Fichamento Elisa Garcia

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FICHAMENTO ELISA GARCIA-

TROCAS, GUERRAS E ALIANÇAS


NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE
COLONIAL
ALUNO: ARTHUR LUIZ PEREIRA SILVA PROFESSORA: RAQUEL CAMPOS

PRIMEIRO PERÍODO, MATUTINO DICIPLINA: BRASIL 1

De forma introdutória, o autor utiliza da ideia de que os europeus, no início da colonização,


necessitavam dos indígenas seja para trabalho forçado ou trocas comerciais, o fato é que a
concorrência pelos domínios da américa, os ataques indígenas e a necessidade de atraí-los
para emprega-los a seu favor criou um contexto em que usar a população nativa em essencial.

1. POLÍTICAS INIDÍGENAS E POLÍTICAS INDIGENISTAS


Como forma de avançar em termos de desenvolvimento nas terras costeiras da
América portuguesa, os colonos portugueses desenvolveram um serie de políticas
indigenistas para os indígenas considerados ``amigáveis´´, proibindo a escravização
indígena e dando-lhes alguns privilégios levando –os aos aldeamentos localizados no
sertão brasileiro, em troca de trabalhos e proteção por parte dos indígenas. Já os
indígenas considerados ``hostis´´, eram escravizados ou mortos, casos que eram
limitados pela coroa portuguesa, outrora que a mesma visava maximizar o uso dos
indígenas para o desenvolvimento da colônia. Mesmo com essa divisão, vários colonos
utilizavam de maneira ilegal a mão de obra escrava dos indígenas que não eram
considerados ``hostis´´.

2. TROCAS ECONÔMICAS E RESSIGNIFICAÇÃO SIMBÓLICAS


O primeiro contato comercial entre os indígenas e os europeus foi conduzido pela
base do escambo, em que os lusitanos dependiam dos indígenas para viabilizar sua
subsistência e lucratividade do empreendimento colonial, ofertando produtos,
considerados por eles, de baixo valor em troca de outros produtos valiosos no
mercado europeu. Essa informação por muito tempo construiu no imaginário popular
uma visão de ``péssimo negócio´´ por parte dos indígenas, o que desconsidera o valor
das mercadorias recebidas pelos indígenas quanto a utilidade e o significado que elas
carregavam. Além do mais, a medida em que o escambo foi avançando, os indígenas
passaram a ficar mais exigentes nas trocas, além do fato de que outros europeus
começarem a disputar o pau-brasil possibilitando os indígenas de negociaram com
mais gente. A partir de 1540, com maiores exigências por parte dos nativos a relação
entre eles e os colonos começa a mudar com o maior aprisionamento e troca por
escravos de tribos rivais, a fim de continuar a receber pau-brasil, o que aumentou os
conflitos internos entre os indígenas.
3. ESCRAVIDÃO INDÍGENA E ACUMULAÇÃO PRIMITIVA

Mesmo sendo comum desde o início da colonização, o uso da escravização dos indígenas
se intensificou com o início da economia açucareira no Brasil principalmente para colonos em
regiões mais distante das centrais. Entretanto, os efeitos da colonização foram responsáveis
pela propagação de epidemias que foram fatais a uma grande parte dos indígenas na América
portuguesa. Mesmo com o alto número de mortos, o sistema baseado na mão de obra
indígena seguiu com o deslocamento de populações do interior para o litoral, além de que na
capitania de São Paulo, usava-se da justificativa religiosa para continuar a utilizar a mão de
obra dos nativos.

4. GUERRAS, CONQUISTAS E PRIVILÉGIOS


Se aproveitando de rivalidades já existentes entre os povos indígenas, os europeus
intensificaram essas disputas a fim de tirar vantagem para os próprios interesses.
Através de alianças e acordos com algumas tribos, os portugueses conseguiam se
proteger de outros europeus e de outras tribos. A principal arma utilizada pelos
indígenas nesses conflitos era o arco e flecha, que impressionou os europeus pela
forma como os nativos sabiam manusear a arma. Ocorria também, em alguns casos,
de indígenas pediram ajuda a europeus para combaterem outros europeus como
forma de revolta. Os conflitos eram muito utilizados para dar privilégios aos indígenas
que lutavam ao lado dos europeus vencedores e escravizar os perdedores. A aliança
com algumas tribos indígenas foi fundamental para a conquistas de mais terras na
América portuguesa.

5. EXPERIÊNCIAS ATLÂNTICAS
Outra perspectiva de acordo com as relações entre indígenas e colonos e
experiência de indígenas na Europa, em seus domicílios coloniais. Nas embarcações
que traziam a Europa pau-brasil, muitos indígenas eram levados como forma de
exposição do ``Novo Mundo´´, outros eram vendidos como escravos em Lisboa, já em
outras ocasiões, sem ser de forma compulsória, muitos indígenas pediam para
conhecer o continente europeu, assim além de matar a curiosidade, o nativo poderia
aprender técnicas na Europa que seriam uteis ao seu povo, em alguns casos muitos
preferiam seguir vivendo no velho continente. Em algumas dessas ``viagens
diplomáticas´´ o sentimento de rivalidade com outras tribos era ampliado o que muitos
Europeus utilizavam ao seu favor. De certa forma, as viagens transatlânticas eram
estratégicas para os indígenas no quesito de entender melhor a cultura do europeu,
além do mais, elas não se limitavam à Europa, há relatos de nativos que conheceram o
continente africano.

6. A FORMAÇÃO E A REPRODUÇÃO DA SOCIEDADE COLONIAL


A formação da sociedade colonial pode ser, portanto, dividida em duas partes. No
primeiro momento, os núcleos coloniais dependiam dos indígenas para sua
consolidação, já o segundo momento se caracteriza pela consolidação dos núcleos
populacionais, pela existência de uma atividade econômica desenvolvida e a entrada
de africanos escravizados.

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