Re Nascimento
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A obra de Erasmo manifesta sua enorme erudição e seu elegante estilo latino,
com grande prudência e habilidade. Colóquios (1500, ampliados em 1508),
uma recompilação de provérbios latinos, estabeleceu sua reputação como
humanista. Destacam-se também Manual do cristão militante (1503), sua
famosa sátira Elogio da loucura (Encomium moriae, 1511), a edição do Novo
Testamento em grego (1516) — motivo pelo qual é conhecido como o pai da
Reforma — e Do livre-arbítrio (1524).
Características do Renascimento
Humanismo
O humanismo foi uma das características do Renascimento de maior destaque. De maneira geral, ele
representa a valorização do ser humano e a sua condição acima de tudo, logo, a teoria está
relacionada com a compaixão, a generosidade, e a preocupação em valorizar os atributos humanos.
O humanismo busca o melhor dos seres humanos, sem a necessidade de ter que servir da religião,
como acontecia no teocentrismo da Idade Média. Com isso, a teoria oferece novas formas de
reflexão sobre as artes, as ciências e a política.
No entanto, o humanismo não significa opor o homem a Deus e nem medir forças entre eles, apenas
valorizar as pessoas entre si, encontrando nelas virtudes e qualidades negadas pelo pensamento
católico medieval.
Individualismo
Racionalismo
Dentre as características do Renascimento, o racionalismo foi a que mais valorizou a razão humana,
colocando a razão com a base do conhecimento. A teoria revela o saber como fruto da observação e
da experiência das leis que governam o mundo.
O racionalismo ficou conhecido por desenvolver pensamentos divergentes com relação à cultura
medieval, que tinha como base apenas a autoridade divina. Nele, a explicação dos fatos se dava com
base na ciência.
Antropocentrismo
O antropocentrismo foi uma das características mais marcantes do Renascimento, pois ela colocava
o homem como centro do universo e a mais perfeita obra de criação da natureza, em detrimento do
pensamento medieval, no qual a religião era o centro de tudo.
Dessa forma, surge um homem racional, crítico e questionador da sua própria realidade, logo,
responsável pelas seus pensamentos e atitudes no mundo, rompendo os paradigmas da era
medieval. Além disso, muitas das obras renascentistas foram construídas e inspiradas no
antropocentrismo, isto é, na super valorização da capacidade humana.
Cientificismo
No entanto, a pretensão dos defensores do cientificismo não é colocar a teoria como doutrina, que
defende a aplicação da ciência em todos os níveis, mas desenvolver uma percepção de que ela é a
melhor opção para desvendar o mundo e descobrir inovações tecnológicas.
Nesse período, muitas descobertas científicas se destacaram, sobretudo as dos autores: Nicolau
Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Francis Bacon, Andreas Vesalius, René Descartes,
Leonardo da Vinci e Isaac Newton.
Universalismo
O universalismo foi desenvolvido durante o início da educação renascentista, cujo período foi
marcado pela expansão de escolas, faculdades e universidades, bem como do surgimento de novas
disciplinas como língua portuguesa, filosofia, literatura, entre outras.
Assim, o conhecimento humano foi valorizado em diversas áreas do saber. Uma curiosidade desse
período era a dedicação dos homens em ser “polímatas”, ou seja, ter diversas qualificações. O artista
Leonardo da Vinci, por exemplo, foi poeta, escritor, mecânico, escultor, pintor, físico, geólogo,
botânico, além de desenvolver outras atividades profissionais.