Processo Civil III - Recursos

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O objeto do recurso não é a decisão – o juiz tem poder discricionário.

O parâmetro para reanalise mudar uma decisão formulada pelo Juiz de primeiro grau ->

 O objeto do recurso é a fundamentação utilizada pelo juiz para proferir a decisão.


(art. 932 CPC)

 IED (Paulo Dourado de Gusmão)

 Direito positivo – Direito institucionalizado pelo Estado (Cria e exige cumprimento, com
os devidos mecanismos)

- A fonte principal do direito positivo é a lei (direito dos códigos)

Jurisdição – Espaço
Competência – Pessoal

 Princípios inerentes ao recurso


- Duplo grau de jurisdição
-

Efeito devolutivo -> devolve ao tribunal pra reanalise


Efeito suspensivo -> Evita a produção dos efeitos da decisão atacada

Apelação – Efeito suspensivo


Sentença que gera efeito imediatamente (1013) – Se começa a gerar efeito
imediatamente, o suspensivo vai suspender os efeitos dessa sentença:
Tipos (1012)

Nem toda apelação tem efeito suspensivo (apenas às sentenças que gerem efeito
imediato)

A apelação só vai ter efeito suspensivo se o requerente assim o pedir, e o magistrado


deferir.

Hipoteses de cabimento da apelação: CAPUT 1009

1015 CPC-> Cabe agravo de instrumento contra decisão interlocutória que versar
sobre: .....

Sentença: Decisão teminativa /definitiva -> Gera título executivo


Pode ser: Condenatória/Constitutiva/Declaratória ou Mandamental
Autossuficiente (não depende de execução) ou não-autossuficiente (depende de
execução)

Mandamental: não condena, manda

Ex: interdição (não precisa de execução)

Decisão declaratória: Declara o direito ou não (ex: reconhecimento de dívida)


Decisão constitutiva: modifica natureza jurídica (ex: divórcio)

Ação de divórcio pode ser condenatória (divisão de bens/alimentos) – pode ser


mandamental (visita/deixar a casa/pegar no colégio, etc)

Contra decisão interlocutória que ataque o mérito -> cabe agravo de instrumento.

-Decisão sobre o valor da causa é irrecorrível.

Ler do 1000 ao 1020. CPC

Duplo Grau de Jurisdição:


A finalidade do duplo grau de jurisdição não é permitir o controle da atividade do juiz,
mas sim propiciar ao vencido a revisão do julgado.

O Duplo Grau de Jurisdição não consta, de forma expressa, na Constituição Federal,


somente o Art. 5º, LV, consta que “ é assegurado o contraditório e a ampla defesa, com
os meios e recursos a ela inerentes.” (ou seja, está na CF mas não de forma expressa).

Recurso: Meios de impugnação de decisão judicial, voluntário, internos à relação jurídica


processual em que se forma o ato judicial atacado, aptos a obter deste, a anulação, a reforma
ou o aprimoramento.

Taxatividade: Somente são recursos aqueles expressamente determinados por lei federal (art.
994 cpc)

Unirrecorribilidade: Para cada espécie de ato jurídico a ser recorrido, deve ser cabível um único
recurso

Fungibilidade: presta-se para não prejudicar a parte que na duvida objetiva, interpõe recurso
que não pode ser considerado cabível

Reformatio in pejus – proibição: Proibição de que o recurso interposto exclusivamente por uma
das partes venha tornar a situação pior do que aquela existente antes da insurgência. (obs: se
apenas uma das partes recorrer, a decisão do segundo grau não condenará em valor superior
ao da sentença)

Dialecidade: refere ao ônus de a parte recorrente enfrentar, dialeticamente, os pontos da


decisão que pretende impugnar

Voluntariedade: o recurso é facultativo.


Pressupostos Recursais

Requisitos Intrínsecos: Concernem à existência do poder de recorrer

I – Cabimento – definido por lei. Ex: Contra sentença, cabe apelação

II – Interesse Recursal – Semelhante ao interesse de agir que engloba a adequação da via eleita
e o resultado que só pode ser atingido pelo recurso
III- Legitimidade Recursal - Quem pode recorrer

IV – Inexistência de fato extintivo ao direito de recorrer – renúncia

Requisitos extrínsecos – Concernem ao modo de exercer o direito de recorrer

I – Regularidade Formal – Deve obedecer as formalidades legais

II – Tempestividade – prazo prescrito em lei

III - Preparo – custas recursais

IV – Inexistência de fato impeditivo do direito de recorrer ou do seguimento do recurso –


desistência ou o não pagamento de multa.

- Inexistencia 1 – renúncia (nem entra com recurso)


- Inexistencia 2 – Desistência (entra e desiste) ou Não paga multa estipulada

Efeitos dos Recursos:

Devolutivo: Possibilita o reexame da decisão de 1º Grau

Suspensivo: Evita ou suspende os efeitos da decisão recorrida, deve conciliar segurança e


tempestividade
Translativo: É ligado à matéria que compete ao jurídico conhecer de ofício – Ordem Pública

Substitutivo: a decisão do AD quem, substitui a do ad quo

Expansivo: Diz respeito às nulidades.

 Devolutivo: Princípio do duplo grau de jurisdição na prática (o duplo grau só funciona


em razão do efeito devolutivo) a extensão da devolução vai depender do tamanho do
requerimento.
 Suspensivo: O efeito suspensivo é aquele que suspende a eficácia da sentença
proferida. Ou seja, após proferida a sentença e interposto recurso, sendo-lhe
concedido tal efeito, a decisão recorrida não poderá surtir efeitos até que haja novo
julgamento. (se gera efeito imediato – suspende/ se não gera efeito imediato – evita)
 Translativo: Independe do requerimento , não precisa ser provocado, o judiciário pode
resolver de ofício a qualquer tempo em qualquer grau de jurisdição. (decisão judicial
que pode afetar milhares de processos, causa de ordem pública – para resolução sem
requerimento)
 Substitutivo: a decisão do tribunal substitui a do juízo de primeiro grau.
 Expansivo: Tudo que decorre de um ato nulo, se considera nulo.

Apelação – 1009 cpc

É o 1º e mais genérico recurso previsto pelo CPC, trata-se de recurso padrão no sentido de
que sua disciplina se aplica, no que for cabível, também aos demais recursos.

- Requisitos: Prazo 15 dias úteis, art. 1003 §5º e 219 CPC.

O Art. 1010 impõe a forma com que o recorrente deve redigir a apelação.

O Art. 1010 II, e III, impõe o ônus de contrastar efetivamente a sentença e sua
fundamentação.

Não se pode meramente repetir os termos da inicial.

Deve ser peticionado ao juiz de 1º Grau (1010, caput), depois de oportunizada as


contrarrazões o juiz a quo remeterá a ad quem, independentemente da admissibilidade.

Agravo de Instrumento (1.015 cpc)

Forma – O A.I deverá ser interposto diretamente no tribunal de justiça

- A petição deve identificar as partes, conter a exposição fático-jurídica da controvérsia e as


razões do pedido de reforma da decisão e o nome e o endereço completo dos advogados
constantes do processo.

O A.I que não obedece o art. 1016 não deve ser conhecido por ausência de regularidade formal
da peça recursal.

Instrumento – o A.I deve ser formado com as peças mencionadas no art. 1.017.

Preparo – art. 1017 §1º cpc, deve ser comprovado no ato da interposição.

A ação que o relator julgar no processo, o relator fica prevento e julgará todos os outros
recursos.

Agravo Interno – Art. 1.021 CPC


Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado,
observados quanto ao processamento, as regras do regimento interno.

Forma- Será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se no prazo de 15
dias, ao final, não havendo retratação, levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado.

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Agravo interno -> Em fase recursal (seja sentença ou decisão interlocutória, etc) – Relator vai
ver o 932,III (Admissibilidade) -> Começa o efeito devolutivo a funcionar.

Decisão da admissibilidade é uma decisão interlocutória (monocrática pelo relator)

 Como fazer o colegiado funcionar se o relator negou o provimento? (agravo interno) ->
Objetivo do agravo interno é fazer com que o duplo grau de jurisdição funcione em sua
plenitude.

Cabe agravo interno de toda decisão proferida pelo relator em recurso que será analisado pelo
órgão colegiado. Isso quer dizer que a decisão monocrática contraria a própria natureza das
decisões de segundo grau, que deveriam ser colegiadas.

- É vedado ao relator limitar-se aos fundamentos utilizados para rejeitar a decisão agravada
para julgar improcedente o agravo interno.

-Pode usar o mesmo argumento, mas utilizando outra fundamentação.

Embargos de Divergência

Art 942 CPC

Quando o resultado da apelação for não unânime o julgamento terá prosseguimento com a
presença de novos julgadores em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão
do resultado, assegurado às partes sustentarem oralmente suas razões perante os novos
julgadores.

A ampliação do debate se dá de ofício.

Art. 1.043, CPC – É embargável o acórdão de órgão fracionário que:


Em R.E ou Resp, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal,, sendo os
acórdãos embargado e paradigma, de mérito.

Caso seja 2x1 (APENAS PARA REFORMAR A SENTENÇA) o presidente de ofício designa dois
outros julgadores para ampliar o debate.

(ampliação do debate e embargos de divergência)


No Caso do 942 é de ofício

No Caso do 1.043 é 15 dias o prazo

Recurso Ordinário 1027

R.O é o Recurso mais parecido com a apelação

Serão Julgados em R.O

I -Pelo STF os mandados de segurança, habeas data e os mandados de injunção decididos em


única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória (autor perdeu) a decisão

II- Pelo STJ a) os M.S decididos em única instância pelos Tjs, e Trfs quando denegatória a
decisão

Mesmo sendo recurso constitucional tem muito mais semelhança com a apelação do que com
RESP e R.E pois segundo o inciso I, o R.O é interposto após acórdão de tribunal superior onde
esse age como ‘primeira instância da ação’, sendo o primeiro a fazer análise do mérito,
proferindo decisão terminativa definitiva.

A devolução também é ampla no R.O -> pode alegar matéria de fato, de direito, processual,
questionar prova, etc e tal.

Recurso Extraordinário e Especial


- devolução no RESP e RE é extremamente restrita, pois esses são recursos de fundamentação
vinculada.

Tem que vincular no recurso o ponto do acórdão que está divergindo e indicar o paradigma que
está sendo utilizado.

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