Retorica Trabalho

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Índice

Introdução....................................................................................................................................2
1. Contextualização histórica da Retórica....................................................................................3
1.1.1. Conceito de Retórica..........................................................................................................3
2. Retórica e Oratória...................................................................................................................4
2.1. Retórica e eloquência............................................................................................................6
2.2. Retórica e Comunicação........................................................................................................7
3. Conclusão...............................................................................................................................11
4. Referências bibliográficas......................................................................................................12
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Introdução
Esta pesquisa versa sobre a Retórica e outras formas de discurso e expressão, a mesma
submete-se a seguintes conteúdos: Retórica e oratória, Retórica e eloquência, Retórica e
comunicação. A retórica, arte de utilizar a linguagem para persuadir e influenciar,
transcende os tempos, permeando a história desde a Grécia Antiga até os dias actuais.
Esta pesquisa se propõe a desvendar os mistérios da retórica, explorando suas nuances e
aplicações em diversos contextos. Através de uma análise aprofundada, buscamos:
compreender a essência da retórica: definir o que é retórica e sua contextualização,
desvendar seus elementos essências: explorar os pilares da retórica, traças sua evolução
histórica: investigar a trajectória da retórica ao longo dos séculos, desde a origem na
Grécia antiga até suas adaptações na sociedade contemporânea.

Para a concretização dos nossos objectivos, recorremos a revisão bibliográfica que


consistiu na recolha, selecção, e leitura dos livros, artigos e outros manuais consultados,
será usada também a técnica de hermenêutica textual que consistirá na análise e
interpretação dos documentos/ textos consultados.
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1. Contextualização histórica da Retórica


A Retórica nasce, não em Atenas, mas na Sicília grega, em 465 A.C, e possui uma
origem judiciária. Ela surge intimamente associada à reivindicação da propriedade. Ela
aparece, pela primeira vez, como instrumento de poder, técnica de domínio através da
linguagem. Por ocasião dos decretos de Hierão e Gelão, dois tiranos, que decidiam a
deportação e expropriação de inúmeras propriedades, a população siciliana reclamou os
seus bens iniciando uma guerra civil à qual se seguiram imensos conflitos em Tribunal.
Numa época em que ainda não existiam advogados para defender os litigantes,
começaram a surgir um conjunto de pessoas capazes de mobilizar multidões e, através
da sua eloquência, convencê-las do que seria adequado fazer. Rapidamente essas
pessoas começaram a vender e a ensinar o seu conhecimento prático.

Os primeiros professores conhecidos desta nova disciplina reivindicativa foram


Empédocles de Agrigento, Córax e Tísias. Córax, discípulo de Empédocles, é o autor,
juntamente com Tísias, de uma arte oratória (tekhné rhetoriké) onde apresenta um
método e regras – artem et praecepta – para o desenvolvimento das reuniões públicas
(Mateus, 2018, 60).

1.1.1. Conceito de Retórica


De acordo com Mateus (2018), retórica é a disciplina que estuda o modo como
comunicamos persuasivamente com os outros (p. 15). Ela também pode ser entendida
como uma actividade persuasiva procurando influenciar e moldar a forma como alguém
perspectiva ou age sobre determinado assunto. Simultaneamente, é também uma técnica
e uma prática que nos ensina a tornar aquilo que dizemos mais decisivo e categórico.
Com efeito, a Retórica não consiste somente nos meios pelos quais as ideias são
expressas: compreende igualmente os meios pelos quais as ideias são geradas.

Para Aristóteles, a Retórica é uma arte teórica que se desdobra a partir da natureza
humana. E acrescenta que os modos da persuasão são os grandes constituintes desta
arte: tudo o resto é acessório. Quintiliano, diferente de Aristóteles, entende retórica
como arte de bem falar e demostrar loquacidade e expressividade diante de um auditório
com o objectivo de ganhar a adesão para a sua causa.
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Mateus (2018), esclarece que A Retórica foi usada por homens e mulheres de todo o
mundo, e em todas as épocas, para partilharem e fazerem aceitar as suas ideias, desde
Péricles ou Cícero na Antiguidade Clássica, passando por Santo Agostinho, na Idade
Média, Martinho Lutero no séc. XVI, até Kate Sheppard, Franklin Roosevelt, Winston
Churchill, Martin Luther King, Margaret Thatcher, Nelson Mandela, no Séc. XX ou
Barack Obama, no séc. XXI.

Embora todas estas personalidades tenham adquirido uma proeminente relevância


pública, a Retórica no entender de Mateus, não diz respeito apenas à política. Pois, a
necessidade de convencer os outros a aderir às nossas ideias é omnipresente nas nossas
vidas desde o voluntariado na associação de estudantes, passando pela escolha do local
de férias até convencermos os nossos filhos a comer. Enquanto seres sociais, vivemos
mergulhados em constantes solicitações que requerem de nós uma decisão quanto a
aceitarmos ou rejeitarmos aquilo que ouvimos.

Para Mateus (2018), a definição avançada pressupõe que a Retórica não é uma
meramente uma habilidade nem um simples talento, mas sim um método, teórico e
prático, que guia o desenvolvimento de uma dada relação comunicativa. Pode ser
aprendido, desenvolvido e modificado. É, assim, um método evolutivo que se dedica a
usar a persuasão no discurso para interpelar uma determinada questão tida por
problemática com vista a melhorar um estado de coisas existente, através de mudanças
no modo como os sujeitos valorizam e avaliam determinado dilema.

A retórica está dividida em duas partes “ Boa e Má”, onde a retórica boa é por natureza
argumentativa e a retórica má ou negra, coloca-se como apodíctica e concludente
transformando o assentimento em consentimento. Essa retórica ofusca o interlocutor, os
desejos e os interesses ao oferecer uma visão absoluta e inquestionável da realidade.
Diferente da retórica branca/boa que opera sobre a diferença entre orador e auditório,
sobre a sua distância enquanto sujeitos. A retórica boa tende a convocar o interlocutor a
problematizar a realidade a usar a sua lucidez crítica, não para consentir, mas para
permitir ser convencido (Mateus, 2018).

2. Retórica e Oratória
De acordo com Mateus (2018), O movimento de ensino da nova arte oratória alastrou-se
desde a Sicília até outras Cidade-Estado gregas através dos professores de Retórica, os
retores e dos profissionais da oratória conhecidos como Sofistas (p. 60).
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A retórica e oratória, são duas áreas entrelaçadas na história da comunicação, ambas


tecem um tapete de persuasão e eloquência que encanta e inspira desde a Grécia Antiga
até os dias de hoje. Embora as duas artes estejam entrelaçadas, a retórica é uma arte de
persuasão ou informar enquanto a oratória é a arte de falar em público de forma eficaz e
eloquente. A retórica tem foco na construção do discurso e na persuasão, a oratória tem
foco na performance do discurso e na eloquência.

A Retórica é uma aprendizagem que requer constante prática e que pode ser exercida
sob duas formas: uma forma emulatória onde o indivíduo imita os gestos, os discursos,
a oratória e a argumentação de reputados oradores consagrados (Mateus, 2018, p. 37).
Esta forma emulatória acontece em todos os momentos da nossa vida quotidiana e
verifica-se quando o aluno imita o seu professor, ou quando alguém concebe a sua
oratória de acordo com exemplos que tenha observado presencialmente ou através dos
média.

Para se compreender essa relação entre Retórica e Oratória, é preciso considerar-se que
ambas (retórica e oratória) se preocupam com o discurso. De acordo com Maingueneau
(2004), a noção do discurso é empregada com acepções muito diferentes, desde as mais
restritivas até as mais abrangentes. Na perspectiva da escola francesa de análise do
discurso, entende-se por discurso uma dispersão de textos cujo modo de inscrição
histórica permite definir como um espaço de regularidades enunciativas.

A oratória, é usada em contextos diferentes e actua de formas também distintas. No caso


da área jurídica por exemplo, ela está associada aos tribunais e ao discurso acusatório,
os discursos assumem a forma de pleitos e arguições acerca da culpabilidade ou
inocência de alguém num contexto forense. Sejam de acusação ou de defesa (apologia),
este género concentra-se naquilo que aconteceu. A sua natureza não é pragmática nem
contemplativa, como no caso dos géneros deliberativo e epidíctico. Pelo contrário, a sua
natureza é sobretudo inquisitiva, assente na reconstrução do passado e na consideração
do significado dos actos ocorridos (Mateus, 2018, p. 100).

A oratória deliberativa, diferente da jurídica, aborda, sobretudo, a questão da


recomendação ou prescrição, perante uma assembleia, um curso de acção normalmente
associado ao futuro. No género deliberativo, questão principal é enquadrar qual o
comportamento a adoptar (no futuro) que seja mais benéfico e útil. Trata-se, aqui de
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pesar os prós e contras de uma decisão sendo, por isso, especialmente orientada para o
futuro: o que deve ser feito.

Para Foucault, entende-se o discurso como um conjunto de regras anónimas, históricas,


sempre determinadas no tempo e no espaço, que definiram, em dada época, e para uma
‘área social, económica, geográfica ou linguística (Maingueneau, 2008, p. 13).

Para Foucault (1996):

A retórica relaciona-se com o poder, ou seja, as ideias de Foucault centram-se na forma


como o discurso pode criar relações de poder entre os indivíduos, tornando-os mais
fortes ou privando-os de uma posição social privilegiada numa sociedade. O significado
e o conhecimento, são para Foucault uma função do discurso, e é através deles que se
atingi uma compreensão do significado. O discurso é uma forma de acção e não apenas
uma reflexão sobre o mundo. Os aspectos fundamentais na teoria na teoria de Foucault
são as formações discursivas ou as formas de escrever e falar. Estas formações limitam
as nossas intervenções sobre determinados assuntos, são estabelecidas por relações
sociais institucionais e geram o discurso, definido assim relações de poder e autoridade
que estão presentes no quotidiano.

2.1. Retórica e eloquência


A retórica e eloquência são também duas áreas entrelaçadas na arte de comunicação
eficaz. A retórica, com seu foco na persuasão, busca influenciar o público através de
argumentos sólidos e estratégias cuidadosamente elaboradas. Já a eloquência, com sua
enfâse na beleza da fala, encanta e economia, cativando atenção e criando uma conexão
profunda com o ouvinte.

A eloquência é a capacidade de expressar ideias de forma clara, persuasiva e cativante.


Ela envolve o uso eficaz da linguagem, tom de voz, gestos e expressões faciais para
transmitir uma mensagem de maneira impactante. Na Grécia Antiga, pensadores como
Aristóteles e Sócrates reconheceram a importância da retórica na esfera pública e
política. Através de discursos eloquentes e persuasivos. No mundo moderno, a
eloquência e a retórica continuam a desempenhar papéis cruciais na política, negócios,
mídia e vida quotidiana. Políticos habilidosos usam discursos persuasivos para ganhar
eleições e promulgar políticas.
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Na eloquência retórica, não existem diferenças de classes nem de riqueza. Rico ou


pobre, anónimo ou célebre, qualquer um pode vencer pelo discurso. Tudo o que importa
é o mérito individual do orador. Ou mais exactamente, o que importa são os poderes
encantatórios da palavra em detrimento da pertinência das provas (Mateus, 2018, p. 62).

A retórica é um exercício eloquente, sendo um exercício eloquente de persuasão, pode


ser compreendida como a arte que expande o raciocínio argumentativo do orador ao
tornar possível que um auditório aceite ou decida fazer algo. Um argumento possui uma
finalidade persuasiva intrínseca ao procurar, desde logo, a anuência do auditório.

Partindo da linha de pensamento de Breton (1999), a essência da Retórica é a persuasão


mas o princípio sobre o qual opera é a argumentação. Sem uma técnica capaz de fazer
convencer o auditório, a argumentação é incipiente e incompleta. Tal como sem a
argumentação, a Retórica é eloquência fútil e vã.

2.2. Retórica e Comunicação


De acordo com Loureço (2016), O termo Comunicação surgiu dentro dos mosteiros
antigos para designar actividade feita em conjunto, já que na antiguidade o isolamento
para contemplação era característica dos religiosos (p.29). A palavra vem do latim
Communicatio em que o prefixo “co-” dá ideia de algo feito em conjunto com alguém, a
raiz muniz significa “estar encarregado de” e a terminação tio que sugere acção. O
momento comunicativo era quando cada um emergia de seu recolhimento solitário para
entrar em contacto com o outro, ou seja, num esforço para estar com o outro, e realizar
algo em comum com seus semelhantes (Lourenço, 2016, p 29).

Sob esta perspectiva é possível definir a comunicação como um encontro intencional


que busca romper o isolamento em um espaço e tempo determinados, com o objectivo
de realizar uma acção em comum. Um momento de compartilhamento de informações,
valores, identidades, que seria fundador do ser humano como alguém situado
historicamente no tempo. Pode-se dizer que o termo comunicação não se aplica nem às
propriedades ou ao modo de ser das coisas, nem exprime uma acção ou reúne os
membros de uma comunidade. Ele não designa nem o ser, nem a acção sobre a matéria,
tampouco a práxis social, mas um tipo de relação intencional exercida sobre outrem,
portanto, em sua concepção mais fundamental, o termo “comunicação” refere-se ao
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processo de compartilhar um mesmo objecto de consciência, ele exprime a relação entre


consciências.

A relação entre retórica e comunicação é profunda e intrínseca, isto é, tanto a retórica


quanto a comunicação têm como objectivo principal persuadir e influenciar um público-
alvo. A retórica oferece ferramentas e técnicas específicas para construir argumentos
convincentes e cativar a atenção do público, enquanto a comunicação se concentra na
transmissão eficaz desses argumentos por meio de diferentes canais e mídias.

A comunicação argumentativa supõe o recurso a estratégias de persuasão baseadas em


argumentos e um reconhecimento implícito do auditório enquanto interlocutor pelo qual
existe respeito e um sentimento igualitário. Argumentar significa “agir sobre a opinião
de um auditório de tal maneira que se abra um espaço, um lugar para a opinião que o
orador lhe propõe. Em rigor, argumentar é construir uma intersecção entre os universos
mentais em que cada indivíduo vive”. A Retórica é, pois, uma actividade comunicativa
em que existe um quadro partilhado de valores, atitudes ou códigos implícitos que
constituem o horizonte de sentido, no qual orador e auditório se inscrevem com vista ao
estabelecimento da intercompreensão (Mateus, 2018, p. 91).

Deste modo, a Retórica supõe, assim, no entender de Mateus (2018), uma espécie de
contrato de comunicação que regula o funcionamento da interacção discursiva,
determinando os discursos prováveis que serão, ou não, admitidos. Ela dirige-se ao
outro, ao interlocutor distante ou discordante e, como tal, possui uma dinâmica própria
que coloca em interdependência um conjunto de elementos fundamentais do processo
de argumentação.

Mateus (2018), supõe que a dinâmica retórica para mobilizar a argumentação deve pôr
em prática alguns elementos principais: opinião, orador, argumento, auditório,
percepção e comportamento (p. 93).

 Opinião: a opinião ou ponto de vista versa um assunto sobre o qual não existe
uma resposta cabal ou evidente. Trata-se de uma opinião situada no domínio do
verosímil e da plausibilidade, e que, por esse mesmo motivo, é objecto de
disputa.
 Orador: o orador é aquele que, através da sua subjectividade, procede à
adequação entre a sua opinião e o argumento a defender com vista a persuadir o
seu auditório. A sua principal tarefa é criar uma argumentação válida e submetê-
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lá à apreciação dos outros indivíduos. Isto é, a sua função é a de criação e


transmissão de um argumento. O seu objectivo é fazer com que o auditório adira
e partilhe a sua tese através do seu exercício retórico. O orador é aquele que dá
corpo e expressão ao pensamento que produz uma opinião. É a ele que o
auditório reage. Assim, o sucesso retórico depende da capacidade do orador em
fazer ver e fazer sentir ao auditório a pertinência, razoabilidade e plausibilidade
daquilo que é argumentado.
 Argumento: os argumentos consistem na apresentação encadeada e rigorosa de
razões destinadas a fazer convencer. Pode ser apresentado por escrito (ex: os
acórdãos dos tribunais) ou oralmente (ex: o discurso de um general às suas
tropas), de forma directa (presencial) ou indirecta (através dos meios de
comunicação de massa). O argumento pode igualmente assumir uma forma não-
verbal como por exemplo sob a forma de uma imagem (ex: um cartoon satírico).
 Auditório: ao conjunto daqueles que o orador visa influenciar através da sua
argumentação dá-se o nome de auditório. E nem sempre o interlocutor directo do
orador é, na verdade, o seu auditório. Assim, o ministro parece falar com o
jornalista, porém, provavelmente, o seu auditório será composto pelos cidadãos,
aqueles que, muito provavelmente, deseja influenciar.
O auditório será considerado particular se for relativo àquele grupo específico de
interlocutores como por exemplo, uma sala de imprensa cheia de jornalistas, os
pais presentes na reunião com os encarregados de educação, aquele grupo
particular de trabalhadores de uma determinada fábrica. O auditório poderá ser
formado por apenas uma ou por milhares de pessoas. Cada auditório é
considerado de forma particular tendo em conta o contexto comunicativo em que
a relação com o orador ocorre. Assim, o orador terá de adaptar os argumentos
que melhor sirvam as expectativas, necessidades ou desejos do auditório.
 Percepção e Comportamento: de acordo com os valores, juízos e
conhecimentos mobilizados durante a argumentação, assim o auditório tenderá a
aceitar ou rejeitar as propostas argumentativas do orador. Tendo este sucesso,
então, a adesão do auditório irá manifestar-se de forma passiva (reconhecendo a
força da argumentação) ou de forma activa (o reconhecimento intelectual
transformado em disposição para agir).
Alguns discursos políticos são uma boa ilustração: eles podem ter alterado ou
confirmado determinada percepção (ex: um partido apresentado como último
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baluarte dos trabalhadores); contudo, por vezes, esses discursos são incapazes de
transformar a adesão do auditório em disposição deste para agir (ex: o cidadão
votar nesse partido nas próximas eleições).

A retórica, como arte de persuasão, não se limita a um conjunto de técnicas, mas


sim se configura como um processo dinâmico e adaptável às diferentes
situações. Dominar a retórica significa ter a capacidade de utilizar a linguagem
de forma consciente e estratégica, levando em consideração o público, o
contexto e os objectivos específicos da comunicação.
Nota-se claramente que a retórica passou por diversas fases ao longo da história,
desde sua formalização por grandes pensadores, desde a Grécia Antiga,
manifestando-se em diversas áreas como a política, o direito e a publicidade.
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3. Conclusão
Essa pesquisa foi desenvolvida obedecendo uma estrutura hierárquica das ideias,
começando com o foco principal da pesquisa que é a retórica. A retórica, é um tema
discutido desde a era clássica por grandes pensadores como: Sofistas, Platão, Aristóteles
e passou a ser discutido na idade média por pensadores como Santo Agostinho. Este
tema, é ainda discutido até dias actuais, a razão da discussão deste tema em muitas
áreas, reside no facto de a mesma ser indispensável principalmente na academia. Nessa
abordagem, englobamos conteúdos como: Retórica e Oratória, sabe-se que a retórica é
inseparável da oratória, visto que, as duas áreas estão entrelaçadas, a Retórica tem
também uma relação muito profunda com a eloquência e a comunicação.

Essas áreas tendem a ter uma coisa em comum, que é a noção do discurso. Filósofos
como Habermas, Foucault e outras, tratam a questão do discurso no seu sentido mais
amplo, pois, o discurso é muito usado ultimamente para persuadir certas pessoas para
seguirem uma determinada linha de pensamentos ou ideias que um orador traçou. É por
essa razão, que diz-se que a Retórica é a arte de persuadir. Com a nossa pesquisa,
buscamos esclarecer a importância que a retórica possui dentro da sociedade e
principalmente para a vida académica. Essa pesquisa seguiu os traços metodológicos
referidos no início para a sua materialização, sem fugir dos seus objectivos específicos.
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4. Referências bibliográficas
Breton, P. (1999). Argumentação na comunicação. São Paulo: EDUSC.

Foucault, M. (1996). A Ordem do Discurso. São Paulo: Loyola.

Lourenço, G.C. (2016). A Retórica Clássica no Século XXI. Um olhar sobre o


Storytelling Organizacional. Belo Horizente.

Maingueneau, D. (2008). Gênese dos discursos. São: Parábola Editorial.

Mateus, S. (2018). Introdução à Retórica no Séc. XXI. Covilhã: LabComIFP.

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