Resumo
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Resumo
Direito civil 1
Direito são conjunto de normas jurídicas que tem como objetivo reger uma determinada
sociedade, existem dois grandes ramos de direito, o direito publico e o direito privado.
A mais importante divisão do sistema jurídico reparte as suas normas em dois grupos: Direito
Público e Direito Privado. Esta distinção tem uma longa tradição, pois se filia nas construções
jurídicas romanas e pode dizer-se que é apontada como a divisão primária e fundamental da
ordem jurídica. Cabe, porém, reconhecer que as fronteiras entre estes dois ramos de Direito
têm vindo a esbater-se, sendo correntemente assinalado pela doutrina o duplo fenómeno de
publicização do Direito Privado e de privatização do Direito Público, para diferencia-los
existem três (3) critérios.
Critério de qualidade do sujeito – e este o Segundo criterio para distinguir qual ramo do
direito a cadeira pertence, este criterio ira se focar em quem estara a tratar o determinado
acordo ou negocio, se o individuo que estara a tratar o determinado negocio for um diplomata
ou membro do governo, segundo este criterio podemos dizer que o ramo do direito e publico
isto porque a qualidade do sujeito e publica, ou seja sendo um membro do governo estará a
acordar assuntos do interesse publico e não do interesse privado. Infelizmente também este
critério não e capaz para se distinguir qual ramo a disciplina pertence.
Criterio de posição do sujeito- este o ultimo critério e é oque mais nos interressa, ou é oque
é aceite para distinguir qual ramo do direito a disciplina pertence, isto porque este é o critério
que vai se preocupar em saber como o estado ira acordar o determinado assunto, se o estado
tem o poder de impor ordens ou não, se for o caso do interesse publico o estado sempre terá o
poder de impor a ordem nesse assunto, mais se for do interesse privado ou da minoria ai o
estado ira perder o poder de imposição ou seja no interesse privada o estado não tem
autoridade e no interesse publico o estado tem a autoridade ele pode impor as regras. E este o
critério aceitável para distinguir a área do ramo do direito.
Direito civil de acordo com os critérios acima citados o direito civil é o ramo do direito que
lida com as relações jurídicas, como os direitos e as obrigações, de pessoas físicas e jurídicas
dentro da esfera civil ou seja o Direito Civil poderia ser entendido como toda matéria do
direito que lida com questões dos direitos privados dos cidadãos e das pessoas, elas sendo
físicas ou jurídicas.
Dessa forma, o Direito Civil está presente na vida das pessoas constantemente. Ele está
presente quando duas pessoas se casam, quando alguém adquire um imóvel e até quando uma
pessoa morre, deixando bens para seus herdeiros.
Os Princípios Fundamentais do Direito Civil
As Normas aplicáveis às relações de Direito Civil. Direito Civil e Direito Constitucional.
Aplicação de normas constitucionais às relações entre particulares
As normas de Direito Civil estão fundamentalmente contidas no Código Civil Moçambicano.
Principio da boa-fe
Boa-fé subjetiva
O princípio da boa-fé, nessa ótica “subjetiva” era relacionado com a intenção do sujeito de
direito, estudada quando da análise dos institutos possessórios, por exemplo.
Ou seja, a boa-fé subjetiva é a convicção sincera de uma pessoa sobre sua conduta,
baseada em suas próprias intenções e conhecimentos. Na esfera jurídica, leva em
consideração as expectativas e crenças individuais do agente em uma relação ou transação,
No diploma civil vigente, a boa-fé como princípio está consolidada no artigo 243
Inoponibilidade da simulação a terceiros de boa fé
1. A nulidade proveniente da simulação não pode ser arguida pelo simulador contra terceiro
de boa fé.
2. A boa fé consiste na ignorância da simulação ao tempo em que foram constituídos os
respectivos direitos.
3. Considera-se sempre de má fé o terceiro que adquiriu o direito posteriormente ao registo da
acção de simulação.
Artigo 119.º Regresso do ausente
1. Se o ausente regressar ou dele houver notícias, ser-lhe-á devolvido o património no estado
em que se encontrar, com o preço dos bens alienados ou com os bens directamente sub-
rogados, e bem assim com os bens adquiridos mediante o preço dos alienados, quando no
título de aquisição se declare expressamente a proveniência do dinheiro.
2. Havendo má fé dos sucessores, o ausente tem direito a ser indemnizado do prejuízo,
sofrido.
3. A má fé, neste caso, consiste no conhecimento de que o ausente sobreviveu à data da morte
presumida.
Exemplos:
De boa-fé subjetiva incluem um comprador que acredita sinceramente que está adquirindo
um produto genuíno de um vendedor, um inquilino que paga o aluguel acreditando na
validade do contrato assinado ou um investidor que confia nas informações fornecidas por
uma empresa ao tomar uma decisão de investimento.
Boa-fé objetiva
Por outro lado, a “boa-fé objetiva” – presente no texto do código civil em art 227 – reflete o
sentido mais relevante do “princípio da boa-fé” para a prática da advocacia atual. Isso
porque é essa a faceta que direciona a conduta das partes, principalmente nas relações
negociais e contratuais.
No diploma civil vigente, a boa-fé como princípio está consolidada no Artigo 227.º Culpa na
formação dos contratos
1. Quem negoceia com outrem para conclusão de um contrato deve, tanto nos preliminares
como na formação dele, proceder segundo as regras da boa fé, sob pena de responder pelos
danos que culposamente causar à outra parte.
2. A responsabilidade prescreve nos termos do artigo 498.º.
Artigo 762.º Princípio geral
2. No cumprimento da obrigação, assim como no exercício do direito correspondente, devem
as partes proceder de boa fé.
A boa fé na fase pré-contratual
Existem dois tipos de Responsabilidade Civil que são: Responsabilidade civil por natura e
Responsabilidade civil por mero equivalente
De acordo com o código civil no artigo 566, A indemnização é fixada em dinheiro, sempre
que a reconstituição natural não seja possível, não repare integralmente os danos ou seja
excessivamente onerosa para o devedor.
A indemnização
O dever de indemnizar compreende não só o prejuízo causado, como os benefícios que o
lesado deixou de obter em consequência da lesão.
Na fixação da indemnização pode o tribunal atender aos danos futuros, desde que sejam
previsíveis; se não forem determináveis, a fixação da indemnização correspondente será
remetida para decisão ulterior.
Imprudência: A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem
cautela. A pessoa não deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva como a
negligência.
Imperícia: A imperícia é uma falta de habilidade específica para o desenvolvimento
de uma atividade técnica ou científica. No caso, o indivíduo não leva em consideração
o que conhece ou deveria conhecer, assumindo a ação sem aptidão para desenvolvê-
la.
Negligência:
Dolo: É todo ato com que, conscientemente, alguém induz, mantém ou confirma o
outro em erro. É a vontade dirigida à obtenção de um resultado criminoso ou o risco
de produzi-lo.
Dano: Prejuízo sofrido ou causado por alguém
(ex.: danos físicos; danos morais; danos patrimoniais).
Ato ilícito: (propriamente dito) ou Ato Antijurídico (ferir um dever jurídico
originário)
Nexo de Causalidade: é o vínculo fático que liga o efeito à causa, ou seja, é a
comprovação de que houve dano efetivo, motivado por ação, voluntária, negligência
ou imprudência daquele que causou o dano.
Culpa:
Princípio da propriedade privada
O Código Civil, não define o direito de propriedade, mas o art. 1305º caracteriza-o, dizendo
que “o proprietário goza de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso, fruição e disposição
das coisas que lhe pertencem, dentro dos limites da lei e com observância das restrições por
ela impostas”.
O princípio sucessório
É o conjunto de normas que regula o fenómeno da sucessão por morte ou em vida.
Sucessão o chamamento de uma ou mais pessoas à titularidade das relações jurídicas
patrimoniais de uma pessoa falecida e a consequente devolução dos bens que a esta
pertenciam de acordo com o código civil no artigo 2024.
A sucessão:
1- Sentido amplo: sucessão como transmissão latu sensu;
2- Sentido estrito: sucessão como transmissão ou aquisição mortis causa/transmissão
stricto sensu.
A sucessão em sentido amplo é o fenómeno pelo qual uma pessoa se substitui a outra, ou
toma o seu lugar, ficando investida num direito ou numa vinculação, que antes existiam na
esfera jurídica do substituído.
O sujeito de Direito
Personalidade e Capacidade Jurídica
Os Sujeitos de Direito são os entes susceptíveis de serem titulares de direito e obrigações, de
serem titulares de relações jurídicas.
São sujeitos de direito as pessoas, singulares e colectivas.
Personalidade juridica
A Personalidade Jurídica traduz-se precisamente na susceptibilidade de ser titular de direitos
e se estar adstrito a vinculações, art. 66º/1 CC.
À Personalidade Jurídica é inerente a Capacidade Jurídica ou a Capacidade de Gozo de
direitos (art. 67º CC).
Fala-se pois, de personalidade para exprimir a qualidade ou condição jurídica do ente em
causa – ente que pode ter ou não ter personalidade. Fala-se de Capacidade Jurídica para
exprimir a aptidão para ser titular de um círculo, com mais ou menos restrições, de relações
jurídicas – pode por isso ter-se uma medida maior ou menor de capacidade, segundo certas
condições ou situações, sendo-se sempre pessoa, seja qual for a medida da capacidade.
Capacidade jurídica
É a medida de direitos e vinculações de que uma pessoa é susceptível, art. 67º CC, traduzindo
esta inerência, estabelece que “as pessoas podem ser sujeitos de quaisquer relações jurídicas,
salvo disposição legal em contrário: nisto consiste na sua Capacidade Jurídica”.
Incapacidade Jurídica
A Incapacidade Jurídica é a medida de direitos e vinculações de que uma pessoa não é
susceptível. Há pessoas que são titulares da Capacidade de Gozo, mas não de exercício.
Pode-se ter Capacidade de Gozo genérica e não ter uma Capacidade de Exercício genérica,
ex. menores.
A assistência, situações em que certas pessoas são admitidas a exercer livremente os seus
direitos. Nestes casos, o incapaz, pode exigir mas não sozinho. Ou seja, o suprimento da
incapacidade impõe única e simplesmente que outra pessoa actue juntamente com o incapaz.
Para que os actos sejam válidos, é necessário que haja um concurso de vontade do incapaz e
do assistente. Há sempre um fenómeno de conjugação de vontades, isto porque o incapaz
pode agir pessoalmente mas não livremente.