Re Nascimento

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Historiografia do Século Renascimento XV-XVI

Esta historiografia torna de novo o ser Humano como objecto de estudo; há


um reaparecimento da herança cultural Grega e Romana e o tempo do
antropocentrismo; Desenvolve as ciências auxiliares da História Epigrafia,
Arqueologia, Numismática, etc. Emergência de uma história Palaciana
dominada pela Burguesia que reclama uma certa autoridade e
desenvolvimento da sua própria historia; Desenvolvimento do espírito crítico,
analise, comparação e explicação dos factos, conhecimentos a investigar ou
investigados; Nas fontes destacam-se os anais e as biografias, crónicas,
Objecto-Homem, Metodologia-critica aos factos nem sempre é isente, Função
educativo e moral através de exemplos transmitidos a novas gerações

Historiadores da época do Renascimento XV-XVI

Flavio Biondo (1392- 1463)

Colecta e compara fontes de diferentes épocas com algum sentido crítico e é


o primeiro historiador a dividir a Historia em três (3) épocas: Antiguidade,
Medieval e Moderna.

Lorenço Valla (1407-1457)

Foi o primeiro a defender a crítica filosófica das fontes medievais.

Bernardo Guistiniani (1380-1459)


Notabilizou-se pela crítica e objectivo ao submeter os dados da tradição a
critica da sua possibilidade de aplicação pratica.

Fernão Lopes (1380-1459)

Lopes, Fernão (1380-1460), o primeiro historiador português e mestre


prosista do século XV. De suas obras, as que se conservaram intactas são:
Crónica de Dom Pedro I, Crónica de Dom Fernando e Crónica de Dom Juan.
Seu trabalho foi extenso: somente esta última obra consta de 400 capítulos.
Retirou-se em 1454, quando já havia traçado a história de Portugal até o
começo de seu próprio século

Erasmo de Roterdão (1469- 1536)

Erasmo de Roterdão (c. 1466-1536), escritor, erudito e humanista holandês,


principal intérprete das correntes intelectuais do Renascimento no norte da
Europa. Contribuiu para o estabelecimento do humanismo, especialmente ao
desenvolver os estudos clássicos no ensino cristão. Utilizou textos da
Antiguidade para denunciar os excessos da pedagogia medieval; analisou
manuscritos do novo testamento com vista a preparar uma nova edição para o
Latim.

A obra de Erasmo manifesta sua enorme erudição e seu elegante estilo latino,
com grande prudência e habilidade. Colóquios (1500, ampliados em 1508),
uma recompilação de provérbios latinos, estabeleceu sua reputação como
humanista. Destacam-se também Manual do cristão militante (1503), sua
famosa sátira Elogio da loucura (Encomium moriae, 1511), a edição do Novo
Testamento em grego (1516) — motivo pelo qual é conhecido como o pai da
Reforma — e Do livre-arbítrio (1524).

Características do Renascimento

Humanismo

O humanismo foi uma das características do Renascimento de maior destaque. De maneira geral, ele
representa a valorização do ser humano e a sua condição acima de tudo, logo, a teoria está
relacionada com a compaixão, a generosidade, e a preocupação em valorizar os atributos humanos.

Os humanistas se baseavam nas escrituras de autores da Antiguidade, a exemplo de Platão, para


interpretar o Cristianismo. Dedicaram conhecimento as línguas clássicas (latim e grego) e
construíram dialetos que formaram as línguas nacionais.

O humanismo busca o melhor dos seres humanos, sem a necessidade de ter que servir da religião,
como acontecia no teocentrismo da Idade Média. Com isso, a teoria oferece novas formas de
reflexão sobre as artes, as ciências e a política.

No entanto, o humanismo não significa opor o homem a Deus e nem medir forças entre eles, apenas
valorizar as pessoas entre si, encontrando nelas virtudes e qualidades negadas pelo pensamento
católico medieval.

Individualismo

Das características do Renascimento, o individualismo é a que coloca o homem em “posição


central”, pois a teoria está relacionada com o conhecimento íntimo do ser humano, que sabe
reconhecer a sua própria personalidade, talentos e busca satisfazer as próprias ambições, com base
no princípio de que o direito individual está acima do direito coletivo.

Racionalismo
Dentre as características do Renascimento, o racionalismo foi a que mais valorizou a razão humana,
colocando a razão com a base do conhecimento. A teoria revela o saber como fruto da observação e
da experiência das leis que governam o mundo.

O racionalismo ficou conhecido por desenvolver pensamentos divergentes com relação à cultura
medieval, que tinha como base apenas a autoridade divina. Nele, a explicação dos fatos se dava com
base na ciência.

Antropocentrismo

O antropocentrismo foi uma das características mais marcantes do Renascimento, pois ela colocava
o homem como centro do universo e a mais perfeita obra de criação da natureza, em detrimento do
pensamento medieval, no qual a religião era o centro de tudo.

Dessa forma, surge um homem racional, crítico e questionador da sua própria realidade, logo,
responsável pelas seus pensamentos e atitudes no mundo, rompendo os paradigmas da era
medieval. Além disso, muitas das obras renascentistas foram construídas e inspiradas no
antropocentrismo, isto é, na super valorização da capacidade humana.

Cientificismo

Entre as características do Renascimento essa é reconhecida por colocar a ciência em posição de


superioridade com as demais formas de compreensão humana (religião, metafísica, filosofia, etc.).

No entanto, a pretensão dos defensores do cientificismo não é colocar a teoria como doutrina, que
defende a aplicação da ciência em todos os níveis, mas desenvolver uma percepção de que ela é a
melhor opção para desvendar o mundo e descobrir inovações tecnológicas.
Nesse período, muitas descobertas científicas se destacaram, sobretudo as dos autores: Nicolau
Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Francis Bacon, Andreas Vesalius, René Descartes,
Leonardo da Vinci e Isaac Newton.

Universalismo

O universalismo foi desenvolvido durante o início da educação renascentista, cujo período foi
marcado pela expansão de escolas, faculdades e universidades, bem como do surgimento de novas
disciplinas como língua portuguesa, filosofia, literatura, entre outras.

Assim, o conhecimento humano foi valorizado em diversas áreas do saber. Uma curiosidade desse
período era a dedicação dos homens em ser “polímatas”, ou seja, ter diversas qualificações. O artista
Leonardo da Vinci, por exemplo, foi poeta, escritor, mecânico, escultor, pintor, físico, geólogo,
botânico, além de desenvolver outras atividades profissionais.

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