Dentistica 4

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Dentistica 4

Estética Dental
CONCEITO DE ESTÉTICA: MACROESTÉTCA:
Na macrostética analisa – se a relação dos dentes
O conceito de estética é definido como: “Ramo da em GRUPO, observando o relacionamento dos
ciência que trata da beleza na natureza e na arte.” DENTES UNS COM OS OUTROS, o
relacionamento dos DENTES (estética branca)
Quando se pensa em estética se relaciona também com o PERIODONTO (a condição periodontal –
a um julgamento pessoal como, emoções, idade, estética rosa) e o relacionamento dos DENTES
história e individual. com a FACE DO PACIENTE.
A estética também depende: Todos esses elementos devem apresentar uma
• Época; relação de HARMONIA uns com os outros.
• Região; ➔ A estética rosa e branca tem que se relacionar
• Cultura; harmonicamente
• Moda.

➔ A estética tem essa definição subjetiva de belo MICROESTÉTICA:


(estético) ou feio (não – estético). Portanto, se 1. FORMA DOS DENTES:
deve evitar predominância dos sentimentos e • Morfologia dentária única para cada
seguir padrões de análise e comparações claros e indivíduo;
definidos. Deve ser um processo consciente! • Diversidade de formas – mais frequentes
➔ Além disso, na estética, o paciente também deve triangular, ovoide e quadrangular;
ser levantado como um todo; • Contornos e Ângulos externos –
➔ A odontologia estética envolve leis, regras e responsáveis pelo formato.
técnicas, com princípios lógicos alinhados com o
enfoque intuitivo. Cada paciente apresenta um formato específico,
porém, devido a algumas características agrupar o
formato dos dentes//sorriso em três grandes grupos:
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DOS
DENTES:
Se deve levar em consideração:
• Forma;
• Tamanho;
• Proporção do sorriso// terços com a face;
• Harmonia com a face;
• Cor.

MICROESTÉTICA X MACROESTÉTICA

MICROESTÉTICA:
Os dentes são analisados ISOLADAMENTE,
observando FORMA, TAMANHO, COR e
TEXTURA, ou seja, as características individuais
que cada dente apresenta. É uma visão mais
específica, mais detalhada. Quadrados ou Triangulares – Oval ou
retangulares – menos arredondado
mais frequentes frequente

Dentística IV – Profª. Drª. Ana Beatriz;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
➔ Em um mesmo sorriso pode existir mais de um grupo
de formato dentário; ➔ Os caninos ficam em uma região de transição de
➔ Os pacientes que apresentam o formato triangular, dentes anteriores e posteriores, por isso ele possui
normalmente, sentem vontade de mudar essa características tanto de anteriores como de
característica, pois na forma triangular existe posteriores. Pois precisa passar de dentes
estrangulamento na região cervical e se esse não é
acompanhado pelo tecido periodontal há grandes
anteriores para dentes posteriores de uma maneira
chances do desenvolvimento de black space. natural, por isso o canino fica nessa região de
transição.
INCISIVOS:
• Face vestibular trapezoidal;
2. PROPORÇÕES DENTÁRIAS:
• Lados e ângulos arredondados;
• Sulcos de desenvolvimento – • É através das relações e proporções
principalmente em paciente mais jovens; dentárias que se vai obter um equilíbrio e
• Aspecto serrilhado na borda incisal –
percepção estética do sorriso;
mamelos (principalmente em pacientes • Uma das proporções que nos guiam para
jovens); saber se um dente/sorriso está harmonioso
• Superfície convexa em uma vista lateral. ou não é a PROPORÇÃO ÁUREA –
proporção dos dentes anteriores de um
hemiarco.

Relação de ALTURA X LARGURA


CORONÁRIA:
Se deve levar bastante em consideração essa
relação principalmente no incisivo central superior.

INCISIVO CENTRAL SUPERIOR:


Para que o ICS tenha um aspecto harmônico,
sensação de naturalidade, o ideal é que sua
LARGURA seja de 75% a 80% da sua ALTURA.
Ou seja, o ICS é levemente MAIS COMPRIDO
DO QUE LARGO:
CANINOS:
• Face vestibular lanceolada (losango);
• Lados e ângulos mais arredondados;
• Superfície convexa em vista lateral;
• Sulcos de desenvolvimento mais evidentes
(tanto na face vestibular quanto na
vestibular);
• A borda incisal é composta por dois
segmentos, sendo a aresta distal maior e Quando se tem esses valores alterados gera
mais inclinada – mais ou menos na altura da resultados não estéticos:
CM mesial do 1PM. E a mesial é menor e
menos inclinada – mais ou menos na altura
da distal do IL – fazendo uma transição
suave de um dente para o outro.

• Dente mais largo do que comprido –


sensação de dentes desgastados, bruxismo,
pequenos;
• Dente muito mais comprido do que largo
(>85%) – lembra dente de coelho.

Dentística IV – Profª. Drª. Ana Beatriz;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
OBS: paciente que apresentam idade mais avançada apresentam • Elementos dominantes na composição do
dentes mais largos do que comprido devido ao desgaste fisiológico.
sorriso;
• Jovialidade e sensualidade – quando são
PROPORÇÕES DENTÁRIAS – VALORES maiores e mais compridos (dentes com as
MÉDIOS: incisais integras).

Incisivos centrais:
• 8,3 – 9,3 mm largura; 3. PADRÃO DE REFLEXÃO DA LUZ NA
• 10,4 – 11,2 mm comprimento. SUPERFÍCIE DENTÁRIA:
No momento de restituir, é preciso de
Incisivos laterais:
analisar/avaliar esse padrão de reflexão de luz. O
• Muito semelhantes ao IC, mas apresentam
padrão de reflexão de luz de um dente restaurado
largura menor (cerca de 1,5 – 3 mm menor
tem que ser semelhante à de um dente que não está
em largura);
restaurado, para que um dente não chame mais
atenção do que o outro no momento do sorriso. Para
Caninos:
isso é preciso entender o que é área de espelho e área
• 1 – 1,5 mm mais largos que laterais.
de sombra:
➔ Os caninos ficam em uma zona de transição do • Área de espelho = espaço maior que existe
sorriso e isso deve ser percebido em uma visão entre duas arestas, local onde vai haver
frontal, pois o ideal é que não se veja 100% da maior parte da reflexão da luz na superfície;
face do canino quando se olha de frente para o • Área de sombra = região fora das arestas,
paciente, ou seja, se vê o canino lateral, apenas vai haver menor reflexão da luz.
uma parte dele, na visão frontal.

Como vai medir o dente// transportar essas medidas


para a boca do paciente?
➔ Se obtém essas medidas através de um compasso
de ponta seca.
CONDIÇÃO NORMAL:
• Arestas estão harmônicas e posicionadas
em áreas dentárias que não vão
comprometer esse padrão de reflexão,
propiciando um ar de naturalidade quando
existe a reflexão da luz.

MEDIDA MÉDIA MESIODISTAL EM MM DENTE AUMENTADO/LARGO/RETO:


DOS DENTES ANTERIORES SUPERIORES: • Aresta mesial e distal mais distante = área
de espelho maior, dando uma impressão de
Incisivo central → 8,34
dente mais largo.
Incisivo lateral → 6,57
Canino → 7,47
DOMINÂNCIA DOS INCISIVOS CENTRAIS
SUPERIORES:
• Posição central – é o dente que chega Para deixar o dente com as arestas mais próximas,
primeiro no sorriso, é o que mais aparece; utiliza o disco de acabamento trazendo o corte para
• Simetria; dentro, trazendo a aresta para “dentro” do dente.

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Brenda Aparecida Faustino da Silva
DENTE ESTREITO: • Claro – Escuro;
• Aresta mesial e distal muito próxima = área • Propriedade ACROMÁTICA – se diz
de espelho menor, dando a impressão de respeito a quantidade de luz que existe
dente mais ovoide// menor do que deveria naquela cor.
ser.
QUARTA DIMENSÃO DA COR –
TRANSLUCIDEZ:
• Esmalte mais translúcido, ou seja, permite
que haja a transmissão, a passagem da luz
através de sua estrutura;
Para deixar as arestas mais distantes, usa o disco de
• Dentina menos translúcido, ou seja, opaca,
acabamento com a parte de corte voltada para a face
vestibular e faz movimento de M para D, fazendo com vai absorve a luz, não permitindo a
que as arestas fiquem mais distantes. passagem de luz através da sua estrutura;
• Um material totalmente transparente é
aquele onde toda luz recebida/incidida é
4. COR: transmitida através do objeto.
• A cor do dente se baseia na cor que que é
refletida, cor refletida do esmalte
caracteriza cor do dente:

Na estrutura dentária não há transparência!!!

DETERMINAÇÃO DA COR:
MATIZ:

• Nome da cor propriamente dita; ESMALTE:


• Determinado de acordo com o Elevada translucidez;
comprimento da onda; DENTINA:
Baixa translucidez, opaca; Gradações do croma ao
• A, B, C, D... longo da estrutura na face
Alta saturação, maior
quantidade de pigmentos; V//Variação
Se baseia na dentina para a translucidez/espessura
CROMA: escolha do matiz, por ser Cervical: baixa espessura
uma estrutura mais opaca. de esmalte, aparece cor da
dentina (maior saturação);
Médio: mais espessura de
• Saturação – quantidade de pigmentos esmalte, menor saturação;
naquela cor; Incisal: mais espessura
• Tons; esmalte ainda, menor
• 1,2,3,4... pigmentação;
Atenuar a expressão da cor
(filtro)
VALOR:
Portanto, a saturação (croma) vai diminuindo, assim
como o valor, quando vai se aproximando da região
• Luminosidade – quantidade de pigmento incisal/oclusal.
cinza/preto que existe naquela cor;

Dentística IV – Profª. Drª. Ana Beatriz;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
No terço incisal também existe os efeitos da
dentina: mamelos e estrias.
POLICROMATISMO:
O dente tem um policromatismo, isso em dentes
mais jovens já em idosos muda um pouco devido
5. TEXTURA SUPERFICIAL:
as diferenças de tranlucidez do esmalte;
Anatomia secundaria
A espessura do esmalte diminui de incisal para
cervical enquanto, que a dentina diminui sua
espessura de cervical para incisal:

• Característica individual;
• Relação direta com a COR;
• Superfícies texturizadas apresentam uma
reflexão difusa, impressão de dente mais
claro. Ocorre em dentes mais jovens;
• Superfície lisa sem caracterização se tem a
Terço incisal: impressão de dente mais escurecido. Dentes
• Dentina delgada ou ausente; mais envelhecidos são mais escuros porque
• Observa – se os efeitos de ao longo da vida vai perdendo a
TRANSLUCIDEZ e OPALESCÊNCIA caracterização;
• Dentes largos e claros = dentes com maior
Translucidez: transmissão de maior quantidade de textura = dentes mais jovens.
luz na borda incisal.
Periquimáceas:
Opalescência: é uma propriedade do esmalte: • Sulcos rasos na superfície do esmalte;
Quando existe incidência de luz no terço incisal na • Estrias de Retzius;
face vestibular (maior presença de esmalte), as • Linhas incrementais de crescimento que se
ondas que são mais curtas não são capazes de manifestam como ondulações na superfície
atravessar a estrutura de esmalte (elas voltam, (periquimáceas).
refletem). Essas ondas curtas apresentam coloração
de tons violeta e azul, por isso que o terço incisal DENTES E IDADE DO PACIENTE:
apresenta uma coloração azulada. Quando se compara os dentes anteriores com a
idade do paciente é possível notar algumas
Contraopalescência: acontece na face palatina, diferenças com o passar do tempo. Então, aquele
ondas mais compridas// longas que apresentam cor dente que era caracterizado, que tinha tanto a
âmbar// alaranjada, atravessam a estrutura de anatomia primária quanto a secundária, vai
esmalte. perdendo essas características ao longo do tempo
devido ao desgaste fisiológico. Portanto, com o
passar dos anos as superfícies dentárias vão
ficando mais lisas, dando a impressão de um dente
mais escuro, dando um menor brilho, menor
textura de superfície e a borda incisal vai ficando
mais desgastada.
Existem também diferenciações entre os dentes do
gênero feminino e masculino. Sendo no feminino,
encontramos dentes com ângulos incisais mais
arredondados, ameias incisais abertas, com formato
ovóide e linhas vestibulares com ângulos suaves. Já
no gênero masculino, a grande maioria, apresenta
ângulos incisais vivos, ameias incisais mais
fechadas e forma triangular ou quadrada.

Dentística IV – Profª. Drª. Ana Beatriz;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
MACROESTÉTICA: 3. AMEIAS INTERDENTÁRIAS INCISAIS:
Aqui se tem a visão dos dentes em grupo, • São determinadas pela posição dos pontos
analisando a condição periodontal e a face, fazendo de contanto;
então uma interação dinâmica com os outros • Se encontra na região entre as bordas
elementos que compõem o sorriso, objetivando incisais dos dentes – os ângulos mesial e
uma aparência mais estética e harmoniosa. distal foram o tamanho das ameias –
formato de V invertido;
1. INCLINAÇÃO AXIAL: • Vão definir o espaço negativo, o fundo
• Os ICS apresentam um posicionamento escuro da boca;
mais perpendicular ao longo eixo, mais • Aparecem bastante no sorriso;
reto e esse inclinação vai aumentando • Vão definir a largura do elemento dental:
gradualmente para a distal. Ex: lateral
mais inclinado para a distal, canino mais AMEIA MENOR/FECHADA: isso quer dizer
inclinado para a distal, etc; que os ângulos dos dentes serão mais retos e os
• A borda incisal vai estar mais inclinada dentes serão interpretados como mais largos;
para a mesial e a porção apical fica mais AMEIAS MAIORES/ABERTAS: isso quer dizer
inclinada para a distal. Essa inclinação da que os ângulos dos dentes serão mais arredondados
uma sensação de EQUILÍBRIO, senão e os dentes serão interpretados como mais
ficaria um dente muito reto// sorriso muito estreitos/finos.
reto;
• Essa inclinação apresenta um aumento
gradual de incisivos centrais para caninos.

4. AMEIAS INTERDENTÁRIAS
GENGIVAIS:
• Determinadas pela porção cervical do ponto
de contato, vai depender morfologia do
dente e inclinação do eixo dentário;
• Tem a forma piramidal;
2. PONTOS DE CONTATO: • O ideal é que sejam preenchidas pela
• Os pontos de contatos estão PAPILA INTERDENTÁRIA.
relacionados a morfologia do eixo
dentário; A papila interdentária vai promover o fechamento do
• Normalmente, nos incisivos centrais, espaço interdental, comprometendo a harmonia do
os pontos de contato estão localizados sorriso. Pacientes que perdem a papila leva a abertura
mais para a incisal e essa gradação vai desse espaço, gerando triângulos negros chamados de
ascendendo até chegarmos no canino, black space. As causas podem ser a morfologia e
ou seja, os pontos de contanto tem a posição do dente, diastemas, doença periodontal, e
tendência a subir, isto é, ficar mais sobrecontorno de restaurações.
cervical, à medida que for se
aproximando dos caninos. DENTES MAIS QUADRADOS: apresentam o
ponto de contato mais cervical, delimitando um
É necessário ter uma curva ascendente da incisal espaço menor que será preenchido pelas papilas
para a região cervical conforme se vai analisando interdentárias, portanto, as ameias gengivais serão
o incisivo central em direção ao canino de menor dimensão:

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DENTES MAIS TRIANGULARES: apresentam 6. CORREDOR BUCAL:
o ponto de contanto é mais incisal, delimitando um • Está relacionado com o espaço existente
espaço maior que será preenchido pelas papilas entre a vestibular dos dentes posteriores
interdentárias (mais alongadas), portanto, as superiores e a mucosa interna dos tecidos
ameias gengivais serão de maior dimensão e se tem moles que compõem o canto da boca e as
a presença de black space: bochechas:

5. PROPORÇÃO ENTRE OS DENTES: • Esse espaço depende de alguns fatores:


• A proporção entre os dentes se dá através ✓ Largura do arco superior e
da proporção áurea que se trata de uma musculatura facial;
forma matemática se diz respeito a ✓ Efeito de gradação entre os dentes
harmonia entre duas ou mais proporções de anteriores e posteriores;
qualquer figura descrita na natureza, nas ✓ Vai ditar quais dentes posteriores
artes e nas formas do corpo humano; vão se tornar invisíveis no
• A proporção áurea é definida como duas momento do sorriso;
partes desiguais (que não apresentam a ✓ Vai aparecer o contorno gengival
mesma dimensão) vão estar em relação dos dentes posteriores.
áurea se a razão entre as duas grandezas
originas o número 1,618 ou 0,618; Dentes vestibularizados, restaurações e próteses
• Lombardi observou que a proporção áurea com sobrecontorno invadem o espaço do corredo
estava em tudo. Portanto na odontologia a bucal que pode causar o efeito de sorriso piano//
largura mésio – distal dos dentes ântero – dentes excessivamente visiveis durante o sorriso.
superiores são proporcionais entre si, Quando o espaço é excessivo ou inexisente traz um
obedecendo a proporção áurea. efeito negativo na harmonia do sorriso final.

É preciso levar em consideração a diferença


existente entre a visão aparente e a visão real do
dente:
Para saber se um sorriso é harmônico ou não é
preciso considerar a visão aparente do dente, que a
visão frontal para relacionar dentro da proporção
áurea;
Quando se olha o dente de frente a cada elemento se tem
a visão real do dente, outra dimensão;
A regra das proporções não é absoluta, os sorrisos
desproporcionais podem ser estéticos;
A proporção áurea deve ser usada como um guia 7. LINHA DO SORRISO:
para solução dos problemas dentais estéticos. Não • Linha que vai tangenciar as bordas incisais
é uma fórmula matemática rígida para classificação dos dentes ântero – superiores;
da estética. • Normalmente vai formar uma linha
convexa que deve ou deveria acompanhar
a curvatura da borda interna do lábio
inferior quando o paciente sorri;

Dentística IV – Profª. Drª. Ana Beatriz;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
conjunto, levando a pontos de tensão, o que gera
um efeito negativo e desarmônico no sorriso.

• Quando existe alguma alteração dessa


linha incisal se tem uma sensação de
desarmonia – em casos onde a linha é 9. LINHA MÉDIA DENTÁRIA:
invertida, ou seja, côncava. • Essa linha divide centrais superiores e/ou
inferiores, dando uma simetria do arco e
Em pacientes idosos ou devido alguma parafunção, coincide com o centro médio da face;
desgaste, essa linha do sorriso, se torna côncava e • Se traça a linha média a partir do centro da
seu reestabelecimento traz um rejuvenescimento. glabela;
• Em casos de desvios de posicionamento da
linha média leva a uma influência negativa
na aparência estética do sorriso. Nem
sempre traz um efeito negativo, pois
depende da pessoa e da realidade do
procedimento. O ideal é balancear as
Na maioria dos casos quando existe uma inversão proporções, mesmo que a linha média
ou uma inexistência dessa linha (dentes retos), traz fique toda desviada.
a sensação de dente envelhecido ou que o paciente
teve algum problema relacionado ao
desenvolvimento da musculatura e de todo o
maxilar, da questão óssea quando os dentes
irromperam.

8. POSIÇÃO E ALINHAMENTO DENTAL:


• A posição e alinhamento dental também
traz a sensação de harmonia e equilíbrio
10. CONDIÇÃO PERIODONTAL:
dental;
Além disso, na maioria das vezes, um dente • Uma estética gengival (estética rosa) e
desalinhado pode trazer um efeito de má função dental (estética branca) levam a um sorriso
dentária, algum efeito na morfologia e na harmônico;
funcionalidade dentária, se pode ter também a • A saúde periodontal, quando há ausenscia
desarmonia na estética. de sangramento durante a sondagem,
• O ideal é que exista uma transição gradual coloração adequada, não interferem ou tem
no posicionamento dos incisivos anteriores pouca interferência da estética rosa na
superiores caminhando gradativamente até aparência final do sorriso.
os caninos. Essa transição deve acontecer
de uma maneira suave para se tenha uma 11. CONTORNO GENGIVAL:
percepção mais agradável comparando o • A posição e aparência do contorno
tamanho dos dentes que ficam aparentes gengival gera simetria, proporção e
durante o sorriso. estabilidade visual;
• O ideal é que se tenha uma harmonia entre
essas estruturas;
• Existe dois padrões:
✓ Padrão sinuoso: a margem
gengivaldo lateral abaixo das
Quando existe dentes girados, apinhados e com margens do central e canino;
uma inclinação excessiva ou inexistente, há a ✓ Padrão reto: as margens dos
interrupção dessa transição visual agradável em incisivos centrais, laterais e caninos
alinhados.

Dentística IV – Profª. Drª. Ana Beatriz;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
Quando existe uma grande mudança no contorno
gengival se tem uma quebra do padrão, trazendo
um efeito antiestético:

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Características naturais devem ser
almejadas;
• Diversidade + individualidade, cada caso
deve ser estudado individualmente;
• Equilíbrio aceitável;
• Harmonia entre os componentes do
sorriso.

Dentística IV – Profª. Drª. Ana Beatriz;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
Restauração em Dentes Tratados Endodonticamente
com Enfoque em Retentores Intrarradiculares
TRATAMENTO ENDODÔNTICO: caso futuramente houver a necessidade de tratamento
O tratamento endondontico só é considerado finalizado endodôntico. Se utiliza esse material para manter a
quando o dente é novamente reintegrado ao sistema integridade da cor;
estomatognático, ou seja, é preciso devolver ao dente Para dentes posteriores utiliza – se cimento de hidróxido
sua função. de cálcio (não apresenta adesão a estrutura dentária)
somente uma fina camada em cima da guta percha, para
OPÇÕES DE RESTAURAÇÕES EM DENTES servir de guia//segurança caso haja a necessidade um
TRATADOS ENDODONTICAMENTE: retratamento endodôntico.
• Restaurações Diretas;
3. Após, obrigatoriamente é preciso
• Restaurações Indiretas.
colocar uma camada de CIV:
Por uma questão de melhor vedamento e, também
➔ Pode ou não haver a necessidade da instalação de
reforço, pois se trata de um material mais resistente que
RETENTORES INTRARRADICULARES tanto em
apresenta adesão a estrutura dentária – a resina não pode
restaurações diretas quanto em indiretas.
entrar em contato com os materiais e cimentos citados
➔ A avaliação do remanescente dental (quantidade e
anteriormente.
qualidade) é quem vai ditar o tipo de restauração a ser
realizada.
4. Finalização do tratamento seguindo os
passos da restauração direta com
PARA RESTAURAÇÕES DIRETAS:
Resina Composta. – o tratamento do
• Se o dente em questão apresenta pelo menos 2
dente finalizado, agora ele está
estruturas de reforço intactas – ponte de
integrado novamente ao sistema
esmalte, crista marginal e cúspide;
estomatognático (forma, função e
• Pelo menos 50% de porção coronária
estética).
remanescente;
• Como a restauração será realizada:
1. Acessar até se encontra a guta percha:
Quando o paciente realizou tratamento endodôntico na
UNAERP, temos acesso a radiografia para verificar que
o corte da guta percha foi feito de maneira correta e que
foi o selamento com o CIV, somente nesse caso não é
necessário chegar até a guta percha, só irá remover o
CIV das paredes circundantes, deixando material
apenas na entrada do contudo;
Quando o paciente vem com o tratamento endodôntico
feito em outro local, remove todo o selamento
provisório até chegar na guta percha – às vezes é preciso PARA RESTAURAÇÕES INDIRETAS:
remover a guta remanescente porque ela não pode • Fragilização das estruturas de reforço –
invadir a porção coronária. preparos MOD que são muito extensos;
• Menos de 50% da porção coronária
2. Após chegar até a guta percha: remanescente;
Para dentes anteriores é recomendado a colocação de • Inlays, onlays e overlays;
uma fina camada de cimento provisório ou material • Se realiza devido a necessidade de suporte para
provisório – COTOSOL (material provisório a base de retenção coronária;
oxido de zinco que não apresenta adesão a estrutura • Como a restauração será realizada – construção
dentária) – somente em cima da guta percha, porque de núcleo de preenchimento (estrutura
serve para nortear para acessar os condutos radiculares

Dentística IV Profª. Drª. Ana Beatriz Silva Sousa;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
construída com resina composta) para encaixar TRATAMENTO EDONDÔNTICO x
a prótese. FRAGILIDADE DENTAL:
• Muito se fala que o tratamento endodôntico
gera fragilização do elemento dentário
submetido;
➔ Dente com tratamento endodôntico não é sinônimo de
necessidade de retentor intrarradicular!!
➔ Nem sempre o dente que precisa de tratamento
endodôntico terá a estrutura coronária toda destruída/
debilitada – até porque o acesso é realizado de maneira
conservadora.
• A perda da vitalidade fragiliza o dente de 3 a
14% - devido ao preparo cavitário ser
conservador;
• Um preparo MOD aumenta a fragilidade em
63%.
➔ Portanto, A PERDA DA ESTRUTURA CORONÁRIA
É O QUE VAI LEVAR A FRAGILIDADE DENTAL e
não o tratamento endodôntico.
RETENTORES INTRARRADICULARES:
INDICAÇÕES: DIAGNÓSTICO PARA O USO DE RETENTORES
• Casos de extensa destruição coronária onde há INTRARRADICULARES:
uma necessidade de suporte para retenção • Avaliar a quantidade de estrutura dental
coronária (tanto para restauração direta quanto remanescente – até ou mais de 50%, tem ou não
indireta); pelo menos 2 estruturas de reforço;
O que pode ter acontecido? Quando o paciente é
• Aspecto periodontal – se tem ou não fratura,
submetido à um tratamento endodôntico, muitas vezes
localização dessa fratura (sub ou
o paciente apresenta dor, tendo, portanto, ficado algum
supragengival), se teve ou não
tempo sem colocar o dente em função. Após realizar o
comprometimento da raiz;
tratamento endodôntico, essa sintomatologia é sanada e
• Aspecto radiográfico – tratamento endodôntico
o paciente acaba colocando o elemento em função com
tem que estar satisfatório, há lesões ou não;
uma restauração provisória (que não são materiais
• Posição do dente na arcada;
resistente) ocorrendo uma fratura extensa.
• Oclusão do paciente – dente que é muito
• Dentes anteriores com grande perda tecidual;
importante para a oclusão// dente que está
• Dentes com raízes fragilizada;
segurando a oclusão;
• Dentes com perda tecidual ampla e que são
• Função do dente na cavidade.
pilares de PPR e/ou dentes – guias de
desoclusão;
• Dentes posteriores com perda tecidual extensa ➔ Um dos principais grupos que são indicados para o uso
e tem necessidade de ancoragem de retentores intrarradiculares são, principalmente, os
intrarradicular para reter a restauração. Pré – Molares Superiores. São dente menores e, perder
estrutura mais fácil, é muito mais agressivo quando se
compara a um molar por exemplo.

Dentística IV Profª. Drª. Ana Beatriz Silva Sousa;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
ASPECTOS GERAIS DOS RETENTORES FATORES QUE INFLUENCIAM A
INTRARRADICULARES: LONGEVIDADE DO RETENTOR
INTRARRADICULAR:
• Se o DESGASTE FOR EXCESSIVO sobra
pouca dentina para realizar a adesão e quando
esse dente é colocado em função favorece a
ocorrência de fraturas no remanescente
radicular e o paciente perde o dente;
• O contrario também gera efeitos negativos,
quando o PREPARO NÃO É SUFIENTE e o
pino não entra no momente de cimentar a peça.
Mas aqui é possivel reverter através da
adequação do contudo;

Deve ter mínimo de 1,5 mm de dentina circundante!!


1. SELAMENTO APICAL – existe a necessidade da
manutenção de um selamento apical de guta percha • Em relação ao diâmetro do pino: Pinos curtos
que varia de 3 a 5 mm – Parte para o princípio de podem levar a fratura radicular ou a fratura da
selamento apical apenas se o tratamendo coroa por conta de concentrações de forças – o
endodôntico estiver satisfatório; pino deve ter pelo menos o mesmo
2. É necessário uma RELAÇÃO MÍNIMA DE 1:1 comprimento do remanescente coronário.
entre o COMPRIMENTO DA COROA E O
RETENTOR – o retentor deve apresentar pelo CLASSIFICAÇÃO DE RETENTORES
menos o mesmo comprimento da coroa, se ele INTRARRADICULARES – MATERIAIS
apresentar um comprimento menor que o da coroa (CONFECÇÃO):
ocorre fratura e má adaptação;
• Pinos Fundidos;
3. Idealmente a quantidade/o COMPRIMENTO
PREPARADO DO CONDUTO DEVE SER DE ½ • Pinos Pré – fabricados.
DA RAIZ ATÉ 2/3 – comprimento da raiz e do Os pinos de fibra de vidro são os mais estéticos e mais
quanto deve ser preparo// quanto o pino deve atingir utilizados dentro da dentística.
dentro da raiz;
4. DESGASTE MÍNIMO DO CANAL o qual diz PINOS METÁLICOS FUNDIDOS:
respeito a dentina que está circundante ao conduto
radicular. Quando menos essa dentina for desgastas INDICAÇÕES:
é melhor, pois, se for removida muita estrutura a raiz • Reabilitação oral;
vai ficar fragilizada, porque não terá estrutura • Canais remanescentes excessivamente cônicos
suficinete para realizar a adesão intrarradicular e no ou elípticos;
momento de distribuir os impactos ao longo da raiz • Pinos e núcleos múltiplos – reablitações
pode levar a uma concentração de forças e causar extensas.
fratura radicular. Portanto, O DESGASTE DEVE
SER SUFICIENTE APENAS PARA REALIZAR VANTAGENS:
UMA ADESÃO E UMA CORRETA • Documentação científica – tratamendos
DISTRIBUIÇÃO DAS FORÇAS AO LONGO DO datados de mais anos;
EIXO RADICULAR; • Ótima adapatação – porque o núcleo é moldado
5. EFEITO FÉRULA – é um remanescente que se diretamente dentro do conduto;
apresenta na porção coronária de mais ou menos 2,5 • Menor espessura de cimento;
mm. Quando existe esse remanesten, a situação de • Rigidez aumenta;
instalação de um retentor intrarradicular é • Sem necessidade de preenchimento posterior –
beneficiada, pois a férula traz um efeito positivo, porque já apresentam essa parte junto a sua
principalmene em relação a adesão, porque é mais estrutura interna (dentro do conduto)
uma estrutura dentária para poder realizar a adesão.
E nesses casos o preparo fica supragengival, LIMITAÇÕES:
favorecendo a situação ainda mais. • Tratamendo mais prolongado – existe mais
passos;
• Corrosão;

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Brenda Aparecida Faustino da Silva
• Alterações cromáticas – de cor;
• Maior remoção de estrutura dental sadia – tem PINOS PRÉ – FABRICADOS NÃO METÁLICOS:
que ser um preparo expulsivo;
• Módulo de elasticidade diferente da dentina o VANTAGENS:
que gera um efeito negativo em relação a • Biocompatíveis e estáveis;
distribuição de forças ao longo da raiz • Preservam a dentina radicular;
• Resistência à fadiga e corrosão;
• Técnica direta;
PINOS PRÉ – FABRICADOS: • Adesividade;
• Compatíveis com os materiais restauradores –
FORMA ANATÔMICA: cimenta e restaura no mesmo dia;
• Cilíndricos ou cônicos. • Módulo de elasticidade próximo a dentina.

CONFIGURAÇÃO EXTERNA: Os pinos pré-fabricados não metálicos podem ser


• Lisos (ideais), serrilhados ou rosqueáveis. cerâmicos (rígidos), fibras de carbono (flexíveis),
fibras de vidro (flexíveis) e dióxido de zircônia
MATERIAL – CONFECCÇAO: (rígidos).
• Metálico – titânio, aço; Os pinos de fibra de vidro possuem uma maior estética
• Cerâmicos; e translucidez, resiliência similar à dentina,
distribuição de forças melhor, menor estresse e um
• Fibra de vidro e carbono (mais utilizados).
risco reduzido de fratura.
VANTAGENS:
• Preparo consevador;
• Menor tempo clínico;
• Uso fácil e rápido – não precisa do protético;
• Disponível em várias formas, tamanhos e
materiais;
• Fácil remoção do que os metálicos.

LIMITAÇÕES:
• Perda coronária toal – porque se trata de uma
técnica adesiva, é preciso isolar;
• Radiopacidade – para os não metálicos – difícil
identificação na radiografica.

NÃO METÁLICOS x METÁLCOS FUNDIDOS:


A indicação/escolha para o tipo de pino vai depender
da perda coronária:
• Quando se tem perda coronária total não se
consegue trabalhar com pinos de fibra de vidro/
de carbono, é obrigatório o uso de núcleos
metálicos fundidos;
• A radiopacidade muda também devido o
material, nos casos dos metálicos fundidos a
radiopacidade é maior;
• Os pinos também podem ser diferenciados
quanto a sua configuração/retenção, existem os
lisos e os rosqueáveis. Os primeiros são mais
vantajosos porque os segundos a cada dobra
vão causar mais tensões aumentando os riscos
de fratura radicular.

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Retentores Intrarradiculares – Técnicas e Procedimentos
PINO DE FIBRA DE VIDRO: • Avaliação do tratamento endodôntico - teste de
Os pinos de fibra de vidro são materiais que apresentam percussão, palpação, se o paciente apresenta
polímeros em sua composição, sendo os mais utilizados alguma sintomatologia.
dentre os pinos pré – fabricados, pois apresentam:
• Estética e translucidez – por se tratar de 2. AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA:
materiais poliméricos; • Radiografia periapical – de boa qualidade, pois
• Resiliência similar a dentina; é necessário ter uma visão do dente completo;
• Distribuição de forças; • Avaliar a condição periapical;
• Menor estresse; • Comprimento da raiz – se apresenta ou não
• Risco reduzido de fratura. alguma fratura;
• Dimensão do canal radicular;
➔ Absorção das forças/impactos é bem próxima ao que a • Espessura de dentina remanescente ao redor do
própria estrutura dentária é capaz de suportar, isso vai contudo radicular – quanto mais dentina,
gerar uma maior distribuição de forças ao longo do melhor;
contudo radicular, levando à um menor estresse e menor • Tratamento endodôntico – para observar a
risco de fratura. Qualidade da Obturação, região periapical, e a
➔ Quando um retentor intrarradicular de fibra de vidro presença de lâmina dura e lesões, pois não é
falha ele apenas vai deslocar, não fratura, portanto o porque um dente foi tratado endodonticamente
paciente não perde o elemento dental. Essa que esse tratamento foi satisfatório.
desestabilização do pino ocorrer, geralmente, porque • Região periapical;
houve falhas durante o protocolo adesivo. • Presença de lâmina dura e lesões – observar se
a lâmina dura está integra ou não;
PROTOCOLO CLÍNICO: • Condição periodontal – comprometimento do
espaço biológico// Inserção óssea// Mobilidade.
1. AVALIAÇÃO CLÍNICA: para saber se é realmente – o paciente deve apresentar SAÚDE
indicado e necessário a instalação do retentor: PERIODONTAL!
• Região adjacente e dente a ser restaurado – se
existe ou não algum tipo de lesão; 3. SELEÇÃO DO TIPO DE RETENTOR:
• Restaurações antigas e material provisório do • Na dentística se utiliza mais os pinos pré –
dente em questão: fabricados de fibra de vidro (é mais acessível e
Muitas vezes é necessário a remoção dessas tem resultados mais satisfatórios) ou de fibra de
restaurações para avaliar se será indicado ou não o uso carbono;
de retentores intrarradiculares, pois não se consegue • Formato//conicidade do pino:
saber a indicação apenas olhando com a restauração em Ao levar em consideração a preservação dentina
posição. Quando a restauração provisória ou antiga é remanescente é melhor trabalhar com pinos de
removida, quando se chega na entrada do contudo, este conicidade dupla que é a conicidade que o canal
está tão estreio, o acesso a câmara pulpar foi tão apresenta.
conservador que, se for realização a instalação de um
retentor se vai retirar dentina hígida, portanto, não sendo
necessário a instalação de um retentor intrarradicular.
• Fragilidade coronária;
• Presença de esmalte remanescente e como este
se apresenta – devido ao procedimento adesivo;
• Relacionamento oclusal;
• Avaliar a condição periodontal – se existe o
comprometimento do espaço biológico, se esse
dente tem inserção óssea e se não está com
mobilidade;

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• Comprimento e espessura de raiz em relação ao determinado - respeitando de 3 a 5mm
pino adequados – analisar radiografia apicais – já determinado o
atentamente, se há curvaturas, como está a comprimento de trabalhado;
inclinação axial da raiz daquele dente, ✓ Movimento de introdução paralelo ao
pensando na Configuração Geométrica daquele longo eixo do dente;
canal – a maior parte do canal já apresenta a ✓ Entra com o motor acionado e remover
característica de conicidade que deve ser com o motor também acionado;
acompanhada pelo retentor. ✓ Considerar o longo eixo do dente que
está trabalhando, por isso é importante
Muitas vezes se coloca sobre a radiografia o pino para ter sempre exames radiográficos para
se ter uma noção de como esse pino vai se relacionar observar possíveis desvios;
com o contudo. Se no momento de executar os movimentos e parou de
sair guta percha e ainda está longe de atingir o
comprimento pré – determinado, para e radiografa
porque a chance de estar desviando é alta – RX de
controle
✓ Quando for remover a guta percha é
importante manter a mão leve a não
forçar o instrumento.
A partir do momento que encostamos a broca na guta-
percha, ela irá plastificar a guta-percha, removendo-a
sem esforço algum.

4. REMOÇÃO DO MATERIAL OBTURADOR:


• Isolamento absoluto do campo operatório – é
preciso realizar algumas modificações a
depender do remanescente dental;
• Procedimento adesivo – por isso precisa de
isolamento absoluto;
• Utiliza ponta diamantada esférica para remover
a restauração provisória;

Nos dentes que apresentam mais de um contundo 5. PROVA DO PINO:


é necessário preparar todos? • Adaptação as paredes;
Não, apenas o canal mais reto será preparo • Comprimento adequado;
devido à um melhor acesso e visualização! • Travamento na porção apical - as vezes não vai
* M e PM Superiores - contudo palatino acontecer porque o pino é pré - fabricado;
* M e PM Inferiores - contudo distal • RX de confirmação.

• Depois de selecionar o canal que será preparado 6. CORTE DO PINO:


é preciso remover do excesso de guta percha • Corte do pino ANTES da CIMENTAÇÃO:
com Instrumentos aquecidos (Condensadores ✓ Dentes que serão submetidos
de Paiva); posteriormente a uma restauração
• Brocas Largo (o primeiro mm não é ativo, direta com resina composta.
dando mais segurança) – seguir a sequência do Precisa cortar o pino de 1 a 2 mm abaixo do limite
menor para o maior diâmetro: incisal/oclusal porque essa porção do pino deve ficar
✓ Utilizar um stop para orientar o escondida na restauração. Pode cortar com disco de
comprimento que se vai entrar no carborumdum ou pontas diamantadas.
contudo;
✓ Não remover toda a obturação radicular • Corte do pino DEPOIS da CIMENTACAO:
deve ter uma manutenção de material ✓ Quando será realizada um PPF -
obturador no terço apical – por isso se quando o dente será pilar de uma
deve utilizar o cursor de borracha com prótese fixa, ele será englobado no
o comprimento previamente núcleo de preenchimento;

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✓ Limite do próprio; ➔ O silano é o material mais utilizado para o tratamento
✓ Confecção do núcleo em RC. da superfície do pino, que também está presente na
composição da resina composta, fazendo a união das
7. LIMPEZA DO CONTUDO: partículas inorgânicas com a matriz resinosa. O silano
• É importante a remoção ou alteração da smear age dentro das partículas da resina propiciando que a
layer para favorecer a adesão/interação do adesão seja pronunciada de maneira mais satisfatória,
cimento resinoso com a dentina; melhora a adesão entre o cimento e o pino. Tem
• Vai depender do uso do cimento que será aspecto/consistência aquosa, e deverá ser utilizado por
utilizando: 1 minutos, aplicado em toda a extensão do pino com o
✓ Quando são utilizados os auxílio de um microbrush (apenas uma camada) sem
CIUMENTOS RESINOSOS polimerização e depois secar.
CONVENCIONAIS, utiliza – se o
ácido fosfórico 37%, por 15 segundos
em dentina, lavagem abundante e 9. CIMENTAÇÃO:
remover umidade com papéis Os cimentos resinosos apresentam duas classificações:
absorventes + cone de papel e depois REAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO E TÉCNICA
aplica o sistema adesivo;
ADESIVA
✓ Na limpeza do conduto, em
De acordo com a reação de polimerização, os cimentos
CIUMENTOS AUTO-
CONDICIONANTES, já é podem ser divididos em presa:
condicionado, não precisa utilizar • Somente Fotopolimerizaveis – somente
ácido fosfórico e sistema adesivo cimentação de lentes de contanto porque elas
(dispensa o tratamento de superfície). apresentam uma estrutura reduzida, permitindo
Porém não se pode deixar de limpar a a passagem de luz;
dentina, para isso utiliza clorexidina de • PRESA DUAL – é a combinação de um
0,2 a 2% por 1min e depois remoção cimento onde a reação de polimerização
com a canula de aspiração e o excesso acontece através de uma reação química e uma
é removido apenas com papel reação fotoativada. Como se está trabalhando
absorvente. dentro do contudo, não é garantido que a luz irá
chegar até a região mais apical, pois isso é
➔ Toda vez que se vai trabalhar com cimentação de pinos
de fibra de vidro, o melhor material é o cimento resinoso. necessário que uma parte seja quimicamente
Como se está trabalhando dentro do conduto e não se tem ativada. Serão utilizados para a cimentação de
certeza que a luz vai chegar até a porção mais apical, a pinos;
característica que esse cimento tem que ter em • Somente Químicos – somente os mais antigos.
RELAÇÃO A SUA POLIMERIZAÇÃO é de ativação
química juntamente com a ativação foto, sendo De acordo com a técnica adesiva, se pode ter:
chamando de cimento DUAL. • Cimentos Resinosos Convencionais – requerem
previamente a sua utilização o tratamento de
8. TRATAMENTO DO PINO: superfície da estrutura dentária com o sistema
• Primeiro se limpa o pino com álcool 70% - pode adesivo. É muito critico utilizar todo o sistema
utilizar um algodão embebido em álcool e adesivo dentro do canal, além de não se ter a
depois é necessário secar bastante esse pino; garantia de que a luz irá atingir a porção mais
• Após remover o álcool, se tem algumas opções apical no momento da fotopolimerização do
para o tratamento da superfície do pino: silano, adesivo;
laser, óxido de alumínio e peróxido de • CIMENTOS RESINOSOS
hidrogênio. Essas materiais são agentes capazes AUTOCONDICIONANTES – não necessita
de melhorar a adesão entre o pino de fibra de do uso do sistema adesivo. É o mais indicado
vidro e o cimento resinoso. para se trabalhar dentro do contudo, pois não
➔ O pino de fibra de vidro é composto por matriz de resina precisa utilizar o sistema adesivo. A inserção
epóxica, partículas inorgânicas e as fibras de vidro. Se deve ser feita com a seringa centrix (ponteira
tem matriz polimérica, quer dizer que tem resina e essa metálica para conseguir chegar até a porção
resina será aderida á outro material polimérico – que mais apical do contudo) ou com ponta auto –
seria o cimento resinoso – dessa forma, é importante mix até a entrada da embocadura.
que, além de utilizar o álcool, seja utilizada alguma
outra forma de preparo da superfície do pino que ➔ A manipulação desses cimentos deve obedecer às
promova a adesão dessa estrutura ao cimento resinoso. recomendações do fabricante.

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➔ Após a inserção dentro do cimento dentro do contudo, o
remanescente de material que sobrou, carrega – se o
pino e leva em posição. O ideal é que extravase material
e posteriormente os excessos devem ser removidos com
microbrush antes de fotopolimerizar por pelo menos 3
minutos para garantir que o material foi bem
fotopolimerizado.

10. CONFECÇÃO DA RESTAURAÇÃO OU DO


NÚCLEO:
Depois ou é confeccionado a restauração de resina
composta seguindo o protocolo normalmente de
condicionamento ácido, sistema adesivo e inserção de
resina composta. Ou então, procede para a realização o
núcleo de preenchimento que depois irá receber uma
prótese.

PINO ANATÔMICO: Nem sempre o preparo do


conduto vai estar satisfatório para que se consiga utilizar
um pino que se adapte no conduto. Nesses casos é
preciso renatomizar o pino com resina composta.
Para esse procedimento é necessário isolar o contudo
com vaselina, inserir a resina no pino, inserir no canal,
remover excessos e fotopolimerização.

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Brenda Aparecida Faustino da Silva
Restaurações Semi – Diretas
RESTAURAÇÕES SEMI – DIRETAS EM • Dentes que sofreram desgaste por biocorrosão;
DENTES POSTERIORES: • Fechamento de pequenos diastemas em dentes
Quando o paciente não apresenta indicação de posteriores;
restauração indireta, mas somente uma restauração • Dentes posteriores com coroa curta que torna
direta não irá resolver. Portanto, para não deixar o difícil realizar a restauração direta.
paciente com material provisório, o qual pode fraturar e
gerar a perda do elemento dentário, se realiza o ➔ Pode fazer uma restauração semi – direta em dentes
procedimento de restaurações semi – diretas. Ou ainda anteriores? Não é recomendado, porque as restaurações
o paciente tem indicação de restauração indireta/prótese em dentes anteriores requerem uma riqueza maior de
mas não consegue arcar com os custos. detalhes e se existe a necessidade de uma restauração
Atualmente, os pacientes apresentam uma exigência indireta em dente anterior, para que seja garantido o
estética não somente em dentes anteriores, como sucesso, função, forma e estética, é preciso lançar mão
também para os dentes posteriores. Isso representa de restaurações indiretas com cerâmica.
restaurações cada vez mais semelhantes aos dentes
VANTAGENS:
naturais, devolvendo a forma original em detalhes, com
sulcos principais e secundários, perfil de emergência. A restauração é realizada fora da boca, portanto irá
Com o avanço da odontologia estética e melhoria na proporcionar:
composição dos materiais, é possível realizar esse tipo • Resultado estético satisfatório – dar maior
de restauração com materiais poliméricos através do uso riqueza de detalhes;
das técnicas adesivas, onde se há a preservação da • Facilita a reação de fotoativação;
quantidade de estrutura dentária, ou seja, mínima • Reforço da estrutura dentária remanescente;
remoção de tecido dentário sadio garantindo um melhor • Maior facilidade de restabelecer o contato
comportamento mecânico, controle da contração de proximal;
polimerização (resinas bulk fill), manutenção do • Anatomia e contorno na restauração;
polimento, por isso se tem melhores resultados • Preparo simples;
químicos para restaurações em dentes posteriores. • Maior facilidade de acabando e polimento -
porque se faz fora da boca do paciente, tendo
uma visão mais ampla.
O QUE É A RESTAURAÇÃO SEMI - DIRETA? É
uma técnica alternativa, mesclando aspectos da
restauração direta e da indireta utilizando resina DIAGNÓSTICO:
composta. Esse procedimento será confeccionado pelo Vai depender da quantidade e da condição do tecido
clínico sobre um modelo semi – rígido, podendo ser dental remanescente, é preciso de uma estrutura
realizado na mesma sessão ou não. Além disso, o custo dentária, mesmo que mínima, para apoio porque se
de uma restauração semi – indireta é mais acessível para utiliza uma técnica adesiva. Idealmente é importante:
o paciente. • Manutenção das cúspides;
• Manter principalmente, as faces V/L – para
INDICAÇÕES: encaixar/manter a peça e também ter estrutura
• Dentes posteriores que apresentam lesões de dentária disponível para realizar a adesão;
cárie envolvendo, no mínimo, duas faces; • Avaliar a necessidade de retentor
• Substituição de restaurações amplas intrarradicular previamente a restauração para
deficientes; garantir o suporte e a retenção à restauração.
• Dentes tratados endodonticamente com • Verificar a presença de restaurações nos dentes
destruição coronária extensa; da arcada antagonista;
• Dentes que apresentam fraturas de cúspides; • Localização das margens da cavidade – o ideal
é sempre trabalhar com a margem
• Dentes que estão extruídos ou em infraoclusão;
supragengival;
• Dentes que apresenta defeitos estruturais ou de
formação;

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Brenda Aparecida Faustino da Silva
• Avaliar a oclusão e a importância daquele dente 11. Tratamento da peça, se faz a limpeza com ácido
na arcada. fosfórico ou jateamento com óxido de alumínio
mais aplicação de silano por 1 minuto;
12. Cimentação com cimento convencional onde é
PRINCÍPIOS GERAIS DO PREPARO realizado o condicionamento ácido e depois
CAVITÁRIO: sistema adesivo no preparo. Quando o cimento
é autocondicionanente não faz
• O preparo deve ter uma profundidade mínima condicionamento ácido, só o sistema adesivo no
para que exista um espaço suficiente para o preparo;
material restaurador ser inserido na cavidade; 13. Aplicação do cimento na cavidade com Seringa
• As paredes do preparo devem ser expulsivas Centrix ou na peça mesmo, posicionamento da
para garantir que exista o eixo de inserção peça, remoção dos excessos, fio dental e uso de
microbrush;
assentamento passivo da peça, não pode ter
14. Fotopolimerização, pode utilizar um isolante a
nenhuma região de retenção;
base de água.
• Os ângulos internos devem ser arredondados
para que diminua a concentração de tensões CONSIDERAÇÕES FINAIS:
nessa região, garantindo menor risco a fratura • Uma alternativa viável para restaurações de
do remanescente; grandes cavidades em Resina Composta.
• O preparo deve ser liso e bem acabado para a • Possibilidade de restaurar um ou vários dentes
moldagem e confecção da peça. em uma única sessão, princípios para preparos
de restaurações dentárias semi-diretas são
Para realizar o preparo cavitário utiliza - se pontas
basicamente os mesmos para restaurações
diamantadas e/ou multilaminadas com desenho indiretas;
adequado, dando expulsividade das paredes do preparo. • A Resina Composta vai permitir restaurar a
Exemplos: 2135, 4138, 3131 e 2200. estética e a função dos dentes posteriores com
mínima remoção de tecido sadio.

PROTOCOLO CLÍNICO:

1. Exame clínico e radiográfico;


2. Profilaxia com pedra pomes e água;
3. Seleção de cor;
4. Anestesista – em casos de dentes vitais;
5. Isolamento absoluto – quando possível;
6. Preparo;
7. Regularização da cavidade: muitas vezes existe
a presença de esmalte socavado ou preparos
com regiões retentivas. Nesses casos, ao invés
de retirar mais tecido sadio para tornar o
preparo expulsivo, pode ser realizado a
regularização dessa cavidade preenchendo as
regiões de retenção com resina composta ou
material de base (CIV no caso de paredes de
fundo irregulares);
8. Moldagem ou com silicona de adição, ou
silicona de condensação ou com alginato de boa
qualidade;
9. Confecção do modelo: ou com gesso (antes de
inserir a resina no gesso é preciso tratar a
superfície com isolante de gesso e depois com
o sistema adesivo), ou com silicone para
modelos ou com poliéster;
10. Confecção da restauração: inserção da resina
composta.

DENTÍSTICA IV Profª. Drª. Ana Beatriz Silva Sousa


Brenda Aparecida Faustino da Silva
Clareamento Dental
INTRODUÇÃO: INDICAÇÕES:
• Clareação = ação/efeito de clarear; • Escurecimento fisiológico;
• “Técnica que emprega agente químico oxidante • Dentes naturalmente escuros - acontece com a
para ALTERAR A PIGMENTAÇÃO que idade;
causa o escurecimento dental.”; • Manchas por tetraciclina (grau leve) - mais
• O clareamento é um procedimento estético, difícil de recuperar com o clareamento quando
portanto, só será realizado após o tratamento de está em grau avançado;
patologias bucais.
• Fluorose - sem exposição de dentina;
➔ O carvão ativado NÃO funciona, é uma substância • Escurecimento pós traumatismos;
abrasiva contra estrutura dentária que remove manchas • Escurecimento pós tratamento endodôntico.
de pigmentação extrínseca.
➔ Para corrigir cor o tratamento clareamento sempre será
BREVE HISTÓRICO: a primeira opção, pois se trata de um procedimento
• Séc. 1 d.C.: Romanos – escovação com urina; menos invasivo.
• Empirismo: diversas substâncias – cloro,
ácidos; VANTAGENS:
• 1861: 1° trabalho científico – M’ Quellen • Procedimento simples;
(Filadélfia, EUA);
• Conservativo comparado com outras
• Final do séc. XIX: Despolpados – ácidos
oxálicos, hip. Sódio; estratégicas estéticas – como facetas que
• 1924: Despolpados – Perborato + pH 30% + apresentam maior comprometimento da
calor; estrutura dentária;
• 1989: Haywood & Heymann – peróxido de • Pouco tempo de procedimento clínico;
carbamina 10%; • Poucos efeitos secundários - se empregado
• 1992: Hanosh et al. – Uso da luz visível corretamente.
associada aos produtos clareadores;
• 1996: Smigel – uso do laser – não existe USO LIMITADO:
clareamento a laser; • Paciente grávidas ou amamentando;
• Últimos 30 anos – avanços científicos. • Pacientes alérgicos a alguns dos agentes do
produto clareador;
ETIOLOGIA DAS ALTERAÇÕES DE COR:
• Hipersensibilidade transitória – grande
• Para que o clareamento seja indicado é preciso problema do tratamento clareador, mas é
que se tinha alteração de cor; possível conduzir com o tratamento;
• Fatores extrínsecos: tabaco, consumo • Alto risco à carie, cavidades abertas;
frequente de alimentos e bebidas que possuem • Doença periodontal.
corante;
• Fatores intrínsecos: (pré e pós eruptivos): Durante a sensibilidade maior pode suspender o uso do
fluorose, tetraciclina (antibiótico), fisiológico clareamento e, a medida que o paciente tem uma
(idade – mais dentina), tratamento endodôntico melhora vai retornando com o procedimento em doses
insatisfatório, traumas da estrutura dentária. menores.

➔ Quando se apresenta um dente tratado


DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO:
endodonticamente o clareamento é realizado de maneira
individual/ diferente, porque esse dente apresenta uma • Após ter reconhecido qual é a causa e que o
coloração que destoa muito dos outros. tratamento clareador é uma indicação, é preciso
realizar o planejamento;

Dentística IV Profª. Drª Danielle Cristine Furtado Messias;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
• No procedimento de clareamento os dentes ✓ Pigmentos parcialmente clareados =
poderão sofrer alteração no croma, isto é, na CADEIAS DE CARBONO
saturação; INTERMEDIÁRIAS;
• O matiz NÃO sofre alteração. Exemplo: a cor ✓ Pigmentos completamente clareados =
C1 poderá se transformar em C2 ou C1, mas CADEIAS DE CARBONO
não altera para B1. Ou seja, o dente vai clarear, MENORES.
mas a cor vai ser a mesma, o matiz será o
Quando o agente clareador penetra na superfície
mesmo.
dentária (esse agente se degrada em oxigênio) e vai até
as cadeias de carbono que são grandes, quebrando essas
PLANEJAMENTO:
cadeias em cadeias menores, até que se tenha cadeias de
1. Anamnese; carbono menores e, consequentemente, pigmentos mais
2. Exames – clínicos e radiográficos – clareados. Então, conforme o gel clareador permanece
reconhecimento das causas de alteração de cor em contato na estrutura dentária, ele vai tendo uma ação
e que o tratamento clareador é indicado; química junto as moléculas de pigmento promovendo
3. Seleção de cor – início do tratamento em si: moléculas a quebra de moléculas longas de carbono em
• Através de fotografias que devem ficar moléculas menores, em cadeias menores de carbono e
armazenas no computador para que se tenha o cadeias menores são pigmentos clareados.
registro de cor, pois, durante o tratamento, o
paciente e o profissional se esquecem da PARA TER CLAREAMENTO É PRECISO
condição inicial do paciente. QUEBRAR AS MOLÉCULAS DE PIGMENTOS
• Portanto, a foto serve como registro de antes de O PERÓXIDO DE CARBAMIDA é um dos agentes
depois do tratamento e, também para que se clareadores. Quando ele entra em meio ácido//aquoso
possa fazer um acompanhamento, um guia para ele se degrada em PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO que
conduzir o tratamento para saber até onde se é outro agente clareador. Portanto o carbamida se
deve ir, ou seja, como o tratamento está degrada em hidrogênio (que é o agente clareador ativo)
evoluindo. Também é bom utilizar, junto a esse e em ureia. Por sua vez, o peróxido de hidrogênio vai se
registro a escala de cor como guia. decompor em ÁGUA e em OXIGÊNIO NASCENTE o
4. Termo de consentimento: qual apresenta um baixo peso molecular (portanto tem
• O resulto final do tratamento depende de uma grande poder de penetração) e consegue penetrar muito
resposta biológica do paciente, ou seja, é
facilmente pela estrutura, portanto, através de uma
individual para cada pessoa. Portanto, o dentista
reação de oxidorredução, o oxigênio nascente é capaz
não consegue garantir para o paciente qual será
o resultado do tratamento. O profissional de quebrar cadeias grandes em cadeias menores ao
também não consegue garantir a ausência de interagir com pigmentos que apresentam um alto peso
dor, que o paciente nunca irá precisar de molecular e as moléculas de pigmento vão sendo
tratamento endodôntico em virtude de uma liberadas da estrutura dentária, tendo assim o efeito
pulpite promovida pelo agente químico clareador.
clareador.
Conforme essas moléculas vão quebrando, vai chegar
➔ Todo tratamento clareador exige um termo de um momento em que elas vão chegar no limite, não
responsabilidade, pois não se tem a certeza quanto aos reagindo mais com o oxigênio nascente, portanto, a
resultados e da possibilidade de efeitos adversos molécula de pigmento já atingiu o seu grau mais claro,
resultante do tratamento. Mas isso não tira a obrigação do não tendo mais efeito clareado, chegando no PONTO
profissional de conduzir o procedimento clareador da DE SATURAÇÃO – MÁXIMO DE CLAREAMENTO
melhor maneira para que o paciente alcance um PARA AQUELE INDIVÍDUO, onde não terá mais
tratamento clareador satisfatório. cadeias para serem quebradas//pigmentos para serem
clareados. Se a partir desse momento o paciente ainda
continuar utilizando o agente clareador sobre a
MECANISMO DE AÇÃO DO AGENTE superfície dentária, o oxigênio nascente vai continuar
CLAREADOR: buscando moléculas de pigmento e cadeias de carbono
• Um dente escurecido apresenta moléculas de longa para continuar quebrando. E como essas
pigmento. Essas moléculas são cadeias de moléculas não estão mais disponíveis para quebra, o
carbono e, quanto mais escuro for esse agente começa a atuar em estruturas dentárias que
pigmento, maior será a cadeira de carbono: tenham moléculas de carbono, por exemplo, as
✓ Pigmentos escuros = CADEIAS DE proteínas da matriz do esmalte, estrutura dentária hígida
CARBONO LONGAS; e aí que ele pode acabar promovendo um dano a

Dentística IV Profª. Drª Danielle Cristine Furtado Messias;


Brenda Aparecida Faustino da Silva
estrutura dental e podendo ter a possibilidade de perda
de estrutura dentária.
TÉCNICAS DE CLAREAMENTO DENTAL
Por isso o clareamento dental é de
PARA DENTES VITAIS:
ACOMPANHAMENTO PROFISSIONAL!
1. CLAREAMENTO CASEIRO
Independente do agente clareador empregado, o agente SUPERVISIONADO:
clareador ativo sempre será PERÓXIDO DE • Paciente faz aplicação do agente clareador em
HIDROGÊNIO. Ou seja, o perborato de sódio se casa, mas com a orientação e a supervisão do
degrada em metaborato de sódio e em peróxido de profissional durante todo o tratamento.
hidrogênio// o peróxido de carbamida se degrada em
ureia e em peróxido de hidrogênio// o peróxido de
hidrogênio se degrada em água e em oxigênio. Ou seja,
no final sempre terá peróxido de hidrogênio que vai se
degradar em oxigênio. Portanto, o mecanismo de ação é
igual para todos os tipos de agentes clareadores.

O dióxido de carbono, a amônia e a água ficam dentro


do dente? Eles serão liberados por difusão!!
PROTOCOLO CLÍNICO:
TIPOS DE AGENTES CLAREADORES: 1. Anamnese;
• Peróxido de Carbamida; 2. Pesquisar hábitos;
• Peróxido de Hidrogênio; 3. Profilaxia e exame clínico;
• Perborato de Sódio. 4. Diagnóstico e planejamento (seleção de cor –
fotografias);
Quanto de carbamida se transforma em hidrogênio? 5. Orientações ao paciente para conduzir o
- Cerca de 30%; tratamento em casa – por escrito;
- Carbamida 10% vai ser hidrogênio 3% e hidrogênio 6. Registro de cor – escala vitta (base de
30% seria um carbamida 100%. comparação) + registro fotográfico;
7. Moldagem das arcadas:
Para a técnica de CLAREAMENTO CASEIRO • Deve copiar bem a cervical dos dentes pois é o
SUPERVISIONADO, onde o paciente conduz a técnica local onde a moldeira ficará adaptada e o recorte
em casa, é importante que o AGENTE CLAREADOR dos modelos (em U ou Ferradura).
SEJA DE BAIXA CONCENTRAÇÃO, então temos as • Existe alguns livros que sugerem como próxima
opções: etapa o alívio dos modelos, que nada mais é que
• Peróxido de Carbamida 10 – 22%; a aplicação de uma fina camada de cera ou
• Peróxido de Hidrogênio 3 – 10%. esmalte de unha sobre a vestibular dos modelos
para criar um espaço que seria preenchido
Pode realizar um tratamento clareador de um dente posteriormente pelo agente clareador. No
NÃO VITAL? Até pode, mas não terá um resultado
entanto, hoje se sabe que essa etapa não é
muito satisfatório!
necessária, pois o paciente tente a colocar miais
Já para a técnica de CONSULTÓRIO, onde o próprio gel dentro da moldeira.
profissional aplica o agente clareador, este deve ser de • A moldeira deve ficar bem justa em relação a
ALTA CONCENTRAÇÃO, então temos as opções: superfície vestibular do dente – como o agente
• Peróxido de Hidrogênio 30 – 40%; clareador age por difusão não tem necessidade
• Peróxido de Carbamida 37%; de colocar muito gel na moldeira, portanto, uma
• Perborato de Sódio – para clareamento de maior quantidade de gel não aumenta a eficácia
dentes NÃO VITAIS. do tratamento clareador.
8. Confecção das placas – silicone ou vinil 1mm;
Produtos vendidos sobre balcão ou realmente 9. Recorte das placas:
apresentam peróxido em uma concentração bem baixa • O recorte pode ser acompanhando a margem
(mesmo assim não promove clareamento porque o gengival ou reto, sendo esse último o mais
contato com a superfície é muito curto), ou apresentam confortável para o paciente.
uma quantidade de abrasivos maiores, os quais • Além disso, é preciso fazer o recorte pelo
conseguem tirar apenas manchas superficiais, ou seja, menos 2mm acima do terço cervical para
não promove clareamento.

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garantir o vedamento e o contado do agente clareador age por difusão, então uma gotinha já
clareador com a estrutura dentária. é suficiente porque o gel vai entrar e se difundir
• Para recortar a placa também é preciso observar toda a superfície;
quais dentes serão submetidos ao tratamento • Enquanto estiver com a moldeira em posição o
clareador, que são somente aqueles que paciente não pode comer nem beber;
aparecem no sorriso. Geralmente vai até • Em relação ao tempo:
segundo pré – molar. Sempre se estende a placa ✓ Se for selecionado o Peróxido de
Carbamida: utilizar 3 a 4h/dia ou
distalmente a um dente além do dente que se vai
durante o sono;
clarear. Ou seja, o recorte será feito na distal do ✓ Se for selecionado o Peróxido de
dente adjacente ao último dente que aparece no Hidrogênio: utilizar de 0,5 a 2h/dia, se
sorriso. peróxido de hidrogênio – tempo menor
• Não tem necessidade de estender a placa até devido a sua concentração.
3M, por exemplo.
• Quanto mais curta, mais confortável a placa é ➔ Se utiliza menor tempo durante o dia devido a salivação
para o paciente e mais ele irá utilizar para que vai estimular a quebra do peróxido de hidrogênio
conduzir o tratamento adequadamente, pois em oxigênio nascente. Então, quanto mais saliva, maior
essa técnica é totalmente dependente da a quebra, mais rápida a liberação e mais rápido é o
utilização da placa pelo paciente. efeito.
• O ideal é que se faça a entrega de uma arcada
• Não há necessidade de dieta branca:
por vez, principalmente para aqueles pacientes Segundo trabalhos científicos, o uso de
que apresentam histórico de sensibilidade e está alimentos/bebidas com corante e hábitos (como o fumo)
fazendo o tratamento pela primeira vez. Se tem não afetam a eficácia do procedimento clareador. No
uma adesão melhor do paciente em relação ao entanto, os trabalhos científicos são baseados em uma
tratamento. concentração média. Portanto, é preciso ter bom senso,
10. Seleção do agente clareador – de baixa por exemplo, paciente toma 10 xícaras de café por dia,
concentração: orienta para diminuir para 5/4 xícaras por dia.
• Peróxido de carbamida 10 – 22%; Além disso, o agente clareador causa permeabilidade
• Peróxido de hidrogênio 3 – 10% - efeitos um nos túbulos dentinários, então, é importante dar uma
pouco piores do que o carbamida. controlada se for um paciente que faz uso de alimentos
com corantes em todas as refeições.
Qual a diferença entre usar um ou outro?
Talvez o tempo de tratamento, mas em termos de • Reduzir a ingestão de alimentos com
eficácia não existe diferença nenhuma, pois todos os corante/fumo;
agentes irão proporcionar um nível igual de • Higienização das moldeiras e dentes;
clareamento. • Descontinuar o uso em caso de sensibilidade
No entanto, se sabe que, quanto maior a concentração, exacerbada.
maior os efeitos colaterais, ou seja, todos os efeitos É normal o paciente apresentar sensibilidade nos
adversos do tratamento clareador estão associados com primeiros dias, mas é uma sensibilidade que não
a concentração do gel. Por esse motivo preconiza – se o incomoda.
peróxido de carbamida 10%, porque é um agente TEMPO DE TRATAMENTO:
clareador eficaz e, dentre todos os que existem, é que o • Acompanhamento profissional – retorno
está associado a uma menor decorrência de periódico semanal;
sensibilidade, sendo o mais seguro. • Depende da resposta individual;
Quando se faz a entrega da moldeira e do gel clareador, • Obtenção da cor desejada;
não entregando todas as bisnagas de gel. Entrega apenas • Até 30 dias (máximo) não há alterações
significativas de clareamento.
uma e marca retorno semanal para
Chegou em 30 dias e não chegou na cor da escala mais
acompanhar/controlar o desenvolvimento desse
clara, quer dizer que já atingiu o ponto de saturação.
paciente em relação ao tratamento clareador (reação
alérgica, sensibilidade, quantidade de gel na moldeira,
queimadura de tecido mole, se o efeito clareador está 2. CLAREAMENTO DE CONSULTÓRIO:
acontecendo) • A aplicação do produto clareador de alta
concentração é feita apenas pelo profissional.
INSTRUÇÕES POR ESCRITO:
• Pequena porção de gel clareador na parte
interna da moldeira – não pode extravasar gel
quando leva a moldeira em posição – o gel

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INDICAÇÕES: 7. Manipulação do produto + aplicação do
• Paciente adultos – já apresentam uma câmara produto:
pulpar menor, pois a chance que ter um • O tempo de aplicação depende da
processo inflamatório no tecido pulpar é menor; recomendação do fabricante;
• Paciente que apresentam ausência de histórico • Na clínica utilizamos o peróxido de hidrogênio
de sensibilidade dental; e a proporção dele é de 3:1 – arcada superior 9:3
• Intolerância a moldeira – não consegue fazer o – para esse produto o tempo de contato é de
caseiro; 15min – possibilita máximo 3 aplicações na
• Para aquelas situações onde o paciente precisa sessão;
de um pouco mais de agilidade para o resultado • Após a manipulação (seguindo a recomendação
adequado. do fabricante) se formará um líquido roxo que
será aplicado sobre a superfície vestibular até o
PROTOCÓLO CLÍNICO: tempo que o fabricante recomenda;
1. Anamnese;
2. Pesquisar hábitos;
3. Profilaxia e exame clínico;
4. Registro de cor;
5. Afastamento gengival:
• Todos os tecidos moles precisam estar afastados
para que não entrem em contanto com o agente
clareador e não promover queimaduras;
• O operador também precisa se atentar no
momento da manipulação do peróxido de
hidrogênio para não queimar o dedo – se deve • Dado o tempo de aplicação, o produto muda de
manipular com luvas.
cor, ele fica transparente, isso significa que todo
peróxido de hidrogênio já se quebrou, então é o
6. Barreira gengival – proteção gengival:
momento de retirar o produto da superfície.
• É feita com um material resinoso fluido Primeiro tira o excesso com bolinha de algodão
fotopolimerizável (top dam), aplicado seguindo ou gaze, em seguida faz o enxague abundante
o contorno da margem gengival dos dentes que com jato de água e observa se há necessidade
serão submetidos ao tratamento clareador. de fazer uma nova aplicação – não precisa
• Esse é um momento muito criterioso para o a remover a barreira quando vai aplicar
técnica de clareamento de consultório, pois, se novamente na mesma sessão – antes de fazer
for deixado alguma região de tecido mole uma nova aplicação aguarda 5 minutos. Só tira
exposto, quando o gel clareador é colocado em a barreira na última aplicação;
contato com a superfície vestibular, ele vai • Após as aplicações, observamos se não houve
entrar com contato também com a margem nenhum local de queimação, caso houver, fazer
gengival e promover uma queimadura; a aplicação imediata do neutralizante;
• Aplica o material resinoso e vai • Existe um questionamento de quantas
fotopolimerizando; aplicações podem ser feitas sobre a estrutura
• Para verificar se a barreira está dentária, alguns trabalhos já avaliaram isso, e
adequada/protegendo topa a margem gengival, falam que até 6 aplicações, divididas em 2 ou 3
além de olhar pela vista vestibular (frontal), sessões, não há nenhum prejuízo de aplicação
recomenda – se olhar pela visão inciso – na superfície dentária.
cervical;
• Se a barreira gengival estiver correta, sem
nenhuma exposição de tecido mole, se pode SENSIBILIDADE DENTÁRIA:
iniciar a aplicação do material clareador. • É um fator adverso muito comum,
principalmente na técnica de clareamento de
consultório por se utilizar agentes de alta
concentração e como maior a concentração,
maior a sensibilidade dentária;
• A sensibilidade ocorre porque a aplicação do
agente clareador aumentar a permeabilidade do
esmalte e da dentina, facilitando a passagem de
peróxidos, atingindo o tecido pular;

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• Os componentes químicos são tóxicos se CLAREAMENTO A LASER:
difundem no esmalte e na dentina, atingindo a Significa fazer uma aplicação de luz que pode ser um
polpa e levam a um processo inflamatório do laser ou um fotoativador de led pois não irão elevar a
tecido pulpar. E se a polpa estiver saudável, ela temperatura do dente, é uma luz fria. Mas, fazer a
consegue se defender – inflamação reversível; aplicação de luz, em termos de resultados final não
• Quando se tem uma maior permeabilidade da altera o efeito final.
dentina estimula a movimentação de fluidos no O objetivo dessa técnica é a fotólise, ela acelera a
interior dos túbulos dentinários (teoria degradação do peróxido de hidrogênio o que acelera o
termodinâmica), ocasionando em sensibilidade. processo de liberação de radicais livres.
Alguns lasers, além dessa, tem o papel de diminuir a
➔ Todos os pacientes podem apresentam sensibilidade sensibilidade. Por hora, não tem nenhum efeito
dolorosa, mas nem todos os pacientes irão apresentar adicional ao efeito final do clareamento.
o mesmo tipo de dor, o linear de dor é individual.

TRATAMENTO PARA SENSIBILIDADE PLANEJAMENTE DE CLAREAMENTO PARA


DENTÁRIA: DENTES NÃO VITAIS:
Devido a grande preocupação com sensibilidade
Dentes tratados endonticamente perdem a coloração de
dentária pós sessão de clareamento existem tratamentos
dente vital, ficam com uma tonalidade diferente,
para sanar esse efeito, os quais objetivam:
associando ao fato de que, muitas vezes, algumas etapas
1. Impedimento da movimentação do fluido
do tratamento endodôntico não são conduzidas de
pela oclusão dos túbulos dentinários:
maneira adequada, como por exemplo: o toalhete da
• Agentes remineralizantes – flúor
cavidade não foi realizado, abertura da cavidade de
neutro;
acesso inadequada, remanescente de material obturador
• Uso de laser; presente na câmara pulpar. Esses fatores fazem com o
Se vai ocluir não tem movimentação de fluido. que dente, além daquela tonalidade alterada de cor que
o dente não vital apresenta naturalmente, apresente uma
2. Inibição da propagação de estímulo piora em termos de cor.
doloroso: O dente não vital apresenta uma alteração de cor mais
• Produtos que contenham sais de resistente para conseguir recuperar com o procedimento
potássio na formulação – nitrato de clareador. Por isso a técnica deve ser ajustada para
potássio – se pode fazer na mesma realizar clareamento de dentes não vitais.
sessão logo após a aplicação do agente
clareador INDICAÇÃO:
• Precisa primeiramente de um exame
radiográfica para verificar se realmente o
ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS: tratamento endodôntico está satisfatório;
• É muito comum fazer associação de técnicas – • Coroa escurecida;
consultório + caseira, principalmente em casos de • Precisa ter presença de estrutura dentária para
dentes que apresentam um escurecimento muito ser clareada.
acentuado, pois somente a caseira vai demorar
muito e a de consultório apresenta um risco maior AGENTES CLAREADORES PRA DENTES NÃO
de sensibilidade. VITAIS:
• Na associação das duas técnicas, gel clareador de Precisa ser agente clareador de alta concentração:
alta concentração, ou seja, a técnica de • Peróxido de hidrogênio 30 – 40%;
consultório, irá funcionar como um “start, • Peróxido de carbamida 37 % (Super Endo);
iniciando o processo de quebra de pigmento e o • Perborato de sódio – Pó + água destilada ou
paciente dá continuidade com a moldeira em peróxido de hidrogênio.
casa; Para decidir se será misturado com água ou com
• Essa associação reduz a sensibilidade e a irritação peróxido de hidrogênio, vai depender um pouco de
gengival, porque só se aplica o agente de alta como se quer conduzir o tratamento. Se o dente está
concentração uma vez, e existe o estímulo ao muito escurecido, misturar com peróxido de hidrogênio
paciente, porque o procedimento tem um faz com que o potencial de clareamento seja maior ou
andamento mais rápido. mais rápido. Quando se mistura com água o processo de
clareamento vai seguir por um tempo maior.

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➔ Não existe clareamento caseiro supervisionado para favorece o alcance aos tecidos periodontias, ocasionando
dentes não vitais, pois o escurecimento desses tipos de reabsorção externa.
dentes exige que se faça a aplicado do agente clareador
TÉCNICAS DE CLAREAMENTO DENTAL
dentro da câmara pulpar, portanto, o profissional que
PARA DENTES NÃO VITAIS:
vai conduzir o clareamento porque o paciente não
consegue fazer isso sozinho. 1. TÉCNICA WALKING BLEACH –
➔ Quando se tem a indicação de clareamento, se faz o PERBORATO DE SÓDIO:
não vital primeiro e depois segue para o clareamento • Técnica menos agressiva;
vital dos outros dentes baseando a tonalidade no dente • Utiliza perborato de sódio que pode ser
não vital. manipulado com água destilada ou com
peróxido de hidrogênio, utilizando as
TAMPÃO CERVIAL – CONFECÇÃO: recomendações do fabricante, e o pó vai
Independente do agente clareador utilizado e da técnica virar uma pasta;
empregada, SEMPRE irá fazer o TAMPÃO CERVIAL! • Após a manipulação a pasta é colocada
• O tampão cervical é o que vai garantir dentro da câmara pulpar, em cima do
segurança em termos de preservação de tampão, coloca um pedaço de papel em
estrutura dentária para aquele dente que passou cima da pasta (porque ela é úmida), faz um
por tratamento endodôntico; selamento provisório e o paciente vai
• Para confeccionar o tampão é necessário embora com o agente clareador dentro da
remover de 2 – 3mm (coroa + 2 – 3mm) de câmara pulpar;
material obturador de DENTRO DO • A pasta fica dentro da câmara pulpar por
CONTUDO utilizando a broca de largo ou pelo menos 3 dias, após esse período é
condensador aquecido; preciso renovar, pois o pico máximo de
• O espaço do material obturador (os 2 – 3mm) liberação de peróxido de hidrogênio
vai ser preenchido com CIV com uma seringa acontecer por voltar de 3 dias, depois disso
aplicadora com a ponta metálica para evitar a liberação de peróxido de hidrogênio
bolhas, deixar bem aderido e uniforme. começa a cair.

Então, após 3 dias, o paciente retorna, tira todo o


selamento provisório, irriga a câmara pulpar com água,
tira o remanescente de perborato, manipula outra
porção, coloca dentro da câmara, fecha com selamento
provisório, paciente vai para a casa e retorna daqui três
dias novamente.
Se o paciente puder voltar só uma vez na semana não
➔ Qual a importância do tampão cervical? Para proteger os gera prejuízos para a estrutura dental, mas será um
tecidos periodontais e evitar reabsorção externa. tratamento um pouco mais demorado.

➔ Por que o tampão é feito apenas na cervical? Para que o Se faz as trocas até que o dente tenha atingido um certo
agente clareador não penetre na região cervical e alcance grau de clareamento, ou até o momento que o
os tecidos periodontais. Pois a direção dos túbulos profissional perceba que chegou no limite. Mas não se

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sabe precisamente quantas trocas ao todo será preciso 7. Depois da última aplicação, tira todo o peróxido
realizar. de hidrogênio, tanto da superfície vestibular
quando do interior da câmara pulpar, e sela com
PROTOCOLO CLÍNICO:
CIV.
1. Isolamento absoluto (furo único);
2. Remoção da restauração; Portanto, a diferença da técnica de PERÓXIDO DE
3. Confecção do tampão cervical; HIDROGÊNIO e o PERBORATO DE SÓDIO é
4. Manipulação da pasta de perborato de sódio; que, na primeira o paciente vai embora SEM
5. Leva a pasta no interior da câmara pulpar, material clareador dentro da câmara pulpar. Já a
coloca um pedaço de papel absorvente; segunda o paciente vai embora COM o agente
6. Selamento provisório com CIV e protege essa clareador dentro da cavidade, é uma técnica de
restauração provisória com vaselina para que clareamento interno.
ela não contraia e solte.
3. ASSOCIAÇÃO DAS TÉCNICA:
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO + WALKING
BLEACH:

• Quando se quer preservar um pouco mais de


estrutura e diminuir as possibilidades de danos
à estrutura dentária;
• Se faz uma aplicação no consultório com o
peróxido de hidrogênio e depois manipula o
perborato de sódio e ela a pasta para dentro da
➔ O grande problema é que, se não faz o selamento câmara pulpar, sela e o paciente vai embora
adequado, começa a ter degradação do perborato em com o agente dentro da câmara pulpar e depois
peroxido de hidrogênio que libera oxigênio e como tem ele volta para realizar as trocas;
pressão dentro da câmara pulpar e se o material
provisório não estiver bem aderido ele solta e toda a A associação é escolhida quando o dente está bem
pasta colocada dentro da câmara pulpar é levada pela escurecido. Então se utiliza o peróxido de hidrogênio
saliva e não se tem efeito clareador. para dar o “start” e depois conduz com a técnica do
perborato de sódio.
2. TÉCNICA COM PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO: Lembrando que o peróxido tem 6 aplicações (3/3 ou
• Agente mais concentrado, portando tem a 2/2/2) assim como nos dentes vitais.
possibilidade de acarretar mais danos à
estrutura dentária Quando usamos a técnica de peróxido de
PROTOCOLO CLÍNICO: hidrogênio e quando usamos a técnica de
1. Isolamento absolto (furo único): perborato de sódio para técnicas não vitais?
2. Remoção da restauração provisória; A estrutura dentária remanescente, pois, quando o
3. Confecção do tampão cervical com CIV; paciente vai embora com o perborato de sódio
4. Manipulação do peróxido de hidrogênio de dentro da câmara pulpar, ou seja, essa câmara está
acordo com o fabricante e aplica o gel oca/frágil. Se o dente em questão apresenta pouco
DENTRO DA CÂMARA PULPAR e na remanescente dental, além de ser mais fragilizado,
SUPERFÍCIE VESTIBULAR; agora também não apresentam nenhum suporte
5. Pode utilizar a luz de led para acelerar o dentro da câmara pulpar, aumentando as
processo; possibilidades de fratura.
6. O gel ficou transparente, remove os excessos Já o peróxido de hidrogênio, apesar de ser mais
com gases e enxagua bem e se for fazer uma concentrado, é mais indicado quando o dente é
nova aplicação repete os passos anteriores; mais fragilizado, pois o paciente vai embora com
CIV.
Portanto, é preciso observar quanto de
remanescente dentário se tem, qual o nível de
escurecimento e qual a fragilidade daquele dente.
Além disso, quando for realizar do perborato, é
necessário avisar o paciente que ele não pode
colocar forças mastigatórias fortes sobre aquele
dente.
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EFEITOS ADVERSOS SOBRE A ESTRUTURA SENSIBILIDADE DOLOROSA: Efeito adverso
DENTÁRIA: muito comum em tratamento clareador de dentes vitais,
Todo agente clareador apresenta uma ação química principalmente logo após a primeira sessão do de
sobre a estrutura dentária, pois é um agente oxidante. consultório, pois se utiliza agentes clareadores muito
Portanto, todo agente clareador vai apresentar efeitos concentrados, mas também pode acontecer na técnica
sobre a estrutura dentária. Mas, é necessário salientar caseira.
que esses efeitos são maiores quando o produto Nesses casos, se deve suspender o uso do agente
clareador apresenta concentrações mais elevadas. clareador por um dia para conseguir recuperar esse
As substâncias clareadoras podem ocasionar alterações processo inflamatório da polpa. Também pode fazer
superficiais, pois podem ser recuperadas pela ação aplicação de dessensibilizantes, flúor neutro;
protetora da saliva, mas o procedimento clareador Em pacientes que apresentam uma sensibilidade mais
precisa ter indicação, ser bem controlado e exacerbada se faz a aplicação do produto intercalando
supervisionado. Esses efeitos adversos podem geram: os dias e se opta pela técnica caseira pois é realizada
• Alteração de topografia – rugosidade// a com um agente de concentração menor;
restauração fica rugosa; Mas se for um paciente que apresenta uma sensibilidade
• Alteração de conteúdo de cálcio – gerando uma muito grave, que não se consegue suportar, esse
queda da microdureza da estrutura dentária – o paciente não apresenta perfil para realizar o tratamento
agente clareador promove desmineralização clareador
(perde cálcio) porque apresenta um pH ácido.
Concentrações elevadas e de baixa frequência
Pós clareamento também pode acontecer uma apresentam um efeito negativo maior sobre os
REDUÇÃO DAS FORÇAS DE ADESÃO do material tecidos gengivais. O ideal é trabalhar com
restaurador, pois, quando se está fazendo a aplicação do concentrações menor e de alta frequência de
gel clareador (tanto de consultório quanto caseiro) o seu aplicação, pois, apesar do tratamento demorar mais
efeito não acaba imediatamente após a retirada do tempo, irá apresentar efeitos negativos menores e o
produto da superfície dentária. O oxigênio residual, que resultado final é o mesmo que o de alta
degradou ali, permanece no interior dos túbulos concentração!
dentinários por um tempo e esse oxigênio residual inibe
a polimerização dos materiais resinosos. Portanto, no CONSIDERAÇÕES FINAIS: o tratamento
momento imediato após a retirada do agente clareador, clareador só vem depois que se sanou todas as
a força de adesão é muito pequena. condições patológicas da cavidade bucal
Por isso precisa aguardar pelo menos 10 dias (período
que o oxigênio leva para ser eliminado por difusão) após
o término do tratamento clareador para realizar um
procedimento restaurador, para que seja possível
retornar os níveis de força de adesão iniciais. Além
disso, até que seja completamente eliminado, o oxigênio
residual continua tendo efeito de clareamento, portanto,
é importante esperar que esse efeito estabilize para
estabilizar a cor para ser possível realizar verificar a cor
do dente e fazer uma restauração seguindo essa cor
correta do dente.

➔ O agente clareador NÃO ALTERA A COR do material


resinoso, mas ele altera sua topografia e redução as forças
de adesão que esse material tem com a superfície dentária
na finalização imediata do clareamento.

REABSORÇÃO EXTERNA: É um efeito adverso


resultante do processo inflamatório iniciado pela
presença de agentes clareadores no periodonto de
inserção. Porém, esse efeito foi sanado devido a
confecção do tampão cervical com CIV em tratamento
clareador em dentes não vitais!

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Fåçëtås Dïrëtås
DEFINIÇÃO: • Sempre que possível, quando for necessário
• Reproduzir a face vestibular; realizar um preparo/desgaste mante – lo em
• Pode ou não envolver demais faces; esmalte (vai depender de cada sorriso de cada
• Possibilidade de desgaste; paciente).
• Finalidade principal – ESTÉTICA!
➔ O térmico do preparo deve ser sempre em esmalte
➔ Objetivo é reproduzir cor, forma e proporções nos mesmo quando se tem alguma região em dentina, pois a
elementos dentários. Pode ser realizado em dentes adesão em esmalte é melhor para conseguir vedar a
anteriores ou posteriores; restauração!
➔ Buscam reproduzir a face vestibular, podendo ou não
envolver as demais faces (mas sempre tem que envolver III. INTRA - ESMALTE/DENTINA (desgaste
a vestibular para ser considerado faceta), realização ou do esmalte e dentina):
não de desgaste para chegar na finalidade principal: • Evita – se ao máximo esse tipo de situação, mas
estética; há casos onde existe também o envolvimento de
➔ Por ser um procedimento que está muito relacionado tecido dentinário;
com a estética, a faceta vai estar atrelada com a auto –
• Em dentes escurecidos, para conseguir
percepção// autoestima// relacionado interpessoal do
mascarar o fundo é preciso ter uma quantidade
paciente – é preciso levar em consideração as
expectativas do paciente e se elas são reais ou não (levar maior de material, portanto é preciso de um
em consideração as características dentárias do paciente desgaste/preparo de profundidade.
com sua idade);
➔ Paciente tem que sair melhor do que entrou!!
COR DO DENTE A SER RESTAURADO:
CLASSIFICAÇÃO: I. SEM ALITERAÇÃO DE COR:
• Melhor situação;
1. PROFUNDIDADE DO PREPARO;
2. COR DO DENTE A SER RESTAURADO; • Não precisa mascarar o fundo;
3. EXTENSÃO DA FACETA; • Maior chances do trabalho tem sucesso em
4. TÉCNICA RESTAURADORA. relação a cor.

PROFUNDIDADE DO PREPARO: II. ALTERAÇÃO DE COR MODERADA – vai


precisar desgastar estrutura dentária;
I. EXTRA - ESMALTE (sem desgaste):
• Toda a restauração vai acontecer por III. ALTERAÇÃO DE COR ACENTUADA - vai
ACRÉSCIMO DE MATERIAL; ter que fazer muito desgaste// pode
• Não é preciso desgastar estrutura dentária para comprometer outras questões, as quais devem
a realização da faceta; ser levadas em consideração antes de efetuar
• É preciso avaliar se existe a possibilidade de esse procedimento.
inserção de incrementos e que isso não leve a
uma sobrecontorno (que pode causar problemas ➔ Quando o paciente apresenta tratamento endodôntico
para o periodonto); que escureceu, a primeira opção é o clareamento
• É possível quando o dente apresenta alteração interno, pois é um procedimento menos invasivo;
de forma (dentes conóides, microdentes, coroa ➔ No entanto, em alguns casos, apenas o clareamento
em menor dimensão que o normal) não levando não regride totalmente a cor, nesses casos se parte para
a nenhum tipo de sobrecontorno, pois está o procedimento mais invasivo, ou seja, faceta;
faltando estrutura no dente. ➔ Lembrado que, alterações de cor moderada ou
acentuada, a primeira opção sempre será clareamento
II. INTRA – ESMALTE (desgaste somente em dentário!! Se fez o procedimento e ainda há alteração
esmalte): de cor, indicação de faceta.
• Melhor caso, melhor possibilidade e melhor
cenário;
• A adesão será realizada apenas em esmalte, a
qual é mais estável e gera maior longevidade;
EXTENSÃO DA FACETA: • Não há necessidade de outras sessões para a
I. PARCIAL: finalização da faceta (mais fácil quando o dente
• Tipo janela; não apresenta alteração de cor).
• Áreas localizadas da face vestibular;
• Quase não é utilizado clinicamente, pois é
muito difícil se ter sucesso estético, muito
difícil mascarar a união entre resina e dente.

➔ Facetas que são realizadas em dentes que apresentam


alterações de cor é muito difícil acertar a cor na
primeira sessão, pois se está trabalhando com
projeções e nem sempre se vai chegar em um resulta
II. TOTAL: final que se gostaria. Portanto, nesses casos, é preciso
• Recobre toda a face vestibular (sem realizar mais de uma sessão.
envolvimento das proximais e incisais);
• Extensão mais utilizadas. II. INDIRETA:
• Trabalha com CERÂMICA;
• Obrigatoriamente precisa realizar um preparo
para ter um eixo de inserção onde a peça vai ser
cimentada;
• Precisa do trabalho laboratorial, não faz direto
na boca do paciente;
III. TOTAL COM RECOBRIMENTO • Há necessidade de moldagem;
INCISAL E/OU PROXIMAL: • Se tem uma peça que vai cimentada em cima do
dente que precisa receber um preparo;
• Para cimentar as facetas indiretas não se utiliza
cimento resinoso dual, precisa ser um cimento
resinoso totalmente FOTOPOLIMERIZAVEL
– cimento resinoso fotoativado ou VENEER.
Como saber se vai envolver a proximal/incisal no
preparo ou não?
• É preciso observar o sorriso em uma visão
frontal e lateral, para saber se a linha de união
entre restauração e dente não vai ficar aparente;
• Quando se está trabalhando com um dente que
apresenta alteração de cor e com lesões de
INDICAÇÕES:
cárie/restaurações insatisfatórias é preciso
envolver as proximais/incisais; • Comprometimento estético e necessidade de
• Quando o paciente apresenta restauração classe modificar;
V ou III é preciso avaliar a qualidade da • Dentes que já foram indicados/submetidos a
restauração; outros procedimentos menor invasivos e, ou
• Quando se precisa mudar o guia de desoclusão houve sucesso, ou não houve adesão do
ou se trata de aumentar o comprimento do paciente – ausência de sucesso no clareamento/
dente, é preciso envolver a incisal no preparo da microabrasão;
faceta.
• FORMA E/OU POSIÇÃO DOS DENTES:
TÉCNICA RESTAURADORA: ✓ Dentes conóides, ectópicos,
girovertidos;
I. DIRETA:
✓ Reatomização dental – agenesia;
• Trabalha com RESINA COMPOSTA;
✓ Fechamento de diastemas – mais fácil
• O profissional faz o preparo e faz a construção
mascarar e trazer um melhor resultado
restauração diretamente sobre a superfície
estético com a faceta;
dental – profissional realiza todos os passos;
✓ Dentes com lesões não – cariosas
• Não há necessidade de moldagem;
amplas (terços cervical e médio).
• FORMA E/OU COR DOS DENTES – precisa de acompanhamento frequente para
DEFEITOS ESTRUTURAIS: realizar sessões de polimento e recontorno para
✓ Hipoplasia de esmalte; reduzir o manchamento;
✓ Amelogênese/dentinogênese • MENOR ESTABILIDADE DE COR: paciente
imperfeita. fumantes e/ou com ingestão frequente de
substâncias com corante exigem maior atenção
• FORMA, COR E/OU POSIÇÃO DOS na manutenção das restaurações (recontorno e
DENTES: repolimento periódico);
✓ Dentes com lesões cariosas amplas • PACIENTE COM HÁBITOS
(envolvendo também a face PARAFUNCIONAIS: roer unhas/objetos,
vestibular); bruxismos apresentam menor durabilidade;
✓ Dentes anteriores com múltiplas • PACIENTE QUE APRESENTAM
restaurações que necessitam ser GIROVERSAO MUITO ACENTUADA E/OU
substituídas; ALTERAÇÃO DE COR MUITO
✓ Pigmentação por tetraciclina, fluorose, ALTERADA/SEVERA.
tratamento endodôntico.

FACETAS DIRETAS – PLANEJAMENTO:


VANTAGENS DAS FACETAS DIRETAS: • Avaliar integridade do elemento dentário:
• ÚNICA SESSÃO: procedimento imediato, não ✓ Avaliar a vitalidade pulpar, presença de
exige etapa laboratorial e elimina a necessidade restaurações extensas e/ou traumas;
de provisórios; ✓ Avaliar a necessidade de retentores
• PREPARO MENOS INVASIVO QUE AS intrarradiculares (para dar suporte para
INDIRETAS (porque as vezes não precisa de a restauração) – comprometimento
preparo ou esse preparo é menos invasivo. Na extenso da porção coronária.
indireta é obrigatório a confecção de um • Avaliar a correção de hábitos parafuncionais:
preparo para cimentar a peça no eixo de ✓ Tratamento individual do paciente
inserção adequadamente): procedimentos como um todo + instruções dentista-
realizados pelas técnicas adesivas (resina paciente para minimizar efeitos
composta); deletérios.
• CONTROLE DIRETO DO PROFISSIONAL: • Necessidade de cirurgia periodontal – antes de
seleção de cor (levar em consideração o tipo da propor a modificação da estrutura dentária:
resina), forma e textura do elemento dental; ✓ Correção de altura da coroa clínica,
• CUSTO REDUZIDO: por empregar menos espaço biológico e/ou contorno
sessões e por utilização de resina composta, as gengival.
facetas diretas apresentam um custo mais • Avaliar restaurações presentes: substituir
acessível do que as facetas indiretas. aquelas deficientes antes da faceta// se a
restauração estiver satisfatória vai fazer parte
do preparo da faceta;
• Avaliar necessidade de clareamento: fazê-lo
antes da execução das facetas (em casos onde
existe alteração de cor moderada ou
severa/acentuada);
• Avaliar necessidade de restituir guia anterior:
restaurações de recobrimento incisal (mesma
coisa para restituição de guia canina);
• Moldagem e ensaio restaurador – após avaliar
todos as situações anteriores para ter certeza do
LIMITAÇÕES DAS FACETAS DIRETAS:
que se vai fazer, se vai treinar antes
• RESISTÊNCIA AO DESGASTE DO especificamente para cada caso:
MATERIAL É MENOR: cerâmicas ✓ Tempo: provável tempo necessário de
(semelhante ao esmalte dental) apresentam execução;
maior resistência mecânica do que as resinas ✓ Expectativa estética: “ensaio
compostas; restaurador” – a restauração é realizada
• RESINAS COMPOSTAS SÃO MAIS na boca do paciente sem preparo no
SUSCEPTÍVEIS AO MANCHAMENTO: dente, sem condicionamento ácido e
sem sistema adesivo (funciona quando • Seleção de cor:
a facete vai ser realizada apenas pela ✓ Técnica e ambiente apropriado;
adição material e não vai fazer ✓ Próprio dente (quando não tem
desgaste) para simular como o dente alteração de cor) ou adjacente (quando
vai ficar. Depois que faz pode moldar e tem alteração de cor);
faz um guia para realizar a restauração ✓ Utilizar escala vitta;
definitiva posteriormente; ✓ Aplica a resina sem tratamento de
✓ Modelos de estudo e fotografia – superfície, fotoativa, molha e observa
simulação no modelo de estudo (em se a cor é adequada ou não.
resina composta ou em cera em cima do • Seleção do tipo de resina composta:
modelo diagnóstico) “antes e depois”, Características ópticas:
para quando se precisar realizar um ✓ Resina de dentina – opaca (camada
preparo para fazer a faceta, para que se interna/mais grossa));
tenha uma noção de como vai a ficar o ✓ Resina de corpo (profundidade) –
comprimento, o contorno daquele opaca/translucida;
dente, onde tem que colocar mais ✓ Resina de esmalte – translucida;
material; ✓ Resina de efeito – totalmente
✓ Fotografias e planejamento digital translucida (não tem matiz).
(DSD) – “antes e depois”.
RESINA COMPOSTA – classificação de acordo com
Antes de começar a realizar o procedimento é preciso o tamanho das partículas:
lembrar que, As características ópticas e o sucesso de polimento está
• Área estética de visibilidade – avaliar em todas atrelado ao tamanho das partículas
visões para saber até onde se vai delimitar o • Macro: não se utiliza mais;
preparo, principalmente quando se pensa nas • Micro: somente em anterior// última camada//
proximais: resina fraca, não aguenta forças oclusais;
✓ Visão frontal para o dente – dimensão Resistência
real do dente; • Hibrida (micro ou nano – híbrida); mecânica
✓ Em função da perspectiva de • Nano. +
observação – dimensão aparente do Polimento
Utilizadas em dentes ant e post.
dente. superficial
• Extensão proximal do preparo: No interior da faceta tem que atrapalha com resinas
✓ Depende do grau de escurecimento; opacas (resinas de dentina), pois, quando se tem uma
✓ Não pode aparecer substrato escurecido espessura muito grande de resina de esmalte (mais do
na área dinâmica de visibilidade; que 1 – 2mm) a restauração tende a ficar acinzentada.
✓ Presença de lesões e/ou restaurações –
removidas ou vai fazer parte do preparo Com relação a dispersão da luz:
(vai depender da qualidade). No momento do acabamento e polimento existe a
• Aspectos estéticos – morfologia: remoção das partículas superficiais. Quando se trabalha
✓ Precisa obedecer a forma do dente de com partículas grandes, após o polimento vai existir
cada paciente; como se fossem buracos na superfície da restauração
✓ Tem que acompanhar o (não visíveis a olho nú), facilitando a pigmentação e o
contorno/formato do dente do paciente. escurecimento da restauração.
As resinas nanoparticuladas praticamente não
apresentam grandes alterações em relação a dispersão
da luz.

PROTOCOLO CLÍNICO:
• Moldagem e ensaio restaurador;
• Fotografias e planejamento digital;
• Profilaxia – pedra pomes e água;
3. União das canaletas:

Nem todos os pacientes apresentam caracterização/


diferenciação tão elevada em tons de cores dos dentes.
✓ Após a realização da canaleta limite vestibular
Paciente mais idosos, paciente que apresentam desgaste
e da canaleta no sentido cérvico – incisal
superficial, paciente que apresentam hábitos
obedecendo os três terços, se vai unir essas
parafuncionais, paciente fumantes.
canaletas:
Se for um paciente jovem, que apresenta caracterização
cromática, é preciso selecionar vários tipos de resina
(várias cores).

• Anestesia:
✓ Presença de dentes vitais ou não vitais
(instalação do grampo);
✓ Substância e técnica anestésica de ✓ Uma forma de delimitar até onde o preparo vai
acordo com a necessidade clínica. na cervical é utilizar fio afastador (é melhor
• Isolamento do campo operatório: 000) ou retrator metálico (quase não usa porque
✓ Absoluto/ absoluto modificado/ a chance de jogar a gengiva mais para a cervical
relativo; é grande e pode ser que o preparo fique
subgengival):

✓ Grampo 212 para retração.

• Preparo do dente – motor refrigerado:


1. Canaleta de orientação do limite
VESTIBULAR:
✓ Ideal é que sempre se tenha o preparo
✓ Faz um contorno na região
vestibular até onde o preparo deve supragengival e apoiado em esmalte hígido
ir – delimita até onde vai; para que a adesão seja satisfatória,
principalmente em casos onde há o
✓ Utiliza ponta diamantada esférica
– 1011, 1012, 1013 ou 1014. envolvimento da dentina no preparo:

2. Canaleta de orientação da Face


Vestibular no sentido da inclinação
do dente:
✓ Desgaste no sentido cérvico –
incisal;
4. Realizar acesso à superfície
✓ Utiliza ponta diamantada tronco –
proximal:
cônica 2135;
✓ Quando há alteração de cor,
✓ Coloca ponta no meio da face
presença de lesões e/ou
vestibular obedecendo a
restaurações ou quando
inclinação da cervical, do terço
precisar englobar a proximal
médio e da incisal;
devido a dimensão do dente
✓ O tanto de desgaste depende da cor
avaliada previamente;
do substrato.
✓ Utilizar tria de matriz metálica ➔ Se tiver utilizando com uma abordagem universal
e cunha para proteger o dente autocondicionante é necessário utilizar o
adjacente. condicionamento seletivo do esmalte, pois o esmalte
não é condicionado devidamente/ suficientemente pelos
ácidos fracos presentes no sistema universal.

Procedimento restaurador:
✓ Quando se trata de um dente com alteração de
• Profundidade do preparo: cor é preciso utilizar incrementos de resina
✓ DISCRETA ALTERAÇÃO DE COR: vai opaca para ocultar/ mascarar o substrato
desgastar por volta de 0,6mm na região escurecido:
cervical e 0,5mm nos terços médio e incisal
(porque tem menor espessura de esmalte);
✓ SEVERA ALTERAÇÃO DE COR: vai
desgastar 0,8mm na região cervical e
0,6mm nos terços médio e incisal.

➔ É importante fazer o clareamento em dentes com


alteração de cor severa antes da realização das ✓ Em casos de envolvimento incisal/proximal a
facetas, pois, quando se tem uma alteração discreta resina opaca não deve atingir a região
desgaste é menor; incisal/proximal, pois nessas regiões não se tem
➔ Utiliza o espessimetro para saber o quanto vai dentina:
desgastar (mede na ponta que está utilizando).

• Restauração:
Procedimentos adesivos – hibridização (tratamento da
superfície):
Condicionamento ácido - ✓ Acréscimo dos incrementos de resina
✓ Inicialmente 15 segundos em esmalte; translucida para substituir o esmalte;
✓ Mais 15 segundos em esmalte e 15 ✓ Utilizar pincel para acomodação da resina e/ou
segundos em dentina. produzir efeito de textura:

➔ Utilizar incrementos de volume maiores/suficientes


(para chegar na longitude total do dente) para
espalhar/recobrir toda a superfície vestibular e não
aparecer a união entre um incremento e outro;
➔ Cada camada deve ser muito bem acabada e muito lisa
para não aparecer desunião na última camada. Cada
camada deve ser considerada como a última;
➔ O dente apresenta mais dentina do que esmalte, então
se vai trabalhar com uma maior espessura de resina de
➔ Quando se trabalha somente com esmalte hígido (faceta dentina do que de esmalte, principalmente em casos
que está englobando apenas esmalte) o ideal é utilizar onde existe um substrato escurecido maior;
sistema adesivo que tenha o condicionamento ácido ➔ Sempre olhar nas visões frontal, laterais (mesial –
como passo prévio (sistema adesivo de 2 ou 3 passos – distal) e de incisal para a cervical, comparando com os
condicionamento total). dentes adjacentes para não ficar nem muito
vestibularizado e nem muito palatinizado (que remete
a uma falta de material);
➔ Lembrar também de reestabelecer as três inclinações,
tomando cuidado para não fazer um dente
chapado/reto;
➔ Importante copiar a anatomia natural do dente;
➔ Nas facetas diretas, muitas vezes, é necessário que o
paciente retorne para se trabalhar na última camada
para fazer um reajuste de cor, pois quando se está
realizando o procedimento o dente desidrata, ou seja,
quando se finaliza o procedimento a cor do dente não
será aquela porque durante o procedimento perdeu
muita água. Então é preciso que o dente seja
reidratado, precisa de alguns dias para que se tinha a
visualização da cor final. Se não chegar na cor, pode
fazer uma intervenção na última camada para ajustar a
cor.

✓ Acabamento inicial da restauração: remoção de


grandes excessos// se faz no mesmo dia da
restauração// não realizar grandes mudanças no
mesmo dia porque a visão fica cansada// utiliza
lâmina de bisturi nº 12 com movimentos da
resina para a estrutura dental (movimentos a da
resina para a estruturada dental):

Pode utilizar pontas diamantadas de granulação


fina // brocas multilaminas// discos de maior
abrasividade

✓ Acabamento final Polimento da restauração:


após 24 horas// utilização da sequência discos
abrasivos, feltros com água ou pastas abrasivas
(tem que ser extremamente fina para não riscar
a restauração):
Fåçëtås Ïñdïrëtås
DEFINIÇÃO: PROFUNDIDADE DO PREPARO:
• Restauração/prótese localizada na vestibular I. EXTRA – ESMALTE (sem desgaste):
dos dentes podendo ou não ser estendida para • O trabalho se dá totalmente por acréscimo de
incisal e/ou proximais; material;
• Exige trabalho protético – trabalho laboratorial • É necessário ter espaço vestibular e
(podendo ser executado pelo protético ou CD). interproximal.

BREVE HISTÓRICO: Esse tipo de procedimento é cada vez menos utilizado,


• Tratamento cosmético dentário: 4 mil anos pois é difícil instalar uma prótese sem ter um término,
atrás// Hebreus, sumérios, egípcios e maias; pois não há uma linha de inserção, não tem como saber
• 1930 – Dr. Pincus – estúdios de cinema – se a peça está posicionada corretamente, não tem como
“laminados de Hollywoond” adesão pobre, saber o limite da peça. Portanto, quando se está
apenas para efeito momentâneo; trabalhando com facetas indiretas o indicado é que seja
• 1960: Bounocore e Bowen – introdução do feito um preparo para que tenha uma linha de inserção,
condicionamento ácido e resinas compostas// para que não tenha problemas no término e para que não
união efetiva entre dentes e material tenha desajustes da peça.
restaurador;
• 1980: Simonsen e Calamia – condicionamento II. INTRA – ESMALTE (desgaste apenas em
esmalte);
com ácido fluorídrico e silanização da peça –
III. INTRA – ESMALTE/DENTINA (desgaste
aumento da adesão aos cimentos resinosos.
em esmalte e em dentina).
INDICAÇÃO:
Quanto desgastar?
• Correção estética de deformações estruturais – • Precisa trabalhar com planejamento para
textura; simular como ficará o resultado;
• Correção de alteração de cor que não foi • Confecção de guia de degaste:
resolvida com procedimentos menos invasivos ✓ Consulta de diagnóstico – fotos e
(clareamento e microabrasão);
modelos de gesso;
• Correção de forma ou posição. ✓ Enceramento diagnostico sobre os
modelos de gesso;
CONTRAINDICAÇÃO: ✓ Em cima dos modelos encerados será
• Comprometimento oclusal; confeccionado o guia de silicone;
• Presença de hábitos parafuncionais; ✓ Nesse guia será feito cortes pela
• Dentes extremamente vestibularizados – vestibular e palatina para quando se
porque a faceta é realizada na vestibular; olhar lateralmente o dente se consegue
• Disponibilidade de esmalte – porque a adesão saber o quanto se tem de distância do
fica comprometida; dente até o silicone, pois o contorno
• Perda estrutural comprometendo a resistência que o silicone é o contorno final do
do dente. trabalho;
✓ Onde o guia não entra ou fica muito
CUIDADO COM A BANALIZAÇÃO DO USO!! encostado = precisa desgastar para
colocar a cerâmica.
CLASSIFICAÇÃO: • Odontologia minimamente invasiva – retenção
1. PROFUNDIDADE DO PREPARO; adesiva favoreceu preparos mais
2. EXTENSÃO DA FACETA; conservadores.
3. ESPESSURA DA PEÇA PROTÉTICA.
EXTENSÃO DA FACETA: • Oclusão:
I. TOTAL SEM RECOBRIMENTO ✓ MIH – Lateralidade – Protusão;
INCISAL; ✓ Se apresenta guia canina ou não, se vai
II. TOAL COM RECOBRIMENTO INCISAL; ser necessário restabelecer guia canina
antes do procedimento de faceta;
III. PARCIAL// FRAGMENTOS: apenas em
✓ Se vai precisar recobrir a incisal ou
lugares estratégicos// não é tão utilizado porque
não// vai aumentar ou não o
é muito difícil fazer a borda da faceta morrer comprimento do dente.
em zero para mascar a união entre a peça e a • Hábitos nocivos:
estrutura dental. ✓ Roer unhas;
✓ Morder objetos;
ESPESSURA DA PEÇA PROTÉTICA: • Análise estética:
• Lentes de contanto// laminados cerâmicos ✓ Aspectos faciais, dentais e gengivais.
(peças protéticas finas) = 0,2 a 0,5 mm;
• Facetas (peças protéticas convencionais) = mais
de 0,5mm. SELEÇÃO DO TIPO DE FACETA INDIRETA:
• SEMPRE buscar a alternativa viável mais
Lente de contanto não é sinônimo de não desgaste, mas CONSERVATIVA;
de peça fina/menor espessura. • Mínimo desgaste da estrutura dental sadia;
• Adesão em esmalte é muito mais favorável –
portanto, sempre que possível, não
VANTAGENS:
preparar/tocar em dentina;
• Com base nas indicações, se vai trabalhar com
FACETA EM CERÂMICA RESINA COMPOSTA facetas indiretas quando:
✓ Necessário de aumento do volume
Excelente estética Menor tempo vestibular;
✓ Aumento da borda incisal –
Estabilidade de cor Menos custo restabelecimento de guia anterior;
✓ Fechamento de diastemas;
Biocompatibilidade Permite reparo ✓ Para reabilitações de dentes conóides;
✓ Dentes com alteração de cor moderada.
Resistência ao desgaste Controle profissional
LENTES DE CONTATO:
Maior longevidade
• São contraindicadas em casos de:
✓ Restaurações extensas – não há muita
estrutura dentária disponível para
LIMITAÇÕES:
apoiar a lente;
• Hábitos parafuncionais; ✓ Dentes que apresentam um perfil
• Dentes com grandes apinhamento ou vestibular muito acentuado – porque
giroversão; vai precisar de uma correção de
• Estrutura coronária reduzida; posicionamento maior;
• Dentes muitos vestibularizados; ✓ Dentes com remanescente escurecido –
porque a lente de contanto apresenta
• Falta de habilidade técnica.
uma espessura mais fina, então o
substrato escurecido vai ficar visível.
DIAGNÓSTICO: Nesses casos utiliza – se facetas
• Expectativa do paciente: convencionais (peça mais espessa).
✓ Profissional precisa trazer simulações
do resultado estético; TABLES TOPS:
✓ Pontuar para o paciente que ele é um • É um laminado cerâmico ou de resina oclusal;
agente atuante do tratamento, ele • Odontologia minimamente invasiva;
precisa cuidar para que se tenha • Mínimo de 0,6mm de espessura;
longevidade. • Indicado para pacientes que apresentam erosão
• Condições dos dentes: ácida ou perimólise, pacientes com perda da
✓ Cor – se precisa realizar um DV (bruxismo ou perda dentária), regiões
clareamento antes; oclusais muito desgastadas.
✓ Restaurações preexistentes – se estão
satisfatórias ou não// se vão ser
englobadas no preparo ou se vão ser
trocadas.
PLANEJAMENTO DAS FACETAS INDIRETAS: maior no quesito gengival (indica limpeza prévia com
clorexidina). O mock – up deve ficar no máximo 1
PLANEJAMENTO DIGITAL: semana e depois se remove com lâmina de bisturi.
• Fotos + modelo de estudo;
• Através das coordenadas da face do paciente é
traçado a linha do sorriso do paciente se se CIMENTAÇÃO DA PEÇA:
acessa um banco de fotos de dentes naturais que Depois da realização do mock – up, as peças são
vão funcionar como guias – DSD. confeccionadas e provadas em boca e depois se realiza
a cimentação da peça (é feita como a cimentação da
ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO: peça de uma metal free).
• Princípio de Dr. Pincus;
• Preconiza o uso de modelos de estudo para
preparo e enceramento para estudar os
resultados obtidos e preservar estrutura dentária
sadia;
• Traz uma simulação do resultado final;
• Serve tanto para o CD se programar e para
aprovação do paciente em relação ao
tratamento.
TRATAMENDO DA PEÇA:
• Ácido fluorídrico;
• Silanização;
• Cimento adesivo “Veneer”

MOCK-UP:
• Ensaio restaurador intra-oral para pré- Na cimentação de facetas indiretas é indicado o uso de
visualizar o resultado final e também para a cimentos resinosos adesivos
aprovação do paciente; FOTOPOLIMERIZAVÉIS – VENEER (sistema de
• Em cima do modelo de gesso encerado/ modelo cimentos específicos para trabalhar com facetas ou
construído pela impressora 3D se faz uma laminados). Apresentam um sistema, chamado train,
muralha de silicone e recorta apenas a região que é uma pasta base (gel hidrossolúvel) que vai
das ameias para extravasar o material; simular a cor do cimento antes da cimentação
• Mais fácil quando se tem que realizar apenas definitiva, para que a cor do cimento não fique visível,
acréscimo de material, pois se tem espaço para o ideal é trabalhar com cimentos neutros (caso o dente
colocar o material (resina bisacrílica – não apresente alteração de cor acentuada).
quimicamente ativada) que vai simular o Não se pode utilizar cimento dual para cimentar
resultado final; facetas, pois ele tem a presença de amina terciária, a
• É como se fosse um provisório. qual vai participar do processo de polimerização
química do material polimérico e, com o passar do
tempo, essa amina altera de cor, fica mais escurecida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Demanda estética;
• Inúmeras possibilidades para restaurações estéticas
diretas e indiretas;
Em casos onde o desgaste é apenas em esmalte • Conhecimento dos materiais e técnicas;
(superficial), o mock – up não fica aderido, pois o • Indicar e executar os procedimentos;
paciente consegue higienizar e manter a gengiva • Preservação de estrutura dental sadia.
saudável (a gengiva não reage bem a resina bisacrílica);
Em casos onde o desgaste atinge dentina (mais
elevado), o mock – up deve ficar aderido para proteger
o elemento dental e o paciente precisa ter um cuidado
Microabrasão
DEFINIÇÃO: VANTAGENS:
• É o desgaste muito superficial por erosão • Técnica conservativa – não causa nenhuma
(agente químico/ácido) e abrasão (agente perda significava da estrutura de esmalte;
mecânico) simultânea do esmalte dental com • Sensibilidade transitório (se houver);
finalidade de remoção de manchas;
• Bom resultado estético – quando dá certo;
• É um dos procedimentos que se pode fazer
visando estética; • Facilidade da técnica;
• Será aplicado quando se tem a presença de • Baixo custo;
manchas (brancas ou escurecidas), as quais • Associação com outros procedimentos – caso
trazem uma influência negativa no sorriso. não remova a mancha totalmente;
• Preservação da estrutura dental.

LIMITAÇÕES:
• Lesões de cárie ativa;
• Dente parcialmente irrompido – porque ainda
Presença de manchas – TRATAMENTOS: se tem um esmalte que está em maturação;
• Microabrasão – vai abrasionar a superfície a • Manchas por tretaciclina – atinge dentina;
fim de remover a camada mais superficial;
• Manchas profundas em esmalte ou dentina – vai
• Infiltrante resinoso – resina fluida que preenche
ter degrau e vai precisar de restauração;
os espaços tornando a mancha menos evidente;
• Clareamento dentário – altera a cor da estrutura • Manchas incisais - o esmalte na incisal é muito
dentária que está ao redor; frágil/delgado, portanto, corre o risco do
• Restaurações – facetas. esmalte ficar muito fino e pode vir a fraturar
Primeiro precisa tentar as estratégias mais quando o dente entrar em função, ou o esmalte
conservadoras (sem desgaste ou desgaste mínimo da fica muito translúcido.
estrutura dentária) para recuperar a aparência estética.
Caso nenhuma apresente um resultado satisfatório, se
parte para as estratégias mais invasivas, onde se tem que EFEITOS SOBRE OS TECIDOS:
realizar desgaste da estrutura dentária • Procedimentos aumenta a
(restaurações//facetas).
rugosidade/porosidade da superfície – porque
INDICAÇÕES: se está friccionando um componente ácido;
• Remoção de manchas ou irregularidades do • Contanto com a saliva minimiza os efeitos;
esmalte; • Realização de polimento do esmalte suficiente
• Lesão de cárie paralisada; para devolver lisura;
• Manchas Fluorose – grau 1 a 5 (não tem • Desgaste de aproximadamente 10% da
envolvimento de dentina, localizadas somente espessura do esmalte.
em esmalte);
• Manchas hipopláscias ou hipomineralizadas; MATERIAIS:
• Manchas pós tratamento ortodôntico;
• Rugosidade no esmalte; EROSÃO ABRASÃO
• Manchas de origem desconhecida (restritas ao Ácidos: Abrasivos:
esmalte). Fosfórico 37% Pedra pomes
➔ Tem que ser uma mancha em esmalte/superficial!! Se OU OU
for uma mancha mais profunda, que já atinge dentina, a Clorídrico 18,10 ou 6,6% A base de Sílica – Carbeto
microabrasão não vai dar certo, pois a microabrasão é de Silício
um desgaste superficial e se for um desgaste com Ambos funcionam, mas o
degrau, tem que fazer a restauração. ácido clorídrico apresenta Partícula abrasiva que vai ajudar
um menor tempo clínico, a friccionar o componente ácido
porque é mais forte. na superfície dentária.
PROTOCOLO CLÍNICO: ASSOCIAÇÃO COM OUTROS
1. Proteção do paciente e do cirurgião dentista; PROCEDIMENTOS:
2. Isolamento absoluto; • Dentes escurecidos e manchas brancas =
3. Profilaxia previa com pedra pomes; clareamento (porque o dente ao redor da
4. Aplicação da pasta apenas sobre a manchas o mancha está escurecido) e microabrasão (após
esmalte: o clareamento a mancha está evidente);
✓ Ácido + abrasivo – proporção 1:1. • Dente claro e mancha branca = microabrasal e
5. Abrasão/fricção sobre as manchas – clareamento (as vezes a microabrasão deixa o
movimentos com (10 segundos de aplicação): dente mais escuro);
✓ Palito de madeira; • Manchas persistente após clareamento e
✓ Borracha abrasiva; microabrasão = restaurações/facetas.
✓ Taça de borracha de profilaxia.
6. Lavagem abundante;
7. Avaliação da mancha – superfície do esmalte
deve estar úmida;
8. Repetição do procedimento: – se houver
necessidade:
✓ Até 15 aplicações ou até remover
totalmente a mancha quando se observa
que a mancha está diminuindo;
✓ Caso se faça, por exemplo, 7 aplicações
e não se observa nenhuma diminuição
da mancha, para o procedimento
porque, talvez se trata de uma mancha
mais profunda do que o procedimento
consegue absorver.
9. Polimento do esmalte – para devolver a lisura:
✓ Pasta de polimento de resina;
✓ Tira lisa nas proximais.
10. Aplicação tópica de flúor neutro (porque
acabou de aplicar um componente ácido) por 4
minutos;
11. Lava e remove o isolamento.

➔ ÁCIDO FOSFÓRICO + PEDRA POMES


➔ ÁCIDO CLORÍDRICO + CARBETO DE SILÍCIO

Como saber se a mancha é superficial ou profunda?


• Observar divergência de luz – colocar o foto por
paliativa/lingual, as vezes é possível visualizar
a profundidade da mancha.

MACRO + MICROABRASÃO:
• Em casos de manchas generalizadas;
• Macroabrasão prévia com ponta diamantada
3195FF apenas para asperizar/aumenta a
rugosidade da superfície da mancha – o
componente ácido penetra mais e minimiza o
tempo clínico e as aplicações necessárias para a
microabrasão.
Çølågëm dë Frågmëñtøs
Exame extra e intra – bucal:
DEFINIÇÃO:
• Se existe sangramento da mucosa e gengiva é
É uma urgência, o paciente chega no consultório já com preciso limpar com gaze estéril e soro e
o dente fraturado. Assim como qualquer outro
descobrir de onde veio esse sangramento, o que
procedimento, ele tem suas vantagens e suas limitações.
aconteceu, procurar por fragmentos no local da
FATORES ETIOLÓGICOS DAS FRATURAS: ferida;
• Orais: • Palpação da ATM para observar se houve
✓ Mordida aberta; algum desvio;
✓ Overjet excessivo. • Fraturas de ossos faciais;
• Comportamentais: • Fragmentos de tecidos moles;
✓ Atividades esportivas radicais;
• Observar alinhamento/oclusão;
✓ Hiperatividade infantil;
✓ Limitação motora (pacientes idosos) – • Se há trincas/fraturas em osso/mandíbula;
aumento de casos durante a quarentena • Em tecidos moles é necessário avaliar
• Ambientais: fragmentos e lacerações – se há necessidade de
✓ Aglomerações e áreas descampadas. sutura antes do tratamento da estrutura dentária;
• Fratura do processo alveolar – se isso acontecer
Normalmente é a somatória de mais de um fator!
vai precisar reposicionar;
• Teste de percussão e palpação – para detectar
VANTAGENS: anquilose, lesão periodontal e região periapical:
• Aspecto psicológico – é o próprio dente, ✓ Traumas recentes vão apresentar uma
portanto o paciente aceita mais fácil; resposta mais exacerbada, portanto é
• Restauração imediata – cirurgião dentista necessário acompanhamento a longo
• Técnica passível de correções; prazo e fazer teste/exames para a
• Técnica conservadora; confirmação.
• Facilidade da técnica – tem que ter domínio da • Teste de vitalidade – prestar atenção para falsos
técnica; negativos (realizar exames posteriores para
• Restituição da anatomia e textura natural de confirmação)
forma mais fácil/prática.
Exame radiográfico:
LIMITAÇÕES: • Complemento no diagnóstico;
• Possibilidade de falha adesiva; • Para saber até onde a fratura se estendeu;
• Alteração de cor do fragmento; • Avaliações comparativas
• Possibilidade de colagem fora de posição;
• Visibilidade da “linha de união”.

DIAGNÓSTICO:
Exame geral (visual):
• O cirurgião dentista é um dos primeiros a
atender o paciente em casos de fratura, Avaliar a extensão do trauma e avaliar a necessidade
portanto, além de um exame dental, é de alguma intervenção previamente a colagem de
fragmentos:
necessário realizar um exame visual para
• Observar necessidade de tracionamento
detectar algum tipo de injúria neurológica; ortodôntico e/ou cirurgia periodontal;
• É preciso se atentar com alterações motoras, • Necessidade de uso de retentor intrarradicular
sempre chegar/tomar os sinais vitais, se há antes da colagem o fragmento;
hemorragia no nariz e/ou ouvidos, pois esses • Extensão e condição da fratura: regularização,
são sinais de injurias neurológicas. colagem do fragmento e discos de polimento.
TRATAMENTO DAS FRATURAS • O dente pode ser mantido em alguma solução:
CORONÁRIAS: ✓ Saliva – mais indicado;
Existem três situações, as quais vão depender da ✓ Soro fisiológico;
extensão e da condição da fratura: ✓ Água;
• Se for uma fratura muito pequena se vai atuar ✓ Leite.
apenas regularizando a estrutura remanescente;
• Desidratação prejudica a estética e adesão – o
• Se a fratura for mais extensa e gerou um
fragmento, existe a possibilidade da colagem dente desidratado fica mais branco que o
desse fragmento; elemento;
• Se houve uma fratura maior e o fragmento não • Avaliar a possibilidade de reidratação
se apresenta, é necessário a realização de uma (aproximadamente 30 minutos previamente a
restauração – classe IV. sua colagem).
FRATURA EM ESMALTE:
2. INTEGRIDADE DO FRAGMENTO:
• Quando a fatura é só em ESMALTE e pequena,
não comprometendo a estética e a função, se • O fragmento pode estar íntegro ou fragmentado
pode realizar a regularização e alisamento com – precisa avaliar o que sobrou de fragmento e a
pontas diamantadas, borrachas abrasivas e sua adaptação com o remanescente;
discos de polimento. • É mais fácil quando o fragmento é único.
FRATURA EM ESMALTE E DENTINA:
Em fraturas mais extensas, antes da abordagem para 3. ADAPTAÇÃO DO FRAGMENTO:
colagem de fragmentos, seja necessário avaliar sua • Observar a adaptação ao remanescente dental;
extensão e a sua relação com o complexo – dentino • Preenchimento de espaços na “linha da fratura”;
pulpar; • Apreensão e manipulação do fragmento: pode
• Quando se tem a exposição do complexo ser com guta percha ou microbrush + adesivo;
dentino – pulpar é necessário realizar a sua
• Proteção do complexo dentino-pulpar – quando
proteção prévia à colagem/restauração;
• Quando um trauma gera uma fratura que há necessidade – desgaste da porção interna do
apresenta exposição do tecido pulpar, se o fragmento.
paciente procura atendimento até 24 horas após
a fratura, o prognóstico é favorável –
principalmente pensando em pacientes mais TÉCNICA DE COLAGEM DE FRAGMENTO:
jovens, os quais apresentam o dente menos
envelhecidos (muitas células indiferenciadas MATERIAIS PARA CIMENTAÇÃO DO
para se transformar em odontoblastos e FRAGMENTO:
depositar dentina para proteger a região); • Somente Sistema Adesivo;
• Porém, quando o paciente traumatiza, expõe o • Sistema adesivo e Resina Composta;
tecido pulpar e procura atendimento • Cimento resinoso de presa dual: ocorre
odontológico em um período maior que 24
alteração de cor após polimerização.
horas se tem um prognóstico desfavorável –
pois o dente ficou exposto ao meio externo.
PROTOCOLO CLÍNICO:
➔ Quando é necessário a inserção de material para a • Profilaxia:
proteção do complexo dentino – pulpar, a região de • Pedra pomes + água.
esmalte/dentina tem que estar livre (não pode ter • Seleção de cor – se utilizar resina;
material de proteção) e obrigatoriamente se deve fazer
• Anestesia;
o desgaste da parte interna do fragmento para que ele
possa encaixar perfeitamente em posição no • Isolamento absoluto;
remanescente estrutural. • Seleção do material de adesão:

AVALIAÇÃO DO FRAGMENTO: SISTEMA ADESIVO OU CIMENTO RESINOSO


1. CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO; DUAL:
2. INTEGRIDADE DO FRAGMENTO; • Usado apenas quando a justaposição/adaptação
3. ADAPTAÇÃO AO REMANESCENTE. do fragmento na estrutura remanescente é
perfeita;
1. ARMAZENAMENTO DO FRAGMENTO: • Condicionamento simultâneo do remanescente
• Condição de armazenamento: ÚMIDO; e fragmento;
• Aplicação do adesivo ou inserção do cimento
no fragmento e no remanescente, juntaposição
do fragmento, remove os excessos – SEM
fotopolimerizar;
• Fotopolimerizar somente APÓS adaptação do
fragmento.

SISTEMA ADESIVO + RESINA COMPOSTA:


• Usado em casos que não há perfeita adaptação
do fragmento – existe falta estrutura na
adaptação;
• A resina composta vai preencher a região da
“falha”;
• Importante sempre chegar a adaptação do
remanescente e proteger os dentes adjacentes;
• Condicionamento do remanescente e
fragmento;
• Fina camada do sistema adesivo
fotopolimerizar – pois já não está tendo uma
adaptação perfeita;
• Inserção da resina composta, tanto no
fragmento quanto no remanescente SEM
fotopolimerizar;
• Adaptação do fragmento e remoção dos
excessos;
• Fotopolimerização e acabamento inicial;
• Após 24 horas acabamento e polimento final.

Nesses casos onde existe a necessidade de inserção de


resina para juntar/mascarar um pouco a estrutura
dentária e o fragmento, as vezes a linha de união entre
dente e fragmento fica aparente, sendo necessário a
realização de um BISEL “PÓS-COLAGEM”:
• É feito desgaste da “linha de união”.
• Se utiliza ponta diamantada esférica – 1012;
• Serve de espaço para acréscimo de resina para
trazer mais estética.

AJUSTE OCLUSAL:
• Evitar contato sobre a linha de fratura/união;
• Caso tenha contanto bem em cima de onde foi
realizado a colagem do fragmento é preciso
reposicionar esse ponto de contato para que não
exista uma concentração de forças na região da
colagem, pois pode levar a uma falha na
longevidade da colagem de fragmento.

CONCLUSÃO:
• Correto diagnóstico;
• Seja identificado a extensão da coroa;
• Acompanhamento longitudinal;
• Tratamento dentais = tratamento de urgência.

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