1estudo - Comparativo - de - Diferentes Conforto
1estudo - Comparativo - de - Diferentes Conforto
1estudo - Comparativo - de - Diferentes Conforto
Com todo o meu amor e profunda gratidão, por fazerem parte da minha vida.
“...A Glória de Deus é a inteligência...” D&C 93:36
Ao meu avô, Luiz Nelson Porto e a sua esposa D. Nancy, pelo apoio e ajuda
durante a Faculdade.
Ao meu irmão Luiz Nelson e sua esposa Cláudia, pelo apoio durante o
Mestrado.
Aos meus irmãos Antonio Carlos, Maria Fernanda, Maria Valéria, Maria
Paula e Marco Júlio, pelo incentivo durante o Mestrado.
A Profa. Dra. Catarina Abdalla Gomide, pelo carinho com que fui recebido na
minha volta à Faculdade e pela indicação do Prof. Holmer como meu orientador.
Aos Prof. Dr. Evaldo Antonio Lencioni Titto e Sérgio Ari Ribeiro, pelas
valiosas contribuições na banca de Qualificação.
Ao principalmente ao meu Pai Celestial, por ter criado com tanta perfeição e
utilidade os animais, e que nos possibilitou o convívio com eles.
ÍNDICE
RESUMO .......................................................................................................................viii
ABSTRACT..................................................................................................................... ix
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 01
1.1 Objetivo................................................................................................................ 02
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................... 03
2.1 Conforto Térmico................................................................................................. 03
2.1.1. Zona de Conforto Térmico ....................................................................... 03
2.2 Índices de Conforto .............................................................................................. 05
2.2.1 Índice de Temperatura Ambiente e Umidade (THI)…… .......... …………06
2.2.2 Índice de Temperatura de Globo e Umidade (ITGU)…… .......... ………..08
2.2.3 Índice de Temperatura Equivalente (ETI)………………........... ………...08
2.2.4 Índice de Globo Negro e Umidade (BGHI)………………… .......... …….09
2.2.5 Carga Térmica de Radiação (CTR)…….......... …………………………..10
2.2.6 Temperatura de Globo Negro (tg)…………….......... ……………………11
2.2.7 Temperatura Efetiva (TE)…………………………… ......... …………….11
2.3 Instalações e Conforto Térmico Animal .............................................................. 12
2.3.1 Tie-stall……………………………………….…………… ......... ………15
2.3.2 Free-stall………………………………………………………… ......... ...16
2.3.3 Pastejo Contínuo……………………………… ......... …………………...17
2.4 Análise Econômica da Atividade ........................................................................ 18
3. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 23
3.1 Local do experimento .......................................................................................... 23
ii
3.2. Tratamento ......................................................................................................... 24
3.3 Sistemas de produção animal .............................................................................. 24
3.3.1 Tie-stall…………………………………………… ..... ………………….24
3.3.2 Free-stall……………………………………………… .... ………………24
3.3.3 Pastejo contínuo………………………………………… ...... …………...25
3.4 Descrição das Instalações..................................................................................... 26
3.4.1 Tie-stall……………………………………………………… ...... ………29
3.4.2 Free-stall………………………………………………………… ...... …..31
3.4.3 Pastejo contínuo……………………………………………………… ..... 33
3.5 Monitoramento das instalações ........................................................................... 34
3.6 Índices de conforto Térmico ............................................................................... 38
3.7 Caracterização Econômica ................................................................................... 39
3.8 Análise Estatística ............................................................................................... 48
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 43
4.1 Entalpia ............................................................................................................... 46
4.2 Índice de Temperatura do Globo Negro e Umidade (ITGU) .............................. 47
4.3 Índice de Globo Negro e Umidade (BGHI) ......................................................... 49
4.4 Índice de Temperatura Ambiente e Umidade(THI) ............................................. 51
4.5 Comentários adicionais ....................................................................................... 54
4.6 Resultados Econômicos ...................................................................................... 56
4.6.1 Caracterização econômica do tie-stall………………………… ... ………57
4.6.2 Caracterização econômica do free-stall………………………… ....... …..58
4.6.3 Caracterização econômica do pastejo contínuo……………………… ..... 59
5. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 61
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 63
ANEXOS
iii
LISTA DE FIGURAS
iv
FIGURA 3.13 - Foto com detalhes dos instrumentos de monitoramento térmico no
estábulo de alimentação para as vacas submetidas a pastejo contínuo.... 37
FIGURA 3.14 - Vista do abrigo meteorológico, do pluviômetro, do anemômetro e
do termômetro de Globo Negro............................................................... 37
FIGURA 3.15 - Interior do abrigo meteorológico, mostrando termômetro de máx. e
mín. e higrômetro .................................................................................... 38
FIGURA 4.1 - Variação da entalpia às 13 h nos diversos tipos de instalação, nos dias
críticos ..................................................................................................... 46
FIGURA 4.2 - Comparação dos valores de ITGU para os diversos tipos de
instalação nos dias críticos ..................................................................... 48
FIGURA 4.3 - Comparação dos valores de BGHI para os diversos tipos de
instalação nos dias críticos ...................................................................... 50
FIGURA 4.4 - Comparação dos valores de THI para os diversos tipos de instalação
nos dias críticos ..................................................................................... 52
v
LISTA DE TABELAS
vi
TABELA 4.7 - Valores médios, para cada tipo de instalação, às 13 h, dos índices de
conforto analisados................................................................................. 55
TABELA 4.8 - Valores médios, para cada tipo de instalação, às 11 h, dos índices de
conforto analisados................................................................................. 55
TABELA 4.9 - Custos de produção de leite tipo "B" em cada sistema de produção
comparados com o valor pago pela cooperativa local. Valores em reais
(R$).......................................................................................................... 56
TABELA 4.10 - Custos detalhados de produção de leite tipo "B" no sistema tie-
stall, em relação ao valor pago pela cooperativa local. Valores em
reais (R$) ................................................................................................. 58
TABELA 4.11 - Custos detalhados de produção de leite tipo "B" no sistema free-
stall, em relação ao valor pago pela cooperativa local. Valores em
reais (R$) ................................................................................................. 59
TABELA 3.4 - Custos detalhados de produção de leite tipo "B" no sistema de
pastejo contínuo, em relação ao valor pago pela cooperativa local.
Valores em reais (R$) .............................................................................. 60
vii
LISTA DE ABREVIATURAS
viii
RESUMO
ix
ABSTRACT
The objective of the present work was to undertake a study of case comparing
indexes of thermal comfort inside different installations for milking cows of Holstein
Breed at two private properties in the region of Vale do Paraíba, São Paulo State,
Brazil. The properties were close to each other and presented similar characteristics
for topography and environmental conditions. The economical characterization of the
properties aimed to identify the cost production for each system under consideration.
The experimental treatments were (i) free-stall housing, (ii) tie-stall housing
and (iii) stable for feed supplementation in comparison with the open field
conditions. The environmental parameters measured were dry bulb temperature,
black globe temperature, maximum & minimum temperature, relative humidity of
the air and wind speed. The experimental period was realized during the summer of
the year to 2000. The selection of the discomforting critical days considered the
enthalpy associated with the dry bulb temperature of 24oC and relative humidity of
76%. The evaluation of the thermal comfort included the following parameters:
enthalpy, temperature-humidity index (THI), black-globe humidity index (BGHI)
and globe temperature and humidity index (ITGU).
The thermal comfort indexes did not indicate a significant difference (p <
0.05) between the field and the stable for feed supplementation. The same indexes
did not differentiate (p < 0.05) the free-stall from the tie-stall housing. According to
the methodology employed at this study, the stable was associated with thermal
comfort indexes significantly worse (p < 0.05) than the ones related to the other
installations.
Regarding economical aspects, the total cost of milk produced in all systems
was higher than the amount received from the local cooperative.
Key words: milk, installations, dairy cattle, enthalpy, cost of production.
x
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Objetivo
O objetivo deste trabalho é o estudo de caso de três diferentes sistemas
produtivos de leite tipo B (tie-stall, free-stall e pastejo contínuo), com destaque para
o conforto térmico das instalações empregadas, na região de São José dos Campos,
SP. Esse objetivo será realizado por meio da comparação das instalações entre si e
em relação ao ambiente externo, com base nos índices de conforto, nos dias de
entalpia elevada.
Outro objetivo é apresentar a caracterização econômica de cada um dos
sistemas de produção estudados.
3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Conforto térmico traduz uma situação em que o balanço térmico é nulo, isto
é, o calor que o organismo do animal produz, mais o que ele ganha do ambiente, é
igual ao calor perdido por intermédio da radiação, da convecção, da condução, da
evaporação e do calor contido nas substâncias corporais eliminadas (SILVA, 1998).
Se isso não ocorre, o animal se defende por outros mecanismos de termorregulação,
com o objetivo de ganhar ou perder calor para o ambiente em que está.
produtora de leite terá um gasto mínimo de energia para manter sua temperatura
corporal e a energia do organismo pode ser dirigida para a produção animal.
(BACCARI, 1998a).
Existe alguma divergência na literatura, quanto à faixa ideal de temperatura
para os bovinos de raça holandesa. Por exemplo, BAETA & SOUZA (1997), relatam
que a faixa ideal de temperatura estaria entre -1 e 16oC, enquanto HUBER (1990)
encontrou como intervalo de conforto térmico aquele compreendido entre 4 e 26oC.
Essa diferença entre a zona de termoneutralidade apresentada por
pesquisadores diferentes deve-se à capacidade de adaptação dos animais a situações
climáticas específicas (NÄÄS, 1999); a condições fisiológicas, reprodutivas e
nutricionais dos animais (TITTO, 1998), além da produtividade. Entretanto, todos
concordam que existe uma faixa ideal de conforto térmico e que, acima ou abaixo
desse intervalo, as vacas da raça holandesa passariam à condição de tolerância ao
calor e ao frio, ocorrendo uma demanda fisiológica no sentido do organismo ter uma
sobrecarga de trabalho com o intuito de manter a temperatura corpórea estável; um
pouco mais além, limitado pelo “limite de tolerância ao frio”e pelo “limite de
tolerância ao calor, o animal entra numa zona de estresse pelo calor ou pelo frio,
onde se mantida as condições de temperatura por um período mais prolongado, o
animal corre o risco de vir a morrer (Figura 2.1).
Limite de tolerância ao frio
Produção de calor
zona
zona de
termoneutra zona de
tolerância
ao frio tolerância
ao calor
temperatura do ar
temp.crítica mínima temp.crítica máxima
Figura 2.1. Zonas de tolerância e conforto térmicos (TITTO, 1998).
5
Em que:
ta = temperatura ambiente em 0C (bulbo seco);
tpo = temperatura de ponto de orvalho em 0C
7
Em que:
tbu = temperatura de bulbo úmido (°C);
tg = temperatura de globo negro (°C);
ta = temperatura ambiente (°C).
Em que:
ta = temperatura do ar (bulbo seco), em °C;
h = umidade relativa, em %;
v = velocidade do vento, em m/s.
Em que:
ta = temperatura do ar (bulbo seco), em °C;
h = umidade relativa do ar, em %;
v = velocidade do vento, em m/s.
Em que:
tg = temperatura de globo negro (°C);
tpo = temperatura de ponto de orvalho (°C).
Em que:
δ = 5,67. 10-8 W/(m2.K4) (constante de Stefan Boltzmann);
TMR = temperatura média radiante (K).
Em que:
v = velocidade do vento em m/s
tg = temp. globo negro
ta = temperatura ambiente de bulbo seco oC
11
Em que:
tg = temperatura de globo negro (°C);
tbu = temperatura de bulbo úmido (°C).
12
24 76 96 99 99
34 46 63 68 84
34 80 41 56 71
* Diferenças na produção de leite baseadas na porcentagem da produção normal de leite a 24°C e
38% de umidade relativa (JOHNSON; VANJONACK, 1976 apud TITTO 1998).
SOL ATMOSFERA
radiação
convecção
radiação
evaporação
radiação
radiação
condução
SÓLIDOS
plantas
rochas
Solo construções
Figura 2.2. Trocas térmicas entre a vaca e o ambiente (TITTO, 1998).
2.3.1. Tie-stall
Sistema caracterizado por confinamento total das vacas durante o período
produtivo, utilizado principalmente em rebanhos menores, devido ao seu alto custo
de implantação (HUTCHINSON, 1999).
Elas ficam constantemente presas (dia e noite), geralmente por correntes no
pescoço, e recebem 100% de sua alimentação no cocho, na forma de ração total.
Assim, tudo o que elas necessitam para sua mantença e produção (volumoso -
alimentos com mais de 18% de fibra bruta na matéria seca-, concentrado energético -
mais de 60% de nutrientes digestivos totais na matéria seca, e vitaminas, p. ex.), é
administrado conjuntamente. Em geral, elas apenas ficam soltas por
aproximadamente uma hora, a cada ordenha, quando aproveitam para fazer um pouco
de exercício.
Normalmente são altíssimas produtoras de leite (acima de 25 kg/dia), pois,
como é um sistema que exige mão-de-obra mais especializada e com investimento
em infra-estrutura mais elevado, não se aplica a vacas de baixa lactação.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Vacas limpas Dificuldades em prender e soltar os
animais
Possibilidade de maior atenção a todos os Reduz a oportunidade das vacas se
animais exercitarem
Fácil mecanização Muito trabalho se não for manejo
mecanizado
Situação de trabalho do funcionário Alto custo de construção das instalações
confortável
Prático manejo, principalmente para Poucas possibilidades de separação de
rebanhos menores. vacas por lotes, maior possibilidade de
stress.
16
2.3.2. Free-stall
Surgiu nos Estados Unidos, na década de 50, e tornou-se muito popular no
país rapidamente. Isso se deu pela sua superioridade, em termos de economia de
cama e menos injúria em cascos e tetos das vacas, em relação ao sistema
preponderante na época: “louse housing”, ou seja, confinamento em estábulos com
área de repouso coletivo. A expressão free-stall, ou estabulação livre, deve-se ao fato
de as vacas ficarem soltas dentro de uma área cercada, sendo parte dela livre para
alimentação e exercícios e a outra parte, dividida em baias individual e forrada com
cama, é destinada ao descanso dos animais.
Tornou-se popular no Brasil a partir dos anos 80, quando alguns criadores
particulares implantaram esse sistema com sucesso, e a Embrapa de Brasília
construiu um confinamento tipo free-stall para mostrar a sua viabilidade aos
produtores de leite (CAMARGO, 1991).
A alimentação das vacas é fornecida 100% no cocho, que pode ou não ser
coberto, geralmente na forma de ração total, embora muitos criadores forneçam
alguns itens da alimentação de forma separada.
É um sistema utilizado para vacas de médio a alto índice (20-25 kg/dia) de
produção individual (CAMARGO, 1991 e MATTOS, 1988). Como o custo de
produção é alto, esse sistema não compensa para vacas com produção de leite abaixo
de 20 kg/dia.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Custo operacional econômico Custo de construção alto
Fácil mecanização Menor atenção individual
Animais se exercitam regularmente Maior competição
Alta flexibilidade para organizar diferentes Vacas mais sujas por falha no manejo de
manejos de alimentação, grupos etc. limpeza
17
VANTAGENS DESVANTAGENS
Custo Operacional mais baixo Maior necessidade de área disponível
Pouca necessidade de mecanização Menor atenção individual
Animais se exercitam regularmente Maior competição entre os animais
Alguma flexibilidade em organizar os Muitas vezes os lotes não são
animais em lotes homogêneos, por falta de espaço
18
120 120
110 110
100 100
90 90
Índice
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
4
8
4
7
5
8
95
96
97
98
l/9
l/9
l/9
l/9
l/9
t/9
t/9
t/9
t/9
/9
/9
/9
/9
n/
n/
n/
n/
br
br
br
br
Ju
Ju
Ju
Ju
Ju
Ou
Ou
Ou
Ou
Ja
Ja
Ja
Ja
A
Fonte: Dairy Outlook Network, FAO adaptado da Revista Balde Branco (1999b).
3. MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho foi realizado na cidade de São José dos Campos, estado de São
Paulo, localizado a 22° 49' de Latitude Sul e 45° 54' de Longitude Oeste, a uma altura
média de 660 m do nível do mar e na cidade de Caçapava (localizada a uma altura
média de 560 m acima do nível do mar), que é vizinha a São José dos Campos. O
clima das duas cidades é do tipo CWA segundo a classificação de Köppen, tropical,
sazonal, com duas estações bem definidas, verão chuvoso (outubro a março) e
inverno seco (abril a setembro). O período de realização foi de 17 de janeiro a 31 de
março de 2000.
Três instalações foram utilizadas, como objeto deste estudo de caso, com o
intuito de se fazer uma análise comparativa entre elas, para avaliação do conforto
térmico e de sua compatibilidade com o potencial genético dos animais, em termos
de produção leiteira.
As três instalações foram escolhidas o mais próximo possível umas das
outras, e que tivessem ambientes semelhantes em termos de clima e topografia para
que o resultado não sofresse distorções pelo ambiente em que elas estavam
localizadas.
Isso se conseguiu ao escolher duas das instalações (tie-stall e free-stall),
localizadas na mesma propriedade (em São José dos Campos, SP) em construções
contíguos uma à outra; a terceira delas estava localizada em uma propriedade distante
apenas aproximadamente 6km das demais (na cidade de Caçapava, SP), mas em
condições geográficas bem semelhantes.
24
3.2. Tratamento
3.3.1. Tie-stall
Foi utilizada uma propriedade com 36 vacas em lactação e média de leite de
28 kg/dia. As vacas eram todas da raça Holandesa, variedade Preta e Branca, Pura de
Origem, de primeira a terceira cria em sua maioria. Elas receberam ração total, no
cocho, constituída de silagem de milho, feno de alfafa e concentrado, sempre à
disposição dos animais e repostas quatro vezes ao dia. As vacas ficam
permanentemente confinadas, com bebedouro para duas vacas, saindo três vezes ao
dia para serem ordenhadas através de ordenhadeira mecânica, em sistema espinha de
peixe.
3.3.2. Free-stall
A fazenda analisada tem um free-stall dividido em quatro partes (por um
corredor central no sentido longitudinal para alimentação e um outro no sentido
25
perpendicular para trânsito dos animais para a sala de ordenha) cada uma delas com
20 baias individuais, com cama de areia.
As vacas em lactação ficam constantemente confinadas, saindo apenas no
horário das ordenhas, realizadas através de ordenhadeira mecânica, duas vezes ao dia.
A alimentação é fornecida no corredor central, sempre à disposição dos animais,
constituída de ração total, formada de silagem de sorgo e/ou milho, feno de capim
coast-cross e ração balanceada, reposta três vezes ao dia.
As vacas são todas da raça Holandesa, variedade Preta e Branca, Puras de
Origem, entre a primeira e a terceira lactação em sua maioria. Dos quatro boxes que
constituem o free-stall, apenas três são usados atualmente, totalizando em média 80
vacas em lactação; as vacas são selecionadas para um ou outro boxe de acordo com a
sua média de produção diária, fazendo com que cada lote seja o mais homogêneo
possível em termos de produção. A média de produção de leite de todo o rebanho é
por volta de 22 kg/dia.
3.4.1. Tie-stall
A instalação do tie-stall, como dito anteriormente, é contígua à do free-stall,
ambas interligadas por um corredor coberto.
O tie-stall tem 30,0 m de comprimento e 14,0 m de largura, com pé-direito de
3,9 m. As telhas onduladas, são de cimento amianto. O telhado conta com lanternim
na parte central do galpão, e beiral de 0,80 m. Existem 12 ventiladores de 0,80 m de
diâmetro, inclinação de aproximadamente 30o em relação à vertical, e com motor de
372 W (0,5 HP) de potência, gerando um fluxo de ar de 28 m3 por minuto cada um.
30
FIGURA 3.7– Esquema do tie-stall, com disposição das baias. Sem escala, medida
em m.
31
3.4.2. Free-stall
O free-stall tem 40,2 m de comprimento por 26,9 m de largura. Na sua
direção transversal, existe um corredor central de 3,0 m, que divide o galpão em duas
metades e por onde passam as vacas para serem ordenhadas. Na direção longitudinal,
também há um corredor central de 4,9 m, que é chamado corredor de alimentação;
nele é fornecida a alimentação para as vacas, sobre o piso, a qual fica constantemente
à disposição delas. Esses corredores fazem com que o galpão de free-stall seja
subdividido em quatro partes iguais de 18,6 m por 11,0 m (Figura 3.8). O pé-direito
do galpão também é de 3,9 m, sendo que o beiral é de 0,80 m. A cobertura do galpão
é de telha ondulada de cimento amianto e seu piso é de concreto áspero, com
inclinação na área de trânsito dos animais de 2%.
32
FIGURA 3.8a – Esquema do free-stall e com disposição das baias. Sem escala,
medida em m.
Cada quarto do galpão tem 20 baias individuais, sendo 10 frente a frente com
as outras 10. Cada baia é forrada com cama de areia.
As vacas ficam constantemente presas neste curral, só saindo para a sala de
ordenha junto ao galpão.
FIGURA 3.10 – Esquema do estábulo para alimentação das vacas e com disposição
do cocho. Sem escala, medida em m.
FIGURA 3.11 - Foto com detalhes dos instrumentos de monitoramento térmico no tie
-stall.
5%, conforme trabalho de SAVASTANO JR. et al. (1997). Foram ainda verificadas
as pressuposições de aplicação da técnica de análise de variância, isto é, se os valores
obtidos eram ou não homogêneos.
43
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 4.2. Dias críticos em termos de entalpia (kJ/kg de ar seco), às 11 h, nas áreas
externas aos sistemas produtivos (campo) em comparação com o interior das
instalações. Em itálico e negrito estão assinalados os maiores valores para o dia.
11 h 84,38a
13 h 86,49a
a b
, = letras diferentes, na mesma coluna, ressaltam diferenças estatísticas para p < 0,05.
46
4.1 Entalpia
A Figura 4.1 indica que, com exceção de seis dias (24, 25 e 26 de fevereiro e
3, 6 e 20 de março), os índices de entalpia do campo foram maiores do que nas
instalações. Em quatro destes seis dias (25 e 26 de fevereiro e 3 e 6 de março), o
estábulo apresentou valores de entalpia superiores aos do campo. No dia 24 de
fevereiro (apenas um dia), o índice de entalpia do tie-stall foi superior ao do campo,
o mesmo acontecendo no dia 20 de março com o free-stall em relação ao campo. Isso
demonstra a capacidade dessas instalações funcionarem como proteção contra a
radiação solar na Região de São José dos Campos, SP. Na Figura 4.1, também está
representada a entalpia que serviu de base para determinarmos os dias críticos
(78,276 kJ/kg/ar seco), que foi denominada de entalpia limite.
110,000
100,000
90,000
kJ/kg ar seco
80,000
70,000
60,000
50,000
24.fev 25.fev 26.fev 28.fev 1.mar 3.mar 5.mar 6.mar 13.mar 14.mar 15.mar 17.mar 18.mar 20.mar 21.mar 29.mar
Dias
Entalpia Campo Entalpia Tie-stall Entalpia Free-stall Entalpia Estábulo Entalpia Limite
A Figura 4.2 mostra que, com exceção de quatro dias (26 de fevereiro e 3, 6 e
20 de março), os índices de temperatura de globo e umidade (ITGU) observados no
campo foram superiores aos demais (Tabela 4.4). Em três desses quatro dias (26 de
fevereiro e 3 e 6 de março), o estábulo apresentou ITGU superior ao campo. Apenas
em um dia (20 de março), o ITGU obtido no free-stall foi superior ao obtido no
campo.
Tais dados confirmam a eficiência do tie-stall e free-stall em relação ao
estábulo, no sentido de proporcionarem, aos animais ali abrigados, maior conforto
térmico na Região de São José dos Campos, SP. Esse fato foi confirmado com a
análise estatística efetuada, que indica haver diferenças significativas (p < 0,05) entre
as médias de ITGU obtidas no estábulo e no campo, em relação àquelas obtidas no
tie-stall e no free-stall, comprovando a eficiência de se controlar o meio ambiente
das vacas através de auxílios (ventiladores e nebulizadores) que diminuem a
temperatura e a umidade ambiente.
48
30,00
28,00
26,00
24,00
ITGU
22,00
20,00
18,00
16,00
14,00
24.fev 25.fev 26.fev 28.fev 1.mar 3.mar 5.mar 6.mar 13.mar 14.mar 15.mar 17.mar 18.mar 20.mar 21.mar 29.mar
Dias
Figura 4.2 Comparação dos valores de ITGU para os diversos tipos de instalação nos
dias críticos.
Tabela 4.4. Valores de ITGU para os dias críticos nas diferentes instalações e a
campo às 13 h. Em itálico e negrito estão assinalados os maiores valores para o dia.
9 0 .0 0
8 5 .0 0
8 0 .0 0
BGHI
7 5 .0 0
7 0 .0 0
6 5 .0 0
6 0 .0 0
24-Feb 25-Feb 26-Feb 28-Feb 01-M ar 03-M ar 05-M ar 06-M ar 13-M ar 14-M ar 15-M ar 17-M ar 18-M ar 20-M ar 21-M ar 29-M ar
D ia s
BG H I C am po B G H I T ie -s ta ll B G H I F re e -s ta ll B G H I E s tá b u lo
Figura 4.3. Comparação dos valores de BGHI para os diversos tipos de instalação nos
dias críticos.
Tabela 4.5. Valores de BGHI nos dias críticos nas diferentes instalações e a campo às
13 h. Em itálico e negrito estão assinalados os maiores valores para o dia.
Relativamente ao THI, observa-se (Figura 4.4) que, com exceção de sete dias
(24 e 26 de fevereiro e 1o, 3, 6, 15 e 20 de março), em que os índices verificados nas
diferentes instalações foram superiores ao campo, em todos os outros dias os valores
de THI a campo foram maiores que nas instalações. Com relação ao estábulo, em seis
dias, dentre os setes acima identificados, o THI foi superior ao do campo (24 e 26 de
fevereiro e 1o, 3, 6 e 15 de março).
As instalações do tie-stall e free-stall apresentaram um índice
significativamente (p < 0,05) inferior ao do campo e do estábulo (Tabela 4.6). Entre
52
esses dois últimos, porém, não se observou diferença significativa (p < 0,05), embora
o valor da média para o campo tenha sido pouco maior que o do estábulo (76,36 e
76,03 respectivamente). Isso reforça a indicação de que o estábulo não é uma
alternativa viável para promover o conforto térmico dos animais, mesmo
considerando-se a permanência do gado por poucas horas em seu interior.
8 5 .0 0
8 0 .0 0
7 5 .0 0
THI
7 0 .0 0
6 5 .0 0
6 0 .0 0
2 4 -F e b 2 5 -F e b 2 6 -F e b 2 8 -F e b 0 1 -M a r 0 3 -M a r 0 5 -M a r 0 6 -M a r 1 3 -M a r 1 4 -M a r 1 5 -M a r 1 7 -M a r 1 8 -M a r 2 0 -M a r 2 1 -M a r 2 9 -M a r
D ia s
T H I C a m p o T H I T ie - s t a ll T H I F r e e - s t a ll T H I E s t á b u lo
Figura 4.4. Comparação dos valores de THI para os diversos tipos de instalação nos
dias críticos.
dia 20 de março, ter alcançado o maior valor de THI entre as diversas instalações
analisadas.
53
O estábulo teve dez dias de estresse ameno e três dias de estresse moderado,
Tabela 4.6. Valores de THI nos dias críticos nas diferentes instalações e a campo às
13 h. Em itálico e negrito estão assinalados os maiores valores para o dia.
Tabela 4.7. Valores médios, para cada tipo de instalação, às 13 h, dos índices de
conforto analisados.
TIPO DE COBERTURA ENTALPIA ITGU BGHI THI
(kJ/kg de ar
seco)
Tabela 4.8. Valores médios, para cada tipo de instalação, às 11 h, dos índices de
conforto analisados.
TIPO DE COBERTURA ENTALPIA ITGU BGHI THI
(kJ/kg de ar
seco)
Tabela 4.9 Custos de produção de leite tipo "B", em cada sistema de produção
comparados com o valor pago pela cooperativa local. Valores em reais (R$).
Os subitens 4.6.1 a 4.6.3 trazem uma análise mais detalhada de cada sistema
de produção, no que diz respeito a seus custos de produção.
57
Tabela 4.10 Custos detalhados de produção de leite tipo "B", no sistema tie-stall, em
relação ao valor pago pela cooperativa local. Valores em reais (R$).
Tabela 4.11. Custos detalhados de produção de leite tipo "B", no sistema free-stall,
em relação ao valor pago pela cooperativa local. Valores em reais (R$).
Isto significa que o produtor tem receita superior ao desembolso para manter
a atividade ativa. Ele é remunerado pela sua atividade e ainda quanto aos custos
relativos à depreciação. Se o produtor não tem lucratividade com a atividade, pelo
menos não ocorre um prejuízo, e ele terá condições de repor benfeitorias, pastagens e
animais adultos, como explicado no item 4.6.1.
Como o custo total é sempre superior ao valor recebido, significa que o seu
capital não é remunerado pela atividade, além de não ter como remunerar a terra. No
médio e longo prazo, o produtor terá condição de continuar a atividade. Porém,
mantida a atual condição, não será possível obter retorno financeiro positivo.
Tabela 4.12 Custos detalhados de produção de leite tipo "B", no sistema de pastejo
contínuo, em relação ao valor pago pela cooperativa local. Valores em reais (R$).
5. CONCLUSÕES
Com base neste estudo de caso de três sistemas de produção de leite Tipo “B”
analisados, com vacas em lactação da raça Holandesa, variedade Preta e Branca, na
região de São José dos Campos, SP, pode-se concluir que:
• Apesar dos índices de conforto térmico obtidos no estábulo terem sido menores
do que os obtidos a campo, não se observou diferença significativa entre ambos.
62
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Temp. Temp. UR/Temp UR/Temp1 UR/Temp UR/Temp 17 TGN 7h TGN 11 h TGN 13 h TGN 17 h
o o o o o o o o o o
Dias máx ( C) Mín ( C) 7 h (%/ C) 1 h (%/ C) 13 h (%/ C) h (%/ C) ( C) ( C) ( C) ( C)
18/fev/00 27,00 22,00 100/17 67/23 73/22 71/20 18 34 28 24
20/fev/00 27,00 21,00 74/21 69/22 62/23 60/22 23 26 29 27
21/fev/00 29,00 22,00 99/19 96/22 64/23 46/27 20 24 26 31
22/fev/00 31,00 23,00 100/17 68/21 51/22 54/24 18 34 36 34
24/fev/00 32,00 23,00 100/20 62/28 53/30 100/20 20 29 34 21
25/fev/00 32,00 22,00 100/19 76/25 60/29 67/24 20 27 33 26
26/fev/00 32,00 21,00 95/21 66/27 58/28 60/26 23 36 35 33
27/fev/00 33,00 22,00 97/21 67/26 51/28 100/20 23 29 34 21
28/fev/00 33,00 22,00 100/20 66/25 52/33 72/22 29 26 34 24
29/fev/00 32,00 21,00 99/20 62/29 60/23 62/24 23 33 29 30
01/mar/00 32 21 96/19 60/24 69/27 62/26 19 31 37 29
03/mar/00 32 22 91/20 82/27 60/27 53/28 22 29 32 33
04/mar/00 33 23 99/20 58/22 58/27 55/29 19 29 32 33
05/mar/00 33 22 92/20 61/33 43/34 42/34 22 34 38 37
06/mar/00 33 22 95/21 82/24 80/25 62/27 22 28 30 34
07/mar/00 32 23 98/21 94/23 89/22 100/20 21 24 23 20
08/mar/00 30 21 96/19 90/20 80/22 79/20 20 22 23 22
09/mar/00 29 21 100/19 64/22 21 26
10/mar/00 29 20 76/19 70/22 62/25 76/23 22 4 33 29
11/mar/00 28 22 100/19 95/22 99/20 97/20 20 23 22 21
12/mar/00 29 20 92/19 78/21 71/24 69/22 21 23 26 24
13/mar/00 27 21 99/18 90/21 87/27 86/31 20 22 28 32
14/mar/00 28 22 97/18 64/24 52/29 62/24 19 32 34 28
15/mar/00 29 22 92/19 81/21 78/25 71/24 21 27 28 30
17/mar/00 29 19 100/20 96/22 99/26 80/23 22 24 29 28
18/mar/00 29 19 100/21 91/26 100/27 97/27 22 28 31 30
19/mar/00 29 22 96/20 97/20 100/20 96/20 22 23 21 21
20/mar/00 27 21 100/20 96/21 94/22 99/19 21 22 24 22
21/mar/00 27 19 100/19 89/23 93/22 100/20 18 25 23 22
22/mar/00 27 19 100/19 97/23 68/24 97/22 19 27 32 25
24/mar/00 29 20 93/22 66/27 61/25 60/22 24 30 27 24
29/mar/00 29 20 100/18 91/22 89/23 91/21 20 24 25 24
31/mar/00 29 20 100/18 87/21 85/22 81/22 19 22 24 25
Fazenda Santa Terezinha Medidas de Temperatura e Umidade Relativa Free-stall
Temp. Temp. UR/Temp 7 h UR/Temp11 h UR/Temp 13 h UR/Temp 17 h TGN 7h TGN 11 h TGN 13 h TGN 17 h
o o o o o o o o o o
Dias máx ( C) Mín ( C) (%/ C) (%/ C) (%/ C) (%/ C) ( C) ( C) ( C) ( C)
17/jan/00 41,0 24,0 83/28 53/31 64/27
18/jan/00 29,0 23,0 93/23 64/30 23,0 31,0
19/jan/00 29,0 23,0 97/23 94/24 87/25 95/23 22,4 24,2 24,3 23,0
21/jan/00 28,0 20,0 93/20 87/20 70/23 72/24 20,0 21,0 24,0 24,0
22/jan/00 32,0 19,0 98/20 60/20 58/31 54/30 21,0 22,0 31,0 30,0
23/jan/00 22,0 19,0 90/19 60/20 55/21 52/20 19,0 20,0 21,0 20,0
24/jan/00 31,0 21,0 97/20 73/23 67/27 71/25 20,0 23,0 27,0 26,0
26/jan/00 30,0 22,0 99/22 80/23 99/22 99/21 22,0 23,6 22,6 22,0
27/jan/00 33,0 21,0 99/22 90/23 98/22 99/21 22,0 23,0 22,0 21,0
28/jan/00 30,0 21,0 95/18 60/22 68/22 64/20 18,2 23,0 22,0 20,0
29/jan/00 29,0 20,0 99/19 74/22 61/25 73/23 19,2 22,8 26,0 24,0
30/jan/00 25,0 21,0 99/19 75/21 74/22 72/23 19,8 21,4 22,6 23,6
31/jan/00 32,0 20,0 97/21 79/22 80/23 99/20 21,0 22,0 23,6 24,2
01/fev/00 29,0 19,0 95/21 70/22 80/22 21,00 22,40 22,40 23,00
02/fev/00 29,0 18,0 99/21 76/25 64/26 74/23 21,00 26,00 27,00 23,00
03/fev/00 29,0 18,0 100/21 78/24 66/26 75/23 21,20 23,00 26,00 24,00
04/fev/00 31,0 19,0 100/20 100/23 58/26 54/27 29,00 30,00 31,00 30,00
05/fev/00 31,0 20,0 100/22 78/25 64/26 71/24 22,00 25,00 26,00 26,80
06/fev/00 31,0 21,0 100/20 99/21 94/24 83/23 29,00 31,00 29,00 28,00
07/fev/00 29,0 19,0 97/19 94/20 90/22 87/21 20,00 21,00 23,00 24,00
08/fev/00 26,0 21,0 97/20 96/21 90/20 87/21 21,00 21,00 20,20 20,00
09/fev/00 28,0 21,0 100/21 85/22 63/24 67/24 22,00 23,00 27,00 25,20
10/fev/00 27,0 20,0 100/21 86/21 81/23 90/21 22,00 23,00 24,00 22,00
11/fev/00 27,0 20,0 100/20 98/21 100/22 99/21 21,00 22,40 23,00 22,00
12/fev/00 26,0 21,0 98/21 94/20 88/21 85/20 21,00 22,00 23,00 22,00
13/fev/00 29,0 22,0 100/22 98/24 97/22 96/21 24,00 24,00 23,00 23,60
14/fev/00 26,0 20,0 100/21 99/21 94/22 60/21 22,00 23,00 23,00 24,60
15/fev/00 29,0 22,0 100/22 88/22 54/24 72/22 23,00 24,00 26,00 25,00
16/fev/00 28,0 20,0 100/20 100/21 71/24 74/21 21,00 23,00 26,00 24,00
18/fev/00 28 20 98/18 100/20 77/20 83/18 20,00 20,60 22,00 20,00
20/fev/00 28 21 100/19 97/20 86/20 80/21 20,00 23,00 23,00 22,00
21/fev/00 25 20 98/17 80/21 60/20 56/20 19,00 22,00 23,00 22,00
22/fev/00 30 22 100/20 68/20 64/21 62/20 22,00 21,00 22,00 26,00
24/fev/00 27 21 100/20 78/21 55/22 90/20 22,00 23,00 25,00 22,00
25/fev/00 26 19 100/20 78/21 55/22 90/20 21,00 23,00 26,00 24,00
26/fev/00 27 21 97/20 76/21 72/20 74/21 22,00 22,00 23,00 23,00
27/fev/00 29 19 98/20 90/20 85/21 100/19 22,00 24,00 25,00 20,00
28/fev/00 27 20 100/20 70/21 64/22 76/20 22,00 23,00 24,00 22,00
29/fev/00 29 20 98/20 100/21 70/20 70/21 22,00 22,00 22,00 21,00
01/mar/00 27 20 20/100 21/67 22/79 19/74 21 23 23 18
03/mar/00 29 21 18/100 20/78 20/70 21/62 20 22 24 23
04/mar/00 29 20 20/100 21/82 22/78 20/65 20 23 24 22
05/mar/00 30 21 19/96 20/65 22/50 23/49 21 22 25 25
06/mar/00 30 22 19/97 21/85 23/72 20/63 22 23 25 26
07/mar/00 29 20 19/97 22/100 22/98 21/100 22 22 21 20
08/mar/00 27 20 19/96 20/90 21/88 19/85 21 22 21 19
09/mar/00 28 22 18/97 20/62 20 23
10/mar/00 27 20 18/84 20/86 19/69 18/72 20 21 20 21
11/mar/00 28 20 19/100 21/96 20/100 19/100 21 23 21 20
12/mar/00 27 20 19/97 22/91 24/86 24/80 20 25 26 25
13/mar/00 27 21 17/98 20/80 21/76 20/74 19 21 21 20
14/mar/00 26 21 17/96 19/74 17/62 16/70 19 21 22 21
15/mar/00 27 21 19/99 20/96 23/85 21/79 20 22
17/mar/00 28 20 20/100 21/96 20/100 21/82 21 23 22 22
18/mar/00 28 21 20/98 22/97 21/100 20/90 21 24 23 21
19/mar/00 27 19 20/91 20/97 20/97 19/91 21 21 22 20
20/mar/00 26 20 21/100 21/97 22/98 20/100 21 23 23 20
21/mar/00 26 18 20/100 21/87 19/94 19/99 20 21 20 20
22/mar/00 26 19 20/100 19/96 18/76 19/100 20 20 20 19
24/mar/00 29 21 20/97 22/75 22/74 20/71 20 27 24 23
29/mar/00 27 19 20/100 20/96 19/87 20/90 21 20 20 20
31/mar/00 28 20 20/100 20/96 21/88 19/87 20 21 21 21
Fazenda Santa Terezinha Medidas de Temperatura e Umidade Relativa Tie-stall
Temp. Temp. UR/Temp 7 UR/Temp UR/Temp UR/Temp 17 TGN 7h TGN 11 h TGN 13 h TGN 17 h
o o o o o o o o o o
Dias máx ( C) Mín ( C) h (%/ C) 11 h (%/ C) 13 h (%/ C) h (%/ C) ( C) ( C) ( C) ( C)
17/jan/00 38,0 26,0 75/29 66/29 83/25 24,0 31,0
18/jan/00 30,0 22,0 66/22 60/29 24,0 30,0
19/jan/00 29,0 23,0 96/23 71/28 87/24 91/23,7 23,8 24,0 24,0 23,8
21/jan/00 29,0 20,0 90/21 86/23 65/24 65/24 21,0 20,0 21,0 23,0
22/jan/00 33,0 19,0 96/20 68/19 51/20 52/20 21,0 22,0 20,0 20,0
23/jan/00 32,0 19,0 90/19 58/19 51/20 50/20 20,0 19,0 20,0 21,0
24/jan/00 31,0 19,0 94/20 71/22 62/27 70/25 20,0 22,0 26,0 26,0
26/jan/00 30,0 21,0 99/21 78/23 95/22 93/21 21,4 24,0 23,0 23,2
27/jan/00 32,0 21,0 99/21 77/23 96/22 94/21 21,4 24,3 23,1 23,2
28/jan/00 32,0 19,0 91/19 58/22 64/22 60/22 19,0 22,4 22,0 22,4
29/jan/00 33,0 22,0 99/18 70/22 50/28 64/24 19,0 22,0 28,0 25,0
30/jan/00 24,0 19,0 98/19 68/22 69/23 70/23 19,0 22,8 22,8 22,6
31/jan/00 3,0 19,0 94/20 78/23 68/24 94/20 20,6 23,0 23,6 21,0
01/fev/00 30 18 80/20 71/21 76/18 21,0 22,0 23,0 21,0
02/fev/00 29 20 99/21 74/25 58/26 68/23 22,0 25,4 27,0 23,4
03/fev/00 29 20 100/21 74/25 58/26 68/23 22,0 25,2 27,2 22,3
04/fev/00 32 19 100/21 85/23 55/26 53/29 21,0 23,6 27,0 29,0
05/fev/00 33 21 100/21 72/24 60/23 68/26 22,0 25,6 25,0 24,0
06/fev/00 30 21 100/20 85/22 86/24 78/23 21,0 23,0 25,0 25,0
07/fev/00 29 20 98/20 96/21 92/22 89/22 21,0 22,0 23,0 25,0
08/fev/00 25 21 91/20 90/21 90/22 91/20 21,0 21,0 20,0 20,0
09/fev/00 29 21 100/20 80/21 60/26 68/24 21,0 22,0 27,2 26,0
10/fev/00 29 21 100/20 85/23 73/25 84/22 21,0 24,0 25,0 24,0
11/fev/00 29 20 100/20 99/21 100/22 98/20 22,0 23,0 24,0 23,0
12/fev/00 25 20 100/20 96/21 90/20 88/21 21,0 21,0 23,0 22,0
13/fev/00 29 21 100/20 98/21 90/20 89/20 22,0 21,0 22,0 22,0
14/fev/00 27 19 98/20 96/21 92/22 89/21 21,0 23,0 24,0 22,0
15/fev/00 30 22 89/21 80/22 52/25 76/21 23,0 23,0 27,0 22,0
16/fev/00 28 21 98/19 100/21 68/23 70/24 20,0 23,0 26,0 24,0
18/fev/00 27 20 100/20 79/20 74/20 72/20 21,0 21,0 21,0 20,0
20/fev/00 27 21 80/20 74/20 52/22 60/21 22,0 21,0 24,0 23,0
21/fev/00 30 22 100/18 71/20 54/21 50/22 20,0 22,0 23,0 25,0
22/fev/00 29 23 100/19 74/23 56/24 60/25 22,0 25,0 25,0 27,0
24/fev/00 30 22 98/21 87/24 81/25 86/20 22,0 25,0 26,0 21,0
25/fev/00 29 21 100/19 78/22 70/25 79/24 21,0 24,0 27,0 25,0
26/fev/00 29 21 96/20 80/23 80/23 79/22 22,0 25,0 24,0 24,0
27/fev/00 30 21 100/21 68/25 50/27 100/20 22,0 24,0 29,0 22,0
28/fev/00 29 20 99/20 68/27 50/29 82/20 21,0 29,0 32,0 23,0
29/fev/00 29 20 100/20 75/23 72/24 69/23 21,0 25,0 26,0 23,0
01/mar/00 30 22 19/90 23/65 21/70 20/67 21,0 23,0 22,0 22,0
03/mar/00 32 21 20/90 21/79 23/60 24/55 20,0 23,0 26,0 27,0
04/mar/00 30 21 20/97 22/78 24/72 22/60 21,0 23,0 24,0 25,0
05/mar/00 32 22 20/90 22/83 25/48 24/45 22,0 24,0 27,0 27,0
06/mar/00 31 23 20/90 22/86 24/78 26/70 22,0 23,0 25,0 27,0
07/mar/00 32 22 20/100 20/100 22/96 20/100 22,0 21,0 22,0 21,0
08/mar/00 29 20 20/89 21/92 20/87 19/79 20,0 22,0 21,0 20,0
09/mar/00 30 22 19/96 20/62 20,0 24,0
10/mar/00 29 21 19/78 20/75 21/64 19/75 21,0 20,0 23,0 20,0
11/mar/00 30 21 20/100 22/90 20/96 20/97 20,0 23,0 22,0 21,0
12/mar/00 29 21 21/91 23/86 25/80 25/79 22,0 24,0 27,0 26,0
13/mar/00 30 21 19/87 20/76 21/74 20/69 20,0 22,0 22,0 21,0
14/mar/00 27 20 17/93 20/72 22/60 21/64 20,0 23,0 26,0 24,0
15/mar/00 29 21 20/90 20/84 22/78 20/74 22,0 22,0 24,0 23,0
17/mar/00 29 21 19/100 21/97 23/93 20/95 21,0 23,0 24,0 21,0
18/mar/00 29 21 20/100 23/74 22/90 22/90 20,0 21,0 25,0 23,0
19/mar/00 29 20 19/92 20/98 20/96 19/90 21,0 20,0 21,0 21,0
20/mar/00 26 21 21/100 20/94 21/87 18/98 22,0 20,0 23,0 20,0
21/mar/00 27 20 19/100 20/86 20/96 20/100 20,0 21,0 21,0 20,0
22/mar/00 27 20 19/100 21/96 21/67 19/98 20,0 21,0 22,0 20,0
24/mar/00 29 20 20/100 22/78 20/71 20/68 21,0 24,0 23,0 22,0
29/mar/00 28 19 19/100 20/97 19/87 19/86 21,0 20,0 19,0 20,0
31/mar/00 28 19 19/100 21/97 20/84 20/76 20,0 20,0 21,0 20,0
Fazenda Santa Cruz Medidas de Temperatura e Umidade Relativa Estábulo
Despesas
1) Despesas com Mão-de-Obra (R$)
Arraçoamento Secretaria
Encarregado Serviços Gerais
Limpeza Tratorista
Ordenhador Outros
Receitas
1) Receitas (R$)
Venda de Gordura Venda de Matrizes
Venda de Bezerras Venda de Outros Animais
Venda de Novilhas Venda de Esterco
Venda de Garrotes Outras Receitas
Venda de Reprodutores
Cadastro de preços
Remuneração
1) Remuneração (R$)
Empresário
Terra (valor mensal do hectare
arrendado)
Juros ao mês (%)
Ficha para Controle de Inventário de Patrimônio