Melody Anne (Série Surrender 01) - Surrender
Melody Anne (Série Surrender 01) - Surrender
Melody Anne (Série Surrender 01) - Surrender
arrependimentos.
envolvidas.
perder nele.
mas ele nega o efeito que ela tem sobre ele até que é
tarde demais para impedir a conclusão inevitável para
mutuamente.
Divórcio.
— Adeus.
Ela perdeu.
— Está me abandonando?
Se apenas ...
— Senhorita Harlow?
Ari não entendia por que era preciso uma foto dela.
Provavelmente para os cartões de identificação dos
empregados, mas normalmente isso acontecia depois que
fossem contratados. Talvez apenas quisessem comprovar que
não fosse nenhuma criminosa. Não se importava. Não iria
protestar por uma tolice assim.
Era óbvio que Ari não era uma de suas típicas escolhas.
A primeira vez que viu sua foto, passou por cima, mas de
algum jeito, a fotografia permaneceu sobre a mesa depois de
sua rápida verificação e algo em seus belos olhos verdes o
chamou, apesar dela tentar escondê-los atrás desses enormes
óculos.
Ari podia sentir Rafe ao seu lado. Ele não a tocava, mas
ia a seu lado na mesma direção enquanto ela tentava fazer
uma saída digna. Por que não podia simplesmente ter ficado
em seu escritório em lugar de insistir em acompanhá-la até a
porta? Ari sentiu o ar empurrando contra as paredes de seus
pulmões e começou a lutar contra o desejo de ofegar
enquanto tentava absorver mais oxigênio. Sabia que o perigo
estava em sua cabeça - não havia nenhuma razão para se
alarmar.
O que faria?
— Por aqui.
— Mamãe?
— Atrasar o que?
Trabalhou tão duro para fazer algo com sua vida, para
estar sempre na parte superior de sua classe, estudou duro,
renunciando a sair com rapazes, evitando ter uma vida social
diferente de muitos outros estudantes do ensino médio e
universitários. Trabalhou com todas suas forças para ficar
orgulhosa de si mesma e agora tudo se reduzia a se converter
na amante de um homem.
Não estava acostumada a sentir muita compaixão pelas
pessoas que não estavam de acordo com seus altos padrões.
Cada vez que tentava olhar além da imagem preconcebida
que fez das pessoas, nunca via complexidades nem
circunstâncias atenuantes. As pessoas que eram vítimas,
eram porque deixavam que se aproveitassem delas, não?
Estava descobrindo que o mundo não era tão branco nem tão
preto como sempre o viu de seu privilegiado ponto de vista.
Sua mãe não gostaria que fizesse isto, não gostaria que
caísse ante o primeiro obstáculo.
Ele deve ter percebido que ela não queria fazer isto,
inclusive antes da negação, então por que passar por tudo?
Entenderia um pouco mais se fosse um homem tirano e
desagradável, insuportável e horrível. Com sua pele
azeitonada e bonita, um leve sotaque italiano, essa incrível
confiança em si mesmo, ela não via nenhuma razão para ter
que fazê-lo. Em outras circunstâncias, em outro universo,
poderia inclusive se sentido decepcionada por não sair com
ele.
Nada!
1
Fugu, peixe que chega vivo ao preparo para não envenenar o cliente.
Cada palavra que dizia fazia com que ela fosse elevando
cada vez mais suas sobrancelhas e que franzisse cada vez
mais seus lábios. Seu expressivo rosto era encantador. Rafe
achava a mulher um pouco aborrecida, mas não podia negar
que sua inocência o fascinava. Gostava da forma como
colocava seus sentimentos sobre a mesa, a forma como tudo
o que pensava fosse como um livro aberto para ele.
3
O hamachi preparado na churrasqueira com molho amarelo.
estava dizendo. A conversa se concentrou em temas
mundanos, durante a meia hora seguinte, mas não se
aborreceu absolutamente. Em todo caso, estava mais
interessado nesta mulher que nunca.
— Isso não é verdade. Sei por que a criei e criei para que
fosse uma pessoa independente e tivesse êxito em tudo o que
se propusesse a alcançar. Você pode e fará tudo que seu
coração desejar. Se algo me acontecer, proíbo que chore
durante muito tempo. Isso me romperia o coração em mil
pedaços. Inclusive se tiver que ir deste mundo muito cedo,
sempre estarei com você, sempre cuidarei de você. Quero que
me prometa que não renunciará e se conformará com menos.
Viva a vida ao máximo, não indiferente como muita gente faz.
Era a primeira vez que sua mãe pedia algo que ela não
podia prometer.
— Falo sério, Arianna. Quero que viva sua vida por mim.
Chega de culpa. Chega de tristeza. Vamos falar de algo alegre.
— O rosto da mulher se iluminou quando perguntou. —
Como vai a universidade?
— Está bem?
— Arianna Harlow.
Apertado.
— Você...
Ela sabia que não deveria gritar, não deveria exigir mais,
não até que pedisse e implorasse. Se ele parasse, ela
morreria. Sem dúvida, uma pessoa não podia chegar à beira
de tanto prazer apenas para que a deixassem presa lá.
Preferia morrer a sentir um desejo tão palpitante não
satisfeito.
Muito grande!
4
que admitir que gostava da ideia de sair por aí com suas
companheiras. Deixou suas preocupações para trás
rapidamente enquanto saíam do edifício e se dirigiam à
parada do ônibus mais próxima.
7
Comida frita feita com massa de feijão.
rosto esquentasse rapidamente enquanto abaixava o olhar
para sua bebida.
— Filho da puta!
Por sorte, Ari levava uma bolsa com alça, que ainda
estava pendurada ao redor de seu pescoço. Procurou nela e
encontrou a chave, logo a levantou em seus braços e a levou
pela escada instável até o segundo andar, onde encontrou a
fechadura da porta apesar da escuridão que os rodeava. Fez
várias tentativas antes que pudesse abrir a porta.
8
GHB (Ácido Gama-Hidroxibutírico), também conhecido por Ecstasy líquido, Easy Lay, Scoop,
Somatomax, ...
A ira de Rafe aumentou a um nível perigoso. Esse
homem que a teve em seus braços a drogou e planejou fazer
quem sabe o que com ela antes de jogá-la em qualquer lugar.
Nunca antes levou uma mulher para sua casa. Este era
um grande passo para ele e enquanto seu temperamento
explodia, começou a compreender exatamente por que não
convidava nenhuma mulher para vir em sua casa. Era a
razão pela qual não queria ter uma relação normal com
ninguém.
Ari sabia que era o momento de dizer que isto não iria
acontecer. Tinha que pronunciar essas palavras além de sua
apertada garganta e exigir que a deixasse em paz. Mas à
medida que o homem expunha seu definido peito cor oliva
enquanto desabotoava o último botão da camisa, ela
esqueceu por completo o que estava pensando.
— Mestre?
Ele sorriu quando viu como seu rosto ardia e como não
pôde olhar o garçom quando sua sopa era servida, muito
envergonhada para encontrar com os olhos de seu
empregado. Ela tinha que saber que jamais ganharia uma
batalha contra ele. Ele não permitiria isso.
— Sim, senhor.
9
Menino – criança.
— Pobres criaturas? De acordo, talvez é melhor que não
seja pai. — Disse seu pai com um sorriso.
— Sei, sei que tudo isto é muito chato, então não devem
preocupar suas pequenas e preciosas cabecinhas com isso. —
Riu de novo quando suas irmãs mostraram a língua juntas.
— Ficarão felizes em saber que tem seis confortáveis quartos,
cada uma com seu próprio banheiro privativo, uma sala de
jogos que a fará muito feliz, uma piscina, um terraço bar,
salas de conferências, embora isso não interesse muito e uma
sala de jantar formal.
— Rafe ...
— Um desafio. Adoro.
— Sim, porque é uma pirralha intrometida, Rachel.
— Ari.
— Cuidado!
Meia hora mais tarde, Ari estava indo muito bem. Sem
dúvida fazendo muito exercício e estava rindo tanto que doía
o estômago. Lia e Rachel tinham razão sobre as pernas
doloridas, já podia sentir um leve ardor em suas coxas.
— De onde são?
— Dando prazer...
Ok. Ok. Sim, olhou para trás, mas com desgosto. Estava
irritada consigo mesma por estar decepcionada, por não ter
notícias dele. Isso era o que queria, não? Ela sabia muito bem
que ele se cansaria de persegui-la com o tempo e deveria
gritar de alegria aos quatro ventos por voltar a ser livre. Já
não teria que se preocupar em ser fraca ao seu redor se não
voltasse a vê-lo. Olhando por qualquer ângulo, saía
ganhando. Era óbvio.
Ari queria levar sua mãe para casa, embora ainda não
tivesse contado que precisou vendê-la. Não sabia como
reagiria depois de todas as coisas que já passou. Seria um dia
muito ruim, ela pressentia.
Rafe.
10
Ditado popular: Cavalo dado não se olha os dentes, obs. É pelos dentes que se sabe a idade de um
cavalo.
mas saiba que não pouparei esforços para ganhar, mesmo
roubando.
Ari saltou ante o som da voz de Rafe. Por seu tom de voz
zombeteiro, Ari soube que o homem estava tentando irritá-la
mais uma vez e ela se negava a seguir.
— Bem por isso acha que está a salvo, mas não deveria
me subestimar tanto, Ari. Uma vez que decido empreender
uma ação, nada... nem ninguém pode me impedir. —
Ameaçou ele, enquanto segurava seu rosto entre suas mãos e
a empurrava contra a parede.
— O que aconteceu?
— Boa garota.
— Ari. — Disse.
— Ari?
— Quem é você?
Porra!
— Onde está?
— Não sabia?
— Se não ouviu falar dela, então não pode ser tão sério.
— Disse Martin, com certa confusão.
Já era suficiente!
— Fico feliz que me levará para ver minha filha, mas não
pressione sua sorte. Dói-me todo o corpo, atiraram na minha
menina e estes médicos imbecis dizem que tenho que
permanecer na cama para meu próprio bem. Não quero que
mais ninguém fale algo. Quero ver minha filha e quero ver já!
— Falou Sandra enquanto sustentava o olhar de Rafe.
Rafe admirava Sandra - e isso era um problema. Não
tinha a menor dúvida de que seguiria em frente com sua
ameaça se não conseguisse o que queria, igual sua mãe faria
a qualquer pessoa que se interpusesse entre ela e seus filhos.
As duas mulheres eram desconcertantemente parecidas.
— Não posso...
— Ari, temos que passar por isso outra vez? Ouvi você
dizer Rafe, então sei que é capaz de falar meu nome. Cada vez
que me chamar de senhor Palazzo daqui em diante, lembrarei
que estou no comando. Entendeu? Quando me responder,
diga meu nome.
— Siga-me.
— Sente-se. — Ordenou.
Interessante.
— Está bem, mas quero que saiba que isto não tem
nenhuma graça. — Disse Miley enquanto fazia uma careta.
— Está bem, sim. Quero que saiba que não vou de boa
vontade e que estou muito irritada com você
— Jura?
11
Significa um movimento de batida.
— Há dois passos básicos no Chá-chá-chá. O primeiro é
um passo de oscilação. Basicamente, tem que trocar seu peso
de um pé para o outro à medida que lentamente se move para
trás e para frente. Lembre-se que deve mover a bunda,
usando-a sempre. Não fique aí parada. Mova-se!
— Permita-me? — Gritou.
Ele sabia que era o álcool que estava falando, mas ainda
assim, tinha que ter algo de verdade em suas palavras. Acaso
a interpretou mal todo este tempo? Será que não o desejava
mais do que desejaria qualquer outro homem? Não era
próprio dele ter dúvidas, mas não sabia o que pensar neste
momento.
Certo que ela não era sua empregada, mas isso não
mudava as regras na mente de Rafe. Ela pode ter sido
testemunha de alguns momentos muito breves nos últimos
meses nos quais Rafe atuou como um ser humano, mas a
questão era que isto era o que ele era. Jamais atuava, não
fingia querer outra coisa que não fosse sexo e controle.
Devia ser por que sua relação não era oficial, era como
se estivesse suspenso no ar. Não gostava da espera, a
incerteza.
Assim que a porta foi fechada, Ari se virou para ele com
fogo em seus olhos.
— Ainda se nega?
— Isso é o que acabo de dizer!
— Viajarei nisto?
Rafe esperou.
— Preciso de tempo...
Continua ...
Tenho que admitir que tive um grande momento
lado.
compartilham comigo.
melhor no seguinte.
pessoa.
tão grande.