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IFSP – Sertãozinho Nota:

Prova de Física II - Prof. Olavo H. Menin

Nome: Curso: Data:

1. (2,0 pontos) Considere que o Sol seja uma esfera maciça e uniforme de massa M = 2 × 1030 kg e raio R = 7 × 108 m.
Atualmente, o Sol apresenta um movimento de rotação em torno de se seu eixo com período aproximado de 25 dias.
No entanto, os cientistas acreditam que daqui alguns bilhões de anos, o combustível nuclear do Sol irá se esgotar e ele
sofrerá um colapso, transformando-se em uma estrela anã branca com raio igual ao da Terra (6 400 km).
(a) Qual é o módulo do momento angular de rotação do Sol atualmente?
(b) Considerando que durante o colapso solar sua massa se conserve, qual será o período de rotação do Sol após ele se
transformar em uma estrela anã branca?
Resp. a) 1, 14 × 1042 kg m2 /s b) 180 s

RESOLUÇÃO

(a)

Momento de inércia do Sol


2 2
I = M R2 = × 2 × 1030 × (7 × 108 )2
5 5
I = 3, 92 × 1047 kg m2

Velocidade angular de rotação do Sol


2π 2π
ω= =
T 2, 16 × 106
ω = 2, 9 × 10−6 rad/s

Módulo do momento angular do Sol

L = Iω = 3, 92 × 1047 × 2, 9 × 10−6
L = 1, 14 × 1042 kg m2 /s
(b)

Momento de inércia da anã branca


2 2
I= M R2 = × 2 × 1030 × (6, 4 × 106 )2
5 5
I = 3, 28 × 1043 kg m2

Período de rotação da anã branca (considerando a conservação do momento angular)



L = Iω = I
T

1, 14 × 1042 = 3, 28 × 1043 ×
T
2, 06 × 1044
T = ≈ 180 s
1, 14 × 1042

2. (2,0 pontos) Uma tubulação, com diâmetro interno de 2, 5 cm, transporta água da rua para o piso térreo de uma
casa a uma velocidade de 0, 9 m/s e com uma pressão de 170 kPa. A tubulação sobe para o 2◦ piso da casa, 7, 6 m
acima do ponto de entrada, onde seu diâmetro interno se estreita para 1, 2 cm. Considerando g = 9, 8 N/kg, calcule
(a) a vazão de água no cano;
(b) a velocidade e a pressão da água no segundo piso.
Resp. a) 0, 44 L/s b) 3, 9 m/s e 88, 3 kPa

RESOLUÇÃO
Áreas das seções retas do cano
 2 2
2, 5 × 10−2

d1
A1 = π = 3, 14 × ≈ 4, 91 × 10−4 m2
2 2
 2 2
1, 2 × 10−2
 
d2
A2 = π = 3, 14 × ≈ 1, 13 × 10−4 m2
2 2
(a) Aplicado a relação entre vazão, velocidade de escoamento e área da seção transversal do tubo de fluxo, obtemos a vazão de
água no cano
φ = A1 v1 = 4, 91 × 10−4 × 0, 9 ≈ 4, 42 × 10−4 m2 /s
φ ≈ 4, 42 × 10−4 m3 /s = 0, 442 L/s
(b) Aplicando o principio da continuidade, obtemos a velocidade de escoamento da água no segundo piso.

φ = A2 v2

4, 42 × 10−4 = 1, 13 × 10−4 × v2
v2 = 3, 9 m/s
Aplicando a equação de Bernoulli, obtemos a pressão da água no segundo piso.

ρv22 ρv 2
p2 + ρgh2 + = p1 + ρgh1 + 1
2 2
103 × 3, 92 103 × 0, 92
p2 + 103 × 9, 8 × 7, 6 + = 170 × 103 + 103 × 9, 8 × 0 +
2 2
p2 = 8, 83 × 104 Pa ≈ 88, 3 kPa

3. (3,0 pontos) Uma polia possui o formato de um disco


maciço e uniforme com massa de 2, 50 kg e raio de 20, 0 cm.
Uma pedra de 1, 50 kg é presa a um cabo muito leve que
envolve a borda da polia e o sistema é liberado a partir do
repouso. Com a queda da pedra, o cabo faz a polia girar
de forma que não há deslizamento entre ambos, cabo e po-
lia. Considerando g = 9, 8 N/kg e desprezando os atritos
no eixo da polia, calcule os valores aproximados da:
(a) aceleração de queda da pedra;
(b) energia cinética de rotação da polia após a pedra cair
75 cm;
(c) fração percentual da energia potencial inicial da pedra
que se converte e energia cinética de translação.

Resp. a) 5, 35 m/s2 b) 5 J

RESOLUÇÃO

P − T = ma (I)
(a) Lei de Newton
RT = Iα (II)

Substituindo (II) em (I) e sendo α = a/R, temos


I
mg − a = ma
R2
mg
a=
I
m+ 2
R
Sendo I = 21 M R2 = 1
2
× 2, 50 × 0, 22 = 0, 05 kg m2 e substituindo os valores dados, temos
1, 5 × 9, 8
a= = 5, 35 m/s2
0, 05
1, 5 +
0, 22
(b) Velocidade da pedra após cair 75 cm
v 2 = v02 + 2a∆s
p
v = 2 × 5, 35 × 0, 75 ≈ 2, 83 m/s
Velocidade angular a polia nesse instante
v 2, 83
ω= = = 14, 15 rad/s
R 0, 2
Energia cinética de rotação da polia
1 2 1
Ek,rot = Iω = × 0, 05 × 14, 152 ≈ 5 J
2 2
(c) Energia potencial gravitacional inicial
U = mgh = 1, 5 × 9, 8 × 0, 75 ≈ 11 J
Energia cinética de translação
Ek,trans = 11 − 5 = 6 J
Fração percentual da energia potencial que se transforma em energia cinética de translação
Ek,trans 6
= ≈ 0, 54 = 54%
U 11

4. (3,0 pontos) Um recipiente cilíndrico de eixo vertical tem como fundo uma chapa de 2, 0 cm de espessura, e 1, 5 m2
3
de área, feita de material de massa específica igual a 8 000 kg/m . As paredes laterais são de chapa muito fina, de
massa desprezível, e têm 30 cm de altura, medida a partir da parte inferior da chapa do fundo, como mostra a figura.

O recipiente está inicialmente vazio e flutua na água mantendo seu eixo vertical. Considere a massa específica da água
3
ρa = 1 000 kg/m , o campo gravitacional g = 9, 8 N/kg e despreze os efeitos da densidade do ar.
(a) Determine o módulo do empuxo que a água exerce sobre o recipiente.
(b) Encontre a altura h da parte do recipiente que permanece imersa na água.
(c) Se colocarmos água dentro do recipiente à razão de 3, 0 L/s, depois de quanto tempo o recipiente afundará?
Resp. (a) 2 532 N (b) 16 cm (c) 70 s

RESOLUÇÃO
(a)
Volume da chapa: Vc = Ahc = 1, 5 × 0, 02 = 0, 03 m3
Massa da chapa: mc = ρc Vc = 8 × 103 × 0, 03 = 240 kg
Peso da chapa: Pc = mc g = 240 × 9, 8 = 2 352 N
Estando o recipiente em equilíbrio e considerando que sua massa corresponde à da chapa, temos
E = P = 2 352 N
(b) O empuxo corresponde ao volume de água deslocada, ou seja

E = ρa Vi g = ρa Ahg
E 2 352
h= =
ρa Ag 1 000 × 1, 5 × 9, 8
h = 0, 16 m = 16 cm
(c) Sendo H = 0, 3 m a altura do recipiente, o empuxo máximo que ele pode sofrer é
Emax = ρa Vi g = ρa AHg = 1 000 × 1, 5 × 0, 3 × 9, 8
Emax = 4 410 N
Descontando o peso da chapa desse empuxo máximo, obtemos o peso de água que deve ser adicionada para que o recipiente
fique completamente submerso
Pa = Emax − Pc = 4 410 − 2 352 = 2 058 N
Sendo g = 9, 8 N/kg, a massa de água adicionada é ma = 2 058/9, 8 = 210 kg, que corresponde a um volume de 210 L. Como a
razão de enchimento do recipiente com água é de 3 L/s, o tempo para que o recipiente afunde é de 70 s.

Boa prova !!

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