Dentistica 4
Dentistica 4
Dentistica 4
Estética Dental
CONCEITO DE ESTÉTICA: MACROESTÉTCA:
Na macrostética analisa – se a relação dos dentes
O conceito de estética é definido como: “Ramo da em GRUPO, observando o relacionamento dos
ciência que trata da beleza na natureza e na arte.” DENTES UNS COM OS OUTROS, o
relacionamento dos DENTES (estética branca)
Quando se pensa em estética se relaciona também com o PERIODONTO (a condição periodontal –
a um julgamento pessoal como, emoções, idade, estética rosa) e o relacionamento dos DENTES
história e individual. com a FACE DO PACIENTE.
A estética também depende: Todos esses elementos devem apresentar uma
• Época; relação de HARMONIA uns com os outros.
• Região; ➔ A estética rosa e branca tem que se relacionar
• Cultura; harmonicamente
• Moda.
MICROESTÉTICA X MACROESTÉTICA
MICROESTÉTICA:
Os dentes são analisados ISOLADAMENTE,
observando FORMA, TAMANHO, COR e
TEXTURA, ou seja, as características individuais
que cada dente apresenta. É uma visão mais
específica, mais detalhada. Quadrados ou Triangulares – Oval ou
retangulares – menos arredondado
mais frequentes frequente
Incisivos centrais:
• 8,3 – 9,3 mm largura; 3. PADRÃO DE REFLEXÃO DA LUZ NA
• 10,4 – 11,2 mm comprimento. SUPERFÍCIE DENTÁRIA:
No momento de restituir, é preciso de
Incisivos laterais:
analisar/avaliar esse padrão de reflexão de luz. O
• Muito semelhantes ao IC, mas apresentam
padrão de reflexão de luz de um dente restaurado
largura menor (cerca de 1,5 – 3 mm menor
tem que ser semelhante à de um dente que não está
em largura);
restaurado, para que um dente não chame mais
atenção do que o outro no momento do sorriso. Para
Caninos:
isso é preciso entender o que é área de espelho e área
• 1 – 1,5 mm mais largos que laterais.
de sombra:
➔ Os caninos ficam em uma zona de transição do • Área de espelho = espaço maior que existe
sorriso e isso deve ser percebido em uma visão entre duas arestas, local onde vai haver
frontal, pois o ideal é que não se veja 100% da maior parte da reflexão da luz na superfície;
face do canino quando se olha de frente para o • Área de sombra = região fora das arestas,
paciente, ou seja, se vê o canino lateral, apenas vai haver menor reflexão da luz.
uma parte dele, na visão frontal.
DETERMINAÇÃO DA COR:
MATIZ:
• Característica individual;
• Relação direta com a COR;
• Superfícies texturizadas apresentam uma
reflexão difusa, impressão de dente mais
claro. Ocorre em dentes mais jovens;
• Superfície lisa sem caracterização se tem a
Terço incisal: impressão de dente mais escurecido. Dentes
• Dentina delgada ou ausente; mais envelhecidos são mais escuros porque
• Observa – se os efeitos de ao longo da vida vai perdendo a
TRANSLUCIDEZ e OPALESCÊNCIA caracterização;
• Dentes largos e claros = dentes com maior
Translucidez: transmissão de maior quantidade de textura = dentes mais jovens.
luz na borda incisal.
Periquimáceas:
Opalescência: é uma propriedade do esmalte: • Sulcos rasos na superfície do esmalte;
Quando existe incidência de luz no terço incisal na • Estrias de Retzius;
face vestibular (maior presença de esmalte), as • Linhas incrementais de crescimento que se
ondas que são mais curtas não são capazes de manifestam como ondulações na superfície
atravessar a estrutura de esmalte (elas voltam, (periquimáceas).
refletem). Essas ondas curtas apresentam coloração
de tons violeta e azul, por isso que o terço incisal DENTES E IDADE DO PACIENTE:
apresenta uma coloração azulada. Quando se compara os dentes anteriores com a
idade do paciente é possível notar algumas
Contraopalescência: acontece na face palatina, diferenças com o passar do tempo. Então, aquele
ondas mais compridas// longas que apresentam cor dente que era caracterizado, que tinha tanto a
âmbar// alaranjada, atravessam a estrutura de anatomia primária quanto a secundária, vai
esmalte. perdendo essas características ao longo do tempo
devido ao desgaste fisiológico. Portanto, com o
passar dos anos as superfícies dentárias vão
ficando mais lisas, dando a impressão de um dente
mais escuro, dando um menor brilho, menor
textura de superfície e a borda incisal vai ficando
mais desgastada.
Existem também diferenciações entre os dentes do
gênero feminino e masculino. Sendo no feminino,
encontramos dentes com ângulos incisais mais
arredondados, ameias incisais abertas, com formato
ovóide e linhas vestibulares com ângulos suaves. Já
no gênero masculino, a grande maioria, apresenta
ângulos incisais vivos, ameias incisais mais
fechadas e forma triangular ou quadrada.
4. AMEIAS INTERDENTÁRIAS
GENGIVAIS:
• Determinadas pela porção cervical do ponto
de contato, vai depender morfologia do
dente e inclinação do eixo dentário;
• Tem a forma piramidal;
2. PONTOS DE CONTATO: • O ideal é que sejam preenchidas pela
• Os pontos de contatos estão PAPILA INTERDENTÁRIA.
relacionados a morfologia do eixo
dentário; A papila interdentária vai promover o fechamento do
• Normalmente, nos incisivos centrais, espaço interdental, comprometendo a harmonia do
os pontos de contato estão localizados sorriso. Pacientes que perdem a papila leva a abertura
mais para a incisal e essa gradação vai desse espaço, gerando triângulos negros chamados de
ascendendo até chegarmos no canino, black space. As causas podem ser a morfologia e
ou seja, os pontos de contanto tem a posição do dente, diastemas, doença periodontal, e
tendência a subir, isto é, ficar mais sobrecontorno de restaurações.
cervical, à medida que for se
aproximando dos caninos. DENTES MAIS QUADRADOS: apresentam o
ponto de contato mais cervical, delimitando um
É necessário ter uma curva ascendente da incisal espaço menor que será preenchido pelas papilas
para a região cervical conforme se vai analisando interdentárias, portanto, as ameias gengivais serão
o incisivo central em direção ao canino de menor dimensão:
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Características naturais devem ser
almejadas;
• Diversidade + individualidade, cada caso
deve ser estudado individualmente;
• Equilíbrio aceitável;
• Harmonia entre os componentes do
sorriso.
LIMITAÇÕES:
• Perda coronária toal – porque se trata de uma
técnica adesiva, é preciso isolar;
• Radiopacidade – para os não metálicos – difícil
identificação na radiografica.
PROTOCOLO CLÍNICO:
➔ Por que o tampão é feito apenas na cervical? Para que o Se faz as trocas até que o dente tenha atingido um certo
agente clareador não penetre na região cervical e alcance grau de clareamento, ou até o momento que o
os tecidos periodontais. Pois a direção dos túbulos profissional perceba que chegou no limite. Mas não se
PROTOCOLO CLÍNICO:
• Moldagem e ensaio restaurador;
• Fotografias e planejamento digital;
• Profilaxia – pedra pomes e água;
3. União das canaletas:
• Anestesia:
✓ Presença de dentes vitais ou não vitais
(instalação do grampo);
✓ Substância e técnica anestésica de ✓ Uma forma de delimitar até onde o preparo vai
acordo com a necessidade clínica. na cervical é utilizar fio afastador (é melhor
• Isolamento do campo operatório: 000) ou retrator metálico (quase não usa porque
✓ Absoluto/ absoluto modificado/ a chance de jogar a gengiva mais para a cervical
relativo; é grande e pode ser que o preparo fique
subgengival):
Procedimento restaurador:
✓ Quando se trata de um dente com alteração de
• Profundidade do preparo: cor é preciso utilizar incrementos de resina
✓ DISCRETA ALTERAÇÃO DE COR: vai opaca para ocultar/ mascarar o substrato
desgastar por volta de 0,6mm na região escurecido:
cervical e 0,5mm nos terços médio e incisal
(porque tem menor espessura de esmalte);
✓ SEVERA ALTERAÇÃO DE COR: vai
desgastar 0,8mm na região cervical e
0,6mm nos terços médio e incisal.
• Restauração:
Procedimentos adesivos – hibridização (tratamento da
superfície):
Condicionamento ácido - ✓ Acréscimo dos incrementos de resina
✓ Inicialmente 15 segundos em esmalte; translucida para substituir o esmalte;
✓ Mais 15 segundos em esmalte e 15 ✓ Utilizar pincel para acomodação da resina e/ou
segundos em dentina. produzir efeito de textura:
MOCK-UP:
• Ensaio restaurador intra-oral para pré- Na cimentação de facetas indiretas é indicado o uso de
visualizar o resultado final e também para a cimentos resinosos adesivos
aprovação do paciente; FOTOPOLIMERIZAVÉIS – VENEER (sistema de
• Em cima do modelo de gesso encerado/ modelo cimentos específicos para trabalhar com facetas ou
construído pela impressora 3D se faz uma laminados). Apresentam um sistema, chamado train,
muralha de silicone e recorta apenas a região que é uma pasta base (gel hidrossolúvel) que vai
das ameias para extravasar o material; simular a cor do cimento antes da cimentação
• Mais fácil quando se tem que realizar apenas definitiva, para que a cor do cimento não fique visível,
acréscimo de material, pois se tem espaço para o ideal é trabalhar com cimentos neutros (caso o dente
colocar o material (resina bisacrílica – não apresente alteração de cor acentuada).
quimicamente ativada) que vai simular o Não se pode utilizar cimento dual para cimentar
resultado final; facetas, pois ele tem a presença de amina terciária, a
• É como se fosse um provisório. qual vai participar do processo de polimerização
química do material polimérico e, com o passar do
tempo, essa amina altera de cor, fica mais escurecida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Demanda estética;
• Inúmeras possibilidades para restaurações estéticas
diretas e indiretas;
Em casos onde o desgaste é apenas em esmalte • Conhecimento dos materiais e técnicas;
(superficial), o mock – up não fica aderido, pois o • Indicar e executar os procedimentos;
paciente consegue higienizar e manter a gengiva • Preservação de estrutura dental sadia.
saudável (a gengiva não reage bem a resina bisacrílica);
Em casos onde o desgaste atinge dentina (mais
elevado), o mock – up deve ficar aderido para proteger
o elemento dental e o paciente precisa ter um cuidado
Microabrasão
DEFINIÇÃO: VANTAGENS:
• É o desgaste muito superficial por erosão • Técnica conservativa – não causa nenhuma
(agente químico/ácido) e abrasão (agente perda significava da estrutura de esmalte;
mecânico) simultânea do esmalte dental com • Sensibilidade transitório (se houver);
finalidade de remoção de manchas;
• Bom resultado estético – quando dá certo;
• É um dos procedimentos que se pode fazer
visando estética; • Facilidade da técnica;
• Será aplicado quando se tem a presença de • Baixo custo;
manchas (brancas ou escurecidas), as quais • Associação com outros procedimentos – caso
trazem uma influência negativa no sorriso. não remova a mancha totalmente;
• Preservação da estrutura dental.
LIMITAÇÕES:
• Lesões de cárie ativa;
• Dente parcialmente irrompido – porque ainda
Presença de manchas – TRATAMENTOS: se tem um esmalte que está em maturação;
• Microabrasão – vai abrasionar a superfície a • Manchas por tretaciclina – atinge dentina;
fim de remover a camada mais superficial;
• Manchas profundas em esmalte ou dentina – vai
• Infiltrante resinoso – resina fluida que preenche
ter degrau e vai precisar de restauração;
os espaços tornando a mancha menos evidente;
• Clareamento dentário – altera a cor da estrutura • Manchas incisais - o esmalte na incisal é muito
dentária que está ao redor; frágil/delgado, portanto, corre o risco do
• Restaurações – facetas. esmalte ficar muito fino e pode vir a fraturar
Primeiro precisa tentar as estratégias mais quando o dente entrar em função, ou o esmalte
conservadoras (sem desgaste ou desgaste mínimo da fica muito translúcido.
estrutura dentária) para recuperar a aparência estética.
Caso nenhuma apresente um resultado satisfatório, se
parte para as estratégias mais invasivas, onde se tem que EFEITOS SOBRE OS TECIDOS:
realizar desgaste da estrutura dentária • Procedimentos aumenta a
(restaurações//facetas).
rugosidade/porosidade da superfície – porque
INDICAÇÕES: se está friccionando um componente ácido;
• Remoção de manchas ou irregularidades do • Contanto com a saliva minimiza os efeitos;
esmalte; • Realização de polimento do esmalte suficiente
• Lesão de cárie paralisada; para devolver lisura;
• Manchas Fluorose – grau 1 a 5 (não tem • Desgaste de aproximadamente 10% da
envolvimento de dentina, localizadas somente espessura do esmalte.
em esmalte);
• Manchas hipopláscias ou hipomineralizadas; MATERIAIS:
• Manchas pós tratamento ortodôntico;
• Rugosidade no esmalte; EROSÃO ABRASÃO
• Manchas de origem desconhecida (restritas ao Ácidos: Abrasivos:
esmalte). Fosfórico 37% Pedra pomes
➔ Tem que ser uma mancha em esmalte/superficial!! Se OU OU
for uma mancha mais profunda, que já atinge dentina, a Clorídrico 18,10 ou 6,6% A base de Sílica – Carbeto
microabrasão não vai dar certo, pois a microabrasão é de Silício
um desgaste superficial e se for um desgaste com Ambos funcionam, mas o
degrau, tem que fazer a restauração. ácido clorídrico apresenta Partícula abrasiva que vai ajudar
um menor tempo clínico, a friccionar o componente ácido
porque é mais forte. na superfície dentária.
PROTOCOLO CLÍNICO: ASSOCIAÇÃO COM OUTROS
1. Proteção do paciente e do cirurgião dentista; PROCEDIMENTOS:
2. Isolamento absoluto; • Dentes escurecidos e manchas brancas =
3. Profilaxia previa com pedra pomes; clareamento (porque o dente ao redor da
4. Aplicação da pasta apenas sobre a manchas o mancha está escurecido) e microabrasão (após
esmalte: o clareamento a mancha está evidente);
✓ Ácido + abrasivo – proporção 1:1. • Dente claro e mancha branca = microabrasal e
5. Abrasão/fricção sobre as manchas – clareamento (as vezes a microabrasão deixa o
movimentos com (10 segundos de aplicação): dente mais escuro);
✓ Palito de madeira; • Manchas persistente após clareamento e
✓ Borracha abrasiva; microabrasão = restaurações/facetas.
✓ Taça de borracha de profilaxia.
6. Lavagem abundante;
7. Avaliação da mancha – superfície do esmalte
deve estar úmida;
8. Repetição do procedimento: – se houver
necessidade:
✓ Até 15 aplicações ou até remover
totalmente a mancha quando se observa
que a mancha está diminuindo;
✓ Caso se faça, por exemplo, 7 aplicações
e não se observa nenhuma diminuição
da mancha, para o procedimento
porque, talvez se trata de uma mancha
mais profunda do que o procedimento
consegue absorver.
9. Polimento do esmalte – para devolver a lisura:
✓ Pasta de polimento de resina;
✓ Tira lisa nas proximais.
10. Aplicação tópica de flúor neutro (porque
acabou de aplicar um componente ácido) por 4
minutos;
11. Lava e remove o isolamento.
MACRO + MICROABRASÃO:
• Em casos de manchas generalizadas;
• Macroabrasão prévia com ponta diamantada
3195FF apenas para asperizar/aumenta a
rugosidade da superfície da mancha – o
componente ácido penetra mais e minimiza o
tempo clínico e as aplicações necessárias para a
microabrasão.
Çølågëm dë Frågmëñtøs
Exame extra e intra – bucal:
DEFINIÇÃO:
• Se existe sangramento da mucosa e gengiva é
É uma urgência, o paciente chega no consultório já com preciso limpar com gaze estéril e soro e
o dente fraturado. Assim como qualquer outro
descobrir de onde veio esse sangramento, o que
procedimento, ele tem suas vantagens e suas limitações.
aconteceu, procurar por fragmentos no local da
FATORES ETIOLÓGICOS DAS FRATURAS: ferida;
• Orais: • Palpação da ATM para observar se houve
✓ Mordida aberta; algum desvio;
✓ Overjet excessivo. • Fraturas de ossos faciais;
• Comportamentais: • Fragmentos de tecidos moles;
✓ Atividades esportivas radicais;
• Observar alinhamento/oclusão;
✓ Hiperatividade infantil;
✓ Limitação motora (pacientes idosos) – • Se há trincas/fraturas em osso/mandíbula;
aumento de casos durante a quarentena • Em tecidos moles é necessário avaliar
• Ambientais: fragmentos e lacerações – se há necessidade de
✓ Aglomerações e áreas descampadas. sutura antes do tratamento da estrutura dentária;
• Fratura do processo alveolar – se isso acontecer
Normalmente é a somatória de mais de um fator!
vai precisar reposicionar;
• Teste de percussão e palpação – para detectar
VANTAGENS: anquilose, lesão periodontal e região periapical:
• Aspecto psicológico – é o próprio dente, ✓ Traumas recentes vão apresentar uma
portanto o paciente aceita mais fácil; resposta mais exacerbada, portanto é
• Restauração imediata – cirurgião dentista necessário acompanhamento a longo
• Técnica passível de correções; prazo e fazer teste/exames para a
• Técnica conservadora; confirmação.
• Facilidade da técnica – tem que ter domínio da • Teste de vitalidade – prestar atenção para falsos
técnica; negativos (realizar exames posteriores para
• Restituição da anatomia e textura natural de confirmação)
forma mais fácil/prática.
Exame radiográfico:
LIMITAÇÕES: • Complemento no diagnóstico;
• Possibilidade de falha adesiva; • Para saber até onde a fratura se estendeu;
• Alteração de cor do fragmento; • Avaliações comparativas
• Possibilidade de colagem fora de posição;
• Visibilidade da “linha de união”.
DIAGNÓSTICO:
Exame geral (visual):
• O cirurgião dentista é um dos primeiros a
atender o paciente em casos de fratura, Avaliar a extensão do trauma e avaliar a necessidade
portanto, além de um exame dental, é de alguma intervenção previamente a colagem de
fragmentos:
necessário realizar um exame visual para
• Observar necessidade de tracionamento
detectar algum tipo de injúria neurológica; ortodôntico e/ou cirurgia periodontal;
• É preciso se atentar com alterações motoras, • Necessidade de uso de retentor intrarradicular
sempre chegar/tomar os sinais vitais, se há antes da colagem o fragmento;
hemorragia no nariz e/ou ouvidos, pois esses • Extensão e condição da fratura: regularização,
são sinais de injurias neurológicas. colagem do fragmento e discos de polimento.
TRATAMENTO DAS FRATURAS • O dente pode ser mantido em alguma solução:
CORONÁRIAS: ✓ Saliva – mais indicado;
Existem três situações, as quais vão depender da ✓ Soro fisiológico;
extensão e da condição da fratura: ✓ Água;
• Se for uma fratura muito pequena se vai atuar ✓ Leite.
apenas regularizando a estrutura remanescente;
• Desidratação prejudica a estética e adesão – o
• Se a fratura for mais extensa e gerou um
fragmento, existe a possibilidade da colagem dente desidratado fica mais branco que o
desse fragmento; elemento;
• Se houve uma fratura maior e o fragmento não • Avaliar a possibilidade de reidratação
se apresenta, é necessário a realização de uma (aproximadamente 30 minutos previamente a
restauração – classe IV. sua colagem).
FRATURA EM ESMALTE:
2. INTEGRIDADE DO FRAGMENTO:
• Quando a fatura é só em ESMALTE e pequena,
não comprometendo a estética e a função, se • O fragmento pode estar íntegro ou fragmentado
pode realizar a regularização e alisamento com – precisa avaliar o que sobrou de fragmento e a
pontas diamantadas, borrachas abrasivas e sua adaptação com o remanescente;
discos de polimento. • É mais fácil quando o fragmento é único.
FRATURA EM ESMALTE E DENTINA:
Em fraturas mais extensas, antes da abordagem para 3. ADAPTAÇÃO DO FRAGMENTO:
colagem de fragmentos, seja necessário avaliar sua • Observar a adaptação ao remanescente dental;
extensão e a sua relação com o complexo – dentino • Preenchimento de espaços na “linha da fratura”;
pulpar; • Apreensão e manipulação do fragmento: pode
• Quando se tem a exposição do complexo ser com guta percha ou microbrush + adesivo;
dentino – pulpar é necessário realizar a sua
• Proteção do complexo dentino-pulpar – quando
proteção prévia à colagem/restauração;
• Quando um trauma gera uma fratura que há necessidade – desgaste da porção interna do
apresenta exposição do tecido pulpar, se o fragmento.
paciente procura atendimento até 24 horas após
a fratura, o prognóstico é favorável –
principalmente pensando em pacientes mais TÉCNICA DE COLAGEM DE FRAGMENTO:
jovens, os quais apresentam o dente menos
envelhecidos (muitas células indiferenciadas MATERIAIS PARA CIMENTAÇÃO DO
para se transformar em odontoblastos e FRAGMENTO:
depositar dentina para proteger a região); • Somente Sistema Adesivo;
• Porém, quando o paciente traumatiza, expõe o • Sistema adesivo e Resina Composta;
tecido pulpar e procura atendimento • Cimento resinoso de presa dual: ocorre
odontológico em um período maior que 24
alteração de cor após polimerização.
horas se tem um prognóstico desfavorável –
pois o dente ficou exposto ao meio externo.
PROTOCOLO CLÍNICO:
➔ Quando é necessário a inserção de material para a • Profilaxia:
proteção do complexo dentino – pulpar, a região de • Pedra pomes + água.
esmalte/dentina tem que estar livre (não pode ter • Seleção de cor – se utilizar resina;
material de proteção) e obrigatoriamente se deve fazer
• Anestesia;
o desgaste da parte interna do fragmento para que ele
possa encaixar perfeitamente em posição no • Isolamento absoluto;
remanescente estrutural. • Seleção do material de adesão:
AJUSTE OCLUSAL:
• Evitar contato sobre a linha de fratura/união;
• Caso tenha contanto bem em cima de onde foi
realizado a colagem do fragmento é preciso
reposicionar esse ponto de contato para que não
exista uma concentração de forças na região da
colagem, pois pode levar a uma falha na
longevidade da colagem de fragmento.
CONCLUSÃO:
• Correto diagnóstico;
• Seja identificado a extensão da coroa;
• Acompanhamento longitudinal;
• Tratamento dentais = tratamento de urgência.