INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................1
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA...................................................................................................2
Acordo de Bicesse.............................................................................................................................2
Acordo Alvor....................................................................................................................................2
Protocolo de Lusaka.........................................................................................................................3
Acordo de Luena..............................................................................................................................4
Acordos de Namibe..........................................................................................................................5
CONCLUSÃO..................................................................................................................................6
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................................7
INTRODUÇÃO
Neste trabalho iremos abordar um tema bastante sugestivo e de bastante realçe para
onosso conhecimnto e para o nosso pais, pois é de relembrar que o mesmo é o A construção
de paz em Angola. Angola viveu um período conturbado depois de alcançar a independência
política no dia 11 de Novembro de 1975, o desentendimento dos movimentos que se bateram
para a libertação nacional da opressão portuguesa, criaram um clima de conflito armado,
influenciado pelas forças externas, o que inviabilizou o processo da paz depois da
Independência e durante décadas se assistiu a regressão do desenvolvimento sustentável do
país, pois, durante os longos anos de conflito, muitos angolanos enfrentaram miséria
generalizada.
Localizada na costa ocidental da África, Angola é o 6o país em extensão territorial no
continente africano e possui uma superfície extremamente rica em recursos naturais, tais
como o petróleo, o gás natural e o diamante. Em termos fronteiriços, o país está delimitado ao
norte pela República do Congo e pela República Democrática do Congo, a leste pela
República Democrática do Congo e pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano
Atlântico.
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FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Acordo de Bicesse
Os Acordos de Bicesse constam de um documento, assinado no Estoril em 1991, e
previam o fim da guerra civil em Angola, a implementação do sistema democrático e a
realização de eleições livres no país. Apesar do acordo a guerra continuou até 2002.
José Eduardo dos Santos, por parte do governo angolano, e Jonas Savimbi, líder da
UNITA, foram os signatários do documento. Assinado em 31 de Maio de 1991, o acordo
tinha como principal objetivo terminar com a guerra civil e marcar eleições, que tiveram lugar
nos dias 29 e 30 de setembro de 1992.
A UNITA seria derrotada no ato eleitoral e, pouco depois, a violência regressou,
primeiro às ruas de Luanda e depois ao resto do país, com o renascer da guerra civil. Os
confrontos entre o governo e a UNITA só cessariam após a morte de Jonas Savimbi. A
assinatura do acordo contou com a mediação portuguesa, nomeadamente de Durão Barroso,
então Secretário de Estado dos Assuntos Externos e da Cooperação, e também com os EUA e
União Soviética no papel de observadores. Numa fase posterior ao acordo de Bicesse, e de
novo com o objetivo de parar guerra, seria assinado o Protocolo de Lusaca, que mais uma vez
não teria os resultados esperados. MPLA e UNITA já tinham sido subscirtores do acordo de
Alvor, assinado na seqência do processo de independência e que também não tinha dado
resultados práticos.
Acordo Alvor
Ao fim de vários dias de negociação, foi assinado a 15 janeiro 1975 um acordo entre
os participantes da cimeira que teve lugar no Hotel Penina, na vila do Alvor, no Algarve. O
encontro juntou a delegação do estado português com as dos três movimentos que lutavam
pela independência de Angola, ou seja, o MPLA, a FNLA e a UNITA.
No documento final, Portugal reconheceu o direito de Angola à independência, que
seria proclamada a 11 de novembro desse ano, e os três movimentos como os legítimos
representantes do povo angolano. Ao longo de 60 artigos, ficaram definidos vários aspetos do
compromisso, assumido por todos, de participação num governo de transição até à realização
de eleições, em outubro. O texto termina com uma nota de otimismo, afirmando que os
participantes, e cito, “realçam o clima de perfeita cooperação e cordialidade em que
decorreram as negociações e felicitam-se pela conclusão do presente acordo, que dará
satisfação às justas aspirações do povo angolano e enche de orgulho o povo português”.
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Quais as razões para a realização da cimeira?
Ao contrário do que ocorreu na Guiné e em Moçambique, onde existia apenas um
movimento que lutava pela independência e com o qual o governo português podia negociar
uma solução política com vista à descolonização, a situação em Angola era bem mais
complexa. Aqui existiam três movimentos armados, rivais entre si, com bases de apoio
distintas e que controlavam diferentes parcelas do território angolano.
O poder político em Portugal, saído da revolução de 25 de abril, procurou, ao longo de
1974, promover um entendimento mínimo entre as três forças, de forma a obter uma transição
pacífica e sem derramamento de sangue. A cimeira do Alvor foi, portanto, antecedida de
encontros bilaterais e de manobras diplomáticas intensas. Finalmente, os representantes do
MPLA, da FNLA e da UNITA reuniram-se em Mombaça, no Quénia, no início de janeiro de
75, onde acordaram uma trégua com vista ao encontro que teve início, finalmente, no dia 10,
no Alvor.
O acordo teve sucesso?
Apesar do tom cordial em que decorreram as negociações e do otimismo manifestado
no documento final, o Acordo do Alvor estava destinado a ser um completo fracasso. As
razões são várias e complexas e envolvem, em primeiro lugar, a profunda desconfiança que
existia entre os três movimentos angolanos, que já haviam lutado entre si durante os anos da
luta pela independência.
Portugal, a braços com um turbulento processo revolucionário, não dispunha
naturalmente de recursos nem de condições para garantir o cumprimento do acordo.
Finalmente, o envolvimento internacional na luta pelo poder em Angola transformou a
colónia portuguesa em mais um cenário do conflito entre as superpotências mundiais. Os
primeiros combates ocorreram em Luanda, pouco depois da assinatura do acordo,
precipitando a guerra entre os vários movimentos e um êxodo de centenas de milhares de
pessoas para Portugal. Foi o primeiro capítulo de uma longa guerra civil em que Angola
esteve mergulhada durante várias décadas, e que só terminou em 2002.
Protocolo de Lusaka
O Protocolo de Lusaka é um tratado de paz negociado na capital da Zâmbia, na
sequência do fracasso do Acordo de Bicesse, assinado em Portugal, em Maio de 1991, pelo
Governo angolano e a UNITA, e que possibilitou a realização das eleições gerais em Angola.
As eleições, decorridas nos dias de 29 e 30 de Setembro de 1992, foram ganhas pelo MPLA
com 54 por cento contra 34 por cento dos votos, enquanto o então Presidente da República,
José Eduardo dos Santos, obtinha 49,7 por cento dos votos e Jonas Savimbi 40,7 por cento,
havendo necessidade de uma segunda volta entre ambos.
Todavia, o então líder da UNITA recusou-se a participar na segunda volta do pleito e,
naquele mesmo ano, regressou à guerra, depois de mobilizar as suas forças, que era suposto
estarem desmobilizadas, alguns elementos compondo o Exército Único – Forças Armadas
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Angolanas (FAA) – juntamente com efectivos oriundos das forças governamentais – e outros
integrados na Polícia Nacional.
Entre estes encontros, mediados por Margareth Anstee, primeira Representante
Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas em Angola (chegou ao país em 1991), o de
Abidjan, em meados de 1993, foi o que mais tempo demorou, 45 dias, mas fracassou devido
as fortes divergências entre as partes em conflito.
Em Outubro de 1993, no calor de violentos confrontos militares e de inúmeras mortes,
a UNITA aceitou reatar as conversações com o Governo e, em Novembro do mesmo ano, em
Lusaka, após um encontro exploratório de cerca de uma semana, tiveram início as
negociações, sob mediação do novo Representante Especial do Secretário-Geral da ONU,
Alioune Blondin Beye, e a observação dos Estados Unidos da América, de Portugal e da
Rússia. As negociações culminaram com a assinatura do Protocolo de Lusaka, a 20 de
Novembro de 1994, na capital zambiana. Foram signatários do documento o então ministro
das Relações Exteriores, Venâncio de Moura, e o ex-secretário-geral da UNITA, Eugénio
Ngolo Manuvakola.
O protocolo durou apenas cerca de quatro anos. Violações sistemáticas do mesmo
agudizaram as desconfianças entre os signatários, confirmando os receios de que o facto de
Jonas Savimbi se recusar a marcar presença na cerimónia da assinatura do tratado pressagiava
um desfecho dramático para o acordo. Com efeito, a ausência de Jonas Savimbi na cerimónia
de assinatura surpreendeu pela negativa, tendo em conta que se esperava a sua presença ao
lado do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, para conferir uma maior
fiabilidade, credibilidade e, acima de tudo, um engajamento político ao mais alto nível.
O cepticismo com que foi encarada a assinatura do Protocolo de Lusaka, em
consequência do desprezo como foi encarado por Jonas Savimbi, teve os seus motivos
revelados, quando, em 1998, após uma paz frágil de quatro anos, UNITA reacendeu a guerra.
Acordo de Luena
Ao longo de quase três décadas, os Angolanos lutaram para sobreviver em meio a um
dos mais longos conflitos da história moderna.1 Durante esse período, aproximadamente um
milhão de pessoas mortas, 4,1 milhões de deslocados e 400.000 levados aos países vizinhos
da Zâmbia, Congo Brazzaville, República Democrática do Congo e Namíbia. A assinatura do
Memorando de Entendimento a 4 de abril de 2002 entre as Forças Armadas Angolanas, FAA
e as Forças Militares da UNITA, FMU, após a morte do líder Jonas Savimbi, em fevereiro de
2002, pôs fim a quase três décadas de conflito entre o governo angolano liderado pelo partido
do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e a UNITA.
O Memorando de Entendimento de Luena, também conhecido como o Acordo de
Luena, cidade onde o acordo foi assinado, reitera os elementos principais do Protocolo de
Lusaka de 1994, assinado na capital Zambiana. O Acordo de Luena prevê a implementação
do cessar-fogo através do desarmamento, aquartelamento e desmobilização das forças
militares da UNITA, a integração dos oficiais de maior patente nas forças armadas e polícia
nacional e uma lei de anistia geral para todos os crimes cometidos durante o conflito..
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Segundo dados do governo Angolano, mais de dois milhões dedeslocados internos,
aproximadamente 50 por cento do número total dos deslocados, já retornou para suas áreas de
origem ou para campos de ressentimento. Além disso, 130.000 refugiados também retornaram
para Angola espontaneamente da República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia.
Acordos de Namibe
Cabinda é um território angolano ainda em guerra. O enclave rico em petróleo tem um
acordo de paz assinado há cinco anos. A FLEC (Força de Libertação do Enclave de Cabinda)
e o governo parecem fazer letra morta ao documento. Segundo fontes locais, a repressão a
correntes consideradas "alternativas" aumentou. Cinco anos depois da assinatura do
memorando de entendimento para a paz em Cabinda a guerra parece permanecer no enclave.
Quando no dia 1 de Agosto de 2006, António Bento Bembe, presidente do Fórum Cabindês
para o Dialogo, e Virgílio de Fontes Pereira, então ministro da administração do território,
assinaram o acordo, a intenção era o fim do conflito.
O acordo do Namibe, como ficou conhecido, em homenagem á cidade que acolheu a
assinatura, hoje parece não vigorar. Conforme o professor Jacob Samuel, há alguma
fragilidade na FLEC, mas o conflito se mantém. "Acredito que são táticas de guerrilha que
eles optaram pela posição que o regime tomou nas questões de segurança", disse. "Subversão
e Terrorismo" No início deste ano, o Governo angolano reconheceu oficialmente a existência
de um conflito em Cabinda. Através de um comunicado enviado à agência de notícias estatal,
Angop, e transcrito parcelarmente por todos os órgãos de comunicação social, Luanda
"revela" que no enclave persistem "apenas focos de instabilidade potencial, nomeadamente
atos de subversão e terrorismo assumidos pela FLEC".
O regedor, Reje Matoko, autoridade tradicional de Cabinda, disse que não concorda
com a idéia de que o enclave não esteja em paz. "Mesmo se não houvesse um memorando de
entendimento, o governo sempre se preocupou com o desenvolvimento da região, assim como
toda Angola", disse. Desde a assinatura do memorando, fontes do enclave dizem que há uma
clara limitação na circulação de pessoas e meios e falta de liberdade de expressão na região.
Ao mesmo tempo, fontes apontam intensificação da presença das forças armadas angolanas
no território. Num comunicado divulgado em Março, o Executivo angolano afirmava que o
processo de estabilização, reconstrução e desenvolvimento da província de Cabinda está a ser
levado a cabo. Jovens em Cabinda impedidos pela polícia de falar com diplomatas da UE A
polícia angolana dispersou um grupo de jovens de Cabinda que queria abordar uma delegação
da União Europeia que esteve a visitar o enclave angolano. Cerca de trinta jovens acabaram
detidos. (27.07.2011) "Angola Merkel" título do Tageszeitung sobre a visita da chanceler à
África.
Angela Merkel visitou três países africanos em quatro dias: o Quénia, Angola e a
Nigéria. Um périplo africano que inspira várias reflexões à imprensa alemã. (15.07.2011)
Comentário: Não à exportação de armas alemãs para Angola O anúncio da chanceler, Angela
Merkel, de que a Alemanha ofereceu ao governo angolano material bélico, suscitou uma viva
controvérsia. Um comentário de Johannes Beck. (14.07.2011)
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
https://ensina.rtp.pt/artigo/assinatura-do-acordo-de-alvor/
http://www.embaixadadeangola.pt/protocolo-de-lusaka-foi-assinado-ha-25-anos/
https://pt.scribd.com/document/284760601/acordo-de-Luena-feito-bgvcfdre-docx
https://www.hrw.org/legacy/portuguese/reports/angola0803/5.htm