Retorica Trabalho
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Introdução....................................................................................................................................2
1. Contextualização histórica da Retórica....................................................................................3
1.1.1. Conceito de Retórica..........................................................................................................3
2. Retórica e Oratória...................................................................................................................4
2.1. Retórica e eloquência............................................................................................................6
2.2. Retórica e Comunicação........................................................................................................7
3. Conclusão...............................................................................................................................11
4. Referências bibliográficas......................................................................................................12
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Introdução
Esta pesquisa versa sobre a Retórica e outras formas de discurso e expressão, a mesma
submete-se a seguintes conteúdos: Retórica e oratória, Retórica e eloquência, Retórica e
comunicação. A retórica, arte de utilizar a linguagem para persuadir e influenciar,
transcende os tempos, permeando a história desde a Grécia Antiga até os dias actuais.
Esta pesquisa se propõe a desvendar os mistérios da retórica, explorando suas nuances e
aplicações em diversos contextos. Através de uma análise aprofundada, buscamos:
compreender a essência da retórica: definir o que é retórica e sua contextualização,
desvendar seus elementos essências: explorar os pilares da retórica, traças sua evolução
histórica: investigar a trajectória da retórica ao longo dos séculos, desde a origem na
Grécia antiga até suas adaptações na sociedade contemporânea.
Para Aristóteles, a Retórica é uma arte teórica que se desdobra a partir da natureza
humana. E acrescenta que os modos da persuasão são os grandes constituintes desta
arte: tudo o resto é acessório. Quintiliano, diferente de Aristóteles, entende retórica
como arte de bem falar e demostrar loquacidade e expressividade diante de um auditório
com o objectivo de ganhar a adesão para a sua causa.
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Mateus (2018), esclarece que A Retórica foi usada por homens e mulheres de todo o
mundo, e em todas as épocas, para partilharem e fazerem aceitar as suas ideias, desde
Péricles ou Cícero na Antiguidade Clássica, passando por Santo Agostinho, na Idade
Média, Martinho Lutero no séc. XVI, até Kate Sheppard, Franklin Roosevelt, Winston
Churchill, Martin Luther King, Margaret Thatcher, Nelson Mandela, no Séc. XX ou
Barack Obama, no séc. XXI.
Para Mateus (2018), a definição avançada pressupõe que a Retórica não é uma
meramente uma habilidade nem um simples talento, mas sim um método, teórico e
prático, que guia o desenvolvimento de uma dada relação comunicativa. Pode ser
aprendido, desenvolvido e modificado. É, assim, um método evolutivo que se dedica a
usar a persuasão no discurso para interpelar uma determinada questão tida por
problemática com vista a melhorar um estado de coisas existente, através de mudanças
no modo como os sujeitos valorizam e avaliam determinado dilema.
A retórica está dividida em duas partes “ Boa e Má”, onde a retórica boa é por natureza
argumentativa e a retórica má ou negra, coloca-se como apodíctica e concludente
transformando o assentimento em consentimento. Essa retórica ofusca o interlocutor, os
desejos e os interesses ao oferecer uma visão absoluta e inquestionável da realidade.
Diferente da retórica branca/boa que opera sobre a diferença entre orador e auditório,
sobre a sua distância enquanto sujeitos. A retórica boa tende a convocar o interlocutor a
problematizar a realidade a usar a sua lucidez crítica, não para consentir, mas para
permitir ser convencido (Mateus, 2018).
2. Retórica e Oratória
De acordo com Mateus (2018), O movimento de ensino da nova arte oratória alastrou-se
desde a Sicília até outras Cidade-Estado gregas através dos professores de Retórica, os
retores e dos profissionais da oratória conhecidos como Sofistas (p. 60).
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A Retórica é uma aprendizagem que requer constante prática e que pode ser exercida
sob duas formas: uma forma emulatória onde o indivíduo imita os gestos, os discursos,
a oratória e a argumentação de reputados oradores consagrados (Mateus, 2018, p. 37).
Esta forma emulatória acontece em todos os momentos da nossa vida quotidiana e
verifica-se quando o aluno imita o seu professor, ou quando alguém concebe a sua
oratória de acordo com exemplos que tenha observado presencialmente ou através dos
média.
Para se compreender essa relação entre Retórica e Oratória, é preciso considerar-se que
ambas (retórica e oratória) se preocupam com o discurso. De acordo com Maingueneau
(2004), a noção do discurso é empregada com acepções muito diferentes, desde as mais
restritivas até as mais abrangentes. Na perspectiva da escola francesa de análise do
discurso, entende-se por discurso uma dispersão de textos cujo modo de inscrição
histórica permite definir como um espaço de regularidades enunciativas.
pesar os prós e contras de uma decisão sendo, por isso, especialmente orientada para o
futuro: o que deve ser feito.
Deste modo, a Retórica supõe, assim, no entender de Mateus (2018), uma espécie de
contrato de comunicação que regula o funcionamento da interacção discursiva,
determinando os discursos prováveis que serão, ou não, admitidos. Ela dirige-se ao
outro, ao interlocutor distante ou discordante e, como tal, possui uma dinâmica própria
que coloca em interdependência um conjunto de elementos fundamentais do processo
de argumentação.
Mateus (2018), supõe que a dinâmica retórica para mobilizar a argumentação deve pôr
em prática alguns elementos principais: opinião, orador, argumento, auditório,
percepção e comportamento (p. 93).
Opinião: a opinião ou ponto de vista versa um assunto sobre o qual não existe
uma resposta cabal ou evidente. Trata-se de uma opinião situada no domínio do
verosímil e da plausibilidade, e que, por esse mesmo motivo, é objecto de
disputa.
Orador: o orador é aquele que, através da sua subjectividade, procede à
adequação entre a sua opinião e o argumento a defender com vista a persuadir o
seu auditório. A sua principal tarefa é criar uma argumentação válida e submetê-
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baluarte dos trabalhadores); contudo, por vezes, esses discursos são incapazes de
transformar a adesão do auditório em disposição deste para agir (ex: o cidadão
votar nesse partido nas próximas eleições).
3. Conclusão
Essa pesquisa foi desenvolvida obedecendo uma estrutura hierárquica das ideias,
começando com o foco principal da pesquisa que é a retórica. A retórica, é um tema
discutido desde a era clássica por grandes pensadores como: Sofistas, Platão, Aristóteles
e passou a ser discutido na idade média por pensadores como Santo Agostinho. Este
tema, é ainda discutido até dias actuais, a razão da discussão deste tema em muitas
áreas, reside no facto de a mesma ser indispensável principalmente na academia. Nessa
abordagem, englobamos conteúdos como: Retórica e Oratória, sabe-se que a retórica é
inseparável da oratória, visto que, as duas áreas estão entrelaçadas, a Retórica tem
também uma relação muito profunda com a eloquência e a comunicação.
Essas áreas tendem a ter uma coisa em comum, que é a noção do discurso. Filósofos
como Habermas, Foucault e outras, tratam a questão do discurso no seu sentido mais
amplo, pois, o discurso é muito usado ultimamente para persuadir certas pessoas para
seguirem uma determinada linha de pensamentos ou ideias que um orador traçou. É por
essa razão, que diz-se que a Retórica é a arte de persuadir. Com a nossa pesquisa,
buscamos esclarecer a importância que a retórica possui dentro da sociedade e
principalmente para a vida académica. Essa pesquisa seguiu os traços metodológicos
referidos no início para a sua materialização, sem fugir dos seus objectivos específicos.
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4. Referências bibliográficas
Breton, P. (1999). Argumentação na comunicação. São Paulo: EDUSC.