Estados Ibericos
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[Artigos inéditos]
Os Estados Ibéricos e a Questão da Transição em Portugal
The Iberian States and the Question of Transition in Portugal
Raquel Varela¹
¹ Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal. E-mail:
[email protected]. ORCID: http://orcid.org/0000-0001-6121-1379.
Este é um artigo em acesso aberto distribuído nos termos da Licença Creative Commons Atribuição
4.0 Internacional
Resumo
Os Estados Ibéricos iniciaram a expansão ultramarina europeia – como empreendimento
europeu – na viragem do século XV para o XVI, e nos séculos XVII e XVIII assumem os
contornos da transição à modernidade, marcada por um desenho que remonta à luta
contra o islão, que marcou a formação da contemporaneidade e da transição do Antigo
Regime ao período capitalista no sul da Europa, com impacto no mundo (desde logo na
relação com a Inglaterra, motor dos capitalismo), numa visão integrada global: modos de
produção, comércio à escala global, regimes políticos, afinal, qual a marca da transição à
modernidade no sul da Europa? E como ela se dá em Portugal?
Palavras-chave: Despotismo; Capitalismo; Transição; Modernidade; Estados Ibéricos.
Abstract
The Iberian States began the European overseas expansion – as a European enterprise –
at the turn of the 15th to the 16th century, and in the 17th and 18th centuries, assuming
the contours of the transition to modernity, marked by a design that dates back to the
fight against Islam, which marked the formation of contemporaneity and the transition
from the Ancien Régime to the capitalist period in southern Europe, with an impact on
the world (from the outset in the relationship with England, the engine of capitalism), in
an integrated global vision: modes of production, trade on a global scale, political regimes,
finally, what is the mark of the transition to modernity in southern Europe? And how is it
in Portugal?
Keywords: Despotism; Capitalism; Transition; Modernity; Iberian States.
Segundo Perry Anderson, historiador, há três coordenadas históricas que são os primeiros
embriões de um novo tipo de história da humanidade, a qual o autor irá denominar
“espectro da autodeterminação”: uma forma historicamente inédita de agência humana,
que envolve amplos projetos societários de autotransformação histórica global. Esse novo
tipo de agência humana - consciente de si – que surge depois das maiores revoluções dos
séculos XIX e XX, teve «antevisões antecipatórias» nas formas históricas da: i) expansão
marítima, ii) heterodoxia religiosa e iii) utopia literária, segundo Anderson (Anderson,
2018).
A história de Portugal está ligada intrinsecamente de um lado a Espanha e do
outro a Inglaterra, mas no período pré-capitalista (até 1820 ou 1850) está mais vinculada
a Espanha do que a Inglaterra - ao ponto de no século XVI chegarem a constituir um Estado
Único (1580-1640). Portugal, junto com a Espanha, iniciou a expansão ultramarina
europeia. Para compreender a formação da contemporaneidade e da transição do Antigo
Regime ao período capitalista, contemporâneo, e a existência de um modo de
acumulação assente em duas classes fundamentais – burguesia e trabalhadores - é
preciso perceber que Estado português e espanhol não surgem da superação de
particularismos feudais, como foi o caso da Inglaterra, França e outros países europeus.
Surgem da luta contra o império islâmico (a “reconquista” na mitologia nacionalista”), um
Império tributário. O estancamento da economia Islâmica faz com que a sua presença na
Península Ibérica seja parasitária, extratora de impostos, e aí se dão as conquistas e o
nascimento do Estado (ainda não, inicialmente, moderno,) português e espanhol.
A outra característica é que Espanha e Portugal são o instrumento de um
empreendimento europeu internacional, de toda a Europa! não de Portugal e Espanha
exclusivamente, que é a expansão marítima. Há uma economia europeia a desenvolver-
se, e para a resgatar, os instrumentos históricos foram dois Estados: Espanha e Portugal.
Foram, porém, instrumentos de uma economia europeia – Colombo era genovês. Não é
um acaso. Tratava-se de encontrar rotas alternativas às do Mediterrânio. Os esforços da
expansão foram em grande medida impulsionados pelos financiadores das repúblicas
2 No caso do Estado Espanhol assinala-se como característica especifica a mesta, criação de gado de carácter
transumante que dá ao Estado Espanhol características particulares no por causa da base produtiva– não se
pode assemelhar o feudalismo espanhol ao caso francês, ao feudalismo que abrange desde os Pireneus até à
Europa oriental. A propriedade feudal da mesta não é comparável à propriedade como existia na França,
Inglaterra etc.
Rev. Direito e Práx., Rio de Janeiro, Vol. 15, N. 2, 2024, p.1-19
Copyright © 2022 Raquel Varela
https://doi.org/10.1590/2179-8966/2022/70534 | ISSN: 2179-8966 | e70534
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3 Na China há também um debate em relação a isto já que a China inventou o papel-moeda, sinónimo de uma
produção mercantil mais avançada.
4 Entrevista da autora com o historiador Osvaldo Coggiola, Março de 2022
5 Nem nos americanos, mas aqui a sua evolução foi interrompida pela conquista - foram destruídos.
6 Ellen Wood “A origem agrária do capitalismo” In: A Origem do Capitalismo, Rio de Janeiro, Zahar, 2001
7 Figuras destacadas no debate: Brenner, Robert (1976), John Hatcher (1978). Le Roy Ladurie, Emmanuel
(1978). Hilton, RH (1978); Cooper, JP (1978); Brenner; Robert (1982).
Rev. Direito e Práx., Rio de Janeiro, Vol. 15, N. 2, 2024, p.1-19
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vontade política de transformação. E que o capitalismo nos outros países seria realizado
a partir da Inglaterra, depois desta transformação/reconversão económica. A partir do
momento em que a Inglaterra se torna capitalista ela arrasta os outros países para o
capitalismo (Wood, 2001).
Para Ellen Wood o capitalismo surge por indução externa, depois da revolução agrária
inglesa, nos outros países - porque as condições para o mercado mundial são dadas antes
pela expansão de Portugal, Espanha e Holanda. Aqui F. Braudell, G. Arrighi, I. Wallerstein
e Magalhães Godinho – o representante cimeiro desta corrente historiográfica em
Portugal (Godinho, 2019) - entram com uma tese distinta, a de que os centros da
economia mundo aqui criam as condições para o mercado mundial. Para Ellen Wood as
visões mercantilistas do capitalismo obliteram a sua especificidade histórica, falam da
origem sem delimitar uma origem do capitalismo:
“Quase sem exceção, os relatos sobre a origem do capitalismo são
fundamentalmente circulares: presumem a existência prévia do capitalismo para explicar
o seu aparecimento. No intuito de explicar o impulso de maximização do lucro que é
característico do capitalismo, pressupõem a existência de uma racionalidade universal
maximizadora do lucro; para explicar o impulso capitalista de aumentar a produtividade
do trabalho através de recursos técnicos, pressupõem um progresso contínuo e quase
natural do aprimoramento tecnológico na produtividade do trabalho. Essas explicações
paralogísticas têm sua origem na economia política clássica e nas concepções iluministas
de progresso [...]. Na maioria das descrições do capitalismo e de sua origem, na verdade
não há origem. O capitalismo parece estar sempre lá, em algum lugar, precisando apenas
ser libertado de suas correntes – dos grilhões do feudalismo, por exemplo – para poder
crescer e amadurecer. Caracteristicamente, esses grilhões são políticos: os poderes
senhoriais parasitários ou as restrições de um Estado autocrático. Às vezes, são culturais
ou ideológicos – a religião errada, quem sabe. Essas restrições limita[ria]m a livre
movimentação dos agentes econômicos, a livre expressão da racionalidade econômica
[...]. Esse pressuposto costuma ser tipicamente associado a um outro: o de que a história
é um processo quase natural de desenvolvimento tecnológico. De um modo ou de outro,
o capitalismo aparece, mais ou menos naturalmente, onde e quando os mercados em
expansão e o desenvolvimento tecnológico atingem o nível certo [...]. O efeito dessas
explicações é enfatizar a continuidade entre as sociedades não-capitalistas e capitalistas,
e negar ou disfarçar a especificidade do capitalismo “ (Wood, 2011:13-14).
Wood destaca que para haver capitalismo não basta haver mercado, que existe
noutras sociedades e de forma distinta; nem Estado; nem dinheiro (o papel-moeda já
existia noutras sociedades), nem trabalho, que sempre existiu na história. Para haver
capitalismo, que é um específico modo de produção – histórico, não sempre existente –
é preciso que o mercado dite as regras ao conjunto da sociedade.
“O capitalismo é um sistema em que os bens e serviços, inclusive as necessidades
mais básicas da vida, são produzidos para fins de troca lucrativa; em que até a capacidade
humana de trabalho é uma mercadoria à venda no mercado; e em que, como todos os
agentes económicos dependem do mercado, os requisitos da competição e da
maximização do lucro são as regras fundamentais da vida. Por causa dessas regras, ele é
um sistema singularmente voltado para o desenvolvimento das forças produtivas e o
aumento da produtividade do trabalho através de recursos técnicos. Acima de tudo, é um
sistema em que o grosso do trabalho da sociedade é feito por trabalhadores sem posses,
obrigados a vender sua mão-de-obra por um salário, a fim de obter acesso aos meios de
subsistência. No processo de atender às necessidades e desejos da sociedade, os
trabalhadores também geram lucros para os que compram sua força de trabalho. Na
verdade, a produção de bens e serviços está subordinada à produção do capital e do lucro
capitalista. O objetivo básico do sistema capitalista, em outras palavras, é a produção e a
auto-expansão do capital [por meio da exploração massiva dos trabalhadores]” (Wood,
2001:12).
A questão é muito pertinente para a Alemanha, na Itália, na França: o capitalismo
surge como consequência de uma indução externa, ou seja, a concorrência do capitalismo
inglês, ou a partir das suas transformações internas?
Para a história de Portugal esta pergunta, que está em aberto, é fundamental, quais são
as origens do capitalismo português, internas, externas ou uma combinação desigual de
ambas? Quando estudamos o século XVIII respondemos a esta questão, parcialmente,
isto é, ao lugar do mercantilismo, do comércio mundial, e de Portugal no sistema
internacional de Estados.
Voltando ao debate de Samir Amin: teríamos de um lado os Estados Tributários,
e do outro os Estados feudais europeus. O feudalismo é uma peculiaridade europeia, e
que essa peculiaridade foi o que possibilitou (debate em aberto) o nascimento do estado
absolutista. Que foi o marco político da transição para o mercado nacional (e depois para
o mercado mundial), e, portanto, para o capitalismo. Onde ficaria a Península Ibérica,
de facto a capitais estrangeiros, com privilégios, subsídios e a criação, por Alvará Régio,
como referimos, das Reais Fábricas?
Pombal seria, para usar uma expressão da historiografia inglesa, uma tentativa
vinda de cima de transformação. O seu traço mais distintivo teria sido a tentativa de criar
um Estado moderno, com instituições fiscais (Erário Régio), policiais (Intendência Geral
da Polícia da Corte e do Reino) que centralizassem o poder no Estado, abafando a
pulverização de poderes, garantindo domínio económico. Que se dá ao mesmo tempo
que persegue os jesuítas, que fugiam ao controlo do Estado, a Inquisição – um “Estado”
paralelo -, daí também a abolição cristãos-novos cristãos-velhos (dava uma machadada
no poder da Igreja, enquanto libertava mercadores de origem judaica para incentivar a
formação comercial). Segundo Borges Coelho, a criação de companhias monopolistas
prejudicava o pequeno comércio e ameaçava o lucro das companhias religiosas que
estavam no Brasil: “No Brasil colonial os jesuítas não queriam abdicar do poder civil, do
comércio e da produção de matérias-primas para o mercado”. Além disso era a “milícia
do papa”, “um dos seus pecados capitais consistia na subordinação direta ao papal cujo
poder temporal os governos, mesmo mal iluminados, contestavam” (Coelho, 2022:202-
204). De salientar aqui também a perspetiva da área de estudo da história global – a
criação de companhias monopolistas e a luta contra o papado são movimentos
internacionais, e Pombal vai fazê-lo num quadro de acirrada disputa colonial,
nomeadamente dos holandeses no Brasil.
A Expansão Ibérica não é, porém, idêntica, Portugal chegará ao mundo inteiro,
Ásia, África, América, enquanto Espanha está no norte de África e na América. O mito de
“vocação marítima” do país – um país tão pequeno para se desenvolver tinha que ir para
o mar, destemido – é idealista. Na verdade, a expansão marítima resulta de um
empreendimento global, e isto vai ser determinante para explicar o desenvolvimento da
burguesia portuguesa na modernidade. Esta explicação é também de certa forma dada
para o caso holandês, estabelecendo um paralelo - são dois países, de reduzidas
dimensões, que se expandem mundialmente (em colónias e enclaves comerciais), como
se o carácter territorial de reduzidas dimensões de ambos os países tivessem
impulsionado a sua expansão mundial (Schneider, 2017). Não se pode ignorar que a
guerra pelo nordeste açucareiro, foi combatida entre portugueses e holandeses, mas era,
pelo peso do açúcar no mercado mundial, uma guerra de alcance internacional8.
Fica, porém, uma questão: Estes países são escolhidos por causa de serem unificados ou
são unificados por causa disso?
Um facto que sem dúvida contribui é a localização geográfica e ausência de
rivalidades. Portugal e Espanha, em primeiro lugar, em relação à Inglaterra, França,
Alemanha, Itália têm desde logo a peculiaridade do seu carácter peninsular, e separado
pela muralha, quase inexpugnável, dos Pirenéus. Que os protegia, relativamente, dos
grandes conflitos europeus. Com um carácter bi-oceânico – Mediterrâneo e Atlântico. A
ideia de se instalar rotas de amplo percurso para a China e a Índia driblando o domínio
sarraceno/árabe do Mediterrâneo foi fundamental. Este facto é de uma enorme
relevância – as línguas ibéricas são as primeiras com uma gramática codificada, e Camões
e Cervantes seriam os primeiros autores de literatura universal.
Nos séculos XV e XVI Portugal (e Espanha) são pioneiros numa fase nova de
expansão do comércio mundial. Comércio pressupõe troca entre o produtor o
consumidor. O comerciante não visa o consumo em si, mas a aquisição de valores de troca
(dinheiro) que o comércio permite. A Península Ibérica, que na orla do Mediterrâneo é
constituída em geral por terras montanhosas e pobres, em que as chuvas fortes de
inverno levam o solo, deixando a nu a “rocha dura e estéril”, os longos verões quentes, o
paludismo e os conflitos que nascem da escassez levam a que a “fertilidade destas regiões
é uma frágil obra do homem e não um dom permanente da Natureza” (Ribeiro, 2011:47-
49) – vive agora o esgotamento da florescente civilização árabe. Aqui dá-se a re
(conquista) cristã.
“A colonização europeia das Américas, realizada inicialmente pelos países
ibéricos, esteve precedida neles por uma crise de grande envergadura. Em 1348, a Peste
Negra dizimara as populações urbanas e rurais portuguesas. Em 1375, dom Fernando
regulamentou através da Lei das Sesmarias a distribuição de terras abandonadas entre os
privilegiados do Reino. As concessões eram livres de ônus, fora a obrigação de explorá-las
em prazo determinado. Derrotados e expulsos os árabes da península, no final do século
XV, as potencias ibéricas organizaram ou financiaram as expedições e viagens
interoceânicas, realizadas por marinheiros ibéricos ou por marinheiros estrangeiros a
serviço dos Estados peninsulares (como o genovês Cristóvão Colombo). “ (Coggiola, 2017:
207).
Estima-se que a “pestelença grande” tenha diminuído a população de 1 milhão e
meio de habitantes para 1 milhão. Muitos na perspetiva da morte doavam, para
“salvação” os bens à igreja (Coelho, 2022: 274-275). Peste, fomes, alta mortalidade e
mobilidade levam à redução da população e mobilidade desta, com os trabalhadores
assoldados a exigir salários mais altos, o que origina da parte da Coroa legislação
disciplinadora dos trabalhadores. À semelhança do que aconteceu em Inglaterra com as
Ordinance Labourers de Eduardo II. Em Portugal D. Afonso IV estabeleceu que novos
proprietários de terras, herdeiros dos mortos da peste sobretudo, fossem obrigados ao
trabalho e tabelou os salários (Coelho, 2022: 274-275). Porém, a crise demográfica e o
aumento dos salários vieram para ficar com a escassez de trabalhadores. Como recorda o
escritor modernista John dos Passos, filho de emigrantes portugueses da Madeira nos
EUA, “A área cultivada em Portugal era pequena e comprimida entre o mar e as
montanhas, mas a população também era pouca. Visto que o apelo da vida de marinheiro
atrai um número cada vez maior de jovens das zonas rurais, a Coroa começava a
empenhar-se no que viria a ser uma batalha interminável e infrutífera para que fossem
produzidos alimentos suficientes para alimentar a população”(dos Passos, 2017). O mar
foi a saída. Nasce aqui o primeiro império global da história (Page, 2002), o português,
com possessões na África, América do Sul, Ásia e Oceânia.
Orlando Ribeiro, geógrafo português, recorda que o Mediterrâneo teve uma
unificação política que foi feita sobre base continental e não marítima, o império romano
repousa nas estradas e cidades interiores. Portugal foge a esta regra, mas só depois,
escreve o geógrafo, de ter resolvido, de forma sustentada a questão da posição da terra
e do conhecimento das rotas (Ribeiro, 2011). Para isso foi fundamental o investimento
privado (das colónias italianas, de sefarditas ou cristãos-novos), e a revolução de 1383
como acontecimento cimeiro do ponto de vista da unidade territorial. É aqui que a batalha
de Aljubarrota (1385) contra Espanha é parte essencial da construção da nação como
“comunidade imaginada” (Anderson, 2008), um fenómeno – a nação portuguesa - que
será de facto edificado só no século XIX e XX, a contrario dos mitos fundadores que ainda
hoje perduram (“uma nação com 900 anos”). A terra domina, o mar liga, o poder é
territorial (Ribeiro, 2011:50-51).
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Sobre a autora
Raquel Varela
Professora na FCSH- Universidade Nova de Lisboa, Historiadora e Investigadora,
investigadora integrada do HTC (CEF-FCSH-UNL), e investigadora do Centro de Estudos
Globais do Trabalho (UA). Autora e editora de mais de 3 dezenas de livros de história
global do trabalho, história de Portugal e da Europa, entre eles Breve História da Europa
(Bertrand, 2018).