Graduacao em Pedagogia Maria Cecilia

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_ GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

MARIA CECÍLIA ARAÚJO DE SOBRAL

CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Londrina
2023
MARIA CECÍLIA ARAÚJO DE SOBRAL
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Relatório de Estágio apresentado ao Centro


Universitário Filadélfia - EAD, como requisito
obrigatório para cumprimento da Disciplina
Estágio Supervisionado em Pedagogia.

Londrina
2023
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Maria Cecília Araújo De Sobral


Nathalia Maria Fioreto Campos
RESUMO

O presente relatório teve como objetivo mostrar como os contos


das histórias infantis são de extremo valor para a Educação Infantil. A
importância de contar histórias na Educação Infantil, e incentivar a formação do
hábito de leitura na idade em que todos os hábitos se formam, isto é, na
infância. O cantar história é um caminho que leva a criança a desenvolver a
sua imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa.
Através das interações com as histórias ouvidas, que a criança é capaz de
transformar o indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua
aprendizagem, que sabe compreender o contexto em que vive e modificá-lo de
acordo com a sua necessidade.

Palavras-chave: Contação de Histórias, Educação infantil, Desenvolvimento


da Criança.
ABSTRACT

The purpose of this report was to show how children's stories


are extremely valuable for early childhood education.
The importance of telling stories in Early Childhood Education,
and encouraging the formation of reading habits at the age when all habits are
formed, that is, in childhood. Singing history is a path that leads the child to
develop their imagination, emotions and feelings in a pleasurable and
meaningful way. Through the interactions with the stories heard, the child is
able to transform the individual into an active subject, responsible for his
learning, who knows how to understand the context in which he lives and
modify it according to his need.
Keywords: Storytelling, Children's Education, Child Development.

1. INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objetivo apresentar a


contribuição da Literatura Infantil no processo de desenvolvimento
social, emocional e cognitivo da criança. A contação de história
na Educação Infantil faz com que o professor propicie aos alunos
uma forma de manifestação e interesse no próprio brincar,
favorecendo através do lúdico situações que as crianças criam e
também o recontar de suas próprias histórias.
Segundo Cândido (1995), a literatura é um direito humano, o
qual deve ser um bem incompressível, pois esses não são apenas os que
asseguram sobrevivência física em níveis decentes, mas os que garantem a
integridade espiritual” (CÂNDIDO, 1995, p. 241). Ainda para o autor, bens
incompressíveis garantem as necessidades humanas como alimentação,
vestuário, instrução, saúde entre outros, incluindo a Arte e a Literatura.
O estudo foi empreendido na Creche Vicentina Educação
Infantil Santa Rita, localizada na Avenida São João, número 209, no Município
de Londrina - PR.
A atividade foi proposta utilizando como metodologia a
Contação de Histórias, na hora do conto, onde foi possível dar voz aos
pequeninos, ao ouvir a opinião das crianças. Cada aluno foi incentivado a
representar o que absorveu da história ouvida, reproduzindo através de
desenhos, onde foi possível trabalhar em conjunto a coordenação motora
ampla e fina com o fazer das bolinhas de crepom e realizarem pintura no papel
craft com giz de cera.
Com o desenvolvimento do trabalho foi possível percebe que
por meio da contação de histórias, a criança deixa fluir o imaginário instigando
a curiosidade, possibilitando a descoberta do mundo imenso das inter-relações
sociais com seus conflitos, impasses e soluções que todos vivem e
atravessam.
2. OBJETIVOS

Trabalhar a contação de história na Creche Vicentina Santa


Rita, utilizando a obra de Monteiro Lobato “As Jabuticabeiras”; Proporcionar as
crianças momentos prazerosos de aprendizado, através da contação de
historia, promovendo conhecimento de forma lúdica e permitindo a interação
com o universo do faz de contas que encontramos na Literatura Infantil.

3. JUSTIFICATIVAS

Através do ato de contar histórias, podemos interagir


diretamente com o mundo imaginário da criança, proporcionando interações
importantíssimas para o seu desenvolvimento cognitivo, ouvir histórias é um
acontecimento tão prazeroso que desperta o interesse das pessoas em todas
as idades.
Segundo as autoras Souza e Cordeiro (1997) ao ler uma
história é preciso chamar a atenção da criança usando de diferentes recursos.
Mostrando-lhe que ler não é apenas um ato que se transforma em hábito, mas
sim uma importante ferramenta na formação de pessoas, onde envolve a
cultura e a forma de compreender e entender o mundo. Acredito que
trabalhando esses conceitos com as crianças desde cedo estaremos
contribuindo para a construção de uma sociedade melhor.
A narrativa faz parte da vida da criança desde quando bebê,
através da voz dos entes queridos, dos carinhos e das canções de ninar, que
mais tarde vão dando lugar às cantigas de roda, a narrativas curtas sobre
crianças, animais ou natureza. Aqui, crianças do P4, já demonstram seu
interesse pelas histórias, batendo palmas, sorrindo, sentindo medo ou imitando
algum personagem, e fazendo a releitura da história trabalhada em sala de
aula. A criança passa a interagir com as histórias, acrescentam detalhes,
personagens ou lembra-se de fatos que passaram despercebidos pelo
professor. Essas histórias reais são fundamentais para que a criança
estabeleça a sua identidade, compreenda melhor as relações com o mundo a
sua volta.

4. METODOLOGIA:

Para realizar as atividades com a história “As Jabuticabeiras”


de Monteiro Lobato, foi feito uma roda de história, desenho da história,
trabalhar a coordenação fazendo bolinhas de crepom e pintura com giz de
cera.
Segundo Souza (1997) A didática do conto de histórias é
cativante e enriquecedora na Educação Infantil, porém, tomando o cuidado de
que a estrutura da narração deve ser de forma clara para a criança, de fácil
linguagem, com imagens explorando a história de maneira lúdica, dentro do
processo de aprendizagem a contação possibilita às crianças um melhor
desenvolvimento da capacidade de produção e compreensão textual.

5. DESENVOLVIMENTO

Foi contada, num primeiro momento, um pouco da história


pessoal do autor Monteiro Lobato, e da sua importância para a Literatura
Infantil. No segundo momento foi feito a releitura da história por cada criança
no caderno de atividade de sala, e no terceiro foi feito uma roda de conversa
com as crianças sobre a história, foram feitos questionamentos sobre o que
cada um achou da história, o que acharam da Narizinho, o que ela fazia todos
os dias no Sitio do Pica Pau Amarelo? E o porco qual era o som que ela fazia?
E as abelhas? O que aconteceu com elas na história?
No quarto momento, as crianças foram convidadas a fazerem
bolinhas de crepom para serem coladas na árvore, que virou um painel.
Juntamente com as crianças, reproduzimos Narizinho com papel craft em
formas geométricas e pintado pelas crianças da sala. As crianças também
puderam colocá-lo, que imitou os cabelos da Narizinho. Por fim a releitura da
obra foi exposta no corredor da creche ao lado da sala onde foi realizado o
projeto.
Dar estas oportunidades às crianças, esse momento lúdico, e
ao mesmo tempo educativo significa capacitar para que eles possam
desenvolver as suas potencialidades dentro da língua materna. Nesse sentido,
Coelho (2002) observa que:
A história alimenta a imaginação da criança, há quem conte
histórias para enfatizar mensagens, transmitir conhecimento, disciplinar até
fazer uma espécie de chantagem, “se ficarem quietos, conto uma história”, se
isso, se aquilo, quando inverso que funciona”. A história aquieta, serena,
prende atenção, informa, socializa e educa. O compromisso do narrador é com
a história, enquanto fonte de sofisticação de necessidades básicas das
crianças. Se elas escutarem desde pequeninas, gostarão de livros vindo
descobrir neles histórias como aquelas que lhes eram contadas. (COELHO,
2002, p.12, grifo do autor)

6. RESULTADOS

O resultado foi maravilhoso, as crianças amaram a história,


algumas fecharam seus olhos, como se pudessem viajar para o Sitio do Pica
Pau Amarelo e ver a jabuticabeira, a Narizinho, o porco, as abelhas, a tia
Anastácia.
As atividades desenvolvidas foram feitas com muito carinho e
dedicação pelas crianças do P4.
Pude perceber que, quando trabalhamos com amor naquilo
que nos propomos, conseguiremos ver resultados maravilhosos, pois cada
criança traz consigo uma bagagem de casa, traz sua cultura, e que nós somos
apenas um mediador da criança com o mundo.
7. CONCLUSÕES

Com o desenvolvimento deste trabalho foi possível a mim,


percebe que por meio da contação de histórias, a criança deixa fluir o
imaginário instigando a curiosidade, possibilitando a descoberta do mundo
imenso das inter-relações sociais com seus conflitos, impasses e soluções que
todos vivem e atravessam.
A contação de histórias na Educação Infantil, merece ser mais
valorizada pelos educadores, sabendo que para as crianças, é um momento
prazeroso no processo educativo, que as levam a viajarem na sua imaginação,
mergulhando num mundo onde cada um pode ser o que quiser.
O ato de contar história, na minha opinião enquanto educadora,
é o de fazer com que cada um de nós possamos voltar em nossas lembranças
de infância, é poder simplesmente viajar no mundo do faz de conta que
acontece.
Para cada criança, o ato de ouvir histórias, é como fluir o
imaginário, instigando a curiosidade, possibilitando a descoberta do nosso
maravilhoso mundo.
Contar história é fazer com que cada ser humano resgate
dentro de sim seus valores e suas culturas.
REFERÊNCIAS

CÂNDIDO, Antonio. O direito à Literatura. In.: CÂNDIDO,


Antonio. Vários Escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

COELHO, Betty. Contar Historias Uma Arte Sem Idade. São


Paulo: Ática, 2002.

SOUZA, Roselena Siviero de; CORDEIRO, Luciana Peixoto.


Escolas Infantis: leitura e escrita. Porto Alegre: Edelbra, 1999.
ANEXOS

1. FOTOS TIRADAS DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

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