Avaliação Concepções

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CURSO PREPARATÓRIO VILMAR VIEIRA

A AVALIAÇÃO NA LDB

Art. 9º A União incumbir-se-á de:


VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e
superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria
da qualidade do ensino;

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino,
terão a incumbência de:
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:


IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as
seguintes regras comuns:
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos
de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;

Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente


Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência garantindo-se vagas no mesmo
estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como
participar da definição das propostas educacionais.

A Avaliação nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)


• É uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas
em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de
trabalho.

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• As expectativas de aprendizagem que se têm para os alunos, devem estar claramente
expressas nos objetivos e nos critérios de avaliação propostos.
• A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua
prática. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,
dificuldades e possibilidades para reorganizações de seu investimento na tarefa de
aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das
ações educacionais demandam mais apoio.
• A escola deve incluir, necessariamente, uma avaliação inicial, para o planejamento do
professor, e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho.
• A avaliação investigativa inicial instrumentaliza o professor para pôr em prática seu
planejamento de forma adequada às características de seus alunos.
• A avaliação inclui observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada
pelos alunos ao final de um período de trabalho.
• A avaliação final é subsidiada pela avaliação contínua. (PCN – Introdução -p. 98)

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
É aquela realizada no início de um curso, período letivo ou unidade ensino, com a intenção de constatar
se os alunos apresentam ou não o domínio dos pré-requisito necessários, isto é, se possuem os
conhecimentos e habilidades imprescindíveis para as novas aprendizagens.

AVALIAÇÃO FORMATIVA
É realizada durante todo o decorrer letivo, com o intuito de verificar se os alunos estão atingindo os
objetivos previstos, isto é, quais os resultados alcançados durante o desenvolvimento das atividades. É
principalmente através da avaliação formativa que o aluno conhece seus erros e acertos e encontra
estímulo para um estudo sistemático. Essa modalidade de avaliação é basicamente orientadora, pois
orienta tanto o estudo do aluno como o trabalho do professor.

AVALIAÇÃO SOMATIVA
Tem a função classificatória e realiza-se ao final de um curso, período letivo ou unidade de ensino, e
consiste em classificar os alunos de acordo com níveis de aproveitamento previamente estabelecidos,
geralmente tendo em vista sua promoção de uma série para outra, ou até de um grau para outro.
Regina Cazaux Haydt – Avaliação do processo ensino-aprendizagem

A avaliação segundo Antoni ZABALA (A Prática Educativa: como ensinar)

Habitualmente, a avaliação é considerada como um instrumento sancionador e qualificador, em


que o sujeito da avaliação é o aluno e somente o aluno, e o objeto da avaliação são as aprendizagens
realizadas segundo certos objetivos mínimos para todos.
Já faz muito tempo que se propõem formas de entender a avaliação que não se limitam à
valorização dos resultados obtidos pelos alunos. O processo seguido pelos alunos, o progresso pessoal,
o processo coletivo de ensino/aprendizagem, etc., aparecem como elementos ou dimensões da
avaliação.
Por que temos que avaliar? Certamente, a partir da resposta a esta pergunta surgirão outras, por
exemplo, o que se tem que avaliar, a quem se tem que avaliar, como se deve avaliar, etc.
Quando a formação integral é a finalidade principal do ensino e, portanto, seu objetivo é o
desenvolvimento de todas as capacidades das pessoas e não apenas as cognitivas, muitos dos
pressupostos da avaliação mudam. Em primeiro lugar, os conteúdos de aprendizagem a serem avaliados
não serão unicamente conteúdos associados às necessidades do caminho para universidade. Será
necessário também levar em consideração os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais que

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promovam as capacidades motoras, de equilíbrio e de autonomia pessoal, de relação interpessoal e de
inserção social. O objetivo do ensino não centra sua atenção em certos parâmetros finalistas para todos,
mas nas possibilidades pessoais de cada um dos alunos.
O problema não está em como conseguir que o máximo de alunos tenham acesso à
universidade, mas em conseguir desenvolver ao máximo todas as suas capacidades, e entre elas,
evidentemente, aquelas necessárias para chegar a serem bons profissionais. Tudo isto envolve
mudanças substanciais nos conteúdos de avaliação e no caráter e na forma das informações que devem
se proporcionar sobre o conhecimento que se tem das aprendizagens realizadas, considerando as
capacidades previstas.

Avaliação formativa: inicial, reguladora, final integradora


Quando na análise da avaliação introduzimos a concepção construtivista do ensino, o sujeito da
avaliação não apenas se centra no aluno, como também na equipe que intervém no processo.
Procedemos de uma tradição educacional prioritariamente uniformizadora, sendo considerados
bons alunos aqueles que se adaptam a um ensino igual para todos; não é o ensino quem deve ser
adaptar às diferenças dos alunos. O valor básico de qualquer aprendizagem obriga a levar em conta a
diversidade dos processos de aprendizagem e, portanto a necessidade de que os processos de ensino, e
especialmente os avaliadores, não apenas os observem, como os tomem como eixo vertebrador. Quando
o ponto de partida é a singularidade de cada aluno, é impossível estabelecer níveis universais.
A primeira necessidade do educador é responder às perguntas: que sabem os alunos em relação
ao que quero ensinar? Que experiências tiveram? O que são capazes de aprender? Quais são seus
interesses? Quais são seus estilos de aprendizagem? Neste marco a avaliação já não pode ser estática,
de análise de resultado, porque se torna um processo. A avaliação é um processo em que sua primeira
fase se denomina avaliação inicial.
O conhecimento de como cada aluno aprende ao longo do processo de ensino/aprendizagem,
para se adaptar às novas necessidades que se colocam, é o que podemos denominar avaliação
reguladora.
Utilizo o termo avaliação final para me referir aos resultados obtidos e aos conhecimentos
adquiridos, e reservo o termo avaliação somativa ou integradora para o conhecimento e a avaliação de
todo o percurso do aluno.
Por que avaliar? O aperfeiçoamento da prática educativa é o objetivo básico de todo educador. E
se entende este aperfeiçoamento como meio para que todos os alunos consigam o maior grau de
competências, conforme suas possibilidades reais.

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