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TEORIA DA

APRENDIZAGEM
5
aula
COGNITIVA SOCIAL

MET
METAA
Apresentar a Teoria da
Aprendizagem Cognitiva Social.

OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno deverá:
compreender como o ato de
observar pode ser utilizado na
aprendizagem, e como fazer uso
deste conhecimento em sala de aula.

PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre a Teoria
Comportamental e Teoria da
Aprendizagem Cumulativa.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem

A Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social traz uma gran-


de contribuição ao estudar os mecanismos pelos quais
as ações promovidas por uma pessoa podem interferir nas ações
das demais pessoas. Encontraremos, nesta aula, explicações de
como ocorre a aprendizagem por meio da
observação e quais as vantagens de se co-
INTRODUÇÃO
nhecer o processo. Bom estudo!

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Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social

O lá, caro aluno! A partir de agora, iniciaremos o estudo de


mais uma teoria da aprendizagem. Vamos começar com
uma pergunta? Sobre o que será que trata uma teoria que é
5
aula
COGNITIVA e SOCIAL? Vamos lá, use a imaginação e os seus
conhecimentos prévios. Tente responder...
Já imaginou algo? Então vamos continu-
ar. Cognitiva vem de cognição, que é um con-
COGNITIVA E SOCIAL
junto de estruturas e funções relacionadas ao
conhecer. É representada pelas seguintes faculdades: memória, per-
cepção, atenção, juízo, imaginação, pensamento e raciocínio. Pelo fun- Consciência
cionamento das faculdades que compõe a cognição produzimos o
Nível de vida mental na
que chamamos de consciência. qual o indivíduo percebe
Vejamos algumas curiosidades antes de nos aprofundarmos na teo- o mundo ao seu redor.
ria. Você já tentou estudar com sono? Caso a sua resposta tenha sido sim,
você deve ter percebido que foi difícil manter a atenção. Já se esqueceu
de fazer algo importante por estar cansado ou com raiva? Pelo mesmo
motivo já deixou de entender alguma coisa? Pois é. é muito fácil come-
ter enganos quando não estamos bem ou quando exigimos muito de
nós mesmos e ultrapassamos os nossos limites físicos e mentais. Isto
serve também para o que exigimos dos outros, dos alunos. Essa teoria,
assim como a Teoria da Aprendizagem Cumulativa e outras que serão
Albert Bandura
estudadas posteriormente, entende que os processos cognitivos são de
grande importância para o aprendizado. Psicólogo canadense
(1925). Professor da Uni-
Ela é social porque o aprendizado acontece no meio social. Essa tam-
versidade de Stanford e
bém era a visão de Gagné sobre o processo de aprendizagem. No entanto, ele presidente da Associação
explicava o aprendizado por meio do acúmulo das informações cedidas, em Americana de Psicólogos
(1973). Publicou Apren-
sua maioria, pelo ambiente externo e a repetição destas. Nesta aula, co- dizagem social e desenvolvi-
nheceremos a visão de Albert Bandura sobre a aprendizagem, que nos mento da personalidade
(1963).
mostrará o social com um caráter muito mais ativo nesse processo.
Vamos iniciar com um exemplo. Acreditamos que você tenha brinca-
do com um quebra-cabeça quando era pequeno. Caso não tenha brincado,
lembre-se de qualquer outro objeto que você teve que montar. Para este
exemplo funcionar, pense num momento em que a montagem do quebra-
cabeça ou de outro objeto ocorreu sem a ajuda de ninguém e sem que você
já tivesse montado antes. Ou seja, foi o primeiro contato com aquele jogo

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Introdução à Psicologia da Aprendizagem

e você atuou sozinho. Provavelmente, foi necessário algum tempo e alguns


Cognitivos complexos testes com as peças foram realizados antes de encaixar a correta. É o que
Ações cognitivas que chamamos de ensaio e erro, ou seja, é uma forma de aprender através de
envolvem o raciocínio, tentativas. Isto acontece quando uma pessoa não tem alguém para orientá-la,
a memória, a previsão
(se for por este
então ela tenta fazer algo (ensaio), e se não dá certo (erro), tenta novamente.
cominho chegarei mais Quando encontra a forma correta, dificilmente erra numa segunda vez aque-
rápido), entre outros.
Por exemplo: se for por
la etapa. Agora imagine que, se esse tipo de procedimento sempre aconteces-
este caminho chegarei se, a humanidade levaria muito mais tempo para evoluir, pois o processo de
mais rápido .
ensino e aprendizagem seria muito lento.
Agora procure se lembrar de uma situação parecida, mas que
Modelo você viu algo acontecendo e, em seguida, você foi lá e fez igual,
É a pessoa que desper- obtendo um acerto. Pode ser o exemplo anterior, você vê alguém
ta a atenção de outro montando o quebra-cabeça e depois repete a ação com uma facilida-
com os seus comporta-
mentos. Esta atenção de muito maior. Pois é, estamos falando da aprendizagem por obser-
será maior se a pessoa vação, e é neste aspecto que Bandura se aprofunda em sua teoria.
faz algo que você quer
ou que é recompensa-
Bandura nos mostra que a aprendizagem por observação facilita e pos-
do de alguma forma sibilita o desenvolvimento de mecanismos cognitivos complexos e padrões
pelos demais.
de comportamento social. Devemos inclusive, caro aluno, observar que muitas
das coisas que aprendemos, só aprendemos por observação. Será possível?
As expressões da face nós aprendemos por observação. Isto é curioso: já
conheci pessoas que foram adotadas e eu só soube porque elas conta-
ram, pois se dependesse de mim, nunca descobriria tamanha a semelhan-
ça com os seus pais adotivos. É que eles aprenderam, sem perceber, a
executar as mesmas expressões faciais e os mesmos ges-
tos com o corpo e, cá pra nós, nunca ouvi falar no ensino
das expressões faciais em sala de aula, tirando, é claro, as
aulas de teatro. Mas aí não conta, já que não são expres-
sões particulares de um grupo familiar, que é o que
estamos discutindo.
Bandura entendeu que grande parte do que
aprendemos é impulsionado pela observação de um
(Foto: Arlan Clécio). modelo. Aliás, por observação podemos aprender
até o que não queremos ou achamos feio. Um exem-
plo é falar palavrão num momento de raiva. Mesmo não sendo uma
palavra do vocabulário de muitas pessoas, poucas resistem citá-lo
em momentos raivosos. Isto não é ensinado, mas é aprendido. Como?
64 Pela observação de modelos.
Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social

ATIVIDADES
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Como primeira atividade desta aula, você, caro aluno, deverá apren- aula
der algo pela observação. Busque um modelo que está fazendo algo
e observo. Depois escreva em um papel os passos dessa atividade e
o que você foi entendendo. Por último, realize a tarefa observada e
confira o resultado. Tente algo não muito complexo. Boa sorte!

COMENTÁRIO SOBRE AS ATIVIDADES

Esta primeira atividade pede a você, caro aluno, que vivencie,


de forma consciente, a aprendizagem por observação, Ao
escolher um modelo de observação você leva em consideração
que aspectos motivacionais existem nele. Pode ser alguém por
quem tenha admiração, alguém que tem reconhecimento
perante os outros, ou é alguém que detém um conhecimento
que lhe interessa. Foi sugerido que se escolhesse uma atividade
não muito complexa, pois, num processo de aprendizagem a
dificuldade das informações absorvidas deve ser gradativa, para
garantir um melhor entendimento e rendimento da ação
executada. A solicitação para descrever e explicar as etapas
observadas serve para ajudar a refletir e criar conceitos sobre
como e com que finalidade cada passo foi escolhido para a
execução da tarefa pelo modelo. Isto também ajuda a memorizar
tais conceitos e as ações, o que cria um conhecimento prévio
do assunto e alguma experiência. Por último, vem a realização
da atividade, que deverá ter apresentado uma menor dificuldade
por conta dos conhecimentos prévios adquiridos. Praticar a
ação diversas vezes melhora o desempenho.

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Introdução à Psicologia da Aprendizagem

Diversas pesquisas foram realizadas para testar os efeitos e a


potencialidade desta forma de aprender. Bandura concluiu que exis-
tem cinco efeitos que podem ser provocados pela aprendizagem
por observação, é o que estudaremos a seguir.

EFEITO INSTRUTOR

Há um efeito instrutor à medida que novas habilidades


cognitivas são aprendidas, como no caso do quebra-cabeça.
Aprendemos a resolver problemas observando o contexto.

EFEITO DE INIBIÇÃO OU DESINIBIÇÃO


DE COMPORTAMENTOS APRENDIDOS

Inibição: você pára de fazer algo que está fazendo ao ver que outra
pessoa também está executando a mesma ação e é punida. Por exem-
plo, você está atirando pedras numa mangueira na tentativa de pegar
uma manga. Um amigo seu faz a mesma coisa. A mãe dele chega e dá
a maior bronca, e no momento o seu comportamento de jogar pedra
pára. Em outra oportunidade, você irá parar sempre que perceber a
aproximação de um adulto. Obs.: isto é um exemplo, não significa
que todos vão reagir da mesma forma.
Desinibição: ocorre a manifestação de comportamentos que
estão inibidos, como o comportamento agressivo, quando se ob-
serva que haverá recompensas pelo ato. Em torcidas organiza-
das, se um briga, todos brigam, e, desta forma, se demonstra a
coesão grupal e se obtém o respeito dos demais membros.

EFEITO DE FACILITAÇÃO

Você passa a executar um comportamento que não estava inibido


a partir do momento que vê uma outra pessoa fazer. É muito
comum entre as pessoas. Você já deve ter percebido que em gru-
pos de amigos as pessoas passam a desenvolver características,

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Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social

comportamentos e ações semelhantes. Isto não acontece somente


em grupos. Um bom exemplo é quando você olha para cima ao
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ver alguém fazendo isto.
aula
EFEITO DE INCREMENTO DE
ESTÍMULO AMBIENTAL

Você utiliza, em suas ações, algo que vê outra pessoa fazendo e de-
pois transporta para outras ocasiões. Por exemplo, um aluno estuda
Geografia lendo e decorando. Então, ele observa que o colega dese-
nha mapas para facilitar o estudo (ele não copia mapas, ele desenha
sem se preocupar com a estética, e sim para ter uma melhor
visualização). Vendo os resultados do colega, ele também procede
da mesma forma. Depois, ao estudar Matemática, ele passa a dese-
nhar gráficos ou a criar desenhos que facilitem lembrar a teoria.

EFEITO DE ATIVAÇÃO DAS EMOÇÕES

Ao observarmos emoções nas outras pessoas, as nossas emoções


também podem ser iniciadas. Ao ver alguém próximo chorar, você
pode surpreender-se ao perceber que seus olhos ficam úmidos,
ou ainda, a sua reação pode ser de paralisação. Somos contamina-
dos pela alegria do outro, ou ficamos alegres ou ficamos chatea-
dos. Lembre-se de que estamos falando da observação de mode-
los, que pode ser um amigo, parente ou até um desconhecido ao
fazer algo que chame a sua atenção, ou seja do seu interesse. Caso
a pessoa que se emociona não caracterize um modelo para você,
pode ser que a sua importância para o fato seja mínima. Como
assim? Veja bem o exemplo. Uma criança ri de felicidade ao ga-
nhar uma bicicleta e você ri junto, mesmo não sendo o ganhador
do presente. Mas, se um assaltante ri ao contar como fez para
roubar a carteira de um senhor, você não ri. Neste caso, a criança
é reconhecida como modelo, e o ladrão não.

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Introdução à Psicologia da Aprendizagem

Através de suas pesquisas, Bandura conseguiu demonstrar


que a criança imita com maior facilidade comportamentos rela-
tivamente mais simples e que estejam à altura de suas condições
cognitivas, ou seja, uma criança que está aprendendo a andar
não vai pedalar uma bicicleta, por mais que ela veja alguém pe-
dalando. Da mesma forma, um aluno da sexta série não vai re-
solver questões que envolvem conceitos a serem ensinados na
oitava série. Demonstrou também que a imitação do comporta-
mento é mais freqüente quando se observa que um outro aluno,
por exemplo, foi recompensado por um modelo atrativo no mo-
mento em que todos prestavam atenção no modelo.
Isto pode ser visto da seguinte forma: um aluno faz
perguntas e o professor que, nesse caso, é um mode-
lo atrativo, elogia o ato de tirar dúvidas ou de parti-
(Fonte: http://br.geocities.com). cipar de forma ativa na aula, isto fará com que outros alunos
sofram um efeito desinibidor para o ato de questionar. Este é
um momento oportuno, caro aluno, para lembrar que o papel de
professor será sempre um modelo atrativo: que as suas atitudes,
expressões, forma de pensar e de agir diante dos alunos, dentro
ou fora da sala, serão aprendidas por eles. Mesmo que não utili-
zem, serão aprendidas. Dessa forma, devemos saber que tipo de
modelo queremos ser para os nossos alunos.

ATIVIDADES

Responda: como as atitudes do professor podem influenciar os alu-


nos? Cite exemplos.

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Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social

COMENTÁRIO SOBRE AS ATIVIDADES 5


As atitudes do professor podem influenciar de várias formas, já aula
que ele constitui um modelo significativo para o aluno. Se ele for
um professor que tem empolgação em ensinar, os alunos apren-
derão a ter empolgação em aprender. Demonstrando cordialida-
de com os alunos, estes também aprenderão a ser cordiais. Caso
seja um professor que grita em sala de aula, isto também será
aprendido, e é claro, poderá ser utilizado em vários contextos.

Pesquisando também sobre o comportamento dos adultos, Bandura


entendeu que para a aprendizagem por observação ser eficiente, depen-
de de processos realizados na memória, entre eles, a recodificação sim-
bólica do que é visto nos modelos. Como assim? O aluno deve, primeira-
mente, observar como se faz e, para promover a recodificação simbólica,
deve criar imagens e verbalizar, ou explicar o que viu. Com isso, ele revê
o processo em sua memória e encontra as suas explicações para o acon-
tecido. Depois, ele reproduz a ação para obter o resultado. A partir da
repetição, as explicações ficarão retidas, e a execução se tornará mais
fácil, pois com a recodificação do que foi visto, ele poderá sempre encon-
trar formas mais simples para resolver qualquer atividade com base no
que já sabe. Desta forma, as pessoas não se transformam em robôs.
É importante observar que, nos processos de observação,
verbalização e criação de imagem, existem outros processos que de-
vem ser levados em conta. Veja o seguinte caso: o professor copia o
conteúdo no quadro e dá a explicação. O aluno precisa utilizar a sua
visão para ler o quadro, a audição para ouvir o professor, ao mesmo
tempo em que segura o caderno e com a outra mão anota o que leu e
o que ouviu, isto é, são várias ações motoras associadas a processos
cognitivos. Todas essas ações exigem a sua atenção e, se forem prati-
cadas em grande quantidade, pode não sobrar espaço para que o alu-
no realize, nesse momento, a tradução simbólica dos estímulos. Acon-
tecendo desta forma, o aluno terá que entender grande parte do con-

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Introdução à Psicologia da Aprendizagem

teúdo em casa, quando estiver estudando para a prova, e as dificul-


dades serão maiores do que se tivesse feito isto no momento da aula,
através das explicações do professor. Por este motivo, caro aluno, é
necessário que o professor procure acompanhar mais de perto o de-
sempenho dos alunos em sala de aula que, na maioria dos casos,
estão em turmas grandes, o que dificulta esse tipo de atividade para o
professor. Bandura nos chama a atenção para o fato de que o sistema
educacional não explora com eficiência instrumentos visuais, o que
torna mais difícil o trabalho do professor com o tempo, pois este tem
que concorrer com a televisão e com outros elementos que estimu-
lam a observação fora do contexto educativo.

O aluno precisa utilizar a sua visão para ler o quadro, a


audição para ouvir o professor, ao mesmo tempo em
que segura o caderno e com a outra mão anota o que
leu e o que ouviu, isto é, são várias ações motoras
associadas a processos cognitivos.

A aprendizagem por observação atinge também conteúdos abs-


tratos, como regras e conceitos. Aprendemos e desenvolvemos con-
ceitos a partir do que estamos observando no contexto. As crianças
aprendem as regras das brincadeiras vendo as outras brincarem.
Desta forma, vamos criando conceitos e aprendendo outros de cu-
nho social, certo e errado, por exemplo.

ATIVIDADES

Busque em sua memória exemplos de regras e conceitos que você


aprendeu por meio da observação. Em seguida, explique como eles
aconteceram.

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Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social

COMENTÁRIO SOBRE AS ATIVIDADES 5


Nesta questão, você deve ter resgatado de sua memória regras aula
que nunca foram explicadas de forma clara, mas que você
aprendeu observando. Por exemplo, a forma como devemos
agir em sala de aula é aprendida com a observação, dizem que
devemos nos comportar e prestar atenção às explicações do
professor. Mas como é nos “comportar”? Chegamos e obser-
vamos, vamos fazendo o que a maioria faz. Algumas regras
que aprendemos são inibidas na presença dos pais. Por exem-
plo, em uma festinha de aniversário, se sua mãe está com você,
ela diz que é para esperar que lhe sirvam o brigadeiro, mas
você sabe que a regra é “quem atacar primeiro, come mais”.
Você vê os seus amigos, que estão sem as mães, se lambuza-
rem enquanto espera o brigadeiro que nunca chega. A mesma
coisa quando se quer paquerar alguém: as regras não vêm nos
livros, o jeito é ver como o amigo ou a amiga mais experiente
faz. É claro que sempre devemos adaptar o conhecimento
observado ao nosso contexto, para não reproduzir algo como

C oncluímos, então, que a aprendizagem por observação tem


um papel fundamental na vida das pessoas, dentro e fora
do contexto escolar, visto que em todos os lugares estaremos diante de
pessoas que podem nos servir de modelos. Devemos sempre estar aten-
tos com as nossas atitudes para que possamos ser
modelos que promovam a educação e a instru-
CONCLUSÃO
ção, evitando atitudes agressivas e que favore-
çam o desrespeito, lembrando sempre que o pro-
fessor é um dos principais modelos na vida de uma pessoa, e o que ele
faz de negativo pode ser copiado. Com estes cuidados, caro aluno, e
com a exploração de instrumentos que utilizem a observação, estare-
mos melhorando diretamente os resultados dos estudantes.

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Introdução à Psicologia da Aprendizagem

RESUMO

A Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social foi desenvolvi-


da por Albert Bandura, que estudou os processos de ensino
e aprendizagem e apontou a observação de modelos signifi-
cativos como ponto determinante do ato de aprender. Des-
cobriu que a observação provoca efeitos cognitivos e moto-
res que levam à construção ou à fixação de uma informação. Entre
eles temos o efeito instrutor, efeito de inibição ou desinibição de
comportamentos aprendidos, efeito de facilitação, efeito de incre-
mento de estímulo ambiental e efeito de ativação das emoções.

REFERÊNCIAS

MORENO, Jacob Levy. Psicodrama. São Paulo: Cultrix, 1997.


RIVIÈRE, Angel. A teoria cognitiva social da aprendizagem: im-
plicações educativas. In: Desenvolvimento psicológico e educa-
ção. Porto Alegre: Artemed, 1996.

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