Processo Civil 5
Processo Civil 5
Processo Civil 5
Os recursos são sempre um prolongamento do direito de ação, são feitas num processo que
ainda não chegou ao fim
As ações autônomas podem ser feitas para atacar um ato processual proferido numa ação que
esteja em curso, mas não são mero prolongamento do exercício do direito de ação.
Recursos em sentido estrito são somente aqueles que estão previstos no artigo 994 do CPC
Remessa favoráveis: sobem p reanálise (é obrigatório) MEIO DE IMPUGNAÇÃO
3. SUCEDÂNEO PROCESSUAL
É uma terceira categoria de instrumentos aptos a alterar o conteúdo de uma
decisão, os quais, embora não formem nova relação jurídico-processuais, como os
meios autônomos de impugnação, não são dotados de formalidades/regularidades
como os recursos, assim como não são considerados espécies taxativas pela lei.
Taxatividade: previsto em lei
4. CARACTERÍSTICAS
Voluntariedade (pode ou não recorrer)
Tipicidade: recusado tem que estar em lei
Fundamentação: requisitos – impugnar os pensamentos do juíz
Tempestividade: todos os recursos tem prazo (15 dias). exceção de embargos de
declaração (5dias)
Preparo: custas para interpor o recurso (exceção de embargos de declaração e
agravo interno)
Existem situações onde excepcionam (beneficiários, pessoas de direito pública, mp,
defensoria pública)
Interposição na mesma relação processual: terceiro interessado
Sistema de interposição (juízo a quo e juízo ad quem: quo: quem recorre
(apelação), quem: juíz a quem recorre (agravo de instrumento)
Aptidão para relatar ou impedir a preclusão da coisa julgará
Impossibilidade de inovação:
Correção de erros de forma ou de conteúdo (errores in procedendo e errores in
judicando)
Reforma= error in judicando (formal) tribunal corrija a injustiça do conteúdo de uma decisão
Anulação = error in procedendo (julgamento) vicio na decisão, não no conteúdo
5. CLASSIFICAÇÃO
Quanto à matéria: total ou parcial —> recorre de toda a decisão
Quanto à autonomia: principal ou adesivo —>
Recurso adesivo: estratégia processual (uma peça só) —> segue junto com a apelação = se o
principal não vai, o adesivo não vai também
Só pode ser com Recurso especial, recurso extraordinário e apelação
**Direitos indisponíveis: não pode abrir mão por si desses direitos, nem a própria parte
PI -> desp. Mero -> dec. Inter. -> dep -> recurso -> despacho -> sentença
1º grau: decisão interlocutória e sentença
2º grau: decisões monocráticas com conteúdo decisório e acórdãos
8. PRINCÍPIOS
Duplo grau de jurisdição:
Recursos norteiam as decisões de segundo grau —> 1 ou + desembargadores
irão reanalisar, confirmar, reformar ou invalidar a decisão no órgão colegiado
do tribunal
Instâncias superiores -> recurso ordinário – garantindo segurança jurídica
Taxatividade:
Somente lei federal pode criar recurso, ou seja, existem aqueles recursos
listados no artigo 994
Recursos são remédios processuais, portanto a existência depende da previsão
legal
Embargos de declaração – cabe de tudo
Singularidade:
Um recurso para cada decisão
Princípio da unirrecorribilidade ou unicidade
Para reformar ou invalidar uma decisão, só cabe um tipo de recurso
****Embargos de declaração (5 dias): Sempre antes do recurso que serve para reformar ou
invalidar —> deixar correta para não haver erros
Decisão -> 15d p recorrer -> 5d emb. De declaração -> decisão -> 15d
São interpostos juntos mas tem finalidades diferentes
Acórdão tjpr-> REsp STJ (viol lei) + RExt STF (viol CF)
**** Hoje há previsão expressa da fungibilidade no CPC em duas situações: REsp e RE:
havendo violação à CF e inexistindo RE, pode, o relator abrir vista e prazo de 15 dias para a
parte demonstrar a repercussão geral e a referida violação –1.032 e 1.033. Embargos de
Declaração e Agravo Interno –1.024,§3º*
Agravo interno: Recurso que cabe da decisão monocrática – levar a decisão para o órgão
colegiado
Princípio da Dialeticidade:
- quando você recorre de uma decisão você precisa contra argumentar essa
decisão, mas deve apontar os fundamentos fáticos e juridicos de sua
indignação, a fim d proporcionar a análise, e contraponto, dos mesmos pela
parte adversária.
Mero dissabor
Reformatio in pejus
- O tribunal não pode modificar/ manter a decisão, se não houver recurso de
ambas as partes
- Assim, o ordenamento compreende que diante da interposição de recurso
de um decisão desfavorável, a nova decisão pode, apenas favorecer o
Recorrente, ou, simplesmente, não alterar a sua situação, mas jamais, piorá-la,
uma vez que deve se limitar à analise dos pontos abordados pelo próprio
recurso.
Exceções: matérias de ordem pública
Voluntariedade
- o direito de recorrer deriva diretamente do próprio direito de ação, ou seja,
depende da manifestação de vontade da parte ocorrer – caráter dispositivo
- o recurso deve ser manejado pela parte para que a decisão possa ser revista
- Remessa necessária
Princípio da Irrecorribilidade em separado das interlocutórias
- Em razão da celeridade processual e da economia é interessante que a
marcha processual seja preservada, ou seja, o sistema processual permitirá
que a marcha processual seja paralisada, tão somente, em casos bastante
excepcionais. Seguindo a ideia perpetrada é que o CPC adota o princípio da
irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias.
- Veja-se que o referido princípio não é absoluto, ou seja, algumas decisões
interlocutórias poderão ser objeto de recurso, no entanto, tão somente as
questão previstas na lei, como é o caso das decisões interlocutórias que
comportam a interposição de agravo de instrumento.
Princípio da Consumação
O princípio da consumação determina que o ato de interpor um recurso
dentro do prazo previsto em Lei, torna o ato de interposição consumado e
devidamente acabado, ou seja, não seria possível a substituição do referido
recurso já interposto, ainda que o prazo inicial não tenha se encerrado.
Exceção: Recurso Adesivo
9. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
Verifica-se se o recorrente tem legitimidade para recorrer, se o recurso é
previsto em lei e se é adequado ao ato atacado, e, finalmente, se foi manejado
em tempo hábil, sob forma correta e com atendimento dos respectivos
encargos econômicos. (HTJ)
Agravo interno = decisão monocrática reanalisada por um órgão colegiado (prin. Duplo grau
de jurisdição) —> Juíz relator
1) JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Conhecer o recurso ou não: examina a existência de determinadas
condições que devem estar presentes nos recursos para que o
Tribunal possa analisar o seu mérito.
Análise do cabimento:
recorribildiade (taxatividade)
adequação (singularidade)
Legitimidade
***Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida (legitimidade), pelo terceiro
prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao TERCEIRO demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a
relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que
possa discutir em juízo como substituto processual.
Regularidade formal
Recurso escrito
Juízo ad quem/ad quo
Identificação das partes
Razões recursais
Pedido de nova decisão
2) JUÍZO DE MÉRITO.
Dar ou negar provimento
Pressupostos de Intrínsecos
Admissibilidade Extrínsecos
16. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
Diretamente ligados à relação estabelecida entre a natureza da
decisão recorrida, seu conteúdo e o recurso escolhido e interposto.
- o cabimento
- a legitimidade
- o interesse recursal
Cabimento:
Como já estudamos, são considerados recursos, tão somente, aqueles previstos no art. 994,
CPC.
A seu turno, a Lei prevê que cada um dos recursos poderá ser utilizado em uma determinada
situação para se atingir uma determinada finalidade.
Desta forma o cabimento diz respeito a congruência encontrada entre:
o recurso utilizado (ex. apelação); a finalidade que se quer atingir (ex. reforma); e
a decisão da qual se recorre (ex. sentença) e o que esta previsto na Lei.
Legitimidade:
Diz respeito a pessoa do Recorrente, ou seja, dentre os participantes, interessados e
envolvidos no processo, quem poderá se valer de recurso. (art. 996, CPC)
Em regra, possuem legitimidade para recorrer aqueles que figuram como partes na relação
processual.
Os terceiros, que assim foram admitidos no processo, se equiparados a condição de parte,
também poderão recorrer: denunciado, o chamado, e o assistente litisconsorcial. O assistente
simples, embora, possa recorrer, tem sua situação condicionada à vontade e posicionamento
da parte processual que é assistida.
*O amicus curiae merece especial atenção. Em regra, não possui legitimidade para recorrer de
decisões, salvo, em duas situações:
1 – se recorrer de decisão por meio da interposição de embargos de declaração;
2 – se recorrer de decisão oriunda de incidente de resolução de demanda repetitiva.
O Ministério Público também possui legitimidade para recorrer, atuando como parte ou como
fiscal da lei.
O terceiro prejudicado pela decisão também poderá recorrer. Neste caso não se confunde
com o assistente simples. O terceiro prejudicado atua em nome próprio na defesa de direito
que alega ser prejudicado ou atingido pela decisão.
E o Advogado possui legitimidade para recorrer em nome próprio?
Em regra, não, pois atua, apenas, como representante da parte. No entanto, em relação aos
honorários sucumbências poderá recorrer em nome próprio ou em nome da parte para a qual
atua.
Obs: O Juiz não tem legitimidade para recorrer.
Interesse Recursal:
Está diretamente ligado à ideia de sucumbência, ou seja, somente aquele que efetivamente
sofre prejuízos em razão do conteúdo decisório é que possui interesse para recorrer.
A utilização do recurso, portanto, tem por objetivo a ideia de melhorar a situação daquele que
recorre.
Ou seja, aquele que sucumbiu, no todo ou em parte, em relação a seus pedidos terá
legitimidade para recorrer.
**não há interesse na sucumbência
Sentença viciada em relação à congruência (sentença extra petita ou ultra petita) comporta
recurso da parte vencedora?
Sim, para evitar alegação futura de invalidade.
Sentença que extingue o processo sem resolução de mérito, comporta recurso?
Sim.
Sentença procedente, porém que utiliza fundamentos diversos daquele que desejava a
parte, comporta recurso?
Não, em regra.
*Há uma exceção para a interposição de recurso, sem que exista sucumbência: Embargos de
Declaração.
TEMPESTIVIDADE:
o Diz respeito ao lapso temporal, disponibilizado pela Lei, para que a parte possa
interpor o Recurso. Em linhas gerais, trata-se do prazo legal recursal.
o Tempestivo: Recurso interposto dentro do prazo estabelecido na Lei.
o Intempestivo: Recurso interposto fora do prazo estabelecido na Lei.
PREPARO:
- São as custas a ser suportadas pela parte que interpõe o recurso.
- Compreende o pagamento das custas do recurso, em si, assim como, quando se tratar de
processo físico, incluirá o recolhimento do porte de remessa e de retorno.
- O preparo deve ser comprovado no ato de interposição do recurso pela parte Recorrente.
- Caso a parte interponha o recurso sem comprovar o preparo, o recurso carecerá de
admissibilidade em razão da ocorrência da deserção, se mesmo intimada a parte não suprir a
omissão (vício sanável).
*** tem que dizer porque quer o recurso, porque não concorda com a decisão
- Por este motivo, alguns autores, como Humberto Theodoro Junior, compreendem que o
requisito da regularidade formal também pode ser identificado como o requisito da
“motivação e forma”, pois além da forma, em sentido estrito, a regularidade do recurso civil
compreende a apresentação de suas razões recursais (motivação) sob pena de preclusão.
1- Competência recursal
2- Julgar os recursos= garante o cumprimento do grau da jurisdição REMESSA
NECESSÁRIA NÃO É RECURSO
3- Exerce a competência originária – tribunal atua semelhante ao juíz de primeiro grau =
tribunal vai julgar procedente/improcedente, exatamente como o juíz faz
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA – Recurso ordinário – sobe para os tribunais, ou seja, segundo grau
- Funciona como uma apelação
- Cabe recuro de acao direta de inconstitucionalidade = julgado pelo pleno = não cabe recurso,
salvo EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (SEMPRE CABE)
Regimento interno = conhece um tribunal
Pleno: reunião de todos os desembargadores
4. JURISPRUDÊNCIA
A jurisprudência, já conhecida fonte do Direito, ganha destaque no CPC/2015. Há uma
busca, ainda mais intensa, pela sua uniformização e estabilidade, pretendendo se
chegar a uma coerência nas decisões
SEGURANÇA JURÍDICA
Artigo 926 cpc
Os Tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e
coerente
O Regimento Interno dos Tribunais estabelecerá os pressupostos para a edição dos
enunciados de súmulas correspondentes a sua jurisprudência dominante, sempre
com base nas circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação
teoria dos precedentes (common law)
Agravo interno em tribunal
Tribunal seguir os precedentes do stj
ATÉ O SLIDE 16