expondo as razões do seu convencimento. (Súmulas 254 do STJ)
b) federal, após excluir a Caixa Econômica Federal do feito, deveria ter suscitado conflito
negativo de competência. (art. 45, § 3º e Súmula 224 do STJ)
c) estadual, se discordar da decisão do juízo federal, deverá suscitar conflito negativo de
competência, no prazo preclusivo de 5 dias.
d) federal agiu acertadamente ao devolver os autos ao juízo estadual após excluir a Caixa
Econômica Federal do feito, não se cogitando, no caso¸ de conflito de competência. (art.
45, § 3º)
e) estadual, ao verificar que a relação processual envolvia a Caixa Econômica Federal,
deveria desde logo, ter suscitado o conflito de competência perante o Tribunal
competente, sobretudo se, de acordo com o seu pensamento, a Caixa Econômica Federal
fosse, sim, parte legítima no feito. (art. 45, § 3º)

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05) 2018 - Orhion Consultoria Órgão - Prefeitura de Jaguariúna/SP - Procurador Jurídico
Sobre competência, analise as afirmativas a seguir:
I – Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações de alimentos, quando o réu
tiver recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos mesmo que tenha domicílio no
estrangeiro.
II – A ação em que o ausente for réu será proposta no foro do domicílio do autor, também competente
para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.
III – Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de
decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, apenas se houver conexão entre
eles.
IV – A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é derrogável por
convenção das partes.
V – O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no
estrangeiro.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Apenas III, IV e V estão corretas.
b) Apenas I, IV e V estão incorretas.
c) Apenas II, III e IV estão incorretas.
d) Apenas I, III, IV e V estão incorretas.

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06) 2018 - IDHTEC - CRQ - 19ª Região (PB) - Advogado
Acerca das regras de Competência, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A incompetência absoluta deverá ser alegada como questão preliminar de contestação.
(art. 64)
b) A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e
deve ser declarada de ofício. (art. 64, § 1º)
c) A incompetência relativa deverá ser alegada incidentalmente, através de exceção de
incompetência, por instrumento apartado à contestação. (art. 64)
d) Estará precluso o direito do réu de alegar a abusividade de cláusula de eleição de foro
se, citado, deixar de arguí-la na contestação. (art. 63, § 4º)
e) Os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente deverão ser conservados até
que outra seja proferida pelo juízo competente, se for o caso, salvo decisão judicial em
sentido contrário. (art. 64, § 4º)

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07) 2018 - VUNESP - PC-BA - Delegado de Polícia
As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência,
ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. A respeito do
instituto da competência, é correto afirmar que:
a) as suas regras são exclusivamente determinadas pelas normas previstas no Código de
Processo Civil ou em legislação especial. (art. 44)
b) tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal
competente se nele intervier a União, excluindo-se dessa regra, dentre outras, as ações de
insolvência civil. (art. 45, I)
c) a ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência relativa para sua análise. (art. 47, § 2º)
d) se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente o foro do domicílio do
inventariante para análise do inventário. (art. 48)
e) a ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de seu domicílio. (art. 50)

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08) 2018 - FCC - DPE-AM - Defensor Público
Considere as seguintes situações:
I. Ação ajuizada para retomada de imóvel em que sediada empresa pública estadual,
ocupado por seus empregados em greve, impedindo o funcionamento regular de suas
atividades. (Súmula Vinculante nº 23)
II. Ação movida por usuários de serviço de telefonia móvel, em face da prestadora do
serviço, para restituição de valores pagos indevidamente, em virtude da cobrança de
pulsos além da franquia, sem que a agência reguladora respectiva figure como parte ou
terceira interessada na ação. (Súmula Vinculante nº 27)
III. Ação penal ajuizada em face de civil denunciado pelo crime de falsificação de Carteira
de Habilitação de Amador (CHA), expedida pela Marinha do Brasil. (Súmula Vinculante
nº 36)
À luz da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, referidas
ações serão, respectivamente, de competência da Justiça:
a) I – do Trabalho; II – Estadual; III – Militar.
b) I – Estadual; II – Estadual; III – Federal.
c) I – do Trabalho; II – Estadual; III – Federal.
d) I – Estadual; II – Federal; III – Militar.
e) I – Estadual; II – Federal; III – Federal.

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09) 2019 - INAZ do Pará - CORE-SP - Assistente Jurídico
Acerca da competência, prevista no Código de Processo Civil vigente, é CORRETO afirmar:
a) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta. (art. 47, § 2º)
b) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do autor. (art. 46)
c) Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal
competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e
fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de
terceiro interveniente, incluindo as ações de falência e recuperação judicial, acidente de
trabalho, insolvência civil, bem como as sujeitas à justiça eleitoral e justiça do trabalho. (art. 45, I
e II)
d) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
ainda quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. (art. 43)
e) Os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas
empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade
profissional. No entanto, o juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual e suscitará conflito
de competência se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo. (art.
45, § 3º)

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10) 2018 - FUNDATEC - DPE-SC - Técnico Administrativo
Reputam-se conexas duas ou mais ações quando:
a) forem da competência do mesmo órgão jurisdicional.
b) lhes for comum as partes, o pedido e a causa se pedir.
c) lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
d) for caso de litisconsórcio necessário.
e) houver identidade quanto às partes e a causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser
mais amplo, abrange o das demais.

Ver art. 56.

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11) 2018 - FCC - TRT2 - Analista Judiciário
Sobre a competência, nos termos preconizados pelo Código de Processo Civil, é
CORRETO afirmar:
a) Após a consumação da citação do réu a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser
reputada ineficaz pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro do
domicílio do réu. (art. 63, § 3º)
b) Tramitando uma ação de recuperação judicial perante a justiça estadual, havendo
intervenção nos autos de uma empresa pública federal como terceiro interveniente, os
autos serão encaminhados imediatamente ao juízo federal competente. (art. 45, I)
c) Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta, em
regra, no foro do domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será
proposta obrigatoriamente em Brasília, na capital federal. (art. 46, § 3º)
d) A ação possessória imobiliária será proposta, em regra, no foro de situação da coisa,
mas o autor pode optar por demandar no foro do domicílio do réu. (art. 47, § 2º)
e) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas. (art. 57)

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12) 2018 - FUNRIO - AL-RR - Procurador (Adaptada)
O Código de Processo Civil estabelece que a competência é determinada no momento do
registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado
de fato ou de direito ocorridas posteriormente, entretanto, a própria legislação processual
estabelece exceções. Considerando a legislação processual, NÃO se configura EXCEÇÃO
da perpetuatio jurisdictiones, quando:
a) duas ou mais ações tiverem em comum o pedido ou a causa de pedir. (art. 55)
b) ocorrer identidade entre duas ou mais ações quanto às partes e à causa de pedir, mas o
pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. (art. 56)
c) o Tribunal extinguir um órgão jurisdicional fracionado e os processos forem
redistribuídos para outro órgão jurisdicional fracionado, também de segundo grau. (art.
43)
d) se repete ação que está em curso e essas ações são idênticas, pois possuem as mesmas
partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. (art. 337, VI, § 1º)

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13) 2018 - FCC - Câmara Legislativa do DF - Procurador Legislativo
No que tange aos critérios de modificação de competência:
a) a competência determinada em razão do território, pessoa ou função é derrogável por
convenção das partes. (art. 62)
b) reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum pedido, as partes e a
causa de pedir. (art. 55)
c) os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, ainda que um
deles já tenha sido sentenciado. (art. 55, § 1º)
d) a reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, ocorrendo a
prevenção com o oferecimento da contestação pelo réu. (art. 59)
e) quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas. (art. 57)

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14) 2018 - FCC - SEFAZ-SC - Auditor-Fiscal da Receita Estadual
Em relação à competência, é CORRETO afirmar:
a) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença com resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas. (art. 57)
b) Independentemente de sua natureza, prorrogar-se-á se o réu não alegar a
incompetência em preliminar de contestação. (art. 65)
c) Caso a alegação de incompetência absoluta seja acolhida, o processo será sempre
extinto sem resolução do mérito; se for acolhida a alegação de incompetência relativa, os
autos serão remetidos ao juízo competente. (art. 64, § 3º)
d) Proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do executado não desloca
a competência já fixada. (art. 43)
e) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é derrogável
por convenção das partes. (art. 62)

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15) 2018 - FCC - MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto
Em relação à competência:
a) a ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio dele próprio ou do
lugar em que foi contraída a obrigação, desde que mais favorável ao incapaz. (art. 50)
b) é ela determinada no momento em que o juiz ordena a citação do réu. (art. 43)
c) a ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta,
em regra, no foro de domicílio do autor. (art. 46)
d) o foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação
ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu,
ressalvados os casos de incompetência absoluta, ainda que o óbito tenha ocorrido no
estrangeiro. (art. 48)
e) nas ações em que o Estado for autor, o foro competente é sua Capital, podendo a ação
ser proposta no foro de domicílio do autor se o Estado for réu. (art. 52)

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16) 2018 - FEPESE - PGE-SC - Procurador do Estado
No que se refere à competência interna, é CORRETO afirmar:
a) A competência em razão do valor da causa será sempre critério relativo, nunca
absoluto. (art. 63)
b) A competência funcional equipara-se à competência territorial e, por essa razão, é
considerada competência relativa.
c) Fixada a competência no momento do registro ou distribuição da petição inicial, a
alteração da competência absoluta poderá determinar sua modificação. (art. 43)
d) Fixada a competência pelo registro ou distribuição, caso ocorra a alteração do domicílio
do réu durante o prazo de contestação, e a pedido dele, haverá o deslocamento da
demanda para o novo local. (art. 43)
e) Para as ações fundadas em direito real, a competência será do local da situação da
coisa, adotando-se o critério territorial (competência relativa).

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17) 2018 - CESPE – TCM-BA - Auditor Estadual de Controle Externo
De acordo com norma presente no art. 286, inciso II do Código de Processo Civil (CPC),
que trata da prevenção do juízo, devem ser distribuídas por dependência as causas de
qualquer natureza “quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam
parcialmente alterados os réus da demanda”. Essa regra objetiva dar efetividade ao
princípio
a) do contraditório.
b) da inércia
c) da unidade.
d) do juiz natural.
e) da investidura.

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18) 2018 - FCC – TRT6 - Analista Judiciário
Analise os enunciados a seguir, relativos à competência:
I. Argui-se exclusivamente, por meio de exceção, a incompetência relativa.
II. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
III. Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de
domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer
foro.
IV. Acolhida a alegação de incompetência absoluta, que se refere à matéria, à função e à pessoa,
o processo será extinto sem resolução do mérito, interrompida porém a prescrição.
V. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e V.
b) I, III, IV e V.
c) I, II e IV.
d) II, IV e V.
e) II, III, IV e V.

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19) 2018 – FGV – TJSC - Técnico Judiciário Auxiliar
Define-se a prevenção do juízo para processar e julgar duas ações conexas, propostas perante
órgãos jurisdicionais distintos, pela:
a) distribuição da petição inicial;
b) prolação do despacho liminar positivo;
c) prolação de qualquer despacho, ainda que se limite a determinar a emenda da petição inicial;
d) citação válida;
e) citação, ainda que inválida.

20) 2018 - FGV – MPE-AL - Analista do Ministério Público


Sobre a competência no Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta.
a) A reunião de ações conexas pode se dar a qualquer tempo, independentemente da prolação
de sentença em algum dos processos.
b) As decisões do juízo absolutamente incompetente são nulas.
c) A cláusula de eleição de foro abusiva pode ser decretada ineficaz de ofício pelo juiz a
qualquer tempo.
d) Quando houver continência, as ações serão necessariamente reunidas.
e) Serão reunidos, para julgamento conjunto, os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão
entre eles.

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21) 2018 - FCC – TRT6 - Analista Judiciário
Em relação às modificações de competência,
a) o foro contratual eleito pelas partes é personalíssimo e, portanto, não obriga os
herdeiros e sucessores das partes.
b) a determinada em razão da matéria, da pessoa ou do valor é inderrogável por
convenção das partes.
c) quando houver continência e a ação continente houver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
d) a abusividade da cláusula de eleição de foro deve ser alegada pela parte a quem
aproveita, não podendo ser examinada de ofício pelo juiz, salvo em relações
consumeristas.
e) serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, desde
que haja conexão entre eles.

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22) 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto
A competência pode ser entendida como a repartição da jurisdição entre os diversos órgãos
encarregados da prestação jurisdicional e é atribuída a cada julgador nos termos normativos dos
artigos. 42 ao 66 do Código de Processo Civil. Assinale a assertiva cuja compreensão NÃO
CORRESPONDE a esses dispositivos.
a) Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se
nele intervier a União, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto nas causas relativas à
recuperação judicial, falência, insolvência civil, acidente de trabalho, justiça eleitoral e do trabalho.
(art. 45, I e II)
b) A competência é determinada no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito que venham a ocorrer posteriormente,
salvo se delas decorrerem supressão de órgão do judiciário ou alterarem a competência absoluta. (art.
43)
c) É competente o foro do lugar onde a obrigação deve ser satisfeita para a ação em que se lhe exigir o
cumprimento, assim como o da residência do idoso para a causa que verse sobre direito previsto no
Estatuto do Idoso. (art. 53, III, “d” e “e”)
d) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo
relativo à ação contida, será solucionada no seu mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente
reunidas. (art. 57)
e) Uma vez demandada a União, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal. (art.
51, § único)

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23) 2017 - IBFC - TJPE - Analista Judiciário
Sobre a competência em âmbito processual civil, analise os itens abaixo:
I. A competência é determinada no momento do registro ou da distribuição da petição
inicial. (art. 43)
II. Não havendo disposição em sentido contrário, a ação fundada em direito real sobre
bens móveis será proposta na comarca do domicílio do réu. (art. 46)
III. É competente para julgar a ação de divórcio o juiz da comarca do último domicílio do
casal. (art. 53, I, “b”)
IV. A ação de reparação de danos sofridos em virtude de delito será proposta no foro de
domicílio do autor ou do local dos fatos. (art. 53, V)
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I é incorreta
b) Apenas II e IV são corretas
c) Apenas I, II e IV são corretas
d) I, II, III e IV são corretas
e) I, II, III e IV são incorretas

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