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A Ciência, Arte e Ética do

Atendimento Pré-Hospitalar
 A ciência do Atendimento Pré-hospitalar (APH) envolve conhecimentos acerca da
anatomia, fisiologia, entre outros conhecimentos que, quando aplicados ajudam a
determinar decisões corretas no que diz respeito ao tratamento da vítima.

 Os princípios do atendimento Pré-Hospitalar têm o intuito de assegurar cuidados de saúde


de qualidade, otimizar a sobrevida e o prognostico do paciente. No PHTLS temos os
princípios e as prioridades a serem seguidas que diferem a cada situação e a cada doente.
Vemos a diferença no quadro a seguir:

 Principio – O que é necessário para a melhora ou sobrevivência do doente.


 Prioridade – A forma como o principio é alcançado naquela quantidade de tempo pelo
socorrista disponível.
 Os socorristas enfrentam muitos cenários eticamente desafiadores que são ao
mesmo tempo suscetíveis ao tempo e emergências. Contudo, a falta de formação
ética pré-hospitalar específica, pode deixar os socorristas sentindo-se
despreparados e sem base quando confrontados com situações eticamente confusas,
ou contraditórias.

 O pensamento crítico pode proporcionar uma base sólida para a tomada de muitas
decisões éticas difíceis, exigidas dos socorristas.
 O objetivo desta seção, é a utilização de princípios e conceitos da bioética para
começar a desenvolver consciência e raciocínio éticos bem como, mostrar contextos
e vocabulários comuns para analisar e discutir até mesmo os casos mais eticamente
desafiadores e difíceis.

 Esta seção irá basear-se nos elementos tradicionais da formação bioética básica,
que são familiares á maioria dos profissionais da saúde, mas vai usar exemplos de
casos pré-hospitalares para fornecer conteúdo autêntico, prático e aplicável ao
contexto em campo.
 Todas as pessoas usam algum conjunto de valores, crenças ou regras e leis sociais,
para tomar decisões sobre o certo e o errado.

 Essas regras, geralmente aceitas sobre comportamento moral, são muitas vezes
tratadas como princípios.

 A ética usa um conjunto de princípios morais aceitos para ajudar a determinar qual
é a coisa certa a fazer.
 Obtemos três fatores de princípios de estruturas morais nesses aspectos.

 Autonomia
 Não maleficência
 Beneficência
 Justiça

 Fornecer um panorama no qual se pode pesar e equilibrar, custos e benefícios,


geralmente no tratamento de um determinado doente, com o intuito de se fazer o
que for melhor para ele.
 Vem do grego, que significa “regras próprias”. Refere-se ao direito do doente de
dirigir seu próprio atendimento de saúde, livre de interferência ou influência
indevidas. Em outras palavras, adultos conscientes tomam suas próprias decisões de
saúde.

 A autonomia, é o principio a partir do qual nascem muitos conceitos éticos


importantes, como o consentimento informado, a privacidade, a confidencialidade e
dizer a verdade.

 Os pacientes também devem avaliar os resultados esperados de suas escolhas, bem


como serem capazes de expressar os seus desejos ao profissional de saúde.
 Apesar do documento de consentimento informado a respeitar os direitos dos pacientes
de tomar suas próprias decisões, a exigência deste documento pode ser desconsiderada
em situações de emergência, sob certas condições:

1. O paciente não tem capacidade de tomada de decisão se tiver inconsciente ou com


déficit cognitivo importante, e não houver um responsável presente.

2. Quando a condição põe em risco a vida ou a saúde, o doente pode sofrer danos
irreversíveis na ausência do tratamento.

3. Uma pessoa sensata concordaria com o tratamento, permitindo ao profissional da


saúde continuar com o tratamento na ausência de uma autorização do doente ou de
um responsável.
 Falar a verdade também pode envolver questões éticos. A veracidade é tanto uma
expectativa quanto uma parte necessária da construção de uma de uma relação
confiável entre profissional e doente.

 Comunicar-se honestamente mostra respeito pelo doente e permite a tomada de


decisões com base em informações verdadeiras.

 No entanto, especialmente no contexto pré-hospitalar, há situações em que dizer a


verdade ao doente, tem o potencial de causar um grande dano, como em casos de
trauma com múltiplas vitimas, em que os sobreviventes estão perguntando sobre a
condição de pessoas ou de entes queridos gravemente feridos.
 Assim como profissionais da saúde são legal e eticamente obrigados a respeitar os
direitos de tomada de decisão daquele a quem prestam assistência, há também uma
obrigação de evitar colocar doentes em risco.

 O principio da não maleficência, obriga o profissional a não realizar ações que


possam causar dano ao doente.

 Além disso, os socorristas tem a obrigação de não causar dano, mas de evitar
colocar os doentes em risco. Ao transporta um doente de um acidente ao hospital de
referencia, o principio não maleficência determina que o condutor não coloque o
doente em perigo ao dirigir de forma imprudente, ou ao enviar mensagens e textos
enquanto dirige.
 Consiste em realizar uma ação para beneficiar o outro. Exige que o socorrista atuem
de forma a maximizar os benefícios e minimizar os riscos ao doente.

 Beneficência também pode incluir fazer mais e ir além do que é, exigindo pelos
padrões de práticas profissionais em beneficio do doente. Por exemplo: certifica-se
de que o doente seja transportado a uma temperatura confortável, pode não estar
incluso em um protocolo pré-hospitalar, mas é feito para cuidar e beneficiar o
doente.

 Assim, beneficência é maximizar o bem realizado a favor de um doente, e minimizar


o risco.
 Justiça, geralmente considerada como aquilo que é justo ou merecido, normalmente
refere-se a forma como distribuir recursos médicos quando a discussão diz respeito
aos cuidados de saúde.

 Apesar de muitos assimilarem que a justiça, ou que tratar os outros de forma justa,
signifique tratar as pessoas igualmente, independentemente da idade, raça, sexo ou
capacidade de pagamento, tratar a todos igualmente nem sempre é eticamente
justificável. Por exemplo: numa triagem, numa situação de emergência, aqueles
com maiores necessidades médicas são prioridade sobre os que tem necessidades
menos criticas.
 A prioridade usada para
realizar o principio
depende de quatro fatores:

 Situação existente
 Condição do doente
 Base de conhecimento do
socorrista
 Equipamentos
disponíveis
Ética inserida na
prática do APH
de urgência.

Respeito a
Solidariedade
pessoa
A FORMA DE INTERAGIR NA ÉTICA NO APH

Em cada situação os fatores envolvidos nas cenas


interferem e determinam no atendimento prestado. A
condição do doente é um componente importante nas
decisões a serem tomadas.

O conhecimento do socorrista e o equipamento


disponível são capazes de interferir no andamento do
atendimento. Um bom profissional deve saber quando e
como aplicar o protocolo sabendo utilizar os recursos.

O pensamento crítico é fundamental para estabelecer as


prioridades e implementar os princípios em pouco
tempo, o que é uma habilidade e é aprimorado de
acordo com a experiência, tornando-se flexível aberto e
cético.

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