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Informações Gerais sobre a Unidade Aquidauana

Nome Letra Símbolo Tipo de Unidade


Aquidauana C2P1a Formação ou unidade de rocha ígnea
ou metamórfica

Descrição
Conforme o IBGE/SUDAM (1990) essa unidade se estende desde os contrafortes da Depressão de Paratinga, no extremo
norte da Bacia Sedimentar do Paraná, até o limite sudeste da área da Amazônia Legal, no Domo de Araguainha; para oeste é
limitado pelo Planalto dos Guimarães e pela serra do Pantanal-São Jerônimo. Segundo Schneider et al. (1974), em trabalho de
revisão estratigráfica da Bacia Sedimentar do Paraná, "esta unidade consiste em sedimentos de coloração vermelha arroxeada
podendo ser identificados, grosseiramente, três intervalos litológicos. O inferior caracteriza-se por arenitos vermelho-
arroxeados, médios a grosseiros, estratificação cruzada acanalada e desenvolvimento subordinado de diamictitos, clásticos
finos, arenito branco grosseiro/conglomerático e delgado conglomerado basal. No intervalo médio tem amplo desenvolvimento
siltitos finos, vermelho-arroxeados finamente estratificados e, secundariamente, diamictitos vermelhos e folhelhos cinza e cinza
esverdeados. O intervalo superior caracteriza-se pela predominância de sedimentos arenosos. A espessura da Formação
Aquidauana, em superfície, varia de 200 a 700 m. Em subsuperfície, verificou-se espessura de 799 m no poço 2-AG-1-MT
(Alto Garças, MT). Esta formação é a única do Grupo Itararé a ocorrer nos flancos norte e oeste da bacia, estendendo-se até o
nordeste de São Paulo, onde ocorre juntamente com outras seqüências do grupo. O contato inferior é de discordância
angular, assentando sobre as formações Furnas, Ponta Grossa e sobre o embasamento. O contato superior, com as
formações Rio Bonito, Palermo, Pirambóia, Botucatu, Serra Geral, Bauru e Cachoeirinha, é igualmente marcado por superfícies
de discordância. As características litológicas e sedimentares da Formação Aquidauana sugerem que sua deposição ocorreu
em ambiente continental, por sistemas fluviais e lacustres associados. A presença subordinada de diamictitos sugere
influência glacial próxima à área de sedimentação. As condições de deposição de sedimentos vermelhos não favorecem a
preservação de restos orgânicos conseqüentemente, não se encontraram macrofósseis nessa unidade. O jazigo de
lamelibrânquios descrito por Petri & Fúlfaro (1981) nas proximidades de Guiratinga, Mato Grosso, situa-se em estratos
(calcários pisolíticos) da Formação Palermo. Estudos palinológicos efetuados por Daemon & Quadros (1970) situam a
deposição da Formação Aquidauana no Carbonífero Superior (Stephaniano), correspondendo, desta maneira,
cronoestratigraficamente, à Formação Campo do Tenente que aflora no flanco leste da bacia". Constitui uma seqüência
sedimentar arenosa com três níveis: Superior (arenitos com estratificação cruzada), Médio (com estratificação plano-paralela) e
Inferior (arenito com lentes de diamictitos).

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Paleozoica Carbonífero Pensilvaniano Fanerozoico Paleozoica Permiano Cisuraliano

Localidade
Vale do rio Aquidauana, trecho onde passa a estrada de ferro Noroeste do Brasil, Estado de Mato Grosso do Sul. Em São
Paulo ocorre entre Mogi-Guaçu e Mocóca e, em seu prolongamento em Minas Gerais, nos municípios de Monte Santos de
Minas e São Sebastião do Paraíso.

Unidade Superior Unidade Geotectônica Característica Genética


Grupo Itararé cplataforma paleozóico Sedimentar clástica

Litologias predominantes
arenito; diamictito; siltito; folhelho

Província Estrutural Predominante Subprovíncia Estrutural Predominante


Paraná Paraná
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Histórico
Segundo Sousa Júnior et al. (1983) as primeiras descrições pormenorizadas sobre a Formação Aquidauana deveram-se a
Derby (1895), que correlacionou à seqüência gondwânica do leste da Bacia Sedimentar do Paraná. Ainda segundo os mesmos
autores, Lisboa (1909) introduziu o termo "Arenito Aquidauana" para designar o conjunto de sedimentos vermelhos cortados
pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, ao penetrar no vale do rio Aquidauana, sul de Mato Grosso, hoje Mato Grosso do
Sul. Oliveira (1916, apud Sousa Júnior et al., op. cit.) ao estudar os sedimentos carboníferos do Estado de São Paulo, notou a
equivalência destes com os sedimentos considerados por Lisboa (1909), propondo então a denominação de "Série
Aquidauana", utilizada pela primeira vez para designar os depósitos que sofreram influência glacial, na bacia do rio Itararé.
Milward (1935, apud Sousa Júnior et al., op. cit.), conhecedor do Arenito Aquidauana em sua região típica (sul de Goiás),
denominou como "Arenito das Torres" os sedimentos vermelhos do Planalto de Caiapônia, na bacia hidrográfica do rio Bonito,
correlacionando-os ao Arenito Aquidauana. Segundo Baptista et al. (1984), Almeida (1948) confirmou a identidade estratigráfica
dos arenitos das Torres e Aquidauana, mas, por prioridade, manteve a designação de Arenito Aquidauana; Almeida (1954)
propôs a designação de Série Aquidauana e a definiu como um conjunto de sedimentos com até 500 m de espessura,
predominantemente arenosos, com intercalações de conglomerados, siltitos, folhelhos (raros), calcários e sílex, podendo
localmente conter em sua parte inferior, pelo menos dois níveis de tilito, incluindo, por isso, a Série Bela Vista na Série
Aquidauana. Ainda segundo os mesmos autores (Baptista et al., op. cit.), Beurlen (1956) reconheceu na Série Aquidauana três
tilitos (tilito Aquidauana, tilito Bela Vista e Tilito Nioaque), com caráter estratigráfico e separados por horizontes intertilíticos,
interglaciais, sem autonomia estratigráfica. Schneider et al. (1974), em trabalho de revisão estratigráfica da Bacia do Paraná,
realizado pela PETROBRÁS, adota uma coluna estratigráfica onde a Formação Aquidauana é tratada como unidade basal do
Grupo Itararé na região de Goiás e Mato Grosso (incluindo Mato Grosso do Sul). O nome Aquidauana foi utilizado pelo primeira
vez por Lisboa (1909). Foi interpretada como sendo de ambiente de deposição sub-aquosa continental por Almeida (1948).

Referências Bibliográficas

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Geologia.Revista Brasileira de Geociências, São Paulo. 11(4):274-282..

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indústria pastoril - 1909. . Rio de Janeiro, Typographia do Jornal do Commercio. 172 p.Typographia do Jornal do
Commercio

Projeto Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazonia Legal -BA3034 : IBGE, 211 p.
ALMEIDA, F. F. M. . Geologia do centro-leste matogrossense - Boletim da Divisão de Geologia e Mineralogia. Rio de
Janeiro. (150):1-97..

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DAEMON, R. F.; QUADROS, L. P .Bioestratigrafia do Neopaleozóico da Bacia do Paraná - BA4161 : Congresso Brasileiro
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Informações Gerais sobre a Unidade Cuiabá

Nome Letra Símbolo Tipo de Unidade


Cuiabá NP2cu Grupo

Descrição
Grande variação faciológica lateral.:metaconglomerados polimíticos,metaarenitos,quartzitos,metarcósios,metassiltitos,
filitos,microconglomerados, metaconglomerados e calcários. O Grupo Cuiabá ocorre no estado de Mato Grosso do Sul desde
o município de Bela Vista ao sul do estado ocupando grandes áreas nos municípios de Bonito, Bodoquena, Miranda e
Anastácio e segue até o limite com o estado de Mato Grosso em faixas muito estreitas. Continua pela parte sul e sudeste
deste estado e ocupa ainda uma pequena porção no oeste de Goiás nos municípios de Bom Jardim de Goiás e Baliza.. As
rochas do Grupo Cuiabá espalham-se pelas folhas SD.21-Y-D/Z-C/Z-A/Z-B, ocupando a quase totalidade da Depressão
Cuiabana, sendo limitada à oeste pelas rochas da Província Serrana e a leste pela borda da Bacia do Paraná. Ao sul adentra
na Folha SE.21 Corumbá e a oeste na Folha SD.22 Goiás. Morfologicamente suas rochas modelam um relevo aplainado,
destacando-se localmente cristas produzidas por rochas mais resistentes. Desenvolvem um trend estrutural com direção N40E
(Folha SD.21-Z-C) e inflexão quase leste-oeste (Folha SD.21.Z-B), reflete um comportamento estrutural resultante de seus
acamamentos originais e estruturas planares (xistosidade). Almeida(1965) atribuiu uma espessura de até 4000 m para a Série
Cuiabá. Luz et alli (1980) citam uma espessura em torno de 3100 m , apenas para as sete subunidades. Barros et alli (1982)
calculam espessura superior a 4000 m para as rochas desta unidade. Luz et alii (1980) constataram o contato superior do
Grupo Cuiabá ser nítida discordância angular e erosiva com os sedimentos quaternários da Formação Pantanal e Aluviões
Recentes . Sendo o Grupo Cuiabá recoberto a oeste pelo Grupo Alto Paraguai, a leste pela Bacia do Paraná e a sul pelo
Pantanal Mato-Grossense. Barros et alli(1982) observaram contatos marcantes com as rochas mais novas em toda a borda da
Província Serrana, ao contrário da porção inferior onde não observaram contato com as rochas mais antigas. As rochas da
Formação Bauxi(base do Grupo Alto Paraguai) recobrem discordantemente rochas do Grupo Cuiabá. Na extremidade leste
estas rochas mostram contato térmico com o Granito São Vicente , e com os sedimentos da Bacia do Paraná os contatos são
angulares e erosivos. Com os sedimentos mais novos seus contatos são discordantes angulares e erosivos. Litologicamente
as rochas do Grupo Cuiabá mostram grande variação faciológica lateral, só sendo bem delimitadas em escala de detalhe. A
sequência é constituida por um extenso pacote de metaparaconglomerados polimíticos, metarenitos, quartzitos, metarcóseos,
metassiltitos, filitos, filitos sericíticos e grafitosos, filitos conglomeráticos, microconglomerados, metaconglomerados e
calcários. Barros et alii (op.cit) ainda observaram que estas rochas foram dobradas em estruturas fechadas de planos
subverticais e eixos oscilando de 10-15 graus, ora para nordeste, ora para sudoeste. Os flancos mergulham em torno de 70-80
graus para sudeste e noroeste. As principais direções de foliação metamórfica e estratificação são N30-40E. A unidade foi
muito afetada por falhamentos inversos e diaclasamentos com direções principais N30-40E, N60W e N80E. Almeida (1964)
pelo fato de não ter encontrado materiais vulcânicos associados aos sedimentos clásticos, considera o Grupo Cuiabá como
formado em ambiente miogeossinclinal. Já Olivatti (1976) em decorrência de descoberta de rochas vulcânicas associadas
àqueles sedimentos, admite deposição em ambiente eugeossinclinal. Barros (op.cit) observa grande aceitação, de os
sedimentos do Grupo Cuiabá serem originados em um evolução clássica para geossinclinais , em fácies miogeossinclinal ativa.
O Grupo Cuiabá é posicionado no Proterozóico Superior. Almeida e Hasui 1970 (apud Barros et alii, 1974) dataram pelo
método Potássio-Argônio, os granitos e pegmatitos intrusivos do Grupo Cuiabá, obtendo idades de cerca de 503 m.a. (granito
São Vicente) e 550 m.a. (Pegmatito de Miranda),considerando esta idade mínima para esses granitos., posicionou esta
unidade com bastante viabilidade no Proterozóico Superior. O que foi corroborado por Barros et alii (1982) que, em datações
Rb/Sr em filitos deste grupo, resultaram idade de 484+ ou - 19 m.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Proterozoico Neoproterozoica Criogeniano Proterozoico Neoproterozoica Criogeniano

Localidade
Oliveira e Leonardos(1943) utilizaram a denominação de Série Cuiabá para caracterizar os filitos ardosianos, quartzitos e
conglomerados xistosos subordinados, das redondezas de Cuiabá.

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Unidade Superior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cinturão nproterozóico ediacarano Metamórfica regional de grau baixo

Litologias predominantes
metaconglomerado; metarenito; quartzito; meta-arcósio; metassiltito; filito; calcário

Província Estrutural Predominante Subprovíncia Estrutural Predominante


Tocantins Paraguai

Histórico
Hennies(1966, apud Barros et al., 1982) foi o primeiro a usar o termo Grupo Cuiabá, que foi ratificado por Almeida (1968). As
primeiras observações sobre as rochas desta unidade foram feitas pelo Conde Francis de Castelnau e Evans (apud, Barros et
alli,1982). O primeiro, em 1850, observou no rio Miranda ( a sudoeste de Mato Grosso) ardósias e calcários. Evans, em 1894,
descreveu mais detalhadamente denominando de" Cuÿaba Slates" as ardósias altamente clivadas de grande espessura.
Oliveira e Leonardos (1943) denominaram de Série Cuiabá os filitos ardosianos, quartzitos e conglomerados xistosos
subordinados, das redondezas de Cuiabá, os quais apresentavam grande semelhança com as rochas da Série Minas. Almeida
(1965) indicou para a Série Cuiabá uma espessura entre 3000m e 4000 m de sedimentos detríticos, em sua maior parte
constituido por filitos. Vieira (1965) acrescentou novos conhecimentos à Série Cuiabá, descrevendo como um conjunto muito
espesso (até 5800 m) de rochas metamórficas, as quais dividiu em três unidades litoestratigráficas por suas características
litológicas no trecho comprendido entre Cuiabá e Jangada. A unidade inferior constituída por filitos com metarcóseos finos a
médios intercalados e metaconglomerados; a unidade média formada de metaparaconglomerados de matriz síltico-argilosa
com seixos de gnaisses, granito, metargilito, quartzito e quartzo; a unidade superior apresenta filitos com intercalações
lenticulares de arenitos e conglomerados finos, bastante feldspáticos. Hennies (1966) foi o primeiro a utilizar o termo Grupo
Cuiabá para as rochas subjacentes ao Grupo Jangada de Almeida (1964). Almeida (1968) validou o termo Grupo Cuiabá para
as rochas da Série Cuiabá, incorporando no pacote a presença de calcários subordinados e cinzas vulcânicas presentes em
metagrauvacas na região de Cuiabá. Guimarães e Almeida 1972 (apud,Barros et alii 1974) reconheceram no Grupo Cuiabá,
cinco conjuntos de rochas, onde identificaram da base para o topo a presença de metaconglomerados e quartzitos, seguidos
de filitos e filitos ardosianos, continuando com quartzitos, metagrauvacas e metarcósios, e o topo mostrando
metassedimentos periglaciais definidos como Formação Coxipó pelos referidos autores. Ribeiro Filho et alii (1975)
descreveram as rochas do Grupo Cuiabá em uma área limitada entre a Província Serrana e o Vale Araguaia, como uma
sequência espessa de um pacote de rochas originalmente sedimentar, que foi afetada por um metamorfismo de baixo grau
que transformou seus pelitos em filitos sericíticos, com difícil separação dos quartzitos, metarcóseos, metagrauvacas,
metassiltitos, filitos grafitosos, filitos conglomeráticos, calcários calcíticos e metaparaconglomerados interestratificados.
Olivatti e Ribeiro Filho (1976) reputaram o Grupo Cuiabá como uma unidade litoestratigráfica indivisa, embora salientam a
existência de pelo menos duas formações. Sendo este grupo constituído de filitos, filitos com seixos dispersos,
metaparaconglomerados, metassiltitos, metagrauvacas, quartzitos e calcários. Luz et alli (1980) trabalhando no Projeto Coxipó
em escala de semidetalhe, empilharam estratigraficamente oito (8) subunidades. Para Barros et alli (1982), os trabalhos de
campo executados pelo Projeto RADAMBRASIL possibilitaram a visualização de que algumas unidades litoestratigráficas
mapeadas por Luz et alii (1980) poderiam ser representadas no mapa geológico ao milionésimo da Folha SD.21.Cuiabá,
entretanto na falta de maior volume de dados de campo, mantiveram o Grupo Cuiabá como uma unidade litoestratigráfica não
divisível.´Em Tokashi & Saes (2008), as subunidades de 1 a 7 descritas inicialmente por Luz et al. (1980) são agrupadas e
passam a constituir as seguintes unidades litoestratigráficas: Formação Campina de Pedra, unidade basal compreendendo as
subunidades 1 e 2; Formação Acorizal, como unidade intermediária compreendendo as subunidades 3, 4 e 5 e o topo,
representada pela Formação Coxipó, agrupando as subunidades 6, 7 e 8 , todas reunidas no Grupo Cuiabá. Ver também
Souza (2016).

Referências Bibliográficas

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Mineralogia. Rio de Janeiro. (219):1-96, 1965a..
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2976. Goiânia. 5v.Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

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Rio de Janeiro. (215):1-133.Boletim da Divisão de Geologia e MIneralogia

HENNIES, Wildor Theodoro . Geologia do centro-oeste matogrossense - BA4057 : Tese de Doutoramento ( Engenharia),
Departamento Engenharia de Minas Escola Politécnica/ USP. 65 p.

OLIVEIRA, A. J.; LEONARDOS, Othon Henry . Geologia do Brasil - Serie didática 2. 813p.Serviço de Informação Agrícola,
Ministério da Agricultura. Rio de Janeiro

ALMEIDA, F. F. M. . Evolução Tectônica do Centro-Oeste Brasileiro no Proterozóico Superior - BA5023 : Rio de Janeiro,
1968. Anais da Academia Brasileira de Ciências, n. 40, p. 285-95. (Suplemento)..

VIEIRA, A. J. . Geologia do centro oeste de Mato Grosso - GO4002 : Petróleo Brasileiro S/A. Relatório Técnico Interno,
303. Ponta Grossa, 1965..

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SANTOS, Iara Maria Dos . ESTRATIGRAFIA E TECTÔNICA DA FAIXA PARAGUAI: IMPLICAÇÕES EVOLUTIVAS
NEOPROTEROZOICAS NO SUDESTE DO CRÁTON AMAZÔNICO - Dissertação orientada pelo Professor Doutor Afonso
César Rodrigues Nogueira e pelo Coorientador Professor Doutor Roberto Vizeu Lima Pinheiro

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Informações Gerais sobre a Unidade Depósitos Aluvionares Holocênicos

Nome Letra Símbolo Tipo de Unidade


Depósitos Aluvionares Holocênicos Q2a Depósito inconsolidado

Descrição
Arenito, areia quartzosa, cascalheira, silte, argila e, localmente, turfa. Depósitos grosseiros a conglomeráticos, representando
residuais de canal, arenosos relativos a barra em pontal, pelíticos representando àqueles de transbordamento e fluviolacustres,
eólicos quando retrabalhados pelo vento. As acumulações mais expressivas ocorrem nas planícies dos rios maiores, sobretudo
daqueles com cursos meândricos e sinuosos, como o Solimões e seus tributários da margem direita. No Solimões, a faixa de
aluviões atuais, atingem uma largura máxima de 80 km, junto a foz do rio Juruá. Os rios que drenam terrenos com sedimentos
mais antigos e rochas cristalinas, mostram faixas aluvionares mais estreitas e descontínuas, mostrando entretanto, importância
maior do ponto de vista da geologia econômica, pois geralmente abrigam acumulações de ouro, diamante e cassiterita. No
limite com a Folha SA. 20 Manaus, a planície fluvial do rio Purus coalesce com a do Solimões constituindo uma faixa inundável
com mais de 100 km de largura. Nestas áreas predominam sedimentos sílticos argilosos e areias de granulação geralmente
fina, visíveis apenas nos meses de maior vazante, constituindo barrancas ou praias fluviais. Os sedimentos apresentam
características gerais semelhantes e constituem depósitos de canal, incluindo depósitos de barra em pontal e os depósitos
residuais de canal e de transbordamento. Nos depósitos de canal, que formam praias de extensão variáveis, ocorrem areias
quartzosas de granulação fina a grosseira, grãos subangulosos a subarredondados, geralmente hialinos, contendo
subordinadamente muscovita, biotita e pesados. Apresentam localmente estratificação cruzada e na superfície, marcas de
onda. Os depósitos de transbordamento são constituídos por silte e argila com granulometria decrescente da base para o
topo. Nas seções basais são encontradas comumente areias quartzosas de granulação predominante fina, grãos
subarredondados, porcentagem variável de argila e presença frequente de moscovita e pesados. Os sedimentos sílticos e
argilosos sempre sucedem as areias da base, apresentando-se maciços ou finamente laminados. Comumente incluem restos
vegetais de troncos e folhas parcialmente carbonizados, exibindo mosqueamento de cores avermelhadas e amareladas. Os
Aluviões Holocênicos distribuem-se ao longo das calhas e planícies de inundação dos rios que forma a rede de drenagem no
Brasil sendo bem expressivos no rios da bacia do Amazonas, mas com ocorrências significativas nas demais bacias como
Parnaíba, São Francisco, Paraná e Paraguai.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Cenozoica Quaternário Holoceno Fanerozoico Cenozoica Quaternário Holoceno

Localidade
As aluviões holocênicas ocorrem em todas as bacias hidrográficas brasileiras, ao longo dos rios e das planícies fluviais. Esses
depósitos, em sua maioria, tem sido formados desde 12.000 anos antes do presente, ou seja, com idade limite inferior igual a
0,0117 Ma.

Unidade Superior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma cenozóico Sedimentar clástica

Litologias predominantes
areia siltosa; argila; conglomerado; turfa; cascalho; siltito

Província Estrutural Predominante Subprovíncia Estrutural Predominante


Cobertura Cenozoica Cobertura Cenozoica Indiscriminada

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Histórico
Desde 1924, pesquisadores vêm se referindo à sedimentação aluvial, dentre eles Oliveira e Carvalho (1924), que fizeram
observações em barrancos dos rios da região do baixo Amazonas até as cabeceiras dos rios Javari e Içá. Oliveira & Carvalho
(1924), fizeram observações nos barrancos arenosos e argilosos, desde a região do Baixo Amazonas, entrando por seus
afluentes, subindo o Solimões e alcançando as cabeceiras dos rios Javari e Içá. Oliveira (1929) descreveu na região do rio
Branco material aluvionar com textura finíssima cor castanho amarelado na superfície e mosqueada para baixo. A nível
regional, diversos autores referem-se aos depósitos aluviões atuais podendo-se mencionar Santos (1974); Melo, Pithan &
Almeida (1976); Del' Arco et al (1977); Oliveira, Pithan & Garcia (1977); Araújo (1978).

Referências Bibliográficas

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MORRO GRANDE, PIEDADE E CERNE, LESTE DO PARANÁ - RJ20494 : Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Geologia, Setor de Ciências da Terra, Universidade Federal do Paraná.​ Orientador: Prof. Dr. Carlos
Eduardo dRELAÇÕES DE COLOCAÇÃO, DEFORMAÇÃO E TIPOLOGIA DOS GRANITOS VARGINHA, MORRO GRANDE,
PIEDADE E CERNE, LESTE DO PARANÁ

PAES, José De Castro; PINTO, Claiton Piva; OLIVEIRA, Fernando A. Rodrigues De; RAPOSO, Frederico Ozanam .Projeto
Jequitinhonha, Estados de Minas Gerais e Bahia: texto explicativo - RJ20244 : 376 p., 06 mapas geológicos escala
1:100.000 e 01 mapa de recursos minerais​ escala 1:200.000 (Série Programa Geologia do Brasil ¿ PGB) versão impressa
em​ papel e em meio digital, textos e mapas.

KAUL, Pedro Francisco Teixeira; TEIXEIRA, Wilson . Archean and early proterozoic complexes of Santa Catarina, Paraná
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south-southeastern Brazil: an outline of their geological evolution.

ANGELIN, L. A. A.; KOSIN, M. .Geologia da folha SC.24-V - Aracaju NW, : estados da Bahia, Pernambuco e Piauí -
RJ20424 : CPRM : Recife, 2000. Escala 1:500.000. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil -
PLGB.Geologia da folha SC.24-V - Aracaju NW, : estados da Bahia, Pernambuco e Piauí.

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MAURER, Victor Câmara . CARACTERIZAÇÃO GEOCRONOLÓGICA (U-Pb), GEOQUÍMICA E ISOTÓPICA (Sr, Nd, Hf,) DO
COMPLEXO RIO CAPIVARI NO TERRENO EMBU - RJ20546 : Dissertação de Mestrado orientada pela Professora
Doutora Adriana Alves

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Informações Gerais sobre a Unidade Bocaina

Nome Letra Símbolo Tipo de Unidade


Bocaina NP3bo Formação ou unidade de rocha ígnea
ou metamórfica

Descrição
A sequência de calcários dolomíticos e dolomíticos que localmente podem apresentar finas intercalações de pelitos, ocupa
uma faixa contínua, de direção submeridiana, que sustenta toda parte centro-oeste da serra da Bodoquena é denominada
pelos técnicos da CPRM da Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo - 2004 de formação Bocaína. Pertence ao topo das
rochas aflorantes do Grupo Corumbá e está posicionada no Neoprotezóico III. A sequência de calcários dolomíticos e
dolomíticos que localmente podem apresentar finas intercalações de pelitos, ocupa uma faixa contínua, de direção
submeridiana, que sustenta toda parte centro-oeste da serra da Bodoquena em que Lisboa .

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Proterozoico Neoproterozoica Ediacarano Proterozoico Neoproterozoica Ediacarano

Localidade
Denominação da garganta homônima, situada a 4 km a sudeste da cidade de Corumbá, estado do Mato Grosso do Sul .

Unidade Superior Unidade Geotectônica Característica Genética


Grupo Corumbá cplataforma nproterozóico Sedimentar clastoquímica

Litologias predominantes
calcário; dolomito

Província Estrutural Predominante Subprovíncia Estrutural Predominante


Tocantins Corumbá-Alto Paraguai

Histórico
ALMEIDA (1965a) realizando estudos na serra da Bodoquena e na zona sul serrana oriental do Mato Grosso do Sul,define
como Formação Bocaina pertencente ao Grupo Corumbá, a sequência de dolomitos cinza-claros e roxos sobrejacentes à
Formação Cerradinho e sotoposta à Formação Tamengo. Para Corrêa et ali (1976) a Formação Bocaina é a unidade de topo do
Grupo Corumbá.

Referências Bibliográficas

ARAUJO, H. J. T. . Geologia. In: Brasil. Projeto RADAMBRASIL. Folha SF.21 Campo Grande -Série Levantamento de
Recursos Naturais, volume 28.Projeto RADAMBRASIL.

Projeto Mapeamento Geológico/Metalogenético Sistemático: Campo Grande, Folha SF.21. Escala 1:1.000 000. Estado
do Mato Grosso do Sul. Nota explicativa. - BA4001 : Escala 1:1 000 000. Brasília. Programa Levantamentos Geológicos
Básicos do Brasil. 61p.

Carta geológica do Brasil ao milionésimo. Folha Rio Apa (SF.21). -BA4116 : Brasília. Escala 1:1 000 000.
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Informações Gerais sobre a Unidade Cerradinho

Nome Letra Símbolo Tipo de Unidade


Cerradinho NP3ce Formação ou unidade de rocha ígnea
ou metamórfica

Descrição
Distribui-se amplamente em toda a área abrangida pela serra da Bodoquena, principalmente nas porções ocidentais, orientais
e meridionais. Na borda ocidental da serra da Bodoquena a Formação Cerradinho acha-se sobreposta às rochas do Complexo
Rio Apa, bem como às da Suíte Intrusiva Alumiador. Estes contatos são discordantes. Na borda oriental sobrepõe-se às
rochas do Grupo Cuiabá através de falhas inversas de alto ângulo e discordância angular. Na porção setentrional da serra da
Bodoquena, de maneira restrita, sobrepõe-se concordantemente aos paraconglomerados da Formação Puga. Ao sul da folha,
acham-se encobertos pela sedimentação da Bacia do Paraná, representada pela Formação Aquidauana. No centro-oeste e
norte, sotopõe-se aos calcários e dolomitos da Formação Bocaina, em contato gradacional. É constituída essencialmente por
intercalações de arcóseos, siltitos, arenitos,argilitos, lentes de calcários, dolomitos, margas, ardósias, metargilitos,
metassiltitos, folhelhos e cherts, bem como metaconglomerados polimíticos em sua base. Tanto Almeida, (1965a), Corrêa
(1976) e Nogueira (1978), são unânimes quanto a sedimentação de origem marinha transgressiva, nerítica e costeira.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Proterozoico Neoproterozoica Ediacarano Proterozoico Neoproterozoica Ediacarano

Localidade
Imediações da fazenda homônima, a cerca de 20 km a NO da cidade de Bonito, amplamente exposta no planalto da
Bodoquena, estado do Mato Grosso do Sul.

Unidade Superior Unidade Geotectônica Característica Genética


Grupo Corumbá cplataforma nproterozóico Sedimentar clastoquímica

Litologias predominantes
metaconglomerado; meta-arcósio; siltito; argilito; calcário; dolomito; marga; ardósia; folhelho; chert

Província Estrutural Predominante Subprovíncia Estrutural Predominante


Tocantins Corumbá-Alto Paraguai

Histórico
A Formação Cerradinho foi descrita por Almeida, F.F.M (1965a), cerca de 20 km da cidade de Bonito - Mato Grosso do Sul,
para designar uma seqüência de sedimentos arenosos, argilosos, calcários, dolomitos e camadas de cherts. Segundo este
autor, a Formação Cerradinho é a unidade basal do Grupo Corumbá, na serra da Bodoquena e Zona Serrana Central. Corrêa
et ali (1976) estenderam a Formação Cerradinho para a região de Corumbá, em substituição à Formação Tamengo e a
descreveram como uma seqüência clástico-carbonatada onde se alternam arcóseos, arenitos, siltitos, folhelhos,
margas,calcários e ardósias, ocorrendo para o topo predominância de rocha carbonáticas. Nogueira et alii (1978), quando da
execução do Projeto Bonito - Aquidauana subdividiram a formação Cerradinho em dois membros: um de Membro Clástico -
calcítico e o outro de Membro Clástico - Dolomítico. A Formação Cerradinho foi posicionada no Proterozoico III pelos técnicos
da CPRM - 2004.

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Referências Bibliográficas

ARAUJO, H. J. T. . Geologia. In: Brasil. Projeto RADAMBRASIL. Folha SF.21 Campo Grande -Série Levantamento de
Recursos Naturais, volume 28.Projeto RADAMBRASIL.

Projeto Mapeamento Geológico/Metalogenético Sistemático: Campo Grande, Folha SF.21. Escala 1:1.000 000. Estado
do Mato Grosso do Sul. Nota explicativa. - BA4001 : Escala 1:1 000 000. Brasília. Programa Levantamentos Geológicos
Básicos do Brasil. 61p.

Carta geológica do Brasil ao milionésimo. Folha Rio Apa (SF.21). -BA4116 : Brasília. Escala 1:1 000 000.

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Informações Gerais sobre a Unidade Alto Tererê

Nome Letra Símbolo Tipo de Unidade


Alto Tererê PP4at Grupo

Descrição
Algumas observações efetuadas na área de ocorrência do Grupo Alto Tererê, evidenciaram não só a existência de biotita
gnaisses e, mais restritamente, de estreitas faixas anfibolíticas, ambas intimamente associadas aos xistos e quartzitos, com
suas amplas extensões a ocidente da serra de Bodoquena. Tais investigações revelaram, ainda, constituírem essas rochas,
uma sequência metamórfica de fácies entre xistos verdes a anfibolito, litológica e estruturalmente distinta das metamórficas do
Complexo Basal de Corrêa et ali - 1976 e/ou Complexo Rio Apa de Araújo & Montalvão (1980 a). Aqui é aceita, a denominação
de Grupo Alto Tererê, atribuída pelos técnicos da CPRM (2004), na Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo, para a
associação metamórfica de granada-mica xisto, quartzito e lentes de anfibolito, que ocorrem na porção ocidental da serra de
Bodoquena. No mapeamento do BDiA encontram-se delimitados no Grupo Alto Tererê alguns polígonos que representam
concentração litológica identificada pela seguinte abreviação ou letra-símbolo: aft – anfibolito mx – micaxisto qt – quartzito gn –
gnaisse

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Proterozoico Paleoproterozoica Estateriano Proterozoico Paleoproterozoica Estateriano

Localidade
Flanco ocidental da serra de Bodoquena, estado do Mato Grosso do Sul.

Unidade Superior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma pproterozóico estateriano Metamórfica regional de grau baixo a
médio

Litologias predominantes
anfibolito; micaxisto; quartzito; gnaisse

Província Estrutural Predominante Subprovíncia Estrutural Predominante


Amazônia Rio Apa

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Histórico
Almeida (1965 a), na área Folha SF.21 Campo Grande, fez referência a micaxistos, quartzitos, anfibolitos e gnaisses
pertencentes ao Complexo Cristalino Brasileiro; verificou abundância de xistos e quartzitos na região, observando, nas
proximidades das grandes intrusões graníticas, xistos migmatizados, bem como injeções de delgados veios de material
granítico. Corrêa et ali (1976) individualizaram uma sequência metamórfica , mais jovem, do Pré-Cambriano Superior, de fácies
xisto verde e anfibolito, com componentes estruturais diferentes do Complexo Basal, e que denominaram Associação
Metamórfica do Alto Tererê. Para esses autores esta unidade estratigráfica possui amplas extensões, a oeste da serra da
Bodoquena e correlacionaram com o Grupo Araxá, considerando a semelhança petrográfica, estrutural, da fácies metamórfica
e o posicionamento estratigráfico de ambas, que se dá diretamente sobre rochas cristalinas , atribuídas ao Pré - Cambriano
Inferior a Médio.Técnicos da CPRM, (2004) na Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo propuseram a denominação de Grupo
Alto Tererê para a associação metamórfica de granada-mica xisto, quartzito e lentes de anfibolito. Almeida (1965a), na área
Folha SF.21 Campo Grande, fez referência a micaxistos, quartzitos, anfibolitos e gnaisses pertencentes ao "Complexo
Cristalino Brasileiro" ; verificou abundância de xistos e quartzitos na região.

Referências Bibliográficas

ARAUJO, H. J. T. . Geologia. In: Brasil. Projeto RADAMBRASIL. Folha SF.21 Campo Grande -Série Levantamento de
Recursos Naturais, volume 28.Projeto RADAMBRASIL.
Projeto Mapeamento Geológico/Metalogenético Sistemático: Campo Grande, Folha SF.21. Escala 1:1.000 000. Estado
do Mato Grosso do Sul. Nota explicativa. - BA4001 : Escala 1:1 000 000. Brasília. Programa Levantamentos Geológicos
Básicos do Brasil. 61p.

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Informações Gerais sobre a Unidade Puga

Nome Letra Símbolo Tipo de Unidade


Puga NPpu Formação ou unidade de rocha ígnea
ou metamórfica

Descrição
A Formação Puga ocorre de forma descontínua e irregular principalmente na parte noroeste da Folha SF.21 - X - A e nordeste
da Folha SF.21 - V- B. Na região da serra da Bodoquena, esta unidade ocorre como sedimentos turbidíticos com influência
glacial e está recoberta pelo Grupo Corumbá que inclui unidades litológicas siliciclásticas e carbonáticas alternadas (Almeida
1965, Boggiani 1998). A Formação Puga, na área compreendida pela Folha SF.21 Campo Grande, é representada por um
paraconglomerado epimetamórfico de cor cinza-escuro, ás vezes amarronzada, matriz fina, quartzo-argilosa e foliada. A fração
clástica contém seixos de variadas litologias, tais como quartzito, rocha granítica, xisto, calcário etc. com grânulos de
feldspato e quartzo. A Formação Puga encontra-se sobreposta às rochas ortognáissicas do Complexo Rio Apa, como pode
ser visto na borda ocidental da serra da Bodoquena, na estrada Guaicurus-Pantanal do Rio Nabileque. Neste mesmo local,
com as Formações Cerradinho e Bocaina, unidades que lhe são sobrepostas, o contato é tectônico por meio de falhas
indiscriminadas. Nas anticlinais de Figueirinha e Porto Carrero, a Formação Puga está recoberta pela Formação Cerradinho. A
formação ferrífera da Fazenda São Manoel situa-se na porção superior da Formação Puga, no contexto da Faixa de
Dobramentos Paraguai, em situação distinta das conhecidas formações ferríferas do Grupo Jacadigo, no maciço Urucum
(Almeida 1946). Ocorre, como uma camada única de 2 m de espessura, atitude NS, 45E, limitada, por contato brusco, no topo
e na base por um diamictito de matriz ferruginosa. Exposição de diamictito semelhante, observa-se em núcleos de anticlinais,
a sudoeste dessa ocorrência, ou seja nas proximidades de Bonito - MS. Mapeamentos geológicos identificaram estes
metassedimentos como pertencentes ao Grupo Cuiabá (Corrêa et al. 1979, Nogueira et al. 1978, Godoi 2001) e foram
redefinidos como pertencentes à Formação Puga pelos técnicos da CPRM - 2004, através da Carta Geológica do Brasil ao
Milionésimo e Lacerda Filho et al. 2006. Nos estudos cronoestratigráficas não existem registros fossilíferos na Formação,
sendo sua idade fundamentada em critérios estratigráficos, em virtude da mesma se achar posicionada subposta aos calcários
e pelitos do Grupo Corumbá. Almeida (1957 e 1958b) descreveram estruturas estromatolíticas na Formação Bocaina,
classificando-as como Collenia. Fairchild (1978) achou que os fósseis antes considerados como Aulophycus lucianoi seriam
melhor classificados como restos de vermes, possivelmente pertencentes ao gênero Cloudina, o qual foi descrito no
Proterozóico Superior da Namíbia, no sudoeste da África. Portanto neste trabalho aceita-se este posicionamento
cronoestratigráfico.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Proterozoico Neoproterozoica Proterozoico Neoproterozoica

Localidade
Ao norte do morro do Puga, junto ao rio Novo, arredores de Porto Esperança, distrito de Albuquerque, município de Corumbá,
estado de Mato grosso do Sul.

Unidade Superior Unidade Geotectônica Característica Genética


Grupo Jacadigo cplataforma nproterozóico Sedimentar clástica

Litologias predominantes
paraconglomerado; tilito; arenito; arcósio

Província Estrutural Predominante Subprovíncia Estrutural Predominante


Tocantins Corumbá-Alto Paraguai

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Histórico
A Formação Puga foi descrita por Maciel (1959) no local denominado morro do Puga, situado à margem direita do rio Paraguai,
cerca de 3 Km a oeste de Porto Esperança, município de Corumbá. Vieira (1965) encontrou no flanco leste das serras do
Tombador e das Araras, rochas conglomeráticas, as quais chamou de Formação Puga, reconhecendo a precedência de Pedro
Maciel. Figueiredo & Olivatti (1974) usaram o termo Formação Puga, respeitando a precedência de Pedro Maciel na
designação para os conglomerados que ocorrem nas serras das Araras, Tombador, Padre Inácio e no Alto rio Santíssimo.
Araújo et ali (1981) consideraram à Formação Puga como um sedimento de origem glacial, fundamentados na descrição de
Maciel (1959), o que é aceita pelos os autores do presente trabalho., incluindo incursão marinha

Referências Bibliográficas

ARAUJO, H. J. T. . Geologia. In: Brasil. Projeto RADAMBRASIL. Folha SF.21 Campo Grande -Série Levantamento de
Recursos Naturais, volume 28.Projeto RADAMBRASIL.

Projeto Mapeamento Geológico/Metalogenético Sistemático: Campo Grande, Folha SF.21. Escala 1:1.000 000. Estado
do Mato Grosso do Sul. Nota explicativa. - BA4001 : Escala 1:1 000 000. Brasília. Programa Levantamentos Geológicos
Básicos do Brasil. 61p.

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Informações Gerais sobre a Unidade Xaraiés

Nome Letra Símbolo Tipo de Unidade


Xaraiés Q1x Formação ou unidade de rocha ígnea
ou metamórfica

Descrição
O único registro da Formação Xaraiés que pode ser cartografado no mapa geológico da Amazônia Legal, fica limitado a uma
estreita faixa retilínea com aproximadamente 35 km de extensão, localizada na borda sudeste da Província Serrana, a noroeste
de Poconé, na serra Azul/ morro dos Veados, à margem direita do rio Sangradouro (MT). Neste local, a formação exibe sua
maior espessura (100 m), constituindo um patamar escarpado o qual, segundo Del' Arco et al. (1982) "parece indicar uma
antiga linha de falha, que teria sido exumada através da retirada, pela erosão, de parte do material detrítico da Formação
Xaraiés, que se acumulou no sopé da escarpa da falha pretérita." Esta seria a falha das Araras, um extenso falhamento inverso
ou de empurrão que baliza o segmento sudeste da Província Serrana. A Formação Xaraiés tem distribuição irregular e seus
principais litotipos são representados por tufas calcárias, travertinos e conglomerados com cimento calcífero com
características de depósitos colúvio-aluviais. As tufas calcárias são rochas grosseiramente estratificadas com lâminas
onduladas, de cores variáveis entre creme e rosa, contendo inúmeros orifícios tubulares, com estruturas concrecionárias e
tubiformes, mais ou menos paralelas e impressões de folhas. Ao microscópio apresenta matriz variável entre muito fina e
criptocristalina, constituindo oólitos e pisólitos pouco definidos, formada por calcita com inclusões de limonita e grafita. Os
travertinos são rochas maciças, muito fraturadas, sem estratificação, pouco porosas, de cor creme acinzentada a localmente
avermelhada. Contém gasterópodes com distribuição caótica; ao microscópio, apresenta uma matriz calcífera criptocristalina.
Os conglomerados com cimento calcífero apresentam fragmentos de natureza diversa com dimensões que variam desde
seixos até matacões. A composição dos detritos variam em função da situação do depósito, observando-se que há uma
tendência no aumento do diâmetro dos fragmentos com a profundidade e é rara a presença de materiais fósseis podendo-se
ocasionalmente encontrar fragmentos de gasterópodes. A Formação Xaraiés recobre discordantemente as rochas da
Formação Araras e dos grupo Cuiabá e Corumbá. Em alguns locais seus depósitos acham-se sotopostos a sedimentos
aluviais pertencentes à Formação Pantanal ou às aluviões holocênicas. O conteúdo fossilífero desta formação é muito rico,
constituído por gasterópodes (Stenogyra (opeas) misera orb., Zonitoides sp; Bilumulus sp., plantas das famílias Myrtaceae,
Lauraceae e Melastomaceae (Tibouchina ?). Almeida (1945) baseado no conteúdo fossilífero atribuiu idade pleistocênica para
esta formação, não excluindo todavia a possibilidade da mesma ser também pliocênica. Del' Arco et al. (1982) sugeriram que o
início de sua deposição possa ter ocorrido concomitantemente com ou após a abertura da Depressão do Alto Paraguai no
Plio-Pleistoceno. Segundo Almeida (1945) as rochas desta unidade são originárias de precipitação de soluções oriundas da
dissolução de calcários e dolomitos, saturados em CaCO3 por meio da ação de microrganismos, formando um cimento entre
o material clástico e restos orgânicos. O clima à época da deposição e conseqüente elaboração do Pediplano plio-
pleistocênico era árido. Para Boggiani et al. (2001) as tufas calcárias de Corumbá, na verdade, são calcretes resultantes de
processos pedogenéticos em clima árido. Tufas calcárias, calcretes, travertinos e conglomerados com cimento calcífero, com
características de depósitos colúvio-aluviais.

Tempo Geológico Inicial Tempo Geológico Final


Fanerozoico Cenozoica Quaternário Pleistoceno Gelasiano Fanerozoico Cenozoica Quaternário Pleistoceno Superior

Localidade
Topo de uma escarpa na margem direita do rio Paraguai, entre Porto Aurora e Ladário, nos arredores de Corumbá, Estado de
Mato Grosso do Sul.

Unidade Superior Unidade Geotectônica Característica Genética


Não possui cplataforma cenozóico Sedimentar clastoquímica

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Litologias predominantes
caliche; calcário; conglomerado

Província Estrutural Predominante Subprovíncia Estrutural Predominante


Cobertura Cenozoica Cobertura Cenozoica Indiscriminada

Histórico
Almeida (1943) designou de Formação Xaraiés um depósito calcário rico em fósseis que ocorre no topo da escarpa na margem
direita do rio Paraguai na cidade de Corumbá. Oliveira e Moura (1944) admitiram terem tomado conhecimento da existência de
calcário cenozoico na área descrita por Almeida (op. cit.), ao qual Dorr (apud Del´ Arco et al., 1982) sugeriu uma comparação
com os caliches pleistocênicos americanos. Almeida (1945) descreve esta unidade, aflorando entre Porto Aurora e Ladário,
como sendo constituída por 4 principais tipos litológicos: tufa calcária com vegetais fósseis; tufa calcária leve, muito
esponjosa; travertino com gasterópodos e conglomerado com cimento calcífero. Segundo este autor os gasterópodos são
Stenogyra(opeas) misera orb; Zonitoides sp; Bilumulus sp; (provavelmente B.Corumbaensai Pils); e as plantas pertencem as
famílias: Myrtaceae, Lamaceae e Melastomaceae ( possivelmente uma Tibouchina). Ainda Almeida ( 1964) relata a presença de
tufas calcárias e travertinos, nas faldas da serra das Araras-MT, num patamar escarpado, onde a referida unidade tem sua
maior espessura, e compara com os mesmos litotipos da seção tipo da região de Corumbá. Segundo Almeida (op. cit.) este
afloramento da serra das Araras é o local mais interessante para estudos paleobotânicos devido à riqueza do seu conteúdo
fossilífero. Figueiredo et al. (1974) referiram-se a esta unidade, aventando a hipótese da mesma ser mais antiga que a
Formação Pantanal, uma vez que seu topo está mais aplainado. Araújo et al. (1982) verificaram a ocorrência de tufas calcárias
e travertinos ao sul da serra da Bodoquena, nas cabeceiras do rio da Prata e nos vales dos rios Formoso e Perdido.
Posteriormente diversos autores, entre eles Olivatti & Ribeiro Filho (1976) e Luz et al. (1982) descreveram diversos afloramentos
nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, muitos dos quais só cartografáveis em escala de detalhe. Bezerra et al.
(1985) admitem que o afloramento da serra das Araras é o único registro da Formação Xaraiés cartografado no mapa
geológico da Amazônia Legal, onde constitui uma faixa retilínea de aproximadamente 35 km. Boggiani et al. (2001)
descrevendo as tufas calcárias da serra da Bodoquena (MS) afirmam que as rochas da Formação Xaraiés da região de
Corumbá, "não constituem tufas calcárias e sim calcretes resultantes de processos pedogenéticos em clima árido." Segundo
estes autores, em determinadas localidades, os calcretes formam corpos compactos e litificados alguns com conchas de
moluscos no meio da matriz carbonática. Definida e descrita por Almeida (1943, 1945, 1954, 1964 e 1965) nos arredores de
Corumbá e serra das Araras (MT/MS). Posteriormente descrita por Figueiredo et al. (1974), Luz et al. (1982), Barros et al. (1982)
e Boggiani et al.(2001).

Referências Bibliográficas

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BDIA - Banco de Informações Ambientais Documento obtido em 15 de Julho de 2024 às 20:14:54 (Horário de Brasília)

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