14 Avaliaã Ã o Cardiorrespiratã Ria

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Carol Mayara Hoffmann CREFITO 10 224567-F

Pós Graduação em Fisioterapia Cardiorrespiratória Adulto e Pediátrica


Pós Graduação em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto
Pós Graduação em Fisioterapia Intensiva Neonatal e Pediátrica
▪ Um aprofundado conhecimento das áreas de anatomia, fisiologia e
fisiopatologia das doenças;

▪ Doenças cardíacas e pulmonares geram repercussões sistêmicas, que


interferem inclusive na realização de simples atividades da vida
cotidiana até mesmo na qualidade de vida dessa população.
Falhas na avaliação

repercutirão diretamente na escolha inadequada do


tratamento.
▪ IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE;
▪ HISTÓRIA ATUAL;
▪ ordem cronológica dos eventos

▪ HISTÓRIA PREGRESSA;
▪ Antecedentes, outras doenças/cirurgias, medicamentos, doenças hereditárias

▪ PRINCIPAL QUEIXA;
▪ IMPORTANTE: a queixa deve ser escrita exatamente igual a fala do paciente

▪ EXAMES COMPLEMENTARES;
▪ HÁBITOS E VÍCIOS;
▪ OBJETIVOS A CURTO E LONGO PRAZO (do paciente e do profissional).
▪ A aferição dos SINAIS VITAIS deve ser sempre realizada antes mesmo de qualquer
abordagem, uma vez que pode inclusive contraindicar a realização de algum teste ou
até mesmo expor o paciente a um risco desnecessário.

SINAIS SINTOMAS
Tudo que podemos verificar no é a queixa do próprio paciente,
paciente por meio da avaliação. apenas ele pode perceber, é
São manifestações visíveis, sentidas ou subjetivo e depende da
ouvidas durante nossa abordagem interpretação do paciente.
avaliativa.
▪ SINAIS VITAIS:
✓ Frequência Cardíaca (FC)
✓ Frequência Respiratória (FR)
✓ Pressão Arterial (PA)
✓ Saturação periférica de oxigênio (SpO2)
✓ Temperatura

✓ Cor da pele
✓ Pupilas
✓ Nível de consciência
✓ Ausculta pulmonar
✓ Ausculta cardíaca
• ESFIGMOMANÔMETRO, composto por:
• manguito/braçadeira
• Manômetro
• balonete insuflador, conhecido como pera
• válvula de deflação

• estetoscópio
▪ A forma de aferir a PA deve ser rigorosamente seguida conforme as Recomendações da Sociedade
Brasileira de Cardiologia.

▪ Preparo do paciente :

1. Explicar o procedimento ao paciente, instruí-lo para não conversar durante o procedimento de


aferição e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo.
2. O paciente deve estar com a bexiga vazia, não deve ter praticado exercícios físicos há pelo menos 60
minutos; não teve ter ingerido bebidas alcoólicas, café ou alimentos; e não deve ter fumado nos 30
minutos anteriores. Todas essas situações podem interferir no resultado obtido.
3. O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, costas recostadas na
cadeira e relaxado.
4. O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as
roupas não devem garrotear o membro.
5. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situações em que
a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada.
▪ Etapas para a realização da medição:

▪ Identificar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olecrano


▪ tamanho do manguito a ser escolhido
▪ Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço.
▪ Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital
▪ Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial
▪ Estimar o nível da pressão arterial sistólica (PAS) pela palpação do pulso radial.
▪ Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a o diafragma do estetoscópio sem
compressão excessiva.
▪ Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela
palpação.
▪ Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo).

▪ Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som, e, após aumentar ligeiramente a velocidade
de deflação.
▪ Determinar a pressão arterial diastólica (PAD) no desaparecimento dos sons.
▪ Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa.
▪ Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto.
▪ Aferir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e utilizar o valor do braço
onde foi obtida a maior pressão como referência.
▪ Informar o valor de PA obtido para o paciente.
▪ Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida.
▪ A classificação dos valores obtidos também deve ser baseada nas recomendações da Sociedade
Brasileira de Cardiologia:

s
s
s
s
▪ Avaliação da FC pode ser realizada por meio de:
▪ ausculta cardíaca,
▪ observar monitor cardíaco,
▪ checado na artéria,
Normalidade: normocardia
Acima: taquicardia
▪ Adulto: 60-80bpm Abaixo: bradicardia
▪ Criança: 80-100bpm
Frequência Cardíaca Máxima (FCM)
FCM = 220 – idade

Fórmula de Tanaka
FCM = 208 – 0,7 x idade
▪ número de respirações realizadas em um minuto,
▪ avaliada por meio da observação do movimento de tórax ou
abdômen,

Normal: Normopneia/eupneia
▪ Adulto: 12-20ipm Acima: Taquipneia
▪ Criança: 20-25ipm Abaixo: Bradipneia
Sem: Apneia
2

• A Oximetria de pulso é a forma de mensurar a quantidade de oxigênio


que está sendo transportado no sangue;
• A avaliação é feita de forma não invasiva, utilizando o aparelho chamado
oxímetro de pulso;
• A oximetria de pulso afere SpO2 junto com a frequência cardíaca.
▪ CLASSIFICAÇÃO:

▪ Hipoxemia: é definida em adultos pela


presença da PaO2 (pressão arterial de
oxigênio), obtida no exame de
gasometria arterial, menor que 60
mmHg ou uma SpO2 abaixo de 90%
em respiração em ar ambiente.
Qual a diferença entre a informação do oxigênio
mostrada pelo oxímetro e a obtida pela
gasometria arterial?

▪ O oxímetro oferece uma medida não invasiva e indireta apenas do oxigênio, que
é transportado pelo sangue.

▪ A gasometria é uma medida invasiva e direta (o sangue é retirado de uma


artéria), capaz de mensurar a quantidade de oxigênio, dióxido de carbono (CO2),
pH sanguíneo dentre outras variáveis.

▪ No dia a dia a oxímetro de pulso é muito utilizado para as tomadas de decisão.


▪ A gasometria arterial é mais realizada em ambiente hospitalar.
▪ Dispneia:
é o termo usado para caracterizar a sensação subjetiva de falta de
ar do paciente.

▪ Para a avaliação: escala de Borg modificada;


▪ Escala de Borg modificada
▪ Dispneia pode ser classificada como:

▪ Ortopneia: dispneia na posição horizontal.


▪ Trepopneia: dispneia em decúbito lateral.
▪ Dispneia paroxítica noturna: dispneia durante o sono.
▪ Platipneia: dispneia na posição ortostática.
▪ Tosse: mecanismo de defesa das vias aéreas, é o ato de
expulsão do ar dos pulmões com alto fluxo aéreo;

A tosse pode ser classificada em:


▪ Eficaz – paciente é capaz de eliminar a secreção da via aérea;
▪ Ineficaz – paciente não é capaz de eliminar a secreção da via
aérea, não gera um fluxo expiratório suficiente;

▪ Improdutiva – tosse sem secreção;


▪ Produtiva – tosse com secreção.
▪ Secreção: muco produzido diariamente nas vias aéreas.

▪ Pacientes apresentam aumento da produção de secreção, e nessas


circunstâncias é indicado a avaliação quanto a colocação, tempo de
aparecimento, características físicas, odor e quantidade da secreção.
▪ Classificação quanto à cor da secreção:

▪ Secreção serosa (aquosa e translúcida): característico de infecções virais.

▪ Secreção mucoide (esbranquiçada e pouco viscosa): frequentemente encontrada


em pacientes com asma e bronquite crônica quando não há infecção bacteriana.

▪ Secreção purulenta: coloração amarelada ou esverdeada com odor fétido, sendo


associados a quadros de infecção bacteriana.

▪ Secreção rósea espumosa: associada a quadro de congestão pulmonar.

▪ Hemoptise é uma tosse com sangue proveniente das vias aéreas, podendo a
eliminação ser exclusivamente de sangue ou de sangue associado a secreção.
▪ Classificação quanto ao aspecto físico da
secreção:

▪ Viscosidade: tendência que a secreção tem


de resistir ao escoamento.

▪ Elasticidade: tendência para recuperar sua


forma original após a deformação.

▪ No que se refere à quantidade de


secreção:
▪ pequena, média ou grande quantidade
de secreção expectorada.
▪ Média 37ºC

• Temperatura axilar – normal até 37,2ºC


• Temperatura oral – normal até 37,5ºC
• Temperatura timpânica – normal até 37,5ºC
• Temperatura retal – normal até 38ºC

• Febre: uma temperatura maior que 37,5ºC axilar ou 38ºC retal.


• Febrícula, ou estado subfebril: temperatura entre 37,2ºC e 37,8ºC,
que muitas vezes não apresentam significado clínico.
▪ Emergências médicas:
1. Vermelha (PA)
2. Branca (circulatório)
3. Azul (cianose)

Pele negra*
▪ Classificação da cianose:

▪ Cianose central: desoxigenação do sangue causada por redução da


PaO2 no ar inspirado; por patologias que reduzem a ventilação e a
oxigenação pulmonar.
▪ Cianose periférica: causada por maior extração de oxigênio do sangue
nos tecidos periféricos.
▪ Cianose mista: associação da cianose central e periférica
▪ frequência respiratória
▪ uso de musculatura acessória

▪ Uso da musculatura acessória em indivíduos saudáveis: prática de


algum esporte;
▪ Pessoas com doenças cardíacas e/ou pulmonares podem utilizar a
musculatura acessória da respiração até mesmo em repouso, o que
caracteriza um grande gasto de energia e sensação de dispneia aos
mínimos esforços.
▪ Tiragem intercostal:
▪ retrações inspiratórias que surgem quando há aumento do trabalho respiratório

Classificação:
1. Tiragem de fúrcula
2. Tiragem intercostal
3. Tiragem supraclavicular
4. Tiragem diafragmática
▪ Batimento da asa de nariz também é um sinal de aumento de trabalho
respiratório;
Capacidade de reconhecer a si mesmo e aos estímulos do ambiente.

Tipos de alterações de consciência:


▪ Desorientação: incapacidade do indivíduo se situar em relação ao espaço e tempo e até mesmo de
reconhecer sua própria pessoa. Importante questionar o paciente sobre a data atual e sobre si.
▪ Sonolência e letargia: redução do nível de consciência, paciente só consegue acordar com fortes
estímulos.
▪ Torpor: estado de sonolência mais profunda, paciente acorda com estímulos vigorosos e repetidos,
mas volta ao estado de torpor logo após a interrupção dos estímulos.
▪ Coma: estado em que o indivíduo não tem nenhuma consciência de si nem do ambiente, mesmo que
submetido a diferentes intensidades de estímulos.
Quando o paciente está sob efeitos de sedativos, a avaliação deve ser realizada
por meio da escala de Ramsay
Avaliação da sedação/agitação é realizada pela escala de Richmond de agitação-sedação (RASS)
• A avaliação pupilar deve ser utilizada em toda avaliação neurológica, com
intervalos regulares;

▪ A avaliação pupilar consiste em avaliar o


tamanho das pupilas, sua simetria e
presença de reflexo foto motor.
- fotorreagente
▪ Material utilizado:
Lanterna clínica.

• Deve ser realizado independente do nível de consciência;


• Informar sobre o procedimento;
• Fechar os olhos do paciente por alguns segundos;
• Abrir os olhos e com a lanterna clínica incidir a luz diretamente sobre cada uma das
pupilas por alguns segundos;

• Avaliar, classificar e registrar no prontuário.


Obs: em caso de pupilas anisocóricas, registrar a maior em relação à menor.
Exp: pupilas anisocóricas, esquerda maior que a direita (E>D).
✓INSPEÇÃO ESTÁTICA

▪ Analisar a configuração normal do


tórax.
▪ O tórax normal pode ser classificado
em relação ao ângulo existente entre
as costelas e o processo xifoide do osso
esterno, denominada como ângulo de
Charpy.
Configuração Anormal do Tórax:

▪ Cariniforme/pectus carinatum:
▪ mais frequente em homens e a predominância é em pacientes com
paralisia cerebral;
▪ Tórax infundibiliforme/pectus
excavatum/tórax de sapateiro:

▪ deformidade por depressão do


esterno e das cartilagens costais
inferiores, eventualmente
acompanhada de deformidade
da extremidade anterior das
costelas na sua articulação com
as cartilagens costais.
▪ Tórax escoliótico: desvio lateral da coluna vertebral
▪ Tórax cifótico:
aumento da cifose torácica
▪ Tórax esfisematoso/barril/tonel: caracterização pelo aumento do
diâmetro anteroposterior do tórax e horizontalização das costelas
INSPEÇÃO DINÂMICA

▪ Padrão respiratório

▪ Toracoabdominal:
Respiração normal deve haver
sincronia entre o movimento da caixa
torácica e abdômen, onde, na inspiração o
tórax e abdômen se expandem juntos e na
expiração há o recuo desses dois
compartimentos.
▪ Contudo, há alterações quanto a expansão:

• Padrão apical: comum em pacientes no período pós-operatório de cirurgias


cardíacas e abdominais.

• Padrão abdominal: comum em pacientes no pós-operatório de cirurgia torácica e


com dreno de tórax.

• Padrão paradoxal: ocorre o movimento oposto de uma respiração normal. É comum


em pacientes com paralisia do músculo diafragma, trauma de tórax e fadiga
diafragmática.
Padrão paradoxal:
▪ Ritmo Respiratório:

▪ Cheyne-Stokes: caracteriza-se por uma fase de apneia seguida de


inspirações cada vez mais profundas até atingir o máximo, seguindo de
nova apneia.
As causas mais frequentes são: insuficiência cardíaca, hipertensão
intracraniana, acidente vascular encefálico e traumatismo cranioencefálico.
O excesso de CO2 retido no período de apneia obriga o centro respiratório a
enviar impulsos nervosos mais intensos, aumentando a amplitude dos
movimentos respiratórios.
▪ Kussmaul: caracteriza-se por uma respiração rápida, profunda e
ruidosa, resultando em alto volume por minuto. A principal causa é a
acidose diabética.
▪ Biot: caracteriza-se por duas fases: a primeira fase é composta por um
período de apneia e a segunda por movimentos respiratórios
desorganizados quanto ao ritmo e amplitude.
As principais causas são as mesmas do ritmo Cheyne-Stokes.
PALPAÇÃO
Expansibilidade torácica
Expansibilidade torácica:

▪ O profissional deve posicionar as mãos espalmadas na região anterolateral


do tórax com os polegares seguindo a linha costal (na expiração) até se
encontrem na linha média do tórax (inspiração).

▪ Deve-se solicitar ao paciente que realize uma expiração lenta e completa


até o volume residual (VR) e em seguida orientar ao paciente que inspire
de forma lenta e completa até a capacidade pulmonar total (CPT).

▪ A expansibilidade torácica é considerada normal quando os polegares se


afastam de 3 a 5 cm. Contudo, pode haver assimetria na expansibilidade, o
pulmão acometido expande menos.
• É uma técnica que consiste em ouvir, por meio de um estetoscópio, os sons
pulmonares, a fim de identificar ruídos pulmonares.

• Posicionamento: preferencialmente sentado e com o tórax desnudo.

• Pelos **

• Para facilitar a ausculta é possível solicitar ao paciente que respire com a boca
aberta, orientando que respire mais profundo que normalmente.
▪ A ausculta é sempre SISTEMÁTICA, comparando os dois pulmões em relação
À MESMA REGIÃO.
▪ Sons pulmonares normais:
▪ sons audíveis, suaves e de intensidade baixa, predominantemente
inspiratórios e com componente expiratório mínimo.

▪ termo “MURMÚRIO VESICULAR”


▪ PRESENTE / DIMINUÍDO / ABOLIDO
▪ SIBILOS:
▪ Parece um som de assobios,
▪ estão localizados em via aérea de pequeno calibre;

▪ Inspiração: indicam secreção ou broncoespasmo. Nessa


situação, se faz necessário solicitar ao paciente uma tosse e
observar se houve ou não modificação do sibilo. Caso o sibilo
tenha desaparecido, significa secreção.
▪ Expiração: representam broncoespasmo.
▪ RONCOS:
São caracterizados por sons graves audíveis na
inspiração e expiração, produzido em razão de
secreção na via aérea.
CREPITANTES:
São gerados na inspiração em razão da abertura súbita de
pequenas vias aéreas que estavam colapsadas, entretanto, a
crepitação na expiração indica o fechamento das mesmas.

▪ Sugere a utilização dos termos crepitações finas e crepitações


grossas.

1. A crepitação fina apresenta som similar a um velcro;


2. A crepitação grossa, sons mais grosseiros, está relacionada
a secreção e a ruptura de pequenas superfícies.
Deve ser realizada com o paciente em repouso e com o tórax desnudo.
• Aórtico: localizado no segundo
espaço intercostal à direta do
esterno.
• Aórtico acessório: localizado no
terceiro espaço intercostal à
esquerda do esterno.
• Pulmonar: localizado no segundo
espaço intercostal à esquerda do
esterno.
• Tricúspide: localizado no quinto
espaço intercostal à esquerda do
esterno.
• Mitral: localizado sobre a ponta do
coração (ictus cordis).
▪ Identificar o período sistólico e diastólico.

▪ A sístole é iniciada com um primeiro som breve, caracterizado como


primeira bulha (B1), seguido por um curto período de silêncio.

▪ Segundo som de curta duração, denominado como segunda bulha (B2),


é seguido por um novo período de silêncio, um pouco maior quando
comparado ao primeiro. Esse último período corresponde a diástole.
▪ O “TUM” é a primeira bulha cardíaca
- Fechamento da válvula mitral e tricúspide

▪ “TÁ” é a segunda bulha cardíaca


- Fechamento da válvula aórtica e pulmonar
EXAME DO ABDOME
▪ identificar alguma alteração que possa interferir negativamente na função
cardiorrespiratório.
▪ Os membros inferiores comumente apresentam alterações relacionados a
distúrbios arteriais e venosos em pacientes com doenças
cardiorrespiratórias. Sendo assim, é indicada a inspeção dos membros, a
fim de identificar características como:

▪ Edema
▪ Varizes
▪ Alteração da coloração da pele
▪ Baqueteamento digital
▪ Temperatura da pele
Perfusão periférica: TEC

▪ é avaliada pela velocidade do enchimento capilar.


▪ Deve pressionar de forma breve um dos dedos das mãos e pés do
paciente e contabilizar o tempo para que o retorno do fluxo sanguíneo
aconteça.

▪ 2-3 segundos
▪ Identificar edema;

▪ Depressão que se forma na pele após a


compressão desse local, por meio dos dedos
das mãos, indicador e polegar, fazendo um
movimento de pinça ou contra estrutura
óssea

▪ sinal de Godet/sinal de cacifo POSITIVO: há


edema
BANDEIRA

BANCROFT

• Sinal de Homans – caracterizada por dor ou


desconforto na panturrilha após dorsiflexão
passiva do pé.

• Sinal da Bandeira – menor mobilidade da


panturrilha quando comparada com o outro
membro.

• Sinal de Bancroft – dor à palpação da


panturrilha contra estrutura óssea.

HOMANS
▪ A espirometria é um teste que se propõe a avaliar a função pulmonar de
forma não invasiva a partir da mensuração dos volumes inspiratórios e
expiratórios.
▪ Mensura o quanto a patologia impacta na função pulmonar e, portanto, é com
base nos resultados espirométricos que se estabelece o diagnóstico.
▪ As variáveis analisadas do exame são:
I. Capacidade vital forçada (CVF).
II. Volume expiratório (VEF1).
III. Relação VEF1/ CVF.

Resultados que podem ser encontrados na espirometria:


▪ Espirometria normal.
▪ Distúrbio obstrutivo.
▪ Distúrbio restritivo.

Contudo, pode haver associação de distúrbios, ou seja, distúrbio obstrutivo + distúrbio restritivo.
Dessa forma, o distúrbio passa a ser denominado como distúrbio misto.
COMO A MANOBRA NO EXAME DE ESPIROMETRIA DEVE SER REALIZADA

MANOBRA DE CAPACIDADE VITAL FORÇADA (CVF)


▪ A manobra objetiva medir o volume resultante de uma inspiração máxima
até a capacidade pulmonar total (CPT), seguida de uma expiração forçada
máxima até o volume residual (VR).
▪ Deve-se realizar um comparativo entre os valores pré e pós-
espirometria com e sem uso do broncodilatador. Um aumento no 12%
no VEF1 e de 200 ml no valor absoluto sugere resposta significativa ao
uso do broncodilatador.
O VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO
(VEF1)

▪ É a quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da manobra


expiratória forçada. É a medida de função pulmonar mais útil
clinicamente.
Segue a descrição da severidade das anormalidades espirométricas baseada
no VEF1 conforme descrição da ATS/ERS de 2005:

American Thoracic Society e European Respiratory Society, 2005


Outra possibilidade de classificação da gravidade

CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE PELA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA


RAZÃO VEFt/CVF OU VEFt%

▪ O indivíduo realiza a manobra expiratória completa e a CVF e o VEFt


são obtidos.
▪ A razão derivada através da equação
VEFt% = VEFt/CVF x 100 é calculada.
Exp: espirometria com distúrbio obstrutivo, ou seja, existe uma redução
da VEF1 e, por consequência, redução da relação VEF1/CVF.
▪ Força muscular inspiratória;
▪ Força muscular expiratória;
▪ Pico de fluxo expiratório (PFE).

Doenças cardiopulmonares cursam com redução da força dos músculos


respiratórios, especialmente a força inspiratória.

Alguns autores afirmam que os músculos inspiratórios podem limitar o


desempenho físico tanto de indivíduos saudáveis quanto em pacientes,
principalmente nos casos de insuficiência cardíaca.
▪ É realizada por meio de um medidor
portátil, conhecido como Peak Flow.
▪ Capaz de quantificar a capacidade de pico
de fluxo de cada indivíduo.

▪ Dentre suas principais indicações:


acompanhamento de pacientes com asma, a
fim de analisar sua resposta a terapia
broncodilatadora assim como
acompanhamento do quadro em geral.
COMO DEVE SER REALIZADA?
Siga o passo a passo a seguir conforme descrição de Pereira (2002):

▪ Paciente sentado com os pés apoiados no chão.

▪ Ajustar o marcador do aparelho de Peak Flow no ponto zero.

▪ Peça para o paciente realizar uma inspiração máxima.

▪ Em seguida, solicitar uma expiração forçada máxima, explosiva e curta.

▪ O indivíduo não deve tossir, o que pode acarretar valores falsamente elevados.

▪ O esforço expiratório precisa durar apenas um a dois segundos.

▪ O esforço expiratório forçado deve ser iniciado a partir de uma posição inspiratória mantido em posição
neutra pois a hiperextensão eleva e a flexão reduz o PFE por mudanças na complacência traqueal.
▪ Instrução apropriada e estímulo do paciente são importantes para o sucesso do teste. Clipes nasais não
são necessários para a medida do PFE.
▪ Pelo menos três medidas devem ser realizadas em cada sessão. O maior valor das três leituras deve ser
anotado.
▪ Deve-se observar se ocorre tendência ao declínio nas manobras sucessivas, o que indica
broncoconstrição. Os resultados do PFE podem ser relatados em L/s como nos espirômetros habituais ou
L/min como nos medidores portáteis de PFE.
Os valores previstos sugeridos para uso no Brasil são baseados em Leiner (1963)
▪ Graus de Obstrução Mensurados pelo Peak Flow:
Fonte: Presto, 2003

I. Resultado 40% ou menor que o valor da tabela – OBSTRUÇÃO GRAVE

II. Resultado 40-60% do valor da tabela – OBSTRUÇÃO MODERADA

III. Resultado 60% ou maior que o valor da tabela – OBSTRUÇÃO LEVE

IV. Resultado iguais ou superiores a 60% indicam ausência de obstrução.


▪ É o principal método de avaliação das pressões respiratórias máximas;

▪ PImáx e PEmáx
▪ avalia a força dos músculos inspiratórios e expiratórios;
PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÁXIMA (PIMÁX)

▪ Os valores de corte utilizados são:


▪ Limite inferior da normalidade de 60 cmH2O para mulheres e de 80 cmH2O
para homens.

▪ Como mensurar a PImáx:


I. O paciente deve estar na posição sentada, com pernas descruzadas.
II. Evitar que o paciente posicione o tronco em flexão.
III. Nariz deve ficar fechado com o clip nasal.
IV. Deve-se explicar ao paciente que realize uma expiração ao nível de VR ou
CRF, e em seguida solicitar uma inspiração máxima mantida por um a dois
segundos.
▪ As medidas de PImáx sempre serão compostas por valores negativos;
▪ Depende integralmente da colaboração do paciente.
Avaliação da PImáx em pacientes críticos, intubados e não colaborativos:
Posicionado com o manovacuômetro e válvula unidirecional,
normalmente a PImáx de maior valor costuma aparecer entre o 15-20s.
PRESSÃO EXPIRATÓRIA MÁXIMA (PEmáx)

▪ Avaliação a força expiratória.


▪ Os valores de corte utilizados são:
▪ Limite inferior da normalidade de 120 cmH2O para mulheres e de 150
cmH2O para homens.

Como mensurar a PEmáx:


▪ O paciente deve estar na posição sentada, com pernas descruzadas.
▪ Evitar que o paciente posicione o tronco em flexão.
▪ Nariz deve ficar fechado com o clip nasal.
▪ O paciente deve ser orientado a realizar uma respiração até a CPT seguida de
uma expiração máxima e mantida por um a dois segundos.
▪ Deve-se repetir a manobra de três a oito vezes e o valor considerado é o maior
obtido.
▪ Aparelho denominado ventilômetro;

▪ A avaliação pode ser realizada por


meio de um bucal, máscara facial ou
com um conector para adaptação na
traqueostomia e cânula orotraqueal.
Para a avaliação da CVL o paciente deve:

▪ Estar sentado ou no leito com a cabeceira elevada.


▪ Uso de clip nasal.
▪ Realizar uma inspiração até a CPT seguido de uma expiração até o VR.
▪ Devem ser realizadas três a cinco manobras e deve ser considerado o maior
valor obtido nas manobras que apresentarem uma variação menor que 10%.

▪ São considerados normais valores de 65 a 75 ml/Kg. Quando esses valores se


encontram abaixo do previsto, há como consequência hipoventilação,
atelectasia e redução da eficiência da tosse (ROOPER, 1993).

• Utilização importante durante desmame da ventilação mecânica.


VM em Litros

+ mL que se soma ao VM
▪ TC6;
▪ avaliação da capacidade funcional;
▪ são fortemente recomendados na população com doenças cardiopulmonares;
▪ O paciente deve caminhar a maior distância que lhe for possível, durante seis
minutos, em um corredor plano, sendo a velocidade da caminhada definida pelo
próprio paciente.

▪ O principal desfecho é a distância percorrida ao longo dos seis minutos.

▪ De acordo com a ATS, a indicação mais precisa para a realização do TC6min é a


presença de doença pulmonar e/ou cardíaca, nas quais o teste é usado para medir
a resposta ao tratamento e predizer a morbidade e mortalidade.

American Thoracic Society (ATS) em 2002 e atualizado em 2014.


Contraindicações ABSOLUTAS: ▪ Tromboembolismo pulmonar.
▪ Trombose de membros inferiores.
▪ Infarto agudo do Miocárdio (IAM) – ▪ Suspeita de aneurisma.
três a cinco dias. ▪ Asma não controlada.
▪ Angina instável.
▪ Edema pulmonar.
▪ Arritmias não controladas que
▪ Insuficiência respiratória aguda.
causam sintomas ou
comprometimento hemodinâmico. ▪ Doença aguda não cardíaca que possa
influenciar na realização do teste ou
▪ Síncope.
que possa ser agravada pelo exercício
▪ Endocardite ativa. (exemplo: infecções).
▪ Miocardite ou pericardite aguda. ▪ Distúrbio mental que possa limitar a
colaboração com o teste.
▪ Estenose aórtica grave.
▪ Insuficiência cardíaca não controlada.
Contra indicações RELATIVAS: ▪ Anormalidade de eletrólitos.
▪ Disfunção ortopédica que limita a
caminhada.
▪ Estenose de artéria coronária
esquerda.
▪ Estenose valvar moderada.
▪ Hipertensão arterial grave não
tratada (PAS 200 mmHg; PAD 120
mmHg).
▪ Bradi ou traquiarritmias.
▪ Bloqueio atrioventicular.
▪ Cardiomiopatia hipertrófica.
▪ Gestação avançada ou complicada.
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O TESTE:

▪ Cones: limitar o percurso (30m)


▪ Cadeiras: devem ser posicionadas ao longo
do percurso, caso o paciente precise parar
para descansar ao longo do teste.
▪ Cronômetro: registro do tempo.
▪ Esfigmomanômetro e estetoscópio: PA.
▪ Oxímetro de pulso: SpO₂ e FC.
▪ Fichas para registro dos dados.
▪ Fonte de O₂ suplementar (manter a SpO₂
maior que 88-90%).
▪ Carrinho de emergência.
Idealmente deve-se colar no chão a marcação a cada um metro, uma vez
que ao final de teste, deverá ser feito a contabilização dos metros
percorridos.

Recomendasse que o avaliador caminhar atrás do paciente


QUANDO O TESTE DEVE SER
ORIENTAÇÕES DE PREPARO PARA INTERROMPIDO:
O TESTE:
• SpO₂ abaixo de 80% e se mantenha.
Um novo teste ser iniciado com o uso de
▪ Uso de sapatos e roupa confortável.
suplementação de oxigênio, com um
▪ Manter medicamento de uso habitual. fluxo suficiente para manter a SpO₂> 88-
▪ Não realizar exercício vigoroso duas 90%.
horas antes do teste. • Em caso de pacientes que já utilizam
▪ Manter o uso habitual de dispositivos
suplementação de O₂ domiciliar, o teste
de marcha (bengala, andador...). já deve ser iniciado com a
suplementação.
▪ Repousar 15 minuto antes do teste.
• Sinais e sintomas de intolerância ao
▪ Não realizar aquecimento antes do esforço (sudorese e dispneia excessivas,
teste. palidez, tontura e dor no peito).
▪ MONITORIZAÇÃO

• Antes do início do teste deve ser avaliado os sinais: FC, PA, SpO₂,
escala de Borg modificada;
• No 2º e no 4º minuto do teste a avaliação a ser feita envolve: FC, SpO₂,
Borg;
• No 6° minuto, e, portanto, término do teste é realizado então a
avaliação de todos os sinais novamente: FC, PA, SpO₂, Borg.

A avaliação dos SSVV durante o teste, o paciente deve manter o seu ritmo de
caminhada e o avaliador é que deve se adequar a velocidade de marcha do
paciente que está sendo avaliado.
Durante o teste, existem frases padronizadas que devem ser ditas ao paciente. A
cada minuto, o avaliador informa aos participantes o tempo que falta para
completar os seis minutos e fala frases de incentivo padronizadas:

▪ Primeiro minuto: “Você está indo bem. Ainda restam 5 minutos”.


▪ Segundo minuto: “Mantenha o ritmo. Ainda restam 4 minutos”.
▪ Terceiro minuto: “Você está indo muito bem. Já foi metade do teste”.
▪ Quarto minuto: “Mantenha o ritmo. Faltam apenas 2 minutos”.
▪ Quinto minuto: “Você está indo muito bem. Falta apenas 1 minuto para
terminar o teste”.
▪ Faltando 15 segundos para o término do teste: “Falta apenas 15 segundo para
terminarmos”.
▪ Sexto minuto: “Por favor pare onde você está”.
Já existem inúmeras descrições na literatura que o teste apresenta o
conhecido efeito aprendizado, ou seja, a distância percorrida tende a
aumentar se o teste for aplicado pela segunda vez. Por esse motivo,
devem ser realizados dois testes, com um intervalo de 30 minutos entre
eles. O teste que apresentar maior distância percorrida deve ser
considerado.
VALORES DE REFERÊNCIA
Equações disponíveis para a população brasileira:

Britto et al. (2013):


TC6min= 890,46 - (6,11*idadeanos) + (0,0345*idade2anos) + (48,87*gênero) - (4,87*IMC)
TC6min=356,658 - (2,3030*idadeanos) + (36,648*gênero) + (1,704*alturacm) + (1,3365*variabilidade FC)

Dourado, Vidotto e Guerra (2011):


TC6min=299,296 - (2,728* idadeanos) - (2,160 - pesoKg) + (361,731*alturacm) + (56,386*gênero)

Iwana et al. (2009):


TC6min= 622,461 - (1,846* idadeanos) + (61,506*gênero)

*Para as equações que incluem o gênero, utilizar valor 1 para homens e 0 para mulheres.
ASSOCIAÇÕES ENTRE TC6 E DESFECHOS CLÍNICOS

Em pacientes com DPOC, uma Para cardiopatas uma distância


distância ≤ 350 metros está < 30 metros é associada a maior
associada a um maior risco de risco de mortalidade.
mortalidade.

Pacientes com doença arterial


coronariana estável, a cada 104
metros de declínio no TC6 ao
Para pacientes com fibrose cística, uma longo do tempo, há um risco de
distância percorrida ≤ 475 metros é 55% maior de ocorrência de
preditor de mortalidade ou necessidade de eventos cardiovasculares.
transplante de pulmão em 12 anos.
▪ Dinamômetro;
▪ Medida da força de preensão palmar;
▪ força muscular

▪ Posição sentada em uma cadeira, cotovelos a 90°;


▪ Força máxima, três vezes com intervalo de um
minuto entre elas, sendo considerada a maior
medida.
A reduzida força de preensão está ligada a uma menor sobrevida e a um risco maior
de infarto, de acordo com um estudo com 140 mil adultos com idade entre 35 e 70
anos em 17 países, incluindo o Brasil (Lancet, 2015).
▪ Avaliar força muscular;

▪ Execução de um teste manual bilateral em 12 grupamentos musculares;


▪ 6 movimentos osteocinemáticos;
▪ Pontuação varia de 0 (paralisia total) e 5 (força muscular normal);
▪ Somatório total entre 0 a 60.
▪ Objetivo avaliar a capacidade funcional;

Existe validação desse teste para várias populações, incluindo pacientes com
doenças cardiopulmonares crônicas. Jones et al. (2013) validaram o teste para
pacientes com DPOC e afirmam que apenas um teste é suficiente, pois não há
efeito aprendizagem.
Além disso, é um teste responsivo aos programas de reabilitação pulmonar.
REALIZAÇÃO DO TESTE

▪ Inicialmente deve estar na posição sentada com


os braços cruzados sobre a região torácica.
▪ O avaliador deve instruir o paciente a realizar o
movimento de levantar-se e sentar-se
completamente na cadeira, de forma consecutiva
e no menor tempo possível.
▪ O desfecho do teste é o tempo que o paciente leva
para realizar as cinco repetições, ou seja, quanto
menor o tempo, melhor é a capacidade funcional.
▪ Cuidados:

▪ Explicar o teste de forma clara ao paciente.


▪ Demostrar a realização correta do movimento.
▪ Pedir para que o paciente realize pelo menos uma repetição antes de
iniciar efetivamente o teste.
▪ Não permitir que o paciente utilize as mãos para se apoiar durante a
realização do teste.

Quando o paciente realiza o teste com uma redução de 1,7s ou mais após a
participação em um programa de reabilitação pulmonar, é possível afirmar
que houve uma melhora funcional clinicamente importante.
▪ Avaliação de aptidão cardiorrespiratória;
▪ A FC de recuperação após um exercício com subida e descida do degrau
representa a medida apropriada da A-CR.

o Realização do teste:

✓ Utilizar um degrau ou um banco com altura de 20cm;


✓ Realizar o ciclo de subida e descida até uma cadência de 4 passos;
✓ Realizar o teste por 3 minutos contínuos;
✓ Ao final dos 3 minutos, permanecer na posição ereta;
✓ Aferir a FC após 30 segundos do término do teste;
✓ Contabilizar quando BPM acontecem em 30 segundos;
✓ O número de BPM representa o escore da A-CR.
▪ O principal objetivo do teste é submeter o paciente ao estresse físico de
forma programada e segura, uma vez que a monitorização dos sinais vitais
e eletrocardiograma é contínua. Além disso, tem por finalidade avaliar a
condição hemodinâmica, funcional e metabólica ao esforço, a fim de
propor um diagnóstico assim como um prognóstico das alterações
cardiopulmonares.
Segundo Meneghelo et al. (2010) nas III
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia
sobre Teste Ergométrico,

Além disso, existem algumas


Indicações: indicações consideradas especiais:
▪ Detectar isquemia miocárdica.
• Cardiopatias congênitas.
▪ Reconhecer arritmias cardíacas e distúrbios
• Doenças não cardíacas.
hemodinâmicos induzidos pelo esforço.
• Crianças com sopro ou
▪ Avaliar a capacidade funcional e a condição disfunções leves, arritmias ou
aeróbica. pós operatória de cardiopatias
▪ Diagnosticar e estabelecer o prognóstico de congênitas. (MENEGHELO et al., 2010, p. 9).
determinadas doenças cardiovasculares.
▪ Prescrever zona de treinamento.
▪ Comparar período pré e pós-intervenção.
Contraindicações relativas:
▪ Dor torácica aguda, exceto quando os protocolos
Contra indicações: disponíveis em unidades de dor torácica forem
seguidos.
▪ Estenoses valvares moderadas e graves em
▪ Embolia pulmonar. assintomáticos.
▪ Insuficiência valvares graves.
▪ Enfermidade aguda, febril ou grave.
▪ Taquiarritmias, bradiarritmias e arritmias
▪ Limitação física ou psicológica. ventriculares.
▪ Intoxicação medicamentosa. ▪ Afecções não cardíacas capazes de gerar
agravamento pelo teste e/ou até mesmo
▪ Distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos impedimento para a realização do teste como:
não corrigidos. infecções, hipertireoidismo, insuficiência renal,
hepática e/ou respiratória, obstrução arterial
periférica, lesões musculares, ósseas ou
articulares, deslocamento da retina e afecções
psiquiátricas.

Meneghelo et al. (2010)


As condições de alto risco:
▪ Infarto agudo do miocárdio não complicado.
▪ Angina instável estabilizada.
▪ Dor torácica aguda em sala de emergência.
▪ Lesão conhecida e tratada de tronco de coronária ou equivalente.
▪ Arritmias ventriculares complexas.
▪ Arritmias com repercussões clínicas e hemodinâmicas sob controle.
▪ Síncopes por provável etiologia arritmogênica ou bloqueio atrioventricular de alto grau.
▪ Presença de desfibrilador implantado.
▪ Insuficiência cardíaca.
▪ Lesões valvares estenóticas moderadas e graves em indivíduos assintomáticos e nas
insuficiências valvares graves.
▪ Hipertensão Pulmonar.
▪ Cardiomiopatia hipertrófica não obstrutiva.
▪ Insuficiência respiratória, renal ou hepática.
Meneghelo et al. (2010)
Cuidados:

▪ Equipe: experiência, rotina e casos de emergência.


▪ Ambiente: luminosidade, ventilação, temperatura (18-22 ºC), umidade relativa (40-
60%) adequadas.
▪ Equipamentos: cicloergômetro com resistências variáveis, e/ou esteira rolante com
velocidade e inclinações variáveis, monitor para eletrocardiograma contínuo,
sistema para registro em papel do traçado eletrocardiográfico, esfignomanômetro
calibrado, estetoscópio, analisador de gases, oxímetro de pulso.
▪ Material e medicamentos para eventuais emergências.
▪ Equipamentos de emergência obrigatórios.
▪ Orientações ao paciente: a prescrição do exame é realizada pelo médico, uma vez
que a decisão do uso de medicação habitual ou a suspensão será definido por ele. O
paciente não deve fumar três horas antes do teste, usar vestimenta adequada e
abstenção de esforço físico não habitual por no mínimo 12 horas antes do teste.
▪ Assinatura do termo de consentimento.
PRINCIPAIS PROTOCOLOS

▪ Protocolo de Balke:
aplica velocidade constante e
inclinação com aumentos de 1% a cada
um minuto. Indicado para pacientes
com baixa capacidade funcional.
▪ Protocolo de Naughton: tem aumentos de carga equivalente ao incremento
de 1 MET por estágio. Está indicado para indivíduos com limitações físicas
importantes, principalmente idosos e sedentários, da mesma forma, para
pacientes com insuficiência cardíaca compensada ou com infarto agudo do
miocárdio recente.
▪ Protocolo de Bruce: é o mais utilizado e apresenta aumentos
progressivos de velocidade e inclinação. O incremento de trabalho não
é linear, com grande aumento entre os estágios. Mais indicado para
pessoas jovens e ativas.
▪ Protocolo de Bruce Modificado: o primeiro estágio começa com velocidade
1,7 MPH ou 2,7km/h, a mesma do Bruce original, mas sem inclinação. A
partir do estágio três segue-se o protocolo original.
A estimativa do VO2máx para esse protocolo pode ser calculada por:

Homens
VO2máx = 8,33 + (2,94 x T)

Mulheres
VO2máx = 8,05 + (2,74 x T)
*tempo em minutos
▪ Classificação VO2:
➢Crianças:
▪ Avaliar tempo para completar a prova

▪ Variáveis:
I. Estágio de crescimento da criança
II. Economia do exercício
▪ Escalas e questionários utilizados em pacientes com doenças
cardiopulmonares;

▪ Avaliação da sensação de dispneia ao repouso, durante atividades rotineiras,


a capacidade de execução dessas atividades, o impacto que a doença gera na
qualidade de vida, entre outros;

▪ A percepção de independência ou dependência no que se refere à execução


das AVDs.
▪ Duke Activity Status Index (DASI)

▪ Validado e traduzido para o português para doenças cardiovasculares


por Myrrha et al. (2014) e para pacientes com DPOC o questionário foi
traduzido e validado por Tavares et al. (2012).
▪ Auto aplicado ou aplicado pelo pesquisador.
▪ O escore varia de zero (pior resultado) até 58,2 (melhor resultado).
▪ O s autores sugerem um cálculo de estimativa para o VO2.
VO2 = 0,43 × DASI + 9,6.
Myrrha et al. (2014)
▪ Escala de Katz:

▪ Desenvolvida para avaliar resultados de tratamentos em idosos e


predizer um prognóstico nos pacientes com doenças crônicas. A
adaptação transcultural da Escala de Independência em Atividades da
Vida Diária (Escala de Katz) foi realizada por Lino et al. (2008).
▪ Inicialmente utilizada apenas para pacientes idosos e atualmente para
diferentes populações como DPOC e insuficiência cardíaca (AIMONINO
et al., 2007).
▪ Escala London Chest Activity of Daily Living (LCADL):

▪ A proposta da escala é avaliar as AVDs em indivíduos com DPOC.


▪ Composta por 15 questões quantitativas divididas em quatro
domínios: higiene pessoal, atividades domésticas, atividades físicas e
lazer.
▪ O score para questão é de 0 a 5, perfazendo um total máximo de 75
pontos, sendo que quanto maior a pontuação, pior a limitação por
dispneia nas AVDs (GARROD et al., 2000).
▪ A classificação proposta por Thomas Killip III e John T. Kimball, em
1967, foi originalmente uma estratificação à beira do leito, baseada no
exame físico de pacientes com provável infarto agudo do miocárdio
(IAM), para identificar aqueles com maior risco de morte e potencial
benefício com o manejo especializado em unidades coronárias (UCO).
▪ Avaliar a probabilidade de evolução para óbito, infarto (ou reinfarto) e
isquemia recorrente;

• O cálculo do escore baseia-se na simples análise da existência de sete variáveis


clínico-laboratoriais, que são: idade acima de 65 anos, mais de três fatores de
risco para doença arterial coronariana, obstruções angiográficas prévias
conhecidas, infradesnível de ST, mais de dois episódios de angina nas últimas
24 horas, uso de AAS nos últimos sete dias e marcadores séricos de necrose
miocárdica elevados.
• A pontuação varia de 0 a 7, e os riscos maiores correspondem aos escores mais
elevados.
QRS- contrações ventriculares,
repolarização atrial

P- Ativação dos átrios

Segento ST- fim da


despolarização entre ventrículos

T- repolarização dos ventrículos


Segmento PR- impulso finalizado
no nódulo atrioventricular
▪ O ECG pode identificar contraindicação para o exercício, e anormalidades..

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